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Após ficar próximo aos 88 mil pontos (87.946,25 pontos) na véspera e de ter uma semana positiva até agora, o mercado de ações brasileiro se prepara para uma quinta-feira (28) (de queda, pelo menos na abertura, como sugere o Ibovespa futuro. O momento de cautela no exterior, diante de ameaças do governo dos EUA a redes sociais, e internamente, diante da crise entre o governo e o STF deve deixar o investidor local de sobreaviso.

"A instabilidade política abre ainda mais espaço para a realização", avalia o estrategista-chefe do Grupo Laatus, Jefferson Laatus.

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Às 10h55, o Ibovespa caía 0,92%, aos 87.133,09 pontos, após fechar ontem em alta de 2,90%. Contudo, deve fechar a semana e o mês - que terminam amanhã - com valorização. Até o momento, acumula ganhos semanais em torno de 6% de cerca de 8% no mês, o que seria o melhor desempenho para maio desde 2009 (12,49%).

Em Nova York, com exceção do Nasdaq (-0,11%), que cai diante da expectativa por medidas retaliatória do governo dos EU a redes sociais, o sinal é de leve alta, ainda impulsionada pela reabertura econômica gradual no pós-isolamento social para conter a propagação do novo coronavírus. Na Europa, as bolsas sobem.

Após a divulgação de dados de atividade dos Estados Unidos, o Ibovespa acelerou a velocidade de baixa, caindo em torno de 1%, mas reduziu depois o ritmo. De certa forma, diz o estrategista-chefe do Grupo Laatus, Jefferson Laatus, os indicadores dos EUA vieram em linha com o esperado, o que pode até ser visto como positivo. "Pode forçar o Fed a promover novos estímulos à economia", sugere.

O Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre dos EUA apresentou recuo de 5,0%, ficando mais pouco intenso que o declínio de 4,8% esperado por analistas. Os pedidos de auxílio-desemprego caíram 323 mil na semana, a 2,123 milhões, ante previsão 2,05 milhões. Já as encomendas de bens duráveis cederam 17,2% em abril ante março; previsão era de contração de 17%.

A reabertura de economias e o pacote de estímulos na zona do euro seguem trazendo alívio à aversão ao risco, assim como as notícias favoráveis relacionadas à produção de vacina no combate à covid-19, cita em nota o Bradesco. Entretanto, os economistas do banco ponderam que focos de preocupação continuam no radar, lembrando da notícia de que a legislatura chinesa aprovou a resolução que autoriza a elaboração de uma nova lei de segurança nacional para Hong Kong, contribuindo mais para a tensão comercial EUA-China.

No Brasil, a tensão política entre o Planalto e o STF recrudesceu ontem e deve ficar no centro das atenções. Além disso, há pouco, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou a taxa de desemprego no País no trimestre até abril, que reforçou o quadro de piora do mercado de trabalho por causa dos efeitos da pandemia. A taxa ficou em 12,6%, igual ao piso das estimativas na pesquisa do Projeções Broadcast (12,6% a 15%, com mediana de 13,2%).

"O mercado deve ignorar um pouco político, em função de liquidez mundial imensa", observa Luiz Roberto Monteiro, da Renascença, completando, contudo, que o investidor continua atento ao tema.

O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, afirmou não ver chance de um candidato de centro vencer a próxima eleição presidencial, em 2022. "Não tem espaço para o muro. Nem para o PSDB e o MDB ficarem flutuando aí", disse ele ao jornal O Estado de S. Paulo.

Filiado ao DEM, Onyx prevê uma nova disputa polarizada entre a direita e a esquerda, mas com muitas mudanças no quadro partidário até lá. "Precisamos ter paciência para que as morangas se acomodem", comentou o ministro, que tem na mesa de trabalho o Novo Testamento - Salmos e Provérbios. Deputado licenciado, ele considerou "maluquice" os rumores de que será alvo de uma reforma ministerial.

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Qual o impacto político das investigações envolvendo o senador Flávio Bolsonaro?

Para o governo? Nenhum. Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa.

Mas não existe uma preocupação de que isso possa ser usado para desgastar o presidente Jair Bolsonaro até mesmo no Congresso?

Acredito no caráter e na integridade do senador Flávio. O que a gente vê no Brasil é uma tentativa de criar artificialmente fato que possa trazer transtorno ao governo do presidente Bolsonaro. Uma coisa importante é a gente lidar com a verdade e, graças a Deus, temos as redes sociais.

O sr. vai se filiar ao Aliança pelo Brasil, o novo partido do presidente, ou continuará no DEM?

Eu apoiei o candidato Jair Bolsonaro, no ano passado, com o DEM apoiando Alckmin (ex-governador Geraldo Alckmin, que concorreu à Presidência pelo PSDB). Não tenho razão para mudar de partido. Nós precisamos ter paciência para que as morangas se acomodem no Brasil.

Que morangas?

O quadro político-partidário precisa se acomodar. Vão ter muitas acomodações daqui até 2022, porque vem uma cláusula de barreira muito forte. Então, tem muito partido que vai minguar. A gente precisa observar como vão acontecer as eleições do ano que vem. Eleições municipais e presidenciais são desconectadas, mas servem como bom termômetro de como a sociedade vai se posicionar, se vai ter um passo atrás ou à frente.

Qual o cenário o sr. vê para a disputa presidencial de 2022? A polarização vai continuar?

Sim, entre esquerda e direita. Não muda isso. Não tem espaço para muro. Não tem espaço para centro, não. Quem achar que tem espaço para centro repetirá o Macri (Mauricio Macri, ex-presidente da Argentina, derrotado na eleição deste ano). Por que o Macri caiu? Porque não se manteve onde tinha de se manter.

Quem é o centro?

Não tem espaço para PSDB, MDB ficarem flutuando aí. Vai ser uma disputa entre dois polos. E vai ser mais dura que a última, para os outros. Eu acho que ele (Bolsonaro) entra como franco-favorito e mata no primeiro turno.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva consegue recuperar os direitos políticos e disputar a próxima eleição?

O Lula é caso de polícia, e não de política. Vai ter um representante da esquerda. Não sei se é o Haddad (Fernando, candidato do PT em 2018) ou outro que vão botar.

Há nos bastidores informações de que o sr. e os ministros Abraham Weintraub (Educação) e Bento Albuquerque (Minas e Energia) deixarão o governo no início de 2020. O sr. está se preparando para voltar ao Congresso?

Isso é mentira. Uma maluquice. O governo tem um time unido de ministros e o presidente não se move por fofocas. Weintraub é o homem certo no lugar certo. E o ministro Bento vamos trocar por quê? Ele arrumou, nas vendas de óleo e gás, mais de R$ 200 bilhões para o Brasil.

O ano de 2019 foi marcado por concessões ao Congresso, cargos, emendas parlamentares. O governo Bolsonaro aderiu ao presidencialismo de coalizão?

Nem morto. Nós rompemos com tudo isso. Desde o governo Sarney, o presidencialismo de coalizão era ministério de porteira fechada. Nosso governo é completamente diferente. Aqui não tem corrupção, não tem toma lá, da cá, não teve marcação de território, que eram as características que levaram ao mensalão e ao petrolão. Nós fizemos a maior reforma previdenciária do mundo ocidental. Nenhum país fez uma reforma tão ampla e profunda, quer do ponto de vista da ação, quer do ponto de vista fiscal. A nossa, nesses primeiros dez anos, dá um R$ 1,1 trilhão.

O sr. disse que alguns programas sociais serão revistos. O Bolsa Família vai mudar ou a mudança será só de nome?

Era o governo Dilma que inaugurava placa e mudava nome. Aqui a gente trabalha sério. Pode ou não (mudar o nome). O relevante para nós é mostrar que, vencida a etapa de reorganização do governo, vamos gerar empregos. É o nosso foco, agora que a economia entrou nos trilhos. Não emprestamos dinheiro para nenhuma ditadura comunista. Vamos apresentar, em janeiro, um programa de treinamento de mão de obra, uma requalificação dos "nem-nem", que são milhões de jovens que não trabalham nem estudam. Até maio devemos apresentar um novo Bolsa Família.

O sr. concorda com proposta de parlamentares de tornar permanente a parcela de 13º salário do Bolsa Família?

Assim como nós colocamos a economia no lugar, quietos, sem barulho, vamos fazer a mesma coisa na área social. (A parcela do 13.º) tem que existir. Se é permanente ou a cada ano renovada, isso não muda nada. O Congresso se queixa de que o Orçamento está engessado e cada vez engessa mais. E aí, como é que sai dessa contradição?

O presidente disse que vai vetar o fundo eleitoral. Isso não atrapalha a relação com o Congresso, já que foi o próprio governo quem propôs o valor de R$ 2 bilhões para esse fundo?

Não, o governo não propôs isso. Apenas repetiu o número que estava lá que foi votado e dado pelo próprio Parlamento. Como o fundo eleitoral não é política de governo, o governo apenas cumpre o que a lei determina. Na hipótese de haver veto, cabe ao Parlamento acatar ou não. Isso é democracia.

Com o PSL rachado, o governo perde votos na Câmara. Isso não preocupa?

O governo nunca teve base. Mesmo se você tivesse cem (deputados), isso é base? Resolve? Ajuda no quê? O PT teve 90 e resolveu? Você tem de ter 300. Esse é o ponto. E lembre-se de que não íamos votar a Previdência até julho na Câmara, mas votamos. Depois, não íamos aprovar neste ano no Senado. Aprovamos.

Mas foi preciso liberar emendas parlamentares extras...

Ninguém liberou emenda extra nenhuma. Fizemos programas de governo para os quais parlamentares, historicamente, sempre tiveram acesso. E nós, mesmo com o contingenciamento de R$ 34 bilhões do Orçamento, demos condições para que pudessem acontecer. Então, estão cobrando da gente o quê?

É porque o discurso do governo sempre foi o de que não haveria toma lá, dá cá...

E não tem. Quem escreve isso mente vergonhosamente.

Mas depois da aprovação da reforma da Previdência, deputados chegaram a paralisar uma votação porque o governo não tinha liberado emendas...

Aí havia outras questões. Eu tenho 24 anos de mandato consecutivo (na Câmara) e nunca conheci uma relação entre Executivo e Parlamento que não tivesse tensão. Isso vai continuar. Vai lá no Rio Grande do Sul para ver a tensão, agora, para votar a reforma da Previdência.

O sr. continua disposto a concorrer ao governo gaúcho?

Quem decide o que eu vou fazer é Deus em primeiro lugar. Em segundo lugar é o senhor Jair Messias Bolsonaro.

O sr. foi criticado pela articulação política com o Congresso e o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, disse ao Estado que há muita intriga no Planalto. O fogo amigo entre os senhores aumentou?

Entre eu e o Ramos não tem nada. Somos amigos há muitíssimos anos. O problema está na porta da rua lá (olha em direção ao Congresso). Aqui dentro não tem problema.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governador Paulo Câmara (PSB) afirmou, nesta terça-feira (9), que o país vive momento de “confusões” e mesmo com as dificuldades na relação do Estado com a União é preciso buscar unidade com os municípios para garantir os serviços à população. As declarações do pessebista foram expostas durante a abertura do Seminário dos Municípios Pernambucanos, em Olinda. 

“Em um momento difícil por que passa o Brasil, numa crise que tem dificultado o dia a dia dos Estados e as administrações dos municípios, a gente vê cada vez mais a necessidade de unidade na discussão em relação aos temas nacionais, que são urgentes e imprescindíveis, mas que sempre estão ficando à margem de uma discussão necessária em relação à federação brasileira”, argumentou Paulo Câmara. 

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Para uma plateia de prefeitos e gestores municipais, o governador ressaltou também a necessidade de “trabalhar de forma integrada, juntos, União, Estados e municípios, e buscar, principalmente nos municípios, as diretrizes necessárias para alcançar as pessoas”. 

“As dificuldades federativas reconhecemos. As dificuldades de relação com a União diante dessas confusões que vemos no Brasil são claras”, observou, sem detalhar que confusões seriam essas. “Então temos que buscar, entre os entes que estão juntos, as diretrizes necessárias para alcançar as pessoas. A ponta é que precisa realmente do trabalho. Olhar para todos. Não dá para governar olhando região A, B ou C; e lutar, principalmente, do lado do que mais precisa, do mais pobre e mais vulnerável”, acrescentou. 

Ainda no discurso, após fazer um apanhado das ações do seu governo e projetar expectativas para este semestre, o governador pernambucano ressaltou também que estava trabalhando para “construir o caminho da minoria” e “nesse sentido, em contraponto a muita coisa que a gente não concorda e está acontecendo no Brasil, não podemos deixar essas confusões em Brasília chegar a Pernambuco”. 

Logo após o evento, Paulo deixou o auditório do Centro de Convenções sem falar com a imprensa. Apesar de não citar diretamente, uma das confusões que o governador deixou a entender que Brasília enfrentava é a reforma da Previdência, que está sendo discutida hoje no plenário da Câmara dos Deputados. O texto exclui Estados e municípios da mudança nas regras da aposentadoria.

Com o clima de instabilidade gerado pelo julgamento do habeas corpus do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), um vídeo que circula nas redes sociais, desde a terça-feira (3), vem chamando a atenção pela postura de um policia militar de Minas Gerais. Na gravação, o agente é claro ao alertar a população que provavelmente a partir desta quarta (4), o país vai entrar em “pandemônio”.  

Apesar de não ser preciso em datas, o vídeo mostra o policial em um ônibus de Belo Horizonte dizendo que quem desejar deixar o Brasil faça isso agora e quem não fizer cumpra seu papel de cidadão. Ele fala também em 'protestos contra e a favor', dando a entender que se trata do julgamento marcado para esta quarta no Supremo Tribunal Federal.

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“Todos que estão aqui dentro vão viver a consequências. Estamos vivendo um período crítico neste país, faça seu papel de cidadão… Para quem não sabe hoje tem manifestação pró e contra em todo o Brasil e a partir de amanhã vamos entrar em um pandemônio”, declara o policial, ainda não identificado. 

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O LeiaJá entrou em contato com a internauta que compartilhou o vídeo, mas até o fechamento desta matéria não obteve retorno.  

A ex-senadora Marina Silva (Rede) saiu em defesa própria nas redes sociais ao rebater comentários de políticos que a apontam como ausente do cenário de discussão nacional. Em vídeo, ela argumentou que sempre tem se posicionado diante dos fatos no país. Além disso, ponderou não exercer mandato parlamentar ou função pública e, por isso, precisa trabalhar para sobreviver. 

“Aos que me acusam de estar 'sumida', só tenho a dizer que continuo fazendo o meu trabalho como sempre fiz, não tenho mandato parlamentar ou função pública, sou uma professora que sobrevive do trabalho que faz. Conseguimos criar o partido Rede Sustentabilidade, mesmo em meio as pessoas para evitar a criação do partido, e tenho me posicionado em todos os momentos em relação a todos os temas”, salientou Marina Silva. 

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Sob a ótica dela, “o Brasil está tão acostumado com a polarização que quando tem um posicionamento que não está no guarda chuva do vermelho ou do azul, preferem dizer que não é um posicionamento”. “Sempre me posicionei sobre os principais assuntos do país. Aprendi a duras penas que a liberdade é o exercício de fala livre e autônoma, talvez por não falar de nenhum dos lados da polarização tentem silenciar meu posicionamento”, cravou.

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Recentemente o presidenciável Ciro Gomes (PDT) chegou a dizer que não via Marina Silva “com apetite de ser candidata”. “Ou então é uma tática nova que e nunca vi na minha vida pública, que é o negócio de jogar parado, de não dar opinião. Não vejo ela com a energia e o momento é muito de testosterona. Eu não elogio isso, é algo do Brasil. É um momento muito agressivo e ela tem uma psicologia muito avessa a isso”, declarou, na ocasião. 

Pensando no futuro, o cientista político Adriano Oliveira* aborda, no programa Minuto Político desta semana, um cenário possível para as eleições 2018. Segundo ele, se as previsões dos economistas estiverem corretas, o Brasil terá uma recuperação econômica.

Por outro lado, há o fator ‘lulismo’, influenciado pelo ex-presidente da república Luiz Inácio Lula da Silva. Portanto, esses dois fatores podem ser influenciadores sobre as eleições 2018. Confira mais detalhes no vídeo:

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*Adriano Oliveira é Doutor em Ciência Política e Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) - Departamento de Ciência Política, além de ser, também, coordenador do Núcleo de Estudos de Estratégias e Política Eleitoral da instituição. Oliveira ainda é colaborador do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau, colunista do Portal LeiaJá e sócio-cotista da Cenário Inteligência.

Quando o cenário político está meio turvo, há sempre uma lembrança do nome do ministro do Tribunal de Contas da União José Múcio Monteiro para ser candidato a governador, foi assim em 2014 e para 2018 seu nome volta a ser cogitado nas coxias da política pernambucana. Isso se dá pelo fato de na eleição de 1986 ele ter enfrentado Miguel Arraes e realizado uma campanha diferenciada. Mesmo derrotado, Múcio virou uma espécie de sonho de consumo da classe política para ser governador.
Aos 69 anos de idade, com mais seis anos de mandato no TCU pela frente, José Múcio que foi deputado federal por cinco mandatos e ministro das Relações Institucionais de Lula, só entraria numa situação desta se fosse pule de dez. Seria em 2014 mas para não enfrentar o primo Armando Monteiro acabou abafando qualquer movimento que ensejasse numa candidatura. Em 2018 não seria diferente, só entraria no páreo se o governador Paulo Câmara desistisse da reeleição e fosse ser candidato a vice-presidente numa chapa presidencial.
Os entusiastas da candidatura de Múcio a governador já projetam uma chapa tendo João Paulo de vice-governador, Jarbas Vasconcelos e Ana Arraes de senadores numa articulação que passaria por um grande entendimento envolvendo não só os dois ministros do TCU, como também o ex-presidente Lula, o governador Paulo Câmara, a viúva de Eduardo, Renata Campos, e outras lideranças políticas diretamente ligadas ao Palácio do Campo das Princesas.
Apesar de não ser algo impossível de ocorrer, pois em política todos os cenários podem ser considerados, não se trata de uma construção fácil, a começar por José Múcio e Ana Arraes deixarem o céu chamado TCU para entrar no inferno das articulações políticas, passando pelo difícil argumento de que Paulo Câmara não ser candidato a reeleição e ainda assim o PSB lançar um nome e este nome sair vitorioso. Além do mais, 2018 está longe de se tratar de uma eleição de céu de brigadeiro para qualquer que seja o nome do PSB devido a fadiga material de 12 anos do partido em Pernambuco.
De todo modo, sonhar com José Múcio Monteiro sentado na cadeira de governador depois de uma brilhante trajetória política não custa nada aos amantes da boa política sempre praticada pelo ministro do TCU. O tempo vai dizer se isso pode virar fato ou se novamente não passará de um devaneio da classe política ligada ao Palácio do Campo das Princesas.
APAE – A prefeita de Caruaru Raquel Lyra, através da Secretaria de Saúde, firmará o termo de colaboração com a APAE- Associação de Pais e Amigos Excepcionais, nesta quarta-feira, às 14h, na sede da APAE.  O termo visa afirmar o compromisso da nova gestão, de apoiar os familiares e prestar uma assistência de qualidade às crianças com microcefalia, garantindo o estímulo precoce e melhor desenvolvimento destas crianças que, em Caruaru, totalizam 19.
Ausente – Apesar de ter confirmado em sua agenda oficial a participação da entrega de equipamentos esportivos do Santos Dumont, o governador Paulo Câmara mudou de ideia de última hora e acabou não participando do evento. Todo mundo ficou sem entender, pois seria uma excelente agenda positiva para o governador, que acabou passando a bola para Geraldo Julio e Felipe Carreras reinarem sozinhos no evento.
Bônus – 2.093 professores da Rede Pública de Ensino do Cabo de Santo Agostinho receberam um bônus no valor de R$ 200,00 para aquisição de livros na Bienal, que acontece no Centro de Convenções. A iniciativa da gestão do prefeito Lula Cabral visa incentivar a leitura por parte dos professores.  Com esta ação o município dispendeu de um montante de R$ 418.600,00.
Obstrução – Informações divulgadas ontem apontaram que o presidente Michel Temer estaria com uma obstrução parcial em uma artéria coronária e deverá passar por um cateterismo nos próximos dias. O Palácio do Planalto negou a informação, afirmando que o presidente goza de perfeita saúde e que não foi constatado nenhum problema.
RÁPIDAS
Baixas – Em Santa Cruz do Capibaribe o PTB do Senador Armando Monteiro deve sofrer várias baixas. Fernando Aragão pode deixar a legenda e levar com ele Carlinhos da Cohab, o vereador mais votado pela oposição no último pleito. O PCdoB já ofereceu a legenda e Fernando Aragão também está sendo sondado pelo PSB.
Perpart – O Solidariedade de Augusto Coutinho ampliou seu espaço no governo Paulo Câmara com a indicação de Jogli Uchoa para a presidência da Perpart. O partido que já possui a secretaria de Saneamento da PCR com Alberto Feitosa e a Jucepe com Taciana Bravo sacramentou o apoio ao projeto de reeleição de Paulo Câmara em 2018.
Inocente quer saber – Mendonça vai correr o risco de ficar sem mandato em 2018 disputando uma majoritária?

Desde que foi instituída a reeleição em 1998, apenas Miguel Arraes não conseguiu ser reeleito, tanto Jarbas Vasconcelos em 2002 quanto Eduardo Campos em 2010 alcançaram o segundo mandato com votações expressivas. Paulo Câmara espera manter a escrita, mas não será tarefa fácil, uma vez que o governador precisará resolver as demandas que cercam sua gestão, cuja maior preocupação é a segurança pública.

Ao longo dos 33 meses do seu governo, Paulo Câmara teve uma série de desafios a enfrentar, dentre eles a crise econômica que trouxe a frustração de receita e o desemprego. A primeira fez com que o cobertor do governo ficasse mais curto do que o habitual e foi necessário um duro ajuste fiscal para as contas seguirem de pé. O desemprego foi mais um problema que tem dois efeitos imediatos, que é a violência aumentando e o grau de insatisfação com o governo que é amplificado em momentos de elevado desemprego.

Apesar dos problemas, Paulo Câmara conseguiu manter a folha salarial rigorosamente em dia e garantiu pelo terceiro ano consecutivo o pagamento do décimo terceiro salário em dezembro, o que vai injetar mais de R$ 800 milhões na economia, criando um ambiente satisfatório para a retomada do crescimento econômico no estado, que já se mostra maior do que a recuperação da economia brasileira.

Paulo Câmara evidentemente terá que lutar contra a rejeição ao seu governo, aos doze anos do PSB que trazem uma fadiga material, mas se conseguir convencer o povo pernambucano de que é o governador certo para este momento e tiver mais quatro anos de governo, terá uma chance real de fazer um governo muito mais tranquilo do que o atual, pois ele está arrumando a casa nestes três anos de mandato e deixará a máquina redonda para funcionar melhor para os pernambucanos.

Se a população comprar a ideia, Paulo conseguirá fazer jus a sua capacidade reconhecida por quem acompanha os bastidores da política de ser um excelente gestor público. A sorte está lançada para o governador e para o PSB de Pernambuco.

Aventura - A respeito da possível candidatura a governador de Pernambuco, muita gente acha que Mendonça Filho não deveria arriscar entrar numa disputa majoritária no ano que vem. Ele já tem três derrotas majoritárias e uma nova derrota no ano que vem seria letal para a sua vida pública. Todos aconselham que ele seja candidato a deputado federal novamente e avalie disputar a prefeitura do Recife em 2020.

Desistência - Não há nenhuma informação a respeito da edição do Pernambuco em Ação da Região Metropolitana do Recife. A expectativa era que o evento fosse realizado no Centro de Convenções em Agosto, mas já estamos em outubro e nenhuma sinalização quanto ao evento, o que causa rumores de que o governo poderia ter desistido de fazer o evento.

Seminário - A juventude do PSB no Recife promove neste sábado um importante debate sobre protagonismo juvenil e liderança. No evento batizado de #PolíticaJovem, que chega a sua segunda edição, o principal objetivo é fomentar a discussão sobre o papel do líder no desenvolvimento dos negócios, das organizações e das pessoas. Para contribuir com a temática, foram convidados o jornalista e atual Secretário Executivo de Esportes de Pernambuco, Diego Perez, e Allef Dantas, estudante do ProUni Recife.

Confusão - Não convide para a mesma mesa o vice-governador Raul Henry e o senador Fernando Bezerra Coelho. O nível da relação entre os dois baixou completamente após o episódio envolvendo o PMDB de Pernambuco. A troca de farpas tem se tornado cada vez mais corriqueira e qualquer que seja o desfecho do partido não há hipótese de reconciliação.

RÁPIDAS

Estadual - O vereador do Recife Davi Muniz é a principal aposta do PEN para a Assembleia Legislativa de Pernambuco. Se for eleito para o mandato de deputado estadual, Davi deixará a vaga para o suplente Junior de Cleto, que também tem a chance de assumir o mandato caso Romero Albuquerque tenha sua cassação consumada.

Fenômeno - Tem causado muita preocupação no meio político as movimentações de Marília Arraes neste período pré-eleitoral. Por onde passa ela tem recebido um bom número de pessoas e vem conseguindo angariar apoios espontâneos de políticos que não se sentem representados no governo do PSB ou na candidatura dos apoiadores de Temer.

Inocente quer saber - Quando Paulo Câmara oficializará as novas mudanças no secretariado?

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) enviou uma carta para as igrejas católicas de todo o país convidando os católicos a reservarem esta quinta-feira (7), data em que se celebra o Dia da Independência, para oração e jejum pela “realidade econômica, política e ética que vem acompanhada de violência e desesperança”. 

No documento, o colegiado dos líderes religiosos diz que “vivemos um momento difícil e de apreensão no Brasil”. De acordo com o bispo auxiliar de Brasília e secretário-geral da CNBB, dom Leonardo Steiner, o "Dia de Oração e Jejum" é uma oportunidade para que os cristãos "que querem um Brasil melhor, mais fraterno e não dividido" se unam.

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“Nós estamos necessitados de um novo Brasil, mais ético; de uma política mais transparente. Nós não podemos chegar a um impasse de acharmos que a política pode ser dispensada. A política é muito importante, mas do modo do comportamento de muitos políticos, ela está sendo muito rejeitada dentro do Brasil. Nós esperamos que esse dia de jejum e oração ajude a refletir essa questão em maior profundidade”, declarou.

A CNBB também convocou os cristãos a participarem do Grito dos Excluídos. "A sociedade brasileira está cada vez mais perplexa, diante da profunda crise ética que tem levado a decisões políticas e econômicas que, tomadas sem a participação da sociedade, implicam em perda de direitos, agravam situações de exclusão e penalizam o povo brasileiro pobre", afirmou o colegiado em nota.

A 23ª edição do ato traz como lema “Por direitos e democracia. A luta é todo o dia”. No Recife, a concentração será a partir das 9h, na Praça do Derby e a marcha vai percorrer as Avenidas Governador Carlos de Lima Cavalcanti, Conde da Boa Vista, Guararapes e Dantas Barreto, encerrando na Praça da Independência. 

O Grito é organizado pelas representações de Igrejas, a Central Única dos Trabalhadores, movimentos sociais e estudantis.

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) enviou uma carta para as igrejas católicas de todo o país convidando os católicos a reservarem o dia 7 de setembro para oração e jejum pela “realidade econômica, política e ética que vem acompanhada de violência e desesperança”. 

No documento, o colegiado dos líderes religiosos diz que “vivemos um momento difícil e de apreensão no Brasil”. De acordo com o bispo auxiliar de Brasília e secretário-geral da CNBB, dom Leonardo Steiner, o ‘Dia de Oração e Jejum’ é uma oportunidade para que os cristãos ‘que querem um Brasil melhor, mais fraterno e não dividido’ se unam.

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“Nós estamos necessitados de um novo Brasil, mais ético; de uma política mais transparente. Nós não podemos chegar a um impasse de acharmos que a política pode ser dispensada. A política é muito importante, mas do modo do comportamento de muitos políticos, ela está sendo muito rejeitada dentro do Brasil. Nós esperamos que esse dia de jejum e oração ajude a refletir essa questão em maior profundidade”, declarou.

Esta não é a primeira vez que a CNBB se manifesta sobre o cenário político do país. O colegiado já se colocou contrário a reforma trabalhista, já em vigor no país, e a previdenciária, em andamento no Congresso Nacional. 

O diretor-presidente da BM&FBovespa, Edemir Pinto, considera que o Brasil viveu na quinta-feira, 12, um momento histórico, com a posse do presidente interino da República Michel Temer, e que agora o mercado aguarda medidas efetivas para a retomada da confiança no País.

"Temos uma grande oportunidade de mudança de expectativas. No médio prazo poderemos ter a criação de um grande círculo virtuoso para a economia e para o País como um todo", disse o executivo nesta sexta-feira, 13, lembrando que para isso a crise política instaurada no País precisa chegar ao fim.

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Com a retomada da confiança, o que segundo Edemir também dependerá das medidas e diretrizes a serem anunciadas pelo novo governo, o efeito chegará ao mercado de capitais.

Segundo ele, com essa mudança de expectativas se materializando, o mercado pode ter alguma novidade em relação a ofertas iniciais de ações (IPOs, na sigla em inglês), o que não vinha sendo esperado até aqui.

O presidente da Bolsa disse ainda que o discurso do novo governo sinaliza uma onda de privatizações. "Estamos saindo de um período em que a governança das estatais foi muito questionada e para esse novo momento, em que as privatizações podem ser iniciativas do governo para ter recursos sem precisar de aumentar os impostos, a governança será relevante", disse.

No dia em que o Senado Federal decide sobre o impeachment da presidente Dilma Rousseff, o dólar fechou em baixa de 0,61%, cotado a R$ 3,4474 no mercado à vista. A expectativa pelo afastamento da presidente, que deve ser confirmado entre a noite de hoje e a manhã de quinta-feira, fez investidores continuarem a vender a divisa americana.

A queda do dólar aconteceu apesar de o Banco Central ter feito durante o dia três leilões de swap cambial reverso, retirando dólares do sistema. Nessas operações, o BC vendeu 47.970 contratos, que corresponderam a US$ 2,4 bilhões. Na abertura, o dólar chegou a subir ante o real, atingindo a máxima de R$ 3,4804 (+0,34%) às 9h02, com a expectativa do primeiro leilão.

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A moeda americana acabou migrando para o negativo no decorrer da manhã, com os players se apegando ao impeachment. No exterior, o dólar também cedia ante várias divisas, o que favorecia o movimento no Brasil. Foi quando o BC convocou outro leilão de swap reverso, que manteve a cotação em alta por um curto período. O terceiro leilão foi feito no período da tarde, sem conseguir conter a queda com que o dólar operava.

Os juros futuros encerraram o dia em alta, determinada principalmente pelas incertezas com o cenário político após a decisão do presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), de anular a aprovação da abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Outros fatores que estimularam a postura mais cautelosa do investidor foram a aversão ao risco global e dúvidas sobre a capacidade de um eventual governo de Michel Temer de enfrentar as dificuldades econômicas.

Ao término da negociação regular, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2017 tinha taxa de 13,695%, de 13,675% no ajuste de sexta-feira. Na máxima, chegou a 13,835%. O DI janeiro de 2018 fechou em 12,87%, de 12,80% no ajuste anterior, após máxima de 13,05%. O DI janeiro de 2021 subiu de 12,58% para 12,69%, com máxima de 13,15%.

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As taxas já começaram o dia pressionadas, refletindo a aversão ao risco no exterior após dados fracos do comércio exterior da China e que levaram o governo do país a anunciar uma série de medidas com o objetivo de impulsionar as exportações. Na comparação anual, as exportações chinesas caíram 1,8% em abril, revertendo alta de 11,5% em março, enquanto as importações recuaram 10,9%, ante queda de 7,6% no mês anterior.

Além disso, pesaram sobre o mercado as dúvidas sobre se Temer, se assumir o lugar de Dilma, terá sucesso na implantação de medidas para a retomada do crescimento. O investidor também parece impaciente sobre a formação da equipe do eventual novo governo, dando como certo até o momento somente o nome de Henrique Meirelles para a Fazenda.

O pico do estresse, contudo, veio no final da manhã, com a notícia de que o presidente da Câmara havia anulado as sessões que resultaram na autorização da abertura do processo de impeachment. As taxas foram para as máximas, em linha com a reação negativa dos demais ativos domésticos. À tarde, contudo, devolveram boa parte do movimento, após opiniões de especialistas que apontavam a falta de sustentação jurídica da decisão. Além disso, contribuiu, segundo fontes, a sinalização do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), de que ignoraria a decisão e manteria a votação em plenário na quarta-feira, 11.

As incertezas do cenário político levaram o dólar a fechar em alta de 1,24% nesta quinta-feira, 7, cotado a R$ 3,6855 no mercado à vista. As notícias do dia não animaram o mercado de câmbio, onde a redução das apostas no impedimento voltou a incentivar a compra de dólares. Pesa a percepção de que as articulações do governo para sustentar o mandato de Dilma possam de fato surtir efeito. Além disso, há ainda dúvidas quanto ao eventual substituto da presidente, uma vez que, por determinação do STF, será formada uma comissão para analisar o pedido de impeachment do vice Michel Temer.

Entre as notícias do dia, também foi destaque a confirmação da eleição de Gilmar Mendes para a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), onde tramita ação pela impugnação da chapa Dilma-Temer nas eleições de 2014. Complementa esse quadro a notícia de que executivos da Andrade Gutierrez afirmaram em delação premiada que a segunda maior construtora do País fez doações à campanha usando dinheiro de propina.

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Em meio às incertezas, o dólar subiu durante todo o dia. Na mínima da sessão, às 9h54, marcou R$ 3,6484 (+0,22%) e, na máxima, às 13h19, atingiu R$ 3,7130 (+1,99%). No pico do dia, a moeda refletiu ainda movimento de zeragem, no intraday, de posições vendidas de alguns players.

Pela manhã, o Banco Central realizou leilão de até 20 mil contratos de swap cambial reverso (US$ 1 bilhão), em operação cujo efeito é equivalente à compra de dólares no mercado futuro. No entanto, apenas 8,5 mil contratos (US$ 422,8 milhões) foram colocados. No fim da manhã, a instituição vendeu outros 5,5 mil contratos de swap tradicional (US$ 268 milhões) para rolagem dos vencimentos de maio.

Após um dia de noticiário intenso e muitas incertezas quanto aos próximos acontecimentos, a Bovespa fechou em queda de 3,56%, aos 47.130,02 pontos e com R$ 8,2 bilhões em negócios, nesta terça-feira, 15. As notícias do cenário político concentraram as atenções no mercado. A possibilidade de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se tornar ministro da Secretaria de Governo e os desdobramentos da homologação da delação premiada do senador Delcídio Amaral (MS) estiveram entre os principais fatores de influência nos negócios.

Os ativos brasileiros vinham acumulando ganhos até a semana passada, com a análise de que os recentes fatos levariam ao afastamento da presidente Dilma Rousseff. Essa percepção ganhou força até os protestos de domingo contra o governo Dilma, Lula e em apoio ao juiz Sérgio Moro, da Operação Lava Jato.

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As especulações em torno da nomeação de Lula passaram a ganhar mais força desde que a Justiça de São Paulo encaminhou para Moro a decisão sobre a denúncia e o pedido de prisão de Lula feitos pelo Ministério Público paulista, no caso da propriedade do tríplex de Guarujá. A nomeação de Lula, além de dar foro privilegiado ao ex-presidente, teria por objetivo dar maior sobrevida ao governo Dilma. O resultado das especulações foi a forte queda das ações e forte alta do dólar.

O cenário internacional avesso ao risco acabou por reforçar essa tendência, uma vez que petróleo e minério de ferro tiveram quedas. As bolsas europeias fecharam em baixa e as americanas andaram de lado. Os papéis da Petrobras tiveram queda de 10,68% (PN) e 6,60% (ON). Com esse resultado, as ações preferenciais da estatal anularam os ganhos que ainda acumulavam no mês. Por outro lado, as ações ordinárias do Banco do Brasil, que lideraram as quedas do Ibovespa (-21,17%), ainda conservam valorização de mais de 30% no mês.

Líder do governo na Câmara, o deputado José Guimarães (PT-CE), disse hoje (7) que pretende trabalhar na Comissão Especial que analisará a abertura do processo deimpeachment para promover o que considerou ser “necessidade do país”: “interditar o golpe”.

Segundo ele, os líderes da base aliada consideram que esta tarefa envolve a todos, porque “o que está em jogo” é a “questão democrática do país”.

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Guimarães e outros líderes da base na Câmara se encontraram nesta manhã com o ministro da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, para discutir o assunto.

De acordo com o líder do governo, a tese do processo contra a presidenta é inconsistente. Ele informou que, durante a reunião, foi discutido o cenário político desde a última sexta-feira.

“De forma quase unânime, eu diria que quem falou foi no sentido de que o ambiente político no país é muito favorável a, por razoes políticas e por razões jurídicas, desconstruir a tese do impedimento. Fizemos um balanço muito consistente”, afirmou. Conforme Guimarães, os nomes dos deputados que representarão os partidos ainda não estão definidos.

“A gente tem ideia, mas elas só serão concluídas ali pelas 17 horas”, concluiu.

A alta do dólar no exterior e as incertezas em relação ao cenário político brasileiro deram suporte à alta do dólar ante o real nesta sexta-feira (16). A moeda americana à vista negociada no balcão subiu 1,05%, aos R$ 3,8400, interrompendo uma série de duas sessões de perdas. Na semana, houve alta acumulada de +2,64%.

O dólar operou em alta durante todo o dia no Brasil, em sintonia com o exterior. Após as perdas recentes, a moeda americana recuperava espaço ante as divisas de países emergentes e de exportadores de commodities. Isso ocorria a despeito de, no mercado global, predominar a percepção de que a alta de juros nos EUA ocorrerá apenas mais à frente, talvez em 2016.

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No Brasil, os investidores reagiam negativamente às notícias de que Levy pode ser demitido. Ainda mais porque não se sabe quem poderia substituí-lo e, pior, se a atual política de ajuste fiscal continuaria. Ao mesmo tempo, foi mal recebida a informação de que o governo pode alterar a meta fiscal para 2015. Neste cenário, a divisa dos EUA negociada no balcão marcou a mínima de R$ 3,8110 (+0,29%) às 10h30, para depois indicar uma máxima de R$ 3,8590 (+1,55%) às 11h23.

À tarde, houve certa acomodação, mesmo porque a liquidez diminuiu. Perto das 16h30, o giro à vista de dólares, conforme a clearing de câmbio da BM&FBovespa, estava em US$ 1,407 bilhão, sendo US$ 1,087 bilhão em D+2. No mercado futuro, que fecha apenas às 18 horas, o dólar para novembro tinha alta de 0,84%, aos R$ 3,8590.

A presidente Dilma Rousseff (PT) confirmou ao senador Humberto Costa (PT) que a área da Força Aérea Brasileira (FAB) no Aeroporto Internacional dos Guararapes, no Recife, será cedido ao Governo de Pernambuco. A autorização facilita os argumentos da gestão no pleito pela instalação do hub da Latam no Nordeste. A disputa acontece entre Recife, Fortaleza e Natal. 

"Ela já estava muito inteirada do assunto e disse que é questão resolvida: a FAB está instruída a passar a área para a Infraero. Isso coloca Pernambuco com novo gás na briga pelo centro de operações aéreo", afirmou o senador, ao detalhar como foi a reunião com a petista, à portas fechadas, na última quarta-feira (26). 

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O hub é um aeroporto que concentra voos de conexão e preparado para operar em horário de pico. O equipamento que será instalado no Nordeste pretende melhorar as conexões entre a América e a Europa, com voos que não passem de 10 horas. A expectativa é que o novo centro de voos crie aproximadamente 10 mil empregos diretos e indiretos, com um investimento total de cerca de R$ 4 bilhões. A decisão sobre qual cidade receberá o empreendimento está prevista para sair até dezembro.

Além da discussão sobre o equipamento, os dois revisaram o cenário político e econômico atual e trocaram impressões sobre a situação da base aliada no Congresso, especialmente, no Senado. Como resultado do encontro, Dilma acatou sugestão de Humberto e já convidou para um jantar, na semana que vem, a bancada de senadores do PT com a finalidade de afinar o diálogo entre Executivo e Legislativo.

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Elas são históricas, possuem pontos turísticos e atraem pessoas de todo o mundo. Mas essas não são as únicas semelhanças entre as cidades do Recife e Olinda. Irmãs geograficamente e aniversariantes nesta quarta-feira (12), as duas possuem situações semelhantes no quesito política: em ambos os municípios o governo se sobressai em relação à minoria da oposição.

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Na capital pernambucana, a força dos vereadores opositores decaiu devido as recentes mudanças. Apesar de antes serem quatro e agora aumentarem para dez, a bancada da oposição ainda está se estruturando e elaborando a melhor estratégia para atuar na fiscalização do prefeito Geraldo Julio (PSB).

Assumindo cadeiras na Câmara Federal e na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), Raul Jungmann (PPS) e Priscila Krause (DEM), respectivamente, foram dois que deixaram a Casa José Mariano e consecutivamente, o colegiado opositor. Fora eles, a saída da vereadora Aline Mariano (PSDB), que agora assumiu a Secretaria de Enfrentamento ao Crack e outras Drogas do Recife, enfraqueceu a bancada que restou apenas André Régis (PSDB), mas este último, devido às aproximações entre tucanos e pessebistas, preferiu declarar independência em relação aos blocos da Câmara.

Com as mudanças, a oposição da Câmara do Recife possui atualmente os vereadores do PT: Jurandir Liberal, Luiz Eustáquio, Henrique Leite, Jairo Brito e Osmar Ricardo. Do PTB: Antônio Luiz Neto, Carlos Gueiros e Eduardo Marques e ainda as vereadoras Isabella de Roldão do PDT e Marília Arraes do PSB. Apesar das mudanças e da nova configuração, o líder da oposição, Jurandir Liberal, acredita que já tem conhecimento suficiente para atuar no colegiado com os demais parlamentares. “A gente tem um mandato de 14 anos. Já ocupei várias comissões e eu conheço o trabalho da maioria dos colegas”, explicou, reforçando a importância do bloco. “Quando o governo só tem base de apoio ele não é questionado e a oposição ajuda o eleitor a refletir. E, se o gestor foi inteligente, ele procura justamente aproveitar os questionamentos da oposição”, destacou. 

Em Olinda a situação assemelha-se não em relação à quantidade, mas pelos opositores também serem minoria, e inclusive, terem até pedidos de audiências rejeitados. Na Casa Legislativa, dos 17 vereadores, apenas quatro atuam na oposição: Jorge Federal (PMDB) como o líder, Arlindo Siqueira (PSL), Jesuíno (PSDB) e Riquinho (PROS).

Mesmo a bancada representando menos de 30% dos parlamentares da Câmara de Olinda, o líder da oposição, Jorge Federal, defende a atuação do bloco e frisa a relevância da existência da equipe. “A oposição na verdade é o ponto de equilíbrio entre o executivo e a representação do povo. É quem tem a legitimidade e o desejo que as coisas ocorram bem para a população, porque o executivo nas suas ações, até tem vontade de fazer as coisas, mas fazem e depois abandonam”, pontuou avigorando a ideia. “A oposição é necessária e salutar. É onde a democracia existe quando você consegue ouvir o opositor, mas quando não ouve é uma ditadura, porque onde não há oposição há ditadura”, disparou.

Para a moradora da cidade de Olinda e estudante de direito, Yngrid Oliveira, 22 anos, os políticos deveriam valorizar e investir mais no local. Além disso, ela reconhece também a falta de interesse por parte da população. “Acho que existe pouco interesse do povo e das autoridades. A cidade é abandonada e está sendo governada por um prefeito que nem daqui é, não conhece a cidade e muito menos a necessidade dela. Não tem o cuidado e não está estimulando o turismo. Desinteresse por parte do povo, dos vereadores e do prefeito”, criticou Oliveira referindo-se ao fato de Renildo ser alagoano.

Segundo o cientista político, Adriano Oliveira, a função da oposição em qualquer gestão, seja ela municipal, estadual ou nacional é muito relevante, porém são necessárias traçar estratégias de trabalho. “Em qualquer ambiente a oposição é necessária e deve ser valorizada. No caso de Olinda existem críticas ao prefeito da cidade, mas em geral as oposições não partem com uma alternativa, eles apenas criticam. Elas têm que dizer por que o governo é ruim e propor uma alternativa”, esclareceu.

Oliveira explicou que o melhor caminho para a atuação opositora tanto no Recife como em Olinda é buscar pontuar a atuação. “Às vezes a oposição é forte só de espetáculo e falta conteúdo, então ele deva pesquisar e escolher pautas, e a partir disso colocar em discurso as demandas do eleitor”, frisou o cientista político. 

 

 

 

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A semana foi bem agitada no cenário político. Acontecimentos nacionais com repercussões locais geraram especulações que resultaram muitas novidades na Câmara Federal, na Assembleia Legislativa de Pernambuco e nas articulações partidárias. A partir deste sábado (17), o Portal LeiaJá faz um retrospectiva dos principais acontecimentos da semana.

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Confira:

Candidatura à presidência da Câmara Federal: desde o início de janeiro, três candidatos à presidência da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Júlio Delgado (PSB-SP) e Arlindo Chinaglia (PT-SP) percorrem o País para conversas com pouco mais de 500 eleitores. Durante esta semana, o deputado federal, Arlindo Chinaglia visitou a capital de Pernambuco para conversar com os líderes dos partidos.

O candidato petista à presidência da Câmara realizou visita ao governador Paulo Câmara (PSB-PE) e afirmou que caso concorra ao segundo turno, com o opositor Eduardo Cunha (PMDB-RJ), O PSB o apoiaria. Entretanto, contrapondo com o relato, o prefeito do Recife Geraldo Julio (PSB-PE) e secretário da sigla, falou que a prioridade é a candidatura de Júlio Delgado e que escolha para o segundo turno só será avaliada posteriormente. 

Reajuste salarial dos deputados estaduais e candidatura à Mesa diretora: Em Pernambuco, na Assembleia Legislativa (Alepe), o grande ‘burburinho’ ficou por acerca do subsídio dos parlamentares da Casa. Em sessão extraordinária, a casa realizou votação para o aumento do salário, em 26,31%; a Reforma Administrativa de PE, entre outras. Em uma das discussões, o presidente da Alepe, Guilherme Uchoa declarou que não considerava ‘imoral’ o aumento.

Já a Reforma administrativa, apresentada pelo chefe do executivo, Paulo Câmara, também gerou polêmica entre o líder da oposição, Silvio Costa Filho e Waldemar Borges (PSB-PE). Após trocas de pronunciamentos contraditórios, Borges afirmou que acusações da oposição eram inconsistentes.

A eleição para a mesa diretora da Câmara também foi bastante repercutida pela imprensa. A grande polêmica está na possível candidatura do atual presidente da Alepe, Guilherme Uchoa, que almeja se reeleger pela quinta. Em entrevista ao Portal LeiaJá, Guilherme reafirmou que parecer da OAB-PE não foi solicitado e que candidatura é viável. A oposição que se mostra contra a candidatura de Uchoa ainda não apresentou nenhum postulante.

Oposição ao Governo de PE: Em entrevista exclusiva, concedida ao Portal LeiJá, o líder da oposição, Silvio Costa Filho criticou a gestão do governador Paulo Câmara (PSB-PE). Artificialidade nas lideranças, suposições de futuro endividamento e falta de transparência foram alguns dos temas elencados pelo deputado federal. Silvio ainda solicitou a senha do E-Fisco - sistema que monitora todos os custos do Estado -, porém o pedido foi negado pelo gestor, que rebateu, dizendo que não tinha medo de transparência. Em vídeo, Silvio ainda fez novas acusações, como a falta de pagamento às empresas terceirizadas.

Quem também criticou a gestão do atual chefe do Governo de Pernambuco foi a vereadora Marília Arraes (PSB-PE). Em seu perfil no Facebook, ela questionou a o aumento da passagem, postando imagem com informações do ‘Bilhete Único’ prometido. De acordo com a vereadora, o reajuste da passagem de ônibus na Região Metropolitana do Recife é resultado da "falta de compromisso" do governador.

Estreia de Paulo Câmara em Brasília: Acompanhado pelos seus correligionários; André de Paula (PSD-PE) secretario de Cidades; do presidente do Recife, Geraldo Julio (PSB-PE), o chefe do executivo foi pela primeira vez a Brasília para se reunir com os ministros das Cidades, Gilberto Kassab (PSD), e dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues (PR).

O encontro teve como finalidade articular agilidade das obras e de projetos. Uma vez que, de acordo com Kassab as prioridades da pasta são: Saneamento, transporte, mobilidade urbana e habitação. O prefeito da cidade do Recife, durante lançamento do ‘Pacto Metropolitano do Turismo’ declarou que solicitou R$ 81 milhões para projetos ligados à mobilidade, como a finalização da Via Mangue.

Promessas para Pernambuco: Com a mudança de Governo Estadual e a posse dos novos ministros surgem as promessas para Pernambuco. Uma das promessas foi a finalização da Transposição do Rio São Francisco, que está atrasada há seis anos. De acordo com o ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, as obras serão concluídas no primeiro semestre de 2016.

Outra possível novidade é a duplicação da BR232. O Ministério dos Transportes sinalizou a inclusão da duplicação da BR-232, de São Caetano até Arcoverde, no cronograma da terceira fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC3).

Saída de Marta Suplicy do PT: o Partido dos Trabalhadores deu uma estremecida. As acusações e insatisfações foram gerou crise na sigla, principalmente, após Juca Ferreira assumir o ministério da Cultura. Em entrevista, o ministro-chefe da Secretaria Geral, Miguel Rossetto, disse que o assunto está superado a partir da qualidade e da representatividade e que Marta Suplicy já saiu do PT faz tempo.

Publicado laudo de acidente de Eduardo Campos: Nesta sexta-feira (16) foi divulgado o laudo da queda do avião de Eduardo Campos - ex-governador de Pernambuco e candidato à presidência da República -, morto em agosto. De acordo com o laudo, o acidente ocorreu a partir de sucessivas falhas humanas. Entretanto, o advogado da família e irmão de Campos, Antônio Campos, as informações ainda são prematurasJá Paulo Câmara, o ‘herdeiro político’ de Campos afirmou que só se pronunciará após o laudo oficial das autoridades responsáveis. A viúva, Renata Campos também preferiu não falar sobre o assunto

Lava Jato: o escândalo da operação Lava Jato também trouxe novidades. Durante a semana, o Ministério Público de São Paulo abriu três novas frentes na investigação e cita algumas empresas, tais como a Construtora OAS, Consórcio Queiroz Galvão, Bombardier, Petrobras e SACS Construção e Comércio. Já um dos delatores, Julio Gerin Camargo pediu perdão à justiça e alegou, em sua defesa, que prestou "inconteste e eficaz" colaboração que justificaria a concessão do benefício.

Na última quarta-feira (14), o ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró foi preso pela Polícia Federal (PF), ao desembarcar no Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão), no Rio de Janeiro. Ele é acusado de envolvimento na Operação Lava Jato. Após a prisão de Cerveró, o Ministério Público Federal declarou que a "há fortes indícios de que ele continua a praticar crimes".

Citado também nos depoimentos da Operação, o candidato à presidência da Câmara Federal e deputado, Eduardo Cunha afirmou que não possui ligação com o escândalo da Petrobras e que o seu nome foi envolvido indevidamente na Lava Jato.

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