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A Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria Executiva de Agricultura Urbana, órgão ligado à Secretaria de Política Urbana e Licenciamento, anunciou a abertura das inscrições para participar do concurso “Receitas para Cuidar dos Resíduos Orgânicos na Cidade”, que visa conscientizar e envolver estudantes dos 8º e 9º anos do ensino fundamental da Rede Municipal do Recife, a respeito da destinação correto de resíduos.

Como desafio, o concurso estabeleceu que os estudantes deverão desenvolver uma proposta de como a cidade pode cuidar ou beneficiar os resíduos orgânicos, no formato de um texto ou de texto com desenho. Para realizar o trabalho, os alunos devem ser acompanhados por professores da rede que irão selecionar e enviar as três melhores soluções até o dia 30 de setembro, por meio do e-mail compostagem@recife.pe.gov.br.

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No e-mail, deverão constar o nome completo, escola e disciplina do professor, acompanhado dos nomes completos, idade, nome do representante legal (se for menor de idade) e endereço completo do aluno. A prefeitura destaca que cada aluno deverá concorrer a apenas uma proposta, caso contrário, seu nome será desclassificado.

O concurso irá premiar três estudantes, que receberão uma bicicleta, além dos professores, que ganharão um smartphone. A avaliação será realizada através dos critérios de criatividade e adequação ao tema, enquanto a apuração será feita por uma comissão de avaliação formada por integrantes da Secretaria de Educação e da Secretaria Executiva de Agricultura Urbana do Recife, além de dois profissionais do segmento de resíduos orgânicos.

O período previsto para a avaliação é entre os dias 1º a 15 de outubro de 2022, tendo o resultado divulgado por meio do site da Prefeitura de Recife.

Sentado ao lado do pai, Joventino fala sobre extremos climáticos, sustentabilidade e que chegou a hora de levar para a fazenda o sistema de produção em agroflorestas. Zé Leôncio responde que isso é um enrosco maior do que um Leôncio pode lidar. "E dois Leôncios?", brinca o filho.

Além de diálogos como esse, a novela Pantanal usou imagens reais de incêndios no bioma. Os 32 anos que separam a versão original, na TV Manchete, e o remake, na Globo, revelam o avanço do debate ambiental no Brasil.

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"A diferença é perceptível da primeira temporada para essa. Era uma época de cheias. Agora está numa época de mais de dois anos de seca constante, com queimadas violentas todos os anos. É muito clara a presença do homem e a sua interferência empobrecendo o bioma", disse ao Estadão o ator Marcos Palmeira.

Na produção original, de 1990, ele era Tadeu, filho de Zé Leôncio, agora é o próprio protagonista. Dez anos antes da primeira exibição da novela, Palmeira já havia passado dois meses na aldeia Xavante de São Pedro (MT), onde recebeu o de Tsiwari, ou "o Filho Valente".

Dois anos depois, se aventurou por 30 dias entre os Arara, no Pará, ao lado do fotógrafo Luís Carlos Saldanha, que fazia um documentário. Na viagem, se descobriu ator. A experiência, conta Palmeira trouxe "o entendimento da importância que as comunidades indígenas têm no Brasil como um todo, e que valorizamos pouco".

Vinte e cinco anos depois, Palmeira retornou a Mato Grosso para o documentário Expedição A'Uwe - A volta de Tsiwari. Àquela altura, em 2004, já era também agricultor, dono de uma fazenda de 200 hectares em Teresópolis, Região Serrana do Rio. Comprada em meados dos anos 1990, a propriedade é uma Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) e também produtora orgânica certificada de queijo, iogurte, laticínios, mel, chocolate, café e hortaliças. Tudo com uma marca que leva seu sobrenome e seu rosto.

PRODUTOR

"Como produtor rural, quando fui trabalhar com a agricultura orgânica, entendi o que significa a palavra sustentabilidade, agrofloresta, biodinâmica, permacultura", conta Palmeira, hoje com 58 anos. "Foi aí que entendi esse maravilhoso mundo dos orgânicos, da minha experiência com a fazenda, de uma situação muito simples, quando descobri que um funcionário não comia aquilo que ele estava plantando. Aí as fichas todas caíram e entendi o que era aquele agrotóxico."

Na semana em que as cenas de incêndios reais no Pantanal foram ao ar, os 29 pontos de audiência da novela equivalem a dizer que a mensagem atingiu mais de 20 milhões de pessoas, ou quase 10% da população brasileira. Fora o alcance na internet. Em tempos de streaming e mudanças nos hábitos de consumo de teledramaturgia, a produção repetiu o fenômeno de outras novelas que marcaram época ao influenciar a opinião pública e refletir sobre a realidade.

Desse processo, chamado de merchandising social, já lançaram mão autores como Manoel Carlos e Glória Perez. Na década de 1990, com depoimentos reais, Explode Coração, por exemplo, levou para a TV o drama das mães de filhos desaparecidos.

Pesquisadora de teledramaturgia e doutora em Comunicação, Adriana Coca reflete sobre o alcance e o poder dessas mensagens. "A telenovela é uma matriz cultural da América Latina, a TV dialoga com muita gente", afirma. "Imagine o impulso que a questão das crianças desaparecidas teve depois da novela da Glória Perez." Para o biólogo e diretor do Instituto SOS Pantanal, Gustavo Figueiroa, o merchandising social da novela tem resultados imediatos. Quanto a nascer daí uma mudança, ele é menos confiante. "Temos visto problemas em nível federal e estadual que afetam o Pantanal. Acredito em mudanças, mas não por enquanto".

O Parlamento Europeu aprovou, nessa quinta-feira (7), um documento condenando ataques a ambientalistas no Brasil, incluindo a morte de Dom Philips e Bruno Pereira. O órgão legislativo lamentou ainda o desmantelamento da Fundação Nacional do Índio (Funai) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) pelo atual governo.

Com palavras duras, aprovadas por 362 votos favoráveis, o Parlamento Europeu pediu que o governo brasileiro fortaleça e melhor aplique a legislação contra desmatamento e mineração ilegal no País.

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O órgão se mostrou "profundamente" preocupado com os potenciais efeitos de dois projetos de lei: o PL 191/2020, conhecido como "lei da destruição", que prevê a exploração de minerais em terras indígenas, e o PL 490/2007, que trata sobre demarcação em terras indígenas. Se aprovados no Congresso, os projetos poderiam levar a maior desmatamento e áreas onde vivem indígenas, segundo o documento.

A Comissão Europeia, braço executivo da União Europeia, deve assegurar "que qualquer estrutura de cooperação (com o Brasil) inclua disposições fortes, vinculativas e aplicáveis em matéria de proteção dos direitos humanos, incluindo os direitos das comunidades indígenas, e a promover o respeito pelas normas e compromissos internacionais, incluindo sobre desmatamento", diz o texto. Os parlamentares salientaram a importância de responsabilização empresarial sustentável e transparente e reiteraram que regulamentos do bloco sobre produtos sem desmatamento devem incluir a proteção de direitos dos indígenas.

No texto, o Parlamento "clama para que o governo brasileiro cumpra seus compromissos sob o acordo de Paris quanto a mudanças climáticas" e "encoraja fortemente" que o Estado combata crimes ambienteis e implemente nova abordagem sustentável para a Amazônia.

Um programa de neutralização de carbono começará a ser implementado em julho em mil residências da Favela do Caramujo, um bairro de Niterói, região metropolitana do Rio. Os moradores, após um mês de capacitação, vão começar a perseguir metas de redução de emissões em suas rotinas residenciais. Na medida em que conseguirem resultados, terão direito a receber recursos em forma de arariboias, uma moeda social criada pela prefeitura este ano e já aceita em mais de 30 mil estabelecimentos comerciais.

"É mais fácil do que parece falar sobre mudanças climáticas para as pessoas que estão em situação de vulnerabilidade social", afirma Luciano Paez, secretário de Clima da cidade, administrada pelo engenheiro florestal Axel Grael (PDT), irmão dos medalhistas olímpicos Torben e Lars. "As mudanças climáticas, todos os dados e estudos, mostram que vão ocorrer nas cidades e afetarão, mais ainda, as pessoas em situação de risco", explica Paez. . "Os relatórios do IPCC (painel das Nações Unidas sobre o aquecimento global) deixam claro. Os eventos climáticos extremos vão atingir principalmente as áreas urbanas", afirma Flávia Bellaguarda, gerente de Relações Internacionais do Centro Brasil no Clima (CBC)

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Para ter uma renda extra - a tabela de valores está atrelada à porcentagem de redução de carbono atingida -, os moradores precisam atuar em três frentes. Aumentar a reciclagem de lixo, diminuir o gasto energético e mudar o hábito de transporte. Bicicletas serão oferecidas pela prefeitura para uso da comunidade. O desenho do programa, que está sendo considerado pioneiro no Brasil, prevê o monitoramento dos processos por parte de assistentes sociais do município.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Estudo da Embrapa e instituições parceiras comprovou que a expansão sustentável do cacau tem sido extremamente benéfica para a Amazônia, integrando geração de emprego e renda à preservação da floresta. Paralelamente ao fato de o Pará ser hoje o maior produtor nacional desse fruto, com um rendimento superior a 50% do total movimentado no País - R$ 1,8 de 3,5 bilhões -, 70% do cultivo é feito em áreas degradadas, majoritariamente por agricultores familiares e em sistemas agroflorestais. O resultado é a recuperação dessas áreas, cuja maior parte foi convertida de pastagens, com a redução do fogo e do desmatamento na região (veja vídeo aqui).

O trabalho, intitulado “A expansão sustentável do cacau (Theobroma cacao) no estado do Pará e sua contribuição para a recuperação de áreas degradadas e redução do fogo” (The sustainable expansion of cocoa crop in the State of Pará, Brazil and its contribution to altered areas recovery and fire reduction), foi publicado esta semana no Journal of Geographic Information System. Ele apresenta a descrição detalhada da evolução das plantações de cacau em termos de expansão histórica, práticas de propriedades agrícolas, transições de uso da terra e regimes de fogo.

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Segundo o principal autor, o pesquisador da Embrapa Amazônia Oriental Adriano Venturieri, a área cultivada com o cacau no estado do Pará vem crescendo nos últimos anos, especialmente na região da Transamazônica. Existe, porém, uma dificuldade em mapear essa expansão em virtude da diversidade dos sistemas de produção que envolvem a cultura do cacau na região.

“Mapear e monitorar a plantação de cacau por meio de imagens de sensores ópticos foi um desafio devido às características botânicas e arbóreas que normalmente são confundidas com áreas de capoeira (vegetação secundária) e floresta, pois o cacau normalmente é cultivado no subbosque sombreado pela floresta”, relata o pesquisador.

“Para isso, foi preciso cruzar imagens de satélite obtidas pelo monitoramento regular do Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe), do projeto de Mapeamanto do Uso da Terra na Amazônia (TerraClass) e os dados do Cadastro Ambiental Rural para ir a campo e checar, junto aos produtores e técnicos locais, a localização exata do cacau entre as áreas de floresta”, acrescenta Venturieri.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil produziu 270 mil toneladas de amêndoas de cacau (Theobroma cacao) em 2020/2021. Na Região Norte essa produção ficou em 150 mil, sendo o Pará responsável por 96% do total regional. O estado nortista é maior produtor nacional desse fruto, com 1,8 bilhão dos cerca de 3.5 bilhões movimentados no País em 2020.

O cacau acentua a floresta

A área monitorada e mapeada pela pesquisa no Pará está localizada nos dez municípios de maior produção cacaueira no estado e corresponde às regiões da Transamazônica, Sudeste do Pará, Nordeste do Pará e Baixo Tocantins, utilizando metodologias participativas junto às comunidades locais.

Foram analisados dados do TerraClass – programa executado pela Embrapa e o Instituto Nacional de Pesquisas Espacias (Inpe) que classfica as mudanças de uso da terra na Amazônia – do período de 2004 a 2014 e imagens satelitais do Prodes (Inpe), que monitora anualmente o desmatamento na Amazônia Legal. “Essas imagens foram cruzadas com as informações do CAR e validadas no campo junto aos produtores nas diferentes áreas de cacau no estado, e a partir daí foi possível obter padrões de imagens para as lavouras cacaueiras”, explica o pesquisador Marcos Adami, do Inpe, um dos autores do estudo.

Por meio da modelagem e dos padrões de imagem estabelecidos na análise, o estudo apontou, incialmente, a existência de 70 mil hectares de cacau (até 2019) em 26 municípios paraenses. Como o trabalho de monitoramento é permanente, novos dados analisados após a publicação do estudo já apontam 90 mil hectares até 2021. “Nossa meta é nos aproximarmos, cada vez mais, dos números oficiais, mas sabemos das dificuldades de chegar a esses números”, aponta Venturieri. O trabalho conta com o apoio financeiro do Governo do Estado do Pará por meio do Funcacau para identificação das lavouras cacaueiras no estado.

“Também foi possível verificar que aproximadamente 21 mil hectares continuam sendo mapeados como floresta pelo Inpe (Prodes), apesar de nossos dados de campo identificarem plantações de cacau sombreadas por vegetação nessas áreas”, conta Adami. O pesquisador ressalta ainda que quase 88,7% (52.778 hectares) da área cacaueira plantada já havia sido desmatada até o ano de 2008, que é o marco legal do Código Florestal Brasileiro.

“Isso nos mostra que o cacau, majoritariamente, não está avançando sobre novas áreas de floresta. Ele está ocupando áreas já degradadas e ainda o subbosque de florestas que não foram desmatadas integralmente”, acrescenta Venturieri.

Nas áreas de capoeira e florestas parcialmente exploradas anteriormente, as árvores servem como sombra ao cutlivo do cacau, que na Amazônia tem essa característica. “O que difere o cacau amazônico de outras regiões do País é que o nosso cacau é plantado com sombreamento e não a pleno sol. É interessante perceber que a presença do cacau nessas áreas acentua a presença da floresta, segura o fragmento florestal ainda existe e evita o desmatamento”, afirma o pesquisador.

Da assessoria da Embrapa.

 

Os acadêmicos Dinei Souza e Juan Luna, do curso de Jornalismo da UNAMA - Universidade da Amazônia, entrevistam Raimundo Xavier, coordenador do projeto de educação criativa Miritilab, desenvolvido no municipio de Santa Bárbara, no interior do Pará. Clique no ícone abaixo e confira mais um episódio do Tucupicast. 

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As lojas Zara no Brasil seguiram a tendência da rede na Europa e começaram a cobrar aos clientes pelas sacolas e envelopes. Nas redes sociais, a mudança foi criticada.

Desde o início do mês, quem não levar sua própria sacola e se recusar a pagar pelas embalagens vai sair da loja com a peças na mão. A Zara incluiu as sacolas na sua lista de produtos e vende a unidade por R$ 0,60, enquanto os envelopes custam R$ 0,80.

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A rede alegou que a cobrança faz parte de uma política sustentável e que a proposta é estimular os clientes a reduzir a geração de resíduos. As sacolas e envelopes são produzidos com papel 100% reciclado e o lucro com as vendas será revertido em iniciativas ambientais, defendeu.

A mudança não agradou muito os consumidores do Brasil, que criticaram e fizeram piada com a opção da empresa.

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Usar bicicleta traz uma nostalgia que remonta imediatamente à infância, mas também pode estar presente durante a vida adulta de quem busca economizar e ter uma melhor qualidade de vida. Pedalar, como hobby ou meio de transporte, traz benefícios para o meio ambiente, pois não libera gases poluentes na atmosfera, e ajuda a reduzir o aquecimento global.

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No dia 3 de junho, a Organização das Nações Unidas (ONU) celebra o Dia Mundial da Bicicleta. É uma forma de incentivar o meio de transporte sustentável.

Luís Flávio da Paixão e Silva, técnico em radioterapia, começou a pedalar ainda criança, aos 7 anos. A partir dos 25, passou a fazer a atividade em grupo. Ele diz que o principal motivo era o sedentarismo e o esporte tornou-se uma forma de manter o corpo sempre em forma. “Estou sempre ativo e disposto. Pesava 70 kg, hoje peso 58 kg”, diz.

Luís afirma que, para ele, a bicicleta é como o carro para as outras pessoas, que o leva para onde quiser, mas com muito mais economia. Utilizando o meio de transporte, o técnico em radioterapia consegue direcionar o dinheiro que gastaria com ônibus e carro para ajudar nas compras da casa e nos estudos. Além de chegar mais rápido e com mais facilidade onde quiser.

Beatriz Paixão, administradora do grupo de pedal Bike Belém, pedala há cinco anos e diz que o ciclismo transformou sua vida. “A bike tem o poder de te levantar, te deixar mais alegre e ter o prazer de viver”, afirma.

Durante o período de lockdown, no ano de 2020, foi muito difícil se readaptar à realidade que o momento pedia. Segundo Beatriz, ela e o grupo de amigos de pedaladas organizaram um evento on-line para manter, de uma forma diferente, o esporte na rotina. “Nós fizemos uma reunião, cada um na sua casa e treinávamos em cima de um rolo de treino para bicicleta ou pedalávamos dentro de casa mesmo. Era uma forma de unir sem reunir”, disse a ciclista.

A capital paraense hoje conta com 113 quilômetros de malha cicloviária, mas utilizar o meio de transporte ainda é uma alternativa perigosa. A ciclista diz que, apesar do amor pelo ciclismo, não se sente segura para utilizar a bicicleta durante o dia; só anda em grupo e em passeios noturnos.

Beatriz acredita que a cidade de Belém ainda precisa investir em uma estrutura que facilite e estimule o uso de bicicletas no dia a dia. “Ainda falta um olhar, respeito por parte do poder público. Falta também muita consciência da própria população”, complementa.

Belém receberá, em julho, o Bicicultura 2022, um encontro nacional dos usuários de bicicleta. Com o objetivo de disseminar o uso das bicicletas como meio de transporte e ampliar o amor pelo ciclismo no país, o evento terá duração de quatro dias, com oficinas, rodas de conversa, painéis de exposição de trabalhos e atividades lúdicas voltadas para os ciclistas.

Por Juliana Maia (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

Entre 1990 e 2020, as geleiras dos Andes tropicais perderam 42% de sua cobertura. Passaram de um máximo de 2.429,38 km2 para 1.409,11 km2. O derretimento sem precedentes é resultado das mudanças climáticas e de fatores não climáticos como o aumento das queimadas florestais na Amazônia. Os resultados foram publicados na revista Remote Sensing por especialistas do MapBiomas Amazônia, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Universidade Nacional Agrária La Molina e Instituto de Pesquisas em Glaciares e Ecossistemas de Montanha, ambos do Peru.

De acordo com o estudo, os focos de incêndio na Amazônia geram carbono negro que pode acelerar o recuo das geleiras ao entrar na superfície do gelo dos Andes. O MapBiomas é uma iniciativa que reúne ONGs, universidades e empresas de tecnologia.

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A perda média anual é de 28,42 km2. As mais afetadas foram as geleiras que estão a menos de 5.000 metros acima do nível do mar, que em 30 anos perderam quase 80,25% de sua área. A aceleração foi mais significativa a partir de 1995, quando a perda da Bacia Amazônica supera a de outras bacias. Em 2020 elas possuíam uma área aproximada de 869,59 km2.

As geleiras tropicais andinas estão presentes em todos os países andinos. As maiores áreas estão no Peru (72,76%), Bolívia (20,35%) e Equador (3,89%). O recuo das geleiras em 2020, em relação a 1990, foi de 41,19% no Peru, de 42,61% na Bolívia e de 36,37% no Equador.

O estudo ressalta a urgência de os governos nacionais tomarem medidas decisivas para combater a crise climática, incluindo políticas e programas de adaptação às alterações climáticas, nomeadamente em bacias com geleiras, de forma a reduzir os impactos do degelo.

Além dos impactos ambientais e econômicos, a retração das geleiras leva à perda de bens culturais, uma vez que as montanhas nevadas são de especial valor para as populações locais. Ao cobrir toda a região dos Andes tropicais em 36 anos de mapeamento anual, o estudo é considerado o mais abrangente atualmente disponível.

Outro estudo do MapBiomas mostrou a pressão do desmatamento da Amazônia sobre alguns desses países. Uma área equivalente ao Chile, ou 74,6 milhões de hectares, em cobertura vegetal natural deixou de existir na chamada região pan-amazônica, entre 1985 e 2020. Nesse período, em sentido contrário, a mineração cresceu 656%, a agricultura/pecuária aumentou 151%, e a infraestrutura urbana deu um salto de 130%.

Os dados são referentes a todo o bioma, desde os Andes, passando pela planície amazônica até as áreas de transições com o Cerrado e o Pantanal. Além do Brasil, fazem parte da região Colômbia, Peru, Venezuela, Equador, Bolívia, as Guianas e o Suriname.

Há 36 anos, pastagens, agricultura, mineração e áreas urbanas ocupavam o equivalente a 6% de toda a região. Em 2020, chegou a 15%. Esse processo não ocorreu de forma homogênea. Em uma ponta, o Suriname, a Guiana e a Guiana Francesa têm a ocupação da floresta por essas atividades de apenas cerca de 1%. Na outra ponta, o Brasil: 19%.

Um experimento da Universidade de Cambrigde, na Inglaterra, deu mais um passo para ampliar o uso de energia limpa. Um sistema com algas foi desenvolvido por cientistas e abasteceu um microprocessador ininterruptamente por um ano.

Do tamanho de uma bateria AA, o sistema acomoda a espécie não tóxica synechocustis e gera corrente elétrica através da fotossíntese. A produção energética é captada por um eletrodo de alumínio e abastece um microprocessador Arm Cortex M0+. "Tem potencial como uma maneira confiável e renovável de alimentar pequenos dispositivos", apontou a instituição.

Divulgação

Baixo custo

Confeccionado com material reciclado, os cientistas esperavam produzir energia por algumas semanas, mas foram surpreendidos pelo resultado do experimento.

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"Isso significa que pode ser facilmente replicado centenas de milhares de vezes para alimentar um grande número de pequenos dispositivos como parte da Internet das Coisas", acrescentou.

Dependência da luz solar

O professor do departamento de Bioquímica Christopher Howe explicou que o sistema não funciona como uma bateria, pois ainda precisa de energia solar para a produção.

O governo federal publicou anteontem no Diário Oficial da União o Plano Nacional de Resíduos Sólidos (Planares), que prevê acabar com os lixões e aterros controlados nos próximos dois anos - ainda há cerca de 3 mil unidades desse tipo no País. Conforme o documento, a meta até 2040 será reciclar ou recuperar 48,1% dos resíduos sólidos urbanos. Hoje, pouco mais de 2% passam por reaproveitamento.

Esse plano era esperado desde 2010, quando foi instituída por lei a Política Nacional de Resíduos Sólidos. O Planares representa a estratégia de longo prazo para colocar a política em prática. Além de diagnóstico, o Planares traz metas, projetos e ações para as próximas duas décadas. O documento deve ser atualizado a cada quatro anos.

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Ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite diz que o Planares fortalece a relação do governo com o setor privado. Segundo ele destaca, em nota, a publicação traz "mais segurança jurídica e previsibilidade para o investidor desenvolver infraestrutura física e logística para melhorar a gestão de resíduos sólidos no País, como reciclagem, reutilização e transformação de tudo isso em uma atividade verde relevante para o Brasil".

O Brasil gera 217 mil toneladas de resíduo sólido urbano ao dia. - 79 milhões de toneladas por ano. A taxa de descartes secos que, no lugar de irem parar no solo, são recuperados para reciclagem é de pouco mais de 2% da massa total. Para orgânicos, que são quase metade do lixo, é de 0,2%. A decomposição do lixo orgânico é fonte de emissão do metano, gás de efeito estufa.

Tentativas de encerrar lixões são antigas e outras metas foram descumpridas. Leis dos anos 1980 e 1990 já falavam da obrigação de descarte ambientalmente correto com previsão de sanções penais e administrativas.

Em 2010, a Política de Resíduos Sólidos previa acabar com os locais de descarte irregular em quatro anos. O Marco Legal do Saneamento Básico, de 2020, prorrogou esse prazo em capitais e regiões metropolitanas para 2021, e em cidades com menos de 50 mil moradores, para 2024. Mais de 61% das cidades faziam descarte inadequado do lixo em 2010. Em 2019, essa proporção caiu para 56%.

DEMORA

Presidente da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), Carlos Silva Filho diz que a espera de mais de uma década atrapalhou. "O país acabou estagnado", critica. "Quando não tínhamos esse plano, ficávamos no abstrato. Não tinha como cobrar, exigir e monitorar." Para ele, soluções neste setor devem ser conjuntas e envolver prefeituras, governos estaduais e União.

Professor do Programa de Pós-Graduação em Ciência Ambiental do Instituto de Energia e Ambiente da USP, Pedro Côrtes avalia que a meta de extinguir lixões em 2024 não é "alcançável" para pequenos cidades que carecem de recursos e estrutura. "Em 2010, se previa formar consórcios entre pequenos municípios para a construção de aterros sanitários, prevendo uma gestão conjunta de resíduos urbanos. Esse tema pouco evoluiu em 12 anos", destaca.

RECICLAGEM E VERBA

Para bater a meta de quase metade dos resíduos reaproveitados, o Planares prevê recuperar 20% de recicláveis secos e 13,5% da fração orgânica. Para o último, a ideia é que todos o municípios tenham iniciativa de valorização do resíduo, "como coleta seletiva de orgânicos, compostagem e digestão anaeróbia (processo de degradação da matéria por microrganismos, que produz biogás e digestato, com propriedades fertilizantes) em escala piloto ou comercial".

Será preciso ainda aumentar o aproveitamento energético por meio do biogás e do tratamento térmico. A ideia é de que, em 20 anos, mais de 60% do biogás de aterros sanitários e de digestão anaeróbia virem eletricidade. Com isso, há potencial de abastecer 9,5 milhões de lares. Quase 15% dos resíduos devem ser destinados a locais com tecnologia térmica para virar energia.

Outro foco é a sustentabilidade financeira. A diretriz é que toda cidade tenha alguma forma de cobrança pelo serviço. A ideia é assegurar também que 72,6% da população tenha acesso à coleta seletiva até 2040. Hoje, essa taxa é inferior a 40%.

O documento reconhece ainda o papel de associações de catadores e dos autônomos. Mas destaca que só 3,7% das prefeituras têm contrato formalizado com esses trabalhadores. Para reduzir a insegurança e a vulnerabilidade da categoria, é proposto ter 95% de formalização de contratos com cooperativas e associações de catadores nos municípios onde atuam até 2040.

O governo também deu aval ao Programa Recicla+, que cria o Certificado de Crédito de Reciclagem. Esse título comprova a restituição da massa de produtos que podem ser reaproveitados no ciclo produtivo (logística reversa). Com o programa, o governo estima investimento potencial de R$ 14 bilhões ao ano.

O certificado pode ser adquirido pelas empresas para comprovar o cumprimento das metas de logística reversa. Reciclar parte dos produtos é obrigação legal para fabricantes, importadoras, distribuidoras e comerciantes de vários itens, como agrotóxicos e eletrônicos. Os operadores do programa podem ser cooperativas de catadores, agentes de reciclagem, titulares dos serviços públicos de limpeza urbana, consórcios, empresas e microempreendedores (MEI).

Também foi lançada a nova versão do Sistema Nacional de Informações sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos (SINIR+). Por meio de mapas 3D, painéis e relatórios, ele reúne dados sobre a gestão do lixo no País.

O Brasil registrou 29% mais raios nos dois primeiros meses de 2022 em comparação com o mesmo período do ano passado, segundo levantamento de um grupo do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Entre janeiro e fevereiro, foram 17 milhões de descargas elétricas, ante 13,2 milhões no 1º bimestre do ano anterior. Segundo especialistas, as mudanças climáticas favorecem eventos extremos - como as chuvas que arrasaram áreas da Bahia, Minas e a Região Serrana do Rio - e também a ocorrência de raios.

O Brasil é líder mundial de registros de raios. Além dos riscos de acidentes e mortes, a maior quantidade de descargas pode aumentar problemas de interrupção de fornecimento de energia elétrica e de incêndios. Na comparação, o número de mortes por raios no País diminuiu de 26 no primeiro bimestre de 2021 para 18 nos meses de janeiro e fevereiro deste ano.

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Os cinco Estados com mais raios foram Amazonas (2.608.255), Mato Grosso (2.030.670), Pará (1.823.955), Minas (1.539.276) e Tocantins (1.004.022). Em 14 Estados, entre eles São Paulo e Minas, houve ocorrência de raios em todos os dias de janeiro e fevereiro.

Segundo Osmar Pinto Junior, especialista em raios e coordenador do Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat) do Inpe, o fenômeno La Niña influencia a frequência das tempestades no Brasil, mas não pode ser apontado como causa da alta este ano, pois esteve presente também em 2021. "Quando a gente olha a estatística de forma isolada, fica difícil estabelecer a causa. No entanto, quando analisamos o contexto dos eventos relacionados ao clima, fica mais evidente que tem relação com as mudanças climáticas", avalia.

"As enchentes no sul da Bahia, por exemplo, foram as maiores dos últimos 40 ou 50 anos e totalmente atípicas, pois não costumam acontecer naquela região. Também tivemos períodos de ventos intensos na região Centro-Oeste, nos Estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás, igualmente atípicos. Foram de tal força que causaram a queda de 30 torres de retransmissão de energia", afirmou.

Já sobre a quantidade de raios por estado, ele disse que a incidência segue a extensão territorial - os maiores Estados são os que registram mais raios. A exceção é o Rio Grande do Sul, que sofre a influência das tempestades que se formam no norte da Argentina e registra uma proporção maior de raios. Conforme o pesquisador, a temporada de raios deve seguir até o final deste mês, começando a reduzir a partir de abril, principalmente no Sudeste. "Aqui, os raios estão mais concentrados no verão, portanto eles voltam a acontecer com mais frequência a partir de outubro", explicou.

Fenômeno ameaça rede elétrica e áreas verdes

Os raios podem contribuir com interrupções no fornecimento de energia, como aquelas decorrentes do temporal que atingiu a capital paulista no último sábado, 5 e deixou consumidores sem luz por mais de 48 horas. Segundo Pinto Junior, nos grandes centros urbanos, como São Paulo, Rio de Janeiro e outras grandes cidades, há aumento na incidência de tempestades e raios, que se deve a um fenômeno chamado ilha de calor. "O asfalto, os prédios e a poluição dos carros fazem com que haja aumento local de temperatura, que favorece a formação de mais tempestades e intensifica essas tempestades", explicou.

As descargas atmosféricas tanto podem atingir diretamente a fiação de ruas e postes, como podem causar a queda de uma árvore que, por sua vez, atinge a fiação. Segundo ele, as árvores são atingidas constantemente por serem as referências mais altas em determinado lugar. A seiva presente no tronco é melhor condutor de energia do que o ar. Se a casca está molhada, a descarga pode ficar restrita à parte externa e fluir para o solo, sem grandes danos. Se a descarga penetra, ela quebra a árvore e os galhos podem atingir a fiação elétrica.

Segundo ele, os raios matam milhares de árvores por ano em áreas verdes e nas florestas. No caso de florestas úmidas, como a Amazônia, por causa da alta umidade do solo, geralmente o fogo não se propaga e não causa incêndios de grandes proporções. Em ambientes mais secos, como o Pantanal, os raios são causa importante de incêndios. O fogo que durante 20 dias queimou o Parque Estadual Encontro das Águas, em Porto Jofre, no Pantanal de Mato Grosso, em 2021, foi causado pela descarga elétrica que atingiu uma árvore durante uma tempestade.

A conclusão é de uma perícia realizada pelo Corpo de Bombeiros na árvore destruída pelo raio. Os peritos em incêndio florestal identificaram o ponto em que o tronco foi partido pela descarga, coincidindo com o primeiro foco de fogo. Porto Jofre é o hábitat da onça-pintada Ousado, que se recuperou após sofrer graves queimaduras nas patas, durante um incêndio no Pantanal, em 2020. Pesquisa recente divulgada pelo Observatório do Pantanal aponta que 5% dos incêndios no bioma têm causas naturais, sendo a principal o raio.

Além da morte de animais, há perdas de lavouras devido aos incêndios causados pelas descargas originadas nas nuvens. Em agosto de 2021, um raio causou um incêndio em um canavial, no município de Cravinhos, região de Ribeirão Preto. As chamas envolveram um caminhão agrícola e causaram a morte do seu condutor.

Um diagnóstico feito pelo programa Lixo Fora D’Água, da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), mostrou que os resíduos plásticos correspondem a 48,5% dos materiais que vazam para o mar. Segundo o levantamento, os 15 itens mais encontrados nas análises representam 80,3% dos resíduos que vão parar na costa brasileira. 

Depois do plástico, a guimba (ou bituca) de cigarro e o isopor aparecem em segundo e terceiro lugares entre os itens mais encontrados. Os outros 19,7% abrangem artigos como roupas e apetrechos de pesca, entre outros. Todos fazem parte de uma amostra que soma 16.733 itens retirados da areia, da praia e de manguezais.

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O levantamento faz parte de um trabalho feito pela Abrelpe desde 2018 em 11 cidades da costa onde vivem 14 milhões de habitantes. O programa iniciou as ações de monitoramento, prevenção e combate ao lixo no mar e nos demais corpos hídricos na cidade de Santos (SP) e atualmente abrange os municípios de Balneário Camboriú (SC), Bertioga (SP), Fortaleza (CE), Ipojuca (PE), Rio de Janeiro (RJ), São Luís (MA), Manaus (AM), Serra (ES) e municípios da Baía da Ilha Grande, no Rio de Janeiro. 

Metodologia

A metodologia desenvolvida no âmbito do projeto Lixo Fora D’Água também está presente no Caribe, sendo aplicada em cidades da Costa Rica, Colômbia e República Dominicana.

“Cerca de 22 milhões de toneladas de plásticos vazam para o meio ambiente a cada ano em todo o mundo, e em torno de cinco a 12 milhões de toneladas de resíduos plásticos têm os oceanos como destino. Cerca de 80% desse total são oriundos de atividades humanas desenvolvidas no continente, seja no litoral ou em regiões onde correm rios que desaguam em ambientes marinhos, sendo resultado de falhas que ocorrem nos sistemas de limpeza urbana e gestão de resíduos nas áreas urbanas das cidades”, disse o diretor presidente da Abrelpe, Carlos Silva Filho.

Segundo as estimativas da entidade, mais de dois milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos vão parar nos rios e mares todos os anos no Brasil. 

“Ressalta-se, porém, que esse total pode ser ainda maior já que as 30 milhões de toneladas de lixo que seguem para destinação inadequada, ou seja, lixões e aterros controlados, que ainda existem em todo o país, podem acarretar um acréscimo de três milhões de toneladas de lixo no mar a cada ano”, afirmou a Abrelpe.

Acrescentou que o programa também visa identificar as principais fontes de origem dos resíduos e estudar como as cidades podem aprimorar a gestão de resíduos sólidos em terra para prevenir a poluição marinha. 

Vazamento de lixo

Segundo um dos relatórios, as três principais fontes de vazamento de lixo no mar são as comunidades nas áreas de ocupação irregular, próximas aos cursos d’água, os canais de drenagem que atravessam a malha urbana e a própria orla da praia em sua faixa de areia.

“Os resultados do programa Lixo Fora D’água permitem afirmar que a melhor solução para o problema do lixo no mar reside justamente no aperfeiçoamento dos sistemas e infraestrutura de limpeza urbana nas cidades, que deve acontecer junto a programas permanentes de educação ambiental implementados em todas as camadas da população”, explicou o presidente da Abrelpe.

O Ibama, principal instituição federal de combate aos crimes ambientais do País, completa nesta terça-feira, 22, 33 anos de existência, mas sob forte ameaça de paralisação de sua força de fiscalização, devido ao completo estrangulamento do trabalho de quem vai a campo. Em Estados como o Pará, que costuma liderar índices de crimes ambientais, fiscais começaram a atuar em operação padrão e boa parte dos servidores não está indo a campo.

Uma das principais queixas diz respeito às diárias que são pagas pelo órgão do Ministério do Meio Ambiente àqueles que atuam em operações na floresta. Hoje, o valor pago para uma diária de um agente ambiental é de R$ 170 por dia. Com esse dinheiro, ele tem que pagar hotel e alimentação durante todo o dia. O último reajuste desse valor ocorreu em 2009, há 13 anos.

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"A realidade é que não tem condições de ir a campo com um valor da diária desse, completamente defasado. O fiscal está tirando do próprio bolso para fazer o seu trabalho", disse ao Estadão Alex Lacerda, analista ambiental, vice-presidente da Associação dos Servidores da Carreira de Especialista em Meio Ambiente no Pará (Asibama) e diretor da Associação Nacional dos Servidores Ambientais (Ascema Nacional). "O fiscal que vai a campo tem amor pelo que faz, tem compromisso com sua missão, mas a verdade é que hoje ele tem que tirar comida da boca do filho pra fazer seu trabalho."

Lacerda disse que estão em andamento assembleias com servidores em vários Estados. Os servidores ambientais encaram um congelamento salarial que vai completar cinco anos. Se forem consideradas as perdas desde janeiro de 2017, a perda salarial acumulada chega a 28%. "Podemos ter, daqui para o dia 9 de março, a evolução para uma paralisação geral dos fiscais", comentou.

Outra queixa que o Ibama não dá solução diz respeito às horas extras de quem está em campo. Hoje, o agente atua oito horas por dia, com um teto de hora extra de apenas duas horas. Ocorre que, nas missões, é comum que o trabalho em campo dure 15, 18, 20 horas, dependendo do local e da situação em que o fiscal se encontra. "A regra não tem respaldo na realidade. Hoje a direção pede a punição de quem trabalha mais que isso. A administração está trabalhando contra a fiscalização", disse Lacerda.

A ameaça de paralisação ocorre no momento em que o presidente Jair Bolsonaro se compromete em garantir reajustes a agentes da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal, mas pede "compreensão" aos demais servidores públicos federais.

O Ibama possui atualmente cerca de 600 agentes ambientais para enfrentar o avanço do crime ambiental, e isso não só na Amazônia, mas em todo o País. o quadro atual de agentes é 55% inferior ao que o instituto detinha dez anos atrás. Em 2010, eram 1.311 fiscais em atuação. Trata-se do pior cenário de fiscalização desde a fundação do Ibama, em 1989.

O Estadão questionou o Ibama e o Ministério do Meio Ambiente sobre o assunto. Não houve nenhum posicionamento até a publicação desta matéria. Uma carta com demandas históricas dos agentes ambientais foi encaminhada na noite de segunda-feira, 21 à presidente do Ibama e ao Ministério. A reportagem teve acesso ao documento.

Os fiscais relatam que algumas superintendências na Amazônia Legal, como a do Pará, estão com administração precária e "falta da execução de serviços básicos, como internet e limpeza".

Outro ponto abordado é a ocupação de cargos por pessoas que não têm perfil adequado para tal, além de perseguições de superintendentes a servidores do Ibama, em especial no Pará, no Espírito Santo e no Rio de Janeiro, relatados com frequência à Ascema e já denunciados ao órgão. "Assim, solicitamos que, a exemplo do que aconteceu no Rio de Janeiro, que tais Superintendentes sejam afastados dos cargos que ocupam, pelo histórico de assédio e desmandos administrativos", afirma o documento.

Segundo os fiscais, "é notória a relação da nomeação de pessoas indicadas politicamente sem experiência na gestão ambiental federal desde 2019, como policiais militares e das forças armadas, advogados e outros profissionais ligados a grupos políticos e econômicos com interesses conflitantes à proteção ambiental, sinônimo de um verdadeiro desmonte e caos administrativo em que o Ibama, assim como outras entidades ligadas ao Ministério do Meio Ambiente se encontram".

O encolhimento do quadro de fiscais se deve, basicamente, a dois fatores: aposentadoria de servidores e falta de concursos públicos para renovação o quadro funcional. Nos últimos dez anos, a queda de fiscais só teve uma pequena paralisação entre 2015 e 2016, quando o órgão elevou seu quadro de 930 para 989 fiscais. De lá para cá, no entanto, o processo de esvaziamento prosseguiu.

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A moda na atualidade vem passando por grandes mudanças, fruto de questionamentos sobre o consumo exagerado e predatório do meio ambiente e do ser humano. A tendência de buscar formas conscientes de fazer e consumir moda tem revelado a preferência do mercado por produção local e artesanal, no modelo slow fashion, com matéria-prima menos nociva ao planeta.

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Nesse sentido, o curso de Moda da UNAMA - Universidade da Amazônia promove a exposição"Revestir", da estilista e designer Graça Arruda, criadora da grife Madame Floresta. Os trabalhos podem ser vistos a partir desta sexta-feira (18), no Espaço Multiuso da UNAMA Alcindo Cacela.

Mestra em Artes pelo PPGArtes da Universidade Federal do Pará (2014), especialista em Cultura de Moda pela Universidade Anhembi Morumbi, em São Paulo (2008), coordenadora do Amazônia Fashion Week e do curso de Moda da UNAMA, a professora Felícia Maia destaca a importância da sustentabilidade no universo da moda, como a proposta de reutilização de jeans usados para a confecção de roupas, acessórios, calçados almofadas e tapetes.

Da Redação do LeiaJá.

O litoral do Ceará voltou a ser invadido por manchas de óleo. Ao menos 33 praias cearenses registraram a chegada do material nesta semana, conforme informações divulgadas pela Secretaria do Meio Ambiente (Sema) do Estado. Além de praias de Fortaleza na região metropolitana, o óleo chegou a diversas regiões do litoral cearense, como Aracati, Fortim, Beberibe, Barra Nova e Paracuru.

Ainda não há informações precisas sobre o que causou o vazamento. O óleo tem uma aparência de graxa. Sabe-se que a Petrobras tem desativado campos de petróleo na região, mas não há como vincular o problema com essas operações. Há equipes do Ibama se deslocando para o local para limpar a região.

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O caso é investigado por equipes da Sema e do Ibama. A hipótese de que se trataria de resquícios da tragédia ocorrida em 2019, quando todo o litoral do país foi atingido por manchas de óleo, foi descartada.

Veja quais praias e municípios já têm registro de manchas de óleo no Ceará:

Litoral Leste

- Aracati: Cumbe, Canoa Quebrada, Majorlândia, Quixaba e Lagoa do Mato;

- Fortim: Praia Canoé e Praia do Forte;

- Beberibe: Praia do Parajuru e Prainha do Canto Verde;

- Cascavel: Barra Nova, Barra Velha, Águas Belas e Caponga

Fortaleza e Região Metropolitana

- Aquiraz: Porto das Dunas, Japão, Prainha, Marambaia, Praia Bela, Praia do Presídio, Praia do Iguape, Praia do Barro Preto e Praia do Batoque;

- Fortaleza: Praia da Abreulândia, Sabiaguaba, Praia do Futuro e Praia da Leste Oeste;

- Caucaia: Praia do Cumbuco;

- São Gonçalo do Amarante: Praia da Taiba, Pecém e Barramar.

Litoral Oeste

- Paracuru: Praia do Quebra Mar, Praia Pau Enfincado e Praia do Vapor.

Um estudo de cientistas da Universidade Estadual Paulista (Unesp), publicado na revista científica PLOS, demonstra que o avanço da destruição do Cerrado está diretamente ligado ao aumento do número de casos de dengue na região. O trabalho mostra que, se o ritmo do desmatamento continuar semelhante ao atual, em 2030 toda a área do Cerrado terá um aumento considerável dos casos da doença, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, de origem africana.

"O aumento dos casos de dengue está relacionado à redução da cobertura vegetal do Cerrado", afirma o engenheiro florestal Arlindo Ananias Pereira da Silva, da Unesp, principal autor do estudo. "Se não houver política pública específica e regionalizada, algumas regiões vão ter um impacto muito grande."

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O Estado de maior preocupação é Minas Gerais. Dos atuais 2,2 mil casos por 100 mil habitantes, estima-se que os registros da doença pulariam para 4 mil por 100 mil habitantes. Para impedir que a projeção se concretize, alertam os cientistas, o País terá de controlar o desmate e adotar políticas ambientais e de saúde pública.

Em 2020, houve em todo o mundo 2,7 milhões de casos de dengue. Desse total, 36,5% foram no Brasil. Mais da metade foi registrada no Cerrado. De 2008 a 2019, a dengue matou 6,4 mil pessoas em território brasileiro.

Desmate e monocultura

O avanço do Aedes aegypti em áreas tropicais é relacionado à urbanização, sobretudo em cidades sem infraestrutura de saneamento básico. A perda do hábitat e a redução de predadores naturais "empurra" o inseto para áreas urbanizadas, espalhando a dengue.

"Quando o mosquito está inserido em ambiente florestal, há meios de controle, com os predadores e também por conta da cobertura vegetal, o microclima", explica o pesquisador. "Com o desmatamento e a monocultura, você aumenta as temperaturas, amplia a oferta de alimento e reduz os predadores naturais; isso é tudo o que o mosquito quer para se reproduzir."

O Cerrado ocupava originalmente pouco mais de 20% do território brasileiro. Mas, desde o início dos anos 1970, sofre grande pressão do agronegócio, intensificada nos anos posteriores. Desde 2005, segundo o trabalho, a taxa de desmatamento vinha diminuindo. Mas em 2020 houve um aumento de 13,2% em comparação ao ano anterior. Atualmente, o bioma concentra a maior parte da produção agropecuária do País.

Depois da Mata Atlântica, o Cerrado é o bioma que mais sofreu alterações por causa da ocupação humana. É considerado um dos 25 ecossistemas do planeta em alto risco de extinção. Atualmente, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), restam aproximadamente 34% da área original do Cerrado. Cientistas mais pessimistas afirmam que, até 2030, o ecossistema pode estar totalmente destruído.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um helicóptero do Ibama usado para apoiar fiscalizações ambientais foi incendiado na madrugada desta segunda-feira (24) quando estava estacionado no Aeroclube de Manaus, no Amazonas. As informações preliminares dão conta de que ao menos dois homens entraram no local e atearam fogo na aeronave, que foi quase toda consumida pelas chamas.

Houve tentativa de incendiar um segundo helicóptero, o que acabou não ocorrendo, mas o equipamento foi parcialmente danificado. O fogo foi debelado pelo Corpo de Bombeiros, acionado na madrugada, logo após o ato criminoso.

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O Ibama e o Ministério do Meio Ambiente ainda não se pronunciaram a respeito. A Secretaria de Segurança Pública do Amazonas não se manifestou sobre o atentado.

Na Superintendência do Ibama no Amazonas, o clima é de indignação entre os servidores, devido à fragilidade da segurança no hangar. Não houve registro de violência contra os servidores do Ibama.

Uma das hipóteses consideradas é de que o ato criminoso possa ser um gesto de vingança decorrente das operações que o Ibama e a Polícia Federal realizaram em novembro do ano passado ao longo do Rio Madeira, no Estado do Amazonas, com a destruição de centenas de balsas de garimpo ilegal.

Uma das principais referências na defesa da Amazônia, o biólogo e ambientalista americano Thomas Lovejoy morreu neste sábado (25) aos 80 anos em Washington, nos Estados Unidos. Foi um dos pioneiros nos esforços modernos de conservação do meio ambiental e considerado o "padrinho" do conceito de biodiversidade.

Lovejoy serviu como conselheiro para uma ampla gama de organizações e líderes globais em questões ambientais, como o Banco Mundial, a Organização das Nações Unidas (ONU), e também dos ex-presidentes americanos de diferentes posições políticas, como Ronald Reagan, Bill Clinton e Barack Obama.

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Formado em Biologia pela Universidade de Yale, foi trabalhar na Amazônia pela primeira vez em 1965, nos arredores de Belém. "Era como se eu tivesse morrido e chegado ao paraíso", contou em entrevista à Revista Pesquisa Fapesp, há seis anos. O jovem se encantou pelo Brasil e pela floresta, onde decidiu fazer doutorado sobre o bioma. O tema do seu projeto era ecologia das aves.

Outro trabalho de destaque do pesquisador foi sobre os efeitos do desmate na diversidade de espécies vegetais e animais. Na década de 1980, Lovejoy cunhou a expressão "diversidade biológica", o que fez ele ser considerado um dos pais do conceito de biodiversidade.

Não retorno

Em 2018, ele publicou em parceria com o professor Carlos Nobre, do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (USP), artigo na revista Science Advances. O trabalho era um alerta para o fato de o desmatamento na floresta estar próximo de atingir um "ponto de não retorno".

Isso significa que a devastação do bioma levaria a Amazônia a um processo de savanização - iria perder suas características de floresta úmida e se transformaria em uma espécie de Cerrado. Dada a importância do local no equilíbrio climático planetário, a transformação teria consequências catastróficas para a Terra.

Em 2019, quando os focos de incêndio no Brasil batiam recorde, Lovejoy falou com o Estadão. Na ocasião, criticou o enfraquecimento da ação do governo na floresta. "A Amazônia não pode continuar absorvendo isso sem ultrapassar um ponto de inflexão em que a combinação de desmatamento extensivo, abuso de fogo e mudança climática prejudique o ciclo hidrológico. Com isso, o sul e o leste da região, além de parte da Amazônia central, podem se converter em savana, se não em caatinga", disse.

Estudo brasileiro publicado neste ano na revista Nature mostrou que existem partes da floresta que já emitem mais gás carbônico do que absorvem, um grave sinal de desequilíbrio do ecossistema.

Inspiração

Na opinião de Carlos Nobre, o colega "foi um dos mais importantes cientistas do mundo nos interligados tópicos de biodiversidade e conservação da natureza das últimas quatro décadas".

Lovejoy também ajudou a transformar a WWF (World Wildlife Fund) - que era então uma pequena ONG - em um gigante da conservação trabalhando em questões em escala global. Lovejoy ainda fundou a série de televisão pública Nature, que informou e inspirou inúmeras pessoas.

Para Maurício Voivodic, diretor executivo do WWF-Brasil, Lovejoy foi um brilhante e incansável defensor da natureza. "Era um cientista que percebia a necessidade de atuação política para a defesa da biodiversidade, sempre pensando em estratégias de conservação que incluíssem políticas públicas", disse ao Estadão.

"Contribuiu não apenas para o desenho de mecanismos de conservação do bioma, mas também apoiou intelectualmente organizações importantes da sociedade civil brasileira na Amazônia, como Ipam (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia) e Idesam (Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia)", acrescentou o diretor do WWF Brasil. "Sempre era uma presença inspiradora e otimista. Esperamos honrar o legado de Lovejoy, seguindo em sua luta pela defesa da Amazônia."

André Guimarães, diretor executivo do Ipam, também homenageou Lovejoy nas redes sociais. "Amigo querido, sempre com um sorriso e uma palavra otimista. Insubstituível. Saudades Tom", escreveu.

"Enxergou a importância da diversidade da vida para a Terra, e como a Amazônia precisa se manter íntegra para seguir gerando benefícios para todos. Com sua visão, influenciou várias gerações de cientistas e deixa um gigantesco legado", acrescentou, em depoimento enviado ao Estadão.

Nas redes sociais, o presidente colombiano, Iván Duque, disse que Lovejoy foi "um dos maiores biólogos conservacionistas do mundo e promotor de iniciativas para atuar diante da crise climática".

A causa da morte não foi divulgada, mas era sabido que ele se tratava de um câncer de pâncreas. Lovejoy deixa três filhas.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O deputado Túlio Gadêlha que, neste sábado (18), confirmou a troca do PDT pela Rede Sustentabilidade em evento no Marco Zero do Recife, admitiu que deixa o partido com algumas frustrações. Após construir carreira política em seus 14 anos filiado ao PDT, o parlamentar criticou a organização do partido em Pernambuco.

Gadêlha destacou que escolheu a Rede por ter o histórico de candidatos que são "pessoas reais e não pessoas que são de oligarquias familiares, que é o que a gente têm percebido, que ocupam as cadeiras no parlamento tanto estadual quanto federal".

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Impedido pelo ex-partido de disputar a Prefeitura do Recife com João Campos (PSB), filho do ex-governador Eduardo Campos, em entrevista ao LeiaJá, mesmo sem citar o atual gestor, ele considerou que "essa tradição é muito ruim para o aprofundamento do debate sobre as dificuldades do estado e as soluções para os problemas sociais que Pernambuco enfrenta".

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Descrença com o PDT

Sem falar com Ciro Gomes desde que teve a campanha majoritária à capital pernambucana reprovada pelo partido, Túlio admitiu frustrações com a ex-casa e criticou a gestão estadual.

"Saio de cabeça erguida do PDT, agradecendo o partido no que me ajudou a construir. Minha formação política eu devo ao PDT", reconheceu.

O deputado também explicou sobre a condição que interrompeu seu laço com a legenda. "Saio com algumas as frustrações porque a gente sempre busca democratizar as direções e os movimentos de base. Então, quando a gente percebe que tá tudo girando em torno de famílias, infelizmente o PDT de Pernambuco está em uma situação de comissão provisória há 27 anos, 20 com o pai e 7 com o filho. A direção estadual se quer fez uma reunião ao longo desses 7 anos, então não é esse partido que acredito", concluiu.

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