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O prefeito de Osasco, Rogério Lins, e a primeira-dama, Aline Lins, seguem internados nesta segunda-feira, 1º, no Hospital Municipal Antônio Giglio. Segundo boletim médico, divulgado às 10h, o quadro de saúde dos pacientes é estável.

Rogério Lins e a esposa Aline Lins foram atingidos por explosão em uma fogueira durante a festa junina Arraiá do Servidor na noite de sexta-feira, 28, em Osasco.

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Segundo o boletim médico, o prefeito e a primeira-dama "evoluem bem, recebendo atenção multiprofissional, clinicamente afebril, deambulando e aceitando dieta".

Em nota, o hospital informou que neste domingo,30, os pacientes realizaram trabalhos fisioterápicos, suporte nutricional e intervenção psicológica. "Nesta segunda-feira haverá a troca dos curativos no centro cirúrgico sob sedação, seguida de reunião multidisciplinar para avaliação do plano terapêutico".

Em seu perfil oficial no Facebook, Rogério Lins agradeceu as diversas mensagens e manifestações de carinho.

O prefeito de Osasco, Rogério Lins, e a primeira-dama Aline foram atingidos por explosão em uma fogueira durante a festa junina Arraiá do Servidô. O acidente aconteceu na noite de sexta-feira (28) em Osasco.

A fogueira explodiu no momento em que o casal tentou acendê-la. No vídeo, é possível ver altas labaredas. O público não se feriu, graças à grades de contenção que cercavam a fogueira.

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Lins e Aline foram socorridos no local e encaminhados para o Hospital Municipal Antônio Giglio. Os dois estão em situação estável. Um novo boletim médico será divulgado na manhã deste sábado (29).

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A defesa do ex-prefeito de Camaragibe, Demóstenes Meira (PTB), negou que seus transtornos psicológicos tenham sido utilizados como justificativas para os crimes no qual o gestor é suspeito, e que culminaram na prisão e na perda do mandato na semana passada. Entre as acusações estão fraude em licitação, corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

De acordo com o pedido de Habeas Corpus de Meira, ele havia feito ofertas de compras de casas e de uma BMW, mas que não chegou a efetivar os pagamentos e que por isso não teria como concluir que ele usaria dinheiro ilícito para adquirir os bens. O fato que levaria o ex-prefeito a fazer tais ofertas seria uma depressão e um grau de euforia.

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O documento traz também em dos trechos que a ex-esposa do político Judith Maria Silva e Pessoa, que depois que foi eleito o estado psicológico de Meira teve uma piora, e que ele inclusive foi diagnosticado com transtorno bipolar, mas que havia iniciado um tratamento, abandonado várias vezes e justamente nesses hiatos é que ocorriam as supostas compras atribuídas no processo. Ele fazia a oferta, chegava a ficar de posse dos bens, mas quando se dava conta de que não tinha como pagá-los, devolvia-os aos donos.

O Habeas Corpus pede que Demostenes Meira cumpra prisão domiciliar, com ou sem uso de tornozeleira eletrônica, por conta da preexistência de doenças mentais que podem agravar com a manutenção da prisão preventiva.

Veja o trecho do HC 

O ex-prefeito da cidade paulista de Platina Benedito Carlos Clausen, de 72 anos, e o filho dele Gilberto Jean Lopes Clausen, de 47 anos, foram baleados e mortos durante perseguição pela Polícia Militar, na tarde desta quarta-feira, 19, em Assis, interior de São Paulo.

Durante o cerco, o ex-prefeito teria acelerado seu carro e atingido uma viatura da PM, que capotou. Três policiais ficaram feridos. Os policiais alegam que os dois ocupantes do veículo atiraram contra eles. Os PM apresentaram à Polícia Civil duas armas apreendidas com os suspeitos. A Polícia Civil e a Corregedoria da Polícia Militar vão apurar a ação policial.

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De acordo com a Polícia Civil, o carro em que o ex-prefeito estava com o filho foi abordado durante um bloqueio na rodovia municipal Manoel Fernandes, entre Assis e Lutécia, mas o motorista acelerou e teve início uma perseguição. Quando os policiais alcançaram o automóvel em fuga, o condutor jogou o carro contra a viatura, que acabou capotando, segundo a corporação.

Um policial foi atingido pelo carro ao sair da viatura e teve fratura no braço. O veículo dos suspeitos caiu em uma valeta e eles fugiram para um canavial. Conforme os policiais militares, os homens atiraram e, no revide, foram baleados. Pai e filho morreram no local. Nenhum policial foi atingido pelos disparos.

A equipe da PM apresentou à Polícia Civil de Assis uma pistola 765 e uma espingarda calibre 12 que estavam em poder dos suspeitos. Além do policial atropelado, outros dois PMs tiveram ferimentos na cabeça durante o acidente com a viatura. Eles foram atendidos em hospitais de Assis e liberados. A Polícia Civil abriu inquérito para apurar a ação. A PM informou que o caso também é alvo de apuração pela sua corregedoria.

Refino de drogas

Benedito Clausen, também conhecido como "Dito Quati", governou a cidade de Platina, no oeste paulista, de 1989 a 1992, mas depois teria enveredado para o crime. Em 1995, ele foi preso em Londrina, no Paraná, acusado de manter um laboratório para refino de drogas.

Em outubro de 2002, ele voltou a ser preso, junto com o filho Gilberto, acusados de integrarem uma quadrilha de ladrões de veículos importados. No mesmo ano, os dois foram resgatados de um minipresídio da 9ª Subdivisão Policial de Maringá. Recentemente, pai e filho teriam participado de um roubo em Bauru (SP) e, segundo a polícia, estavam escondidos em uma chácara da região.

A Polícia Civil de Pernambuco deflagrou mais uma operação de repressão qualificada na manhã desta quinta-feira (20). Dentre os alvos presos está o prefeito da cidade de Camaragibe Demóstenes e Silva Meira.

Segundo a Polícia, o gestor é investigado pelos crimes de fraude em licitação, corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Outros quatro mandados de prisão preventiva foram cumpridos: Severino Ramos da Silva e a esposa Luciana Maria da Silva; Carlos Augusto e a esposa Joelma Soares. Todos empresários do setor de construção.

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A investigação da Operação Harpalo começou em dezembro de 2018. O objetivo da polícia era apurar crimes envolvendo o superfaturamento em contratos da prefeitura de Camaragibe.

Em fevereiro desse ano, o prefeito havia se envolvido em uma polêmica ao exigir que comissionados prestigiassem o show de sua noiva Taty Dantas. Áudios atribuídos ao prefeito viralizaram entre moradores. Ele ameaçava filmar o local para conferir quem compareceu ao evento.

Já em março, Meira foi mencionado na primeira fase da Operação Harpalo. Na ocasião, a Polícia chegou a pedir a prisão do prefeito de Camaragibe.

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Uma explosão deixou ao menos 16 pessoas feridas nesta segunda-feira (10), em uma cidade da província de Roma, na Itália. A explosão ocorreu em um prédio de três andares do município de Rocca di Papa. No imóvel, funciona a sede da Prefeitura local.

Entre os feridos, está o prefeito Emanuele Crestini, que teve 35% do corpo queimado, e três crianças.

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A vítima em situação mais grave é um funcionário público que ficou com queimaduras em 44% do corpo.

De acordo com as primeiras informações da polícia, operários que realizavam obras na rua do edifício romperam acidentalmente um duto de condução de gás, provocando a explosão.

A coluna de fumaça da explosão era visível de outros municípios vizinhos.

Rocca di Papa fica na região do Lazio, no centro da Itália, e possui 13 mil habitantes. A cidade está localizada a cerca de 35 km da capital Roma.

Da Ansa

A 6.ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo decretou o afastamento do prefeito de Campinas Jonas Donizette (PSB) por improbidade administrativa. O acórdão impõe ao prefeito a perda da função pública, suspensão dos direitos políticos por 5 anos e multa no valor de 30 vezes seu contracheque, além de ordenar a exoneração de 1.851 comissionados.

Campinas, a 90 quilômetros de São Paulo, é a terceira maior cidade do Estado, com 1,1 milhão de habitantes. É um dos maiores Índices de Desenvolvimento Humanos (IDH) do País.

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A desembargadora Silvia Meirelles, relatora do recurso do Ministério Público do Estado, afirmou que Jonas Donizette criou um "cabide de empregos" no Executivo.

Segundo a magistrada, o prefeito "se mostrou inapto para o exercício do cargo político de chefe do Poder Executivo Municipal, instaurando efetivo patrimonialismo durante o seu mandato".

Silvia estabeleceu que a multa deve ser paga no valor de trinta vezes a remuneração do prefeito na data do julgamento. Em abril, Jonas recebeu salário de R$ 23.894,65. A multa deve alcançar R$ 716 mil.

O prefeito também foi proibido de "contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de três anos".

A desembargadora determinou que sejam exonerados todos os funcionários "ocupantes de todos os cargos descritos nas leis declaradas inconstitucionais, no prazo de trinta dias, com a proibição de novas contratações para os mesmos cargos, sendo permitido apenas o preenchimento por meio de concurso público".

Entenda o caso

Jonas Donizette foi alvo de ação civil por improbidade, ajuizada pelo Ministério Público do Estado. O processo apontou a "existência de cargos em comissão que contrariam às Constituições Federal e Estadual, violando os princípios do concurso público, da impessoalidade, da eficiência e da moralidade".

A Promotoria apontou que Campinas tinha "um quadro exorbitante de cargos comissionados, muito superior ao de diversos países". De acordo com a ação, a cidade tinha 846 cargos em comissão e mais 985 funções comissionadas, "um montante exorbitante de 1.851 cargos de chefia, direção ou de assessoramento".

Em 1.ª instância, a Justiça condenou Jonas "ao pagamento de multa civil equivalente a dez vezes o valor da remuneração por ele percebida na data da sentença". Em seu voto, a desembargadora reformou a sentença, aumentando a multa e tirando o prefeito do Executivo.

"Restou comprovado o cometimento de ato ímprobo pelo réu Jonas Donizette, uma vez que este, reiteradamente, nomeou livremente pessoas despreparadas para o exercício de funções meramente burocráticas, sob o argumento de que se tratavam de cargos comissionados", afirmou.

"Note-se que a prova testemunhal é farta no sentido de demonstrar que as indicações para os cargos comissionados ocorriam sem quaisquer critérios técnicos e para o fim de satisfazer o interesse público, mas, ao revés, o eram tão somente para atender aos interesses pessoais de apaniguados políticos, favorecendo pessoas determinadas."

Segundo Silvia, o prefeito usou o "quadro funcional da Administração Pública Municipal como um verdadeiro 'cabide de empregos', concedendo benesses a seus apaniguados políticos e a seus amigos".

A magistrada apontou "um nefasto clientelismo operado pelo réu Jonas Donizette, o qual sem qualquer pudor, reiteradamente, nomeou os seus apaniguados para cargos públicos que claramente não poderiam ser preenchidos por mera nomeação".

A desembargadora afirmou, em seu voto, que houve "dolo de agir" por parte de Jonas Donizette.

"Note-se que no Brasil, infelizmente, impera a oligarquia e o favoritismo, sendo o brasileiro ainda um 'homem cordial', conforme ensina o sociólogo e historiador Sérgio Buarque de Holanda, em seu Livro 'Raízes do Brasil' (aquele que age para favorecer apaniguados, pensando no interesse privado e não no público)", registrou.

"Impera o patrimonialismo, o qual consiste no apoderamento da máquina pública pelo particular, entrelaçamento do setor público com o privado, sendo bem explicado este fenômeno no cenário brasileiro por Raymundo Faoro, no seu livro 'Os donos do poder'."

Defesa

Em nota, a Prefeitura de Campinas afirmou que "vai recorrer da decisão em instâncias superiores, lembrando que o prefeito Jonas Donizette, após orientação da Procuradoria de Justiça, foi quem teve a iniciativa de criar uma lei que limitou em 4% o número de servidores comissionados em relação ao total de servidores na Administração Municipal. Hoje, o número de servidores comissionados está em torno de 3% do total."

O presidente americano, Donald Trump, iniciou nesta segunda-feira (3), com um cerimoniosa acolhida por parte da rainha Elizabeth II, uma visita de Estado de três dias ao Reino Unido que se anuncia agitada após seus insultos ao prefeito de Londres e seus comentários sobre o Brexit.

Minutos antes de aterrissar, o presidente havia mandado um de seus incendiários tuítes contra o prefeito trabalhista Sadiq Khan, o qual acusou de ter "sido tontamente 'asqueroso' com o presidente dos Estados Unidos, com o aliado mais importante do Reino Unido".

Primeiro prefeito muçulmano da capital, Khan comparou no domingo a linguagem de Trump com a dos "fascistas do século XX" e criticou que o Reino Unido lhe "estendesse o tapete vermelho".

"É um fracassado total que deveria se concentrar no crime em Londres, não em mim", afirmou Trump. Um insulto "infantil" e "impróprio do presidente dos Estados Unidos", rebateu um porta-voz do prefeito.

Trump e sua mulher, Melania, foram recebidos ao meio-dia no Palácio de Buckingham com toda a pompa que cabe a uma visita de Estado. Foram recebidos ao pé do helicóptero presidencial pelo príncipe Charles e por sua esposa, Camilla, que os acompanharam sob uma salva de tiros de canhão até a entrada do palácio, onde a rainha de 93 anos os esperava.

Enquanto a banda da Guarda Real tocava os hinos americano e britânico nos jardins, e Trump passava o cerimonial em revista, podia-se ver outros membros da família, entre eles sua filha Ivanka, na sacada do palácio, acompanhados pelo príncipe Philip, esposo da monarca. À noite, será oferecido um banquete oficial em homenagem ao presidente.

Após um almoço privado, o casal presidencial admirou a coleção de arte real, antes de visitar a Abadia de Westminster. Lá, depositaram flores no túmulo do soldado desconhecido. A tarde terminou com um protocolar chá na residência do príncipe Charles.

Esta é a primeira visita de Estado de Trump ao Reino Unido, após uma tentativa frustrada em julho passado que acabou se transformando em uma simples visita de trabalho, devido a protestos em massa que levaram milhares de londrinos às ruas para denunciar o presidente como "misógino, homófobo, xenófobo".

Na ocasião, foram convocadas grandes manifestações contra sua presença, em particular no mesmo dia de seu encontro com a primeira-ministra Theresa May. Seus organizadores esperam repetir o evento do ano passado e farão voar, de novo, o enorme balão representando um "bebê Trump" laranja.

Hoje, militantes da Anistia Internacional estenderam quatro grandes cartazes, que chamavam a "resistir" a "Trump", ao "racismo", ao "sexismo" e ao "ódio" sobre uma ponte em frente à embaixada americana.

- "Ingerência inaceitável" -

Toda essa pompa persiste ao mal-estar em um país, cuja premiê deve deixar oficialmente o cargo na sexta-feira, derrotada por sua incapacidade de levar adiante um Brexit decidido por referendo em 2016, mas adiado duas vezes. Agora, até 31 de outubro.

Em entrevistas com a imprensa britânica antes de sua chegada, Trump criticou o modo como a líder conservadora conduziu as negociações com Bruxelas, recomendou a seu sucessor que abandone a União Europeia bruscamente sem um acordo e apontou o ex-ministro das Relações Exteriores Boris Johnson como seu favorito para dirigir o país.

O presidente americano elogiou o extremista Nigel Farage, líder do Partido do Brexit, grande vencedor na semana passada nas eleições europeias no Reino Unido. No avião que o levava para Londres chegou a afirmar que "poderia se reunir" com ambos os políticos, com os quais disse ter "relações muito boas".

É uma "ingerência inaceitável na nossa democracia", criticou o líder da oposição trabalhista, Jeremy Corbyn.

Essencial para o Reino Unido após o Brexit, a relação comercial com os Estados Unidos deveria ocupar grande parte das conversas de Trump durante os três dias.

"Temos o potencial de ser um sócio comercial incrível para o Reino Unido", afirmou o presidente antes de partir de Washington, garantindo estar disposto a negociar rapidamente um acordo de livre-comércio.

Trump "é muito polêmico, é perturbador, mas também é o presidente do nosso aliado mais importante", disse o ministro britânico das Relações Exteriores Jeremy Hunt, antecipando longa vida para uma "relação especial".

Esta relação pode se ver tensa, porém, por temas como o acordo nuclear com o Irã, a luta contra a mudança climática, ou a guerra comercial entre China e Estados Unidos, que tenta convencer Londres de excluir o grupo tecnológico chinês Huawei do desenvolvimento de sua rede 5G.

"Que o Reino Unido tenha se mantido firme em seu esforço para forjar uma abordagem independente, pragmática e até tecnocrática em suas relações econômicas com a China está demonstrando ser um problema muito real para sua relação com os Estados Unidos", disse a especialista Leslie Vinjamuri, do Instituto Real das Relações Internacionais Chatham House.

Na quarta-feira, Trump participará de uma grande comemoração organizada em Portsmouth, na costa sul da Inglaterra, para comemorar o 75º aniversário do desembarque da Normandia.

Os vereadores da Câmara Municipal de Arcos, em Minas Gerais,  aprovaram nesta semana um projeto de lei que reduz seus próprios salários em 80%. A matéria prevê a redução a partir de 2020. Atualmente os parlamentares recebem R$ 6.149, o valor no ano que vem será de R$ 1.229.

Outro texto votado na última segunda-feira (27) também reduz em 50% o salário do prefeito e em 20% o dos secretários municipais. O primeiro recebe hoje R$ 24 mil e os auxiliares R$ 7,9 mil. O pagamento mensal para o vice-prefeito também sofreu mudanças, passará de R$ 6,4 mil para R$ 5,1 mil.

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“A função de vereador não exige a dedicação exclusiva e como exemplo disso temos essa Casa. Quase a maioria absoluta tem outras funções remuneradas. Tendo em vista a crise que atravessa a federação, o estado e o nosso município, nada mais justo que fosse proposta essa redução”, defendeu o presidente da Câmara e autor da proposta, Luiz Henrique Sabino Messias (PSD).

A economia aos cofres públicos, segundo ele, será de até R$ 4 milhões. Textos seguiram para ser sancionados.

O advogado italiano Giannmarco Negri, 40, foi eleito nesta semana para ocupar o cargo de prefeito do município de Tromello, na província de Pavia, na Itália. Entretanto, sua eleição fez história no país europeu: ele é o primeiro homem transexual escolhido pela população para ocupar um cargo de prefeito no país.

 Ele disputou contra outros três candidatos e venceu com 37,5% dos votos. Os outros concorrentes foram o ex-vice-prefeito Antonio Pavia, de centro-direita, que teve 23,16%, e o candidato da La Ligue, extrema-direita, Renato Cappa, com 25,79%.

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 A cidade de Tromello conta com 3.700 habitantes. Toda a população sabia que Giannmarco era transexual, pois ele falou abertamente sobre o assunto durante sua campanha e também durante sua vida pública na Itália. Ele era conhecido, sobretudo, por aparecer em alguns programas de TV para falar sobre a luta pelos direitos civis da comunidade trans

 Trocando em miúdos, o italiano nasceu com o órgão genital feminino, mas sempre se identificou como um homem.

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O presidente Jair Bolsonaro respondeu há pouco, em entrevista à Rádio Bandeirantes, a declarações do prefeito de Nova York, Bill de Blasio, do Partido Democrata, que voltou a atacá-lo nas redes sociais.

Bolsonaro disse que não pode ir a Nova York, onde seria homenageado como "Pessoa do Ano" pela Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos, porque poderia levar "ovo na cara" e enfrentar balbúrdia e "essa imagem ficaria para o mundo todo". "Fica complicado com um prefeito trabalhando contra mim."

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Blasio compartilhou uma reportagem em que Bolsonaro o chama de "radical" e afirmou: "Se você quiser desembarcar em nossa cidade e se gabar de destruir o Meio Ambiente ou de ser um orgulhoso homofóbico, então os nova-iorquinos irão te criticar por sua porcaria".

Para Bolsonaro, Blasio é um "bobalhão", "paspalhão" e "fanfarrão". "Se tivesse PSOL lá, o partido adequado dele seria o PSOL", afirmou. O presidente acusou o prefeito de Nova York de "ir para cima" da comissão do prêmio e do hotel que sediaria o evento. "Ele (Blasio) se organizou abertamente para o pessoal jogar ovo, jogar estrume", disse. "Não é esse o comportamento de um prefeito, ele quer disputar as prévias do Partido Democrata para disputar contra o Trump, mas ele é um fanfarrão e não vai conseguir nada", disse.

O presidente afirmou ainda que a organização do evento "não fez nada para acalmar a situação". "A imagem para o mundo é que eu estaria sendo pessimamente recebido nos Estados Unidos, mas fui muito bem recebido pelo Trump", comparou.

O prefeito de Nova York, Bill de Blasio, comemorou pelo Twitter o cancelamento da viagem do presidente Jair Bolsonaro à cidade, onde ele receberia o prêmio Pessoa do Ano, organizado pela Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos.

"Jair Bolsonaro aprendeu do jeito difícil que nova-iorquinos não fecham os olhos para a opressão. Nós expusemos sua intolerância. Ele correu. Não fiquei surpreso - valentões geralmente não aguentam um soco", escreveu ele, que completou o tweet da seguinte maneira: "Seu ódio não é bem-vindo aqui". Em um segundo tweet, de Blasio continuou a crítica: "O ataque de Jair Bolsonaro a direitos LGBTQ e seus planos destrutivos para o nosso planeta se refletem em líderes demais - incluindo no nosso país. TODOS devem se levantar, falar e lutar contra esse ódio temerário".

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Na última sexta-feira, o porta-voz da Presidência, Otávio do Rêgo Barros, disse em nota que Bolsonaro cancelou a ida aos EUA por causa de protestos: "Em face da resistência e dos ataques deliberados do prefeito de Nova York e da pressão de grupos de interesses sobre as instituições que organizam, patrocinam e acolhem em suas instalações o evento anualmente, ficou caracterizada a ideologização da atividade", disse.

O Museu de História Natural de Nova York havia se recusado a sediar o evento. Além disso, ao longo da semana, algumas empresas retiraram o patrocínio à premiação após pressão de ativistas.

Os desembargadores da 7.ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo decretaram a perda de função do prefeito de Atibaia (SP), Saulo Pedroso (PSB), por suposta improbidade administrativa envolvendo contrato para a reforma de escolas. Para os magistrados, o prefeito firmou termo com empresa por meio de consórcio que, supostamente, só serviria para manutenção de ruas. A Corte impôs multa equivalente a 50 vezes o contracheque do prefeito.

Segundo o Ministério Público, "em 15 de janeiro de 2015, Saulo, na qualidade de Presidente do Consórcio Intermunicipal Para Conservação e Manutenção de vias Públicas Municipais ('Pró-Estrada') celebrou, após prévia licitação, ata de registro de preços n. 01/2015 com a empresa InpletusProjetos, Gerenciamento e Fiscalização de Obras Ltda, ao valor total de R$ 8.946.910,39".

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"O referido registro de preços tinha por objeto a prestação de serviços de elaboração de projetos básicos e executivos de arquitetura e complementares para obras de engenharia e urbanismo dentro da área de abrangência do referido consórcio, num período de 12 meses", afirma a Promotoria.

O Ministério Público afirma que o "Município de Atibaia desembolsou, ao todo, R$ 2.973.419,33 para pagar o consórcio pelos serviços prestados pela Inpletus".

"À época dessas contratações, Atibaia era membro do Consórcio 'Pró-Estrada', associação privada que congrega municípios, cujo escopo estatutário é, em resumo, planejar e executar projetos e serviços em favor dos consorciados para conservação e manutenção de vias públicas municipais (artigo 8º do estatuto)."

"Logo, esta associação só podia prestar serviços aos seus associados, diretamente ou por pessoas por ela contratadas, nos limites do seu escopo estatutário", sustentou o Ministério Público.

O desembargador Magalhães Coelho, relator do caso, afirmou que "está claro o desvio de finalidade do objeto para o qual o consórcio havia sido criado".

"Como se vê, o problema não está mesmo na realização da 'carona', mas sim no desvirtuamento do objeto do consórcio que inicialmente havia sido estabelecido para a realização de ações e programas com vistas à manutenção de vias públicas e, posteriormente, foi usado para a contratação de determinada empresa para a edificação de treze escolas, parques e praças em Atibaia."

"Não há dúvidas, portanto, de que o atuar consciente do réu violou a previsão constitucional da exigência de licitação para a consecução de quaisquer obras que não tenham sido expressamente dispensadas pela lei", escreve.

"Não é possível concluir que porque uma empresa venceu licitação realizada para obras e serviços de manutenção de vias públicas, ela também seria a melhor para construção de escolas, parques e praças", avalia o desembargador.

Para o magistrado, "a narrativa fática deixa claro que o réu tinha não apenas conhecimento e consciência plena do que fazia, como também atuou com a intenção de desvirtuar as finalidades do consórcio".

"No caso, devem ser aplicadas as seguintes sanções: a perda da função pública e ao pagamento, a título de multa civil, do valor de 50 (cinquenta) vezes o valor por ele recebido na condição de Prefeito de Atibaia, além de ser proibido de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário pelo prazo de 3 (três) anos. Também devem ser suspensos os seus direitos políticos pelo período de 5 (cinco) anos", votou.

Improcedente em primeira instância

A decisão da Corte reverte a sentença do juiz Frederico Lopes de Azavedo, da 2.ª Vara Cível de Atibaia, que chegou a julgar a ação improcedente em primeira instância.

Segundo o magistrado, o "Ministério Público não logrou comprovar que o relatório final do Tribunal de Contas do Estado concluiu pelas irregularidades na execução contratual ou pelo faturamento de serviços".

"Ademais, embora existam engenheiros ou funcionários no quadro de pessoal da Prefeitura, a execução dos serviços é gerenciada através da Secretaria de Infraestrutura da Prefeitura Municipal de Atibaia, e as advertências ministeriais restringem-se aos resultados obtidos em 2014 e 2015, sendo que a contratação se daria para atender demandas dos municípios membros, e foram empregadas pelo Município de Atibaia até 2016, sendo justificada a necessidade da contratação da empresa em detrimento dos engenheiros existentes nos quadros da Prefeitura (fl. 96), por se tratar de demanda de grande porte: treze unidades escolares, uma praça, um parque e duas vias públicas".

"O próprio Secretário do Consórcio respondendo a ofício do Ministério Público afirma que as decisões são tomadas pela Assembleia, deixa claro que, 'a ata de registro de preços de projetos foi utilizada pela Prefeitura de Atibaia, que solicitou orçamento e contratou o serviço, a Prefeitura de Bom Jesus dos Perdões, solicitou orçamento e não contratou serviços, as Prefeituras de Mairiporã e Nazaré Paulista não utilizarão a ata'. Não se vislumbra a ocorrência de desvio da finalidade do consórcio", escreveu.

"Por outro lado, não se questiona nos autos que todos os serviços foram executados a contento e que serviram ao ente público consorciado de forma satisfatória, tampouco que o aproveitamento da licitação feita pela entidade consorcial tenha atingido a sua finalidade. Os serviços descritos às fls.75/80 foram entregues, inclusive, chancelados pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, conforme documento acostado a fl. 82/153, em cumprimento à Ata de Registro de Preços", anotou o magistrado.

Defesa

O prefeito Saulo Pedroso divulgou a seguinte nota:

"A Prefeitura da Estância de Atibaia informa que a decisão em segunda instância proferida pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, alegando desvirtuamento do Consórcio Público Pró-Estrada - formado pelos municípios de Atibaia, Bom Jesus dos Perdões e Nazaré Paulista, cuja finalidade era a realização de ações e programas para a manutenção de vias públicas - é desproporcional e não guarda correlação com a atuação da Administração Municipal.

Não houve, na atual gestão, qualquer ação irregular na utilização da Ata de Registro de Preços nº 01/2015, celebrada por meio de licitação entre o Consórcio Pró-Estrada e a empresa Inpletus Projetos, Gerenciamento e Fiscalização de Obras Ltda., para elaboração de projetos básicos de treze escolas, parques e praças em Atibaia.

A atual administração acredita que a interpretação equivocada desenvolvida pelo Ministério Público induziu o Poder Judiciário ao erro ao afirmar que houve contratação de empresa para edificação, e não projetos, enquanto os incisos do Artigo 8º do estatuto que disciplina o consórcio permitem a promoção de outras ações e programas previamente discutidos na Assembleia Geral de Prefeitos dos Municípios Associados, a quem incumbia a contratação e fiscalização das obras.

A argumentação desenvolvida pelo magistrado, afirmando que no estatuto do Consórcio Pró-Estrada não havia previsão de serviços de engenharia para edificação, reforça a tese de defesa da Prefeitura da Estância de Atibaia, de que os fatos não condizem com a realidade e com um suposto ilícito praticado, visto que a utilização da Ata de Registro de Preços foi para execução de projetos básicos, previamente aprovados em assembleia por decisão colegiada do conjunto dos membros associados do consórcio, diferentemente do que se refere a ação no tocante à edificação e reforma no âmbito da construção civil.

A atual administração salienta, ainda, que todo o processo licitatório para contratação da referida empresa foi instaurado perante o consórcio, com ampla divulgação, não tendo sido identificada qualquer ilegalidade pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, corte que detém a competência constitucional de averiguar as contratações do Poder Público, e que não foram obtidas vantagens materiais indevidas ou gerado prejuízo ao patrimônio público, uma decisão confirmada em primeira instância, quando o magistrado julgou improcedentes os pedidos feitos pelo Ministério Público, consignando não ter configurado qualquer ato lesivo por meio do convênio público, portanto, nos termos da legislação aplicável.

A Prefeitura da Estância de Atibaia e todos os seus envolvidos informam que ainda não foram notificados oficialmente, mas adiantam que vão recorrer da decisão, especialmente em função da desproporcionalidade da sanção em virtude da responsabilização de Saulo Pedroso de Souza, na condição de presidente do Consórcio e de prefeito do município de Atibaia, à época, demonstrando, no decorrer do processo, que não houve qualquer ação irregular ou que destoe do que usualmente era praticado pelas administrações anteriores, razão pela qual acredita no esclarecimento dos fatos e na atuação da Justiça".

O Ministério Público Federal (MPF) em Salgueiro/Ouricuri (PE) obteve, na Justiça Federal, a condenação de Manoel José da Silva, ex-prefeito de Carnaubeira da Penha, no São Francisco pernambucano, por atos de improbidade administrativa. De acordo com ação ajuizada pelo MPF, o ex-gestor deixou de prestar contas de recursos federais recebidos pela Prefeitura por três anos. O caso está sob responsabilidade do procurador da República André Estima.

As apurações indicaram que, entre 2009 e 2011, Manoel José da Silva deixou de prestar contas de verbas recebidas do Ministério da Saúde, além de não repassar ao seu sucessor a documentação relativa à gestão desses recursos, bem como os documentos referentes a verbas do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).

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Devido a essas irregularidades, o município de Carnaubeira da Penha formulou representação contra o ex-prefeito, noticiando a omissão do envio das prestações de contas ao Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Saúde e ao Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Educação.

A Justiça Federal condenou Manoel José da Silva ao pagamento de multa civil a ser destinada ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação.

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O Partido Novo abriu uma seleção para escolher quem serão os candidatos majoritários da legenda nas eleições de 2020 em oito cidades. O processo seletivo vai definir quem vai concorrer ao cargo de prefeito nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Salvador, Fortaleza e Recife.

De acordo com o edital, a seletiva tem várias etapas. Quem passar pela primeira fase, terá que filiar ao Novo, caso já não integre as hostes do partido, e pagar uma taxa de R$ 4 mil para continuar na seleção. As inscrições já estão abertas e podem ser feitas no site da legenda até o dia 15 de outubro.

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“O Novo procura por pessoas que tenham capacidade e experiência para uma gestão pública de excelência, comprometidas com os valores e ideais do partido e dispostas a atuar na área pública”, diz a convocatória para a seleção.

Etapas

A primeira fase é gratuita e consiste no envio das informações pessoais e profissionais. Na segunda etapa, após o pagamento da taxa, o selecionado passará por entrevistas e testes comportamentais.

Já na terceira e última fase, o eventual candidato a prefeito será entrevistado por um comitê composto por membros da cúpula do partido e terá que desenvolver um texto sobre a cidade que pretende ser candidato, apresentando um breve plano inicial de ação e apontando os desafios.

Uma situação de violência envolveu políticos do município de São Bento do Tocantins, na Região do Bico do Papagaio, na noite dessa terça-feira (9). Segundo a Polícia Civil, o prefeito efetuou disparos contra a casa de um vereador, onde estava seus dois filhos, de três e sete anos, a sogra e uma cunhada. Ninguém ficou ferido.

O prefeito Ronaldo Parente (PSB) e o vereador Adelsim do Povo (PP) já tinham uma desavença e antes dos disparos trocaram ofensas em um grupo de WhatsApp. "Mandaram em um grupo dizendo que ele é 'campeão de obras', mas eu falei que não tinha nada de campeão de obras, que ele é campeão de mentiras. Aí ele começou a mandar áudios me chamando de moleque e chamando para brigar. Eu também mandei áudios e ficou aquela coisa", revelou Adelsim ao G1. De acordo com testemunhas, Ronaldo chegou na casa de parlamentar - que não estava no local - em uma caminhonete e efetuou os disparos, que atingiram apenas janelas e móveis.

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O vereador apontou que a represália foi devido à oposição que faz à gestão do prefeito. "Faço cobranças, vídeos mostrando a situação da cidade. Fiz um falando das condições da feira, que está abandonada, e de uma obra de drenagem feita na rua principal da cidade, mas que está alagando outro setor. Minhas cobranças são sempre em relação à melhoria da cidade. Mas ele zangou”, explicou.

O delegado regional de Araguatins solicitou uma perícia na residência e um inquérito foi aberto. O advogado do político do PSB informou à Secretária de Segurança Pública (SSP) que seu cliente se apresentará ainda na manhã desta quarta-feira (10).

O Tribunal de Contas do Estado (TCE) divulgou, nesta sexta-feira (29), um levantamento sobre a destinação do lixo em Pernambuco. Os dados, coletados entre janeiro e dezembro de 2018, mostram que a maior parte dos municípios continua depositando os resíduos sólidos em lixões a céu aberto.

Em comparação à última avaliação, houve uma evolução no número de cidades que depositam o lixo corretamente. O TCE computou que 79 dos 184 municípios pernambucanos estão usando aterros sanitários para despejo dos resíduos. Em 2017, 51 cidades depositavam lixo em aterros sanitários.

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Apesar da melhoria, a situação ainda é desanimadora. No total, 105 cidades continuam desrespeitando o meio ambiente, com 103 dessas depositando a sujeira em lixões a céu aberto e duas em aterros controlados, que não atendem por completo às exigências legais e ambientais adequadas.

“Está muito longe do ideal’, afirma Pedro Teixeira, auditor de controle externo do TCE. “A gente pensar que ainda existem 105 municípios no estado de Pernambuco que depositam de forma irregular, ou seja, em lixões e aterros que não são legalizados, então são municípios cometendo crimes ambientais todos os dias”.

Teixeira também destacou o impacto social e de saúde relacionado ao lixão, onde pessoas costumam recolher restos de alimentos. “São pessoas em situação sub-humanas. Pessoas brigam por lixo. É uma situação degradante. Sem contar o problema de saúde pública, porque o chorume do lixão de Camaragibe vai para o rio direto. Aquelas casas estão todas sujeitas aos problemas do lixo. É uma degradação completa”, explica. Camaragibe, citado pelo auditor fiscal, é o único município da Região Metropolitana do Recife (RMR) que ainda mantém lixão. Ipojuca, na RMR, possui um aterro que ainda não se adequa às exigências legais e ambientais.

Pernambuco conta atualmente com apenas 17 aterros sanitários licenciados, sendo cinco privados e doze públicos. Em 2012, o Plano Estadual de Resíduos Sólidos, realizado pelo Governo do Estado, apontou que seriam necessários 54 aterros sanitários para atender toda a demanda da população. O TCE acredita que com bem menos de 54 já seria possível alcançar um resultado bem melhor. A maioria das cidades que precisam se regularizar estão no Sertão, Mata Norte e parte da Mata Sul.

A ausência do aterro sanitário também traz prejuízo para os cofres das cidades. Quem não deposita corretamente os rejeitos perde 2% do ICMS Ecológico, mecanismo de incentivo à conservação que faz com recursos financeiros cheguem aos municípios. Recife, por exemplo, gastou mais de R$ 32 milhões com o aterro sanitário em 2018. Entretanto, recebeu R$ 22 milhões do ICMS pelo trato correto do lixo. Isso significa que 68,4% do custo foi recuperado.

A eliminação dos lixões era para ter sido concretizada até 2014, conforme a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/2010). O descumprimento às normas é considerado crime gravíssimo contra o meio ambiente. Os prefeitos infratores estão sujeitos a sanções penais e administrativas, além da obrigação de reparar o dano. Eles podem ser enquadrados na Lei de Crimes Ambientais e receber pena de até três anos de prisão. A multa pode chegar a R$ 82,4 mil.

Esta é a primeira vez, desde que o TCE começou o monitoramento em 2014, que foram instaurados processos de Auditoria Especial, uma forma de aumentar o rigor para quem tem descumprido a lei. Foram instaurados 112 processos, tendo 13 já sido julgados. Desses, 11 foram considerados regulares com ressalva e dois, irregulares. Três prefeitos foram multados. O TCE pode também considerar as contas irregulares, resultando em inexigibilidade do prefeito. Também foram enviadas 52 representações para o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) sobre prefeitos que nem ao menos responderam o requerimento de informações.

O despejo de grandes quantidades de lixo em locais inadequados contribui para que o chorume e os gases tóxicos contaminem o solo, os lençóis freáticos, as reservas de água potável e o ar. De agosto de 2014 a 20 março de 2019, 7 milhões de toneladas de lixo seguiram para lixões no Estado. De acordo com cálculo do TCE, esse volume de lixo encheria 1,3 mil campos de futebol com três metros de altura.

A Polícia Civil de Pernambuco detalhou, nesta quarta-feira (27), a Operação Harpalo que investiga crimes de fraude em licitação, corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa na prefeitura de Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife (RMR). A investigação envolve um contrato para a manutenção dos prédios onde funcionam as escolas públicas da cidade, de 2017, no valor de R$ 1,2 milhão firmado entre a prefeitura e as empresas CA Construções e Esfera Construções. 

O prefeito da cidade, Demóstenes Meira (PTB), é uma das pessoas envolvidas no esquema de fraude na licitação que beneficiou as duas empresas e é alvo da Harpalo. A apuração da polícia pode gerar o indiciamento do petebista pelos crimes de organização criminosa, fraude à licitação, peculato e lavagem de dinheiro.

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De acordo com a diretora da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado, delegada Silvana Lelis, a polícia chegou a pedir a prisão preventiva e o afastamento de 90 dias das atividades de Demóstenes Meira, mas ambas solicitações foram negadas pelo desembargador do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), Mauro Alencar.

"Existiam elementos de obstrução da justiça, um dos motivos [para a prisão] é que precisa estar a materialidade comprovada, e estava, o desembargador admite na decisão, mas ele entendeu que neste caso não existia risco ao erário público porque já tinha sido consumado, era antigo. Segundo ele, a prática criminosa já havia acontecido e que afastar ou prender poderia dar ensejo a uma ingerência do judiciário no processo democrático eletivo", detalhou a delegada.

Segundo Silvana, "as provas eram tão robustas que o Ministério Público ratificou na íntegra as solicitações da polícia". "As duas medidas estariam resguardando a gestão pública. É óbvio que com a continuidade das investigações, com várias irregularidades sendo reveladas, se essas coisas forem sendo materializadas vai chegar um momento que ficará insustentável a presença do prefeito na cidade. E se for o caso, vamos pedir novamente a prisão do prefeito e o afastamento", ponderou Silvana Lelis.

O gestor, que inclusive teve os bens bloqueados e carro de luxo apreendido pela polícia, chegou a fazer ameaças a duas testemunhas que receberam medidas protetivas. Uma delas, segundo a polícia, é um vereador da cidade.

"Uma das testemunhas recebeu várias ameaças por mensagens de aplicativo", disse a delegada Jéssica Ramos, responsável pela investigação. A polícia não divulgou o nome das testemunhas protegidas.

Duas casas do prefeito foram alvos de busca e apreensão, uma no Recife e outra em Gravatá, na Mata Norte de Pernambuco, onde ele foi encontrado. De acordo com a polícia, Demóstenes Meira não expressou objeções aos mandados cumpridos e fora os bens de luxo apreendidos, foram encontradas mais de 100 pastas com documentos administrativos que deveriam estar na sede prefeitura, mas estavam na casa do gestor. "Os documentos serão averiguados e encaminhados para o local onde deveriam estar", salientou Jéssica Ramos.

Outros investigados e suas ligações

Além do prefeito, outras sete pessoas são investigadas. O secretário de Infraestrutura e Obras da cidade, Silvano Queiroz, que foi afastado do cargo por 90 dias; o assessor técnico da prefeitura Welmy José Dutra dos Santos - servidor que estaria ameaçando as testemunhas e a Justiça determinou que ele fique afastado delas, através da medida protetiva; e os empresários Carlos Augusto Bezerra Lima, Joelma Soares Gomes Lima, Wilson Freitas, Severino Ramos da Silva e Luciana Maria da Silva.

De acordo com as investigações, Carlos Augusto é dono da CA Construções juntamente com Wilson Freitas, um senhor de idade que está doente e, segundo a delegada Jéssica Ramos, foi ouvido pela Polícia Civil de Natal através de videoconferência. "Há indícios de que ele seja uma espécie de laranja", disse a investigadora.

Já Severino e Luciana são donos da empresa Esfera Construções e ex-funcionários de Carlos Augusto. A Esfera é considerada uma empresa laranja do empresário, que a apuração aponta ser dono das duas. Carlos Augusto, inclusive, já foi alvo das operações Tupinambá, que investiga irregularidades na Prefeitura de São Lourenço da Mata, e Operação Ratatouille, que investiga fraude no fornecimento de merendas para escolas municipais do Cabo de Santo Agostinho. Há informações extraoficiais de que ele temia a prisão, quando foi encontrado em sua residência em Boa Viagem, na Zona Sul do Recife.

A prefeitura de Mariana (MG) decretou nessa segunda-feira (25) estado de calamidade financeira. A decisão levou em conta os impactos da paralisação da Mina da Alegria, da Vale, anunciada na semana passada.

A medida, segundo informações da prefeitura, vai causar cortes em diversos setores, como educação, saúde e desenvolvimento social. Cerca de 700 funcionários devem ser demitidos.

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De acordo com a prefeitura, a paralisação da Mina da Alegria agrava as dificuldades que vêm desde o rompimento da barragem da mineradora Samarco, no Complexo Minerário de Germano. Na tragédia, ocorrida em novembro de 2015, dois distritos no município foram destruídos, 19 pessoas morreram e diversas outras cidades da bacia do Rio Doce sofreram impactos socioambientais. Desde então, a Samarco está com suas atividades paralisadas.

Antecipação

O portal da prefeitura publicou trechos do pronunciamento realizado à tarde pelo prefeito Duarte Júnior (PPS), no qual ele justificou o decreto de calamidade financeira. “A nossa arrecadação mensal será de aproximadamente R$ 12,7 milhões. Em 2014, período em que a Vale e a Samarco ainda atuavam, esse valor chegava a cerca de R$ 30 milhões ao mês”, disse.

Caso a situação se mantenha, o prefeito avalia que a receita de Mariana sofrerá uma queda de R$ 92 milhões em 2019. A principal perda está relacionada com a Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM), conhecida como royalty do minério, embora outros tributos, como o Imposto Sobre Serviços (ISS), também sejam impactados.

Para tentar contornar a situação, a prefeitura entrará com duas ações contra a Vale. Em uma delas pedirá a antecipação de uma indenização à Mariana e na outra irá requerer a manutenção de pagamentos equivalentes ao valor da CFEM, mesmo que  a mineradora não esteja operando. “Somos reféns da mineração e precisamos de socorro do Poder Judiciário para que as mineradoras mantenham os serviços essenciais que dependem desse recurso”, disse o prefeito.

Responsabilidade

Duarte Júnior responsabilizou a Vale pela crise financeira do município e lembrou ainda que a mineradora é uma das acionistas da Samarco, ao lado da anglo-australiana BHP Billiton.

“A Vale é responsável por tudo que esta acontecendo em Mariana, por toda essa crise. Sendo assim, ela tem que arcar com os prejuízos do seu dano. Quem sofre com tudo isso é a população e não vou permitir que ela pague por irresponsabilidade de empresa alguma”, afirmou.

Em nota, a mineradora afirmou que recolhe todos os tributos incidentes em suas operações de acordo com a legislação vigente. "A Vale vem mantendo diálogo permanente com os municípios de Minas Gerais. Isso inclui a comunicação sobre as paralisações das operações", informa o texto.

Acordo

Medidas similares às que Mariana irá pleitear na Justiça fazem parte de um acordo obtido pela prefeitura de Brumadinho (MG), após tragédia ocorrida há dois meses, quando uma barragem da Vale na Mina do Feijão se rompeu causando centenas de mortes.

Há cerca de duas semanas, o prefeito de Brumadinho, Avimar Barcelos, anunciou um acordo com a mineradora. Segundo ele, mesmo que ela não esteja operando no município, por pelo menos dois anos, estão assegurados os pagamentos equivalentes ao valor da ISS e da CFEM.

A Mina de Alegria teve suas operações paralisadas conforme anúncio feito pela Vale na última quarta-feira (20). Na ocasião, a mineradora afirmou em nota que adoção da medida se deu em caráter preventivo.

"Sob condição de estresse, os resultados obtidos nas análises preliminares de suas estruturas foram inconclusivos, não sendo possível garantir sua estabilidade sob tais condições", diz o texto divulgado. De acordo com a Vale, tão logo os estudos dessem garantias de segurança, as operações seriam retomadas.

Durante oito anos, segundo os moradores, a comunidade do Alto Santa Terezinha e adjacências recebiam atendimento médico numa casa que foi alugada pela Prefeitura do Recife e  transformada para ser a sede do Posto de Saúde da Família (PSF). Visitando a comunidade para comemorar o aniversário de 482 anos da capital pernambucana, enfim, para a alegria dos populares, a Upinha Alto do Pascoal foi inaugurada pelo prefeito Geraldo Julio.

Antes, na casa onde funcionava a PSF, segundo os moradores, faltava tudo. Não tinha copo para beber água, o quadro médico era insuficiente, além de outras coisas que faltavam para a população. Agora, Maria de Lurdes, de 56 anos, se diz esperançosa com a abertura da unidade de saúde. “Eu já não aguentava mais aquela humilhação. Espero que agora isso aqui não seja só boniteza para enganar os pobres”, revela.

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O prefeito Geraldo Julio afirmou que equipamento foi uma conquista para os moradores, mas não quis falar sobre a demora para que a Upinha, prometida há oito anos para os moradores, antes mesmo de sua gestão, fosse entregue.

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De acordo com a gerente da Upinha do Alto do Pascoal, Daniele Tavares, os atendimentos na unidade começarão já a partir desta quarta-feira (13), mas só para aqueles que já tinham agendado. Aos poucos o local deve normalizar o atendimento à população.

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