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A organização do Lollapalooza apresentou ao ministro Raul Araújo, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), um pedido para que reconsidere a decisão que restringiu manifestações políticas no festival de música. Pela determinação, os descumprimentos, que foram vistos ao longo desse domingo em apresentações, podem acarretar em multa de R$ 50 mil à empresa. O Lollapalooza terminou na noite desse domingo (27).

Em caráter liminar e monocrático, Araújo acatou nesta manhã um pedido do PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, e proibiu manifestações políticas em tom de campanha eleitoral antecipada no evento após a cantora Pabllo Vittar exibir uma bandeira do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em seu show. O petista é líder das pesquisas de intenção de voto e principal adversário político de Bolsonaro nas eleições de outubro.

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Na peça, a empresa Time 4 Fun (T4F) diz que as manifestações não têm natureza de propaganda eleitoral. "Mas, sim, de manifestação artística, política, de caráter pessoal, cujo conteúdo foi integralmente definido pelo artista", argumenta a organizadora do Lollapalooza. "Nem a T4F nem seus representantes dirigiram, de qualquer forma, o conteúdo do show, que não foi contratado com a intenção de promover qualquer candidato ou influenciar na campanha eleitoral", acrescenta.

A T4F diz não ter ingerência sobre o conteúdo artístico dos shows e não ter como cumprir a ordem do ministro do TSE. "Todas essas manifestações representam o exercício regular da liberdade de expressão. Referem-se a posições políticas, ou seja, a questão que deve justamente ser objeto de discussão pública, livre e insuscetível de censura", segue a empresa.

A decisão de Araújo, criticada por pares nos bastidores do TSE, como mostrou o Broadcast Político, e contestada na Justiça pelo PT, ainda terá que ser submetida a plenário.

A T4F diz ainda que, apesar de não ter sido notificada, pois o festival não tem qualquer relação com as empresas citadas nos autos, "comparece espontaneamente no presente feito".

"Por todo o exposto, a representada T4F requer seja reconsiderada a decisão liminar deferida, sem a aplicação de qualquer penalidade", pede a empresa. "Subsidiariamente, caso Vossa Excelência não entenda por reconsiderar a decisão liminar, requer-se seja a presente petição recebida como agravo, remetendo-se os autos ao Plenário para julgamento", completa em outro trecho da peça.

Perseguido historicamente, o carnaval vive mais um momento de ataques, segundo o pesquisador Milton Cunha, do Observatório do Carnaval do Museu Nacional/UFRJ. Para ele, a liberação de grandes eventos e festas privadas enquanto os desfiles das escolas de samba estão suspensos é uma postura elitista. "Entendo quando a autoridade bloqueia tudo. Liberar uns e não liberar outros mostra dois pesos, duas medidas", disse ao Estadão.

"Você, artista popular, não vamos cantar a sua música, mas o bloco da cantora ‘tal’ está preservado e poderá ir à arena com milhares de pessoas, são os que podem pagar os R$ 100 de entrada, mais as bebidas. Que janela é essa que fecha para a exibição do artista popular, de comunidade, de escola de samba? É muito sintomático você ver que a branquitude pode e a negritude não pode", comparou Cunha, que estudou o carnaval no mestrado, doutorado e pós-doutorado e popularmente é conhecido por ser comentarista de desfiles na televisão.

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"Qual seria o contágio seletivo do carnaval da Sapucaí que não acontece na arquibancada na Fórmula 1, no show gospel? Qual critério científico para poder aglomerar e cantar para Jesus e você não poder cantar e dançar pra sua escola de samba? Que vírus é esse que reage de diferentes formas para quem canta gospel e samba? É conversa para boi dormir."

CONSERVADORISMO

Cunha considera que as frequentes associações do carnaval de 2020 ao espalhamento da covid-19 são reforçadas pelo conservadorismo. "Prove que as mortes vieram do sambódromo em 2020", desafia. Os primeiros casos da doença no País foram de pessoas que contraíram a doença do exterior ou de pessoas que vieram de fora. "O samba apanha desde que ele nasceu, é coisa de preto, de pobre, de comunidade."

TIRADENTES

Indagado pelo Estadão sobre a mudança no desfiles do Rio e de São Paulo para o feriado de Tiradentes, Cunha avalia que o evento terá uma atmosfera distinta de outros anos. Será mais um grande espetáculo, uma grande apresentação, mas sem estar dentro de um contexto festivo nacional, com outro simbolismo. "Na quinta de carnaval, quando o prefeito entrega a chave da cidade para o Rei momo, o Rio entra em transe, o ar da cidade muda, é uma energia doida, um torpor carnavalesco que não vai existir em abril", compara. "Os desfiles das escolas de samba vão ser um produto cultural que em nada vai estar circunscrito nesse torpor. Vai ser uma outra coisa, fora do contexto comum."

  A cidade de Olinda, na Região Metropolitana do Recife, proibiu homenagens a ditadores e escravocratas em monumentos e vias públicas da cidade. A lei 6.193/2021 foi sancionada pelo prefeito da cidade, professor Lupércio (Solidariedade) em dezembro do ano passado e é de autoria do vereador Vinicius Castello (PT).

Com isso, fica proibido atribuir a prédios, rodovias, repartições públicas e bens de qualquer natureza pertencentes ou sob a gestão da Administração Pública Municipal direta ou indireta, nome da pessoa que esteja ligada ao exercício da prática escravista e que conste no Relatório Final da Comissão Nacional da Verdade de que trata a Lei federal nº 12.528/2011 como responsável por violações de direitos.

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A Prefeitura de Olinda destaca que todos os casos denunciados serão avaliados individualmente, "visando garantir a reparação histórica e necessária ao povo negro brasileiro e as vítimas do Golpe Militar de 64". O Executivo municipal salienta que está realizando o levantamento dos equipamentos públicos como também aguardando denúncias vindas da sociedade para começar as mudanças.

Um projeto de lei protocolado na Câmara Municipal de São Paulo propõe proibir o envio e recebimento de dinheiro via pix na capital paulista, sob multa diária de R$ 10 mil para as instituições financeiras que efetuarem a modalidade de pagamentos instantâneos.

Autor do projeto, o vereador Marcelo Messias (MDB) argumenta que o sistema de transferência fez "explodir" o número de sequestros relâmpagos na cidade. O parlamentar sugere que as contas vinculadas a agências bancárias da capital voltem a dispor apenas de TED e DOC, modalidades não instantâneas e que podem incluir taxas.

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"Para os correntistas, sobra a insegurança gerada pela falsa 'comodidade instantânea', o desgaste emocional de sofrer um sequestro relâmpago e a dor de cabeça que terá depois, para tentar que o banco o reembolse", diz o PL. "Na verdade, a sua instantaneidade não traz necessariamente benefício algum aos paulistanos, mas apenas aos bancos."

A tramitação na Câmara Municipal está apenas começando, a proposta precisa ser analisada pela Comissão de Constituição e Justiça da Casa e outras comissões temáticas antes de passar por duas votações no plenário; não há previsão ainda para que isso aconteça.

Pesquisa da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) realizada em dezembro do ano passado mostra que o pix é aprovado por 85% dos brasileiros. A partir de dados coletados pelo Ipespe, o levantamento mostra que a aprovação é maior entre pessoas mais jovens, ficando acima de 95% entre pessoas até 44 anos. Entre quem tem 60 anos ou mais, a aceitação fica na casa dos 65%. Nesse recorte etário se concentra a maior taxa de rejeição do serviço: 22%.

No fim do ano passado, o Banco Central mudou algumas regras do pix com o objetivo de ampliar a segurança das transações. No caso de instituições financeiras identificarem uma conta suspeita, usada para receber transferências, esta poderá ser suspensa - bloqueado o recebimento de depósitos - por até 72 horas. Antes, ainda em outubro, o BC limitou transações noturnas entre pessoas físicas via pix a até R$ 1 mil.

O Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos não recomenda que cidadãos americanos viajem a alguns Países por conta da Covid-19, incluindo o Brasil. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (31), e também envolve o México, Equador, Paraguai, Kosovo e Filipinas.

O Conselho lista quase 130 Países e territórios com casos de Covid-19 como “Nível Quatro: muito alto”. Estão na lista dos mais arriscados: Anguilla, Singapura, Guiana Francesa, Moldávia, São Vicente e Granadinas. 

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O governo dos EUA adicionou, desde dezembro de 2021, mais de 60 Países e territórios à sua lista de lugares a serem evitados por conta da variante Ômicron.

Além disso, mais 11 Países e territórios entraram na lista do Centro de Controle para o “Nível Três: Alto”, que insta os americanos não vacinados a evitarem viagens não essenciais para o Butão, Brunei, Comores, Polinésia Francesa, Gâmbia, Guiné, Guiné-Bissau, Honduras, Libéria, Nepal e Omã. Atualmente são cerca de 50 Países e territórios nessa categoria. Já no “Nível Dois: Moderado”, ou “Nível Um: Baixo”, são 16 Países listados. 

No mês passado, os EUA concordaram em suspender as restrições a oito Países da África Austral que foram impostas em novembro por conta da Ômicron, incluindo a África do Sul. 

O Conselho Regional de Medicina do Estado de Pernambuco (CREMEPE) divulgou uma nota nesta segunda-feira (31), recomendando que o governo estadual proiba festas, reuniões, cerimônias e formaturas como forma de "demonstrar coerência" neste momento do enfrentamento da Covid-19.

O presidente do CREMEPE, Maurício Matos, detalha que a situação do sistema de saúde atual é de sobrecarga, com profissionais adoecendo - o que leva a um retardo ainda maior do atendimento das pessoas que estão lotando os hospitais.

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"É uma incongruência, uma insensatez que atividades que não são essenciais como as festas, as prévias de Carnaval, elas não têm sentido de acontecer", diz Maurício.

O presidente alerta que a variante da Covid-19 Ômicron é muito mais contagiosa e transmissível e a vacina não consegue deter completamente a corrente de infecção.

"A vacina diminui os casos graves, diminui muito os óbitos, mas permite que as pessoas adoeçam, ou sejam,portadores assintomáticos da doença.

Isso é algo que é constatado tanto aqui como em qualquer lugar do mundo, tanto que o combate à ômicron em diversos países têm uma quarta dose, como Israel. Na tentativa de gerar maior defesa para as pessoas com a quarta dose da vacina contra a Covid-19", assevera Maurício Matos.

O CREMEPE ressalta a necessidade da população compreender o momento que estamos vivendo e evitar participar de tais eventos, já largamente evidenciados como responsáveis por um alto risco de se disseminar a doença, mesmo com a exigência de comprovante de vacinação e testagem prévia dos participantes.

A entidade aponta que os testes para COVID-19 que estão sendo utilizados para permitir esses tipos de aglomerações deveriam ser destinados exclusivamente para o diagnóstico de pacientes com sintomas ou internados e não em pessoas assintomáticas para permitir acesso a eventos privados, conforme apontou recentemente a OPAS.

O presidente Maurício destaca que, mesmo com a exigência do teste negativo para a Covid-19, ainda existe a possibilidade de parte do público apresentar o que se chama de falso negativo. “Especialmente se for o teste rápido. Nada impede que você tendo as três doses da vacina, faça o teste horas antes da festa, pode estar com o vírus e contaminar outras pessoas, essas pessoas vão para as suas residências, contaminam outras pessoas e a gente fica no ciclo sem fim, aumentando mais casos e aumentando a possibilidade de outras variantes”.

Na sua recomendação, o CREMEPE assevera que há necessidade de que mais medidas sejam tomadas para reduzir a alta transmissibilidade da variante Ômicron em nosso Estado, diminuindo a superlotação de pacientes existentes nas emergências, UPAS e policlínicas.

Plano de convivência atual Há duas semanas, o Governo de Pernambuco anunciou uma redução no limite de pessoas em festas e encontros corporativos: 1000 pessoas em espaços fechados e até 3 mil pessoas em locais abertos, o que inclui estádios de futebol. Também foi anunciado a ampliação da cobrança do "passaporte da vacina" para bares, restaurantes e outros locais de atendimento ao público.

Número de casos Pernambuco registra 698.267 casos confirmados do novo coronavírus, sendo 56.027 graves e 642.240 leves. Além disso, o Estado totaliza 20.643 mortes pela doença.

A Justiça Federal do Rio de Janeiro deferiu uma liminar proibindo o presidente Jair Bolsonaro (PL) a usar o termo “lepra” e seus derivados para se referir à hanseníase e pessoas acometidas pela doença. A decisão é do juiz Fabio Tenenblat, da 3ª Vara Federal do Rio de Janeiro, e atende a uma ação impetrada pelo Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (MORHAN). A decisão liminar foi tomada no último sábado (15) e o LeiaJá teve acesso ao documento.

Em passagem por Chapecó, no dia 20 de dezembro do ano passado, o presidente usou os termos “lepra” e “leproso” em seu discurso. “Quem já leu ou viu filmes daquela época, quando Cristo nasceu, o grande mal daquele momento era a lepra. O leproso era isolado, distância dele. Hoje em dia, temos lepra também, continua, mas o mundo não acabou naquele momento”, afirmou na ocasião, ao tratar sobre a “demora da ciência” diante de algumas doenças.

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De acordo com a ação impetrada pela MORHAN, “desde 1995 com a Lei nº 9.010, a utilização dos termos 'lepra' e 'leproso' está proibida pois remota à discriminação sofridas pelas pessoas atingidas pela Hanseníase ao longo da sua história.” O documento, assinado pelo advogado do movimento Carlos Nicodemos, pede que o presidente se abstenha do uso dos termos, bem como outros membros da gestão federal, e estipula uma multa de R$ 50 mil por dia em caso de descumprimento.

“A violação a Lei Federal está concretizada pela fala do Presidente, que ainda desrespeita a dignidade humana das pessoas atingidas pela hanseníase, a memória dessa comunidade e causa retrocesso na luta de seus direitos”, alega a ação.

A decisão

Na decisão, o juiz Fabio Tenenblat atende parcialmente a ação proibindo o uso dos termos e determinando que seja instaurada uma investigação caso servidores federais o façam. Contudo, o juiz nega a aplicação de multa.

“Há perigo de dano na não observância da terminologia oficial prevista na Lei nº 9.010/1995, considerando a histórica dívida que a sociedade tem com as pessoas atingidas pela hanseníase e, mais do que isso, os abalos psicológicos causados pelo uso de termos estigmatizantes e discriminatórios por autoridades públicas”, argumenta o juiz na decisão.

"Deixo, por ora, de estabelecer multa, pois não há sentido em se presumir que haverá reiteração no descumprimento da legislação por parte de autoridades federais", emenda o magistrado.

O MORHAN

O Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase foi fundado em 1981, como uma associação civil, e hoje tem como finalidade “promover medidas educativas que visem à prevenção, diagnóstico precoce, tratamento, reabilitação, promoção social, conscientização, preservação e resgate da cidadania da pessoa atingida pela hanseníase, objetivando a sua completa reintegração social”. O MORHAN é coordenado nacionalmente por Artur Custódio.

Os internautas nigerianos voltaram ao Twitter nesta quinta-feira (13), depois que o governo retirou a suspensão de sete meses desta rede social no país mais populoso da África.

"O presidente Muhammadu Buhari aprovou o levantamento da suspensão do Twitter na Nigéria" a partir da meia-noite, anunciou o diretor da Agência Nacional para o Desenvolvimento da Tecnologia da Informação, Kashifu Inuwa Abdullahi.

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"Estamos felizes que o Twitter tenha sido restaurado para todos na Nigéria", comentou um porta-voz da rede social, contatado pela AFP.

"Nossa missão na Nigéria - e em todo o mundo - é servir ao diálogo público. Estamos profundamente comprometidos com a Nigéria, onde as pessoas usam o Twitter para o comércio, engajamento cultural e engajamento cívico", acrescentou.

As autoridades nigerianas dizem que após vários meses de negociações, o Twitter concordou com "todas as condições estabelecidas pelo governo federal", especialmente no que diz respeito à tributação e gestão de conteúdos que não respeitam as leis nigerianas.

Os internautas expressaram sua satisfação com o levantamento da suspensão. A hashtag #TwitterBan era, nesta quinta-feira, a primeira nas tendências na rede social na Nigéria.

"Estamos de volta", "Voltamos ao Twitter como se nunca tivéssemos saído", eram alguns dos comentários sob essa hashtag.

A ONG de defesa dos direitos humanos Anistia Internacional comemorou a decisão, observando no Twitter que "essa proibição era ilegal" e "um ataque ao direito à liberdade de expressão".

O governo nigeriano anunciou em junho de 2021 a suspensão da rede social por "tempo indeterminado", após acusar o grupo de ter uma "missão suspeita" contra o Executivo, e de tolerar em sua plataforma mensagens do chefe de um grupo separatista incitando à violência no sudeste do país.

A suspensão do Twitter ocorreu dois dias depois que a rede social suprimiu uma mensagem do presidente.

Buhari ameaçou "lidar com uma linguagem que eles entendam" os autores da violência no sudeste da Nigéria - que, segundo as autoridades, seriam os separatistas igbos - o que reacendeu memórias dolorosas da guerra de Biafra, que deixou mais de um milhões de mortos na década de 1960.

A suspensão do Twitter e o fato de o governo ter ordenado que os meios audiovisuais apagassem as suas contas, como sinal de "patriotismo", provocaram revolta na Nigéria, um país jovem, com uma população muito ligada às redes sociais e em que esta plataforma é uma ferramenta relevante para o protesto social.

O governo nigeriano anunciou nesta quarta-feira (12) à noite que suspenderá a proibição do Twitter após sete meses no país mais populoso da África.

"O presidente Muhammadu Buhari aprovou o levantamento da suspensão do Twitter na Nigéria a partir da meia-noite de hoje", disse o chefe da Agência Nacional de Desenvolvimento de Tecnologia da Informação, Kashifu Inuwa Abdullahi, em comunicado.

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As autoridades nigerianas dizem que após vários meses de negociações, o Twitter concordou com “todas as condições estabelecidas pelo governo federal”, especialmente no que diz respeito à tributação e gestão de conteúdos que não respeitam as leis nigerianas.

Contactado pela AFP na noite de quarta-feira, o Twitter não confirmou o anúncio.

O governo nigeriano anunciou em junho de 2021 a suspensão do Twitter por "duração indeterminada", após acusar a rede social de ter uma "missão suspeita" contra o Executivo, e tolerar mensagens do chefe de um grupo separatista em sua plataforma incitando a violência no sudeste do país.

A suspensão do Twitter ocorreu dois dias depois que a rede social suprimiu uma mensagem do presidente Muhammadu Buhari. O chefe de Estado ameaçou "tratar com uma linguagem que eles entendem" os autores da violência no sudeste da Nigéria - que, segundo as autoridades, seriam os separatistas ibos - o que reacendeu memórias dolorosas da guerra de Biafra, que deixou mais de um milhão de mortos na década de 1960.

A suspensão do Twitter e o fato do governo ter ordenado que os meios audiovisuais apagassem suas contas na rede, em sinal de “patriotismo”, causaram grande comoção na Nigéria, um país jovem e com uma população altamente conectada às redes sociais e no qual o Twitter é uma ferramenta relevante para protestos.

A União Europeia, o Reino Unido, os Estados Unidos e o Canadá manifestaram sua rejeição à suspensão do Twitter.

O Ministério chinês dos Esportes proibiu os jogadores de futebol da seleção nacional de terem tatuagens e "convidou" aqueles que já têm estas ilustrações pelo corpo que façam sua remoção, no momento em que o governo se esforça para conter "modas" consideradas "vulgares".

Da música aos jogos on-line, passando pelos "reality shows" e pelas aulas particulares, a China tenta manter sua juventude na rédea curta, impondo valores viris e patrióticos em oposição ao que eles veem como decadência moral procedente do exterior.

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Agora, é a vez dos jogadores da seleção de futebol. A partir de agora, passa a vigorar uma "proibição formal de fazer novas tatuagens", disse o Ministério dos Esportes na terça-feira (28).

"Aqueles que já têm tatuagens são aconselhados a apagá-las", prossegue o comunicado.

"No caso de circunstâncias particulares, as tatuagens devem ser cobertas durante treinos e competições", acrescenta o texto.

No caso das categorias inferiores da seleção nacional, do sub-20 para baixo, os técnicos ficarão "terminantemente proibidos" de convocar jogadores tatuados.

As tatuagens ainda são malvistas na sociedade majoritariamente conservadora da China, mas começam a se popularizar entre os jovens das grandes cidades.

A Federação Chinesa de Futebol já havia ordenado que seus jogadores internacionais encobrissem tatuagens nos últimos anos. Também enviou jovens jogadores de futebol para campos militares para receberem uma educação de orientação marxista.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu neste mês a propaganda da gestrinona e de produtos que contêm essa substância e, ainda, disse que esses itens são um "risco à saúde pública". Difundido nos últimos anos, o chamado "chip da beleza" libera continuamente esse esteroide com ações anabolizantes.

Do tamanho de um palito de fósforo, o dispositivo de silicone é implantado no corpo para liberar continuamente hormônios, como a gestrinona, esteroide com ações anabolizantes.

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A promessa é que, com os efeitos androgênicos da substância, ocorra emagrecimento, ganho de massa muscular e aumento na disposição física. Costuma-se omitir nos anúncios, porém, que ele não tem registro da Anvisa e pode causar efeitos colaterais, como desníveis de colesterol, problemas no coração e no fígado, entre outros.

Na Resoluçãoº 4.768, de 22 de dezembro, a agência argumenta que a divulgação da substância fere regras que restringem propaganda de produtos com necessidade de prescrição e manipulados a médicos, cirurgiões-dentistas e farmacêuticos. Por isso, adotou a medida preventiva.

Em resposta a ofício da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem), a Anvisa reforçou que "não há medicamentos contendo o insumo farmacêutico ativo gestrinona com registro sanitário válido no Brasil". Destacou ainda que "tampouco constam em seu banco de dados pedidos de registro aguardando análise ou em avaliação pela área técnica".

"Em outras palavras, não é possível alegar que esses produtos são eficazes e seguros, o que representa, per se, um risco à saúde pública", diz a nota técnica da agência.

No início de novembro, a Sbem divulgou posicionamento contrário ao implante de gestrinona - que foi enviado à Anvisa, ao Conselho Federal de Medicina (CFM) e à Associação Médica Brasileira (AMB). O documento destacou que " a gestrinona têm sido usada erroneamente por mulheres na busca de melhora da performance física e estética".

"No Brasil, a utilização de implantes hormonais utilizando esteroides sexuais e seus derivados aumenta de forma avassaladora. Por serem apresentações customizáveis, existe um real risco de superdosagem e de subdosagem", diz o texto.

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo no início de dezembro, o presidente do Departamento de Endocrinologia Feminina, Andrologia e Transgeneridade da SBEM, Alexandre Hohl, um dos signatários do posicionamento, explicou que, em um primeiro momento, o dispositivo com gestrinona era injetado no corpo com a justificativa de tratar a endometriose, distúrbio ligado ao crescimento de tecidos do útero.

Há cerca de cinco anos, porém, percebeu-se que o uso do dispositivo para fins estéticos e a combinação com outros tipos de hormônios passou a se intensificar.

O nome "chip da beleza" veio no meio desse processo. "Quando se viu, estavam colocando todo tipo de anabolizante nos chips, principalmente com a justificativa de aumentar massa magra e diminuir massa gorda. Mas não há indicação médica para benefício estético", contou Hohl à época. "Pode dar acne, problemas no fígado, no coração, na mama, aumentar colesterol e gerar uma série de outros efeitos."

O presidente Jair Bolsonaro subiu o tom, nesta segunda-feira, 13, contra o uso de máscaras. A medida é recomendada por autoridades sanitárias como forma de conter as infecções por coronavírus. "Aqui é proibido usar máscara", disse o presidente em vídeo gravado com cantores de forró, no Palácio do Planalto.

O encontro foi divulgado nas redes sociais do presidente e ocorreu antes de uma cerimônia para celebrar o "Dia do Forró", em homenagem ao aniversário do sanfoneiro Luiz Gonzaga. Os ministros Gilson Machado (Turismo), Marcelo Queiroga (Saúde), Ciro Nogueira (Casa Civil), Fábio Faria (Comunicações), Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional), todos do Nordeste, e também o titular da Defesa, Walter Braga Netto, participaram do evento. Nenhuma das autoridades usou máscara durante a cerimônia, que teve aglomeração.

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Na ocasião, o presidente disse que pretende encaminhar projeto ao Congresso para inserir o nome de Luiz Gonzaga na lista do Panteão da Pátria. Na semana passada, o governo, por meio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), já havia incluído o forró na lista de patrimônio imaterial do Brasil.

Em tom de campanha, o secretário nacional de Cultura, Mario Frias, usou o discurso para criticar os governos do PT e exaltar Bolsonaro. "Resgatamos a cultura do sequestro político ideológico que dominou os recursos públicos durante décadas, favorecendo um grupo de pessoas que tinha apenas um interesse em mente: se perpetuar no poder", disse ele.

Na mesma linha de Bolsonaro, Frias também atacou as medidas de combate à covid-19 e se posicionou contra a exigência de vacinação para frequentar eventos culturais.

"A nossa Secretaria tem combatido esses abusos com portarias que, por exemplo, proíbem a exigência de passaporte vacinal em projetos financiados pelas leis de incentivo, garantindo assim o que está na lei, a livre fruição aos bens culturais", declarou o secretário.

O ministro do Turismo, Gilson Machado, também usou a cerimônia como palanque e fez menção aos atos com motoqueiros, promovidos por Bolsonaro com apoiadores.

O Nordeste foi a única região onde Bolsonaro teve menos votos do que Fernando Haddad (PT), em 2018. De olho na reeleição e em um aceno para os eleitores nordestinos, o presidente passou a intensificar as viagens para lá, com o objetivo de inaugurar obras, e a se cercar de auxiliares do Nordeste. Hoje Bolsonaro tem seis ministros da região, entre eles aliados próximos, como Ciro Nogueira (Casa Civil) e Fábio Faria (Comunicações).

A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal já votou por ratificar a decisão que estendeu até 31 de março de 2022 a ordem para suspender despejos, remoções forçadas e desocupações na pandemia. Edson Fachin, Gilmar Mendes, Cármen Lúcia, Rosa Weber, Dias Toffoli e Alexandre de Moraes acompanharam o colega Luís Roberto Barroso, chancelando liminar concedida na última quarta-feira, 1º.

O ministro Ricardo Lewandowski apresentou voto divergente sobre o caso, mas em sentido ainda mais abragente - para que a suspensão de desocupações coletivas e despejos de pessoas vulneráveis fosse assegurada 'enquanto perdurarem os efeitos da pandemia da Covid-19'. Ainda não votaram os ministros Luiz Fux, presidente da corte, e Kassio Nunes Marques.

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O julgamento é realizado no Plenário virtual da corte, ferramenta que permite que os ministros depositem seus votos à distância. A sessão em questão teve início na segunda-feira, 6, e está prevista para terminar às 23h59 desta quarta, 8.

Na decisão levada para referendo dos demais ministros do STF, Barroso acolheu pedido do PSOL, no âmbito de ação em conjunto com entidades de moradia e direitos humanos.

O partido apontava que, com a decisão que suspendeu despejos e reintegrações de posse na pandemia expirando no último dia 3, milhares de famílias ficariam desprotegidas em um momento em que os efeitos da crise da covid-19 ainda são agudos.

"Com a chegada do mês de dezembro, constata-se que a pandemia ainda não chegou ao fim e o contexto internacional - notadamente com a nova onda na Europa e o surgimento de uma nova variante na África - recomenda especial cautela por parte das autoridades públicas. Por isso, tendo em vista a proximidade do recesso parlamentar, asseguro desde já a extensão dos na Lei nº 14.216/2021 ao menos até 31.03.2022", ponderou o ministro em seu voto.

A lei a qual Barroso se refere foi promulgada em outubro, após o Congresso Nacional derrubar vetos à projeto de lei que proibia o cumprimento de ordens de remoção coletivas na pandemia. A campanha Despejo Zero, principal articuladora do PL, mapeou 72 mil famílias ameaçadas de despejo e outras 12 mil despejadas durante a pandemia.

Além de estender o prazo para proibição do despejos, Barroso também determinou a suspensão temporária de desocupações e despejos em áreas rurais, dentro dos critérios aprovados pelo Legislativo. O ministro ainda chegou a fazer um apelo ao Congresso, para a prorrogação dos prazos previstos em lei, tendo em vista o cenário atual da pandemia.

A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) aprovou, na última terça-feira (30), em caráter terminativo, o Projeto de Lei do Senado (PLS), cuja autoria é do parlamentar Randolfe Rodrigues (Rede). A proposição proíbe a venda e distribuição gratuita de refrigerantes em escolas da Educação Básica.

Além disso, o PLS também aponta a obrigatoriedade da impressão de alerta nos rótulos dessas bebidas com informações sobre os malefícios à saúde por meio do consumo abusivo do produto. De acordo com o texto do senador Randolfe Rodrigues, o descumprimento da rotulação na bebida "implica infração sanitária , nos termos da Lei nº 6.437, de 20 de agosto de 1977, e demais disposições aplicáveis".

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Na justificativa do projeto, o autor pontua os males do consumo abusivo do produto e reforça que a maioria da população desconhece os riscos "ao passo que, em muitos casos, campanhas publicitárias – muitas vezes direcionadas à população infantil – estimulam o consumo desses produtos associando-os a estilo de vida saudável e afortunado", elenca o texto.

Sob relatoria da senadora Zenaide Maia, o PLS 9/2017 segue para análise da Câmara dos Deputados, caso não haja pedido de votação em Plenário.

O governador do Ceará, Camilo Santana (PT), anunciou nesta sexta-feira (26), que os grandes eventos de Réveillon estão proibidos de serem realizados no Estado. 

A partir do dia 16 de dezembro, só serão permitidos eventos com até 2.500 pessoas em ambientes fechados, ou com até cinco mil pessoas, se o evento for realizado em local aberto. Camilo ressalta que para que esses pequenos eventos sejam realizados, será necessário que os organizadores exijam o passaporte de vacinação do público e controle de acesso.

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O Ceará enfrenta o aumento de casos da Covid-19 em alguns municípios. “Esse aumento da positividade em alguns municípios significa que ainda existe circulação do vírus e se isso ocorre deve aumentar mais ainda a nossa preocupação em aumentar a cobertura vacinal e das pessoas cumprirem os protocolos sanitários”, ponderou o secretário da Saúde, Marcos Gadelha.

"Tomamos essa decisão por absoluta prudência, responsabilidade e respeito de forma prioritária a vida dos nossos irmãos e irmãs cearenses. Sempre tenho dito que não descansarei enquanto não vacinarmos toda a população", ressalta o governador do Ceará. 

Camilo Santana ainda aproveitou para falar que a decisão sobre a realização do Carnaval deve seguir no mesmo rumo do que foi definido para as festas de Réveillon, mas isso ainda será discutido pelo comitê montado pelo Governo do Ceará.

No entanto, ele ressalta que a sua posição pessoal é para que as grandes festas de Carnaval no Estado também sejam proibidas. "É por prudência e responsabilidade", pontua Camilo.

A decisão do governador acontece em paralelo ao crescimento dos casos de Covid-19 no mundo, principalmente na Europa - além do surgimento de novas variantes, como a identificada na África do Sul. 

Segundo o laboratório Alemão BioNTech, essa cepa, chamada de B.1.1.529, "difere claramente das variantes já conhecidas porque tem mutações adicionais na proteína spike". Ainda não há, porém, confirmação científica de que a variante esteja ligada a escape vacinal nem que seja mais transmissível.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), revogou nesta segunda-feira, 8, a prisão preventiva do deputado Daniel Silveira (PSL-RJ). O parlamentar chegou a passar um período em regime domiciliar, monitorado por tornozeleira eletrônica, mas foi mandado de volta ao presídio depois de sucessivas violações ao equipamento.

Pela decisão, Silveira fica proibido de manter contato com outros investigados nos inquéritos das fake news e das milícias digitais e também não poderá usar as redes sociais. Moraes disse que o acesso aos perfis deve continuar suspenso porque o deputado usou as plataformas para a "prática reiterada das infrações penais imputadas ao réu pelo Ministério Público".

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"Destaco que o descumprimento injustificado de quaisquer dessas medidas ensejará, natural e imediatamente, o restabelecimento da ordem de prisão", alertou o ministro.

A decisão foi tomada depois que a defesa de Daniel Silveira apresentou as alegações finais no processo que o manteve preso por ataques contra as instituições democráticas. Moraes considerou que a ordem de prisão poderia ser flexibilizada porque a fase de instrução criminal foi encerrada. "Sendo, portanto, possível a substituição da prisão por medidas cautelares diversas", escreveu.

Silveira virou réu por grave ameaça, crime tipificado no Código Penal, e por incitar a animosidade entre o tribunal e as Forças Armadas, delito previsto na extinta Lei de Segurança Nacional, por decisão do plenário STF, que aceitou a denúncia oferecida pela Procuradoria-Geral da República com base em vídeo publicado por ele nas redes sociais pedindo a destituição dos ministros do tribunal.

O deputado foi detido pela primeira vez em fevereiro, quando divulgou a gravação, e colocado em prisão domiciliar no mês seguinte, mas voltou ao regime fechado em junho, depois que a Secretaria de Administração Penitenciária do Rio registrou 36 violações à tornozeleira, incluindo descargas, rompimento da cinta e ausência na área delimitada. O descumprimento gerou uma multa de R$ 100 mil, que o parlamentar tenta reverter judicialmente.

O secretário especial da Cultura, Mario Frias, proibiu nesta segunda-feira, 8, a cobrança da vacina em projetos que solicitam a Lei Rouanet, de incentivo à cultura, em cidades ou Estados sem o passaporte sanitário. Isso significa, portanto, que os organizadores do evento não poderão adotar o protocolo de pedir, por conta própria, a comprovação de imunização pelos frequentadores. Já nos casos em que o governo local exige a vacina, a Secretaria de Cultura determina que seja oferecida, simultaneamente, uma apresentação virtual do show, mostra, filme, espetáculo ou outro evento apoiado pela lei federal.

As regras foram publicadas nesta segunda-feira, 8, no Diário Oficial da União. Nos últimos anos, o presidente Jair Bolsonaro e membros do governo têm atacado a cobrança do passaporte da vacina contra a covid-19, medida adotada em vários países e recomendada por especialistas para reduzir os riscos de transmissão do vírus.

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"Fica vedado pelo proponente a exigência de passaporte sanitário para a execução ou participação de evento cultural a ser realizado, sob pena de reprovação do projeto cultural e multa", diz o texto assinado por Frias. E segue: "Havendo decreto, lei municipal ou estadual, que exija o passaporte, o proponente terá que adequar seu projeto ao modelo virtual, não podendo impor discriminação entre vacinados e não vacinados nos projetos financiados pelo Programa Nacional de Apoio à Cultura (Pronac).

Em setembro, Frias chegou a chamar, nas redes sociais, o passaporte da vacina de "abominável". "Nenhum prefeito irá decidir o que os órgãos vinculados a mim irão ou não fazer. Não aceitarei fazer parte do teatrinho autoritário sanitarista. Nas entidades vinculadas da Cultura, não iremos adotar o abominável passaporte de vacinação, ponto final", escreveu o secretário à época.

O decreto revela, ainda, que os projetos culturais que comprovarem a adoção dos protocolos de medidas de segurança, para prevenir a covid-19, "tais como, aferição de temperatura, exame de testagem para covid e uso de materiais de higiene, terão prioridade na análise de homologação de admissibilidade".

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, defendeu a portaria editada na segunda-feira, 1º, pelo Ministério do Trabalho e Previdência contra a demissão de empregados que se recusem a tomar as vacinas de combate à Covid-19. Ele chamou de "drástico" o movimento que exige a obrigatoriedade do esquema vacinal completo para manutenção dos empregos.

"O Ministério da Saúde historicamente, tradicionalmente, desde Lindolfo Collor, que foi o seu primeiro ministro, pugnou pela defesa do emprego. Nós achamos muito drástico demitir pessoas porque elas não quiseram se vacinar. Como médico, eu sempre consegui que os meus pacientes aderirem ao tratamento na base do convencimento".

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Em entrevista coletiva na sede do Supremo Tribunal Federal (STF), o titular do Ministério da Saúde argumentou que a portaria editada pelo ministro Onyx Lorenzoni busca proteger as vagas de trabalho existentes e estimular novas contratações. Na semana passada, o governo proibiu as empresas de exigirem o certificado de vacinação de seus funcionários ou de impor o documento como obrigatório nos processos de seleção para contratação de pessoal. Pela portaria, as empresas também não poderão demitir por justa causa aquelas pessoas que se recusarem a apresentar o cartão da vacina. Se o fizerem, terão de reintegrar ou ressarcir os demitidos.

O ato põe em prática a posição do presidente Jair Bolsonaro, que é contrário à vacinação anticovid obrigatória e ao cartão de vacinação como passaporte de entrada e saída das pessoas em diferentes lugares e estabelecimentos.

Na quarta-feira, 3, o PT apresentou uma ação à Corte na qual exige a derrubada da medida adotada pelo Ministério do Trabalho e Emprego com o argumento de que o governo não pode criar obrigações e penalidades às empresas por uma portaria - é preciso que uma lei seja aprovada pelo Congresso.

"Nós queremos criar empregos, sobretudo empregos formais. Então, essa portaria é no sentido de dissuadir demissões em função de o indivíduo ser ou não vacinado. As vacinas as pessoas devem buscar livremente", afirmou.

Em julho, a Justiça confirmou, em segunda instância, a demissão por justa causa de empregado que se recusou a se vacinar contra a covid-19. A decisão foi do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de São Paulo, contra uma auxiliar de limpeza hospitalar que recusou a imunização. O entendimento do órgão foi de que o interesse particular do empregado não pode prevalecer sobre o coletivo. Foi a primeira decisão no País nesse sentido, segundo advogados especialistas nesse tipo de ação.

Antes, em fevereiro deste ano, o Ministério Público do Trabalho (MPT) já tinha orientado que os trabalhadores que se recusassem a tomar vacina contra a covid-19 sem apresentar razões médicas documentadas poderiam ser demitidos por justa causa. O entendimento do MPT é que as empresas precisam investir em conscientização e negociar com seus funcionários, mas que a mera recusa individual e injustificada à imunização não poderá colocar em risco a saúde dos demais empregados.

As declarações de Queiroga foram dadas após encontro com o presidente do STF, Luiz Fux, para discutir dois processos que aguardam aprovação do ministro, ou devolução de pedidos de vista, para ir a julgamento no plenário da Corte. As ações discutem o fornecimento do medicamento de alto custo Zolgensma e a validade de planejamentos tributários.

O encontro entre o Ministro da Saúde e o presidente do Supremo também contou com a presença do advogado-geral da União, Bruno Bianco Leal. Queiroga classificou a conversa como focada em discutir temas de "judicialização da saúde", que "oneram muito o sistema público e invertam prioridades dentro do sistema de saúde".

"É uma pauta sensível [medicamentos de alto custo]. Nós nos sensibilizamos com essas crianças e seus familiares, mas nós precisamos ter a certeza de estar oferecendo uma política que traga resultados e tenha condições de melhorar a vida dessas crianças"

Segundo Queiroga, a reunião foi centrada na entrega de memoriais para balizar o julgamento dos processos. Ao término do encontro, porém, o ministro repercutiu temas relacionados à pasta da Saúde e atribuiu aos governos estaduais e municipais papel importante na formulação da política de flexibilização do uso de máscaras.

"O Ministério da Saúde está trabalhando nessa agenda. Alguns estados e municípios já estão fazendo isso. Os entes federativos têm a sua autonomia e estão lá na ponta. Eles conhecem a realidade melhor do que às vezes eu que estou aqui em Brasília (...) A observação dos gestores municipais e estaduais é muito importante", afirmou.

Em relação à busca ativa para avançar na campanha de imunização, o ministro restringiu-se a dizer que imposições podem produzir um "efeito reverso":

"O Ministério da Saúde exorta a todos aqueles que ainda não se vacinaram a procurar as salas de vacinação e a tomar a vacina", disse. "Nós sempre defendemos que temos que ter a população como nossa aliada, através de um programa de conscientização", completou. "Às vezes imposições, como levar as pessoas à força às salas de vacinação, dá um efeito reverso. Em vez de ir buscar [a vacina], gera calor, quando o que nós precisamos é luz para termos uma das campanhas mais bem sucedidas do mundo"

Nesta quinta-feira (4), o deputado estadual Apóstolo Luiz Henrique (Progressistas) apresentou, na Assembleia Legislativa do Ceará, uma proposta polêmica. O parlamentar mostrou um projeto que tem o intuito de proibir a realização do Carnaval no estado cearense, em 2022, seja ele bloco de rua ou evento privado. Luiz Henrique usou a pandemia de Covid-19 para justificar sua ideia.

"Quer dizer então que, nos estádios, ninguém pode beber, glória a Deus por isso. Agora vamos liberar essa turma toda para se embriagar em fevereiro de 2022? Esse povo tudo embriagado, beijando a boca um dos outros?", disse. No seu discurso, o deputado da bancada evangélica citou até a comissão de frente da escola de samba Gaviões da Fiel.

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Em 2019, a agremiação paulista gerou repercussão com uma cena de bailarinos interpretando Jesus e o diabo. Apóstolo Luiz Henrique disparou: "Isso aqui foi o que o Brasil viu em 2019, tá? A brincadeirinha que custou caro para o Carnaval, dizendo que o diabo pode estar arrastando o nosso Jesus aí pelas ruas, e vencendo nosso Jesus [...] brincaram e pagaram o preço".

Sobre o projeto apresentado pelo deputado, o texto precisa ser levado ao Plenário e analisado pelas comissões permanentes. Caso os parlamentares escolham dar continuidade ao argumento de Luiz Henrique, o texto deve voltar mais uma vez ao Plenário para ser examinado, antes que seja levado para validação do governador.

Confira a proposta do deputado Apóstolo Luiz Henrique:

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O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, reverteu nesta quarta-feira, 3, uma decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) que havia liberado a ocupação de rodovias federais por caminhoneiros grevistas. Os motoristas autônomos tinham conseguido, na noite desta terça-feira, 2, derrubar 11 das 29 liminares judiciais que impedem interdições de estradas, por meio de ação da Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava). O governo, no entanto, recorreu ao STF e conseguiu suspender a determinação.

O presidente da Corte relembrou de recente decisão da ministra Carmém Lúcia, que manteve na segunda-feira, 1, a proibição do bloqueio de rodovias. Os dois ministros não acolheram a argumentação da Abrava, que defendeu que as liminares conquistadas pelo governo contra a greve seriam de competência da Justiça do Trabalho, e não da Justiça Federal - onde tramitam os processos.

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Fux também destacou os apontamentos feitos pela União, de que uma eventual ocupação de rodovias causaria grave risco de prejuízos econômicos generalizados. "Há, ademais, pelas mesmas razões, risco à ordem e à saúde públicas consistente na possibilidade de desabastecimento de gêneros alimentícios e outros de primeira necessidade nas diversas cidades do país pela obstrução das interligações entre áreas de produção e de consumo", afirmou o presidente da Corte.

Como mostrou o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, a decisão do TRF-1, agora suspensa, havia gerado expectativa nas entidades grevistas de que os atos às margens das estradas iriam se acentuar a partir desta quarta. Até o momento, o movimento tem fraca adesão.

A Abrava, o Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC) e a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL) estão à frente da organização da paralisação. As principais reivindicações dos caminhoneiros são o cumprimento do piso mínimo do frete rodoviário, mudança na política de preço da Petrobras para combustíveis e o retorno da aposentadoria especial a partir de 25 anos de contribuição, entre outros mais de dez itens.

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