A Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) emitiu um alerta laranja de risco de chuva moderado a alto para a noite desta segunda-feira (20), e ao longo da terça-feira (21), no Sertão de Pernambuco e no Sertão de São Francisco.
Segundo a Agência, o Sertão “está com uma convergência maior no campo dos ventos, com influência de um sistema meteorológico ‘cavaco’ e deve ter precipitações de moderada a forte de forma mais distribuída ao longo desta noite e terça”.
Celebrado nesta quinta-feira, 15, o Dia do Consumidor tem como objetivo turbinar as vendas em todo o território brasileiro. A data é considerada uma das melhores do primeiro semestre do ano dentro do calendário de gastos, mas é importante que o consumidor fique atento aos golpes virtuais.
A empresa de cibersegurança PSafe registrou mais de mil tentativas de fraudes financeiras digitais por hora no Brasil. Foram mais de cinco milhões de tentativas de crimes no período de janeiro a julho, com 1,3 de investidas dos golpistas apenas no mês sete do ano. Enquanto isso, uma pesquisa recente da eBit mostrou que 73% dos consumidores preferem fazer compras online.
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A Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) afirmou que a expectativa de vendas para 2023 é em torno de R$ 780 milhões, ou seja, um aumento de 9% comparado ao mesmo período no ano passado. Além disso, a Associação também aponta o crescimento de 40% no volume de acesso aos sites de e-commerce na data.
A presidente da Comissão de Direito Bancário da OAB/PE e sócia-diretora da ABM Advocacia Amanda Botelho ressaltou que, para que o consumidor não caia em golpes, é importante sempre efetuar compras em sites oficiais das lojas com autenticação de segurança. “Essa autenticação pode ser identificada pelo cadeado na barra de navegação. Além disso, o consumidor deve evitar comprar através de links informados por publicidades em redes sociais, pois muitos fraudadores clonam os sites para efetuar golpes”, disse.
De acordo com o Procon, é importante que o consumidor fique atento aos preços que estejam muito abaixo da média de mercado, e indica uma pesquisa minuciosa. As compras às pressas também devem ser cuidadas pois, é um dos fatores usados pelos golpistas para enganar as pessoas, com o anúncio da oferta com tempo determinado para encerrar. Assim como o cuidado na hora do pagamento.
O órgão indica optar sempre pelo pagamento através do cartão de crédito virtual que a numeração e o código de verificação muda com o tempo para evitar que seja clonado. Se o pagamento foi feito através de boleto, pix ou QR Code, conferir se os dados que constam são da loja, empresa ou pessoa física que está realizando a venda.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os eventos adversos - incidentes indesejados que resultam em algum dano ao paciente - estão entre as 10 principais causas de morte no mundo. Em países desenvolvidos, estima-se que um em cada dez pacientes sofre algum dano ao receber cuidados hospitalares.
As questões relacionadas à segurança do paciente receberam grande atenção do público e das comunidades científicas após o relatório “Errar é humano”, da American National Institute of Medicine (NIH), em 1999. Segundo o estudo, a cada ano, 98 mil pessoas morrem em hospitais dos EUA como resultado de erros médicos evitáveis. Atualizações recentes sobre esta análise registram resultados mais alarmantes, com estimativas pelo menos duas vezes maiores.
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No Brasil, segundo um levantamento do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar da Universidade Federal de Minas Gerais (IESS-UFMG), todo ano, das 19,4 milhões de pessoas tratadas em hospitais no país, 1,3 milhão sofre pelo menos um efeito colateral causado por negligência ou imprudência durante o tratamento médico.
Como forma de reverter esses números, um dos objetivos da simulação médica é a redução da possibilidade de eventos adversos durante procedimentos de saúde. Para isso, os treinamentos buscam reconstruir um ambiente real hospitalar para que os estudantes e profissionais de saúde consigam colocar em prática o seu aprendizado e continuem ampliando seu conhecimento.
“Na área da saúde, um profissional competente precisa integrar de maneira eficiente o conhecimento, as habilidades e as atitudes. A simulação oferece a oportunidade de um ambiente o mais autêntico possível para seu aprendizado, treinamento e aprimoramento, melhorando assim a segurança do paciente”, explica Brena Melo, tocoginecologista e coordenadora do Centro de Simulação (CSim).
A coordenadora também reitera que “a grande vantagem da simulação é a possibilidade de reproduzir uma réplica de um espaço real de prática. Assim, o indivíduo consegue treinar em um ambiente seguro de aprendizagem, sem risco para o paciente”.
Os treinamentos de simulação médica são divididos em briefing, momento de conversa anterior ao cenário; cenário, que é a simulação de um atendimento real; e, por fim, o debriefing, que é a aprendizagem reflexiva no momento pós prática. No CSim, há o suporte de equipamentos audiovisuais de última geração, que gravam a simulação para o grupo analisar e discutir, para auxiliar no debriefing.
Além da parte técnica, dentro do treinamento também são trabalhadas questões éticas, de empatia, comunicação, relações interpessoais – que muitas vezes podem ser conflituosas e impactar o paciente. Há também o aspecto psicológico, pois, por ser um ambiente seguro, ajuda na redução da ansiedade e do nervosismo para executar os procedimentos médicos.
A simulação médica é uma técnica e estratégia de treinamento que busca melhorar a segurança, eficácia e eficiência dos serviços de saúde. “Um bom paralelo para entender o que é a simulação médica é utilizar o exemplo do piloto. Ninguém consegue entrar em um avião sem um piloto ter passado por horas de treinamento, seja em situações rotineiras como também para situações de crise. Não há porque ser diferente na saúde”, explica Brena.
A coordenadora do CSim também afirma que o treinamento individual é importante, mas há também a parte em grupo, que merece tanta atenção quanto. “Nos aspectos de comunicação e de atitude, as práticas em grupo conseguem melhorar e desenvolver a capacidade do profissional de saúde de chegar no melhor resultado para o paciente, estando seguro para tomar a frente da situação e se comunicando de forma efetiva com os colegas de trabalho”, completa Brena.
O comprometimento e atuação dos aprendizes durante a prática conseguem deixar o ambiente mais real e ajudar na eficiência do treinamento. “A mistura de realidade e ficção nos dão a possibilidade de desbravar diversas situações e contribuir na formação de profissionais de saúde que vão prestar assistência a toda população”, conclui a coordenadora.
Ao contrário do que muitos pensam, cuidar da saúde bucal não garante apenas dentes bonitos e a prevenção de doenças orais, como a gengivite e a periodontite. Na verdade, hábitos saudáveis contribuem para o bem-estar de todo o organismo. O objetivo do dentista é ajudar e conscientizar a população sobre a importância de manter uma rotina de cuidados com a boca.
Uma pesquisa das Universidades Federais do Rio de Janeiro e de Minas Gerais, em conjunto com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) apontou que, após o início da pandemia da Covid-19, houve um aumento de 132% de paradas cardíacas nos brasileiros e que cerca de 36% das mortes ligadas aos problemas cardíacos têm início na saúde bucal. Além disso, a doença gengival também tem impacto negativo sobre o controle da glicemia, o que pode ocasionar a diabetes. Confira a seguir, dicas para cuidar bem da saúde bucal:
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Faça a escovação de forma adequada - É impossível manter a saúde oral sem a escovação regular, que deve ser realizada ao menos duas vezes ao dia. O ideal é usar uma escova ultra macia, porque com as cerdas duras, elas podem desgastar o esmalte de seus dentes e provocar retração gengival.
Use cremes dentais de baixa abrasividade – O creme dental é indispensável para potencializar a escovação. No entanto, assim como com as escovas, é preciso ficar atento às características dos produtos. Isso porque a grande maioria dos cremes dentais possui ativos que, em excesso, também podem contribuir para o desgaste do esmalte dos dentes e a retração da gengiva.
Alimente-se bem– A alimentação ajuda na manutenção da saúde bucal. O excesso de açúcares, por exemplo, é um dos principais “vilões” da saúde bucal, pois favorece o surgimento de cáries, gengivite, halitose e outras doenças periodontais. O ideal é limitar o consumo de açúcar.
Consulte um dentista regularmente– Pouco adianta seguir todas essas dicas sem um acompanhamento profissional. Por isso, é fundamental consultar um dentista com regularidade. Isso porque ele é o profissional indicado para realizar uma avaliação do estado da sua saúde oral e da qualidade dos seus dentes, indicando assim, os cuidados mais adequados para que consiga conquistar um sorriso mais bonito.
Também houve uma evolução para alerta laranja, de risco moderado a alto, diferentemente do que constava no último aviso de cautela, que era amarelo, de risco moderado.
A Defesa Civil de Pernambuco também emitiu um novo alerta para que a população das regiões de risco fiquem atentas. Em caso de emergência, o cidadão ou a cidadã deve ligar para o dique 199 ou para a central 24 horas (81) 3181-2490.
Já no Recife, o plantão 24h é pelo 0800 081 3400. A ligação é gratuita.
O Inmet também emitiu alerta de chuvas para a semana, de 23 a 28 de maio, que "serão persistentes no leste da Região Nordeste do Brasil, sendo que os maiores totais poderão ser registrados, principalmente nos litorais entre Pernambuco e o Rio Grande do Norte". No entanto, as chuvas devem ser fracas no interior da região, mas não se descarta acumulados elevados na Zona da Mata e Agreste.
Para muita gente que cozinha ou que quer cozinhar, a panela de pressão é um dos utensílios mais temidos. O receio não é pra menos. Se manuseada de forma inadequada, ela pode explodir e provocar acidentes graves, em algumas situações, até fatais. Foi o que aconteceu no último Dia das Mães (8), em Ceilândia, cidade a cerca de 30 quilômetros (km) do centro de Brasília. A cozinheira de um restaurante, Jade do Carmo Paz Gabriel, de 32 anos, morreu após a explosão de panela de pressão no restaurante em que trabalhava.
A mulher chegou a ser socorrida por unidades avançadas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e equipes de socorro do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal (CBMDF), mas ferida gravemente, sofreu parada cardiorespiratória e não resistiu. Outros dois funcionários do estabelecimento também foram atingidos, mas sem gravidade.
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Orientações
Procurado pela Agência Brasil, o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), destacou que a primeira dica de segurança para panela de pressão é a presença do selo de conformidade do Inmetro. “A certificação para panela de pressão é compulsória. Não identificando o selo, não compre. Ele é a indicação de que o produto foi testado nos requisitos de segurança, como a quantidade de água”, afirmou a autarquia.
Outra dica do instituto é nunca adquirir o utensílio no comércio ambulante. Pedir sempre a nota fiscal de uma loja é a garantia de troca em casos de defeito. O próximo cuidado é saber qual a capacidade da panela de pressão, ou seja, quantos litros ela comporta. Essa informação está descrita no manual do fabricante.
Durante a utilização da panela um item que também deve ser observado é a válvula com pino. Uma panela de pressão cheia demais pode entupir esse dispositivo de segurança e até causar uma explosão. Segundo especialistas, a válvula foi feita para liberar vapor, logo, se durante o uso a panela parar de fazer aquele chiado característico, pode indicar que foi obstruída. Nesse caso, a orientação é desligar o fogo imediatamente. Em seguida, com o auxílio de um garfo ou colher, deve ser feito um movimento para cima com a válvula para que o vapor dentro da panela escape. Essa última manobra nunca deve ser adotada se a panela estiver funcionando normalmente e se o objetivo for apenas acelerar a saída da pressão.
Outro sinal de problema é a liberação de vapor pela área circular onde fica localizada a borracha. Isso significa que a vedação está prejudicada e a borracha precisa ser substituída. “Caso haja necessidade de reposição de alguma peça, sempre procure por peças originais junto aos representantes autorizados pelo fabricante”, alerta o Inmetro.
Ao utilizar panelas desse tipo, assim que ela começar a soltar vapor, o fogo deve ser diminuído, pois se a água no seu interior já está fervendo, a chama alta não vai alterar a temperatura do seu interior.
O Capitão Paulo Jorge, oficial de informações públicas do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, acrescenta que essas panelas nunca devem ser abertas sem que toda a pressão tenha saído. O militar observa que esta prática comum entre cozinheiros não deve ser feita.
“Jamais coloque essas panelas sob a água da torneira para acelerar a retirada do vapor”, alerta. Paulo Jorge lembra que uma panela de pressão não pode ser preenchida totalmente: pelo menos 1/3 dela deve ficar vazia para acúmulo de pressão.
Para ter uma vida boa e saudável, é necessário mais do que estar em boas condições físicas. O bem-estar mental também é de primacial importância. Ora, uma vez que a mente comanda o corpo, se ela não está bem, todo o resto fica ameaçado. No âmbito profissional, prezar pela saúde mental é dever de todos, trabalhadores, gestores e empresas. Esse cuidado está diretamente relacionado à produtividade do colaborador e, consequentemente, aos resultados da companhia.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) inclui os transtornos mentais entre as três principais causas de afastamento do trabalho. Para se ter ideia, em 2020, por conta da crise sanitária mundial, o número de aposentadorias por invalidez e auxílios-doença reflexos de transtornos mentais e comportamentais concedidos teve uma alta de 26% em relação ao ano anterior, de acordo com dados da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia. Um panorama preocupante, pois explicita o quanto os problemas da mente têm afetado as relações de trabalho.
Neste ponto, é preciso pensar: como empresas podem agir para promover uma melhor saúde mental a seus colaboradores? Há diversas ações possíveis, mas creio que, no geral, ter um ambiente laboral agradável e relações bem estabelecidas é o principal passo. Aí entram questões como a forma de tratamento empregada pelos gestores, o respeito aos limites de cada um, o cumprimento da carga horária estabelecida. É preciso que as companhias atentem que o burnout é uma realidade cada vez mais presente no mundo moderno, mas que deve ser evitada a todo custo, uma vez que um colaborador estafado tem pior rendimento, podendo até ser afastado. Há que se pesar: é melhor cobrar e cobrar e cobrar, ou estabelecer padrões e metas claros, factíveis, que permitam ao trabalhador desempenhar suas funções da melhor forma? Não é mantendo alguém sob constante estresse e pressão que se vai mais longe – o resultado pode ser um tropeço no meio do caminho. O estresse produtivo deve ser bem medido, a fim de gerar as entregas pretendidas, sem ir além da capacidade da pessoa.
Ao mesmo tempo, cada um de nós precisa cuidar de sua saúde mental, dentro e fora do trabalho. Realizar atividades físicas, estimular a mente com coisas positivas, ter uma boa alimentação e dormir bem são algumas das atitudes que ajudam a proteger a mente. É preciso equilíbrio. No ambiente de trabalho, é sempre positivo ter pausas curtas de tempos em tempos para “arejar a cabeça”, esticar as pernas e poder retomar com mais foco. É improdutivo, por exemplo, passar horas ininterruptas olhando para uma tela de computador ou sob estresse constante. Sabendo administrar seu tempo, é possível manter um mínimo de conforto para priorizar, também, a saúde mental.
A mente é o principal aliado em qualquer objetivo ou atividade. Quando ela não está em perfeito estado, o corpo também sofre. Por isso, blindar, ou, ao menos, atenuar os impactos negativos externos sobre a mente é importante para viver uma vida mais saudável e produtiva. Quando todos, profissionais e empresas, entendem isso e agem, cada um em seu âmbito, para cuidar da saúde mental, o resultado é, sem dúvidas, mais produtividade, lucro e sucesso.
A voz é uma das formas mais poderosas de expressão pessoal, seja em uma conversa ou cantando, a pessoa revela muito de si mesmo através da sua voz. Diante de tamanha importância, foi criado o Dia Mundial da Voz, comemorado no dia 16 de abril.
O objetivo é conscientizar a população sobre a importância da voz e os cuidados necessários para a sua preservação, além da conscientização de sinais e sintomas que favoreçam o diagnóstico precoce de doenças, como o câncer de laringe.
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Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INC), estima-se que o número de casos novos de câncer de laringe no Brasil, chegaram a aproximadamente 8.000 casos, em 2021, sendo o país um dos maiores no número de casos de câncer de laringe no mundo. “Infelizmente, grande parte desses casos acabam sendo fatais, apesar de as chances de cura superarem 90%, se o mesmo for detectado em estágios iniciais”, comenta a otorrino Espaço Mãetamorfose e membro da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia, Dra. Ana Maria Correia.
Diante disso, a avaliação de alterações vocais com o médico otorrinolaringologista é imprescindível para o diagnóstico precoce das doenças da laringe. Após o exame adequado, feito pelo médico, e o diagnóstico da patologia causadora da alteração vocal, vários tratamentos podem ser propostos; e na maioria das vezes é necessária avaliação e acompanhamento em conjunto com o profissional fonoaudiólogo.
Os tratamentos podem incluir desde medicação, fonoterapia e/ou cirurgia. Mas, vale a pena lembrar que evitar fatores predisponentes para doenças na laringe, como tabagismo e excesso de bebida alcoólica, além de bons hábitos como ingestão adequada de água e cuidados com a alimentação, são de grande importância para a manutenção da saúde vocal.
Ainda de acordo com a Dra, Ana Maria, praticamente todas as profissões que demandam relacionamento pessoal, ao vivo ou por telefone, exigem esforço vocal e seu exercício torna-se inviável caso a voz da pessoa não apresente boa qualidade, por isso, é importante ficar atento.
Podem também ser consideradas alterações na voz, a rouquidão, a soprosidade, tensão, voz mais agudizada ou grave. “As alterações na voz estão, em grande parte, relacionadas às pregas vocais, podendo ser dos mais variados tipos de patologias, tanto benignas, quanto malignas”, explica.
Um projeto implantado em agosto de 2019 pela Justiça de São Paulo está gerando conforto aos reeducandos do regime semiaberto da Penitenciária 1 Dr. Tarcizo Leonce Pinheiro Cintra, em Tremembé (SP), e para cachorros e gatos abandonados e abrigados por entidades de proteção aos animais. Eles esperam por uma família que os adote.
Os animais vivem em um canil e um gatil e os detentos são responsáveis pela alimentação, banho, tosa, limpeza e carinho nos bichinhos. Os cuidados são temporários até que os cães sejam adotados em uma feira, promovida por Organizações Não Governamentais (ONGs) de cuidado animal responsáveis pelos pets.
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Segundo a diretora de Trabalho e Educação da Penitenciária 1 de Tremembé, Silvana Carvalho, nesta unidade há um canil com 64 animais cujos cuidados ficam por conta de cinco detentos. Já o gatil situa-se em Taubaté e dois sentenciados tomam conta dele.
Exigências
"Para trabalhar no canil e no gatil o preso deve ser do regime semiaberto, ter bom comportamento e demonstrar interesse e habilidade para lidar com os animais. Três dias de trabalho reduzem a pena e eles [detentos] ganham remuneração de três quartos de um salário mínimo pago pela prefeitura", explicou Silvana.
A ideia foi da juíza Sueli Zeraide de Oliveira Armani, da 1ª Vara de Execuções Criminais de Taubaté, Conselho da Comunidade e prefeitura, visando dar ocupação para os presos ociosos.
"Esse contato tem resultados tanto para os sentenciados, trazendo afeto que eles não têm, quanto para os cachorros que também precisam de cuidados e carinho. É uma troca que gera para o detento mais calma, outra visão das coisas e mudança de comportamento no coletivo dentro do pavilhão. É uma terapia para quem está no processo de ressocialização", explicou.
Para a Claudia Segalla, integrante do Conselho da Comunidade, a ideia visa a integração dos animais com os presos, o que deu certo porque, por meio do amor natural dos animais, é estabelecida uma comunhão com aqueles que estão privados de liberdade, havendo uma integração entre eles.
“Esse projeto é maravilhoso, porque atende dois excluídos pela sociedade. No caso dos presos, muitos deles podem ser reeducados e reintegrados, e esse projeto colabora com isso”, afirmou.
Convívio
Segundo Claudia, além disso, outro ponto positivo é o aprendizado adquirido com essa atividade, porque ao voltarem para o convívio na sociedade, os detentos podem até montar um negócio, porque, ao serem selecionados para o trabalho, passam por treinamento e cursos de cuidados com os animais. “Eles fazem curso de banho e tosa, por exemplo, o que os ajuda a trabalhar em qualquer lugar”, explicou.
Ela destacou que o canil é de primeira linha, com baias, local para armazenar ração, banho e tosa. No gatil foi feito uma espécie de playgroud para os gatos. “No ano passado o espaço foi aumentado para que os gatos tenham área para tomar sol”, detalhou.
De lá para cá já são dois anos de pandemia. O que deveriam ser apenas 15 dias de isolamento social, passaram a ser 40, que aumentou cada vez mais. Medidas de flexibilixação afrouzaram e se enrijeceram, e até então "ainda" existem pessoas que cumprem o isolamento total com medo de pegar o vírus, mesmo com as medidas já estando mais flexíveis.
Os profissionais de saúde e outros profissionais ligados à àrea não puderam tirar férias durante um grande período de pico de casos e mortes da Covid-19 em Pernambco, como ocorreu recentemente, quando o Governo do Estado anunciou suspensão das férias de médicos e outros profissionais de saúde publicada em Diário Oficial para valer a partir de 1º de fevereiro deste ano.
A enfermeira Thais Moura contou ao LeiaJá que trabalhou diretamente com pessoas com Covid-19 tanto na rede pública quanto na privada e que foi no início da pandemia, quando a situação estava mais crítica, mas a vacina trouxe alívio. “Hoje me sinto aliviada. Não completamente acreditando que vai acabar tão cedo, mas sabendo que hoje temos a esperança das vacinas que chegaram para fazer com que os sintomas fossem mais leves e houvesse uma diminuição significativa de mortes. Saber que as famílias já não perdem mais as pessoas que amam como perdiam antes me tranquiliza”.
Thais revelou que por ter passado por tantas turbulências neste período por estar na linha de frente, consegue enxergar melhor o mundo. “Pude estar próxima trabalhando em setor crítico tanto na iniciativa privada quanto na pública. Era bem árduo o trabalho, a gente não sabia com o que estava lidando e, aos poucos, a ciência foi se descobrindo e se redescobrindo para que nós pudéssemos prosseguir na nossa atuação profissional. Esse período de turbulência me fez olhar mais para o outro, já que tivemos que fazer por quem nunca vimos, ter a empatia de cuidar para que a gente não perdesse as vidas e dar o máximo de si para que cada paciente pudesse sair e voltar para as suas casas”.
“Por vários momentos choramos em equipe por perdas, cansaço, por estar longe da família. Foi um período totalmente conturbado emocionalmente", disse. Moura afirmou ter tido que passar cerca de três meses longe da família , e que foi um período de mais dor por conta disso. “Tive que me afastar da minha família, da minha filha, da minha mãe. Passei cerca de três meses sem vê-las, foi bem complicado ficar só por um período. Doía mais ainda o medo de não saber o que estava lidando e o medo de não saber o que podia transmitir para elas. Ficar só foi doloroso, mas o medo de se aproximar de quem amamos e acabar contaminando era maior ainda”, detalhou a enfermeira.
Para ela, todo o caos da pandemia pôde mostrar, de positivo, um maior cuidado das pessoas. “Tivemos muitos aprendizados. Podemos ver as pessoas se cuidando mais, cuidando mais da saúde, e estudos indicam que as pessoas passaram a procurar se exercitar mais, melhorar alimentação, saúde mental. Aprendemos a cuidar do nosso lar, do nosso corpo e da nossa mente. As pessoas aprenderam a ter mais higiene. As modificações que vieram, foram para ficar”, afirma.
Há quem ainda não se sinta segura
Há dois anos que a videojornalista Kety Marinho ainda não se sente segura para tirar a máscara fora de casa, como em um restaurante, por exemplo, mesmo com as três doses da vacina. "A pandemia mudou muito os meus hábitos. Nos seis primeiros meses não saí de casa para nada, tudo eu comprava e recebia em casa. Depois, criei um pouco de coragem para sair, comprei máscaras pff2, que são as que me sinto mais segura para usar até hoje e me aventurei a ir ao supermercado. Depois desses dois anos, eu não voltei a frequentar restaurantes porque não tiro a máscara fora de casa para nada, nem para beber água", disse.
Kety contou que a volta do trabalho presencial sem o esquema de escala voltou, o que triplica a sua atenção e cuidado com a Covid-19. "Pode parecer um exagero, mas com o retorno do presencial, eu preciso ficar lá numa faixa de seis a oito horas, e fico sem beber água, sem fazer nada. Se sentir sede, vou no meu carro, porque eu sei que no carro não tem problema porque só entra eu, e bebo. Não me sinto segura em tirar a máscara principalmente porque vejo muita gente sem usar. É uma doença respiratória, eu prefiro me cuidar para não ter nenhum problema".
Começar a fazer terapia foi o que ajudou muito Kety nos tempos mais nebulosos e ajuda de um modo geral, para a vida. "Precisei fazer terapia, acho que quem não faz deveria fazer, porque centra muito você", declarou. "No começo foi muito complicado. Apesar de ser uma pessoa caseira, eu não senti muito por esse lado, mas o fato de não ir ao supermercado, feira livre, poder escolher as coisas que eu queria e ficar a mercê da escolha das pessoas foi complicado. Além do fato de que algumas pessoas vinham fazer entregas e ficavam tirando onda dizendo que eu ia acabar pegando mesmo dentro de casa, e todas as pessoas que entram na minha casa precisam usar máscara e higienizar os pés. Eu moro em casa, na frente tem um quintal e tudo eu recebo lá. Dentro da minha casa, ninguém", expôs.
A videojornalista relatou ter tido um problema na pia de casa que a fez se mudar para um apartamento no período que estavam fazendo o conserto. "Para se ter ideia, tive um problema na pia que ela arriou e ficou no chão até recentemente. Aluguei um outro apartamento para poder fazer a reforma aqui de casa, que estava mofada por conta de infiltração na casa do vizinho. Fui para outro apartamento e deixei a casa sozinha com as pessoas que vieram pintar. Eles resolveram tudo, foi quando a pia foi colocada de volta no lugar", disse.
"Ainda estou preocupada porque muita gente ainda não está vacinada, e ainda não estamos livres do vírus. Se as pessoas continuarem sem se vacinar, vamos continuar tendo esse vírus por muito tempo por aí, e eu não me vejo sem usar máscara", pontuou.
No entanto, com o passar do tempo e a flexibilização das medidas de convivência, Marinho disse ter se encontrado com um grupo de amigos em um bar, mas sem tirar a máscara. "Ficamos sem nos encontrar durante a pandemia, mas mês passado retornamos aos encontros, que são sempre em alguns bares. Eles comem, bebem, fazem tudo, mas eu sigo sem tirar a máscara. Eu vou participar, porque a pessoa tem que viver", salientou.
Era da urgência Levando em conta todo o abalo psicológico que a pandemia atrelada ao isolamento, mortes em grande quantidade, pobreza, miséria causou na população, a psicóloga Maria Eduarda Brandão Vaz, CRP 02/22764, informou que o que mais ficou evidente na população dentro do contexto pandêmico foi o aumento da ansiedade.
"Em um momento aonde tudo é tido como urgente, imediato, fomos convocados a estar dentro de casa por questão de sobrevivência. Essa é uma grande diferença: viver em home office e trabalhar no contexto de casa é/pode ser uma escolha, mas na pandemia não teve escolha, foi e está sendo por questão de sobrevivência. Foi toda uma adaptação que resultou no sentido da ansiedade, no receio de como dar conta desse contexto, se haveria ou não desligamento do emprego, dificuldade em estabelecer uma rotina (o que por sua vez influencia no sono, na alimentação, na autoestima), atender demandas emergentes e na sensação de não produzir o suficiente".
"Estamos marcados pela pandemia e uma série de fatores que vamos levar muito tempo para digerir. Foram muitas perdas, envolvendo desde a vidas de pessoas chegando ao falecimento, até perda de empregos e da qualidade de vida.
"O que podemos afirmar, nesse momento, é que o cuidado com a saúde, de forma integral, ajuda muito a olhar para a vida com outro sentido. Voltar ou iniciar uma rotina, à medida do possível, respeitando as regras de convivência pois ainda estamos em contexto pandêmico, faz parte por exemplo de você cuidar do seu âmbito social. E também, lidar com a flexibilidade desse momento, fazendo o possível que cabe dentro de cada um, afinal todo mundo está vivendo esse novo de alguma forma", estimulou a psicóloga.
Todo o "abre e fecha", medidas flexibilizadas e mais restritas causadas pela oscilação de casos durante a pandemia gerou uma certa desesperança em parte da população, como explicou Maria Eduarda. "Essa questão da expectativa (ou a quebra dela) fica muito registrada em alguns discursos. Acredito que faz parte de uma desesperança por tantas “idas e vindas”, dos lutos desse momento e das crises econômicas, políticas e emocionais que ainda vamos passar. Estamos marcados pela pandemia, de fato".
"Mas o que fica muito forte é que, mesmo diante desse discurso de desesperança, muitas pessoas procuram se adaptar ao que estão vivendo e de “adaptação em adaptação”, vamos ressignificando essas novas fases e criando um sentido diferente para a nossa vida. De alguma forma essa “desesperança” é renovada mas também guardada em algum lugar com a chegada de uma nova conquista como a vacina, a liberação de alguns lugares, escolas, universidades".
De acordo com Brandão, a pandemia gerou uma reflexão sobre a modalidade de vida das pessoas. "Essa “era da urgência” ficou mais evidente e estamos entendendo mais do que desaprendemos a esperar. Tudo de forma muito imediata, em excesso, adoece. E nesse sentido vejo pessoas procurando mais ajuda profissional, seja na área de saúde mental ou não, se interessando mais em cuidar de si, buscando compreender seus limites e processos".
"Ainda romantizamos muito o fato de que “quando uma coisa ruim acontece, sempre temos que tirar algo de bom”, mas na verdade ninguém quer aprender sofrendo justamente porque dói. A realidade, então, é buscarmos mais nos perguntar o que está ao nosso alcance, quais as possibilidades temos e como podemos contribuir para uma evolução (interna e externa) de forma mais orgânica, sem tantas emergências e adoecimentos. Não é ficar buscando um lado positivo em tudo, mas perceber o que nos convoca a mudança e, com certeza, a pandemia nos convocou e continuará nos convocando por bastante tempo a olhar para elas".
Ela incitou, ainda, que a procura por ajuda profissional e atenção à saúde são importantes. "Acredito que ninguém vai passar pela pandemia sem se sentir afetado em algum âmbito da sua vida, portanto, faço um convite de que continuemos atentos para nossa saúde, para nossos sentimentos e para a ajuda ao próximo. Não hesitem em procurar ajudar profissional, a buscarem informações em fontes confiáveis e a focar em medidas de proteção já que é a única coisa que podemos manter sob controle nesse momento", orientou.
Recentemente, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que o avanço da vacinação contribui para acabar com o "caráter pandêmico da Covid-19" e sinalizou que o governo avalia alterar o status de pandemia para "endemia", tornando a Covid-19 como doenças típicas, que se manifestam com frequência em determinada região, mas que a população e os serviços de saúde já estão preparados, como acontece anualmente com o surto de gripe, por exemplo.
Na semana passada muitos veículos jornalísticos retrataram a história da jovem Lara da Silva, que em 2015 protagonizou o meme "Já acabou Jéssica", durante uma briga em sua escola. Após viralizar na internet, a exposição a internet impactou a vida da estudante, que desenvolveu quadros de depressão e se tornou alvo de bullying por anos. Graças à Internet, um pequeno ocorrido é capaz de tornar uma pessoa nacionalmente ou mundialmente famosa, mas nem todos estão preparados para lidar com essa exposição.
Segundo a psicóloga clínica e comportamental, Osmarina Vyel esse tipo de situação, pode se tornar incontrolável. "O mundo ideal é que as pessoas cuidem para não expor nada que possa lhe deixar em desconforto, algo que ela mesma não tem controle emocional para lidar, caso caia em mãos maldosas", aconselha.
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Osmarina lembra que devido a facilidades de interações, muitas pessoas realizam suas exposições de maneiras mais discretas. "Isso não impedirá que venha à tona de forma distorcida, mas pelo menos a pessoa envolvida se sentirá mais protegida. Isso ajudará a não se desestabilizar gravemente, seja no aspecto emocional ou profissional", destaca.
Além dos casos que ocorrem por acidente, muitas pessoas também buscam na internet uma chance de ficarem "famosos", mas sem pensar nas consequências que uma possível "fama" pode trazer. "Quando falamos de jornada profissional ela precisa ser construída aos poucos e é muito importante ter alguém mais velho e conhecedor desse universo para dar orientação", recomenda Osmarina.
A psicóloga conta que atende vários casos de jovens que se expõem na internet, ficam decepcionados com o resultado e, ao crescerem, se arrependem por terem agido por impulso. "Noto que os jovens não querem ocupar seu tempo com coisas mais demoradas ou que requer planos mais elaborados, por achar que vão ter sucesso no mundo virtual. Acabam por perder suas identidades, pois começam a copiar os supostos famosos virtuais", relata.
De maneira geral, Osmarina recomenda planejar todo e qualquer tipo de publicação e sempre fazer sob a mentoria de alguém experiente. "Principalmente, estar emocionalmente amadurecido para lidar com os infortúnios que podem surgir de forma cruel. Procurem preservar o que de fato julga importante para si, nem tudo deve ser exposto", finaliza.
Viralizar na internet de maneira acidental é algo que se tornou comum na última década, nem todos os casos geraram episódios tristes como os de Lara, como por exemplo, o famoso meme "para a nossa alegria", de 2012, que popularizou a família que cantava uma música religiosa.Relembre: https://www.youtube.com/watch?v=K02Cxo3fAC8
Os usuários deverão tomar alguns cuidados ao utilizar os QR Codes, atualmente presentes nos processos eletrônicos de pagamentos ou obtenção de informações de forma ágil, alertam especialistas.
Criminosos estão se aproveitando para aplicar golpes por meio da substituição dos QR Codes dos estabelecimentos por códigos fraudulentos. Assim, ao apontar a câmera do dispositivo para a leitura, o usuário é redirecionado para um endereço com pragas virtuais, que infectam o celular ou tablet.
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"Ao acessar um QR Code falso, o usuário poderá ter seus dados roubados, possibilitando que os criminosos apliquem vários golpes, como o da fraude de identidade", disse Marcio D’Avilla, especialista em segurança digital da empresa Certisign, certificadora digital.
Para evitar problemas, o usuário nunca deverá usar QR Codes que foram enviados de um remetente desconhecido, por e-mail ou mensagens instantâneas.
Após escanear o QR Code, a pessoa deve ficar atenta ao endereço ao qual está sendo direcionada. Se houver erros de digitação, domínios desconhecidos ou se o endereço estiver encurtado, a chance de ser um golpe é grande. Se o usuário for levado até algum formulário, nunca deve fornecer senhas ou dados pessoais sensíveis.
Com os devidos cuidados, D’Avilla ressaltou que o QR Code é uma ferramenta importante para agilizar o dia a dia dos clientes e empresas. "Sem dúvida, é uma tecnologia segura, quando usada com os devidos cuidados. Tanto que ele é utilizado por instituições bancárias como segundo fator de autenticação e como forma de pagamento", finalizou.
Adriane Galisteu fez uma postagem de extrema importância na sua conta do Instagram. A atriz e apresentadora compartilhou imagens durante um exame de mamografia. Na rede social, Galisteu ressaltou a necessidade de que todas as mulheres devem tomar cuidados para combater o câncer de mama.
Fazendo parte da campanha Outubro Rosa, a loira escreveu: "A prevenção sempre é o melhor remédio!". Conscientizando suas seguidoras, Adriane Galisteu foi bastante elogiada pela atitude. "Essa mulher é porreta! Amo. Abraça as melhores causas de forma direta, objetiva e elegante", comentou uma pessoa nas imagens divulgadas.
O Anuário Brasileiro da Segurança Pública de 2019, publicado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, aponta que no ano de 2018 foram registrados 66.041 estupros no país, cerca de 180 crimes por dia. Isso significa uma alta de 4,1% em relação ao ano anterior, o mais alto índice desde o início da série histórica em 2007. As maiores vítimas, ainda segundo o anuário, são do sexo feminino (81,8%) e têm até 13 anos (53,8%), levando a um quadro em que no Brasil quatro meninas de até 13 anos são estupradas por hora.
Recentemente, o caso de uma menina de 10 anos que ficou grávida após ter sofrido abuso sexual do tio desde os 6 e teve seu nome exposto ao passar pelo procedimento de aborto legal tomou as manchetes do país e gerou muiuta comoção pelas pessoas. Situações assim, em que testemunhamos um caso de abuso sexual, nos lembram da importância de saber identificar e denunciar esse tipo de crime, mas também da necessidade de ensinar às crianças e adolescentes sobre o que é saudável ou abusivo na relação com adultos ou mesmo com outros jovens.
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Nesse contexto, entra em cena a educação sexual nas escolas que, apesar de ser mal vista por alguns setores da sociedade, é apontada por especialistas como uma ferramenta importante e necessária para a saúde do desenvolvimento social de crianças e jovens quanto na identificação e prevenção de situações de abuso sexual.
Educação Sexual: fatos e falácias
Maria do Carmo Gonçalo Santos tem 46 anos, dos quais 18 foram dedicados à carreira de professora no ensino superior. Doutora em educação, atualmente ela trabalha como professora e vice coordenadora do curso de pedagogia do Campus Acadêmico do Agreste da Universidade Federal de Pernambuco e é enfática ao afirmar o papel emancipatório e as potencialidades da educação sexual para promover os direitos de crianças e adolescentes.
“Numa abordagem emancipatória, podemos dizer que trata de entender a sexualidade como uma dimensão humana, da energia e potencialidade de cada um, cada uma. Falar da sexualidade não se limita, portanto, a falar de relação sexual, diz da condição humana, do seu pertencimento no mundo, na sociedade, sua construção cultural”, explicou a pedagoga.
Ao se falar em educação sexual, um dos maiores entraves para levar o debate à frente nas escolas costuma ser a resistência dos pais ou responsáveis pelos estudantes ou, por vezes, a própria gestão, pautada em um discurso e valores conservadores ou guiados por uma ideia de que falar sobre sexualidade induz precocemente à prática sexual. Essa ideia é rebatida pelos especialistas da área, e Maria do Carmo deixa claro que o objetivo da educação sexual nas escolas é outro.
“Educação sexual nas escolas não é antecipação de relações sexuais, não é ensinar às crianças a realização do ato sexual, é educar para a compreensão de si, enquanto sujeito de direitos, do respeito para com o outro, a outra, nas relações sociais, considerando e valorizando as diferenças de classe, de raça, de etnia e de orientação sexual. Educação sexual é a possibilidade de preservar crianças e adolescentes de possíveis abusos. A educação sexual na escola pode trabalhar para a não submissão das crianças e adolescentes às relações de poder e violência que a nossa sociedade patriarcal, machista e sexista tem nos imposto. Por isso tanta resistência de setores de parte da sociedade, para que as transformações das relações de poder não aconteçam”, afirmou a professora.
Hugo Monteiro Ferreira, de 49 anos, tem 25 anos de carreira como professor e atualmente trabalha como coordenador do Núcleo do Cuidado Humano da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e lidera o Grupo de Estudos da Transdisciplinaridade, Infância e da Juventude (GETIJ). Para ele, educação sexual “nos ensina a proteção de nossa sexualidade, ao tempo que nos ensina como entender e respeitar a nossa sexualidade e a sexualidade alheia, entendendo sexualidade como um elemento fundamental à condição humana”. Ele também é autor do livro infantil “Antônio”, que conta a história de um menino que precisa sair de junto da mãe, porque ela precisava trabalhar, e passa a ser assediado por uma pessoa da sua própria família, retratada pela figura de uma mão malvada que o impede de fazer coisas de que o menino gostava.
Questionado sobre a importância da promoção desses ensinamentos no espaço escolar, ele a definiu como “essencial”. “Pode advir reflexões sobre diversidade de gênero, sobre orientação sexual, sobre enfrentamento ao machismo, enfrentamento à homofobia, sobre como erradicar o bullying oriundo tanto do machismo como da homofobia, da transfobia, da misoginia. Pela orientação sexual, podemos aprender a como nos proteger da violência sexual, isto inclui diretamente a pedofilia. Quando aprendemos sobre sexualidade, sabemos sobre como se dá a vida e como cuidar da vida”, disse o professor.
Nos debates sobre educação sexual nas escolas, é comum ver pessoas contrárias à ideia defenderem que a decisão de como educar os filhos no que diz respeito à sexualidade caberia à esfera privada e, portanto, deveria ser decidida em casa, exclusivamente pela família, e não pela escola. Posições assim, na visão de Hugo, são anti científicas e colocam os estudantes em risco.
“A escola é uma instituição social com diversos papéis e um deles é colaborar para que sejamos livres. Logo, estudar a sexualidade é também nos ajudar na construção dessa liberdade tanto intelectual quanto afetiva, tanto intelectual quanto moral, tanto intelectual quanto espiritual. A escola é também espaço e tempo em que a sexualidade deve ser discutida, ensinada, tratada sob o viés científico. Isto é, é também papel da escola cuidar para que a criança e o/a adolescente aprendam que não se deve reduzir sexualidade à genitália. Esse discurso que tenta vincular a sexualidade exclusivamente à família, no meu ver, é perigoso e anti científico, pois nega as diversas funções da escola na formação da condição humana. Há perigos práticos. Por exemplo, os maiores índices de abuso estão na família. Se a criança e o adolescente não são orientados na escola, não sabem o que fazer”, afirmou o professor.
A afirmação tem confirmação quando se observam as estatísticas. Dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), fornecidos pelo Ministério da Saúde e Tabulados pelo jornal Folha de São Paulo em 2019 com base em 1,4 milhão de notificações recebidas de 2014 a 2018, mostram que a cada dez crianças e adolescentes que são atendidos no serviço de saúde após sofrerem algum tipo de violência sexual, quatro já tinham sofrido esse tipo de agressão antes. Ainda de acordo com a pesquisa, a maior parte dos registros de violência sexual (72%), recorrentes ou não, aconteceu contra pessoas que tinham até 17 anos. Destes, destaca-se a violência sexual contra crianças de até 5 anos (18% das notificações) e de 6 a 11 anos (22% do total). Essas agressões ocorrem mais em casa (68%), e têm o pai (12%), o padrasto (12%) ou outra pessoa conhecida (26%) da criança como abusador.
Prevenção e identificação dos casos
Mas então o que é necessário para, dentro das escolas, ajudar a mudar essa realidade, prevenindo e identificando os casos de abuso sexual contra crianças e jovens? Para a professora e coordenadora do curso de pedagogia da UFPE, Maria do Carmo, tudo começa por um trabalho de formação de professores e continua com um processo de ganho de autonomia das crianças e adolescentes.
“Não é só dizer onde os adultos podem e não podem tocar, quem pode e quem não pode, como vimos algumas postagens de leigos nas redes sociais, mas, sobretudo, ensinar às crianças que o corpo delas é delas. Na nossa cultura ocidental criou-se a ideias do corpo da criança como algo público que pode ser tocado por qualquer pessoa, na rua, por exemplo, há a prática de passar a mão sobre a cabeça das crianças elogiando, dizendo como são ‘bonitinhas’. Os meninos sofrem muitos abusos e violências também, inclusive, no espaço doméstico e também escolar para ter que provar que são ‘machos de verdade’. Tudo isso é abuso, é violação de direitos. A criança e o adolescente, a partir dessas compreensões, vão construindo sua autonomia e entendendo como um sujeito de direitos, que não podem ficar disponíveis aos desmandos e violências dos adultos. Isso não quer dizer desobediência, diz da autonomia delas para se compreenderem no mundo”, afirmou a pedagoga.
No que diz respeito aos métodos que podem ser empregados por professores, psicólogos, pedagogos e pela equipe da escola para realizar o trabalho de educação sexual com os estudantes, o professor Hugo cita uma série de meios que podem ser utilizados para abordar o tema com os alunos. “A escola deve ser um espaço do diálogo, da escuta, da possibilidade de criação de vínculo de confiança. Nesse sentido, para que se ensine a prevenir, é essencial que existam momentos de escuta, momentos em que crianças e adolescentes possam falar sobre suas experiências, suas inseguranças, seus corpos, possam dizer os seus medos e as suas esperanças, os seus desejos e suas vontades. A escuta é a melhor estratégia para prevenção, porque ele está atrelada à fala. Nesse sentido, a escola pode realizar atividades como leitura de livros, assistência a filmes, palestras, feiras de conhecimentos, aulas-passeio e campanhas permanentes de educação sexual sobre temas como corpo, mente, mente e corpo, machismo, homofobia, transfobia, relacionamentos afetivos, abuso sexual, exploração sexual, e pedido de ajuda”.
No que diz respeito à prevenção de possíveis abusos sexuais, o professor Hugo esclarece que ela se dá por meio de um processo educativo de empoderamento das crianças e jovens. “Quando se estuda a sexualidade, se debate, discute, reflete sobre a identidade, sobre quem somos, o que somos, como vivemos e como convivemos, então se chega, ao meu ver, no autocuidado e no cuidado, logo se chega à autoestima, à autoproteção, se chega no diálogo sobre o corpo, sobre a mente, o corpo e a mente, o que é bom para nós, o que não é bom, quem pode tocar em nosso corpo, quem não pode, o que devemos fazer se alguém quer tocar em nossas partes mais íntimas sem a nossa permissão? Quando falamos sobre sexualidade, debatemos, estudamos, livramos a sexualidade da dimensão do erro, da culpa e a colocamos no âmbito da convivência e na convivência, quando alguém quer nos tocar, mas não queremos, podemos dizer que não queremos e quando não sabemos como dizer, podemos pedir ajuda para alguém. Em síntese, falaremos sobre sexualidade sem receio de que alguém nos condene, nos diga que é sujo, é ruim. Para mim, ensinar a proteção é ensinar que a sexualidade é algo que nos pertence e só deve ser partilhada com quem queremos. Se alguém tentar nos obrigar, então, é hora de pedirmos ajuda, de contarmos o que nos acontece, de denunciarmos. A prevenção é um processo de educação”, disse ele.
Quando não é possível impedir que o crime ocorra e há uma criança ou jovem que sofreu ou está sofrendo abuso sexual, é importante que a equipe da escola esteja preparada para perceber os sinais de que há algo errado e saiba agir sem julgamentos para conseguir identificar adequadamente a situação e, em seguida, denunciar o crime às autoridades sem expor a vítima. Segundo a professora Maria do Carmo, os sinais que sugerem um possível abuso nunca aparecem isoladamente.
“Uma conversa em espaço reservado, sem tom acusatório ou inquisidor ajudam à criança ou adolescente a narrar a situação, que muitas vezes envolve pessoas muito próximas e até parentes. As crianças que expressam medo irracional, dificuldades de sociabilização, verbalização de palavras que não fazem parte do seu vocabulário, com apelo sexual, e ou gestos relativos à violência sexual, bem como narrativas de situações reveladoras de abuso (geralmente usando apelidos para os órgãos genitais), dificuldades de concentração e de aprendizagem podem estar associadas a situações de abuso. Crianças que sofrem abuso há mais tempo podem expressar fobias, pânico, depressão com ideias de suicídio, ansiedade, dificuldades alimentares e tendência a uso de drogas”, disse ela.
Para auxiliar a vítima e seus parentes, a escola ou outras pessoas que desconfiem ou saibam do problema têm meios de agir sem expor a criança, tomando cuidados, uma vez que, em muitos casos, é possível que a vítima more com o abusador.
“A gestão da escola, que precisa estar preparada pedagogicamente para lidar com a situação, pode acionar o Conselho Tutelar, que, geralmente, é a instância mais próxima da comunidade. Tem o CREAS (Centro Especializado de Assistência Social), que é o equipamento que acolhe criança e adolescente que sofreu violação de direitos, mas ainda tem vínculo familiar. Importante que a escola não tente fazer aproximação entre a vítima de violência e o suposto agressor. O principal é acolher e preservar a vítima. O disque 100 também é um serviço de atendimento à violação dos direitos humanos, recebe, analisa e encaminha denúncias de violações, inclusive, de crianças e adolescentes. Em alguns municípios há delegacias especializadas para casos de abusos contra crianças e adolescentes. Em Caruaru, por exemplo, a delegacia da mulher registra os casos, tendo em vista que a violência de gênero envolve também crianças e adolescentes. O Ministério Público e a Vara da Infância e Adolescência também são instâncias responsáveis pelas medidas cabíveis”, disse a professora.
Realidade local
Para saber mais sobre como o tema é tratado nas escolas do estado, o LeiaJá procurou a Secretaria de Educação e Esportes de Pernambuco (SEE-PE), encaminhando questionamentos acerca do tema, mas não obteve resposta até o momento da publicação desta reportagem. Também entramos em contato com a Secretaria de Educação do Recife cuja resposta obtida por meio de nota você confere na íntegra a seguir:
“Escolas do Recife contam com orientação de Grupo de Trabalho em Educação Sexual
O grupo dá suporte às unidades quanto à formação de professores, gestores, realização de seminários e fóruns sobre o tema
Desde 2015, a Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Educação do Município, mantém uma Política de Ensino (conjunto de orientações que auxiliam no planejamento, acompanhamento e avaliação das ações educativas) que dispõe sobre o currículo da Educação Infantil e Ensino Fundamental. O documento inclui em suas práticas pedagógicas a educação sexual. No universo escolar, o tema é concebido não só a partir da dimensão do sexo com caráter puramente biológico, fisiológico e anatômico, mas também a partir de sua dinâmica social e cultural. É necessário que se considere a sexualidade como um fenômeno global que envolve a existência do ser humano.
A Secretaria conta com um Grupo de Trabalho em Sexualidade que orienta as Escolas com relação ao assunto, que é tratado a partir de três eixos como temas: corpo, diversidade sexual e Justiça de gênero. Os assuntos são abordados levando-se em consideração as idades e Anos dos estudantes de acordo com o nível de compreensão deles. De acordo com a Política de Ensino, a educação sexual deverá estar presente em todas as etapas e modalidades de ensino da rede municipal, que em sua atual estrutura compreende a Educação Infantil, Ensino Fundamental, Educação de Jovens, Adultos e Idosos e Educação Especial.
A inserção dos conteúdos e da formação para uma educação não-sexista, anti-racista, não-homofóbica, não-lesbofóbica, não-transfóbica e laica deverá ocorrer com um olhar atento de educadoras/es para as diferenças, compreendendo que é “possível questionar todas as certezas” (Louro, 2003, pg. 42), assumindo riscos que venham desestabilizar crenças do passado e admitindo que transformações podem ocorrer lentamente, sendo um exercício de revisitações. Nesse sentido a construção de projetos político-pedagógicos na escola pode estar aberta a novas ideias, novos planejamentos e revisões, expandindo objetivos que não estão sendo alcançados.
Respostas às perguntas enviadas
1- As escolas da Rede Municipal do Recife desenvolvem ações e educação sexual dos alunos para prevenção de doenças, gravidez indesejada e abuso sexual? Quais?
Resposta: Há uma Política de Ensino da Rede Municipal de Recife que defende uma Educação Sexual com a finalidade de educar os/as estudantes para o respeito aos corpos, às vidas, às pessoas e os direitos e liberdades sexuais e humanos. Em síntese, a educação em sexualidade busca promover o bem viver e o bem-estar com a sexualidade, com responsabilidade e prazer. As questões também estão contempladas na Proposta Curricular das Ciências da Natureza
Em relação às Políticas da Rede há realização de Seminários, as Formações para Gestores, Coordenadores e Professores. A educação em sexualidade deve ser promovida pelo diálogo e escuta, com ações pedagógicas com as famílias, os/as estudantes e a comunidade, considerando a idade, as crenças e os saberes, pautados no conhecimento da ciência e das leis educacionais. É uma questão de todas as escolas e profissionais da educação.
2- Quais cuidados são tomados nas escolas para identificar casos de estudantes que possam estar sofrendo abusos?
A principal orientação é assegurar o livre diálogo, a confiança das/os estudantes e uma relação de cooperação com as famílias. Manter uma relação próxima que favoreça perceber mudanças de comportamento, dinâmica familiar, alteração na aprendizagem e de aspecto emocional e físico. Manter palestras, fóruns e oficinas com esse tema colaboram com a prevenção e identificação de casos.
3- Uma vez que se perceba uma situação de abuso com um estudante, ocorrendo dentro ou fora da escola, quais são as medidas cabíveis para dar apoio ao aluno e sua família?
Registros dos fatos, proteção da vítima pelo sigilo, caso haja suspeita, sem incorrer na sua invisibilidade e omissão. Comunicação aos órgãos da rede de proteção. Buscar identificar a pessoa de referência, que seja responsável da pessoa em situação de abuso e acolher sem estigmatizar a pessoa. Garantir a frequência e permanência da criança ou jovem na escola. A denúncia deve ocorrer em sigilo, de forma institucional, no caso individual, sempre de forma anônima.
4- Como é feita a orientação às famílias de estudantes no que diz respeito à educação sexual e prevenção ao abuso?
Faz parte da orientação presente na Política de Ensino e nas formações continuadas para o grupo docente/gestão escolar que a escola mantenha no calendário escolar palestras, fóruns e oficinas com esse tema, pois colaboram com a prevenção, identificação e denúncia de casos.
5- Quais sinais podem ser percebidos quando uma criança ou jovem está sofrendo abuso sexual e como identificar o problema?
Depende da idade. São diversos, podendo apresentar as formas mais sutis como explícitas. No geral, apresentam múltiplos sinais, tais como: medo intenso, insegurança ao contato físico ou muito contato físico com pessoas que não tem familiaridade, agressividade ou apatia, distúrbios do sono, alimentar e na fala, marcas físicas, sinais de infecções sexualmente transmissíveis, choro ou euforia, acentuada sem causa, falta frequente as aulas, rejeição e pavor a determinadas pessoas do convívio. Nenhum comportamento isolado pode ser considerado uma prova ou indício de abuso.
6- Uma vez percebendo uma situação de abuso, como a família, um colega ou outras pessoas próximas podem buscar ajuda? As escolas têm equipes de apoio para casos assim?
O Grupo de Trabalho de Educação em Sexualidade – GTES acompanha as escolas que solicitam esse atendimento via ofício, sempre articulando ações com as redes de proteção.
7- Durante a pandemia de Covid-19, ações de prevenção ao abuso sexual de crianças e jovens seguem sendo desempenhadas a distância pelas escolas?
Neste momento, ciente do crescimento das diferentes formas de violência no ambiente doméstico tem sido realizado a formação continuada com diversos setores da educação, através do Grupo de Trabalho de Educação em Sexualidade – GTES, com a finalidade de orientar as práticas pedagógicas para tratar desse assunto”.
O papa Francisco aproveitou a tradicional audiência geral para falar sobre o Dia Mundial da Terra, celebrado nesta quarta-feira (22), e para pedir o cuidado com os mais frágeis habitantes do planeta.
"Como a trágica pandemia do coronavírus está demonstrando, só estando juntos e cuidando dos mais frágeis é que podemos vencer os desafios globais", disse durante a cerimônia transmitida pela internet. Segundo o líder católico, a Terra "não é um depósito de recursos que devem ser explorados" porque para "nós, que cremos em Deus, o mundo natural é o Evangelho da Criação, que exprime a potência da criação". "Mas, ao invés disso, nós a poluímos e depredamos, colocando em risco a nossa própria vida", refletiu.
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"E como reage a Terra? Há um ditado espanhol muito claro sobre isso: Deus perdoa sempre, nós homens perdoamos algumas vezes sim, algumas vezes não, mas a Terra não perdoa nunca. A Terra não perdoa. Se nós a deterioramos, a resposta dela será muito feia. Quando vemos essas tragédias naturais, que são a resposta da Terra aos nossos maus-tratos, eu penso: 'se pedir ao Senhor o que ele pensa, não acredito que ele vá me dizer que isso é uma coisa muito boa'. Fomos nós quem estragamos a obra do Senhor", disse ainda.
Ainda durante sua reflexão, Francisco elogiou as novas gerações que estão crescendo com uma maior consciência da importância do meio-ambiente e também aos movimentos internacionais de proteção do planeta.
"Formaram-se vários movimentos internacionais e locais para acordar a consciência. Aprecio sinceramente essas iniciativas e será ainda necessário que os nossos filhos entrem na estrada para nos ensinar o que é óbvio. Vale dizer que não há futuro para nós se destruirmos o ambiente que nos sustenta", ressaltou.
O Pontífice ainda destacou que todas as ações, mesmo "as pequenas contribuições" individuais são importantes porque é "bom convergir juntos, com qualquer situação social, e dar vida a um movimento popular 'de baixo'". "O próprio Dia Mundial da Terra, que celebramos hoje, nasceu assim", pontuou.
O tema da preservação do meio-ambiente é muito caro ao líder católico sendo que, em 2015, ele publicou a encíclica "Laudato si'", voltada à importância do cuidado com o planeta tanto no sentido ambiental como no de cuidado com as pessoas mais frágeis, que são as mais afetadas por conta da série de mudanças climáticas graves.
Quatro barris de cerveja Heineken, gratuitos, para passar a quarentena. É isso que falsamente oferece uma mensagem no WhatsApp que já conseguiu enganar mais de 159 mil pessoas durante o isolamento social. Segundo o dfndr lab, laboratório de segurança digital da PSafe, o golpe é mais um que consegue crescer rapidamente no mensageiro, que vem sendo porta de entrada para diversos golpes envolvendo o novo coronavírus.
Porém, apesar do engajamento dos fãs da cerveja, a Heineken deixou claro que a campanha compartilhada pelos usuários do WhatsApp nos últimos dias é falsa. "A recomendação da marca é não abrir o link", afirmou a empresa em sua conta Twitter.
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Quem acessar a mensagem será redirecionado a uma página para responder se tem mais de 18 anos e se prefere cerveja pilsen ou lager. Independente das respostas, o usuário é levado ao mesmo resultado. Ao final do questionário, a página avisa à pessoa sobre os quatro barris de cerveja. Porém, para confirmar o prêmio, é preciso que a mensagem seja compartilhada com mais dez usuários.
Por conta do aumento dos golpes aplicados por cibercriminosos, a Polícia Federal vem alertando a população para desconfiar de promoções que parecem muito "urgentes" ou que oferecem benefícios "bons demais" para serem verdade. Confira todas as dicas da PF aqui.
Com a proximidade da Páscoa, a ser comemorada no próximo domingo (12), a Polícia Federal (PF) alerta para um novo golpe que promete ovos de chocolate gratuitos em nome de grandes marcas. O crime está sendo cometido através do WhatsApp e Facebook, com o envio de, pelo menos, seis links diferentes. Somente em três dias em que o golpe foi aplicado na última semana, mais de 560 mil pessoas já foram lesadas.
As supostas promoções prometem a entrega de ovos de páscoa gratuitos nas residências das pessoas alegando que os mercados “cancelaram suas compras dos ovos por causa da pandemia” do coronavírus. O golpe usa os nomes de grandes marcas, como Cacau Show e Nestlé. A partir daí, são enviados links que roubam dados pessoais e financeiros das vítimas. Mais de 560 mil brasileiros já foram pegos, só na última semana.
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Segundo a PF, é comum que bandidos virtuais usem datas comemorativas, como Páscoa e Natal, para aplicar golpes desse tipo. Através de links suspeitos e questionários que coletam informações básicas das pessoas, eles conseguem roubar dados e, até mesmo, clonar contas de redes sociais. A Polícia ensina algumas técnicas para se proteger desses golpes.
COMO SE PROTEGER:
1. Ao receber uma mensagem deste tipo, desconfie sempre antes de clicar nos links compartilhados no WhatsApp ou nas redes sociais.
2. Cuidado com o imediatismo e sensacionalismo de mensagens tais como: ”promoção durará até hoje”, “faça seu cadastro agora”, “urgente, não perca essa oportunidade”, quase sempre tais conteúdos querem fazer com que as pessoas não averiguem a veracidade do conteúdo nas páginas e órgãos oficiais.
3. Certifique-se no site oficial da empresa sobre a veracidade, através do SAC-Serviço de Apoio ao Consumidor se o está sendo oferecido, principalmente quando se tratar de supostas promoções, ofertas de dinheiro, brindes, descontos ou até promessas de emprego. Nesse caso, as empresas já se manifestaram alertando e esclarecendo que são falsas as informações sobre as promoções de ovos de páscoa grátis sendo entregues na residência das pessoas.
4. Não compartilhe links duvidosos com seus contatos sem antes saber se são autênticos – você pode estar sendo usado por bandidos para espalhar o golpe e prejudicar outras pessoas.
5. Jamais preencha nenhum formulário fornecendo ou repassando informações sobre senha de banco, conta bancária, dados financeiros, benefícios, dentre outros.
6. Preste atenção nos erros de português dos anúncios e veja sempre a terminação dos links se tem a grafia .com.br ou ,gov.br
7. Nunca baixe programas piratas para o celular ou computador, tais sites costumam ter a maior concentração de vírus;
8. Instale um bom antivírus em seu celular ou computador e tenha o sistema operacional do seu celular e computador atualizados.
O aplicativo criado pelo Governo Federal para disponibilizar o Auxílio Emergencial durante a quarentena mal foi lançado e já há versões falsas tentando atrair quem precisará do benefício. Um usuário no Twitter denunciou o surgimento de apps não-oficiais que levam o mesmo nome do original, mas que não têm nenhuma ligação com o app fornecido pela Caixa Econômica.
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Ao digitar “Auxílio Emergencial 2020” diversas ferramentas com o mesmo nome ou usando do nome de outros benefícios sociais, aparecem para serem baixados. Olhando rápido, um usuário desatento poderia facilmente confundir os apps, que possuem nomes de desenvolvedores sem ligação com o Governo. Não há evidências de que esses aplicativos tenham sido criados para aplicar golpes nos usuários. Na descrição da maioria, sempre no final de longas frases sobre o auxílio, é acrescentado que a ferramenta é para esclarecer dúvidas ou prestar informações.
Como identificar o verdadeiro?
Para não cair em aplicativos que não funcionam e de quebra podem roubar suas informações fique atento ao nome do desenvolvedor. O app de Auxílio Emergencial, por exemplo, foi produzido pela Caixa Econômica Federal. Outros, que oferecem diferentes benefícios, geralmente levam o nome do Governo Federal como criador. Desconfie de todos aqueles que, abaixo do título qe dá nome ao aplicativo, mostram frases sem ligação com os órgãos oficiais do país.
Em nota, o Google Play disseque "tem políticas rigorosas para ajudar a garantir uma plataforma segura e protegida para desenvolvedores e usuários. Estamos revisando os aplicativos denunciados e, caso uma violação seja comprovada, removeremos os mesmos de nossa loja".
Empresa de segurança digital aponta que crescimento de golpes está diretamente ligado às mensagens maliciosas que circulam no WhatsApp
Um levantamento feito pela empresa de segurança digital Kaspersky, mostrou que o número de ataques contra dispositivos móveis mais que dobraram no último mês. Após o início do isolamento social, entre fevereiro e março, a empresa identificou um aumento de 124% em golpes de phishing.
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De acordo com o levantamento o crescimento dos ciberataques está diretamente ligado às inúmeras mensagens maliciosas circulando no WhatsApp, que utilizam o novo coronavírus como isca. Entre as principais formas utilizadas para conseguir dados financeiros dos usuários, essas mensagens fazem a vítima baixar apps ou roubam os dados pessoais do usuário para usá-los em outros ataques.
"Os cibercriminosos adaptam seus golpes diariamente e mandam mensagens bastante convincentes. No mesmo dia que o governo anunciou o auxílio emergencial , vimos mensagens maliciosas circulando no app de mensagem. Eles se aproveitam da ansiedade da população", afirma Fabio Assolini, analista sênior de segurança da Kaspersky no Brasil.
Recentemente a Polícia Federal identificou uma série de ataques envolvendo a Covid-19, que eram repassadas via WhatsApp. Os bandidos ofereciam kits de álcool em gel, assinatura de streaming gratuitas e até informações sobre os avanços da doença. Tudo em sites prontos para roubar os dados das pessoas.