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Nesta segunda-feira (15), motoristas e entregadores por aplicativo de Pernambuco paralisam as atividades por reajuste das taxas e melhores condições de trabalho. As associações se uniram em um movimento nacional para propor a tarifa mínima de R$ 10 e o valor de R$ 2 por quilômetro rodado.  

A paralisação ganhou força nas redes sociais e recebeu a adesão da Federação dos Motoristas por Aplicativo do Brasil (FEMBRAPP). Em Pernambuco, a mobilização é coordenada pela Associação dos Motoristas e Motofretistas por Aplicativos de Pernambuco (AMAPE). 

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O ato não vai promover carreatas pela cidade nem protestar em frente às sedes das empresas como Uber, 99 e inDriver. Os profissionais foram orientados a descansar com as famílias ou aproveitar o dia offline para fazer a revisão do veículo. 

Principais reivindicações da categoria

"Uma viagem hoje não paga nem um litro de leite”, afirmou o presidente da AMAPE Thiago Silva. “A gente defende a tarifa mínima de R$ 10, para corridas de até três quilômetros além do reajuste do valor repassado ao motorista para R$ 2 por quilômetro rodado. Não é justo as plataformas ficarem com até 60% do valor de uma viagem, banir o motorista injustamente e ainda por cima, colocar no carro uma pessoa que a gente sequer conhece”, reclamou o representante. 

Além da Região Metropolitana do Recife (RMR), os trabalhadores de Vitória de Santo Antão, Caruaru, Garanhuns e Petrolina só voltam a rodar nas primeiras horas desta terça (16). 

Na passagem da carruagem em que o rei Charles III, acompanhado da rainha Camilla, se dirigia à sua coroação em Londres, Anna Edwards exibiu um cartaz com a frase "Not my king!" (Não é meu rei), ao invés de agitar a bandeira britânica.

Assim como ela, centenas de manifestantes republicanos se concentraram na Trafalgar Square, na primeira hora deste sábado (6), e penduraram enormes bandeiras amarelas com os palavras "abolir a monarquia" ao longo do trajeto que o casal real fez neste dia histórico.

"Defendo a democracia e acredito que as pessoas deveriam poder escolher se querem ou não um monarca como chefe de Estado", afirmou Edwards, uma londrina de 33 anos.

"Não sou particularmente antimonarquista, mas sou a favor da eleição", disse ela à AFP, enquanto centenas e manifestantes chegavam em um clima festivo.

No entanto, uma pergunta estava na boca de todos: haveria intervenção da polícia, que tinha anunciado um nível muito baixo de "tolerância" aos protestos?

Rapidamente, espalhou-se a notícia que todo mundo temia: Graham Smith, líder do grupo 'Republic', que convocou a manifestação, tinha sido detido.

A polícia deteve "seis dos nossos organizadores e confiscou centenas de cartazes com o lema "Não é meu rei", confirmou à AFP um porta-voz do grupo minutos depois.

"Libertem Graham Smith!", repetiam os manifestantes, em coro, enquanto vigiavam a multidão, de uma plataforma elevada, usando câmeras e binóculos.

"É por isto exatamente que estamos aqui hoje, porque a monarquia representa tudo o que está errado no Reino Unido: os privilégios, a desigualdade e a falta de democracia", disse à AFP Martin Weegman, que usava um boné com a palavra 'Republic'.

- Detenções -

"Não posso acreditar, é revoltante", afirmou Eva, de 19 anos, enquanto via as imagens das detenções em seu telefone celular.

Esta estudante de Matemática explicou que, a princípio, não pensava participar da manifestação, mas mudou de opinião quando foi anunciada a promulgação acelerada, na quarta-feira, de uma nova lei, criticada pela ONU, que dá poderes maiores à polícia para limitar as manifestações.

"Tudo está errado nesta lei, portanto hoje não tenho realmente vontade de comemorar nada", acrescentou.

Os republicanos continuam sendo minoria no Reino Unido, mas se tornaram mais visíveis desde a morte da popular rainha Elizabeth II, em setembro.

Vários protestam quase habitualmente quando Charles III se desloca em alguma visita oficial.

Usando um chapéu estampado com a bandeira britânica, Alice Ridge, de 65 anos, foi saudar o rei, mas encontrou o protesto no meio do caminho.

"Não estraguem a festa", disse, visivelmente incomodada, antes de ir embora.

A convivência foi cordial entre os manifestantes e o restante da multidão até que, na aproximação do cortejo real, os apoiadores da monarquia vaiaram aqueles que gritavam "Não é meu rei!" e "Abaixo a coroa!". Em seguida, começaram a cantar o hino nacional, "God Save The King", enquanto agitavam bandeiras britânicas.

Jane, que está na faixa dos 30 anos, se divertiu com o confronto. Ela ficou contente de que tantos manifestantes tivessem saído, apesar da chuva, para criticar uma monarquia que chamou de "antiquada".

"É muito agradável ver gente sensata e reflexiva protestando contra essa farsa", contou.

"Agora, existe uma voz verdadeira para o republicanismo" no Reino Unido, acrescentou Anna, uma mulher de 54 anos, que não revelou o sobrenome.

Ela lembrou que pesquisas recentes mostram um aumento do sentimento republicano, sobretudo entre os mais jovens. "Chegou o momento", afirmou.

A França vive, nesta segunda-feira, um 1º de maio de protestos multitudinários contra a reforma da Previdência em um contexto de inquietação com a inflação, que tem provocado greves e protestos em todo o mundo nos últimos meses.

"É um grande 1º de maio. Não é o fim da luta, é o protesto do mundo do trabalho contra esta reforma", disse o líder do sindicato CFDT, Laurent Berger, no começo do protesto, em Paris, por ocasião do Dia Internacional do Trabalhador.

Centenas de milhares de pessoas voltaram às ruas de várias cidades francesas para protestar contra o adiamento da idade da aposentadoria de 62 para 64 anos em 2030, que o presidente Emmanuel Macron aprovou por decreto e quer adotar a partir de setembro.

Desde o começo do conflito social, em janeiro, a segunda economia da União Europeia (UE) tornou-se o centro das atenções do mundo. Nesta segunda, representantes sindicais de Coreia, Turquia, Colômbia e Espanha, entre outros, estavam presentes em Paris.

"Não se trata de preservar as aposentadorias na França, mas em todo o mundo. As pessoas deveriam poder se aposentar dignamente", disse David Huerta, de 56 anos, representante do sindicato americano do setor de serviços SEIU-USWW.

A reforma da Previdência na França pôs em questão a importância do trabalho na vida dos cidadãos, após a pandemia de covid-19 e os confinamentos decorrentes da crise sanitária, e em plena inquietação com o aquecimento global e suas consequências.

"A covid foi uma espécie de revelação e crise do trabalho, um questionamento ético sobre o peso do mesmo", resumiu o sociólogo Marc Loriol à rádio France Inter, em janeiro, dias depois do início dos protestos na França.

Nesta segunda, ambientalistas atiraram tinta na fachada da Fundação Louis Vuitton e na sede do ministério da Justiça francês, na célebre praça Vendôme, para denunciar, neste último caso, uma "lei [da Previdência] 'climaticida'".

Mas a isto somaram-se as preocupações em nível global com a perda do poder aquisitivo, diante do aumento de preços dos alimentos e da energia, provocado pela invasão russa à Ucrânia, em fevereiro de 2022.

O Reino Unido, onde a inflação passa dos 10%, vive, por exemplo, uma onda de mobilizações sociais pedindo aumento de salários, tanto nos serviços públicos quanto no setor privado.

Esta reivindicação também esteve presente nas manifestações celebradas na Europa, de Portugal à Grécia, após já ter motivado manifestações ou greves setoriais nos últimos meses em vários países, entre eles Canadá e Argentina.

"Mesmo com 5% [de aumento salarial], é complicado. Se os preços estivessem nesse nível, talvez seria possível continuar vivendo, mas subiram muito mais", disse Runold Jacobskötter, um aposentado de 67 anos, durante protesto, nesta segunda, em Berlim.

- Convite ao diálogo -

Na França, os sindicatos estão decididos a prosseguir a luta contra uma reforma "injusta" que, avaliam, penaliza as mulheres que interromperam suas carreiras para cuidar dos filhos e aqueles que começaram a trabalhar muito jovens.

Embora os protestos de 1º de maio tenham sido os mais numerosos neste feriado em anos, não parecem ter alcançado o nível de mobilização do começo de março. As marchas registraram confrontos com policiais em Paris, Nantes e outras cidades.

A saída para a crise parece difícil. Os sindicatos esperam que o Conselho Constitucional valide na quarta-feira um pedido da oposição de esquerda para organizar um referendo que limite a idade da aposentadoria a 62 anos, após a rejeição a uma proposta similar.

Macron, que defende a reforma como uma forma de evitar um futuro déficit no caixa previdenciário, busca, por sua vez, relançar seu segundo mandato, até 2027. Mas em suas viagens pela França é recebido com panelaços e vaias.

Um dos pontos de seu plano para superar o conflito é negociar uma melhora nas condições de trabalho, mas os sindicatos ainda não decidiram se vão participar juntos da reunião que a primeira-ministra, Élisabeth Borne, vai propor em breve.

A imposição da reforma deteriorou a confiança dos franceses em Macron e nas instituições, uma situação que, segundo pesquisas, beneficia a deputada de extrema direita Marine Le Pen.

Milhares de israelenses voltaram a protestar neste sábado (29) no centro de Tel Aviv contra a reforma judicial promovida pelo governo do primeiro-ministro conservador Benjamin Netanyahu. As manifestações acontecem antes do início de uma nova sessão parlamentar, na segunda-feira (1º).

Manifestações semanais são feitas desde janeiro em todo o país, apesar de o governo ter anunciado há um mês uma "pausa" legislativa para dar "oportunidade ao diálogo".

"A história está de olho em você", dizia uma faixa em Tel Aviv, onde as pessoas acenderam tochas e agitaram bandeiras israelenses.

O Executivo estima que a medida servirá para equilibrar o poder entre o Parlamento e a Suprema Corte, tachada de politizada pela atual coalizão governista, a mais direitista da história de Israel.

Os opositores, entretanto, acreditam que a reforma pode levar o país a um modelo iliberal ou autoritário.

Milhares de pessoas foram às ruas de Tel Aviv durante todas as semanas desde janeiro para protestar contra a reforma. Ainda não há dados sobre a marcha deste sábado.

O presidente israelense, Isaac Herzog, organizou uma série de conversas interpartidárias a fim de chegar a um acordo sobre o pacote de reformas.

As negociações começaram após Netanyahu anunciar a "pausa legislativa" em 27 de março, mas a oposição permaneceu cética quanto às intenções do primeiro-ministro.

Os legisladores voltarão a fazer reuniões na segunda-feira, após um recesso que já estava no calendário - alheio à "pausa legislativa" anunciada pelo primeiro-ministro.

Durante o recesso, tanto os defensores da reforma quanto seus opositores mantiveram a pressão sobre os políticos.

O ministro da Justiça, Yariv Levin, legislador da reforma, dirigiu-se na quinta-feira (27) a milhares de pessoas que expressavam apoio à reforma, em Jerusalém.

O ministro da Fazenda, o ultra-direitista Bezalel Smotrich, também compareceu à passeata e prometeu que o governo não "desistiria" e aprovaria a reforma.

O governo foi formado em dezembro e é integrado por uma coalizão de ministros de partidos de direita, de extrema direita e de judeus ultraortodoxos.

O discurso do presidente Lula (PT) no parlamento de Portugal foi marcado também por protestos de representantes da extrema direita portuguesa, nessa terça-feira (25). Placas com cores da Ucrânia e frases como "chega de corrupção" foram erguidas durante a fala. O presidente da Casa, Santos Silva, cobrou respeito ao brasileiro. 

Após se pronunciar na cerimônia pelos 49 anos da Revolução dos Cravos, movimento que acabou com a ditadura no país na década de 70, Lula classificou a postura dos deputados como ridícula. 

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“É a coisa mais natural da democracia. Mas eu, às vezes, lamento porque as pessoas quando não têm uma coisa boa para fazer e aparecer, fazem essa cena de ridículo”, comentou. 

Nos mesmos moldes do bolsonarismo brasileiro e do trumpismo norte-americano, o partido "Chega" foi fundado em 2019 com viés "conservador, liberal e nacionalista". O grupo de 12 deputados mobilizou manifestações antes da chegada de Lula para tentar constrangê-lo durante os compromissos no país. 

O líder do partido, o deputado André Ventura, convocou militantes para a frente do Parlamento. Conhecido por falas machistas e xenofóbicas, ele celebrou o ato dentro do Legislativo português. "Nesta manhã histórica, podem estar todos contra nós, mas a corrupção não passará! Não cedemos um milímetro!", escreveu. 

Com apenas um quadro feminino entre seus representantes, o Chega conta com Rita Maria Matias para se aproximar das eleitoras. "Nunca prestaremos homenagem à corrupção!", publicou a deputada de 23 anos, a mais jovem do parlamento. 

Na mesma oferta de aproximação das minorias sociais, a imagem do vice-presidente do partido, Gabriel Mithá Ribeiro, ajuda no contato com o eleitorado negro. Contudo, ele já declarou que o racismo não existe e fez críticas ao movimento antirracista e às cotas raciais. 

Torcedores organizados e comuns do Corinthians picharam os muros do Parque São Jorge nesta sexta-feira para manifestar revolta contra a contratação de Cuca para comandar a equipe no lugar de Fernando Lázaro, demitido do cargo na quinta-feira, mesmo dia em que o novo técnico foi anunciado.

Horas antes da apresentação de Cuca, marcada para o fim da tarde desta sexta, corintianos expressaram por meio de pichações o descontentamento com a escolha da diretoria pelo técnico ex-técnico de Atlético-MG, Palmeiras, Santos e São Paulo. "Fora Cuca" e "diretoria incompetente" são algumas das frases estampadas nos muros do Parque São Jorge.

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Cinco organizadas ligadas ao Corinthians - Camisa 12, Pavilhão 9, Estopim da Fiel, Coringão Chopp e a Fiel Macabra - publicaram comunicados em seus perfis nas redes sociais protestando contra a chegada de Cuca. A Gaviões da Fiel, mais importante das uniformizadas, não se manifestou.

Outra fase mais forte dizia: "Queremos títulos, não estuprador". Essa manifestação diz respeito à principal razão da revolta dos torcedores: o fato de Cuca ter sido condenado por estupro em Berna, na Suíça, em um episódio que ocorreu em 1987.

Então meio-campista do Grêmio, ele foi detido com os também atletas Eduardo Hamester, Henrique Etges e Fernando Castoldi, sob a acusação de "manter atos sexuais" com uma menina de 14 anos.

Os jogadores permaneceram em cárcere por 30 dias. Fernando foi o primeiro a ser liberado, já que a sua participação no ato não foi comprovada. Dois anos mais tarde, Cuca acabou condenado a 15 meses de prisão e ao pagamento de US$ 8 mil. Em matéria publicada à época pelo Estadão, o treinador disse que o episódio o fez adquirir "experiência e maturidade".

A vítima narrou ter sido segurada à força pelos quatro jogadores do Grêmio. O processo permanece em sigilo na Suíça até hoje. Cuca nega ter cometido abuso ou violência sexual contra a mulher e alega que não teve a oportunidade de se defender. Segundo ele, o julgamento foi feito "à revelia", já que ele e os outros gremistas envolvidos no caso já haviam voltado ao Brasil.

Nesta quarta-feira (19), estudantes do Recife realizaram um novo ato pedindo a revogação da reforma do ensino médio. A manifestação, com concentração em frente à Escola de Referência em Ensino Médio Luiz Delgado, na área central da capital pernambucana, também pediu paz nas escolas, normalização da oferta de merenda escolar em Pernambuco e finalizou no Palácio do Campos das Princesas. Os participantes tentavam, mais uma vez, serem recebidos pela governadora Raquel Lyra, o que não aconteceu.

Desde a aprovação, durante o governo de Michel Temer (MDB), o Novo Ensino Médio (NEM) é alvo de críticas. Com a implantação do modelo, na gestão de Jair Bolsonaro (PL), entidades estudantis, estudantes, professores e sindicatos se posicionaram contrários e pedem a revogação da reforma. Agora, com Lula (PT), a revogação do NEM volta a ganhar força, principalmente, após o anúncio da suspensão por 60 dias.

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Nesse período, uma consulta pública será realizada a partir da próxima segunda-feira (24) e uma subcomissão, presidida pela senadora Teresa Leitão (PT), foi criada para debater o modelo. Andresa Candida, vice-presidenta da União Nacional dos Estudantes de Pernambuco (UNE-PE), espera que o debate seja um aliado na luta pela revogação do NEM. No entanto, ela observa ainda há exclusão de docentes e estudantes nas discussões.

“Mesmo encabeçada [subcomissão] por Teresa Leitão, mesmo a gente tendo alguma proximidade, semelhança nos discursos, em relação a ampliar a participação de professores e estudantes no debate, a gente tem um pouco de exclusão ainda, mesmo sendo uma comissão formada por simpatizantes do movimento estudantil. Mas, a gente espera ter um espaço, uma abertura para pôr mais falas de estudantes”.

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Paulo Almeida, militante do Movimento por uma Educação Popular (MEP) e União da Juventude Comunista (UJC) reforça a necessidade de cessar o NEM e mudança no ensino médio. “Nós entendemos que o Novo Ensino Médio atende apenas ao interesse da burguesia. A gente quer mais infraestrutura nas escolas, mais pessoas na universidade. Esses debates, realizados pelos ‘de cima’, não expressam a realidade do povo brasileiro, que querem, de fato, um ensino para o povo”.

Também presente no ato, Inaldo Lucas, vice-presidente da União Brasileira de Estudantes Secundaristas de Pernambuco (UBES-PE), fala que o objetivo das entidades estudantis, alunos e profissioanis da Educação é que a reforma do ensino médio seja revogada e que, em caso de uma reformulação do modelo, deve ser feita análise. 

"Se for apresentada uma proposta, a gente vai avaliar para ver os pontos que devem permanecer ou serem retirados. Precisa ter essa avaliação do todo porque não tem como aceitar que eles decidam pelos estudantes. Estudante tem que falar, estudante tem que opinar nesse quesito".

"Os juízes não são médicos", "O aborto deve continuar sendo legal!": centenas de pessoas se manifestaram, neste sábado (15), em Washington, pelo direito ao aborto, que esta semana voltou a ser questionado nos Estados Unidos.

O país está mergulhado em uma complexa disputa legal pelo acesso à pílula abortiva, que foi mantido temporariamente na sexta-feira pela Suprema Corte, mas continua ameaçado no longo prazo.

"Quando vão parar?", perguntava-se, neste sábado, Carol Bouchard em frente ao prédio de mármore branco, sede da Suprema Corte, máxima instância judicial do país.

Com um cartaz nas mãos, esta ex-advogada de 61 anos diz estar "muito enojada" com as ameaças que pesam sobre o aborto desde que a Suprema Corte cancelou, há quase um ano, o amparo constitucional que tinha desde 1973.

Desde então, as interrupções voluntárias da gravidez foram proibidas em quinze estados.

Nesta tarde ensolarada na capital americana, Brittany House, moradora da cidade, sobe à tribuna e fala sobre o aborto a que se submeteu em 2012, quando acabara de sair da universidade. "O aborto me deu liberdade", diz ela, assegurando que, aos 21 anos, "não teria conseguido manter meu filho".

Muitas septuagenárias também marcharam em frente à Suprema Corte, indignadas por verem que as restrições neste tema se multiplicam no país, cinquenta anos depois de terem lutado pelo direito ao aborto.

O aborto "salvou minha vida", diz Barbara Kraft, que no fim da década de 1970 interrompeu a gravidez após sofrer sérias complicações. "Acredito firmemente que as mulheres devem ter o direito de tomar esta decisão por si próprias", afirma.

A manifestação foi interrompida brevemente por um pequeno grupo de manifestantes "pró-vida" que proclamaram, usando um megafone, que "os abortos são assassinatos".

Protestos a favor do aborto também foram realizados em Los Angeles e Nova York.

Cerca de 1,5 mil integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) e de outros movimentos sociais ocuparam, nesta segunda-feira (10), a sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Maceió. A liderança do grupo pede a exoneração do atual superintendente do Incra-AL, Cesar Lira, considerado um "bolsonarista raiz". Para o comando do Incra no estado, as organizações defendem a indicação do engenheiro José Ubiratan Rezende Santana.

A ação é liderada pelo MST em conjunto com a Comissão Pastoral da Terra (CPT), Frente Nacional de Luta (FNL), Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST), Movimento de Luta pela Terra (MLT), Movimento Terra, Trabalho e Liberdade (MTL) e Movimento Terra Livre (TL).

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Segundo o MST, a ação foi tomada diante da morosidade do governo federal e do Ministério do Desenvolvimento Agrário em tomar medidas administrativas para substituir o superintendente do órgão no estado, além de retomar a pauta da reforma agrária.

“É inaceitável a continuidade de uma gestão bolsonarista. Por que o governo Lula mantém por tanto tempo (mais de cem dias de governo) um superintendente inimigo da Reforma Agrária e com um histórico de violência junto a lideranças e comunidades?”, questionam as organizações em nota conjunta. "Entendemos que o Incra é um órgão estratégico e deve ser um mecanismo na colaboração para retirar o país do mapa da fome", destacam as entidades.

A ação faz parte do Abril Vermelho, mês no qual o MST relembra o massacre de Eldorado dos Carajás, em 1996. Naquele ano, no dia 17 de abril, 19 trabalhadores sem terra foram mortos em uma ação da Polícia Militar no município localizado no sudeste do Pará. Outras 79 pessoas ficaram feridas, duas das quais acabaram morrendo no hospital. 

A Agência Brasil busca contato com o Ministério do Desenvolvimento Agrário e o Incra e atualizará esta reportagem assim que tiver retorno.

Fechado desde a pandemia de Covid-19, o Restaurante Universitário (RU) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), campus Recife, segue vazio e com nova previsão de abertura dada pela reitoria da instituição. À espera da reabertura do espaço desde o retorno das atividades presenciais, estudantes da UFPE realizaram um ato, nesta quarta-feira (5), com venda simbólica de feijoada a R$1.

Ao LeiaJá, Manoel George, graduando de publicidade e propaganda, explica que a manifestação foi uma maneira de pressionar a reitoria, que vem dando vários prazos para a reabertura do RU.

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“A gente está aqui na frente do Restaurante Universitário para pedir a reabertura. A reitoria está há algum tempo dando vários prazos para a gente. Inclusive, que o RU seria aberto essa segunda-feira, dia 3, porque a empresa tinha 30 dias, a partir da assinatura do contrato para reabrir o espaço. Mas, a gente chegou aqui no dia 3 e o RU ainda estava fechado. Quem está acompanhando essa situação, compreende que o RU está fechado há muito tempo”.

De acordo com o estudante, a justificativa da reitoria da UFPE para o atraso da entrega do restaurante universitário à comunidade acadêmica é que a empresa contratada não consegue dar conta da estrutura do local. “Segundo eles [reitoria], a empresa alegou que não tinha nenhuma outra empresa que atendesse à solicitação de cadeiras e mesas aqui no estado de Pernambuco, teria que trazer de São Paulo e essa solicitação vai demorar mais um mês. O novo prazo de reabertura do RU, agora, é 8 de maio”.

À reportagem, Manoel George ressalta que a data anunciada pela reitoria da UFPE não é viável e que retomada do RU será no período de recesso universitário. “O restaurante universitário será reaberto durante o recesso. Enquanto nós, que estamos na universidade todos os dias estamos sem esse espaço. Na reunião que tivemos ontem com a reitoria, propomos também a criação de uma comissão de acompanhamento dessa abertura, que foi acatada”.

Sem RU, estudantes desistem da graduação

A falta do restaurante universitário da UFPE vai de encontro à política de permanência estudantil. Segundo Andresa Cândida, que é vice-presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE) em Pernambuco e estudante do curso de enfermagem na instituição, alguns alunos procuraram do Diretório Acadêmico e, indiretamente, o Diretório Central dos Estudantes (DCE) para informar que desistiram do curso.

“Quatro estudantes. Isso é muita coisa para o nosso curso, ainda mais do sexto e sétimo período porque não conseguem se sustentar dentro da universidade e por não conseguir o auxílio do RU. A gente está vendo alunos da área de saúde em evasão ou trancando o curso porque não estão conseguindo se alimentar, assim como dar conta das outras demandas”.

Maria Vitória Bandeira, da graduação de letras, reforça o que foi exposto por Andresa e aponta que, além do RU, os estudantes do UFPE estão sem acesso à água. “Sem acesso à água, os estudantes estão tendo que comprar. Não temos aquela bolsa real, que realmente ajude a arcar tudo isso. Muitas vezes, deixam de comprar coisas necessárias para a graduação por conta desses custos”.

Nina Silva, do curso de cinema e audiovisual, aponta que parte dos alunos da UFPE precisam escolher entre o trabalho e a formação acadêmica. “Muita gente também nem consegue trabalhar porque os cursos não dão tempo para isso. Conseguir um estágio que tenha essa flexibilidade também é difícil”.

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A entrega do Conjunto Habitacional Ruy Frazão, na manhã desta terça-feira (4), através do programa Minha Casa, Minha Vida, no bairro de Afogados, na Zona Oeste do Recife, foi marcada também por protesto de integrantes do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB), insatisfeitos por não serem contemplados. 

Enquanto centenas de famílias ligadas ao MLB aguardavam a chegada do ministro das Cidades, Jader Filho, e do prefeito do Recife, João Campos, para inaugurar o residencial com 336 apartamentos, do lado de fora um grupo de pessoas - também vinculadas ao movimento - reivindicava o direito sobre os imóveis.  

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A autônoma Maria da Paz disse que os manifestantes foram expulsos do Ruy Frazão aos empurrões pelos coordenadores do MLB. "Ele apertou meu braço e me empurrou. Eu necessito muito dessa moradia, porque eu lutei. Todo tipo de bicho tinha na ocupação, a água a gente pegava numa torneira e levava num baldinho para tomar banho dentro do barraco", relatou. 

"Quando a gente foi entrar, eles empurraram a gente e disseram 'não tem nada a ver mais não, a gente não vai decidir isso aqui, não. A gente vai chamar a polícia se não for embora'", apontou a autônoma Virgínia Idalina.  

O grupo que cobra as chaves do conjunto fez parte da ocupação Selma Bandeira, em Piedade, Jaboatão dos Guararapes, e teve o nome lançado na lista de famílias associadas ao MLB que foram contempladas para o Ruy Frazão. O assentamento urbano foi levantado em 2016 e mobilizou protestos na Câmara dos Vereadores, na Prefeitura e na Compesa para provocar o poder público. 

"Todo mundo que é do MLB tem que pagar todo mês a carteirinha, se não perde o direito de ter os apartamentos. Hoje é R$ 20", explicou Virgínia. Ela também contou que a coordenação do movimento reteve os documentos pessoais usados pela Caixa Econômica Federal para avaliar os critérios do programa. 

Uma das lideranças do MLB, Kléber foi apontado por supostas agressões. Júlio Gomes/LeiaJá Imagens

Acusado de agressão pelos associados, o coordenador nacional do MLB, Kléber Santos, contou que o Ruy Frazão é decorrente de uma ocupação feita no Recife, em um terreno da Universidade Federal de Pernambuco, no ano de 2012, e que a Selma Bandeira, foi erguida quatro anos depois, em Jaboatão. 

"No final do governo Dilma nós apresentamos o projeto para ver se o Ministério das Cidades contratava o projeto da Ruy Frazão e apresentamos também o projeto da Selma Bandeira, para beneficiar 92 famílias. Quando Dilma saiu, Temer derrubou a seleção que tinha sido feita e selecionou outras, e não selecionou a Selma Bandeira", esclareceu o representante da entidade. 

Em relação ao nome dos ocupantes da Selma Bandeira sair na lista de contemplados da Ruy Frazão, Kléber informou que o MLB costuma enviar mais nomes que a quantidade de imóveis do conjunto, mas quem define os beneficiados é a Caixa. Ele foi filmado no momento em que retirava os manifestantes do local e negou agressões: "Desconheço. Até então está tudo tranquilo. Não chegou nenhuma denúncia para mim." 

Questionado sobre a movimentação em prol do ex-moradores da ocupação Selma Bandeira, o coordenador garantiu que vai continuar nas tratativas com o Governo Federal. Uma reunião virtual de habilitação dos movimentos sociais junto ao Ministério da Cidades deve ocorrer nesta terça (4). "O MLB com certeza vai ser habilitado e nós vamos reapresentar esse projeto da Selma Bandeira e outros projetos que nós temos", completou. 

 O Sindicato dos Rodoviários Rodoviários do Recife e Região Metropolitana organizam um novo protesto nesta segunda-feira (2) por melhores condições de trabalho. O ato será realizado no TI - Igarassu, na Região Metropolitana, a partir das 7h. 

Em nota, o sindicato diz que vem "alertando, denunciando e cobrando" as empresas, mas que ainda há locais com condições de trabalho precária para os operadores.

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"Um exemplo é o TI Igarassu. Falta tudo: banheiros, local para refeições e condições mínimas de trabalho. E não só a categoria sofre, a população também sofre", destaca a nota.

 

Na manhã desta segunda-feira (27), rodoviários realizam um ato na Integração da Caxangá para cobrar melhores condições de trabalho. Apesar do protesto, não há paralisação do serviço de transporte público. 

O Sindicato dos Rodoviários da Região Metropolitana do Recife denunciou a falta de condições adequadas aos profissionais que operam no terminal integrado. "Parar os ônibus nesse momento não, mas estamos dando o recado. Diversas integrações submetem o trabalhador a situações degradantes. Aqui não tem refeitório, os motoristas são obrigados a comer dentro dos ônibus, tem um esgoto a céu aberto. É um local altamente insalubre", reclamou o presidente Aldo Lima. 

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O representante da categoria afirmou que a Nova Mobi Pernambuco - empresa responsável pela manutenção de 26 terminais integrantes da RMR - foi informada sobre as inconformidades, mas não deu indicativos sobre a requalificação. A administradora foi procurada pela reportagem, mas não se posicionou até a publicação.

Aldo apontou que a situação se repete em outros locais e que deve mobilizar o ato no mesmo formato para os terminais de Igarassu, Macaxeira e TIP, onde os profissionais teriam denunciado que a administração fecha os banheiros para eles não usarem. Ele explicou que os profissionais podem parar caso uma solução não seja proposta. 

Milhares de israelenses tomaram as ruas de Tel Aviv neste sábado (25) para protestar novamente contra a reforma judicial do governo, antes de uma semana-chave marcada por outras votações no Legislativo e novas manifestações.

As mobilizações se sucedem a cada semana desde a apresentação, em janeiro, de um projeto de reforma por parte do governo Benjamin Netanyahu, um dos mais à direita da história de Israel, que divide o país.

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A reforma busca aumentar o poder do Legislativo sobre o Judiciário, o que, segundo seus opositores, coloca em perigo o caráter democrático do Estado.

"Estamos aqui hoje para nos manifestar e unir nossas vozes [...] às de milhões de israelenses que apoiam os valores sobre os quais este país foi fundado, como a democracia e a tolerância", declarou à AFP Daniel Nisman, de 36 anos, que trabalha no setor tecnológico.

De acordo com um jornalista da AFP, milhares de pessoas se reuniram, na tarde deste sábado, em Tel Aviv para protestar contra a reforma.

"Cada vez mais israelenses estão acordando [...] Não vamos viver em uma ditadura", considerou Josh Drill, de 26 anos, porta-voz de um dos movimentos de protesto, conhecido como "guarda-chuva".

A reforma suscitou críticas dentro e fora do país. O principal aliado de Israel, Estados Unidos, expressou "preocupação" com a reforma.

Netanyahu, que até agora havia mantido um perfil baixo sobre o tema, anunciou, na quinta-feira, que avançaria com a reforma, mas que faria o possível para "chegar a uma solução" aceitável, tanto para os partidários como para os críticos do projeto.

A Justiça israelense advertiu o primeiro-ministro de que ele não poderia intervir no processo de adoção dessa mudança legislativa, pois isto seria "ilegal", já que ele é réu em um processo de corrupção e não pode atuar em questões que representariam um "conflito de interesse".

Na próxima semana, os parlamentares israelenses devem votar um dos elementos centrais da reforma, a modificação do processo de indicação dos juízes da Suprema Corte.

O texto sofreu alterações ao passar por uma comissão para suavizar o conteúdo e conseguir uma maioria mais ampla, ainda sem o apoio da oposição, que fez ouvidos moucos ao pedido de diálogo lançado por Netanyahu na quinta-feira.

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Em coordenação com os atos nacionais, a enfermagem de Pernambuco tomou as ruas do Centro do Recife em uma caminhada, nesta sexta-feira (10), para cobrar do Governo Estadual um posicionamento sobre a implementação do piso salarial da categoria. A reinvindicação tem base na proposta do piso salarial nacional, que foi aprovado no Congresso Nacional em dezembro do ano passado, através de uma emenda, mas barrado na Suprema Corte sob a justificativa de ausência de fundos e possível colapso na saúde. 

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Durante a campanha, a governadora Raquel Lyra (PSDB) tratou uma implementação estadual do piso como promessa para seu mandato. Agora, os profissionais cobram da gestora e de sua vice, Priscila Krause (Cidadania), a criação da medida no estado junto aos deputados da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). 

O protesto no Recife teve como destino o Palácio do Campo das Princesas, sede do Governo, onde a segurança recebeu os manifestantes com uma barreira, por volta do meio-dia. Pouco tempo depois, uma comissão de oito pessoas, entre representantes do Sindicato dos Enfermeiros de Pernambuco (Seepe) e Sindicato Profissional dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem de Pernambuco (Satenpe). Um dos membros da comissão foi o deputado estadual João Paulo (PT). 

Categoria se diz ‘decepcionada’ 

O ato reuniu centenas de pessoas, entre enfermeiros, técnicos de enfermagem e socorristas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Psicólogos, fisioterapeutas e outros profissionais da saúde também prestaram apoio ao movimento. A técnica de enfermagem Carla Elizabeth Ramos, de 41 anos, representante do Satenpe, trabalha na função há 15 anos e reveza esforços entre a rede estadual e municipal. Seu maior tempo de trabalho é na Universidade de Pernambuco (UPE).  

“A gente espera que ela [Raquel] não seja tão política. Tudo dela é esperar destravar 'lá em cima' [Governo Federal]. Todo mundo está esperando destravar lá em cima, mas a gente sabe que o estado tem condições de pagar. Ela prometeu na campanha. Muita gente que está aqui votou em Raquel confiando na promessa dela e depois ela voltou atrás na proposta dela. Isso prejudica a categoria, mas fica feio para ela. É vergonhoso. A gente colocou uma mulher lá em cima porque a gente achou que ela ia pensar em uma categoria que, em sua maioria, é formada por mulher. Mulheres negras, mães de família. Raquel Lyra é uma decepção para a enfermagem”, disse a trabalhadora. 

Ela continuou: “As condições de trabalho são péssimas. As instituições estão sucateadas, falta sabonete para lavar a mão, falta medicação para paciente, faltam recursos humanos. O estado trabalha pagando plantão extra”. 

Uma outra queixa local é o plano de cargos e carreiras da UPE, que teve a última atualização em 2007, há 16 anos. O diretor sindical da universidade, Ivanildo Cândido, é enfermeiro socorrista há 18 anos e viu a última formação de um plano de carreiras quando só tinha dois anos de serviço. “Na UPE a gente tem um plano de cargo e carreira, mas é de 2007, muito defasado. Os servidores de nível médio atualmente recebem quase um salário-mínimo, o que é muito baixo. Muitas vezes o servidor continua trabalhando doente, quando já deveria estar aposentado”, disse Cândido. 

“O governo tem que se posicionar e cumprir o que prometeu em campanha. O governo estadual, junto aos governos municipais, ficam atrelando a aprovação do piso à aprovação da medida provisória pelo presidente da República, mas isso pode acontecer à parte. A medida pode ser aprovada lá depois, mas o governo aqui pode resolver esse impasse e evitar conflito de categorias. A gente entende que cada vez mais a enfermagem está se unindo e pronta para dizer basta. A gente não quer só aplausos, a gente quer valorização em forma de piso nacional”, completou. 

Mobilização nacional 

Entidades representativas de enfermeiros e enfermeiras fizeram, nesta sexta-feira (10), uma greve nacional da categoria. A paralisação ocorre em protesto ao impasse que envolve o piso salarial da enfermagem. De acordo com a Lei nº 14.434, aprovada pelo Congresso Nacional, o valor do piso para enfermeiros é de R$ 4.750. Da quantia, 70% são destinados aos técnicos de enfermagem, e 50%, aos auxiliares de enfermagem e parteiras. 

Apesar de regulamentado por lei, o piso foi suspenso pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O argumento do ministro Roberto Barroso, autor da decisão, foi de que a criação do piso sem uma fonte de recursos garantida levaria a demissões no setor e colocaria em risco a prestação de serviços de saúde. 

 

No dia Internacional da Mulher, as jogadoras da Associação Feminina de Futsal de Apucarana realizaram um protesto, através das redes sociais, reclamando da falta de apoio financeiro. Na imagem publicada, seis atletas aparecem acompanhadas do treinador Adenilsom de Souza, no meio da quadra do Ginásio de Esportes Lagoão, com todos sem camisa, apenas vestindo shorts.

Em caixa alta, o seguinte questionamento: "Se não tivéssemos peitos, vocês nos apoiariam?".

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Em 2022, o time foi campeão pela primeira vez da Série Prata do Paranaense. Com a conquista, a AFFA foi promovida para a Série Ouro de 2023, mas não disputará devido à falta de patrocínios. O torneio tem data prevista para começar em abril, mas o clube não enviou a documentação.

“Ser mulher é ser guerreira sem ter outra escolha. A diferença de gênero é o vento que nos empurra para trás na corrida pelos nossos direitos”, publicou a equipe.

Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) se mobilizaram em várias cidades do país na manhã desta terça-feira (14) em protesto contra os atos golpistas do dia 8 de janeiro, que tomaram o Palácio dos Três Poderes, em Brasília. Os manifestantes de São Paulo (SP) se reuniram em frente aos escritórios dos deputados federais Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Carla Zambelli (PL-SP).

No Recife, a concentração foi no bairro de Boa Viagem, zona sul da capital, em frente à residência do casal Tércio, onde moram a deputada federal Clarissa Tércio (PP-PE) e o deputado estadual Júnior Tércio (PP-PE). Também houve ato em frente da casa de Ibaneis Rocha (MDB), governador afastado do Distrito Federal, e na sede do Banco Central, no Rio de Janeiro. Protestos ocorreram ainda nos estados do Ceará, Sergipe, Paraná e Rio Grande so Sul.

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O movimento pede que não haja anistia para os envolvidos nas manifestações consideradas antidemocráticas, que causaram a destruição de parte do patrimônio nacional em Brasília, uma semana após a posse do presidente Lula (PT).

Em publicação nas redes sociais, o MTST-PE declarou o posicionamento tomado em todo o país:

“Nós, que lutamos para combater a pandemia, a fome e as desigualdades no país, e restituímos com muito esforço a democracia brasileira, não aceitaremos que grupos fascistas desviem o povo brasileiro do exercício de reconstrução nacional.

Não permitiremos que mais uma vez o Brasil anistie quem tem como único projeto de país a defesa da tortura, morte, autoristarismo, opressões e desigualdades. 

Para que o #DitaduraNuncaMais e #DemocraciaSempre vigore na sociedade brasileira, é necessária muita mobilização! Esse será o compromisso do MTST e conclamamos todas, todes e todos à construção da Frente Povo Sem Medo. Agora será Sem Medo e Sem Anistia!”.

O Habib's da Avenida Engenheiro Abdias de Carvalho, no bairro do Prado, na Zona Oeste do Recife, foi desativado. Vídeos que circularam nas redes sociais mostram um protesto de ex-funcionários na manhã do último sábado (11).

Marcas de pneus queimados foram deixadas na avenida em frente à lanchonete após a mobilização. Segundo os funcionários, o proprietário teria fechado a filial sem qualquer aviso prévio e não teria sido localizado para dar explicações. Os ex-colaboradores reivindicam salários atrasados, rescisões e o recolhimento dos encargos trabalhistas.

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A reportagem do LeiaJá foi ao local e verificou que a unidade está fechada, mas não foi depredada, como foi compartilhado nas redes sociais. O responsável não estava na loja, mas pessoas dentro da loja recolhiam insumos e materiais da unidade. Eles não quiseram informar para onde os produtos seriam levados. 

A gestão da filial da Abdias de Carvalho e da rede de fast-food foram procuradas para confirmar os motivos do repentino encerramento das atividades, mas não se posicionaram até a publicação desta matéria. O espaço segue aberto. 

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Na manhã desta terça-feira (14), enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem aderiram à paralisação nacional pelo piso salarial e protestaram no Recife. Com apoio de um trio elétrico, os profissionais deixaram a Praça do Derby e seguiram pela Conde da Boa Vista com destino ao Palácio do Campo das Princesas, na área central da capital.

Mais cedo, um "ato assembleia" deliberou o estado de greve da categoria e deu até o dia 10 de março para que o presidente Lula (PT) edite uma Medida Provisória para implantar o piso salarial. Caso a MP não seja publicado, a classe pode parar por tempo indeterminado.

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Centenas de milhares de pessoas tomaram as ruas de Madri, neste domingo (12), em um novo protesto para defender o sistema público de saúde da região que atende a capital da Espanha, sobrecarregado há meses por falta de pessoal e recursos.

Os manifestantes, entre eles vários profissionais do setor da saúde, partiram de diferentes pontos de Madri com tambores e apitos até se aglomerarem na frente da prefeitura. Nas mãos, carregavam cartazes com a frase "Saúde não se vende, se defende".

O protesto reuniu 250.000 pessoas, segundo as autoridades, e cerca de meio milhão, de acordo com os organizadores, que pediram "mais recursos" para o governo de Madri, acusado de favorecer os prestadores de serviço privados em detrimento do sistema público de saúde.

Essa é a terceira maior mobilização em menos de três meses na capital da Espanha, depois de um protesto em 13 de novembro, e outro, em 15 de janeiro.

Em Madri, parte dos médicos do sistema público está em greve desde 21 de novembro, por tempo indeterminado. A categoria reivindica melhores condições de trabalho, uma menor carga de pacientes e aumento salarial.

A insatisfação com as carências do sistema de saúde afeta diversas regiões de um país descentralizado, no qual as autoridades autônomas são responsáveis pela gestão de áreas como a saúde. Em Madri, cidade governada pelo Partido Popular, de direita, o movimento de protesto é mais forte.

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