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O presidente Jair Bolsonaro está bem humorado e conversando na manhã desta terça-feira (12), de acordo com a assessoria de imprensa do Palácio do Planalto. Hoje cedo, ele deu sete voltas de 40 metros cada em uma caminhada por um corredor do Hospital Israelita Albert Einstein. Ele não usou andador nem teve ajuda de enfermeiros.

A previsão é que, no almoço, o presidente tome sopa, coma um prato de macarrão leve à bolonhesa e uma fruta cozida.

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As informações foram transmitidas por assessores do Planalto a jornalistas na sala de imprensa do Einstein, logo na entrada do hospital paulistano. De forma pouco usual, eles desceram do 5º andar, onde o presidente está internado, e conversaram com os profissionais. Nós últimos dias, a maior parte do contato ocorria via WhatsApp.

Questionados sobre a possibilidade de alta do presidente, que nesta segunda-feira foi encaminhado ao apartamento, os assessores disseram apenas que o assunto "segue em avaliação".

Depois de passar os últimos dias em Davos, na Suíça, onde participou do Fórum Econômico Mundial, o presidente Jair Bolsonaro tem uma agenda intensa nesta sexta-feira (25), no Palácio do Planalto. Ele despacha com ministros e com o governador de Rondônia, coronel Marcos Rocha (PSL).

A primeira reunião é com o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. Segundo o ministro, o presidente iria analisar a proposta da reforma da Previdência durante a viagem de retorno da Suíça para o Brasil. A expectativa do governo é aprovar a proposta neste semestre.

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À tarde, o presidente recebe os ministros da Defesa, Fernando Azevedo, e da Secretaria de Governo (Segov), Carlos Alberto Santos Cruz. Em seguida, ele se reúne com Santos Cruz e o governador de Rondônia.

Ontem (24), Marcos Rocha decretou intervenção da Polícia Militar em todos os presídios de Rondônia por 60 dias e com possibilidade de prorrogação. A decisão foi tomada por causa da greve de agentes penitenciários.

De acordo com a imprensa local, ontem foram registrados dois princípios de motins em presídios de Rondônia, sendo o primeiro no Urso Branco, em Porto Velho, e outro na unidade de Guajará-Mirim. 

No próximo domingo (27), Bolsonaro segue para São Paulo onde vai se internar para a cirurgia de retirada da bolsa de colostomia.

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O dia nublado, com pancadas de chuvas, nesta terça-feira (1º), não afugentou os apoiadores do presidente eleito, Jair Bolsonaro, da cerimônia de posse. Em grupos, desceram a Esplanada dos Ministérios, usando camisetas brancas, amarelas, verdes e pretas, nas quais era possível ler “Bolsonaro Presidente” e “Meu partido é o Brasil”. 

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Muitos portavam bandeiras do Brasil, boa parte comprada no caminho, onde vendedores ambulantes tentavam driblar a fiscalização do Governo do Distrito Federal. As filas, nos pontos de revista, tão logo se formavam já se dispersavam. 

Algumas pessoas se desfizeram de bolsas, garrafas de água, objetos e alimentos proibidos na área reservada ao público.

Um caminhão do Exército, com alto-falante, anunciava as medidas de segurança adotadas para garantir a tranquilidade do evento. Informava sobre os objetos proibidos, como guarda-chuva, carrinho de bebê, armas de fogo, mochilas, bolsas, objetos cortantes e suportes de faixas e bandeiras.

Além dos moradores do Distrito Federal, vieram caravanas de todo o país. Alguns chegaram pela manhã e retornariam à noite para suas cidades. É o caso do engenheiro civil Brener Bernardes, que saiu de Uberlândia (MG) às 3h e dirigiu por 420 quilômetros até Brasília. Trouxe o filho Lucas Bandeira Bernardes e o amigo Darlei Ferreira.

Animado com a oportunidade de acompanhar de perto a posse de Bolsonaro,  Bernardes já tinha percorrido os dois quilômetros entre a rodoviária urbana de Brasília e a Praça dos Três Poderes, e voltado ao ponto de partida para se juntar aos companheiros. Disse acreditar que Bolsonaro fará um bom governo.

“Vai combater a corrupção, melhorar a segurança e a saúde. É preciso recuperar a credibilidade do Brasil no mercado externo para o país voltar a crescer”, afirmou.

O Brasil ficou parado acompanhando a corrida presidencial, uma das mais disputadas – nos melhores e piores sentidos. Agora, com o resultado final sobre quem ocupará a vaga no Planalto, outros assuntos virão à tona. Será hora de pensar nos rumos do País. Uma das coisas mais importantes a se debater são os investimentos em inovação. Embora sejamos destaque no empreendedorismo, ainda pecamos na inovação – o que parece até contraditório.

Entre 2017 e 2018, o Brasil subiu cinco posições no Índice Global de Inovação, passando da 69ª para a 64ª posição de 126 países ranqueados. Um avanço, visto que estávamos estagnados naquela posição há dois anos. Ainda assim, a marca mostra o quanto temos a melhorar. Hoje, o líder em inovação da América Latina continua sendo o Chile, na 47ª colocação. Ainda estão à nossa frente, na região, Costa Rica (54ª), México (56ª), Uruguai (62ª) e Colômbia (63ª). Os números nos mostram o quanto ainda precisamos melhorar – o que só será possível com investimentos massivos.

Independente de quem venceu a eleição, é necessário que o futuro presidente do Brasil volte o olhar à inovação – entre os tantos outros problemas por que passamos, claro. A inovação vem do investimento em pesquisa e desenvolvimento, mas também é promovida com a criação de um ambiente propício para as empresas se desenvolverem. Estamos em um mundo globalizado e digital, em que inovar é uma poderosa arma que as corporações têm como diferencial competitivo. Mais que isso, hoje, é uma necessidade, uma obrigação para quem não quer ficar para trás.

Importante lembrar, também, que não só o presidente precisa se preocupar com a criação de um ambiente mais inovador no país. É até mais importante que essa consciência parta do Congresso Nacional, responsável pelas principais decisões sobre os rumos do país. Se queremos que o Brasil volte a crescer e se desenvolver, precisamos estimular, cada vez mais, as mentes inovadoras, que vão criar os produtos e serviços do futuro e ajudar a devolver a força à nossa economia.

Em mais um levantamento divulgado pelo Datafolha, nesta quinta-feira (20), o candidato a Jair Bolsonaro (PSL) continua mantendo a liderança para se tornar o novo presidente do Brasil alcançando 28% das intenções de votos. O segundo colocado é Fernando Haddad (PT), que possui 16%. 

Segundo o estudo, Haddad aparece empatado tecnicamente com Ciro Gomes (PDT) que possui 13%. Em comparação ao último levantamento divulgado na semana passada, o petista cresceu três pontos e o pedetista ficou estagnado. Também não cresceu o candidato Geraldo Alckmin (PSDB) com 9%. O ex-governador está tecnicamente empatado com Marina Silva (Rede), que tem 7%. 

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Foram entrevistados 8.601 eleitores, nos dias 18 e 19 de setembro, distribuídos em 323 municípios brasileiros. O levantamento foi contratado pela TV Globo e pela Folha. 

Nesta semana, Haddad comentou a possibilidade de ir para o segundo turno com Bolsonaro. Ele afirmou que não tem dificuldade em confrontar ideias. “Se tiverem dois projetos claramente apresentados, isso vai ser bom para o país porque vai escolher o melhor. Não estamos aqui discutindo pessoas, estamos discutindo ideias para o país”, falou. 

 

O médico Denis César Barros Furtado, o Dr Bumbum, trabalhou no Palácio do Planalto durante o governo do ex-presidente petista Luiz Inácio Lula da Silva, em 2008. A passagem pelo Planalto foi rápida, apenas um mês, de setembro a outubro de 2008, mas neste período ele já costumava falar de sua especialidade e oferecer realização de procedimentos estéticos a quem foi atendido, criando queixas entre pacientes, conforme apurou o O Estado de S. Paulo.

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O Planalto confirma que Furtado trabalhou na Presidência da República, mas "não integrou o quadro" da Coordenação de Saúde.

A assessoria não informou, no entanto, se chegou a ser instaurada alguma investigação para apurar o comportamento do médico. De acordo com dois servidores, a insistência do médico em falar sobre questões estéticas e principalmente em fazer exames mais detalhados nas pacientes causou estranheza.

Furtado foi preso na quinta-feira da semana passada, juntamente com a mãe, Maria de Fátima Barros. Ele é investigado pela morte de uma de suas pacientes, a bancária Lilian Calixto, de 46 anos, após um procedimento estético de preenchimento dos glúteos, realizado em seu apartamento, no Rio.

O "Dr Bumbum" estava trabalhando como médico temporário no Exército, em Brasília, quando foi designado para prestar serviços na Coordenação de Saúde da Presidência da República. Na época, havia carência de médicos para atender os servidores e seus familiares e ele, apesar de ser temporário e não de carreira, foi reforçar o quadro. Furtado foi designado para trabalhar no pronto-atendimento do serviço médico do Planalto. Ele acabou devolvido ao Exército, sem que houvesse prorrogação do seu prazo de permanência na Presidência.

Outro caso. Furtado trabalhou também no Hospital Militar de Área de Brasília (HMAB). Por causa de queixas sobre seu comportamento, não teve o contrato prorrogado. Como temporário, ele poderia ter ficado no Exército por pelo menos mais três anos.

Segundo o Centro de Comunicação Social do Exército, Furtado é "ex-militar temporário, ingressou no Exército em 23 de junho de 2008 e foi licenciado por término de prorrogação de tempo de serviço em 31 de agosto de 2013". Ainda conforme o Exército "a partir daquela data, foram encerrados todos os vínculos com o Exército Brasileiro, passando para reserva não remunerada".

Quando era do serviço ativo do Exército, o Dr Bumbum, além do Hospital Militar, serviu no Hospital das Forças Armadas e no Posto Médico da Prefeitura Militar de Brasília.

No Rio, mais uma morte sob suspeita

Além do caso de Lilian Calixto, paciente do Dr. Bumbum, e da modelo Mayara Santos, a polícia apura uma terceira morte em oito dias envolvendo procedimentos estéticos. Adriana Ferreira, professora de 41 anos, morreu no dia 23, uma semana após implantar gordura nos glúteos com a médica Geysa Corrêa em uma clínica de Niterói. A defesa de Geysa nega ligação entre a morte e o implante.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Na contramão da decisão fechada pelo Centrão de fechar apoio a Geraldo Alckmin (PSDB), o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e os presidentes do PP, senador Ciro Nogueira (PI), e do Solidariedade, deputado Paulo Pereira da Silva (SP), queriam chancelar um acordo em torno do pré-candidato do PDT, Ciro Gomes.

Eles alegavam que o tucano não decolaria nas pesquisas de intenção de voto e que nem mesmo chegaria ao segundo turno das eleições. A reportagem apurou, porém, que o Palácio do Planalto fez forte pressão para que o bloco não se unisse a Ciro. O pedetista chamou o presidente Michel Temer de "quadrilheiro" e "ladrão" e disse que ele seria preso.

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O governo ameaçou tirar cargos de quem se unisse a Ciro, principalmente do PP, que comanda os Ministérios da Saúde, Cidades e Agricultura - com orçamentos que, juntos, somam R$ 153,5 bilhões -, além de ter o comando da Caixa.

Com 1% das intenções de voto, Henrique Meirelles (MDB) também conversou nos últimos dias com integrantes do Centrão, mas não obteve sucesso em sua ofensiva. O ex-ministro chegou a se reunir ontem com Maia. Antes, ofereceu a vice em sua chapa a Flávio Rocha (PRB), que desistiu de se candidatar ao Planalto.

A decisão do Centrão foi comemorada entre os tucanos. A estratégia de Alckmin sempre passou por atrair o maior número de partidos para sua aliança e, assim, garantir tempo extra na propaganda eleitoral na TV e no rádio.

Na reunião desta quinta-feira (19) com dirigentes do bloco, Alckmin - que preside o PSDB - se comprometeu a fazer consultas nos Estados para que o partido diminua o número de candidatos aos governos e apoie concorrentes do bloco. Hoje, a sigla tem entre 13 e 15 nomes próprios. No Rio, por exemplo, o PSDB deve agora fazer aliança com o ex-prefeito Eduardo Paes (DEM). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Palácio do Planalto ameaça tirar cargos do PP no governo se o partido decidir apoiar o pré-candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes. Terceira bancada da Câmara, com 49 deputados, o PP é o maior partido do Centrão e controla os ministérios da Saúde, Cidades e Agricultura - com orçamentos que, juntos, somam R$ 153,5 bilhões -, além de ter o comando da Caixa. A pressão do Planalto e divergências no bloco - também formado por DEM, Solidariedade e PRB - mantêm indefinida a posição do Centrão na disputa.

Em reunião realizada nesta quarta-feira, 11, na casa do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), os partidos que compõem o grupo não chegaram a um acordo e escancararam a divisão interna. Além das quatro siglas, participaram do almoço na casa de Maia políticos do PSC, do PHS e o ex-deputado Valdemar Costa Neto, chefe do PR.

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Antes do encontro, o presidente Michel Temer fez chegar ao PP o seguinte recado: "Vocês podem apoiar quem quiserem, menos Ciro Gomes". Em conversas reservadas, o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, avisou, na semana passada, que trabalharia para que os "infiéis" perdessem os cargos. Auxiliares de Temer sabem que o PP não engrossará a campanha do pré-candidato do MDB, Henrique Meirelles, mas não querem ver o aliado aderindo ao rival.

Ciro chamou Temer, recentemente, de "quadrilheiro" e "ladrão". Disse ainda que ele será preso. O presidente do PP, Ciro Nogueira (PI), defende o aval ao pré-candidato do PDT, posição compartilhada por Maia e pelo deputado Paulo Pereira da Silva (SP), que dirige o Solidariedade. Uma parte do DEM, porém, quer fechar acordo com o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB) e o PRB negocia aliança com o tucano. "Estamos pondo as divergências à mesa para ver como conseguimos construir as convergências", disse o deputado Mendonça Filho (DEM-PE), ex-ministro da Educação de Temer.

Balança

Na prática, o apoio do Centrão é visto como fiel da balança na disputa ao Planalto. Se todos os partidos estiverem juntos, a avaliação do próprio governo é de que o grupo pode desequilibrar o jogo em favor de um candidato. É por esse motivo que o Planalto age para evitar que o PP fique com Ciro.

O dote eleitoral oferecido pelo bloco é de, no mínimo, 4 minutos e 12 segundos por dia no horário eleitoral de rádio e TV, que começa em 31 de agosto. Somente as quatro legendas - DEM, PP, Solidariedade e PRB - reúnem 124 deputados e têm palanques importantes, principalmente no Nordeste e no Sudeste. Embora o maior partido do grupo seja o PP, a força do DEM pode ser medida pelo comando da Câmara, zona de influência que a sigla quer manter na próxima legislatura.

Às vésperas das convenções para oficializar os candidatos, esta quarta-feira foi marcado por muitas negociações de bastidores. Após o encontro do Centrão, por exemplo, Alckmin foi ao Congresso e se reuniu a portas fechadas com Ciro Nogueira. Pediu apoio, mas não obteve resposta. Presidente do PSDB, o tucano oferece a vice na chapa para quem fizer dobradinha com ele. "Queremos estar juntos para ganhar a eleição e também para governar", disse Alckmin.

Na outra ponta, Valdemar Costa Neto se encontrou com o governador do Piauí, Wellington Dias (PT), e com o ex-ministro Jaques Wagner, que solicitaram a chancela do PR ao nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso e condenado na Lava Jato.

O PR está propenso a se unir ao deputado Jair Bolsonaro (PSL), que lidera as pesquisas em um cenário sem Lula. Na reunião desta quarta com o Centrão, porém, Costa Neto acenou com a possibilidade de indicar o empresário Josué Gomes (PR) como vice na chapa de um candidato avalizado pelo Centrão, se as negociações com Bolsonaro e o PT não prosperarem. Josué é filho do ex-vice-presidente José Alencar, morto em 2011.

O presidente do PRB, Marcos Pereira, deixou o encontro criticando os colegas. "A bancada do PRB está cansada de ser usada. Os partidos maiores querem usar o tempo do partido e a estrutura, mas não há reciprocidade. Todo mundo se fortalece e a gente continua na mesma", atacou Pereira, que é ex-ministro do governo Temer.

Em público, ele defendeu o apoio ao pré-candidato do PRB, Flávio Rocha, embora nos bastidores o partido queira emplacar o empresário como vice em alguma chapa. "A reciprocidade que falta é o espaço devido pelo que representamos", afirmou o líder do PRB na Câmara, Celso Russomanno (SP). "A gente não está pedindo ministério A, B ou C, mas o espaço que temos (no governo Michel Temer) é pouco." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Mesmo sem poder de interromper o leilão das distribuidoras da Eletrobrás, a liminar concedida pelo ministro Ricardo Lewandowski exigindo autorização do Congresso para privatizar empresas públicas tem mobilizado o governo. Caberá à ministra-chefe da Advocacia-Geral da União (AGU), Grace Mendonça, entrar com recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) para que não restem dúvidas a respeito da realização da disputa. A AGU também vai tentar derrubar a liminar que impede a venda da Ceal por causa de uma disputa entre União e governo de Alagoas pelo abatimento da dívida do Estado.

O governo escalou os ministros de Minas e Energia, Moreira Franco, e da Secretaria de Governo, Carlos Marun, para defenderem a privatização das distribuidoras da estatal, marcada para o dia 26 de julho. "A Advocacia-Geral da União está entrando com recurso (no Supremo Tribunal Federal) e acredito que vá se encontrar uma solução", afirmou Moreira Franco. "O leilão vai ocorrer."

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Marun disse que respeitava o posicionamento de Lewandowski, mas classificou sua decisão como "equivocada". "Vamos lutar para que essa decisão seja reformada", afirmou. "Essas decisões que vêm do Judiciário nos preocupam. Sem querer relativizar a independência do Poder Judiciário, mas as consequências tem que ser avaliadas."

Marun disse que a privatização das distribuidoras é imprescindível para a Eletrobrás e para as próprias companhias, que correm o risco de liquidação, o que levaria à extinção das empresas, demissão dos trabalhadores e à piora na qualidade dos serviços. Ele reconheceu que a proximidade do período eleitoral tem trazido mais dificuldades para o governo, o que se soma ao período de festas juninas e Copa do Mundo, que também desmobilizam o Congresso Nacional.

A Eletrobrás informou que adotará todas as medidas necessárias para reverter a decisão que retirou a Ceal do leilão. A empresa afirmou que está avaliando os impactos do despacho do ministro sobre o leilão das demais distribuidoras e da venda de suas participações em Sociedades de Propósito Específico (SPEs). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Após uma breve trégua aos opositores, o pré-candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL), cumprindo agenda em Fortaleza, disparou contra o presidenciável Ciro Gomes (PDT) sem tocar no nome do pedetista. Em um discurso breve na saída do aeroporto em cima de um carro de som, Bolsonaro falou que não quer um Brasil voltado “para cangaceiro como esse que nós temos aqui”, provocou. 

Bolsonaro também disse que não há lugar na Presidência da República para “maconheiro” e nem “cachaceiro”. “Agora está na hora do direito, daquele que pensa no Brasil, pensa na família, pensa em botar um fim na questão ideológica, de quem quer sepultar o comunismo e quer o Brasil pra frente de verdade, não um Brasil voltado para cangaceiro, como esse que nós temos aqui. Não tem lugar para maconheiro no planalto não, nem cachaceiro”, declarou. 

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Apesar de um tom que pode parecer preconceituoso para alguns, Jair Bolsonaro logo disse que sua esposa é filha de “um cabra da peste”. “No sangue da minha família, a minha filha tem sangue de Crateús nela. Meu sogro é daqui do lado de vocês. Minha esposa é filha de um cabra da peste. Somos um só povo, uma só nação, um só destino, uma só bandeira. Aqui não tem divisão de classe. Somos todos iguais”, contou. 

Em abril passado, um dos filhos de Bolsonaro, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSC), chegou a sugerir que Lula estava bêbado durante discurso feito antes de se entregar à Polícia Federal. “Há suspeitas fortíssimas dele estar bêbado e [foi] um discurso cheio de erros de português e com muitas mentiras”, disparou. 

Uma nova reunião de avaliação da situação de restabelecimento da normalidade em todo o País, após publicação das Medidas Provisórias no Diário Oficial (DOU) extra na noite de domingo (27) atendendo também às reivindicações dos caminhoneiros autônomos, será realizada no Palácio do Planalto, a partir das 10h desta segunda-feira (28).

Não está previsto na agenda do presidente Michel Temer que ele vá participar do encontro mas, desde sábado (26) ele tem se integrado às discussões e acompanhado todo o avanço dos debates, tomando decisões com base nestes relatos. Outra reunião já está marcada para as 17h quando o governo já terá um quadro melhor. Mas a situação ainda é crítica e setores do Planalto reconhecem isso.

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As primeiras avaliações do governo, nesta manhã, são de que ainda não deu tempo de todos os caminhoneiros tomarem conhecimento das decisões do governo e, por isso, não teriam dado início à desmobilização.

O governo sabe que é fato que existem resistências de setores de categorias, e acredita que estas tenham, inclusive, cunho político. Mas a avaliação no governo é de que já houve melhoras e que aos poucos a situação tem melhorado em várias regiões do País. Muitas vias estão liberadas, embora isso não queira dizer que caminhões estejam se movendo.

O Alto Comando das Forças Armadas também está fazendo reuniões de avaliação e terá uma nova reunião de avaliação nestas segunda e terça-feiras.

Há uma grande preocupação também com a ameaça de greve agora dos petroleiros. Mas o governo quer deixar essa discussão para um segundo momento.

O presidente Michel Temer (MDB), além de amargar índices negativos nas pesquisas de avaliações do governo, não tem conseguido conquistar os internautas e mesmo com vídeos tentando uma aproximação maior com a realidade jovem - pontuando que assiste séries, como a famosa ‘La Casa de Papel’, e lê vários livros no tempo livre - o resultado não foi o esperado pela conta Governo do Brasil, no Twitter. 

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Nos comentários dos vídeos, que fizeram parte da comemoração dos dois anos do emedebista à frente do governo, usuários recomendaram que o presidente assistisse a série ‘Orange Is The New Black’ ou o filme ‘Carandiru’, que mostram a vida de presos. "Porque janeirão acaba o foro privilegiado e é bom você está habituado", diz um dos usuários. 

Outros chegaram a indagar, inclusive, se Temer não tem amigos para alertá-lo das atitudes vergonhosas que, segundo os internautas, o presidente tem tomado nos últimos dias. Citando ainda, o slogan “O Brasil voltou, 20 anos em 2”.  

 

A Procuradoria de Prefeitos, com apoio do Grupo de Operações Especiais de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da Brigada Militar, cumpre nesta terça-feira (15), três mandados de busca e apreensão em investigação de estupro de vulnerável no município de Planalto. Os mandados estão sendo cumpridos no gabinete do prefeito Antônio Carlos Damin (PDT) e em suas duas residências (foto abaixo). Durante a ação, o prefeito foi conduzido em flagrante para Delegacia de Polícia por posse ilegal de arma.

Conforme as investigações, conduzidas pela coordenadora da Procuradoria de Prefeitos, Ana Rita Nascimento Schinestsck, e pelo promotor de Justiça assessor da Procuradoria Alexandre Salim, o prefeito da cidade teria oferecido R$ 1 mil a uma garota de 13 anos para que fizesse sexo com ele.

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O fato foi noticiado ao Ministério Público, Conselho Tutelar e Polícia Civil, o que levou o suspeito a marcar encontro em local ermo com os pais da menor, com o objetivo de convencê-los a retirar a representação.

A menina ainda denunciou que o prefeito mostrou a ela fotos e vídeos de outras jovens nuas, inclusive da cidade. As buscas têm o objetivo de confirmar a existência desse material, bem como eventual participação do suspeito em outras situações sexuais envolvendo menores de idade. A promotora de Justiça Michele Taís Dumke Kuffner acompanha os trabalhos.

As investigações dão conta, também, que o prefeito teria tentado molestar a jovem, o que configura o crime de estupro de vulnerável.

Além dos mandados de busca e apreensão, a 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça deferiu os pedidos do MP para proibir o contato do investigado com a vítima e os pais dela, por qualquer meio, seja pessoalmente ou por terceiros, ou mesmo por meios eletrônicos ou telefônicos, além de guardar distância mínima de 200 metros da ofendida e familiares. Ele também está proibido de se ausentar da Comarca de Planalto sem autorização judicial.

Da assessoria do MPRS

O presidente Michel Temer (MDB) fez um pronunciamento na tarde desta quarta-feira (9) no Palácio do Planalto onde citou melhorias na economia brasileira. De acordo com o emedebista, em apenas dois anos o governo conseguiu recuperar o País da maior crise de sua história.

Temer destacou que diversas estatais cresceram na cotação da Bolsa de Valores. Para o presidente, tirar o país da crise é o principal objetivo de seu governo. “Os Correios tiveram lucro de R$ 667 milhões em 2017. Este, aliás, é o primeiro lucro desde 2013, quando a companhia começou a registrar prejuízos seguidos até 2016. A Petrobras atingiu o maior valor de mercado da sua história, R$ 312,5 bilhões na cotação da Bolsa de Valores. A empresa chegou a valer R$ 62 bilhões em um passado recente. Assim como recuperamos o Brasil em dois anos, nós recuperamos a Petrobrás”, ressaltou.

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De acordo com o chefe do Executivo, o Brasil está estabelecendo as condições necessárias para que agentes econômicos possam investir no país. “O Brasil foi considerado por 2.500 altos executivos de todo o mundo, o segundo principal destino de investimentos externos dos principais setores industriais. A pesquisa é feita de dois em dois anos, na última, o Brasil estava em oitavo lugar e agora está em segundo”.

O presidente apontou aumento de vendes no setor de supermercados. Segundo Temer, isso mostra que “o brasileiro e a brasileira têm ido mais ao supermercado e consumido mais do que consumia no ano passado”. O emedebista enfatizou que o governo fecha as contas do ano sem preocupações. “O BNDES antecipou o cronograma de pagamentos dos R$ 100 bilhões obtidos pelo banco em empréstimos com o Tesouro. Com esses recursos, o governo fecha as contas de 2018 e garante o cumprimento da chamada regra de ouro”, finalizou.

Por Fabio Filho

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso reconheceu que a candidatura de Geraldo Alckmin (PSDB) ao Planalto neste ano pode ser abalada pelos escândalos envolvendo Aécio Neves, senador por Minas e ex-presidente nacional do PSDB. "Que abala, abala. Pode abalar. Se vai minar, vamos ver, dependendo da energia do maratonista e da capacidade que ele tem de conseguir apoio", disse, em entrevista ao programa Conversa Com Bial, da Rede Globo, transmitido na madrugada desta quinta-feira, 26.

FHC foi questionado sobre sua declaração ao jornal O Estado de S.Paulo, publicada no dia 19, em que definiu Alckmin como "corredor de maratona, não de 100 metros", como forma de minimizar os baixos índices de intenção de votos nas pesquisas do ex-governador paulista. Sobre os efeitos nas pretensões tucanas após Aécio ter se tornado réu no Supremo Tribunal Federal por corrupção e obstrução da Justiça, o ex-presidente defendeu que é preciso aguardar. "Temos de ser prudentes em olhar quais vão ser as consequências, depende da resposta política que as pessoas derem", disse.

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O ex-presidente foi confrontado se, após o caso Aécio, não ficaria impossível sustentar que a corrupção do PSDB não tenha sido tão sistêmica quanto a do PT. "Quando se diz sistêmica, quer dizer o que? Não é que foi muitas pessoas. Quer dizer que foi uma organização que beneficiou partidos que estão no poder e que utilizou empresas públicas para aumentar o valor dos contratos, passar para empresas privadas e para os partidos", disse. "O que foi dito sobre o Aécio não tem nenhum tesoureiro envolvido. No caso do mensalão e do petrolão é o contrário. Os dois são ruins, mas são diferentes. Por enquanto são atos individuais (de Aécio)."

FHC disse que espera ver Alckmin no segundo turno. Mas, caso o tucano não chegue lá, vai "tentar ver quem é o melhor para o Brasil".

Agora o cerco está fechando e devagar o presidente Temer vai sentindo o gosto da prisão chegar mais perto, claro que não vai acontecer agora pois no poder ele tem todas formas de lei para se proteger. Nessa história toda o  ministro Luís Roberto Barroso apontou a possibilidade de estar em andamento, desde há mais de 20 anos até hoje em dia, um esquema de concessão de benefícios públicos no setor dos portos em troca de recursos privados para fins pessoais e eleitorais. Essa é uma das principais justificativas para a Operação Skala, realizada nesta quinta-feira, 29, apontadas pelo ministro relator do inquérito que investiga o "Decreto dos Portos", assinado por Michel Temer em 2017. Essa avaliação vem de informações que faziam parte de um inquérito já arquivado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que foi resgatado para a investigação atual. Barroso não está batendo fraco ao contrário está entrando pesado no processo, o ministro apontou que, de acordo com o que foi apurado até agora na investigação policial, há "indícios que demonstram a possibilidade de se estar diante de um esquema contínuo de concessão de benefícios públicos em troca de recursos privados, para fins pessoais e eleitorais, que persistiria por mais de vinte anos no setor de portos, vindo até os dias ele hoje".

Temer triste

A um só tempo, a prisão dos dois coleguinhas mais próximos de Michel Temer estraçalhou a tentativa do Planalto de criar um ambiente minimamente favorável a especulações sobre sua candidatura à reeleição e reacendeu o fantasma de nova denúncia criminal.

Fechando

O cerco se fechou no momento mais frágil da relação dele com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Arremessado ao corner, Temer pode se recolher e ficar escondido como um rato no buraco.

Hoje tem novidade

A Polícia Federal marcou para as 8h30 desta sexta-feira (30) o depoimento do ex-coronel João Batista Lima, amigo do presidente Michel Temer.

Prisão

A prisão de Lima foi autorizada pelo ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, relator do inquérito do inquérito que investiga se Temer, por meio de decreto, beneficiou empresas do setor portuário em troca de suposto recebimento de propina.

Ouvida

Lima será ouvido pela PF em São Paulo, após quase 9 meses de tentativas frustradas. Desde junho de 2017, o ex-coronel apresenta atestados de saúde como resposta às intimações da PF para esclarecimentos.

Protesto

A Associação dos Delegados de Polícia e o Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado do Paraná  esclareceram a imprensa números e documentos que desmentem as declarações dadas nesta quarta-feira (28) pelo governador Beto Richa (PSDB), contra o Delegado da Polícia Civil do Paraná Dr. Wilkinson Fabiano Oliveira de Arruda.

Briga

Durante entrevista à Folha, Richa ainda chamou o delegado de mentiroso, após ele dizer que a perícia do Instituto de Criminalística é extremamente precária.  Richa também minimizou os tiros disparados contra ônibus da caravana do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, dizendo que foi um ataque localizado.(BR 247).

Olha ele de novo

O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, criticou, na noite de hoje, a operação da Polícia Federal que levou às prisões de dois amigos do presidente Michel Temer. Para o ministro, "os canhões da conspiração" se voltaram contra o governo após Temer cogitar publicamente se candidatar à reeleição.

Interlocutores do Palácio do Planalto classificaram como "um ato espetaculoso" a decisão do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, de autorizar a prisão de amigos próximos do presidente Michel Temer. Dizem haver um "complô" para tentar inviabilizar a candidatura de Temer à reeleição.

Entre os presos nesta sexta-feira na Operação Skala estão o advogado e ex-assessor do governo José Yunes, com quem Temer jantou na última segunda-feira em São Paulo, e o coronel reformado da PM João Baptista Lima Filho.

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Deflagrada a pedido da Polícia Federal e da Procuradoria-Geral da República, com autorização de Barroso, a operação foi vista nos bastidores como um indicativo de que a procuradora-geral, Raquel Dodge, possa apresentar nova denúncia contra o presidente. Se isso ocorrer, a avaliação no Planalto é de que as pretensões eleitorais de Temer seriam minadas. Ele teria novamente que se dedicar a barrar o avanço da investigação na Câmara.

O presidente planeja entrar no páreo para um novo mandato e pode ter o ministro Henrique Meirelles (Fazenda) como vice. Meirelles deixará o PSD e se filiará ao MDB no dia 3. Para integrante da cúpula do MDB, um sinal de que a intenção dos mandados de prisão expedidos seria dificultar a consolidação de Temer na disputa eleitoral é a coincidência de datas. Para os emedebistas, não é por acaso que a operação contra amigos de Temer acontece às vésperas do ato de filiação de Meirelles.

Apesar da repercussão negativa para o governo com as prisões, pessoas próximas ao presidente afirmam que o episódio reforça a certeza de que o emedebista precisa ir para o enfrentamento. "Entendemos que a decisão do presidente de colocar a possibilidade de vir a disputar a eleição faz com que novamente dirijam contra nós os canhões da conspiração. O que aconteceu hoje (sexta-feira) não deixa de ser um reconhecimento de que eu nas minhas afirmações sempre estive certo, que se buscava investigar um assassinato onde não existe cadáver. O Decreto dos Portos não beneficia a Rodrimar", afirmou o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun.

Oficialmente, Marun tentou minimizar a possibilidade de nova denúncia: "Se existe respeito à Constituição Federal neste País, e entendemos que ainda deve existir, o presidente não será denunciado."

Em 2017, a Câmara barrou as duas denúncias apresentadas pelo ex-procurador-geral Rodrigo Janot contra Temer - uma por obstrução de Justiça e organização criminosa e a outra por corrupção passiva.

Ontem, Marun disse que é "DNA do Ministério Público" o viés acusatório, mas que Raquel Dodge age de forma distinta de Janot. "Ela toma uma decisão a pessoas e fatos anteriores ao decreto. É o DNA do Ministério Público, o viés acusatório. Por isso existe Judiciário. E o Judiciário e o MP não podem andar mancomunados. O MP é parte acusatória. Ela atuou e não vejo na doutora Raquel aquele mesmo viés (de Janot) de alguém de dentro do gabinete recebendo dinheiro para orientar gravações", disse, em referência ao ex-procurador Marcelo Miller, que auxiliou a delação de Joesley Batista.

Marun vem fazendo críticas a Barroso desde fevereiro, quando o ministro autorizou a quebra de sigilo bancário de Temer, também alvo das investigações sobre o Decreto dos Portos. Marun chegou a anunciar que pretende se licenciar do cargo para apresentar um pedido de impeachment do ministro do STF.

Temer manteve ontem sua agenda em Vitória (ES), onde inaugurou um aeroporto. Em seu discurso, nenhuma menção à ação da PF. Ele afirmou que seus adversários terão de fazer "malabarismo" se quiserem criticar a sua gestão. O presidente disse ainda que o cargo que ocupa é "dificílimo" e que está "sujeito a bombardeios a todo momento".

Temer estava ao lado de ministros da área econômica, senadores e deputados capixabas. Mas uma ausência causou surpresa: a do governador do Espírito Santo, Paulo Hartung, emedebista como o presidente. Ele mandou o vice, César Colnago (PSDB), em seu lugar.

A operação da PF foi o que levou Hartung a não ir à cerimônia. "O País amanheceu mais uma vez sobressaltado com fatos políticos preocupantes. Apoio a investigação dessas denúncias com profundidade e, como democrata que sou, também defendo o amplo direito de defesa de todos os citados", declarou o governador por meio de nota. "Ressalto que os episódios políticos sucessivos e graves dessa natureza têm prejudicado o País e a economia." À tarde, ao voltar para Brasília, Temer se reuniu com ministros.

O presidente Michel Temer confirmou nesta segunda-feira, 26, ao Broadcast Político que o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, vai deixar o cargo nos próximos dias para tentar se viabilizar como candidato à Presidência da República. "Já era a intenção dele. Acertamos nesses últimos dias", afirmou Temer à reportagem em rápida conversa por telefone. O presidente disse ainda não ter decidido quem substituirá Meirelles.

A estratégia do MDB é ter uma opção interna caso o projeto de reeleição do presidente Michel Temer não decole. Para começar a impulsionar o nome de Meirelles, Temer levou a tiracolo o ministro da Fazenda em um giro pelo Nordeste na semana passada. O anúncio de Temer antecipa o próprio Meirelles, cuja intenção era anunciar sua decisão somente no dia 2 de abril, em Portugal.

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A cúpula quer que ele permaneça como uma espécie de "plano B" para o caso de Temer não conseguir viabilizar sua candidatura e desistir de entrar no páreo. Para viabilizar a estratégia, o ministro vai se filiar ao MDB. Se o presidente não recuar, porém, o MDB avalia que Meirelles pode ser vice na chapa.

O ministro nunca escondeu a intenção de concorrer à Presidência, mas enfrentava dificuldades para pôr de pé seu projeto eleitoral. Filiado ao PSD, Meirelles não tem apoio de sua própria legenda - que negocia com o PSDB do governador e presidenciável Geraldo Alckmin - e não obteve garantia de candidatura em partidos menores, como PRB, PSC e PHS.

Substitutos

Na conversa com Temer em que acertou sua saída do Ministério da Fazenda, Meirelles sugeriu ao presidente dois nomes para substitui-lo: o do secretário-executivo da Pasta, Eduardo Guardia, e o do secretário de Acompanhamento Fiscal, Mansueto Almeida. Líder do governo no Senado e presidente nacional do MDB, o senador Romero Jucá (RR), porém, quer emplacar o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, para Fazenda.

O presidente Michel Temer intensificou as conversas sobre o lançamento de um candidato próprio do MDB ao Palácio do Planalto. Em reunião realizada neste domingo (4) no Palácio do Jaburu, Temer ouviu do presidente do MDB, senador Romero Jucá (RR), que é preciso começar a construir a campanha e reforçar a defesa do governo, alvejado não apenas pela oposição, mas também por aliados.

Líder do governo no Senado, Jucá já defende, nos bastidores, a candidatura do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, hoje filiado ao PSD. "Ele é muito bem-vindo no MDB", disse o senador. "Ainda não temos decisão sobre nomes, mas estamos afunilando as conversas nesse sentido."

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Ao lado do ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco, Jucá mostrou para Temer uma pesquisa encomendada pelo partido sobre o quadro eleitoral nos Estados. "Mais de um terço dos entrevistados acha que, se a economia continuar como está, o MDB deve lançar candidato à Presidência", disse ele.

Na edição deste domingo, 4, do jornal O Estado de S. Paulo, a colunista Eliane Cantanhêde informou que há articulações para que Meirelles seja vice na chapa do governador Geraldo Alckmin (PSDB). O ministro indica que vai entregar o comando da economia, no início de abril, e migrar para o MDB, com a intenção de concorrer ao Planalto. Apesar das referências elogiosas, porém, o partido de Temer não dá a ele todas as garantias de que vá liderar a chapa.

"A nossa ideia é ter um candidato que defenda a agenda do governo. Se não for o Michel, acho que Meirelles reúne essas qualidades e tem todas as condições de aglutinar os partidos de centro para disputar o Planalto", argumentou o líder do MDB na Câmara, Baleia Rossi (SP), presidente do MDB paulista.

Temer tem feito uma espécie de enquete com aliados para saber qual seria o nome, no espectro de centro, que teria mais viabilidade eleitoral. Embora haja resistências de dirigentes do próprio MDB à candidatura do presidente a novo mandato, o núcleo político do governo ainda não descartou essa possibilidade.

Natural

A aposta no Planalto é de que, se a intervenção na Segurança Pública do Rio surtir efeitos positivos e as investigações contra Temer forem arquivadas, o presidente deixará o dígito isolado nas pesquisas de intenção de voto - que hoje não ultrapassa 1% - e será o "candidato natural". Em público, porém, ele rejeita essa hipótese.

Dono de uma impopularidade persistente, Temer pode tomar a decisão até julho e não precisa se desincompatibilizar para entrar no páreo, enquanto Meirelles, se for concorrer, será obrigado a sair da Esplanada em 7 de abril, mesmo prazo para a mudança de partido.

Sem um nome competitivo até agora, o MDB tem como prioridade eleger grandes bancadas de senadores e deputados federais. Jucá disse ontem que o partido também deve apresentar nomes aos governos de 14 dos 26 Estados.

O senador considera muito difícil a possibilidade de apoio a Alckmin, ao menos por enquanto. Na avaliação da equipe de Temer, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), não será candidato, embora seu nome deva ser aclamado em convenção do partido, na quinta-feira. A portas fechadas, correligionários de Temer dizem, ainda, que o ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM-PE), pode ser vice de Alckmin.

"Mas o MDB não está postulando lugar de vice nem de Alckmin nem de Maia", insistiu Jucá. "O natural, em política, é muito forte. Ninguém vai tirar do bolso do colete um candidato, que precisa ter elan, charme e liderança", disse Moreira Franco, um dos principais interlocutores de Temer no Planalto.

Quem vê com simpatia a candidatura de Meirelles alega que o fato de ele poder financiar a campanha com dinheiro do próprio bolso favorece sua escolha. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Planalto está reforçando sua campanha pela Reforma da Previdência nesta semana que marca a retomada de votações na Câmara dos Deputados. As redes sociais da presidência da República iniciaram a campanha Todos pela Previdência, com novas fotos de perfil, de capa, publicação de vídeos e material informativo.

No Twitter, entretanto, a foto de perfil rendeu uma gafe. É que logo abaixo do texto ‘Todos pela Previdência’ está escrito: ‘pro Brasil não quebrar’. O corte na foto do Twitter transformou os dizeres em ‘O Brasil não quer’.

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O erro foi notado por alguns usuários. "Parabéns para o social media do @Planalto que tentou escrever 'Pro Brasil não quebrar' mas não sabe o formato de avatar do twitter e acabou deixando 'O Brasil não quer'. Espalhem antes que apaguem”, disse uma internauta.

Várias pessoas já começaram a responder a conta oficial do Planalto com a frase 'O Brasil não quer'. As dimensões da imagem foram corrigidas.


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