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Isolados em quarentena em um hotel e sem condições de competir, atletas holandesas manifestaram frustração nesta quarta-feira (28), denunciando o que descreveram como uma "prisão olímpica" e exigindo mais tempo ao ar livre.

Todos os atletas participantes dos Jogos Olímpicos passam por exames diários e, caso apresentem resultados positivos, devem ser isolados ou hospitalizados.

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A organização olímpica holandesa denunciou, na terça-feira (27), condições de isolamento "inaceitáveis" para seis membros de sua delegação em Tóquio confinados em "quartos muito pequenos", sem ventilação e luz do dia.

Em um vídeo postado no Instagram nesta quarta-feira, a skatista holandesa Candy Jacobs, de 31 anos, afirmou que continua apresentando resultado positivo oito dias após o início de sua quarentena.

"Ontem (terça) entramos em greve porque precisamos de ar de fora, de tudo (...) porque nada abre. As janelas estão fechadas, as portas nunca abrem. Isso não está correto bom", criticou.

Ela e seus cinco companheiros compatriotas que estão na mesma situação - entre eles o lutador de taekwondo Reshmie Oogink, um membro da equipe técnica de canoagem, o skiffer Finn Florijn e o tenista Jean-Julien Rojer - fizeram uma "greve" sem sair do hall do hotel.

Depois de 7 a 8 horas, eles acabaram com 15 minutos por dia de acesso a uma janela aberta, de acordo com Candy.

Confinados cada um em seu quarto, os holandeses só podem sair para buscar comida, que é "a mesma todos os dias", também reclamou Oogink.

A comida japonesa, com prestígio internacional e fama de ser saudável e variada, tem múltiplos atrativos para os atletas estrangeiros que visitam Tóquio para os Jogos Olímpicos (23 de julho a 8 de agosto), mas que também devem estar cientes de que não é aconselhável modificar seus hábitos alimentares antes de competir.

Um reconfortante oden (uma espécie de guisado japonês), um nutritivo prato de soba (massa de trigo sarraceno) ou por que não alguns frutos do mar em um yatai (barraca de rua)? As opções são múltiplas e variadas para transformar o Japão em um paraíso gourmet.

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Vaguear pelas ruas de Tóquio é algo que os atletas, que terão de ficar confinados à Vila Olímpica exceto para treinar ou competir, tiveram que tirar da cabeça. Mas a comida japonesa, entre outras especialidades, será servida no refeitório olímpico.

"O Washoku (cozinha tradicional japonesa, listada como patrimônio mundial da UNESCO) é reconhecido por ser saudável e oferecer um excelente equilíbrio nutricional", indica a professora Motoko Taguchi, diretora do instituto de nutrição esportiva da Universidade Waseda, em Tóquio.

"Graças à abundância de ingredientes e às formas de cozinhá-los, a comida tradicional oferece um bom equilíbrio rico em carboidratos, com pouca gordura, proteínas de alta qualidade e as vitaminas e minerais necessários. Os atletas devem, em princípio, comer pratos ricos em carboidratos e com pouca gordura antes da competição (...) a comida tradicional japonesa é para mim o melhor regime possível para um atleta", afirma.

- "Vou aproveitar" -

"Alimentos fermentados como natto (grãos de soja) ou missô (pasta fermentada) são saudáveis, mas têm um sabor particular. Os estrangeiros devem ter cuidado com eles", acrescenta Taguchi.

Um alerta unânime dos especialistas, que apontam que é melhor evitar mudanças muito abruptas ou importantes nos hábitos alimentares.

"A regra de ouro é nunca experimentar algo novo no dia de uma competição, você nunca sabe como o corpo vai reagir. Os atletas devem manter uma rotina e a digestão pode ser afetada", diz a nutricionista esportiva Eve Crepeau.

"Além da diferença de fuso horário e estresse, envolveria muitas mudanças, a aposta é muito importante. Estresse e ansiedade vão dificultar a digestão", afirma.

"Chegando ao local dez dias antes, o participante pode experimentar algumas coisas nos primeiros dias antes de voltar a uma dieta conhecida dois ou três dias antes de sua prova", afirma a canadense, que acompanha vários atletas classificados para os Jogos Olímpicos.

Alguns atletas estão ansiosos para experimentar a comida japonesa.

"O que tenho certeza é que vou pular em cima", diz o campeão mundial dos 800 metros em 2017, o francês Pierre-Ambroise Bosse, em resposta por telefone à AFP enquanto degustava um menu japonês em sua casa.

"Vou aproveitar, mas não todos os dias e não em grandes quantidades. Não vou experimentar algo que não conheço faltando dois dias (para competir), seria uma grande estupidez", pontua o atleta, que já conhece o Japão.

- Mel, manteiga de amêndoa e cafeteira -

Os atletas têm o hábito de se adaptar e normalmente aplicarão sua rotina para viagens longas.

"Quando vou para países onde sei que não poderei fazer todas as compras que quero, sempre carrego comigo coisas como manteiga de amêndoa e um pouco de mel para o café da manhã. Para essa refeição sou muito exigente, tenho minha pequena cafeteira, que também carrego comigo", detalha a surfista Johanne Defay.

Chefe da equipe francesa de canoagem, Jean-Pascal Crochet prepara sua viagem ao Japão em Komatsu, quinze dias antes do início de sua disciplina.

"Já testamos as refeições no nosso alojamento com o médico, você come muito bem: verduras à moda japonesa, frutas frescas... Já antecipamos os cardápios com o chef. É à base de arroz, que é muito bom para os atletas, inclusive os que fazem dieta sem glúten. Por isso, devemos comer comida japonesa, com algumas adaptações", explica.

Resta um caso um tanto extremo, o de um atleta que tem hábitos alimentares catastróficos em casa.

"Um atleta que se alimenta mal e se alimenta de comida japonesa pode ter um impacto positivo em seu desempenho", acredita Crepeau. Talvez uma oportunidade para os amantes de fast food darem uma chance ao Washoku.

As atletas com bebês em idade de amamentação serão autorizadas "quando necessário" a levar os filhos para os Jogos Olímpicos de Tóquio, anunciou o comitê organizador depois se ser criticados por suas regras rígidas sobre a presença das famílias dos participantes no evento.

As famílias dos atletas que disputarão os Jogos Olímpicos (23 de julho-8 agosto) não têm o direito de comparecer ao evento devido às regras sanitárias adotadas contra a pandemia, que resultaram em uma drástica redução do número de pessoas autorizadas a entrar no Japão.

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Mas o comitê organizador abriu uma exceção para as crianças em idade de amamentação "depois de examinar cuidadosamente esta situação única".

Os bebês, no entanto, não serão autorizados a permanecer na Vila Olímpica e devem ser hospedados em estabelecimentos privados, como hotéis.

"O fato de que tantas atletas com filhos pequenos possam seguir competindo no mais alto nível é uma fonte de inspiração", afirmou o comitê Tóquio-2020 em um comunicado publicado na quarta-feira.

Os organizadores indicaram que estavam "determinados a fazer todo o possível para permitir a sua participação nos Jogos".

A estrela americana do futebol Alex Morgan, que tem uma filha de um ano, afirmou que a medida não é suficiente.

A bicampeã mundial e medalhista de ouro em Londres-2012 tuitou: "Ainda não tenho certeza do que significa 'quando necessário'. Isto é decidido pela mãe ou pelo COI? Nós somos mães olímpicas dizendo a vocês, é NECESSÁRIO. Não fui consultada sobre a possibilidade de levar minha filha para o Japão e partiremos em sete dias".

Várias atletas reclamaram sobre as regras nas redes sociais. A jogadora de basquete canadense Kim Gaucher disse que sentia que estava sendo forçada a decidir entre ser uma mãe que amamenta ou uma atleta olímpica".

Mas a canadense elogiou a decisão dos organizadores. "Acordei com uma grande notícia esta manhã: Sophie pode viajar a Tóquio. Muito aliviada por não ter que tomar esta decisão”, afirmou em um vídeo no Instagram.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, elogiou a "coragem" de duas personalidades do esporte americano, que tornaram pública sua sexualidade: uma, anunciando sua homossexualidade, e outra, sua identidade trans.

"Para Carl Nassib e Kumi Yokoyama - dois importantes, inspiradores atletas que 'saíram do armário' esta semana: estou orgulhoso de sua coragem", tuitou Biden na terça-feira (21).

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"Graças a vocês, inúmeras crianças de todo mundo se veem de maneira diferente hoje em dia", acrescentou.

O jogador do Las Vegas Raiders Carl Nassib tornou-se, na segunda-feira (21), o primeiro integrante na ativa de uma equipe da Liga Profissional de Futebol Americano (NFL) a anunciar publicamente que é gay.

Vários jogadores fizeram o mesmo, mas depois de se aposentarem do esporte, o mais popular nos Estados Unidos.

A japonesa Kumi Yokoyama, estrela do futebol feminino e que joga no Washington Spirit, anunciou no fim de semana, também pela primeira vez, que é transgênero.

"Morar nos Estados Unidos torna mais fácil ser aberta sobre sexualidade e gênero", disse Kumi Yokoyama.

O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, afirmou nesta quarta-feira (19) que pelo menos 75% dos atletas que disputarão os Jogos Olímpicos de Tóquio, no Japão, já foram vacinados contra o novo coronavírus.

O alemão ainda declarou que o restante dos esportistas deverá receber o imunizante antes do início das Olimpíadas, programado para o dia 23 de julho.

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Na reunião online com os organizadores do megaevento esportivo, Bach afirmou que pretende fornecer mais médicos para os Jogos, já que muitos japoneses temem que as Olimpíadas coloquem mais pressão sobre o sistema de saúde do país asiático. O alemão, no entanto, não deu detalhes sobre quantas pessoas poderão estar envolvidas.

Seiko Hashimoto, presidente do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos, informou que a vacinação dos atletas "é de grande ajuda para garantir a seguranças dos Jogos".

O Japão passa por uma nova onda de infecções e as autoridades estão sendo fortemente criticadas pelo ritmo lento da campanha nacional de vacinação. No entanto, os organizadores das Olimpíadas afirmam que medidas rígidas, como controles regulares e a proibição de torcedores estrangeiros, vão garantir a segurança do evento.

Da Ansa

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, confirmou nesta terça-feira que o Brasil vacinará contra a covid-19 atletas, membros das comissões técnicas, dirigentes e credenciados que vão representar o Brasil nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio, no Japão. O programa foi aprovado pelo Plano Nacional de Imunização (PNI).

O imunizante será doado pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), que havia anunciado em março que receberia doações da China para aplicar em todos os atletas que disputarão os Jogos de Tóquio. E as doses serão fornecidas pelos laboratórios Pfizer e Sinovac. Pelo acordo divulgado anteriormente, o COI vai fornecer vacina para dois brasileiros não atletas a cada esportista vacinado.

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Como a previsão é de que a delegação brasileira conte com 1.800 integrantes que viajarão para a capital japonesa, cerca de 7 mil doses adicionais serão doadas ao SUS pelo COI, o que beneficiaria aproximadamente 3.600 pessoas. Desde o início da aplicação dos imunizantes no Brasil, o Comitê Olímpico do Brasil (COB) afirma que não iria "furar a fila" da vacinação.

"O COB sempre se posicionou a favor de seguir o Plano Nacional de Imunização. Além disso, só abrimos conversas sobre a possibilidade de imunizar a delegação quando confirmamos que, para cada atleta ou oficial vacinado, o país receberá mais duas doses para imunizar a população brasileira. Esta é uma grande contribuição do Movimento Olímpico neste momento tão difícil que o mundo enfrenta", disse Marco Antônio La Porta, vice-presidente do COB e chefe de Missão do comitê nos Jogos Olímpicos. "Mesmo sem a obrigatoriedade da vacina para a participação nos Jogos, não há dúvidas de que nos sentiremos mais seguros para representar o Brasil nos Jogos Olímpicos."

O ministro da Saúde confirmou ainda que foram doadas 4.050 vacinas da Pfizer e 8.000 da Sinovac. De acordo com Queiroga, a vacinação dos atletas já começará nesta semana, em Fortaleza, Rio de Janeiro e São Paulo. Belo Horizonte ainda não definiu a data do início, enquanto Porto Alegre e Brasília vão começar no dia 17.

O prazo-limite para a aplicação da segunda dose a todos os integrantes dos Jogos Tóquio 2020 é 21 de junho, a 15 dias do primeiro embarque para o Japão e a 33 da abertura dos Jogos Olímpicos.

Nesta quinta-feira (6), os laboratórios Pfizer e BioNTech oficializaram o acordo com o Comitê Olímpico Internacional (COI) para que sejam fornecidos imunizantes aos atletas e representantes das delegações que participarão da Olimpíada e Paralimpíada Tóquio 2020. A entrega da vacina será no fim deste mês, para que todos os competidores, técnicos e funcionários já estejam vacinados até o início das competições, em julho.

O acordo foi anunciado por meio de um comunicado oficial em que o diretor executivo da Pfizer, Albert Bourla, afirma que o retorno da competição representa um momento de união e paz, depois de um ano repleto de isolamento e devastação. "Nós estamos orgulhosos em sermos os responsáveis por fornecer as vacinas aos atletas e delegações nacionais olímpicas", escreveu.

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O ex-campeão olímpico alemão de esgrima, Thomas Bach, hoje Presidente do COI, também se pronunciou após o anúncio do acordo. Ele informou que o novo plano de vacinação é um dos meios que farão a Olimpíada ser um evento seguro para todos os participantes. A medida também serve como uma mensagem de solidariedade, de que a vacina é mais do que um cuidado pessoal, é uma forma de bem-estar com as pessoas do convívio de cada um.

De acordo com o site Our World In Data, que coleta dados e pesquisas sobre doenças, mudanças climáticas e problemas que afetam o planeta, o Japão já aplicou a primeira dose em 2,7 milhões de pessoas, o que equivale a 2,2% da população japonesa. Quando se trata de pessoas que já receberam a segunda dose, e estão completamente imunizadas, o número é de 1,1 milhão, o equivalente a 0,8% dos japoneses espalhados pelas 47 províncias do país.

Duas mudanças estão nos novos protocolos de segurança para os atletas que participarão dos Jogos Olímpicos deste ano, no Japão. Segundo informações da Associated Press, os competidores serão submetidos a testes diários de Covid-19 e o isolamento será por meio de bolhas sociais, semelhante ao que foi feito com os jogadores da NBA, em julho de 2020.

A Olimpíada começa em 23 de julho, e os atletas precisam conciliar o preparo físico com os protocolos de segurança contra o coronavírus. Por conta disso, o novo documento orienta medidas que permitem otimizar os próximos três meses até o início do evento. Nas orientações anteriores, estava previsto que cada atleta deveria cumprir quarentena de 14 dias antes de embarcar ao Japão. Agora, à medida em que os atletas desembarcarem em solo japonês, eles serão direcionados às áreas que apenas os competidores estarão presentes.

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Em fevereiro, o primeiro documento de protocolos orientava que seria feito um primeiro teste de Covid-19 72 horas antes do embarque do atleta. O segundo, logo após a chegada no Japão. Depois, pelo menos um teste a cada quatro dias. Já o novo regulamento, deve prever que sejam feitos dois testes, 96 horas antes do embarque, outro após o desembarque e, assim que o competidor estiver em solo japonês, serão realizados testes todos os dias.

Uma pesquisa publicada no The Japan Times revela que 72% da população do Japão, é contra a realização da Olimpíada. Entre os motivos apontados na pesquisa, o maior fator envolvido na opinião pública é o aumento dos casos de Covid-19. Os índices indicam uma tendência de alta em abril e uma possível quarta onda da pandemia. Ao todo, mais de 572 mil casos de infectados já foram registrados, e aproximadamente 10 mil pessoas já morreram em território japonês.

O impacto da pandemia do novo coronavírus (covid-19), dentro e fora de campo, foram pauta na entrevista coletiva da meia-atacante Andressa Alves e da zagueira Rafaelle, da seleção brasileira de futebol feminino. Nesta quinta-feira (8), as atletas se manifestaram contrárias a uma eventual prioridade a atletas na vacinação contra o vírus antes da Olimpíada de Tóquio (Japão), possibilidade discutida em alguns países e que, no início do ano, chegou a ser debatida pelo Comitê Olímpico Internacional (COI).

"No meu ponto de vista, como ser humano, os atletas têm que ser os últimos a serem vacinados. Há pessoas que precisam mais que a gente neste momento. Há outras maneiras de se preparar e chegar em Tóquio com segurança. Chegar ao menos 15, 20 dias antes [dos Jogos], fazer os exames que a gente faz no cotidiano", defendeu Andressa, por videoconferência, na Granja Comary, em Teresópolis (RJ), onde está reunida com a seleção.

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"Acho que a maioria das atletas gostaria de tomar a vacina, para ter essa segurança, mas é uma coisa que, hoje, tem que ser dada prioridade para quem precisa mais e corre mais risco. Concordo com a Andressa. Não é por sermos atletas que devemos ter privilégio. Tem que pensar mais na população em geral. A gente vai se cuidar. Há várias maneiras para chegarmos lá [em Tóquio] bem", completou Rafaelle, também por videoconferência.

Por conta da pandemia, a seleção feminina está reunida apenas para treinamentos até o próximo dia 13, apesar deste ser o período liberado pela Federação Internacional de Futebol (Fifa) para jogos entre equipes nacionais, a chamada data Fifa. As restrições sanitárias para entrada na Europa impediram que o Brasil disputasse os amistosos previstos. O jeito, então, foi aproveitar a data para que a técnica Pia Sundhage pudesse observar jogadoras que pretende levar à Tóquio e para a sequência do trabalho.

Pia convocou uma seleção predominantemente formada por atletas que jogam no futebol nacional (24 entre 26) As exceções são justamente Andressa Alves (Roma, da Itália) e Rafaelle (Changchun, da China). A zagueira, porém, já estava por aqui, devido à impossibilidade de brasileiros entrarem em território chinês no atual momento. A defensora tem mantido a forma utilizando a estrutura do Bahia.

"Meu clube sempre se mostrou aberto a tentar minha volta à China, mas o embarque está proibido e tem dificultado. Mas estar aqui tem me ajudado com a seleção. Estar no Brasil é bom, ficar perto da família. Mesmo não podendo voltar para a China, estou sempre em contato com o meu clube. Já tentei conversar com eles, de pensar em um empréstimo, pois vai começar o Campeonato Brasileiro e posso ganhar ritmo de jogo. Mas é uma coisa que não depende só de mim. Nas próximas semanas, deve definir alguma coisa", disse Rafaelle.

Presente na delegação que está reunida na Granja, a atacante Bia Zaneratto é outra vinculada a um clube chinês (Wuhan Xinjiyuan). Também sem poder retornar ao país asiático, ela está emprestada ao Palmeiras e disputará o Brasileirão, com início previsto para o próximo dia 17.

Andressa, por sua vez, é a única que veio diretamente do exterior para integrar o grupo em Teresópolis. A logística da viagem foi preparada pela Roma, após o contato da coordenadora de seleções da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Duda Luizelli. A meia-atacante se apresentou na última terça (6), um dia após o restante das jogadoras.

"Era para ter chegado antes, mas, infelizmente, houve um teste positivo [para covid-19] no estafe técnico [da Roma]. Pelas normas da Itália, se há um caso positivo, você tem de ficar em quarentena por dez dias, treinando, e fazer o exame da covid-19 a cada um dia. Quando terminaram os dez dias, consegui viajar. Fiz o exame quando cheguei aqui, fiquei isolada das meninas e, no dia seguinte, pude começar a treinar com elas", contou Andressa.

Tanto Rafaelle quanto Andressa são cotadas para representar o Brasil em Tóquio. Apenas 18 jogadoras podem ser convocadas para a competição em solo japonês. As duas estiveram no She Believes, torneio amistoso disputado nos Estados Unidos em fevereiro, onde a seleção brasileira enfrentou as anfitriãs (que foram as campeãs), o Canadá e a Argentina.

Para alguns astros, um possível cancelamento dos Jogos de Tóquio poderia significar o fim da jornada olímpica, já que em Paris-2014 eles estariam com idade avançada. O tenista Roger Federer, por exemplo, fará 40 anos em agosto. O mesmo vale para a também tenista Serena Williams, que fez 40 anos em setembro de 2020.

A americana Allyson Felix é a única mulher do atletismo a ter conquistado seis medalhas de ouro. Ela tem 35 anos e dificilmente conseguiria ampliar sua coleção de medalhas em 2024. Também no atletismo, o velocista Justin Gatlin planeja se aposentar depois de competir nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Ele completa 39 anos no dia 10 de fevereiro e, se o evento do Japão não for realizado, não chegará em Paris. O polêmico Gatlin foi campeão olímpico em 2004 e já foi suspenso duas vezes por doping.

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Quem também pode dar adeus à Olimpíada é o golfista americano Tiger Woods. Ele tem 45 anos e vem lutando contra uma lesão persistente nas costas. Um possível cancelamento dos Jogos de Tóquio tornaria praticamente impossível que Woods tivesse condições de disputar a Olimpíada de 2024, em Paris. No basquete, Pau Gasol, prata com a seleção espanhola em Pequim-2008 e Londres-2012 e bronze no Rio-2016, tem 40 anos e se aposentaria antes de Paris-2024.

Uma das grandes esperanças de medalha para o Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio, o velejador Robert Scheidt tem 47 anos. A classificação para sua sétima Olimpíada significou uma recorde nacional, já que nenhum atleta do Brasil competiu em tantas edições. O problema é que em 2024 ele terá 51 anos e possivelmente já estará aposentado.

No futebol, as seleções têm de levar atletas da categoria sub-23 para disputar a Olimpíada, com exceção de apenas três jogadores. Em caso de cancelamento dos Jogos de Tóquio, toda uma geração de atletas perderia a oportunidade de participar do evento.

Por isso, até mesmo líderes do movimento que defendeu o adiamento dos Jogos no ano passado agora são favoráveis à realização da Olimpíada em 2021, até com portões fechados, se for necessário. Entre eles, está a ginasta americana Simone Biles.

O calendário esportivo também sofreria forte impacto porque muitas federações esportivas nacionais e internacionais estariam em grave situação financeira dependendo do dinheiro que recebem do COI por causa da Olimpíada.

 A Universidade Guarulhos (UNG) está com inscrições abertas para bolsa-atleta. Os selecionados terão direito a descontos de até 70% nas mensalidades durante todo o curso, seja na graduação ou na pós-graduação. As inscrições se encerram no próximo dia 15, e deverão ser feitas por meio do link https://bit.ly/3oLvadJ.

As modalidades que estão com seletivas abertas são handebol, voleibol, basquete, judô, boxe, jiu-jitsu, karatê, taekwondo, tênis de mesa, tênis, xadrez, futsal e atletismo, para times feminino e masculino. Para aprovar um atleta, a comissão de esportes da UNG avaliará o histórico esportivo do candidato. Além da bolsa de estudo, a instituição também oferece espaços de treinamentos próprios, em parceria com a Secretaria Municipal de Esportes de Guarulhos.

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Os inscritos que forem selecionados receberão um email com a confirmação. Atualmente, a UNG é um celeiro de craques e conquistas esportivas. Nos últimos anos, o destaque ficou para o aluno e atleta da seleção brasileira de atletismo Alexsandro Nascimento de Melo, conhecido como o Bolt brasileiro, que estará na disputa das Olímpiadas de Tóquio, que ocorre neste ano.

Além dele, há mais cinco alunos-atletas da UNG em seleções de base e profissionais, nas modalidades handebol, vôlei e basquete. Dentre as conquistas, destaques para o bi Campeonato Paulista Universitário pela equipe de handebol masculino, Campeonato Paulista Universitário, no voleibol e no handebol masculino.

"A nossa principal função é formar atletas de alto rendimento para que ele possa evoluir nos esportes. Além disso, oferecemos a bolsa de estudos para que ele tenha opções de carreiras e possa evoluir também intelectualmente", pontua a coordenadora de Esportes da UNG, Lucila Francisco.

*da Assessoria de Imprensa

Os atletas brasileiros vão precisar encarar uma quarentena de 12 dias no Japão para a disputa dos Jogos Olímpicos de Tóquio, adiados de 2020 para este ano. De acordo com o Comitê Olímpico do Brasil (COB), esta é a previsão de tempo para que os brasileiros possam se adequar aos protocolos do governo japonês.

Este isolamento, contudo, não deve ser absoluto, como acontece no momento na polêmica quarentena promovida pelo Aberto da Austrália, em Melbourne. O COB pretende colocar um atleta por quarto em solo japonês, mas admite que alguns esportistas terão que compartilhar o local, embora com "distanciamento".

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"Sempre que possível o atleta terá o quarto individualizado. Quando não for possível, nós teremos uma distância de 1,5 metro entre as duas camas e, no máximo, dois atletas por quarto. É importante dizer que todo o protocolo do governo japonês será cumprido durante todo o processo de aclimatação dos nossos atletas em Tóquio", afirma o diretor-geral do COB, Rogério Sampaio.

Pela primeira vez, o dirigente falou sobre o período de isolamento dos atletas ao desembarcarem no Japão. E disse que os brasileiros chegarão aproximadamente 12 dias antes de iniciarem suas participações na Olimpíada. A estimativa do COB é de que o País será representado por entre 270 e 300 atletas.

"Tudo aquilo que for exigido pelo governo japonês, para a entrada no país e para a participação nos Jogos Olímpicos, o Time Brasil irá cumprir. Hoje nós estamos cumprindo todos os protocolos exigidos pelo Comitê Organizador e pelo governo japonês. A chegada 12 dias antes nos Jogos é o suficiente para cumprir todos estes protocolos e ao mesmo tempo fazer a aclimatação dos nossos atletas", comentou.

Entre outros cuidados gerados pela pandemia, Sampaio revelou que os atletas vão receber seus uniformes diretamente nos quartos de hotel, evitando o deslocamento para a retirada em outros pontos da cidade, o que geraria maior risco de contaminação pelo novo coronavírus. "É um enxoval com quase 100 peças."

A alimentação na Olimpíada, marcada para acontecer entre 23 de julho e 8 de agosto, também será especial. "O COB já prepara este período de aclimatação em Tóquio desde 2013. Teremos comida brasileira. Inclusive, todos os cozinheiros já passaram por um treinamento."

Sampaio disse ainda que o Comitê contará com testes especiais para a covid-19, a partir de uma parceria da entidade com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). "Estamos finalizando um acordo com a Fiocruz, que está desenvolvendo um teste muito rápido para os nossos atletas. E todos serão muito testados neste período de aclimatação, assim como todos os dirigentes, equipes técnicas e também todos aqueles profissionais que trabalharão dentro das nossas instalações na aclimatação", afirmou o diretor-geral, que evitou projetar o número de testes a serem realizados antes e durante a Olimpíada.

Foto: BEHROUZ MEHRI/AFP

Há pouco menos de 200 dias da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Tóquio, programados para acontecer entre os meses de julho e agosto de 2021, o Brasil tem 180 atletas qualificados para a disputa do ouro na capital do Japão. Em dezembro do ano passado, o atletismo foi a última modalidade a somar integrantes à delegação brasileira, que vai atravessar o mundo para participar do evento cancelado no ano passado, devido à pandemia de coronavírus.

Além da vaga assegurada para as categorias femininas e masculinas de esportes coletivos, como handebol, futebol, rúgbi, vôlei e vôlei de praia, os atletas das modalidades individuais também representarão o Brasil na Tóquio-2021. Esportistas como Ana Marcela Cunha (maratona aquática – 10km), Ana Sátila (canoagem slalom), Flávia Saraiva (ginástica artística), Maria Ieda Guimarães (pentatlo moderno), Nathalie Moellhausen (esgrima), Felipe dos Santos (decatlo), Hugo Calderano (tênis de mesa), Ítalo Ferreira (surfe), João Menezes (tênis) e Paulo André (atletismo) vão em busca da tão sonhada medalha olímpica. Na delegação brasileira também há espaço para quem já subiu no pódio e ostenta o ouro olímpico, como Arthur Zanetti (ginástica artística), Isaquias Queiroz (canoagem), Thiago Braz (atletismo), além do medalhista de prata Marcus D’Almeida (tiro com arco).

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As seletivas pré-olímpicas, canceladas no ano de 2020, ainda ocorrem durante os meses que antecedem os Jogos de Tóquio. Ainda há chances para atletas brasileiros em modalidades como atletismo, judô, polo aquático, nado artístico, hipismo, natação e ginástica rítmica. De acordo com o Comitê Olímpico do Brasil, o país deve ter cerca de 250 atletas classificados para as Olimpíadas. O número representa pouco mais da metade dos esportistas que representaram a bandeira brasileira na última edição da disputa, realizada no Rio de Janeiro.

A atleta Francielle Jamily Gregório Santos, 18 anos, conquistou o bronze na categoria Elite no 18º Campeonato Brasileiro de Boxe Feminino, realizado no início do mês de dezembro em São Paulo. Na última semana, ela foi convocada para a Seleção Brasileira de Boxe Olímpico a partir de primeiro semestre de 2021.

“Estou muito feliz por ter conseguido chegar até aqui e ter dado o meu melhor nessa luta, que foi difícil para minha carreira, mas também é a luta que vai me trazer mais experiência. O foco agora é não parar. Vamos continuar trabalhando firme e forte”, declara a atleta.

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Francielle, da academia Ozzy Boxe, começou a treinar aos 13 anos. Desde então, soma 33 lutas e 32 vitórias, incluindo três títulos de campeã paraense por meio do qual teve a oportunidade de participar das seletivas para o nacional e foi classificada em 2018 e 2019, sendo que ano passado levou medalha de ouro na categoria Juvenil do 17º Campeonato Brasileiro de Boxe Olímpico.

Francielle trabalha na Guamá Tratamento de Resíduos, onde começou como Jovem Aprendiz. A empresa incentiva a evolução da jovem no esporte, apoiando sua participação no campeonato brasileiro. “Só tenho a agradecer ao Instituto Solví e à Guamá Tratamento de Resíduos, que, ao longo dos últimos três anos vem nos ajudando de todas as formas, tanto em passagem quanto em materiais de treino, roupas de treino de luta”, comenta.

A partir de janeiro de 2021, Francielle embarca para São Paulo para viver o sonho de defender a Seleção Brasileira de Boxe Olímpico junto ao também boxeador de Marituba Michel Douglas, conhecido como Carneiro, que foi selecionado pelo desempenho no 75º Campeonato Brasileiro de Boxe Masculino, realizado também em dezembro em São Paulo.

O jovem atleta treina na Associação Dago Fight, com o treinador Roberto Antônio Mafra, o Dago. Também tem apoio da Guamá Tratamento de Resíduos.

Da agência Temple

Diego Maradona era idolatrado pelos amantes do futebol ao redor do mundo e sua morte pegou fãs e jogadores de surpresa nesta quarta-feira (25). As redes sociais foram tomadas por homenagens ao craque, que deixa um legado de conquistas após encantar o mundo com seu instinto aguerrido e inteligência em campo.

Clubes, ex-companheiros, admiradores e atletas de todo o mundo prestaram a última homenagem ao eterno camisa 10 argentino. Acompanhe:

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Considerado um dos principais nomes da história do esporte, Maradona liderou a Argentina na conquista do segundo título mundial e é o único jogador que deu nome a um gol, quando marcou no controverso lance que ficou reconhecido mundialmente como La Mano de Dios.

A Fifa anunciou nesta quinta-feira (19) que vai proteger melhor as jogadoras grávidas e impor aos seus 211 países-membros uma licença-maternidade de "pelo menos 14 semanas", a partir do próximo ano, bem como a proibição de demiti-las.

"Queremos ver mais mulheres jogando futebol e, ao mesmo tempo, terem uma família", disse Sarai Bareman, chefe do futebol feminino da Fifa, a vários jornalistas após uma reunião do comitê.

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A Fifa explicou que vai propor em seu conselho de dezembro uma série de medidas que serão aplicadas imediatamente em suas 211 federações, que no momento oferecem um quadro desigual de acordo com as leis e práticas locais.

A entidade com sede em Zurique não sabia dos "graves problemas" até agora, segundo seu diretor jurídico Emilio García, mas quer "antecipá-los" no momento em que o futebol feminino acelera sua profissionalização.

Os clubes que jogam internacionalmente, portanto sob a jurisdição da Fifa, devem propor uma licença-maternidade de "pelo menos 14 semanas, das quais oito serão após o nascimento", remuneradas "em pelo menos dois terços de seu salário contratual".

Durante este período, os clubes poderão contratar uma jogador para substituir a grávida, ainda que fora do período de transferência, com possibilidade de integração a longo prazo, se ambas as partes concordarem.

É proibido "questionar a validade dos seus contratos pelo fato de as jogadoras engravidarem". Em caso de demissão por este motivo, o clube será sancionado econômica e esportivamente.

Após a licença-maternidade, os clubes deverão "reintegrar as jogadoras e lhes fornecer suporte médico e físico adequado", disse García.

A jogadora poderá "amamentar, ou tirar o leite", em "locais adaptados" pelo seu clube.

Jogadoras profissionais que continuam suas carreiras após a gravidez não costumam ter o mesmo sucesso, com exceção de estrelas americanas como Amy Rodríguez, Sydney Leroux ou a artilheira Alex Morgan, que busca participar dos Jogos de Tóquio em 2021 após o parto de uma menina em maio.

A Fifa quer viabilizar a possibilidade de ter filhos em um momento crucial do futebol feminino, quando ganhou intensidade física e profissionalismo, após o boom planetário que foi a Copa do Mundo da França 2019.

"Tive de recuperar minha saúde de A a Z. Meus músculos derreteram literalmente e ganhei 15 quilos", reconheceu a bicampeã olímpica Amy Rodríguez, mãe de dois filhos, no site da Fifa.

A atacante do Utah Royals, protegida por seu contrato, está entre as poucas jogadoras que conseguiram igualar seu nível.

O desenvolvimento do esporte feminino de alto nível e as aspirações por igualdade profissional estão levando as autoridades a abordarem a questão, como fez a União Ciclista Internacional (UCI) em 2019.

Essa instituição estabeleceu um seguro-maternidade para a prova de rota a contar a partir de 2020, além de um salário mínimo que será igual a partir de 2023 ao das equipes masculinas.

A questão dos patrocinadores permanece. Em maio de 2019, a rainha da velocidade Allyson Felix criticou duramente a redução de seus prêmios imposta pela Nike durante a gravidez, em um artigo de opinião publicado no jornal "The New York Times", o que levou a marca a mudar seus critérios.

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O município de Marituba, na Região Metropolitana de Belém, terá dois atletas em campeonatos brasileiros de boxe, na categoria Elite, em São Paulo, no próximo mês de dezembro. Francielle Jamily Gregório Santos, 18 anos, vai disputar o 18º Campeonato Brasileiro de Boxe Feminino, e Michel Douglas Trindade Carneiro, 20 anos, o 75º Campeonato Brasileiro de Boxe Masculino.

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Francielle, da academia Ozzy Boxe, começou a treinar aos 13 anos. Desde então, soma 33 lutas e 32 vitórias, incluindo três títulos de campeã paraense por meio do qual teve a oportunidade de participar das seletivas para o nacional e foi classificada em 2018 e 2019, sendo que ano passado levou medalha de ouro na categoria Juvenil do 17º Campeonato Brasileiro de Boxe Olímpico.

A jovem atleta, classificada para o Brasileiro deste ano na categoria Elite, comenta que aumentou o nível dos treinos. “A minha expectativa para esse ano é a mesma que sonha todo o atleta que chega lá: o lugar mais alto do pódio e o tão sonhado ouro. Mesmo sabendo que esse ano vou estar subindo de categoria e as lutas serão mais difíceis, eu vou continuar treinando bastante, para dar o meu melhor e trazer bons resultados”, comenta.

A Associação Dago Fight, que fica no bairro Santa Clara, em Marituba, é um espaço de revelação de talentos do boxe como Michel Douglas da Silva Trindade, conhecido no boxe como Carneiro, que está se preparando para o Brasileiro nesta associação. Carneiro treina boxe há seis anos na Dago Fight, alternando com outras academias do Pará. Foi três vezes campeão paraense de boxe olímpico e já participou de quatro edições do campeonato brasileiro. “Este ano estou mais confiante em uma vitória por causa das experiências que já tive nestes campeonatos e porque estou treinando com maior suporte, de manhã e à noite, na Dago Fight”, comenta Michel Douglas.

Os atletas têm apoio da empresa Guamá Tratamento de Resíduos, por meio do suporte de equipamentos esportivos e custeio de passagens para a participação de atletas selecionadosO treinador da Associação Dago Fight, Roberto Antônio Mafra, o Dago, lembra que a Guamá apoia, desde 2018, a associação  para o Campeonato Brasileiro de Boxe Olímpico. “Esperamos fazer uma boa luta em São Paulo e trazer essa vitória para o bairro Santa Clara, em Marituba, e o Pará”, avalia o treinador Dago.

O incentivo ao esporte é uma das frentes socioambientais de trabalho da Guamá em Marituba. “A empresa também desenvolve ações de voluntariado, projetos nas áreas de arte-educação voltada para sustentabilidade e alfabetização”, relata Ana Rita Lopes, representante de Responsabilidade Social da empresa.

Da assessoria dos atletas.

 

A partida entre Bragantino-PA e Rio Branco-AC marcada para este domingo (18) foi adiada para amanhã (19), às 15h, no Estádio Olímpico São Benedito, o Diogão, na cidade de Bragança (PA). O jogo válido pela sétima rodada Grupo 1 da Série D do Campeonato Brasileiro seria hoje, mas 17 jogadores do Estrelão acreano estão sob suspeita de intoxicação alimentar. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) ainda não confirmou oficialmente o cancelamento, mas os dirigentes dos clubes já teriam se comunicado com a entidade e optado por esta decisão. Pelas redes sociais, o Rio Branco já confirmou o aceite da CBF.

Logo após o jantar, neste último sábado (18), atletas e comissão técnica do Rio Branco começaram a sentir uma indisposição estomacal. A situação forçou a comissão técnica do clube a levá-los para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), da cidade de Bragança, município do interior paraense. PeloTwitter, o Estrelão divulgou boletim médico, informando que apenas quatro pessoas da delegação não sofreram qualquer mal-estar, justamente os que estavam sem fome e não participaram da refeição noturna.

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Confira abaixo o último informe do clube no Facebook:

Delegação está em hotel e segue apresentando sintomas. Casos mais agravantes são do goleiro Bruno, os zagueiros Wallinson e Paulinho e do meia Guilherme Campana. Nenhum membro da delegação fez qualquer alimentação desde a noite de ontem.

Somente 4 membros não foram acometidos: os atacantes Cassiano e Vandinho, o treinador interino Walter Clay e o ídolo Chicão, que acompanhou a delegação em viagem. Os 4 decidiram não jantaram na noite de ontem.

Um B.O foi realizado para relatar o ocorrido, sem acusações a nenhuma parte. Informamos que não é verdade que acusamos ou entramos com B.O contra o Hotel Íbis de Belém. Fomks hospedados em Belém na noite de sexta-feira, enquanto a situação aconteceu na madrugada de sábado para domigo, após uma refeição em um restaurante pré-determinado na logística da viagem na cidade de Bragança. Não foi o mesmo da imagem que publicamos na sexta.

Ao todo, 11 atestados já foram protocolados à CBF pedindo a suspensão da partida, além do prontuário e receitas de todos os 20 acometidos. Delegação deveria se deslocar ao Estádio Diogão neste momento, mas estará se encaminhando à UPA novamente. Clube pede a suspensão do jogo.

A paralisação da NBA e de outras ligas nos Estados Unidos por alguns dias em apoio aos protestos contra o racismo e a brutalidade da polícia, que baleou Jacob Blake, um homem negro, com sete disparos, em Kenosha, Wisconsin, reacendeu a discussão sobre a importância do posicionamento dos jogadores brasileiros diante da discriminação racial.

No Brasil, apesar da proliferação de casos de violência contra negros (pretos e pardos são 75% dos mortos pela polícia, segundo relatório da Rede de Observatórios da Segurança), o cenário é diferente, e são poucos os atletas que se manifestam contra a discriminação racial.

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Segundo especialistas ouvidos pelo Estadão, os atletas não são os únicos responsáveis pela omissão diante da pauta antirracista. A questão é complexa e o problema é estrutural, de modo que há fatores que desencorajam o atleta a se posicionar.

"Não depende só deles. É preciso que as entidades, clubes e federações incentivem essas manifestações porque o que estamos vendo nos EUA, além de ser algo coletivo, é também algo apoiado por essas instituições", diz Marcelo Carvalho, fundador e diretor do Observatório da Discriminação Racial no Futebol, que mapeia casos de racismo no País e exterior.

O relatório mais recente, ainda não lançado, aponta que houve 65 denúncias no futebol brasileiro em 2019 - 13 a mais do que em 2018. A entidade ainda monitora outros preconceitos como xenofobia e homofobia.

Outro fator que desmotiva o jogador a se posicionar é o medo de represálias, algo que acontece até com famosos, como Colin Kaepernick, astro da NFL. "Aqui no Brasil a gente está voltado para o individual, desejando que os atletas se manifestem e que desse posicionamento saia algo coletivo. Mas a gente esquece que o histórico mostra que quem se posicionou sofreu represálias. Então, isso faz com que muitos, por mais que queiram, não o façam porque têm medo, receio", diz Carvalho.

"O sistema não quer que ele fale sobre isso. O sistema e a estrutura são racistas. Se ele se manifestar, vai perder patrocínio, possibilidade de transferência. Vai ser visto como um negro encrenqueiro", destaca o ex-árbitro Márcio Chagas, um dos poucos negros que apitou partidas de futebol no País.

Ele fala com a experiência de quem já foi vítima de injúria racial. Em 2014, teve bananas atiradas em seu carro após trabalhar no jogo Esportivo e Veranópolis, em Bento Gonçalves. Não teve apoio da Federação Gaúcha e encerrou a carreira mais cedo. "O sistema desenhado no futebol nada mais é do que uma representação contemporânea da escravatura. Paguei o preço quando denunciei."

A questão, porém, vai além do medo das represálias. Está ligada à cultura brasileira, na qual impera a falta de conhecimento dos atletas, e da sociedade no geral, sobre a história dos negros. Além da educação, o lado financeiro é ainda um empecilho para que haja avanços.

"O pessoal aprende na escola a dar importância para a princesa Isabel, e não valoriza nossos heróis negros, Malcom X, Zumbi dos Palmares etc. Os jogadores não têm conhecimento para lutar contra esse sistema racista", enfatiza Wilson Santos, ex-jogador que passou por São Paulo e Inter, por exemplo.

Wilson é sobrinho de Wladimir, jogador que mais vezes vestiu a camisa do Corinthians, com 805 jogos, e figura importante na Democracia Corintiana, movimento que lutou contra a ditadura militar. "Venho de uma família em que conversávamos sobre racismo, com meu tio Wlad. Nossa autoestima sempre foi alta. Por mais que a gente escutava muitas coisas sobre tipo de cabelo, cor da pele, a gente conversava em casa e reforçava que éramos bonitos, nosso cabelo era bom. Não deixávamos nos abalar", reitera.

"O racismo é um crime perfeito no Brasil porque quem denuncia acaba se tornando vilão e quem comete vira vítima. O jogador ou quem se posiciona é vitimista, oportunista, ‘mimizento’. Quem denuncia se sente sozinho e não tem acolhimento algum", observa Márcio.

O esporte brasileiro carece de um LeBron James. Não conta com astros como a tenista Naomi Osaka e o piloto de Fórmula 1, Lewis Hamilton. Todos eles ecoaram os protestos nos EUA. "Os atletas de nome que têm voz na NBA vivem a realidade lá. Os nossos melhores não estão nem aqui, não vivem a realidade do Brasil", diz Carvalho.

FALTA ESTUDO - No geral, a construção moral do atleta americano passa pelas universidades, ao contrário do que ocorre com os jogadores brasileiros de futebol, que não incentivados a estudar as mazelas sociais e criar uma visão crítica. Existe o agravante de que são condicionados, pelas pessoas ao seu redor, a só focarem no futebol e se fecham num bolha.

Esse ambiente impede que enxerguem o que ocorre no mundo. "Quando jogava, sentia na pele, mas estava tão concentrado no jogo que encarava como uma forma de o rival me tirar do sério. Escutava, mas relevava. Ficava bravo, mas não queria me desconcentrar", diz o ex-zagueiro Wilson. Ele cobra apoio de federações, clubes e entidades esportivas no envolvimento das causas sociais, como nos EUA.

DESIGUALDADE SOCIAL INCOMODA - Há atletas brasileiros, porém, que já encampam essa luta e se tonam um contraponto à postura da maioria de seus colegas. É o caso de alguns jovens futebolistas, como Paulinho, do Bayer Leverkusen, Gregore, do Bahia, Jean Pyerre, do Grêmio, e Lucas Santos, do Vasco, que têm se engajado nas causas sociais do País, seja pela proximidade com as redes sociais, que lhes dão a possibilidade de interagir e mostrar suas visões de mundo, ou pela influência familiar.

Lucas Santos foi criado na comunidade Para-Pedro, na zona norte do Rio de Janeiro. Lá, desde cedo, notou a desigualdade marcante na vida dos que estavam ao seu redor. Logo, com a ajuda da família, o meia foi pavimentando seu caminho no futebol ao mesmo tempo em que moldava sua consciência de classe e de raça. Com 21 anos apenas, ele impressiona pelo discurso consciente.

"Todos os esportes deveriam fazer um movimento ou tomar uma atitude na questão racial e contra todos os tipos de preconceito. O boicote da NBA vai mexer um pouco com a estrutura racial aqui no Brasil. Porém, acho que o futebol brasileiro não teria rodadas paralisadas, infelizmente", admite ao Estadão o meia do Vasco. "Falta aos jogadores daqui ter mais ciência da importância da briga contra esse preconceito e os outros também", comenta.

A Secretária de Educação e Esportes de Pernambuco (SEE-PE) anunciou que 398 esportistas premiados nos programas Bolsa Atleta Pernambuco e Time Pernambuco 2020/2021 irão ganhar um curso on-line de inglês. A ação é uma parceria com a empresa Traumen/Mundo Zung.

“Todas essas inovações são um sinal de que a gente tem pensado cada vez mais nos atletas e técnicos, buscando sempre benefícios e incentivos que complementam os nossos programas. Aliar educação e esporte sempre terá um poder transformador, e esse sempre será o nosso objetivo: transformar vidas”, enfatizou o secretário executivo, Diego Pérez, segundo informações da assessoria de comunicação da SEE-PE.

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O curso tem duração de 100 horas/aula durante seis meses, sendo 80 acesso à plataforma de aprendizagem Zung e 20 horas/aula ao vivo. Além das atividades na plataforma digital de ensino, treino da língua estrangeira e aulas on-line, o atleta ainda poderá consultar os professores e nativos da língua, por meio do sistema interno, para solicitar explicações sobre o conteúdo.

A qualificação terá vocabulário específico voltado para as necessidades da comunidade esportiva. “Para mim terá uma grande importância. No meio em que vivemos, disputando diversas competições mundo afora, ter o conhecimento de outra língua é de extrema importância”, disse Ana Cláudia Silva, que representou Pernambuco nos Jogos Paralímpicos do Rio 2016, segundo o SEE-PE.

Os contemplados irão receber uma certificação de conclusão ao completar qualificação on-line. No documento terá um indicativo do nível de proficiência com base no Common European Framework of Reference for Languages - Quadro Comum Europeu de Referência para Línguas.  O método Zung, adotado pela empresa Traumën, tem como principal foco o desenvolvimento da oralidade, escrita e leitura.

“Estamos sempre competindo e há muita gente nos observando. Às vezes as oportunidades surgem e acabamos perdendo por não dominar outro idioma. Agora isso será possível”, contou o  esportista escolar Júlio Gomes.  Dono de duas medalhas de ouro nas Paralimpíadas Escolares de 2019, o atleta entrou pela primeira vez na lista do Bolsa Atleta Pernambuco.

Além do secretário secretário executivo de Esportes, participaram do evento de divulgação o cofundador da plataforma Mundo Zung, Sildomar Júnior. O momento ainda contou com o atleta de paranatação, Júlio Gomes; a paratleta Ana Cláudia Silva; o beach soccer Matheus Teleco; e o técnico de atletismo Ismael Marques.

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