Tópicos | Planalto

Novas imagens das câmeras de segurança do Palácio do Planalto mostram a destruição promovida por bolsonaristas, em Brasília, no domingo (8), nas sedes dos Três Poderes da República. As cenas inéditas, obtidas pelo Fantástico, da TV Globo, expõem as ações dos extremitas que chegam a atirar um extintor contra a vidraça, quebram o relógio que Dom João VI trouxe para o Brasil em 1808 e perfuram uma obra do pintor brasileiro Di Cavalcanti.

Confira, a seguir, as imagens:

##RECOMENDA##

[@#video#@]

O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) liberou acesso à lista com os nomes de quem visitou Michelle Bolsonaro no Palácio do Alvorada. Ao todo, 565 registros de entrada ocorreram entre dezembro de 2021 e dezembro de 2022. 

A relação que o Estadão teve acesso informa data, hora e a identificação dos convidados da ex-primeira-dama que passaram pela entrada principal ou de serviço da residência oficial da Presidência. Os documentos foram liberados pelo GSI antes dos 30 dias previstos para a revisão dos sigilos de Bolsonaro que é feita pela Controladoria Geral da União (CGU). 

##RECOMENDA##

Pastor, estilista e cabelereira

No topo da lista aparece Nídia Limeira de Sá, com 51 visitas. Ela é diretora de Acessibilidade e Apoio a pessoas com Deficiência do Ministério da Educação, segmento usado por Michelle para atuar no governo federal. O segundo visitante mais assíduo é o pastor Claudir Machado, com 31 entradas no Palácio.  

A cabelereira Juliene Cunha aparece em 24 registros, o que corresponde à média de duas visitas por mês no ano passado. Outro nome relacionado aos cuidados da ex-primeira-dama com sua apresentação é o da estilista de celebridades Cynara Boechat, que costuma elogiar as roupas usadas poe Michelle. 

Dois dias após terroristas depredarem a sede do Executivo em Brasília, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta terça-feira (10), que está trabalhando no Palácio do Planalto. As ações para recuperação do local iniciaram nessa segunda-feira (9), mas por ter uma porta blindada, a sala do presidente não foi alvo dos vândalos bolsonaristas no domingo. 

Em publicação no Twitter, Lula detalhou que hoje tem reuniões para tratar das áreas de saúde e educação. Segundo ele, os setores foram "negligenciados" nos últimos anos. O mandatário nacional afirmou ter reuniões com os ministros das pastas, Camilo Santana (Educação) e Nísia Trindade (Saúde). 

##RECOMENDA##

"Trabalhando no Palácio do Planalto. A educação e a saúde foram áreas destruídas e negligenciadas nos últimos anos. Hoje terei reuniões com ministros dessas pastas, para trabalharmos e muito rapidamente implementarmos medidas de reconstrução no país", escreveu o presidente.

[@#video#@]

A primeira-dama, Janja Lula da Silva publicou um vídeo, na noite desta segunda-feira (8), em que agradece aos profissionais da manutenção do Palácio do Planalto pelo trabalho realizado após a destruição promovida por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro no domingo (8), quando invadiram a sede do Executivo federal, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Congresso Nacional. Janja também deixou a mensagem de que o presidente Lula (PT) "nunca vai se curvar e nem vai baixar a cabeça" e que a democracia vai "vencer". 

O vídeo ainda conta com a fala de funcionárias da manutenção avaliando o que aconteceu no local. Uma delas diz que trabalha no Planalto há 20 anos e lamentou a situação. "Ontem, quando eu vi isso na televisão. Muito triste", disse.

##RECOMENDA##

Já a primeira-dama enfatizou que "a baderna que se deu aqui ontem, nunca mais vai se repetir na história do Brasil. Isso pode ter certeza. O Brasil segue em reconstrução".

[@#video#@]

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva começou a despachar diretamente no Palácio do Planalto, sede Executivo federal nesta quarta-feira (4). Até agora, o petista vinha trabalhando no hotel de Brasília onde está hospedado desde a transição. Lula transferiu suas atividades para o Planalto após a Polícia Federal (PF) realizar uma varredura no edifício.

Segundo a agenda divulgada, Lula passa o dia todo no local, entre conversas com ministros já empossados e a participação nas cerimônias de posse do vice-presidente Geraldo Alckmin na pasta da Indústria e Comércio Exterior e de Marina Silva no Meio Ambiente.

##RECOMENDA##

Além das averiguações de segurança, alguns reparos na estrutura do prédio estão sendo feitos para receber o novo presidente e a primeira-dama Janja, que deve ocupar um gabinete no terceiro andar do edifício.

Durante o primeiro dia útil do novo governo, Lula se dedicou a realizar um "revogaço" de medidas do governo de Jair Bolsonaro, incluindo as decisões do antecessor que facilitaram acesso a armas. O petista também determinou a revisão, em 30 dias, de decisões que impuseram sigilo sobre informações da administração anterior.

O Palácio da Alvorada, residência oficial dos presidentes da República, também deve passar por readequações. Antes de se mudar temporariamente para o hotel, uma das possibilidades era fazer a mudança de Lula e Janja para Granja do Torto, enquanto o Alvorada estivesse em reforma. Entretanto, como mostrou o Estadão, aliados informaram o petista que o imóvel estava "caindo aos pedaços". Paulo Guedes morou ali até dezembro de 2022.

Questionados sobre a varredura no Palácio do Planalto, a Polícia Federal disse que não teria informações a divulgar.

Íntegra do discurso lido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Parlatório do Palácio do Planalto:

"Quero começar fazendo uma saudação especial a cada um e a cada uma de vocês. Uma forma de lembrar e retribuir o carinho e a força que recebia todos os dias do povo brasileiro - representado pela Vigília Lula Livre -, num dos momentos mais difíceis da minha vida.

##RECOMENDA##

Hoje, neste que é um dos dias mais felizes da minha vida, a saudação que eu faço a vocês não poderia ser outra, tão singela e ao mesmo tempo tão cheia de significado:

Boa tarde, povo brasileiro!

Minha gratidão a vocês, que enfrentaram a violência política antes, durante e depois da campanha eleitoral. Que ocuparam as redes sociais, e que tomaram as ruas, debaixo de sol e chuva, nem que fosse para conquistar um único e precioso voto.

Que tiveram a coragem de vestir a nossa camisa e, ao mesmo tempo, agitar a bandeira do Brasil - quando uma minoria violenta e antidemocrática tentava censurar nossas cores e se apropriar do verde- amarelo, que pertence a todo o povo brasileiro.

A vocês, que vieram de todos os cantos deste país - de perto ou de muito longe, de avião, de ônibus, de carro ou na boleia de caminhão. De moto, bicicleta e até mesmo a pé, numa verdadeira caravana da esperança, para esta festa da democracia.

Mas quero me dirigir também aos que optaram por outros candidatos. Vou governar para os 215 milhões de brasileiros e brasileiras, e não apenas para quem votou em mim.

Vou governar para todas e todos, olhando para o nosso luminoso futuro em comum, e não pelo retrovisor de um passado de divisão e intolerância.

A ninguém interessa um país em permanente pé de guerra, ou uma família vivendo em desarmonia. É hora de reatarmos os laços com amigos e familiares, rompidos pelo discurso de ódio e pela disseminação de tantas mentiras.

O povo brasileiro rejeita a violência de uma pequena minoria radicalizada que se recusa a viver num regime democrático.

Chega de ódio, fake news, armas e bombas. Nosso povo quer paz para trabalhar, estudar, cuidar da família e ser feliz.

A disputa eleitoral acabou. Repito o que disse no meu pronunciamento após a vitória em 30 de outubro, sobre a necessidade de unir o nosso país.

"Não existem dois brasis. Somos um único país, um único povo, uma grande nação."

Somos todos brasileiros e brasileiras, e compartilhamos uma mesma virtude: nós não desistimos nunca.

Ainda que nos arranquem todas as flores, uma por uma, pétala por pétala, nós sabemos que é sempre tempo de replantio, e que a primavera há de chegar. E a primavera chegou.

Hoje, a alegria toma posse do Brasil, de braços dados com a esperança.

Minhas queridas amigas e meus amigos.

Recentemente, reli o discurso da minha primeira posse na Presidência, em 2003. E o que li tornou ainda mais evidente o quanto o Brasil andou para trás.

Naquele 1º de janeiro de 2003, aqui nesta mesma praça, eu e meu querido vice José Alencar assumimos o compromisso de recuperar a dignidade e a autoestima do povo brasileiro - e recuperamos. De investir para melhorar as condições de vida de quem mais necessita - e investimos. De cuidar com muito carinho da saúde e da educação - e cuidamos.

Mas o principal compromisso que assumimos em 2003 foi o de lutar contra a desigualdade e a extrema pobreza, e garantir a cada pessoa deste país o direito de tomar café da manhã, almoçar e jantar todo santo dia - e nós cumprimos esse compromisso: acabamos com a fome e a miséria, e reduzimos fortemente a desigualdade.

Infelizmente hoje, 20 anos depois, voltamos a um passado que julgávamos enterrado. Muito do que fizemos foi desfeito de forma irresponsável e criminosa.

A desigualdade e a extrema pobreza voltaram a crescer. A fome está de volta - e não por força do destino, não por obra da natureza, nem por vontade divina.

A volta da fome é um crime, o mais grave de todos, cometido contra o povo brasileiro.

A fome é filha da desigualdade, que é mãe dos grandes males que atrasam o desenvolvimento do Brasil. A desigualdade apequena este nosso país de dimensões continentais, ao dividi-lo em partes que não se reconhecem.

De um lado, uma pequena parcela da população que tudo tem. Do outro lado, uma multidão a quem tudo falta, e uma classe média que vem empobrecendo ano após ano.

Juntos, somos fortes. Divididos, seremos sempre o país do futuro que nunca chega, e que vive em dívida permanente com o seu povo.

Se queremos construir hoje o nosso futuro, se queremos viver num país plenamente desenvolvido para todos e todas, não pode haver lugar para tanta desigualdade.

O Brasil é grande, mas a real grandeza de um país reside na felicidade de seu povo. E ninguém é feliz de fato em meio a tanta desigualdade.

Minhas amigas e meus amigos,

Quando digo "governar", eu quero dizer "cuidar". Mais do que governar, vou cuidar com muito carinho deste país e do povo brasileiro.

Nestes últimos anos, o Brasil voltou a ser um dos países mais desiguais do mundo. Há muito tempo não víamos tamanho abandono e desalento nas ruas.

Mães garimpando lixo, em busca do alimento para seus filhos.

Famílias inteiras dormindo ao relento, enfrentando o frio, a chuva e o medo.

Crianças vendendo bala ou pedindo esmola, quando deveriam estar na escola, vivendo plenamente a infância a que têm direito.

Trabalhadoras e trabalhadores desempregados exibindo, nos semáforos, cartazes de papelão com a frase que nos envergonha a todos: "Por favor, me ajuda".

Fila na porta dos açougues, em busca de ossos para aliviar a fome. E, ao mesmo tempo, filas de espera para a compra de automóveis importados e jatinhos particulares.

Tamanho abismo social é um obstáculo à construção de uma sociedade verdadeiramente justa e democrática, e de uma economia próspera e moderna.

Por isso, eu e meu vice Geraldo Alckmin assumimos hoje, diante de vocês e de todo o povo brasileiro, o compromisso de combater dia e noite todas as formas de desigualdade.

Desigualdade de renda, de gênero e de raça. Desigualdade no mercado de trabalho, na representação política, nas carreiras do Estado. Desigualdade no acesso a saúde, educação e demais serviços públicos.

Desigualdade entre a criança que frequenta a melhor escola particular, e a criança que engraxa sapato na rodoviária, sem escola e sem futuro. Entre a criança feliz com o brinquedo que acabou de ganhar de presente, e a criança que chora de fome na noite de Natal.

Desigualdade entre quem joga comida fora, e quem só se alimenta das sobras.

É inadmissível que os 5% mais ricos deste país detenham a mesma fatia de renda que os demais 95%.

Que seis bilionários brasileiros tenham uma riqueza equivalente ao patrimônio dos 100 milhões mais pobres do país.

Que um trabalhador ou trabalhadora que ganha um salário mínimo mensal leve 19 anos para receber o equivalente ao que um super rico recebe em um único mês.

E não adianta subir o vidro do automóvel de luxo, para não ver nossos irmãos que se amontoam debaixo dos viadutos, carentes de tudo - a realidade salta aos olhos em cada esquina.

Minhas amigas e meus amigos,

É inaceitável que continuemos a conviver com o preconceito, a discriminação e o racismo. Somos um povo de muitas cores, e todas devem ter os mesmos direitos e oportunidades.

Ninguém será cidadão ou cidadã de segunda classe, ninguém terá mais ou menos amparo do Estado, ninguém será obrigado a enfrentar mais ou menos obstáculos apenas pela cor de sua pele.

Por isso estamos recriando o Ministério da Igualdade Racial, para enterrar a trágica herança do nosso passado escravista.

Os povos indígenas precisam ter suas terras demarcadas e livres das ameaças das atividades econômicas ilegais e predatórias. Precisam ter sua cultura preservada, sua dignidade respeitada e sua sustentabilidade garantida.

Eles não são obstáculos ao desenvolvimento - são guardiões de nossos rios e florestas, e parte fundamental da nossa grandeza enquanto nação. Por isso estamos criando o Ministério dos Povos Indígenas, para combater 500 anos de desigualdade.

Não podemos continuar a conviver com a odiosa opressão imposta às mulheres, submetidas diariamente à violência nas ruas e dentro de suas próprias casas.

É inadmissível que continuem a receber salários inferiores ao dos homens, quando no exercício de uma mesma função. Elas precisam conquistar cada vez mais espaço nas instâncias decisórias deste país - na política, na economia, em todas as áreas estratégicas.

As mulheres devem ser o que elas quiserem ser, devem estar onde quiserem estar. Por isso, estamos trazendo de volta o Ministério das Mulheres.

Foi para combater a desigualdade e suas sequelas que nós vencemos a eleição. E esta será a grande marca do nosso governo.

Dessa luta fundamental surgirá um país transformado. Um país grande, próspero, forte e justo. Um país de todos, por todos e para todos. Um país generoso e solidário, que não deixará ninguém para trás.

Minhas queridas companheiras e meus queridos companheiros,

Reassumo o compromisso de cuidar de todos os brasileiros e brasileiras, sobretudo daqueles que mais necessitam. De acabar outra vez com a fome neste país. De tirar o pobre da fila do osso para colocá-lo novamente no Orçamento.

Temos um imenso legado, ainda vivo na memória de cada brasileiro e cada brasileira, beneficiário ou não das políticas públicas que fizeram uma revolução neste país.

Mas não nos interessa viver do passado. Por isso, longe de qualquer saudosismo, nosso legado será sempre o espelho do futuro que vamos construir para este país.

Em nossos governos, o Brasil conciliou crescimento econômico recorde com a maior inclusão social da história. E se tornou a sexta maior economia do mundo, ao mesmo tempo em que 36 milhões de brasileiras e brasileiros saíram da extrema pobreza.

Geramos mais de 20 milhões de empregos com carteira assinada e todos os direitos assegurados. Reajustamos o salário mínimo sempre acima de inflação.

Batemos recorde de investimentos em educação - da creche à universidade -, para fazer do Brasil um exportador também de inteligência e conhecimento, e não apenas de commodities e matéria-prima.

Nós mais que dobramos o número de estudantes no ensino superior, e abrimos as portas das universidades para a juventude pobre deste país. Jovens brancos, negros e indígenas, para quem o diploma universitário era um sonho inalcançável, tornaram-se doutores.

Combatemos um dos grandes focos de desigualdade - o acesso à saúde. Porque o direito à vida não pode ser refém da quantidade de dinheiro que se tem no banco.

Fizermos o Farmácia Popular, que forneceu medicamentos a quem mais precisava, e o Mais Médicos, que levou atendimento a cerca de 60 milhões de brasileiros e brasileiras, nas periferias das grandes cidades e nos pontos mais remotos do Brasil.

Criamos o Brasil Sorridente, para cuidar da saúde bucal de todos os brasileiros e brasileiras.

Fortalecemos o nosso Sistema Único de Saúde. E quero aproveitar para fazer um agradecimento especial aos profissionais do SUS, pela grandiosidade do trabalho durante a pandemia. Enfrentaram bravamente, ao mesmo tempo, um vírus letal e um governo irresponsável e desumano.

Nos nossos governos, investimos na agricultura familiar e nos pequenos e médios agricultores, responsáveis por 70% dos alimentos que chegam à nossa mesa. E fizemos isso sem descuidar do agronegócio, que obteve investimentos e safras recordes, ano após ano.

Tomamos medidas concretas para conter as mudanças climáticas, e reduzimos o desmatamento da Amazônia em mais de 80%.

O Brasil consolidou-se como referência mundial no combate à desigualdade e à fome, e passou a ser internacionalmente respeitado, pela sua política externa ativa e altiva.

Fomos capazes de realizar tudo isso cuidando com total responsabilidade das finanças do país. Nunca fomos irresponsáveis com o dinheiro público.

Fizemos superávit fiscal todos os anos, eliminamos a dívida externa, acumulamos reservas de cerca de 370 bilhões de dólares e reduzimos a dívida interna a quase metade do que era anteriormente.

Nos nossos governos, nunca houve nem haverá gastança alguma. Sempre investimos, e voltaremos a investir, em nosso bem mais precioso: o povo brasileiro.

Infelizmente, muito do que construímos em 13 anos foi destruído em menos da metade desse tempo. Primeiro, pelo golpe de 2016 contra a presidenta Dilma. E na sequência, pelos quatro anos de um governo de destruição nacional cujo legado a História jamais perdoará:

700 mil brasileiros e brasileiras mortos pela covid.

125 milhões sofrendo algum grau de insegurança alimentar, de moderada a muito grave.

33 milhões passando fome.

Estes são apenas alguns números. Que na verdade não são apenas números, estatísticas, indicadores - são pessoas. Homens, mulheres e crianças, vítimas de um desgoverno afinal derrotado pelo povo, no histórico 30 de outubro de 2022.

Os Grupos Técnicos do Gabinete de Transição, que por dois meses mergulharam nas entranhas do governo anterior, trouxeram a público a real dimensão da tragédia.

O que o povo brasileiro sofreu nestes últimos anos foi a lenta e progressiva construção de um genocídio.

Quero citar, a título de exemplo, um pequeno trecho das 100 páginas desse verdadeiro relatório do caos produzido pelo Gabinete de Transição. Diz o relatório:

"O Brasil bateu recordes de feminicídios, as políticas de igualdade racial sofreram severos retrocessos, produziu-se um desmonte das políticas de juventude, e os direitos indígenas nunca foram tão ultrajados na história recente do país.

Os livros didáticos que deverão ser usados no ano letivo de 2023 ainda não começaram a ser editados; faltam remédios no Farmácia Popular; não há estoques de vacinas para o enfrentamento das novas variantes da COVID-19.

Faltam recursos para a compra de merenda escolar; as universidades corriam o risco de não concluir o ano letivo; não existem recursos para a Defesa Civil e a prevenção de acidentes e desastres. Quem está pagando a conta deste apagão é o povo brasileiro."

Meus amigos e minhas amigas,

Nesses últimos anos, vivemos, sem dúvida, um dos piores períodos da nossa história. Uma era de sombras, de incertezas e de muito sofrimento. Mas esse pesadelo chegou ao fim, pelo voto soberano, na eleição mais importante desde a redemocratização do País.

Uma eleição que demonstrou o compromisso do povo brasileiro com a democracia e suas instituições.

Essa extraordinária vitória da democracia nos obriga a olhar para a frente e a esquecer nossas diferenças, que são muito menores que aquilo que nos une para sempre: o amor pelo Brasil e a fé inquebrantável em nosso povo.

Agora, é hora de reacendermos a chama da esperança, da solidariedade e do amor ao próximo.

Agora é hora de voltar a cuidar do Brasil e do povo brasileiro. Gerar empregos, reajustar o salário mínimo acima da inflação, baratear o preço dos alimentos.

Criar ainda mais vagas nas universidades, investir fortemente na saúde, na educação, na ciência e na cultura.

Retomar as obras de infraestrutura e do Minha Casa Minha Vida, abandonadas pelo descaso do governo que se foi.

É hora de trazer investimentos e reindustrializar o Brasil. Combater outra vez as mudanças climáticas e acabar de uma vez por todas com a devastação de nossos biomas, sobretudo a Amazônia.

Romper com o isolamento internacional e voltar a se relacionar com todos os países do mundo.

Não é hora para ressentimentos estéreis. Agora é hora de o Brasil olhar para a frente e voltar a sorrir.

Vamos virar essa página e escrever, em conjunto, um novo e decisivo capítulo da nossa história.

Nosso desafio comum é o da criação de um país justo, inclusivo, sustentável, criativo, democrático e soberano, para todos os brasileiros e brasileiras.

Fiz questão de dizer ao longo de toda a campanha: o Brasil tem jeito. E volto a dizer com toda convicção, mesmo diante do quadro de destruição revelado pelo Gabinete de Transição: o Brasil tem jeito. Depende de nós, de todos nós.

Em meus quatro anos de mandato, vamos trabalhar todos os dias para o Brasil vencer o atraso de mais de 350 anos de escravidão. Para recuperar o tempo e as oportunidades perdidas nesses últimos anos. Para reconquistar seu lugar de destaque no mundo. E para que cada brasileiro e cada brasileira tenha o direito de voltar a sonhar, e as oportunidades para realizar aquilo que sonha.

Precisamos, todos juntos, reconstruir e transformar o Brasil. Mas só reconstruiremos e transformaremos de fato este país se lutarmos com todas as forças contra tudo aquilo que o torna tão desigual.

Essa tarefa não pode ser de apenas um presidente ou mesmo de um governo. É urgente e necessária a formação de uma frente ampla contra a desigualdade, que envolva a sociedade como um todo:

trabalhadores, empresários, artistas, intelectuais, governadores, prefeitos, deputados, senadores, sindicatos, movimentos sociais, associações de classe, servidores públicos, profissionais liberais, líderes religiosos, cidadãos e cidadãs comuns.

É tempo de união e reconstrução.

Por isso, faço este chamamento a todos os brasileiros e brasileiras que desejam um Brasil mais justo, solidário e democrático: juntem-se a nós num grande mutirão contra a desigualdade.

Quero terminar pedindo a cada um e a cada uma de vocês: que a alegria de hoje seja a matéria-prima da luta de amanhã e de todos os dias que virão. Que a esperança de hoje fermente o pão que há de ser repartido entre todos.

E que estejamos sempre prontos a reagir, em paz e em ordem, a quaisquer ataques de extremistas que queiram sabotar e destruir a nossa democracia.

Na luta pelo bem do Brasil, usaremos as armas que nossos adversários mais temem: a verdade, que se sobrepôs à mentira; a esperança, que venceu o medo; e o amor, que derrotou o ódio.

Viva o Brasil. E viva o povo brasileiro."

Após alguns dias sem publicar nas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro (PL) postou uma foto, nesta terça-feira (29). Na imagem, o chefe do Executivo aparece com o semblante sério e sentado em um local com o brasão da República Federativa do Brasil.

[@#video#@]

##RECOMENDA##

 Não há nenhum texto acompanhando a publicação, o que tem gerado diversas especulações entre os eleitores bolsonaristas. "O silêncio pode ser árduo nos afoga e pouco a pouco mina as nossas esperanças. Estou a 30 dias na frente dos quartéis. Merecemos uma ação definitiva. Agricultor, caminhoneiros e as famílias clamando por ação", escreveu um internauta.

"Será que está dizendo que ainda está no comando da nação... É o que entendi dessa imagem publicada dele", respondeu outro. O ex-secretário de Cultura, Mário Frias, também comentou a publicação no Twitter e disse: "Ao seu lado para o que der e vier!"

Agenda no Planalto

O presidente também foi, nesta terça, ao Palácio do Planalto, sede do Executivo Federal. É a quarta vez desde o último dia 30 de outubro, quando foi derrotado nas urnas pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 

Bolsonaro tem um encontro, às 15h, com Renato de Lima França, Subchefe para Assuntos Jurídicos da Secretaria-Geral da Presidência da República. O mandatário nacional também recebeu, agora pela manhã, o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Eduardo Eugenio Gouvea Vieira.

O presidente Jair Bolsonaro retornou ao Palácio da Alvorada na tarde desta quarta-feira, 23, após ter ido ao Palácio do Planalto pela primeira vez em 20 dias. O chefe do Executivo tem se mantido recluso na residência oficial desde que perdeu a eleição para o agora presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, com poucas publicações até mesmo nas redes sociais, onde sempre foi atuante.

Bolsonaro ficou por cerca de cinco horas no Palácio do Planalto, local oficial de expediente da Presidência em Brasília. Por volta das 14h, ele retornou para o Alvorada. Apenas uma reunião com o senador eleito Rogério Marinho (PL-RN), das 11h30 às 12h, foi registrada na agenda oficial divulgada.

##RECOMENDA##

Recluso no Alvorada nas últimas semanas, Bolsonaro não ia ao Palácio do Planalto desde 3 de novembro, quando teve um breve encontro, fora da agenda oficial, com o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin. Desde então, o presidente estava recebendo aliados e ministros na residência oficial. A última agenda oficial no Planalto foi uma reunião com o ministro da Economia, Paulo Guedes, no dia 31 de outubro, um dia após o segundo turno da eleição.

Desde a derrota nas urnas, Bolsonaro também diminuiu suas publicações nas redes sociais e não fez as tradicionais transmissões ao vivo. O presidente fez apenas um pronunciamento oficial em 1º de novembro, no Alvorada, e divulgou um vídeo em que pedia o fim dos bloqueios nas estradas. De acordo com aliados, o presidente estava se recuperando de uma ferida na perna. Na semana passada, o ex-ministro da Defesa e candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro, Walter Braga Netto, afirmou que o presidente havia se recuperado da infecção.

O Palácio do Planalto amanheceu neste sábado, dia 15, com uma bandeira gigante do Brasil pendurada na fachada. A mando do presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, funcionários do Planalto instalaram o pavilhão nacional na noite desta sexta-feira, dia 14. A bandeira foi adotada como símbolo de campanha eleitoral por Bolsonaro, seu partido e apoiadores.

A Presidência da República não se manifestou sobre o motivo da instalação da bandeira, tampouco deu detalhes sobre a autorização para que fosse pendurada. O Palácio do Planalto, assim como outros edifícios da administração federal, são tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Questionado, o órgão não respondeu sobre aval ao ato de campanha do presidente.

##RECOMENDA##

As normas legais impedem alterações nas características do edifício. O objetivo é preservar a memória nacional. Desde 1987, o conjunto arquitetônico e urbanístico de Brasília, que inclui o Palácio do Planalto, é considerado Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco.

Integrantes do comitê de Bolsonaro divulgaram gravações nas redes sociais do momento em que a bandeira foi pendurada. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), coordenador da campanha, repetiu frase entoada pelos apoiadores ao publicar as imagens: "A nossa bandeira jamais será vermelha".

Nesta sexta-feira, Bolsonaro fez menção à instalação da bandeira durante uma entrevista com apoiadoras em Minas Gerais. Na ocasião, disse que queria ver quem mandaria retirar a bandeira e afirmou se tratar de um símbolo nacional. Ele, no entanto, afirmou que ordenaria que a bandeira fosse pendurada no Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente da República, também tombado. O Estadão verificou neste sábado que, por enquanto, somente o Planalto recebeu a bandeira.

Durante o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, em 2016, militantes de movimentos estudantis e sociais ligados ao PT e partidos de esquerda instalaram uma série de bandeiras, faixas e cartazes nas vidraças do Planalto, em protesto contra o processo. Os materiais, porém, foram afixados por dentro das janelas, durante uma ocupação que ameaçam fazer.

No governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), candidato adversário de Bolsonaro no segundo turno, houve uma série de questionamentos por causa de uma alteração nos jardins do Palácio da Alvorada e da Granja do Torto. A equipe de jardinagem desenhou estrelas com flores vermelhas, símbolo do Partido dos Trabalhadores, a pedido da então primeira-dama Marisa Letícia.

Na última sexta-feira (14), o presidente Jair Bolsonaro (PL) mandou estender na fachada do Palácio do Planaldo, em Brasília, uma bandeira do Brasil gigante. O também candidato à reeleição desafiou, sem citar nomes, alguém a mandar retirá-la da sede do Governo Federal.

A iniciativa já tinha sido anunciada por Bolsonaro durante live, no entanto, na ocasião, ele teria afirmado a apoiadores que a bandeira seria estendida "em sua casa", ou seja, no Palácio da Alvorada. A troca de lugar foi motivada pela decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Pará, que negou pedido de partidos que formam a Federação Brasil de Esperança.

##RECOMENDA##

O grupo, composto pelo PT, PC do B e PV, solicitou ao TRE do Pará a retirada da bandeira do Brasil do prédio que abriga a Igreja Mãe de Belém, apontada como a mais antiga Assembleia de Deus do Brasil. 

“O PT entrou na Justiça para que uma igreja lá de Belém, do Pará, que tem uma bandeira enorme do Brasil na entrada fosse retirada. Porque o PT diz que é propaganda eleitoral para o JB [Jair Bolsonaro]. Dessa vez, a juíza agiu corretamente. Falou que era um símbolo nacional. Temos orgulho de ver a bandeira do Brasil por aí, em lugar de destaque, logicamente sendo tratada de forma respeitosa”, afirmou o Chefe do Executivo.

E completou: “Hoje pedi para aquele bandeirão que existe lá em Brasília, mandei pegar um usado, enorme, mandei botar no Alvorada, que é minha casa. Acho que ninguém vai ter coragem de falar 'retira daí se não vou te dar uma multa de não sei quanto por dia'. É a nossa bandeira do Brasil. A questão da censura é devagar. Certas coisas não se perdem de uma hora para a outra, você perde com o tempo”, disse.

 

A primeira-dama Michelle Bolsonaro afirmou que o Palácio do Planalto era consagrado a demônios antes da posse do presidente Jair Bolsonaro (PL). "Por muitos anos, por muito tempo, aquele lugar foi um lugar consagrado a demônios. Cozinha consagrada a demônios, Planalto consagrado a demônios. E hoje é consagrado ao senhor Jesus", disse ela neste domingo (7), ao lado do presidente, durante culto evangélico na Igreja Batista Lagoinha em Belo Horizonte.

Em um discurso de pouco mais de cinco minutos, Michelle chamou muitas pessoas pelo primeiro nome, agradecendo orações feitas a favor do governo.

##RECOMENDA##

Ela ainda disse que o momento está "muito difícil" e repetiu a frase já dita pelo presidente de que as eleições são uma "guerra do bem contra o mal" e alegou que "nossa nação é uma nação rica, uma nação próspera, ela só foi mal administrada". "Podem me chamar de fanática, podem me chamar de louca, mas vou continuar louvando nosso Deus, vou continuar orando", disse.

Também relembrou a facada sofrida por Bolsonaro em 2018. "É uma renúncia estar do outro lado. Nós pagamos um alto preço. Até com a vida, como tentaram tirar do meu marido em 2018?"

Michelle, que falou logo após o presidente, tem intensificado sua presença nos atos de campanha do marido, como estratégia para melhorar a imagem dele junto ao eleitorado feminino e evangélico.

"Eu sempre falo e falo para ele (Bolsonaro), quando eu entro na sala dele e olho para ele: essa cadeira é do presidente maior, é do rei que governa essa nação", disse a primeira-dama. Durante a fala dela, Bolsonaro demonstrou emoção e ficou com os olhos marejados.

O presidente, por sua vez, fez um discurso curto, de menos de dois minutos, repetindo algumas frases que têm marcado suas falas em eventos religiosos.

Ele afirmou que a função que ocupa é "missão de Deus" e que há três frases que ouve muito de seus apoiadores: "não desista" "Deus te abençoe" e "estamos orando por você".

O presidente ainda voltou a dizer que, mesmo durante a pandemia, esteve "no meio do povo" e agradeceu. "Muito obrigado a todos, sabemos o que está em jogo, sabemos o que queremos para o país. Não precisamos errar para saber o que é bom ou não é", afirmou o presidente.

Depois de seus discursos, Michelle e Bolsonaro ajoelharam-se para receber uma bênção.

A ex-ministra Damares Alves pertenceu à Igreja da Lagoinha, onde habitualmente faz pregações, mas não participou do culto deste domingo.

A confirmação das mortes do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips gerou repercussão entre os pré-candidatos à Presidência da República entre a noite de quarta-feira, 15, e a manhã desta quinta-feira, 16, após a Superintendência da Polícia Federal no Amazonas confirmar que o pescador Amarildo Oliveira, conhecido como "Pelado", confessou ter matado os dois.

O desaparecimento de Bruno e Dom no entorno da Terra Indígena do Vale do Javari, no dia 5 de junho, ganhou destaque internacional, reforçando a pressão para intensificar as buscas. A Polícia Federal também prendeu o irmão de Pelado, Osney da Costa Oliveira, por suposta participação no crime, e ainda analisa a participação de outras pessoas.

##RECOMENDA##

O ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) divulgou uma nota conjunta com o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB) afirmando que a confirmação das mortes de Bruno e Dom causa dor e indignação. Eles prestaram solidariedade aos amigos e familiares da dupla. "Bruno e Dom dedicaram a vida a fazer o bem. Por isso percorreram o interior do Brasil, ajudando, protegendo e contando a vida, os valores e o sofrimento dos povos indígenas."

Na nota, Lula e Alckmin também afirmam que o crime está relacionado com o "desmonte das políticas públicas de proteção aos povos indígenas" e ao "incentivo à violência por parte do governo atual do país", cobrando uma investigação rigorosa do caso. "O mundo sabe que este crime está diretamente relacionado ao desmonte das políticas públicas de proteção aos povos indígenas. Está diretamente relacionado também ao incentivo à violência por parte do atual governo do país. O que se exige agora é uma rigorosa investigação do crime; que seus autores e mandantes sejam julgados. A democracia e o Brasil não toleram nem podem mais conviver com a violência, o ódio e o desprezo pelos valores da civilização."

O ex-ministro da Fazenda Ciro Gomes (PDT) publicou uma série de tuítes na qual afirma que a omissão do governo na Amazônia criou "uma versão cabocla do Estado Islâmico" no Brasil.

Ciro também questionou o general Augusto Heleno, chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, a quem chamou de "vice rei da Amazônia".

A senadora Simone Tebet (MDB) chamou Bruno e Dom de "defensores dos direitos humanos e do meio ambiente" e pediu que a coragem de ambos inspirasse todos a lutar. Tebet também cobrou uma investigação severa do que chamou de "crime bárbaro".

"É preciso dar um basta à impunidade. Meus sentimentos às famílias do jornalista Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira neste momento inconsolável", escreveu Tebet.

E completou: "Que a coragem desses dois defensores dos direitos humanos e do meio ambiente nos inspire a lutar. O Brasil precisa voltar a ter paz e clama por justiça para Bruno e Dom."

O presidente Jair Bolsonaro, pré-candidato do PL às eleições de outubro, manifestou-se na quarta-feira sobre o desaparecimento de Bruno e Dom, afirmando que o colaborador do britânico The Guardian era "malvisto" na região. O presidente não havia se pronunciado sobre as mortes de Bruno e Dom após o anúncio oficial da polícia federal até o fechamento deste texto.

"Esse inglês era malvisto na região, fazia muita matéria contra garimpeiros, questão ambiental. Então, naquela região bastante isolada, muita gente não gostava dele. Deveria ter segurança mais que redobrada consigo próprio", afirmou o presidente, em entrevista ao canal da jornalista Leda Nagle no YouTube.

Bolsonaro, que anteriormente já havia definido a expedição do jornalista e do indigenista como "aventura", referiu-se ao último trabalho de Dom como uma "excursão".

Em reação às declarações de Bolsonaro, o presidenciável André Janones (Avante) disse considerar esperado que o governo federal fale "barbaridades". "O governo vai falar barbaridades que nós seres humanos teremos nojo ao escutar sobre a morte de Dom e Bruno. E fará isso pra esconder a tragédia que é a inflação hoje e mais um reajuste nos combustíveis. A cortina de fumaça da vez são vidas e ele com nada se importa", afirmou.

O presidenciável Luciano Bivar (União Brasil) lamentou as mortes e afirmou que "a Amazônia está tomada por invasores criminosos", que "não podem ficar impunes".

"Lamentamos as mortes violentas do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Philips. O Brasil inteiro acompanhou as buscas e descobriu que a Amazônia está tomada por invasores criminosos. Esses crimes não podem ficar impunes", publicou Bivar.

O economista Ciro Gomes, pré-candidato à Presidência pelo PDT, disse, nesta sexta-feira (27), que "pesquisa é retrato de momento", após pontuar 7% na última rodada Datafolha, na qual apareceu em terceiro lugar, com uma grande diferença em comparação aos aspirantes no pódio — Jair Bolsonaro (PL) pontuou 27% e Luiz Inácio Lula da Silva (PT), 48%. A declaração foi feita em entrevista à rádio Notícia FM, de Americana, no interior de São Paulo.

"Pesquisa é um retrato de momento, e a vida não é retrato, a vida é filme. Se você pegar, por exemplo, em maio de 2014, pesquisas não disseram nada do que aconteceu na eleição. Em 2018, essas que não disseram mesmo", afirmou Ciro. A pesquisa mencionada consultou 2.556 pessoas em 181 cidades nos dias 25 e 26 de maio, com margem de erro de dois pontos - para mais ou para menos.

##RECOMENDA##

Para Ciro, a metodologia de cada pesquisa pode influenciar o seu resultado. "Nessa semana mesmo, nós temos pesquisa que o Bolsonaro está 5 pontos do Lula e outra que tá 21 pontos. Percebe? E tudo bem, cada uma delas tem o seu método", afirmou.

Segundo ele, só é possível reverter o cenário ao "propor ao povo brasileiro um diagnóstico da grande patologia, da grande doença, do atraso econômico, da injustiça, da violência, da precariedade dos serviços públicos". "Depois desse diagnóstico, se ele for correto, propor uma solução", acrescentou Ciro.

Após a entrevista, em suas redes sociais, Ciro afirmou que o "maior erro de leitura da pesquisa Datafolha é vê-la como o fim da disputa quando, na verdade, ela indica apenas o início. Muita água ainda vai rolar. Quem queimar na largada vai se arrepender amargamente".

[@#video#@]

No início da tarde desta segunda-feira (23), o ex-governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou a retirada do seu nome da disputa pela Presidência da República.

“Entendo que não sou o candidato da cúpula do PSDB, e aceito. Sempre busquei e continuarei buscando o consenso, ainda que ele seja contrário a mim. Saio de coração ferido e de alma leve”, disse Doria, que tinha ao seu lado durante o discurso o presidente nacional do partido, Bruno Araújo.

##RECOMENDA##

A retirada do nome de Doria acontece em um momento onde os tucanos, juntamente com o MDB e o Cidadania, devem apoiar a candidatura da senadora Simone Tebet como alternativa para a terceira via das eleições presidenciais.

Mesmo ganhando as prévias do partido em novembro de 2021, contra o governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite, o ex-governador nunca foi consenso dentro do partido e causou rupturas entre os tucanos.

“Seguirei como observador sereno do meu País, sempre com a disposição de lutar a guerra para a qual eu fui chamado. Que Deus proteja o Brasil”, complementa João Doria.

Confira o pronunciamento na íntegra

[@#video#@]

Ao organizar solenidade batizada de "Ato Cívico pela Liberdade de Expressão", o Palácio do Planalto foi transformado pelo governo do presidente Jair Bolsonaro em um palco de ataques ao Supremo, à imprensa e à esquerda por parte de parlamentares da base aliada e do próprio chefe do Executivo.

Na prática, o evento - organizado pelas bancadas evangélica e da segurança pública - foi um endosso ao perdão concedido por Bolsonaro ao deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ), em decreto publicado menos de 24 horas após o Supremo Tribunal Federal (STF) condenar o parlamentar a 8 anos e 9 meses de cadeia por ataques à democracia e às instituições.

##RECOMENDA##

Silveira, que hoje foi nomeado para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, marcou presença e recebeu aplausos ao chegar à solenidade. Ao final, foi tietado com pedidos de fotos e vídeos.

No total, 22 deputados e um senador discursaram na cerimônia, além do próprio Bolsonaro. O líder da frente parlamentar evangélica, a bancada da Bíblia, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), abriu os trabalhos com um discurso em defesa de Silveira.

"Determinados grupos se acham no direito de sobrepor suas verdades aos demais, não podendo ser contestadas. A liberdade de expressão conferida ao parlamentar está garantida pela Constituição Federal", declarou o deputado.

O deputado Capitão Augusto (PL-SP), presidente da frente parlamentar da Segurança Pública, a bancada da bala, chamou o evento de "ecumênico". "Não é para A ou B, é para todo o Brasil", afirmou. Ele também é vice-presidente nacional do PL, partido de Bolsonaro.

Já o vice-líder do governo, o deputado Otoni de Paula (MDB-RJ) exibiu um áudio de reportagem da CNN Brasil com a afirmação de que Silveira divulga fake news e defende golpe de Estado. Em seguida, atacou a imprensa. "Se eu me sentir ofendido, eu processo. Mas eu não tenho como mandar prender os jornalistas da CNN", declarou, arrancando aplausos da plateia de bolsonaristas. O deputado João Carlos Gurgel (PL-RJ) pediu uma reforma do Poder Judiciário.

Em um ato inusitado, o discurso final de cerimônia desta segunda-feira, 25, no Palácio do Planalto coube à primeira-dama Michelle Bolsonaro - e não ao presidente Jair Bolsonaro (PL), como de costume. O chefe do Executivo sequer se pronunciou no evento para marcar a conscientização da Fibrodisplasia Ossificante (FOP), uma doença rara.

A participação de Michelle vem no momento em que o comitê de campanha de Bolsonaro cobra mais participação da primeira-dama no governo e nas atividades políticas, como forma de reduzir a rejeição do presidente no eleitorado feminino. A solenidade no Planalto foi rápida e também contou com a presença do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.

##RECOMENDA##

Michelle agradeceu ao ministro "pelo olhar sensível" e por "ouvir as famílias" de quem tem o diagnóstico de FOP.

Em ato publicado hoje, o governo institui o Dia de Conscientização da Fibrodisplasia Ossificante (FOP), que será celebrado todo dia 23 de abril. "O diagnóstico precoce, na sala de parto ou nas primeiras consultas pediátricas, pode ajudar a reduzir o impacto da doença sobre a vida e desenvolvimento da criança", diz nota do ministério da Saúde.

Também conhecida como miosite ossificante progressiva, a FOP é uma doença incurável que incide uma em 1,4 milhão de pessoas na qual os músculos e o tecido conjuntivo são gradativamente substituídos por tecido ósseo.

O Palácio do Planalto demonstra preocupação com o desgaste político do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira. Auxiliares mais próximos do presidente da República, Jair Bolsonaro, avaliaram que a revelação de um esquema de 'escolas fake', que tem como base o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), ameaça a permanência do ministro no governo e tem potencial corrosivo para a estratégia da campanha à reeleição do presidente - centrada no debate da corrupção.

No domingo, 10, o jornal O Estado de S. Paulo revelou que, com o aval do FNDE, controlado pelo ministro da Casa Civil, deputados "vendem" aos seus eleitores a ideia de que conseguiram recursos para colégios e creches, com promessas de construção de duas mil novas unidades sem garantias orçamentárias.

##RECOMENDA##

O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) vai pedir a abertura de uma investigação na Corte até terça-feira, em mais um desgaste para o governo provocado pela área controlada por Ciro Nogueira.

Uma série de reportagens do jornal já mostrou que o ministro, por meio de um apadrinhado, controla o FNDE - órgão que concentra o dinheiro do setor. O ministro tem se reunido com o presidente do FNDE, Marcelo Ponte, com frequência.

A ala ideológica e o núcleo militar do governo avaliaram que o levantamento de 3,6 mil obras de escolas, creches e quadras paradas no País, apresentado pela reportagem, põe em xeque a narrativa de eficiência e o suposto caráter técnico na distribuição de recursos da infraestrutura.

A situação de Ciro no Planalto é monitorada mais de perto por essa ala do governo desde que o jornal O Estado de S. Paulo revelou um esquema de cobrança de propina no Ministério da Educação operado por pastores.

A prioridade número um no Planalto é pavimentar o caminho de mais um mandato para o presidente. Essa premissa foi fundamental para a saída de Milton Ribeiro do cargo de ministro da pasta.

No governo, auxiliares de Bolsonaro começaram a fazer o discurso de que o envolvimento de Ciro Nogueira com casos de corrupção é do governo anterior.

Na última quinta-feira, a Polícia Federal concluiu que o atual ministro recebeu propinas do grupo J&F e praticou crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro na campanha da reeleição da ex-presidente Dilma Rousseff.

Procurado pela reportagem, Ciro não foi localizado até o fechamento da edição de domingo do jornal O Estado de S. Paulo.

Parlamentares repercutem caso das 'escolas fake'

Neste domingo, o senador Alvaro Dias (Podemos-PR) disse que, agora, é hora de cobrar o trabalho do Ministério Público, da Polícia Federal e do TCU. Ele alegou ser o "maior defensor de CPI", apesar de não ter assinado, na última semana, o documento para criação da Comissão Parlamentar de Inquérito do MEC.

"Fui certa vez expulso do PSDB por assinar CPI para investigar o governo do meu próprio partido. Sempre atuo com independência e não aceito pressões", afirmou o senador. "Mas não faço esse jogo do espetáculo da encenação", ponderou.

O senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR), que retirou a assinatura para a instauração da CPI, afirmou que as revelações deste domingo demonstram que há um "puro jogo para enganar a sociedade".

Guimarães justificou a retirada da assinatura da CPI por receio de que ela se tornaria um "palanque eleitoral", ao entender que a investigação não seria "imparcial e técnica".

O senador diz entender que "fatos muito graves estão acontecendo no MEC", mas que é melhor que a investigação seja feita pela Polícia Federal e pelo Ministério Público.

Além do senador Oriovisto, o senador Styvenson Valentim (Podemos-RN) também anunciou neste final de semana que não vai mais assinar o pedido de abertura da comissão parlamentar de inquérito.

O senador Weverton Rocha (PDT-MA) também recuou e não apoiará mais a CPI. São necessárias 27 assinaturas para abertura de uma CPI e, com a retirada desses apoios, não há número suficiente.

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), autor do pedido de instauração da CPI, se manifestou neste domingo nas redes sociais, após o anúncio do senador Styvenson. "Estadão revelou mais um escândalo na pasta. Precisamos passar a limpo a corrupção desse governo no MEC! Temos que proteger o dinheiro público! #CPIdoMEC."

A presidente executiva do Todos pela Educação, Priscila Cruz, defende a rápida investigação dos fatos. "A gestão educacional federal fere a Lei Orçamentária, a Lei de Responsabilidade Fiscal, os princípios constitucionais da administração pública, promove violação penal com emprego irregular de verbas públicas". "Tudo isso já constituiria um escândalo em anos normais. Mas após a pandemia, com efeitos gravíssimos na educação brasileira, esses supostos crimes precisam ser imediatamente investigados e seus responsáveis punidos", afirmou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a dizer que não tem relações com o assassinato da vereadora Marielle Franco, em 2018, um crime político ainda não esclarecido totalmente.

"Alguém me aponte um motivo que eu poderia ter para matar Marielle Franco. Motivo nenhum, zero. É um negócio que não dá para discutir mais", declarou o presidente em transmissão ao vivo nas redes sociais.

##RECOMENDA##

A declaração de Bolsonaro foi um comentário à notícia veiculada pela Folha de S.Paulo com áudio de uma irmã do ex-policial militar Adriano Magalhães da Nóbrega acusando o governo federal de oferecer cargos em troca da morte do ex-capitão, apontado como envolvido no assassinato de Marielle.

A Comissão de Fiscalização e Controle (CTFC) aprovou, nesta terça-feira (22) , um requerimento (6/2022) pedindo informações sobre os gastos da Presidência da República com o Cartão de Pagamento do Governo Federal (CPGF), mais conhecido como cartão corporativo, entre 2019 e 2022. O requerimento solicita detalhamento das despesas com nome e CPF do portador do cartão, responsável pela autorização do gasto, nome e CNPJ do favorecido e valor pago. 

O autor do requerimento foi o senador Fabiano Contarato (PT-ES), que critica a falta de transparência do Poder Executivo com os gastos de cartão corporativo. Citando reportagens, o senador afirma que, no período entre 2019 e 2021, o Planalto desembolsou cerca de R$ 30 milhões - valor maior do que nos quatro anos anteriores. Apenas em 2021 foram R$ 11,8 milhões. 

##RECOMENDA##

"A atual gestão utiliza os cartões corporativos de modo indiscriminado e com pouca responsabilidade fiscal, o que contrasta com a grave situação em que vivem as contas públicas do governo federal. Enquanto se cortam gastos para a proteção do meio ambiente e do patrimônio histórico-cultural do país e para políticas sociais destinadas à camada mais pobre da sociedade, os gastos com cartão corporativo só aumentam", aponta Contarato, lembrando que cabe ao Congresso Nacional fiscalizar os atos do Executivo. 

O senador Reguffe (Podemos-DF), presidente da CTFC, declarou apoio à iniciativa e cobrou ação do Senado para retirar o sigilo sobre os gastos do governo federal com cartão corporativo. 

"Eu sou um crítico do sigilo desses gastos. Desde que cheguei nesta Casa, defendo que eles não sejam secretos. A população tem o direito de saber como é gasto cada centavo desse dinheiro. São impostos da sociedade brasileira. Todos esses gastos precisam ser detalhados e de conhecimento público", afirmou. 

O requerimento é endereçado ao ministro Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria-Geral da Presidência. De acordo com a Constituição Federal, ele deve responder em até 30 dias, senão fica sujeito a denúncia por crime de responsabilidade.  Pauta A CTFC tinha outros 10 itens na pauta desta terça-feira, mas não reuniu quórum para a votação de nenhum deles. A comissão volta a se reunir em duas semanas, no dia 8 de março, a partir das 14h30. 

*Da Agência Senado

Envolvida no processo de extradição do blogueiro Allan dos Santos dos Estados Unidos, Geórgia Renata Sanchez Diogo foi exonerada da chefia da Assessoria Especial Internacional do Ministério da Justiça nesta sexta-feira (3).

Ela indicou que vai assumir outro cargo na assessoria internacional e o conselheiro da Embaixada do Brasil nos Estados Unidos, Lauro de Castro Beltrão Filho, vai para seu lugar.

##RECOMENDA##

"No passado, também já teve diplomatas nesse cargo. Faz parte, né?", comentou ao Globo.

Prática comum

Também envolvida na extradição do bolsonarista responsável por fake news para favorecer o presidente, a delegada Silvia Amélia já havia sido exonerada da chefia da Diretoria de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional do Ministério da Justiça.

Na última quarta (1º), a delegada da Interpol Dominique de Castro Oliveira foi demitida da organização internacional vinculada à Polícia Federal com apenas 16 meses de atuação. Ela processou a solicitação para incluir Allan na lista vermelha da Interpol.

Ao deixar o posto, ela apontou que deve ter feito "algum comentário que contrariou" a direção da PF. Qual foi, quando, para quem, em que contexto e ambiente, não sei. A chefia também disse que não sabe, cumpriu uma ordem que recebeu”, descreveu na despedida.

Moro denuncia interesses pessoais

A instituição sofre recorrentes trocas de superintendentes que assumem investigações contra pessoas ligadas ao presidente Jair Bolsonaro (PL). Assim ocorreu com os delegados dos inquéritos do filho Renan e do ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.

O controle sobre a PF motivou o pedido de demissão do ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, que revelou que foi impedido de investigar os filhos do presidente e que Bolsonaro usa a instituição para defender interesses pessoais.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando