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Italianos têm expressado raiva e indignação nas redes sociais depois que um homem de 66 anos que admitiu apalpar uma menor de idade foi absolvido porque "não durou tempo suficiente" para ser considerado assédio. O caso ocorreu em abril do ano passado, em uma escola Roma, e envolve o zelador da instituição e uma estudante de 17 anos.

A aluna estava subindo um lance de escadas quando Antonio Avola, o zelador, colocou a mão por dentro da calça dela por trás. "Vamos querida, você sabe que estou apenas brincando", ele disse quando confrontado pela estudante, conforme noticiou a BBC.

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O homem foi acusado de agressão sexual e enviado a julgamento. Os promotores pediram uma sentença de três anos e meio de prisão. Entretanto, nesta semana, um tribunal decidiu que o ato de apalpar não configurou crime porque "durava apenas entre cinco e 10 segundos", justificando que o tempo foi curto para ser considerado um assédio.

Como resposta, milhares de homens e mulheres iniciaram uma trend no Instagram e no TikTok na Itália, com a hashtag #10secondi. Nos vídeos, eles se apalpam ao lado de um cronômetro em contagem regressiva de 10 segundos. A intenção é mostrar como 10 segundos podem ser longos, especialmente em um momento de desconforto, como uma agressão sexual. A trend iniciou com ator da série The White Lotus, Paolo Camilli, e desde então milhares de pessoas seguiram o exemplo.

Segundo o The Telegraph, em seus primeiros comentários sobre o caso, a estudante disse: "Para mim não foi brincadeira. Uma piada é algo compartilhado entre duas pessoas. Não é assim que um zelador deve brincar com uma jovem de 17 anos. Estou muito zangada. Isso não é justiça. Sinto-me traída duas vezes - primeiro pela escola, onde aconteceu, e agora pelo tribunal."

Na manhã desta quinta (13), o Sindicato dos Metroviários de Pernambuco (Sindmetro-PE) paralisou o serviço por 24h após se reunir com a categoria na noite dessa quarta (12). O Grande Recife Consórcio de Transporte chegou a montar um esquema especial de ônibus, mas foi surpreendido pelos rodoviários da empresa Metropolitana, que também paralisaram nesta manhã. 

O Terminal da Macaxeira, na Zona Norte do Recife, ficou lotado de passageiros em meio ao caos no transporte público no início da manhã. Parte deles bloqueou a BR-101 em protesto. Outro ato com obstrução de via também foi registrado em frente à Estação Jaboatão.  

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O presidente do Sindmetro-PE, Luiz Soares, chegou a viajar à Brasília para negociar o fim do processo de privatização da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) e buscar melhorias aos trabalhadores, mas não recebeu apoio. 

“Infelizmente, assim como o governo anterior, esse novo governo continua com o desejo de privatizar o sistema e diremos não. Não a privatização e sim a um metrô federal estatal e de qualidade”, disse em seu discurso na assembleia que reuniu a categoria no Terminal do Recife. 

Além da CBTU do Programa Nacional de Desestatização (PND), o Sindmetro-PE também cobra reajuste salarial, repasses para o Plano de Restruturação do Metrô do Recife e a aprovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).   

Para sustentar o impacto do prejuízo na mobilidade, o Grande Recife Consórcio de Transporte ativou três linhas especiais e reforçou a frota de outras 18, mas foi surpreendido pela mobilização dos funcionários da Metropolitana, que também suspenderam as atividades nesta manhã. 

Representantes do Sindicato dos Rodoviários do Recife e Região Metropolitana foram à garagem da empresa para exigir a devolução dos descontos no salário de alguns trabalhadores que participaram de paralização em setembro e outubro de 2020. De acordo com a entidade, após decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST), a empresa deveria propor a compensar das horas não trabalhadas sem mexer nos vencimentos. 

Uma organizada do Santa Cruz foi até o Arruda protestar e cobrar os jogadores, durante o treino da tarde desta quarta-feira (12). Durante a atividade, comandada pelo auxiliar Romulo Oliveira, um grupo de torcedores chegou soltando fogos e dizendo palavras de ordem em um dos portões que dão acesso ao estádio. 

Os líderes do elenco tricolor, então, teriam pedido para que fosse permitida a entrada do grupo, com a intenção de evitar mais desgastes. Os jogadores, no gramado do Arruda, foram cobrados pelo grupo. Imagens que circulam nas redes mostram que alguns, mais exaltados, fizeram críticas mais duras, mas foram contidos por outros torcedores.

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O Santa Cruz enfrenta o Potiguar, neste domingo (16), em casa, com a obrigação de vencer para manter as chances de se classificar para a próxima fase da Série D. Também hoje, o clube anunciou Evaristo Piza como novo treinador.

No início da tarde desta terça-feira (11), a Avenida Abdias de Carvalho, próximo à entrada do bairro de San Martin, na Zona Oeste do Recife, foi bloqueada por um protesto. Os manifestantes atearam fogo em pneus e objetos para impedir a passagem de veículos.

Ainda não foi confirmado o teor da mobilização. O Corpo de Bombeiros foi acionado por volta das 12h40 e enviou duas viaturas ao local. Por volta das 13h25, as chamas haviam sido apagadas e a via limpa.

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Na manhã desta terça-feira (11), as linhas da Rodoviária Caxangá sofreram atraso devido uma mobilização do Sindicato dos Rodoviários do Recife e Região Metropolitana na garagem da empresa, no bairro de Peixinhos, em Olinda. A categoria cobra o pagamento imediato de um desconto na folha de alguns profissionais. 

Em conversa com os trabalhadores, o presidente do sindicato, Aldo Lima, comentou sobre a falta de segurança nos ônibus que circulam na Região Metropolitana do Recife e criticou a cobrança indevida de compensação das horas não trabalhadas de funcionários que participaram de manifestações em setembro e outubro de 2020.  

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Para o sindicato, o desconto seria uma tentativa de intimidação para desmobilizar a categoria justamente quando é debatida a campanha salarial deste ano. Inclusive, de acordo com o sindicato, a entidade patronal se mostrou desinteressada em negociar o reajuste e não apresentou contraproposta na primeira tratativa.

Também houve mobilização no Terminal de Xambá para conversar com os usuários sobre a causa dos trabalhadores. Em determinado momento da fala, Aldo comparou os donos das empresas como coronéis e traçou um paralelo entre as condições do período de escravidão com a realidade imposta aos rodoviários. 

O governo francês proibiu, neste domingo (9), a venda e o uso de fogos de artifício durante o feriado nacional de 14 de julho, devido ao seu uso contra as forças de segurança em episódios recentes de violência urbana no país.

Estes fogos de artifício, normalmente disponibilizados gratuitamente, são por vezes utilizados durante confrontos com a polícia.

Eles foram usados massivamente durante as seis noites de distúrbios que abalaram o país após a morte, em 27 de junho, de Nahel, de 17 anos, que foi baleado à queima-roupa por um policial durante um controle de trânsito perto de Paris.

Temendo um novo surto de violência durante o feriado nacional, o governo publicou um decreto proibindo sua venda nos dias 14 e 15 de julho.

"A fim de evitar o risco de grave desordem pública durante as festividades de 14 de julho, a venda, o porte, transporte e uso de artigos pirotécnicos e fogos de artifício estão proibidos em toda a França até 15 de julho inclusive", diz o decreto.

Esta proibição não se aplica a profissionais autorizados ou a municípios que organizam shows de fogos de artifício no feriado, acrescenta.

Além da proibição, a primeira-ministra, Elisabeth Borne, anunciou a mobilização "massiva" de meios de segurança para a ocasião.

O terceiro dia de Wimbledon não foi movimentado apenas por causa da programação sobrecarregada, em razão dos jogos adiados de terça-feira, devido à chuva. Esta quarta-feira contou com duas invasões de quadra por ativistas do mesmo movimento, atrapalhando duas partidas em andamento na quadra 18.

Os três manifestantes foram detidos pela polícia. Trata-se de dois homens e uma mulher, todos com mais de 60 anos de idade. Eles pertencem ao grupo ambientalista "Just Stop Oil", que atua no Reino Unido e faz pressão sobre o governo britânico para interromper o licenciamento e a produção de novos combustíveis fósseis.

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As duas invasões tiveram roteiro semelhante. Na primeira, um homem e uma mulher interromperam a partida entre o búlgaro Grigor Dimitrov, ex-número três do mundo, e o japonês Sho Shimabukuro. Os manifestantes jogaram papel picado, peças de quebra-cabeças e confetes sobre a grama.

Um deles tirou o casaco e exibiu uma mensagem em sua camiseta, sentado sobre o centro da quadra. Ambos foram retirados da quadra pelos seguranças, sem oferecer resistência. Poucas horas depois, a situação se repetiu com outro homem, do mesmo grupo, na mesma quadra, interrompendo a partida entre a local Katie Boulter e a australiana Daria Saville.

Na segunda invasão, o homem fugiu dos seguranças e acabou sendo arrastado para fora de quadra. As duas tenistas acabaram ajudando os funcionários de Wimbledon a recolher o papel picado sobre a grama. Os manifestantes não chegaram a se aproximar dos tenistas em quadra e não ofereceram ameaça à integridade dos envolvidos no torneio.

A secretária do Interior do Reino Unido, Suella Braverman, criticou os protestos. "Os manifestantes em Wimbledon estavam determinados a arruinar o jogo do dia para os espectadores e fãs de esportes em todo o mundo. Isso é inaceitável. Seremos intransigentemente duros com os manifestantes egoístas que pretendem estragar nossos eventos esportivos de classe mundial neste verão", declarou, em comunicado.

O grupo "Just Stop Oil" já havia invadido outros eventos esportivos neste ano, em competições de críquete e rúgbi, no Reino Unido. Recentemente, Braverman liderou reunião com lideranças esportivas do país justamente para tentar coibir novas ações do tipo no país.

Torcedores do Corinthians promoveram um protesto contra a diretoria nesta terça-feira. Faixas pedindo a saída do presidente Duílio Monteiro Alves foram erguidas em diferentes pontos de São Paulo. Manifestações também ocorreram em outras cidades do País, como em Brasília, e no exterior.

No período da madrugada, uma faixa foi colocada na entrada do Parque São Jorge, sede do Corinthians, e outras foram penduradas em pontes da capital paulista. Entre as mensagens então "fora Duílio", "diretoria omissa", "entreguem o Timão para o povão" e "ou ganha ou é guerra".

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"Se faz necessário o mundo inteiro saber o que essa corja está fazendo com o nosso Corinthians. Faixas espalhadas pelas ruas, avenidas, pontes, a ideia é essa e não vamos parar!", escreveu a Gaviões da Fiel, principal organizada do clube, em publicação no Instagram.

O Corinthians vive momento ruim na temporada, acumulando eliminações precoces e brigando para fugir da zona de rebaixamento no Brasileirão. O técnico Vanderlei Luxemburgo tem apenas 33% de aproveitamento, com oito derrotas, quatro empates e quatro vitórias. No domingo, o time perdeu em casa para o Red Bull Bragantino, por 1 a 0.

Os protestos acontecem na véspera do duelo com o América-MG, em Belo Horizonte, às 21h30, pelo confronto de ida das quartas de final da Copa do Brasil. Eliminado na fase de grupos da Copa Libertadores, o time alvinegro encara o Universitário (PER) nos playoffs da Sul-Americana nos dias 11 e 18 de julho. O título continental garante vaga na próxima edição da Libertadores.

Antes do duelo entre Santa Cruz e Nacional-PB neste sábado (1º), no estádio do Arruda, torcedores protestaram pedindo a saída do presidente do clube, Antônio Luiz Neto. 

Um grupo de torcedores se reuniram do lado de fora do estádio, entoando gritos como "Fora, ALN". Além de solicitar a saída de Antônio Luiz Neto, os protestantes também pediram pela implementação da SAF.

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Veja o vídeo a seguir:

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São Paulo terá uma manifestação contra a tarifa do transporte público nesta sexta-feira (29) em comemoração aos dez anos das grandes manifestações que aconteceram em junho de 2013, organizadas pelo Movimento Passe Livre.

O ato começará às 17h em frente ao Teatro Municipal, no centro da cidade, e defende a abolição da tarifa no transporte. É organizado principalmente por movimentos sindicais, como o Sindicato dos Metroviários de São Paulo, sociais, como Ação Antifascista SP e Coletivo Juntos!, e partidos políticos de esquerda, como o Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU).

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"Há uma década, milhares de pessoas tomaram as ruas de cidades brasileiras para protestar contra o aumento das tarifas do transporte coletivo (...) Dez anos depois, o cenário se agravou. Os custos de vida aumentaram, o transporte público está cada vez mais caro e a qualidade não apresenta melhorias significativas. Além disso, a privatização continua sendo apontada como solução", justifica a organização do ato, em um release divulgado à imprensa.

Segundo o grupo, a tarifa zero, tema constantemente abordado em manifestações contra aumentos em tarifas do transporte, deve ser uma pauta considerada pela Prefeitura de São Paulo, em conjunto com o governo do Estado, visto que a capital tem um transporte integrado entre ônibus, metrô e trens. Hoje, a gratuidade do transporte já é uma realidade em 72 cidades do País.

Um grupo de lideranças indígenas, organizado pela Articulação de Mulheres Indígenas em Contexto Urbano, se reuniu no centro do Recife nesta segunda-feira (5) para se manifestar contra o projeto de lei (PL) 490/2007, o Marco Temporal, que permite que setores ruralistas estabeleçam a partir de quando um território pode ser considerado ou não indígena.

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Os manifestantes percorreram a Avenida Conde da Boa Vista em direção à ponte Duarte Coelho, onde participantes falaram e expressaram sua aversão ao PL, que foi aprovado na Câmara dos Deputados no final de maio. “Minha terra tem palmeiras onde canta o sabiá, mas essa terra aqui não é sua, ela é dos Capinauá, dos Pankará, Pankararu do Xukuru, do povo Fulni Ô e dos demais de norte a sul”, declamou uma participante no microfone.

Uma das lideranças presentes foi Adriana Caianê, indígena Xucuru de Ororubá, de Pesqueira. “É uma luta não só pela vida da mãe natureza, mas também para que a Constituição seja respeitada, e a gente também está lutando para que os territórios sejam mantidos. O Marco Temporal é a destruição, não só dos territórios mas também dos povos, porque esse PL é morte”, declarou Adriana.

Após a aprovação do PL 490/07 na Câmara, o texto foi encaminhado e aguarda apreciação e votação no Senado.

Fotos: Rachel Andrade/LeiaJáImagens

Nesta segunda-feira (5), diversas organizações da sociedade civil participam de um ato contra o Marco Temporal, uma antiga demanda da bancada ruralista que defende uma alteração na política brasileira de demarcação de terras. O ato terá concentração às 15h Praça do Derby, Centro do Recife, e ocorre em alusão ao Dia Mundial do Meio Ambiente.

Criticada por ambientalistas e indigenistas, a tese do Marco Temporal restringiria o direito de reivindicar uma terra aos povos indígenas que já estivessem no local no dia 5 de outubro de 1988, quando foi promulgada a atual Constituição Federal. A mobilização também acontece em contrariedade à MP 1.154, que visa limitar o número de ministérios em 31, limita suas atribuições e, na prática, enfraquece as pastas de Meio Ambiente e dos Povos Originários.

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“Nos últimos dias, observamos o Congresso Nacional aprovar normativas que ameaçam gravemente o meio ambiente e à vida dos povos originários: a MP 1.154, que retira atribuições dos ministérios, e o Projeto de Lei sobre o Marco Temporal para a demarcação das terras indígenas. O cenário é grave, urgente e necessita de mobilização para impedir que mais retrocessos aconteçam”, diz a nota da Organizações em Defesa dos Direitos e Bens Comuns (Abong), uma das entidades que puxam o ato.

Serviço // Mobilização contra o PL 490 no Recife

Local: Praça do Derby, Centro do Recife (Concentração)

Horário: 15h

Após um ver ato em seu apoio esvaziado em São Paulo na manhã deste domingo (4), o deputado Deltan Dallagnol pediu a seus apoiadores, em Curitiba, que "lutem por votos cassados ilegalmente, contra prisões ilegais e contra o arbítrio". O parlamentar não citou nomes, mas suas críticas apontam para seu algoz, o ministro corregedor do Tribunal Superior Eleitoral Benedito Gonçalves, relator da ação no qual foi decretada a cassação de seu mandato.

"Não quero viver num País em que tem um corrupto na Presidência e quem combate a corrupção corre risco de ir para a cadeia. Não quero viver em um País em que um amigo do presidente é colocado no STF não por suas qualidades, mas por fidelidade. Em que pessoas de bem vão às ruas com medo de fazer o que é certo numa democracia, criticar decisões de governantes", afirmou.

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O ex-chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato discursou de cima de um carro de som na tarde deste domingo na capital paraense. A seu lado, estavam o senador Eduardo Girão (Novo-CE) e Oriovisto Guimarães (Pode-PR). O senador Sergio Moro, ex-juiz da Lava Jato, não compareceu à manifestação. Também estavam presentes os deputados Renata Abreu (Pode-SP), Gilson Marques (Novo-SC), Abilio Brunini (PL-MT), Dr. Frederico (Patriota/MG), Sargento Portugal (Pode-RJ), Sargento Fahur (PSD-PR), Reinold Stephanes (PSD-PR) e Rodrigo Estacho (PSD-PR).

Em seu discurso, Deltan alegou que hoje se vê uma "reação do sistema corrupto", pedindo que seus apoiadores "lutassem". "Por um País em que o presidente da República não seja um condenado por corrupção. Para que os corruptos não fiquem impunes. Para que o nosso país não seja de dois Sérgios, o que é acusado por piada de festa junina e o que é acusado por desviar milhões, que está livre leve solto fazendo rolê no Rio (numa referência a Moro e ao ex-governador Sérgio Cabral). Lutar pela nossa liberdade, nossa voz, com os instrumentos na nossa mão".

Cassado por "fraude à lei" da Ficha Limpa, Deltan pregou "transformação". "Eles podem ganhar ou a gente pode ganhar. Eu vou lutar até o fim. Peço que não desistam. Foi assim com pessoas nas ruas que a gente começou grandes mudanças, e grandes manifestações começaram com manifestações menores"

"Se me cassarem ou não. Se cassarem uma cabeça a gente vai erguer três aqui no Paraná. Três em outros Estados. E a gente vai encher aquele Congresso para que dentro da democracia a gente faça a transformação. A gente não vai construir o Brasil que a gente quer se a gente nos dobrar ao arbítrio, ao abuso e à corrupção. Se a gente cair nos métodos errados da vingança ou, no outro oposto, na omissão. Vamos buscar o caminho do meio, da verdade, e da justiça", completou.

Um grupo de indígenas fez uma nova manifestação em São Paulo, neste domingo (4) contra a aprovação do marco temporal, que limita a demarcação de terras dos povos originários no País. Segundo a Polícia Militar, o ato ocorreu de forma pacífica.

O protesto foi realizado pelo povo Guarani, da Terra Indígena Jaraguá, na própria reserva onde os indígenas moram, na zona oeste da capital paulista. Anteriormente, o ato estava marcado na Rodovia dos Bandeirantes, mas foi proibido pela Justiça.

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Na última terça-feira, 30, um grupo de indígenas da mesma etnia bloqueou a rodovia, na altura do km 20, sentido capital, em protesto contra o projeto. Um caminhão da Tropa de Choque e oito viaturas da Polícia Militar de São Paulo foram acionados para liberar o tráfego.

O marco temporal foi aprovado pela Câmara no último dia 30, mas ainda será votado no Senado. O principal ponto do projeto estabelece em lei que somente territórios ocupados por indígenas na data da promulgação da Constituição 1988 podem ser demarcados como terras desses povos.

A proposta tem amplo apoio na bancada ruralista e o fato de o presidente da Câmara, Arthur Lira (PL-PP), ter pautado o projeto para votação foi interpretado no Palácio do Planalto como um aviso de que o Centrão fustigará o governo de agora em diante. Lira é o principal expoente do Centrão e está em rota de colisão com o Planalto.

O Supremo Tribunal Federal (STF) retomará o julgamento sobre o mesmo tema na próxima quarta-feira, dia 7. O Ministério dos Povos Indígenas se manifestou oficialmente contra a tese do marco temporal, classificando a proposta como um "genocídio legislado".

Meio milhão de pessoas protestaram neste domingo (4) nas ruas de Varsóvia contra o governo nacionalista populista, a poucos meses das eleições legislativas, de acordo com números divulgados pelas autoridades municipais.

"A prefeitura calcula (a participação) em 500.000 neste momento", declarou à AFP Jan Gabriec, porta-voz dos organizadores da grande passeata, que parece ser a maior realizada desde a queda do comunismo.

A multidão saiu às ruas de Varsóvia neste domingo, convocada pela oposição, para a "maior manifestação em 30 anos", segundo os organizadores, que esperavam 300.000 pessoas.

Procedentes de toda a Polônia, os manifestantes, com bandeiras com as cores polonesas e da União Europeia (UE), responderam a convocação do líder do principal partido de oposição centrista (Plataforma Cívica, PO), do ex-presidente do Conselho Europeu Donald Tusk, para protestar contra "o custo de vida, o golpe e a mentira, e a favor da democracia, eleições livres e da UE".

Em um breve discurso, Tusk destacou que a missão da oposição é de "importância comparável" a das dos anos 1980 e à luta contra o comunismo na época.

A manifestação coincidiu com o 34º aniversário das primeiras eleições parcialmente livres na Polônia, que aceleraram queda do comunismo na Europa.

A estudante de direito Mirtes Renata recebeu, na manhã desta sexta-feira (2), no Centro do Recife, a secretária executiva do Ministério da Igualdade Racial, Roberta Eugênio. Mirtes, mãe do menino Miguel, estava acompanhada da advogada de acusação, Maria Clara, e de representantes da Articulação Negra de Pernambuco (Anepe). O contato, intermediado pelo Gabinete Assessoria Jurídica Organizações Populares (Gajop), foi o primeiro do Governo Federal com o caso desde 2021. 

O objetivo da reunião foi apresentar o Caso Miguel à esfera federal. De acordo com a representante que veio à capital pernambucana, a escuta faz parte de uma movimentação do ministério para recuperar o Plano Juventude Negra Viva. Assim, uma comitiva tem se inteirado de casos de racismo considerados emblemáticos no país, a fim de construir uma base que detalhe a estrutura para novas políticas públicas. 

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“É triste o Ministério estar aqui para ouvir mais uma mãe negra sobre um caso como esse de Miguel. Enquanto representante da Igualdade Racial estou aqui para manifestar a Mirtes e sua família que estamos acompanhando este caso. A vida de todas as crianças negras importa para nós. O racismo se manifesta das mais diversas formas e quando uma criança negra não é cuidada, quando ela é deixada, a gente não pode ignorar a descrição desse ato. O racismo é um dispositivo ideológico e desumanizador dessas vidas. Faz com que as vidas de crianças negras sejam fragmentadas, que elas não sejam vistas como crianças em sua integralidade”, disse Roberta. 

“É a primeira vez que a gente tem essa abertura”, desabafou Mirtes, mãe de Miguel. O caso que marcou a perda do filho da ex-empregada doméstica aconteceu em 2 de junho de 2020, quando Miguel Otávio Santana da Silva, de 5 anos, caiu do 9º andar do Condomínio Pier Maurício de Nassau, que compõe um tradicional condomínio de luxo à beira-mar do Recife, conhecido como "Torres Gêmeas". 

Mirtes havia descido ao térreo do prédio para passear com a cadela da patroa, Sari Corte Real, que estava responsável por cuidar do menino. A manicure dela também estava no apartamento, trabalhando para Sari. Durante a ausência da mãe, Miguel ficou inquieto. Sob permissão de Sari, o menino entrou no elevador do edifício sozinho, em busca da mãe, e acabou parando no 9º piso, sem acompanhamento ou supervisão.  

“É um momento importante não só para o Caso Miguel, mas diante das conversas que a gente tem, isso vai influenciar muito nas famílias de outras crianças negras, que infelizmente, partiram, e também na vida das crianças que ainda estão por vir”, continuou a mãe de Miguel. Ela relatou que o processo tem sido muito difícil e que só tem conseguido tocar a luta porque foi “abraçada” por movimentos sociais.  

"Meu neguinho estaria com 8 anos. Sinto falta dos abraços e dos beijos, principalmente pela noite, quando passávamos mais tempo juntos. Isso é bem difícil para mim. Para amenizar um pouco, eu tento ocupar minha mente, mas é difícil, porque tudo me lembra ele. Miguel não era só o meu filho, era o meu amigo, o meu parceiro", concluiu. 

Federalização do caso 

Sari Corte Real já cumpre pena desde 2022. No entanto, ela responde em liberdade, a nível domiciliar. De acordo com a defesa da ré, ela voltou a morar nas Torres Gêmeas, que foi cenário do crime. Na tarde desta sexta-feira (2), um protesto foi organizado em frente ao edifício, para lembrar os três anos da morte de Miguel e pedir justiça pelo caso. 

Mirtes, Marta e seus familiares acusam a família de tratá-los com hostilidade e de forma caluniosa. Sari é esposa de Sérgio Hacker Corte Real (PSB), ex-prefeito de Tamandaré, no Litoral Sul de Pernambuco. Em sessões no Tribunal, Hacker também fez comentários questionando a maternidade de Mirtes e insinuou que a criança não era bem cuidada. O último encontro entre as partes aconteceu em setembro de 2022, mas Sari não quis depor. 

“O processo teve a sentença condenatória de primeiro grau, condenando Sari Corte Real à pena de oito anos e seis meses. O processo teve um recurso de apelação da parte da ré e também da nossa parte da assistência de acusação, porque consideramos que alguns elementos foram desconsiderados no âmbito do julgamento e que podem ainda ser levados em consideração. Pedimos que sejam retirados alguns trechos da sentença que endossam o discurso racista com relação aos cuidados que Mirtes e Marta realizavam com Miguel. Consideramos que a justiça deve levar em consideração também a memória de Miguel e do amor e carinho que a família tinha com ele. É necessário que, além de manter a condenação, se mantenha também a preservação da memória”, informou Maria Clara, advogada de acusação. 

Sobre as especulações quanto à federalização do caso, diante do encontro da família de Miguel com o Governo Federal, a representante informou que essa possibilidade ainda não é investigada, considerando a fase do processo. Segundo Maria Clara, ainda é necessário aguardar o julgamento dos recursos de apelação que, em último caso, pode se tornar recurso no âmbito do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Ainda não há previsão para o julgamento, mas a família tem expectativa de que aconteça este ano. 

Cronologia do caso 

- Miguel morreu em 2 de junho de 2020, após cair do 9º andar do prédio onde morava Sari Corte Real, patroa de sua mãe, Mirtes. O caso aconteceu na região central do Recife; 

- Sari foi presa em flagrante à época da morte do menino por homicídio culposo, mas pagou fiança de R$ 20 mil e foi liberada; 

- Em maio de 2022, quase dois anos após a tragédia, a ex-patroa de Mirtes foi condenada a 8 anos e seis meses de prisão por abandono de incapaz com resultado morte, mas responde ao processo em liberdade; 

- No mesmo ano, Mirtes entrou com recurso ao Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) pedindo para que a pena fosse aumentada. 

- A defesa de Sari solicitou, também em 2022, a absolvição da ré. O pedido ainda não foi julgado. 

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No dia que marca três anos da morte de Miguel Otávio, na época, com apenas cinco anos de idade, a mãe Mirtes Renata convoca um ato nesta sexta (2), em frente ao prédio de luxo onde o menino caiu, no Centro do Recife. A manifestação cobra a prisão da ex-patroa, Sari Corte Real, condenada por abandono de incapaz com resultado morte

A manifestação ocorre em dois formatos. Nas redes sociais, o protesto virtual começa ao meio-dia, com a campanha para incentivar a hashtag #03anossemMiguelsemjustiça. 

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"No dia 02 de junho, eu compartilharei meio-dia um card nas redes sociais e preciso que vocês compartilhem, para entrarmos na hastag e para o mundo virtual me apoie na luta por justiça", publicou Mirtes. 

LeiaJá também: Um ano da morte de Miguel: veja a cronologia do caso

A manifestação presencial inicia com a concentração às 14h, em frente ao condomínio que acomoda o Píer Maurício de Nassau, conhecido como "Torres Gêmeas", no Cais de Santa Rita, no bairro de São José, na área central do Recife. Em seguida, se desloca ao Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE). 

Em 2022, Sari Corte Real foi condenada a oito anos e seis meses de prisão pelo juiz José Renato Bizerra, da 1ª Vara dos Crimes Contra a Criança e do Adolescente do Recife. A defesa da acusada recorreu da sentença e ela aguarda o trânsito em julgado em liberdade. 

Diversos representantes de povos indígenas protestaram no Salão Verde da Câmara dos Deputados contra a votação marcada para esta segunda-feira (30) do marco temporal de terras indígenas. Marco temporal é uma tese jurídica segundo a qual os povos indígenas têm direito de ocupar apenas as terras que ocupavam ou já disputavam em 5 de outubro de 1988, data de promulgação da Constituição. 

A deputada Célia Xakriabá (Psol-MG) afirmou que a tese, se aprovada, representará um genocídio. “É um genocídio legislado. O PL 490/07 é um perigo para a humanidade por permitir que se adentre territórios indígenas”, protestou a parlamentar. 

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O que é marco temporal e quais são os argumentos favoráveis e contrários

A deputada Juliana Cardoso (PT-SP) afirmou que o projeto é um retrocesso em relação à pauta ambiental no mundo. “Defendemos uma economia na qual caibam a relação ambiental, nossos povos e nossa cultura”, disse.  A ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, pediu a retirada da proposta da pauta de hoje da Câmara.

“Vai afetar os povos isolados e vai permitir a entrada de terceiros onde vivem pessoas e povos que nunca tiveram contato com a sociedade”. Segundo ela, o PL 490/07 ainda permite o garimpo ilegal nessas terras. “Estamos lutando para acabar com o garimpo ilegal, nós assistimos o crime humanitário contra os yanomamis”, criticou a ministra. 

O representante da Articulação dos Povos Indígenas no Brasil, Kleber Karipuna, cobrou que o Supremo Tribunal Federal julgue o marco temporal. O julgamento está marcado para o dia 7 de junho. Os ministros vão decidir se a promulgação da Constituição Federal deve ser adotada como parâmetro para definir a ocupação tradicional da terra por indígenas. O relator da ação, ministro Edson Fachin, votou contra a tese do marco temporal. 

“Pedimos a continuidade da votação do marco temporal no dia 7 de junho na pauta do Supremo e que ele não se acovarde para negociar a aprovação do PL 490/07.  Frente agropecuária quer votação O coordenador da Frente Parlamentar da Agropecuária, deputado Pedro Lupion (PP-PR), afirma que os parlamentares estão com boa expectativa da votação sobre o marco temporal. Segundo ele, os deputados estão negociando com os ministros do STF o adiamento do julgamento para que o Congresso dê tempo de aprovar a proposta. “A Câmara está fazendo seu papel de legislar”, disse Lupion. 

“Que o STF suspenda o julgamento, porque estamos fazendo nossa parte para que esse problema se resolva e acabe qualquer vazio legal em relação a essa questão”, afirmou o deputado.

*Da Agência Câmara de Notícias

Na manhã desta terça-feira (16), integrantes do Movimento Nacional de Luta pela Moradia (MNLM) protestam na Avenida Cruz Cabugá, no bairro de Santo Amaro, na área central do Recife, e na BR-101, na altura da Cidade Universitária, na Zona Oeste.   

O ato faz parte da mobilização nacional por mais investimentos do governo federal no programa Minha Casa, Minha Vida. Em Santo Amaro, os manifestantes bloquearam o trecho em frente ao Cemitério dos Ingleses por volta das 11h20. Segundo a Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU), os dois sentidos da Avenida Cruz Cabugá foram parcialmente liberados às 12h20. 

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O trânsito segue lento e a orientação aos motoristas no sentido Cidade é desviar nas avenidas Doutor Jayme da Fonte e Prefeito Arthur de Lima Cavalcanti. Aos condutores em direção ao Subúrbio, a recomendação da CTTU é acessar a Avenida Norte e utilizar a rotatória perto da Prefeitura para pegar a Arthur de Lima Cavalcanti. 

Outro protesto bloqueou o sentido Paulista da BR-101, na Cidade Universitária. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) acompanhou a manifestação e informou que o grupo liberou a rodovia por volta das 12h55. 

Para reivindicar pelo aumento dos recursos do Minha Casa, Minha Vida, protestos foram convocados em todo o Brasil nesta terça-feira (16). Na Região Metropolitana do Recife (RMR), o Movimento Nacional de Luta pela Moradia (MNLM) planeja bloquear avenidas e rodovias ainda pela manhã, em pontos na capital, em Olinda e em Paulista.  

Com o anúncio de R$ 10 bilhões destinados ao programa em 2023, o governo federal enxerga no Minha Casa, Minha Vida a possibilidade de garantir empregos de forma rápida através da demanda da construção civil ao mesmo tempo em que atende à pauta da habitação popular defendida pelo presidente Lula na campanha. 

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A coordenadora estadual do MNLM, Carla Eduarda, apontou que, desse montante, apenas R$ 1,2 bilhões serão destinados ao Minha Casa, Minha Vida Entidades. Nessa modalidade, movimentos em defesa da moradia cadastram as pessoas para participar do programa e apresentam os projetos a serem avaliados pelo Ministério das Cidades. 

"Hoje a gente tá reivindicando para que haja mais investimentos no Minha Casa, Minha Vida. O programa já foi relançado, mas o recurso que tem é muito pouco”, apontou Eduarda. 

Eduarda participa de ato em Olinda. Reprodução/Redes Sociais

Na proposta originalmente apresentada pelo governo federal na PEC da Transição, o programa receberia R$ 15 bilhões. Entretanto, o valor foi reduzido na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado para cumprir o teto de gastos. 

Pontos que vão receber atos conforme o MNLM

Recife

Na BR-101, próximo ao CSU, no Engenho do Meio, na Zona Oeste; 

Na Avenida Cruz Cabugá, na área central; 

Olinda 

No bairro de Sapucaia; 

Na Avenida Presidente Kennedy, no bairro de Peixinhos;

Na PE-15;

Paulista

Na PE-22 

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