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A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) aprovou proposta que proíbe a cobrança, pelas operadoras de telefonia celular, da tarifa adicional de deslocamento (roaming) quando o cliente fizer ou receber ligação fora da sua área de origem, mas em região atendida pelo mesmo grupo econômico da operadora.

A proposta sujeita os infratores às penalidades estabelecidas na Lei Geral de Telecomunicações — que incluem advertência, multa, suspensão temporária e extinção da concessão —, sem prejuízo de outras previstas na legislação em vigor.

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O texto aprovado, que segue para o Senado, é um substitutivo do relator, deputado Veneziano Vital do Rêgo (PMDB-PB), para os projetos de lei 275/11, do deputado Chico Lopes (PCdoB-CE), e 967/11, do ex-deputado Romero Rodrigues. Os projetos tramitam apensados e tratam do fim da cobrança do roaming.

Vital do Rêgo acolheu o substitutivo aprovado anteriormente pela Comissão de Defesa do Consumidor, mas propôs alterações para melhorar aspectos ligados à técnica legislativa.

“Quando a operadora é a mesma e apenas a localidade é diferente, não vemos motivo que justifique a cobrança do adicional, pois que a operadora não necessitará recorrer a serviço de outra empresa para atender seu usuário”, afirmou o autor do substitutivo na Comissão de Defesa do Consumidor, deputado Roberto Santiago.

Com informações da Agência Câmara

O líder da oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco, deputado Sílvio Costa Filho (PTB) emitiu nesta sexta-feira (19) uma carta ao Governo do Estado pedindo a ampliação da Lei Ordinária que institui o Passe Livre Estudantil. No documento, o petebista sugere ao governador Paulo Câmara (PSB) que amplie a ação para outros alunos como os da Universidade Federal (UFPE) e do Instituto Federal de Pernambuco (IFPE). 

Confira a carta de Sílvio Costa na íntegra:

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Excelentíssimo Sr. Governador de Pernambuco, Paulo Câmara

O Governo do Estado apresentou um projeto de lei ordinária de número 278/2015, que institui o Passe Livre para os estudantes cotistas da Universidade de Pernambuco (UPE), que estudam e moram na Região Metropolitana, e alunos da rede estadual de ensino. O projeto, aprovado na Assembleia Legislativa de Pernambuco, contou com o nosso voto favorável. 

Quero contudo sugerir ao Excelentíssimo Sr. Governador que inclua no projeto estudantes da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Instituto Federal de Pernambuco (IFPE), alunos do Programa Universidade Para Todos (PROUNI) e Programa de Financiamento Estudantil (FIES).

Com a proposta, queremos ampliar o benefício para todos os estudantes cotistas nestas instituições, além das entidades já previstas no Projeto de Lei Original. A aplicação de tal medida evitará que iguais sejam tratados de forma diferente, dando ao conjunto destes estudantes um tratamento mais democrático e igualitário.

Ciente de sua atenção e profunda reflexão sobre a proposta, colocamo-nos à disposição para os esclarecimentos que se fizerem necessários.

atenciosamente,

Deputado estadual Silvio Costa Filho (PTB)

 

O julgamento das contas do governo da presidente Dilma Rousseff pelo Tribunal de Contas da União (TCU) trouxe à tona a existência de um vácuo legal de 15 anos sobre a forma de se fazer a contabilidade pública no Brasil. Pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), cabe ao Congresso aprovar uma lei fixando uma metodologia de apuração dos resultados primário e nominal do setor público.

Até agora, contudo, o Legislativo "dormiu" sobre a tarefa e, desde 2012, o TCU passou a cobrar que o Senado aprove uma norma estabelecendo os conceitos e os parâmetros referentes ao controle da política fiscal. Para o tribunal, o Banco Central - instituição que tem adotado uma metodologia própria para elaborar a contabilidade do governo - não tem autorização legal para suprir a omissão do Senado.

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Em uma solução precária, nos projetos de lei de diretrizes orçamentárias que envia ao Congresso desde 2000, o governo tem indicado o BC como o responsável pela apuração do resultado para fins de cumprimento das metas. Contudo, o TCU tem defendido a aprovação de uma lei que fixe a metodologia. "Essa medida é fundamental para garantir a transparência e compreensão dos resultados fiscais alcançados pelo governo federal", decidiu o tribunal em 15 de abril.

Alternativa

Parlamentares já começaram a discutir uma saída que deve aumentar a influência do Congresso na política fiscal brasileira. O senador José Serra (PSDB-SP) articula com lideranças do governo a apresentação de um projeto para determinar essa metodologia e criar dois conselhos responsáveis por monitorar as contas públicas e impedir que manobras como as "pedaladas" se repitam. Nesse cenário, o Brasil poderá ter de conviver com duas metodologias: a que já é usada pelo BC e uma que ficará a cargo do Tesouro, conforme regras a serem definidas pelo Senado.

A intenção é de que esses dois conselhos tenham corpo técnico vinculado ao Poder Legislativo, formados por pessoas de notório saber e apartidárias. "Não poderá ser um cabide de emprego", disse um assessor econômico envolvido na elaboração do projeto de lei.

A ideia é apresentar o projeto para tramitar conjuntamente com uma proposta que trata da fixação de limites para a dívida consolidada da União. Serra apresentou um parecer sobre essa última proposta no mês passado, mas o texto precisa ser votado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Depois, terá de ser votada pelos pelo plenário do Senado e pela Câmara.

O jornal O Estado de S. Paulo apurou que o presidente da CAE e líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS), quer colocar as propostas em votação no início do segundo semestre, após a aprovação das propostas de ajuste fiscal pelo Congresso. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Cidadãos insatisfeitos com a manutenção dada às praças que costumam frequentar, ou com ideais para melhorá-las, poderão agora se inscrever na Prefeitura para virarem gestores de praças. O prefeito Fernando Haddad (PT) sancionou na quinta-feira, 11, uma lei aprovada pela Câmara Municipal em maio que prevê a criação de conselhos gestores para cada praça da cidade.

Os conselhos terão a prerrogativa de propor reformas, novos projetos e mudanças na forma como atuam os serviços de manutenção para os órgãos competentes (como as Secretarias do Verde e das Subprefeituras). O conselheiro também terá papel de fiscalizar as ações da Prefeitura em cada praça. A atividade não será remunerada.

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Segundo o texto, para participar do conselho gestor, os interessados devem morar na região do entorno da praça e fazer um cadastro na Unidade de Áreas Verdes da subprefeitura do bairro. O processo deve ser feito pessoalmente.

"Com a gestão participativa, a Prefeitura busca, entre outras coisas, a sustentabilidade do espaço urbano, a valorização do patrimônio ambiental, histórico, cultural e social das praças", diz a Prefeitura, em nota.

As subprefeituras têm seis meses, a contar a partir desta quinta, para elaborar as listas de grupos gestores de cada praça e publicar a relação em seus sites. A Prefeitura também deverá criar programas de educação ambiental para orientar as ações dos gestores.

O Senado aprovou nesta quarta-feira, 10, por unanimidade, a criação da Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência. O projeto prevê, entre outras medidas, a possibilidade de uso do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para a compra de órteses e próteses, a obrigatoriedade das prefeituras em tornar as calçadas acessíveis e o direito ao "auxílio inclusão", uma renda suplementar para a pessoa com deficiência inserida no mercado de trabalho.

A aprovação do projeto foi comemorado por dezenas de pessoas que ocupavam as galerias do Senado e segue agora para a sanção da presidente Dilma Rousseff. Relator da matéria, o senador Romário (PSB-RJ), destacou na tribuna a importância da proposta, mas lamentou o fato de o projeto ter demorado mais de 12 anos para ser aprovado. "Eu acredito que nós vamos ter a oportunidade de definitivamente ajudar a melhorar a qualidade de vida de mais ou menos 50 milhões de pessoas, fora os seus familiares", disse. Romário se emocionou ao lembrar da filha, Ivy, que tem síndrome de Down e afirmou que por isso tem na inclusão uma das principais bandeiras do seu mandato.

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O projeto, que ficou conhecido como Estatuto da Pessoa com Deficiência, tem mais de cem artigos. Entre os itens mais importantes, o que regulariza ou amplia uma série de cotas voltadas para este público. Ele prevê, por exemplo, que empresas com mais de 50 funcionários reservem pelo menos uma vaga para deficientes. Atualmente, essa cota é aplicada apenas por companhias com mais de cem empregados.

Sancionada desde o último dia 27 de maio, a Lei estadual nº 15.516 de autoria do deputado Ricardo Costa (PMDB), será o tema de uma audiência pública na próxima quarta-feira (10), na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). O debate proposto pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) ocorrerá às 11h, no auditório da Casa Legislativa.

A norma regulamenta o uso do espaço público e estabelece que qualquer tipo de manifestação artística seja restrito entre os horários das 10h e 22h, exceto para eventos financiados e aprovados previamente pelo governo. Apesar de já está em vigor, alguns deputados e representantes do segmento cultural criticaram a iniciativa, por isso, o autor da proposta já pensa em fazer alterações. 

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“Estou aberto a oxigenar essas leis conversando com os segmentos da sociedade, de artistas, da prefeitura, com secretários e ouvir suas expectativas para que todos discutam a responsabilidade da nossa cultura, folclore, teatro, música e toda a manifestação possa a partir de agora, ter nossa inclusão que oportuniza esse novo ordenamento”, reconheceu Costa durante entrevista recente ao Portal LeiaJá

Confirmando a possibilidade de modificações, na pauta da agenda da Alepe o evento está marcado com o objetivo de colher sugestões para o aprimoramento da lei. 

 

Depois de passar alguns dias em São Paulo, e sem agendas públicas em Pernambuco, o governador Paulo Câmara (PSB) encaminhará à Assembleia Legislativa, nesta sexta-feira (5), um projeto de Lei para instituir a Política Estadual das Pesca Artesanal. A assinatura da matéria será feita às 11h, no  salão das Bandeiras, no Palácio do Campo das Princesas.

A iniciativa do Governo de Pernambuco busca a valorização dos pescadores artesanais e o fomento da sustentabilidade socioeconômica e ambiental. Dentro da política está prevista a criação do programa para Pesca Artesanal e do Plano de Assistência Técnica e Extensão da Pesca Artesanal. 

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Na mesma cerimônia, o Estado lançará um edital que vai destinar R$ 2 milhões para as Unidades de Conservação que se encontram nas áreas com populações que vivem da pesca artesanal. O objetivo é integrar as comunidades de pescadores às ações de monitoramento e proteção.  

 

O autor da Lei estadual nº 15.516, sancionada no último dia 27 de maio, deputado Ricardo Costa (PMDB), comentou a possibilidade de aperfeiçoamento da norma nesta segunda-feira (1°). A iniciativa regulamenta o uso do espaço público e estabelece que qualquer tipo de manifestação artística seja restrito entre os horários das 10h e 22h, exceto para eventos financiados e aprovados previamente pelo governo. Na norma, crianças menores de 14 anos também estão proibidas de participar dos atos.

Durante entrevista exclusiva ao Portal LeiaJá, o peemedebista destrinchou três aspectos da norma. “O primeiro foco é atenção que se tem que dar às crianças. Você andando por Recife, Jaboatão e Olinda vê um caos no trânsito. Crianças na frente de motocicletas sendo maltratados até por proprietários de automóveis. O primeiro foco é a criança porque local de criança é na escola”, esclareceu. 

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Seguindo sua explicação, o deputado comentou a restrição ao horário. “O segundo viés é o viés da mobilidade na hora que a gente explicitou um horário dessas pessoas poder se expressar nas ruas, e um horário das 10h é um horário que as pessoas já entraram num ritmo de trabalho. Já levaram as crianças para as escolas e o horário foi pensado nesse processo”, destacou acrescentando a possibilidade de distração dos condutores de veículos. “Nós temos receio de um trânsito como um nosso, e isso pode ser um desvio de atenção e pode ocasionar insegurança nos veículos”, completou.

No terceiro ponto ressaltado por Ricardo Costa ele alega que o artista de rua terá mais proteção, porque não se tinha antes nenhuma norma regulamentando a profissão. “E por último, a gente inclui o artista de rua porque não tem nenhuma legislação ainda, e vem trazendo uma proteção e trazendo uma nova discussão”, detalhou.

Apesar de apresentar três justificativas sobre a norma de sua autoria, o parlamentar se colocou à disposição para fazer possíveis alterações na lei. “Estou aberto a oxigenar essas leis conversando com os segmentos da sociedade, de artistas, da prefeitura, com secretários e ouvir suas expectativas para que todos discutam a responsabilidade da nossa cultura, folclore, teatro, música e toda a manifestação possa a partir de agora, ter nossa inclusão que oportuniza esse novo ordenamento”, sinalizou.

Ainda sobre mudanças, o deputado garantiu que se for necessário poderá ser feitos debates para oxigenar a norma. “Podemos aprimorar para valorizar a cultura protegendo-a de todas as tempereis”, prometeu.

Questionado se a lei não atrapalha a realização de apresentações artísticas e culturas no Recife e em demais cidades ele acredita que não. “Não porque em tudo existe bom senso e eu estou estudando a partir de comentários que as pessoas fizeram após a sanção da lei, algumas modificações de aperfeiçoar para evitar possíveis distorções que a lei possa criar. Ela veio para acrescentar e para atender uma parcela da população que trabalha e que não tem nenhuma regulamentação que ampare a sua finalidade”, defendeu Costa. 

Oito dos nove vereadores da bancada da oposição da Câmara de Vereadores do Recife, protocolaram nesta segunda-feira (1°), junto ao Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), um agravo regimental pedindo que seja revogada a decisão do desembargador André Guimarães, que indeferiu, mandado de segurança impetrado pela oposição ao prefeito Geraldo Julio (PSB). No documento, os parlamentares pediam a anulação da votação Projeto de Lei 008/15 que trata do Projeto Novo Recife.

Assinada pelos vereadores Marília Arraes (PSB), Isabella de Roldão (PDT), Jurandir Liberal (PT), Osmar Ricardo (PT), Henrique Leite (PT), Jairo Brito (PT), Luiz Eustáquio (PT) e Antonio Luiz Neto (PTB) os políticos pedem na ação que o mandado de segurança seja apreciado por uma Câmara de desembargadores. 

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Segundo Marília Arraes, o fato de a lei ter sido sancionada não apaga as irregularidades cometidas no processo de tramitação e aprovação do Plano Específico para o Cais José Estelita, Cabanga e Cais de Santa Rita. “O projeto foi apresentado extrapauta e, contrariando o regimento, não foi discutido em plenário. Além dessa, há muitas outras irregularidades, o que deixa a lei aprovada com o gosto de truculência típica do PSB e da atual gestão”, criticou a dissidente do PSB.

 

 

 

 

A nova Lei de Zoneamento, fechada nesta sexta-feira (29) pelo prefeito Fernando Haddad (PT), em reunião com secretários, após meses de discussão, será entregue na Câmara Municipal na terça-feira (2) com a proposta de barrar a verticalização da Avenida Pacaembu, na zona oeste da capital. O novo texto mantém uma restrição já existente para que as construções não ultrapassem 10 metros de altura. A proposta agradou à associação de moradores. Mas ainda há preocupações quanto ao uso que será permitido nas vias.

Após a aprovação das diretrizes estratégicas do Plano Diretor, no ano passado, caberá à nova legislação definir a ocupação e o uso do solo em cada área da capital paulista. As principais polêmicas levantadas até agora, que devem voltar a ser discutidas no Legislativo, se referem a liberações comerciais. Pela primeira vez, bairros antigos e tradicionais, como Jardins, Alto da Lapa e Alto de Pinheiros, terão brechas legais que vão autorizar a instalação de comércios.

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"Quanto à ocupação, que é o gabarito (altura dos prédios), estamos tranquilos. Agora, se eles retiraram as restrições do loteador, onde fala dos recuos laterais, frente e fundo, continua sendo uma preocupação relativa à ocupação", afirmou o presidente da Associação de Moradores do Pacaembu, Rodrigo Mauro.

Haddad voltou a defender nesta sexta-feira a implementação de comércios em áreas residenciais e explicou que será criada uma tipologia de corredores (ZCor), inédita. "Agora reconhecemos que há vários tipos possíveis de corredores, com a finalidade de não deixar degradar avenidas importantes da cidade. Tem ruas que passam por degradação em função de um pequeno detalhe que a legislação agora está alterando", explicou.

Mas os moradores do Pacaembu ainda têm dúvidas sobre as mudanças, previstas na minuta anterior do projeto, publicada em março. No trecho que trata da ocupação do solo, o texto prevê "dispensa de recuos de fundos e laterais para altura da edificação menor ou igual a dez metros". Os recuos determinados pelas companhias loteadoras do bairro - de 1,5 metro nas laterais e 5 metros de frente e fundo - seriam dessa forma derrubados na nova Lei de Zoneamento. "E se derrubarem as cláusulas do loteador, vamos à Justiça contra isso", afirmou Rodrigo Mauro.

Outra demanda é a não adoção de ZCor no bairro. Nos Jardins, a Prefeitura já desistiu de pontos da minuta anterior, liberando a Sampaio Vidal, por exemplo, como o jornal O Estado de S. Paulo mostrou no dia 11. A intenção da Prefeitura, de acordo com Mauro, é criar zonas corredores na Rua Itaquera, na Rua Itapemirim e na Rua Itápolis, no Pacaembu. "Não tem sentido colocar grandes corredores nesses lugares. São ruas calmas e residenciais. A nossa maior preocupação é que o bairro mantenha as características de como foi tombado há 24 anos", disse o presidente da associação de moradores.

Para o arquiteto e urbanista Alexandre Delijaicov, a manutenção das construções com até 10 metros de altura na Avenida Pacaembu não afeta a atração de novos comércios para a via. O especialista defende que a região ganhe bares e restaurantes para ter um caráter "menos de passagem e mais de ficar". E discorda dos moradores do Pacaembu e do Jardins, contrários à implementação de ZCors. "Sou a favor de as pessoas morarem e trabalharem perto, para fazer uma cidade (com deslocamentos) de 20 a 30 minutos, Tem de ser de uso misto. Tem de ter padaria em cada esquina. Você nota a qualidade da via urbana pela quantidade das padarias e lugares de encontro."

A bancada petista na Câmara Municipal aguardava a chegada do projeto do novo zoneamento desde o dia 30. Segundo o prefeito, não houve atrasos. "Foram só alguns ajustes", disse. A Prefeitura recebeu 6.151 propostas de mudança desde março. Desse total, 3.258 (ou 52,9%) vieram de bairros das Subprefeituras de Lapa e Pinheiros, na zona oeste, notadamente os que concentram bairros estritamente residenciais. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Itália, França e outros nove países da União Europeia (UE) devem adotar novas regras para amenizar uma eventual quebra de bancos, disse a Comissão Europeia, o braço executivo da UE, nesta quinta-feira (28).

Para a Comissão Europeia, se os 11 países - Bulgária, República Tcheca, França, Itália, Lituânia, Luxemburgo, Holanda, Malta, Polônia, Romênia e Suécia - não se adequarem à legislação nos próximos dois meses, o caso pode ser encaminhado para o Tribunal de Justiça da União Europeia.

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A lei em questão (Bank Recovery and Resolution Directive, em inglês), adotada parcialmente pelos outros países da região há um ano, estabelece regras para perdas impostas a acionistas e credores pela quebra de um banco. Ela entra plenamente em vigor em 2016.

A lei é parte de um esforço amplo da União Europeia para estabelecer regras que tornem os bancos menos vulneráveis a futuras crises e previnam que os contribuintes sejam obrigados a arcar com os problemas das entidades financeiras. Ela também estabelece quais investidores terão que arcar com suas obrigações antes e coloca limites para a quantidade de dinheiro que os governos podem usar em resgates a bancos.

Os países da União Europeia tiveram que transformar essas regras em legislação nacional no final de 2014. "No entanto, essas 11 nações não conseguiram convertê-las totalmente em lei", disse a comissão.

Em geral, os países se adaptam às normas antes de serem encaminhados para o Tribunal de Justiça da União Europeia. Se o país for a julgamento e o tribunal considerá-lo culpado, ele é obrigado a se adequar à legislação ou receber uma multa. Fonte: Dow Jones Newswires.

Um projeto de lei foi submetido a uma instância do Parlamento iraniano "para melhor proteger os transexuais", indicou nesta terça-feira uma autoridade, citada pela agência de notícias ISNA.

"Para melhor proteger os transexuais, um projeto de lei, incluindo todos os aspectos jurídicos e religiosos, foi preparado e enviado ao Centro de Investigação do Parlamento, que está analisando o texto", afirmou Habibollah Masoudi Farid, adjunto para os Assuntos Sociais de Assistência Social.

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Desde uma fatwa (decreto religioso) do imã Khomeini, fundador da República Islâmica falecido em 1989, o Irã reconhece a transexualidade e as operações de mudança de sexo são realizadas regularmente no país. Esta fatwa foi confirmada pelas novas autoridades.

"Desde 2002, 1.800 pessoas se inscreveram para o nosso serviço", incluindo 330 durante o ano iraniano 1393 (março de 2014 a março de 2015), disse Farid.

Ele indicou que, uma vez confirmada a transsexualidade de uma pessoa por psiquiatras, a pessoa é levada à justiça e a médicos.

"Para evitar problemas devido à sua aparência, a medicina forense fornece-lhes uma carta confirmando a sua transexualidade para que a polícia não tome medidas contra elas", disse o funcionário.

A sociedade iraniana, ainda muito tradicional, aceita mal este fenômeno, enquanto a homossexualidade é totalmente proibida no país e punível com a pena de morte em caso de reincidência.

A nova lei de arbitragem, que deve passar pela sanção presidencial nesta quarta-feira, 27, amplia os casos em que divergências podem ser resolvidas em uma câmara arbitral. O instrumento poderá ser usado para solucionar conflito entre a administração pública e grandes empresas, o que deve ajudar a destravar grandes obras de infraestrutura. O caso poderá ser resolvido fora da esfera do Judiciário e não há a necessidade de interrupção das obras. Essa solução poderia ser aplicada em construção de aeroportos, portos, rodovias, hidrelétricas.

Aprovada este mês no Congresso, a lei aguarda sanção presidencial, cujo prazo se esgota amanhã. Embora ainda não se saiba se o texto será sancionado na íntegra, um apelo de associações pode fazer com que seja vetado o ponto que prevê o uso de câmaras de arbitragem para problemas envolvendo consumidores. Como a presidente Dilma Rousseff está em viagem oficial ao México, o texto deve passar pelo crivo do vice, Michel Temer, presidente em exercício, antes de entrar em vigor.

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Investimentos

A nova legislação permite que seja previsto em contratos um dispositivo que coloque a arbitragem como alternativa para solucionar conflitos entre um órgão público e a empresa contratada. De acordo com o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Luis Felipe Salomão, essa possibilidade era facultada a poucos casos e agora foi estendida de forma geral. "A expectativa é de que isso vai atingir contratos de grande envergadura e que podem atrair bastante investimento estrangeiro", disse.

O ministro disse que hoje uma liminar para resolver um conflito paralisa uma obra. "Com a agilidade da arbitragem e expertise dos árbitros se consegue resolver isso em poucos dias e a obra prossegue."

A nova lei da arbitragem surgiu com a promessa de ampliar o uso de um meio alternativo ao Judiciário pra solução de conflitos. Entre os novos pontos que a lei prevê está o uso de uma câmara de arbitragem para solucionar conflitos na administração pública, em relações trabalhistas, societárias e conflitos envolvendo o consumidor.

Ao optar por recorrer a uma câmara de arbitragem e não à Justiça comum, as partes envolvidas podem escolher um árbitro, que tem função semelhante a de um juiz, para analisar o caso e decidir quem tem razão na divergência. Trata-se de uma solução na esfera privada e que depende depois de um juiz para o cumprimento da decisão.

O mecanismo não é voltado a questões de massa. De acordo com o presidente da comissão, a arbitragem é mais voltada para solucionar contratos comerciais e societários. "A arbitragem não tem perfil para atingir demandas de massa porque tem custo para formar o painel arbitrário. É rápido, mas demanda advogados de lado a lado, expertise na questão", disse. O ministro acrescentou que o marco da mediação, que está sendo discutido no Congresso, poderá ser uma alternativa ao Judiciário para questões de massa.

Consumidor

Entidades de defesa do consumidor querem o veto ao uso da arbitragem para conflitos em relação de consumo. Para as associações de Procons, o projeto não leva em conta a posição vulnerável que o consumidor teria em relação às empresas num processo de arbitragem. Uma dona de casa não teria como fazer frente a um banco, por exemplo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os deputados alemães aprovaram nesta sexta-feira uma polêmica lei sobre a representação dos sindicatos, com o objectivo de reduzir os conflitos sociais causados ​​pelas centrais minoritárias, muito comuns nos últimos meses.

Pouco depois do último conflito na companhia ferroviária pública Deutsche Bahn, o Bundestag (câmara baixa do Parlamento) aprovou o texto por uma maioria clara (448 votos a favor, 126 contra, 16 abstenções).

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Esta lei pretende prevenir a proliferação de acordos salariais dentro de uma mesma empresa, impondo o princípio de "uma empresa, um acordo salarial".

Sob os novos dispositivos, em caso de desacordo entre os sindicatos nas negociações em uma empresa, o texto apresentado pelo sindicato que tem maior número de trabalhadores será aplicado.

O texto tem sido bem recebido nos meios patronais, mas é amplamente criticado pela oposição formada pela esquerda radical Die Linke e os Verdes, que acreditam que infringe o direito à greve.

Os pequenos sindicatos temem, por sua vez, que a lei é uma ameaça à sua sobrevivência.

De acordo com um levantamento divulgado nesta sexta-feira pela emissora pública ZDF, 48% dos entrevistados são a favor da lei e 38% se opõem a ela.

Um grupo de promotores criminais paulistas entregou na manhã desta segunda-feira (18) à deputada federal Mara Gabrilli (PSDB), a minuta de um anteprojeto de lei que prevê o pagamento de até um salário mínimo e meio para pessoas de baixa renda que foram vítimas de violência ou perderam parentes de forma violenta. O benefício seria válido para casos de latrocínio (roubo seguido de homicídio) e homicídio.

A minuta da entrega ocorreu durante um seminário proposto pelo Ministério Público Estadual (MPE) no Fórum Criminal da Barra Funda, na zona oeste da capital paulista.

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No debate, conduzido por um grupo de sete promotores criminais, foi dada atenção também a casos de vítimas da Lei Maria da Penha - mulheres que, eventualmente, têm seus sustento provido pelo companheiro agressor e, sem auxílio, não têm condições de vencer a situação de fragilidade diante da violência.

Mara Gabrilli se comprometeu a apresentar o projeto na Câmara dos Deputados. A ideia é que a proposta regulamente o artigo 245 da Constituição, que já fornece auxílio material a herdeiros ou dependentes de vítimas de crimes hediondos.

Após a aprovação da lei que proíbe o uso de animais pela segurança privada, o Sindicato das Empresas de Segurança Privada, Segurança Eletrônica e Cursos de Formação do Estado de São Paulo (Sesvesp) teme pelo destino dos cerca de 500 cães que são usados pelas empresas do setor na cidade - 600 na Grande São Paulo.

Segundo o presidente do Sesvesp, João Palhuca, os cães não podem ser doados porque "são treinados" e pessoas que não têm habilidade para manejá-los não "estão aptas para lidar com esses animais - que, em alguns casos, se tornam agressivos". "O Centro de Controle de Zoonoses não tem como receber 500 cães lá, mantê-los por toda a vida. Ou seja: vai haver sacrifício", afirma o presidente do sindicato. "Vamos ter de achar uma maneira de descartar esses animais", diz.

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A Câmara de São Paulo aprovou na terça-feira (12), em definitivo, o projeto que proíbe o uso de cães por empresas de segurança privada e de vigilância na cidade. O autor do texto, o ex-vereador e atual deputado estadual Roberto Trípoli (PV), havia justificado a adoção da medida alegando que os animais são mantidos em ambientes insalubres.

Para entrar em vigor, a lei depende de sanção do prefeito Fernando Haddad (PT). "Os vereadores têm a sua autonomia, cada um tem o seu mandato e costumam aprovar uma série de projetos, alguns polêmicos, outros não. Mas depois o Executivo tem o dever de submeter à análise técnica para sancionar ou vetar", disse ele, na manhã desta quarta-feira, 13. "Eu sanciono muitos projetos de vereadores, independentemente de partido, mas veto também porque não é possível encaminhar daquela maneira. Quando o vereador nos dá condição de diálogo, às vezes nós remetemos para a Câmara sugestões de aperfeiçoamento do texto. Para evitar um veto desnecessário quando há boa intenção e uma perspectiva de solução para um problema identificado pelo vereador. Mas nem sempre isso é atendido. Então nós procuramos manter inclusive com os vereadores da oposição um bom diálogo daquilo que é interesse da cidade. E eu tenho sancionado inclusive projetos da oposição quando estão em sintonia com o interesse público."

O sindicato defende que tal assunto não é de competência nem do legislativo municipal nem do estadual. "Segurança deve ser discutida na esfera federal", argumenta Palhuca. "E nossa atividade está regulamentada por portaria da Polícia Federal."

Para Palhuca, o Poder Público precisaria fiscalizar melhor as empresas, em vez de coibir práticas das que atuam de forma legalizada. "Para cada empresa de segurança privada operando na legalidade, há duas clandestinas. O que significa que além dos 500 cães utilizados de forma adequada para o serviço em São Paulo, há 1 mil que não obedecem a normas", compara ele. "Com essa lei em vigor, quem vai cumprir? As empresas legalizadas. Então as clandestinas, com seus 1 mil cães, seguirão suas atividades - muitas vezes sem assistência de veterinários e em más condições. O poder pública é incapaz de controlar a clandestinidade."

O sindicato ainda afirma que pesquisou junto às polícias federal e civil e não encontrou nenhum registro de empresa de segurança sendo autuada ou investigada por conta de usar cães de maneira incorreta.

A lei exclui da proibição os cães usados pela Secretaria da Segurança Pública.

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) sancionou nesta quarta-feira, 6, o projeto de lei que restringe a venda de aparelhos capazes de desbloquear o número de série do celular, o chamado Imei (na sigla em inglês). Para o governo estadual, manter os aparelhos bloqueados ajudaria a reduzir ocorrências de roubo e furto de celular, responsáveis por elevar os índices de criminalidade.

Pela nova regra, o estabelecimento comercial que trabalha com desbloqueio de celulares vai precisar receber autorização do Departamento de Capturas e Delegacias Especializadas (Decade), da Polícia Civil. Caso contrário, a atividade será considerada ilícita: a empresa terá a inscrição estadual cancelada e o estoque irregular do aparelho, apreendido.

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"Se o estabelecimento fizer o comércio sem autorização, vai ser lacrado e perde o CNPJ", afirmou Geraldo Alckmin nesta quarta-feira, 06, após assinatura da lei no Palácio dos Bandeirantes.

A determinação também prevê que os sócios das empresas sejam impedidos de exercer a atividade por cinco anos e proibidos de solicitar nova inscrição. De acordo com o governador, a polícia vai iniciar uma "fiscalização muito severa" nas lojas já a partir desta quinta-feira, 07, com a publicação no Diário Oficial.

Em fevereiro, a gestão estadual já havia tornado obrigatória a informação do Imei na hora de registrar um boletim de ocorrência. O registro corresponde a uma sequência de 15 números, que pode ser obtida na caixa ou na nota fiscal do celular. Outra opção é discar *#06#. Com ele, é possível bloquear o aparelho.

Por meio da medida, a Polícia Civil pode acionar diretamente as operadoras telefônicas para fazer o bloqueio em até 12 horas. Uma vez inútil, o celular não chegaria aos receptadores, desestimulando assim novos furtos e roubos. O problema é que, como existem os desbloqueadores, criminosos podem fazer o aparelho voltar a funcionar - quebrando a lógica de combate ao crime.

"As pessoas bloqueavam o chip, mas poucas comunicavam o Imei. Com essa divulgação, aumentou em 32% a comunicação do registro" disse o secretário de Segurança Pública, Alexandre de Moraes. Ainda de acordo com ele, os casos em que o Imei não é informado continuam sendo registrados normalmente e contabilizados nas estatísticas criminais.

Segundo as últimas estatísticas da Secretaria de Segurança Pública (SSP), em março o registro de roubos voltou a crescer 3,6% no Estado de São Paulo, comparado ao mesmo período de 2014, chegando a 27.793 ocorrências. Dessas, cerca de 14,2% envolvem roubo de celular - atrás apenas de roubo de documentos (50,2%). "A meta é reduzir ao máximo", afirmou Alckmin.

Os usuários de cigarros e produtos derivados de tabaco só poderão consumir o produto em estádios de futebol em locais autorizados e com arejamento. A determinação partiu de um Projeto de Lei 1606 aprovada na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). De autoria do deputado estadual e líder do PT na Casa, Odacy Amorim, a proposta proíbe o uso de cigarros, charutos, cigarrilhas, cachimbos ou qualquer outro produto derivado do tabaco em estádios de futebol.

Substitutivo da Lei Estadual nº 12578 de 13 de maio de 1978, a matéria aprovada foi apresentada pelo petista desde 2013 e a Alepe, no âmbito da Comissão de Constituição e Justiça desarquivou o texto encaminhando o substitutivo ao Plenário, onde teve aprovação e se tornou em lei.

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“Fico feliz por fazer essa alteração na legislação estadual, visto que hoje em dia as leis têm sido bastante rígidas nesta questão do uso de cigarros em ambientes coletivos. A minha proposta veio para que quem frequenta os estádios e que não fuma, possa também dispor das mesmas regras já exigidas em outros espaços onde existem aglomeração”, esclareceu o parlamentar.

Conforme o PL, os produtos derivados do tabaco nos estádios pernambucanos só estarão autorizados em áreas determinadas e com espaço de arejamento conveniente. 

Legislando é um aplicativo que permite aos cidadãos sugerir projetos de lei, além de apoiar e seguir outras propostas colaborativas, até serem aprovadas por Câmaras Municipais e Assembleias Legislativas. A ferramenta, que pretende ser uma espécie de rede social política, foi apresentada nesta segunda-feira (27), em São Paulo, pela Rede Nossas Cidades, organização que tem como objetivo principal aproximar os cidadãos das tomadas de decisão do poder público. "Por que esperar pelas mudanças se podemos ir atrás delas?!", convida a página da plataforma na internet.

Além dos cidadãos comuns, a plataforma terá também a participação de vereadores e deputados estaduais, inicialmente de São Paulo e do Rio. Os parlamentares terão na página um caminho para abraçar sugestões de leis feitas pelos eleitores.

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O aplicativo permite ainda que os parlamentares incluam propostas para receber sugestões ou "melhorias" dos cidadãos. O político que adotar uma proposta deverá assumir o compromisso de apresentá-la na Casa legislativa onde cumpre mandato. Os projetos apresentados poderão receber sugestões de alterações e emendas feitas pelos internautas participantes, durante um determinado tempo definido pelo próprio autor da proposta.

A ferramenta tem como foco as questões municipais e estaduais. "Temas nacionais têm uma atenção maior, têm mobilização e campanhas. Já os assuntos das cidades não ganham tantos defensores", afirma o coordenador de Mobilizações da Rede Minha Sampa, Guilherme Coelho. A Minha Sampa é uma rede de mobilizações que defende que os paulistanos exerçam influência nas decisões sobre a cidade.

Coelho afirma que o atual formato da política institucional está "vencido" e que é necessário criar ambientes onde os cidadãos possam intervir de uma forma mais direta, proposta do Legislando. De acordo com o Nossas Cidades, a forma de política institucional impede que o mecanismo democrático funcione na prática. No âmbito federal, exemplifica a entidade, somente quatro projetos de iniciativa popular viraram leis até hoje. A mais recente foi a Lei da Ficha Limpa, de 2010.

Os organizadores do aplicativo, porém, têm como preocupação impedir que sugestões inconstitucionais sejam feitas pelos internautas. "A gente faz uma mediação para não ter conteúdo impróprio. Se a proposta é inconstitucional ou fere alguma outra lei, aí a gente manda uma mensagem-padrão e arquiva a sugestão", diz.

Entre os projetos que já estão cadastrados está um que propõe criar um programa de reúso de água em postos de combustíveis e lava-rápidos. Um outro sugere instituir o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) progressivo na capital fluminense. Há também uma proposta para permitir a assinatura digital em projetos de iniciativa popular. E ainda um que quer criar o programa "Praças Amigas dos Cachorros", locais específicos voltados para os animais de estimação.

Depois de entrar em São Paulo e no Rio, o Legislando deve chegar em breve a Porto Alegre, Curitiba e Recife. Segundo o coordenador de Mobilizações da Rede Minha Sampa, a plataforma foi criada a partir do modelo de incubadoras dos Estados Unidos. O grupo, que afirma não ter ligações partidárias, mantém o Legislando por meio de doações de pessoas físicas e jurídicas.

Com o Plenário da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) lotado, foi promulgada na tarde desta segunda-feira (27), a Lei nº 47/2015, que amplia a proteção à pessoa autista. O ato contou com a presença do governador Paulo Câmara (PSB), deputados da Casa e representantes de associações e mães de autistas.

De acordo com a norma, as pessoas autistas estão asseguradas a fazer o tratamento individualizado e ter acesso gratuito a medicamentos. A legislação também exige que os estabelecimentos de ensino da rede pública e privada incluam o segmento no ensino regular, e da direito ainda, ao ensino profissionalizante e ao mercado de trabalho em Pernambuco.

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Para Paulo Câmara, a norma reflete mais um avanço em relação às políticas públicas e de desenvolvimento social. “A questão de autismo é importante. São pessoas que têm a contribuir para o nosso Estado e tem que ter a devida atenção e os devidos equipamentos públicos a disposição também”, avaliou. O socialista garantiu capacitar profissionais para atender ao público específico nas escolas. “Nós já temos algumas escolas fazendo este trabalho, e precisando ampliar de acordo com a demanda. A orientação que se vai dar a todas as secretarias é de ter um tratamento prioritário a isso”, destacou.

De acordo com o presidente da Alepe, deputado Guilherme Uchoa (PDT), a promulgação da legislação é um ato de inteligência da procuradoria jurídica da Casa. “Um ato de bravura, de sentimentalismo que despertou aos deputados, e mim, a criação de uma lei que regulamentasse a questão do autismo”, definiu.

Apesar do leque de benefícios da lei, a mãe do autista Henrique Mesquita, Susana Mesquita, garantiu acompanhar de perto o cumprimento da norma. “A promulgação é importantíssima. É uma questão de cidadania. Nós necessitamos de muitas coisas, principalmente aqui no Nordeste, agora nós precisamos ficar em cima, dar uma lida na lei e observar se não está faltando alguma coisa”, prometeu.

Mesquita também pontuou que o maior problema hoje do segmento é encontrar pessoas capacitadas para lidar com os autistas. “A maior dificuldade são profissionais qualificados, porque como eles demoram para aprender e são lentos, você não pode pegar qualquer pessoa para fazer o trabalho. Tem autistas com problemas de locomoção e a gente precisa que o governo se sensibilize com isso”, desabafou.

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Presidente da Associação Afeto, que trata de jovens com autismo no Recife, Maria Ângela Lira comemorou a promulgação da lei. “Reconhecimento, apoio, o abrir portas, o enxergar que o autista existe, tem necessidades, é um cidadão e tem possibilidade sim dentro da sociedade se a gente monta uma estrutura e se dá a ele esta oportunidade”, analisou.

Problemas – Assim como a mãe Susane Mesquita, Lira frisou a dificuldade de o Estado está apto a receber os autistas, principalmente na rede estadual de ensino. “Não é tão simples. É complexo. Nós temos uma necessidade muito grande de pessoas qualificadas”, ressaltou a presidente da Afeto. Ela contou que em junho haverá um congresso na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) com membros da Universidade da Califórnia sobre o assunto, e está convidando docentes. Mesmo assim, o evento não atingirá todos os professores da rede estadual.

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