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Para o ex-deputado federal Silvio Costa (Avante), por Danilo Cabral (PSB) nunca ter disputado uma majoritária, não tem o seu nome lembrado pelos pernambucanos e isso, na sua avaliação, explica o motivo pelo qual o pessebista ainda não deslanchou nas pesquisas de intenção de voto ao governo estadual, estando em 5º lugar.

Dos cinco candidatos mais bem colocados em Pernambuco, Anderson Ferreira (PL), Miguel Coelho (União Brasil), Raquel Lyra (PSDB) já foram prefeitos. Marília Arraes disputou em 2020, mas perdeu a prefeitura do Recife para João Campos (PSB). 

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“Todos eles trazem consigo o recall de disputas anteriores”, frisa Silvio. Para ele, a constatação sobre o recall indica que, como ainda resta um mês até a eleição, marcada para 2 de outubro, Danilo tem espaço para crescer junto ao eleitorado até o encontro com a urna no primeiro turno.

O ex-deputado salienta que a adesão ao nome de Cabral será resultado das mobilizações de ruas, do impacto do início da propaganda eleitoral de rádio e televisão e do reconhecimento do eleitor de que Danilo é o candidato do ex-presidente Lula (PT) em Pernambuco. 

Silvio, que disputa o cargo de suplente da candidata ao Senado Teresa Leitão (PT), destacou que também é importante que os apoiadores do candidato ao governo façam a "pedagogia" da conquista do voto. “Do mesmo jeito que tem risco ao pilotar um avião, há risco para pilotar o grande estado de Pernambuco, o grande Leão do Norte”, pontua.

No próximo dia 2 de outubro, quando ocorrerá o primeiro turno das Eleições 2022, 14 senadores tentarão a reeleição para mais um mandato de oito anos. No total, são 237 postulantes a 27 vagas em disputa. A média é de 8,7 candidatos por vaga. É a corrida para o Senado mais concorrida em pelo menos 30 anos, de acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Tentam a reeleição neste ano os senadores Dário Berger (PSB-SC), Álvaro Dias (Podemos-PR), Romário (PL-RJ), Rose de Freitas (MDB-ES), Alexandre Silveira (PSD-MG), Wellington Fagundes (PL-MT), Otto Alencar (PSD-BA), Katia Abreu (PP-TO), Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), Acir Gurgacz (PDT-RO), Omar Aziz (PSD-AM) e Telmário Mota (Pros-RR). Guaracy Batista da Silveira (Avante-TO) e Roberto Rocha (PTB-MA).

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O Senado tem outros sete parlamentares com mandato em sua reta final que não concorrerão a nenhum cargo em 2022: Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), Luiz do Carmo (PSC-GO), Maria do Carmo Alves (PP-SE), Nilda Gondim (MDB-PB),  Paulo Rocha (PT-PA), Reguffe (Sem partido) e Tasso Jereissati (PSDB-CE).

Disputa acirrada

Enquanto os deputados têm mandato de quatro anos, os senadores têm mandato de oito anos. Em 2022, termina o mandato de um senador de cada estado, ou seja, neste ano os candidatos disputam apenas uma vaga. Nas eleições de 2026, portanto, o número de vagas dobrará em relação a este ano e serão eleitos dois senadores por estado.

*Com informações da Agência Senado

O governo dos EUA decidiu suspender 26 voos de empresas aéreas chinesas, em meio a uma disputa sobre medidas de combate à Covid-19, após Pequim suspender voos de companhias americanas. O Departamento de Transporte dos EUA disse na quinta-feira (25) que Pequim violou um acordo sobre viagens aéreas e tratou companhias do setor de forma injusta por meio de um sistema que exige a suspensão de voos se passageiros testarem positivo para Covid-19.

Reguladores dos EUA suspenderam sete voos da Air China, partindo de Nova York, e um total de 19 voos, com embarque em Los Angeles, da Air China, China Eastern Airlines, China Southern Airlines e Xiamen Airlines.

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Um número igual de voos da United Airlines, American Airlines e Delta Air Lines foram suspensos pelo sistema de "circuit breaker" da China, de acordo com o Departamento.

Até 7 de agosto, se até nove passageiros de um voo testassem positivo para a doença, empresa aéreas poderiam suspender o voo por duas semanas ou reduzir o número de passageiros transportados para 40% do total possível, explicou o Departamento. Desde esta data, as companhias aéreas são obrigadas a suspender voos quando o número de testes positivos atinge 4% dos passageiros.

O Departamento alega que as companhias aéreas enfrentam "culpabilidade indevida" por passageiros que apresentam resultados de teste negativo antes do embarque, mas testam positivo após chegarem à China.

As ações da China se baseiam em circunstâncias totalmente fora do controle das companhias, segundo comunicado oficial. "Reservamo-nos o direito de tomar iniciativas adicionais" se Pequim impuser "mais medidas", acrescentou o comunicado. Fonte: Associated Press.

O segundo lugar do presidente Jair Bolsonaro (PL) nas pesquisas eleitorais deflagrou uma disputa interna na Polícia Federal por expectativa de poder. Sem um comando que tenha o controle de fato de delegados que atuam com autonomia nas investigações, a instituição virou um explícito cabo de guerra entre o grupo que apoia Bolsonaro e outro que sinaliza para uma abertura de canais com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), líder nas intenções de voto.

Desde que assumiu a Presidência da República, Bolsonaro já trocou o diretor-geral da PF quatro vezes. Algo incomum na corporação. Num passado bem recente, o delegado Leandro Daiello ficou seis anos à frente da instituição, nos governos Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB) - o mais longevo no período democrático.

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O troca-troca constante no atual governo fragilizou a figura do chefe da PF, já que pelo padrão ele pode ser trocado a qualquer momento caso alguma investigação desagrade ao Palácio do Planalto.

Disputa velada

A história da PF sempre foi marcada por delimitação de espaço de correntes internas, mas a disputa era velada. Sem pulso, o diretor-geral da corporação, Márcio Nunes de Oliveira, há apenas seis meses no cargo, assiste de camarote à deflagração dessa guerra sem condições para conseguir contê-la.

Entre delegados, a promessa é de que setembro vai ferver e operações como a de anteontem, em que oito empresários apoiadores de Bolsonaro foram alvo de busca e apreensão, serão constantes no mês que antecede as eleições.

Foi a pedido da PF que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes autorizou a operação de busca e apreensão contra os empresários que defenderam, em um grupo do WhatsApp, um golpe para impedir a volta de Lula ao poder.

Segundo a coluna de Vera Rosa, no Estadão, há suspeitas também de que eles estariam financiando atos de apoio ao presidente para o 7 de Setembro. Há temor de que a manifestação saia do controle e se transforme num ato em defesa do fechamento do Supremo e do Congresso, prática absolutamente inconstitucional.

Reação

O comando da PF abraçou a agenda antiurna do presidente e colocou a instituição para reforçar o discurso de que o voto eletrônico não é seguro. A esse movimento da cúpula houve reação interna e uma das respostas foi a deflagração da operação contra os empresários.

Um policial resumiu o clima na corporação hoje. Ele citou um vídeo que viralizou nas redes sociais, o do menino João. O pai pergunta ao garoto: "Eles são maus. E a gente?" João responde: "A gente é mau também!"

É uma situação nada boa para uma instituição que, há alguns anos, atribuía a si própria a imagem de uma polícia do Estado. Nessa narrativa distante, interesses partidários eram encobertos e as divergências pareciam ser apenas visões diferentes de uma investigação.

Mais uma pesquisa eleitoral divulgada nesta quarta-feira (10), mostra a deputada federal Marília Arraes (Solidariedade) liderando as intenções de voto em Pernambuco. Ela é seguida pelo ex-prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira (PL).

Segundo levantamento da Potencial Inteligência, se o primeiro turno fosse hoje, Marília ganharia com 29,4% dos votos e disputaria o segundo turno contra Anderson, que aparece com 15,5%. A ex-prefeita de Caruaru, Raquel Lyra (PSDB), figura em terceiro lugar com 12,8% das intenções de voto.

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Danilo Cabral (PSB) é o quarto colocado com 11,8% e Miguel Coelho (União Brasil) em quinto, com 8,9%. Os demais candidatos não atingiram 1% da preferência dos eleitores. Os indecisos somam 7% e outros 10,1% pretendem votar nulo ou branco.

Segundo lugar acirrado

Como a margem de erro da pesquisa é de 3,1 pontos percentuais, a disputa pelo segundo lugar está apertada. Anderson, Raquel, Danilo e Miguel - empatados em segundo lugar, se considerarmos a margem de erro, brigam para ver quem, até então, deve disputar o segundo turno com Marília.

Segundo o Diário do Poder, a Potencial ouviu mil eleitores entre os dias 4 e 8 de agosto deste ano, em 76 municípios pernambucanos. A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob os números PE-06509/22 e BR-05358/22.

Marília Arraes (Solidariedade) pode estar garantindo um lugar no segundo turno da disputa ao Governo de Pernambuco, ao menos é o que apontou a pesquisa Simplex/CBN, divulgada nesta segunda-feira (1º). Apesar de polarizar o estado com o apoio de Lula e Bolsonaro, Danilo Cabral (PSB) e Anderson Ferreira (PL) correm por fora na disputa. 

De acordo com o estudo, Marília lidera as intenções de voto com 23,5%, o que corresponde a mais que o dobro da segunda colocada, Raquel Lyra (PSDB), que alcançou 10,7%. 

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Na terceira posição, Anderson Ferreira (PL) aparece com 10,2%, seguido por Miguel Coelho (União Brasil), com 5,3%. O candidato da Frente Popular, Danilo Cabral (PSB) foi citado por apenas 4,9% dos eleitores e obteve vantagem apenas para Esteves Jacinto (PRTB), João Arnaldo (PSOL) e Jones Manoel (PCB), que não pontuaram. 

Destaque também para o alto índice de indecisos, que representam 30%, e nos que disseram que vão votar em branco ou nulo, que são 11,6%.

A pesquisa ouviu 1.067 eleitores por telefone entre os dias 18 e 22 de julho. A margem de erro é de 3,1 pontos percentuais. 

Os partidos políticos terão até o dia cinco de agosto para realizarem as convenções partidárias e definirem, de uma vez por todas, os seus candidatos que irão concorrer ao Legislativo e ao Executivo nas eleições deste ano. Desde a última quarta-feira (20) que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) liberou a realização das convenções.

Os escolhidos para concorrer aos cargos de presidente e vice-presidente da República, governador e vice-governador, senador, deputado federal, deputado estadual e distrital devem ser registrados na Justiça Eleitoral até o dia 15 de agosto.

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Pernambuco conta com 10 pré-candidaturas que aguardam a homologação de seus nomes para a oficialização da corrida pelo Palácio do Campo das Princesas. O LeiaJá conseguiu confirmar as datas das convenções de sete dos pré-candidatos.

Confira

Marília Arraes (Solidariedade) - 31 de julho. A assessoria não confirmou o local e horário;

Raquel Lyra (PSDB) - 30 de julho, no Clube Português. O horário ainda vai ser definido, mas começará no turno da tarde;

Anderson Ferreira (PL) - 31 de julho, no Clube Português, às 10h;

Miguel Coelho (União Brasil) - 31 de julho, no Clube Internacional do Recife, às 14h;

Danilo Cabral (PSB) - 5 de agosto, no Clube Português. O horário ainda será definido, mas deve ocorrer no fim do dia; 

João Arnaldo (PSOL) 30 de julho. Segundo a assessoria, o local e horário ainda serão definidos;

Jones Manoel (PCB) - 27 de julho, no Edifício Texas, nova sede do PCB, às 18h.

Formato

Os candidatos aqui citados escolheram a forma presencial para a realização das convenções, mas o TSE também autoriza a realização por meio virtual ou híbrido. Após a escolha em convenções, as legendas já podem solicitar o registro das candidaturas no dia seguinte. A federação de partidos registrada no TSE também está habilitada a participar das eleições. Porém, neste caso, as convenções deverão ocorrer de maneira unificada, como se fosse uma única agremiação.

Proibição

Estão vedadas as coligações de partidos para as eleições proporcionais. Ou seja, para os cargos de deputado federal, estadual e distrital. No entanto, continuam válidas para os pleitos majoritários: presidente da República, governador de estado e senador. As coligações terão denominação própria e todas as prerrogativas e obrigações de um partido político no tocante ao processo eleitoral, funcionando como uma só agremiação.

Ex-ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves (Republicanos) quebrou o silêncio e confirmou nesta quinta-feira, 21, a retirada de sua pré-candidatura a senadora pelo Distrito Federal.

Negociado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), o acordo com o grupo político de José Roberto Arruda (PL) que rifou a pastora evangélica foi anunciado na última terça-feira pelo governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), mas Damares não havia se pronunciado até agora. Ela faz mistério sobre seu futuro na política.

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"O presidente Bolsonaro sugeriu que eu concorra a deputada federal, o que ainda não decidi. Tudo depende da posição do meu partido", publicou nas redes sociais.

De acordo com a ex-ministra, o sumiço se deveu a uma preparação para exames de checkup e Bolsonaro não a traiu. "Não me passou rasteira alguma e tampouco me forçou a recuar em minha pré-candidatura ao Senado pelo DF", afirmou. "Em nome do projeto do Brasil, entendi que eu poderia servir às famílias do DF e também ao meu país de outras formas e em outras posições".

Pelo acordo selado, Damares recuou para dar espaço à ex-ministra da Secretaria de Governo Flávia Arruda (PL), que será a candidata bolsonarista ao Senado no DF em dobradinha com Ibaneis. José Roberto Arruda vai sair para a Câmara dos Deputados, com o objetivo de fazer bancada. A costura impediu o lançamento de dois palanques bolsonaristas no DF, como temia o Palácio do Planalto. Na semana passada, Ibaneis havia anunciado chapa com Damares.

Como mostrou o Broadcast Político, o presidente nacional do Republicanos, Marcos Pereira, não foi consultado sobre o recuo de Damares. Ele afirma que a decisão sobre o futuro político da ex-ministra será negociado pelo diretório local do partido.

Antes de transferir o domicílio eleitoral para o DF, Damares ensaiava disputar o Senado no Amapá para enfrentar o senador Davi Alcolumbre (União Brasil), pré-candidato à reeleição que se distanciou do governo Bolsonaro após tensões no processo de indicação de André Mendonça ao Supremo Tribunal Federal (STF).

O World Emoji Awards, premiação que elege os principais símbolos utilizados na internet, elegeu - por meio de uma enquete no Twitter -, o emoji da carinha derretendo como o mais representativo de 2022. A definição se deu no Dia Mundial do Emoji, comemorado no último domingo (17). 

A votação começou no dia cinco de julho, quando os usuários definiram os nomeados, entre eles a carinha segurando as lágrimas e a carinha derretendo, que saiu vencedora na enquete com 54,9% dos votos. 

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O World Emoji Awards aponta que a figurinha vitoriosa é frequentemente usada de forma sarcástica, para falar de constrangimento, vergonha, sensação de pavor ou literalmente para falar do calor extremo. 

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As críticas do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) às inserções do programa do PL veiculadas na TV com a participação do presidente Jair Bolsonaro explicitaram suas divergências com o irmão Flávio Bolsonaro (PL-RJ) na condução da comunicação da futura campanha à reeleição.

Alinhado com o presidente do partido, Valdemar Costa Neto, Flávio comanda a comunicação institucional, que inclui as inserções de TV e rádio. O senador é responsável pela interface com o PL e conta com um "conselho" para as principais definições. Esse grupo tem a missão de "furar a bolha" do bolsonarismo mais radical e dialogar com os setores conservadores moderados.

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O outro grupo é liderado por Carlos - ele controla as redes sociais pessoais do presidente, que usa as plataformas como canais de diálogo com sua militância mais aguerrida.

Bolsonaro foi eleito em 2018 com uma campanha quase toda baseada nas redes sociais e com apenas oito segundos de exibição em cada bloco no horário eleitoral de rádio e TV. Nesta campanha, o pré-candidato à reeleição aceitou os conselhos do núcleo político e deve dar protagonismo ao horário eleitoral.

Aliados avaliam que o presidente deverá ter cerca de três minutos para propaganda no rádio e na TV em cada bloco diário. Pelos cálculos de interlocutores da pré-campanha, a produção na TV vai consumir cerca de R$ 10 milhões. O pacote da pré-campanha já custou até agora R$ 1,5 milhão - valor ainda menor que o projetado por outros pré-candidatos.

'DANE-SE'

A estratégia de comunicação, porém, gerou uma crise interna no clã Bolsonaro. Na semana passada, Carlos ironizou pelo Twitter a campanha de TV do PL. Nela, o presidente aparece cercado de jovens em uma conversa descontraída na qual defende valores da família. Em seguida, surge o refrão: "Sem pandemia, sem corrupção e com Deus no coração, seremos uma grande nação". "Vou continuar fazendo o meu aqui e dane-se esse papo de profissionais do marketing... Meu Deus!", escreveu o vereador após a divulgação dos comerciais.

Contratado pelo PL, o marqueteiro Duda Lima, que produziu os comerciais, passou a ser criticado por pessoas próximas à família Bolsonaro e que têm ligação com o conselho de comunicação. Em caráter reservado, um conselheiro do grupo afirmou que as inserções citam uma agenda negativa que estaria superada - pandemia (o rótulo de "genocida") e corrupção (caso das rachadinhas). Apesar das críticas, os vídeos foram aprovados pelo próprio presidente e também por Flávio.

DISTÂNCIA

Aliados e consultores de Bolsonaro consideram inviável integrar os núcleos de Carlos e Flávio, mas avaliam que é melhor manter distância entre as estratégias para as redes sociais e a TV.

O vereador carioca é o principal conselheiro do pai e único que tem a confiança do presidente para falar em seu nome. Mesmo assim, não tem ascendência sobre o restante da estrutura de comunicação da pré-campanha.

A leitura no entorno de Flávio é a de que Carlos consegue manter a alta voltagem que faz girar a roda bolsonarista no ambiente polarizado das plataformas digitais, mas que isso não é o suficiente.

Segundo reportagem da Folha de S.Paulo, o vereador do Rio não participa das reuniões formais da pré-campanha, que conta também com a participação do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (Progressistas), e do presidente do PL, Valdemar Costa Neto.

O conselho que tem Flávio como principal articulador decidiu ampliar as estratégias convencionais. Uma equipe de assessoria de imprensa foi estendida e um porta-voz para dialogar com a mídia tradicional foi contratado - algo que era impensável na campanha de 2018.

Apesar da liderança das intenções de voto permanecer com o ex-presidente Lula (PT), nesta sexta-feira (13), a pesquisa Ipespe apontou que Jair Bolsonaro (PL) conseguiu encurtar a distância. O atual presidente oscilou dentro da margem de erro e alcançou o melhor resultado de 2022.

Conforme o estudo, o petista estabilizou a posição com 44% dos votos, enquanto Bolsonaro subiu 1% e atingiu 32% das intenções. Essa é a menor distância entre os concorrentes desde julho do ano passado.

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O desempenho do núcleo da terceira via sequer incomoda o cenário polarizado. Ciro Gomes (PDT) pontuou com 8%, seguido por João Doria (PSDB), com 3%, André Janones (AVANTE), com 2%, e Simone Tebet (MDB), que marcou 1%.

Segundo Turno

Aparentemente sem surpresas em um eventual segundo turno, a disputa se consolidaria entre os dois principais pré-candidatos. O resultado cravou a eleição de Lula com 54% dos votos e Bolsonaro derrotado com 35% do eleitorado.

Com margem de erro de 3,2 pontos percentuais, o Ipespe telefonou para 1.000 pessoas entre os dias 9 e 11 de maio.

As convenções partidárias só acontecerão entre 20 de julho e 5 de agosto, mas a corrida dos pré-candidatos para formar as coligações já começou. Na última quinta-feira (5), por exemplo, o ex-prefeito de Jaboatão, Anderson Ferreira (PL), levou um baque ao ver o PSC se aliar ao pré-candidato Miguel Coelho (União Brasil).

O PSC, tradicionalmente, era da base dos Ferreiras. Até a janela partidária deste ano, a sigla era presidida em Pernambuco pelo irmão de Anderson, o deputado federal André Ferreira, que hoje está no PL. O patriarca da família, o deputado estadual Manoel Ferreira, continua no PSC, mas não deve disputar nenhum cargo nas eleições.

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Com isso, Anderson Ferreira só deve contar com a força do PL, que é presidido por ele, e com a ajuda do presidente Jair Bolsonaro (PL), que já declarou publicamente o seu apoio ao ex-prefeito de Jaboatão. 

“Essa movimentação é natural e ainda há muito a ser observado até as convenções. Hoje, temos pré-candidatos colocados na disputa que sequer contam com o apoio do seu próprio partido, então é muito cedo para se traçar qualquer análise. Estamos à frente da presidência do PL em Pernambuco e conseguimos estruturar um time competitivo, tanto para a Assembleia Legislativa quanto para a Câmara Federal”, revela Anderson.

Ele complementa que o seu principal foco é "continuar a ouvir pessoas, percorrendo cada canto do estado para traçar um projeto alinhado com o povo".

Marília Arraes é outra pré-candidata que, atualmente, só conta com o apoio do seu partido, o Solidariedade. No entanto, segundo a própria parlamentar, isso deve mudar a partir da próxima quarta-feira (11), com a adesão do PROS.

Arraes saiu do PT, onde estava há seis anos, depois de alguns desentendimentos com o partido. Ela chegou a ser cogitada para disputar o Senado pela sigla - que integra a Frente Popular. No entanto, alguns descontentamentos fizeram Marília sair do PT e se filiar ao Solidariedade para disputar o Palácio do Campo das Princesas.

Miguel Coelho

O ex-prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (União Brasil), hoje conta com o apoio de dois partidos: Podemos e PSC. Segundo a assessoria, o pré-candidato tem entre 35 a 40 prefeitos de todas as regiões de Pernambuco o apoiando nessa jornada.

"Também temos o apoio de alguns deputados federais e estaduais. Nossa meta é eleger, no mínimo, dez estaduais nessa frente partidária e cinco federais", detalha a assessoria de Miguel.

O ex-prefeito contará com a força política de seu pai, o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB) e do ex-ministro Mendonça Filho.

Raquel Lyra

A ex-prefeita de Caruaru, Raquel Lyra (PSDB) terá em sua chapa o Cidadania. Ela tem andado por diversos municípios pernambucanos na tentativa de atrair lideranças para fortalecer a sua campanha ao governo estadual.

Segundo a assessoria da parlamentar, o PSDB, partido presidido por ela em Pernambuco, e o Cidadania já possuem a chapa completa para as eleições deste ano, com a escalação dos pré-candidatos a deputado estadual (50) e a federal (26).

Danilo Cabral

Como de costume, a Frente Popular de Pernambuco, que escolheu Danilo Cabral para tentar manter a hegemonia do PSB no estado, terá o apoio da maior parte dos partidos. PT, PCdoB, PDT, MDB, Republicanos, PSD, PP, Avante e PV são as legendas que já declararam que estarão no palanque do socialista.

A deputada estadual Janaina Paschoal (PRTB), pré-candidata à vaga de São Paulo para o Senado neste ano, foi às redes sociais criticar o presidente Jair Bolsonaro (PL) por suposta interferência na disputa local. "Por que Bolsonaro quer um Senado de pau-mandado?", questionou a deputada, que já foi aliada do chefe do Executivo e é uma das autoras do pedido de impeachment da presidente cassada Dilma Rousseff (PT).

A postagem feita neste sábado, 7, no Twitter, ocorreu após a deputada federal Carla Zambelli (PL) começar articulações para disputar o cargo com o aval de Bolsonaro, na chapa do ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos). Tarcísio é pré-candidato ao governo do Estado neste ano.

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Zambelli, também na rede social, afirmou que segue pré-candidata para mais um mandato na Câmara dos Deputados. A deputada, no entanto, criticou a postagem de Janaina e acenou com a possibilidade de entrar na disputa pelo cargo majoritário: "É por essas e outras que me pedem para considerar o Senado". Ela acrescentou, ainda, que não se considera "pau mandado", "mas gratidão não prescreve e lealdade ao Brasil deve estar acima de tudo". Procurada, Zambelli não respondeu até a publicação deste texto.

Ao Estadão Janaina disse que, ao se referir sobre um "Senado de pau-mandado", ela quis dizer que Bolsonaro foge da independência e busca priorizar parlamentares que o adulem. "Talvez esteja mais dizendo que ele foge da minha independência e se ilude, achando que os aduladores o blindam", afirmou.

Janaina já foi aliada de Bolsonaro, inclusive foi cotada a vice na campanha de 2018. Ela foi eleita com mais de 2 milhões de votos e alcançou a maior votação para um parlamentar na história do Brasil. Zambelli integra a tropa de choque do presidente no Congresso. Enquanto a deputada federal se manteve fiel ao bolsonarismo, migrando para o PL, a parlamentar estadual já fez uma série de críticas ao governo e chegou a dizer que se arrepende de ter votado no presidente.

Aliado de Zambelli, o deputado estadual Gil Diniz (PL) criticou Janaina. "Impressionante a capacidade que você tem de tentar demonstrar uma certa ‘independência’ que não sei a quem ajuda, senão ao teu próprio ego!", afirmou. A deputada estadual replicou que não está pedindo aval ou apoio, mas que disse ser "muito estranha a insistência dele (Bolsonaro)" em inviabilizá-la ao Senado.

Apesar da discussão, Janaina afirmou, no Twitter, que a amizade com Zambelli continua e "nada vai mudar isso". No entanto, reforçou sua disposição para disputar uma vaga no Senado. "Quero deixar algo bem claro: eu sou pré-candidata ao Senado, ainda que venham Carla, Moro, Datena, Skaf, Tício, Mévio e Caio!".

Apoio

Ao Estadão Janaina afirmou que sua pré-candidatura ao Senado "não tem nada a ver com o presidente ou com o ministro Tarcísio". Tanto que, segundo ela, se reuniu com o então ministro em novembro e insistiu para que ele se candidatasse ao governo do Estado. "Eu disse que ele deveria vir, que eu o apoiaria, como estou apoiando, independentemente de ele me apoiar", disse.

A deputada estadual, no entanto, considera praticamente impossível contar com o apoio de Tarcísio ou Bolsonaro. "Essa sinalização de toda hora tentar lançar alguém, que o presidente vem fazendo - primeiro foi a ministra Damares, depois se juntou com Datena. Depois com Skaf, ou vice-versa. Agora tem tentado emplacar a Carla Zambelli - acho que são sinais que confirmam isso."

Ainda assim, ela disse que voltará a estar ao lado de Bolsonaro nas eleições deste ano, mesmo que isso não seja recíproco. "Ou é ele ou é Lula. Temos saída? A tal terceira via morreu!", acrescentou.

Disputas bolsonaristas

São Paulo não é o único Estado com disputas entre candidatos bolsonaristas ao Senado. No Distrito Federal, por exemplo,o Republicanos anunciou a pré-candidatura da ex-ministra Damares Alves ao cargo, que também será disputado por Flávia Arruda (PL), outra ex-ministra do presidente. Nos bastidores, o movimento é visto como pressão para Flávia ceder a vaga da primeira suplência de sua chapa para o Republicanos.

O Rio de Janeiro é outro exemplo. Enquanto o PTB quer lançar Daniel Silveira ao Senado, o ex-jogador Romário (PL), que ocupa a cadeira atualmente, já afirmou que ele é o candidato de Bolsonaro.

O deputado federal Carlos Veras abriu caminho e o PT oficializou a indicação do nome da deputada estadual Teresa Leitão para disputar a vaga ao Senado. Resta ao PSB referendar o nome da petista, já que a vice-governadora Luciana Santos (PCdoB) e o deputado André de Paula (PSD) também colocaram os seus nomes para a disputa.

A escolha do nome cabe ao governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), que, segundo assessoria, ainda está em tratativa com o PT para a definição do nome, mas as conversas de bastidores mostram que Leitão deve ser a escolhida - tendo em vista a aliança nacional dos socialistas e os petistas. 

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Em conversa com o LeiaJá, Carlos Veras confirmou que retirou o seu nome para o Senado a pedido do ex-presidente. “Diante da prioridade da eleição de Lula presidente e de ter uma bancada forte no Congresso Nacional, e eu sou o único deputado federal [eleito por Pernambuco] no partido com a saída de Marília, o presidente Lula pediu para cuidar da chapa federal, ser reeleito para ajudar nesse processo da bancada”, diz.

O deputado salienta que isso tudo faz parte de estratégias políticas encabeçadas pelo líder do PT. “Lula viu que era importante que eu continuasse na Câmara Federal e eu atendo com muita satisfação e seguirei na defesa da classe trabalhadora”, revela Carlos.

Uma das possibilidades para a vaga, Luciana Santos havia dito em entrevista exclusiva ao nosso site que a sua tendência não é concorrer à Câmara dos Deputados. “Como uma frente grande, ainda estamos dialogando e vendo qual a melhor equação para isso”, explicou.

“Discutimos essa questão do Senado por achar que a gente precisa construir uma chapa neste sentido de mudança, do ‘Fora Bolsonaro’ liderado pela possibilidade da vitória de Lula. A gente acha que essa identidade precisa estar explícita para dar mais nitidez à política. Por isso defendemos essa saída”, salientou. A vice-governadora também ressaltou que o maior objetivo é “derrotar Bolsonaro”.

Teresa e a vice-governadoria

Antes de ter o seu nome confirmado pelo PT para disputar a vaga ao Senado, a deputada estava sendo ventilada para ser vice na candidatura de Danilo Cabral (PSB) ao Governo de Pernambuco. No entanto, Teresa deixou claro que, como estratégia do partido, iria disputar a Câmara dos Deputados e que só abriria mão disso se fosse concorrer ao cargo de senadora - o que se confirmou.

"Em consonância com a estratégia do meu partido, o meu desejo é estar no parlamento federal em 2023 para, com Lula, fazer os enfrentamentos necessários nessa instância e devolver o Brasil aos rumos do desenvolvimento político, econômico e social. E para isso, minha candidatura precisa ser a deputada federal ou senadora", revelou.

"Sempre neguei as especulações em torno do meu nome para vice-governadora. Agradeço o reconhecimento e não diminuo a importância do cargo; porém, nas atuais circunstâncias, ele foge ao foco estratégico da tática eleitoral e do fortalecimento do PT", complementa.

Por meio das redes sociais, a petista agradeceu o gesto do deputado Carlos Veras e reafirmou o seu propósito em criar alternativas políticas. 

"Seguimos o caminho do fortalecimento do  PT e da Frente Popular em Pernambuco.  O propósito é criar as melhores alternativas políticas para nosso estado, e trabalhar para eleger Lula e candidatas e candidatos como Carlos Veras, que vão ajudá-lo a governar e devolver o Brasil às brasileiras e aos brasileiros", escreveu Teresa em sua conta no Instagram.

O deputado federal Paulinho da Força, presidente nacional do Solidariedade, circulou por dois lados distintos do xadrez político nos últimos dias. Na segunda-feira, 18, dias após receber vaias em evento do PT, posou ao lado de Eduardo Leite e Aécio Neves, que participam das articulações em prol da chamada "terceira via". Nesta terça-feira, 19, se encontrou - e também sorriu para foto - com Luiz Inácio Lula da Silva e Gleisi Hoffmann, que tentam segurá-lo no projeto petista.

O fato de o deputado ser disputado por apoio condiz com sua trajetória política. Apesar de ser líder da Força Sindical, o parlamentar não se posiciona automaticamente como fiel a Lula e ao PT. Em 2014, sua legenda apoiou a candidatura de Aécio Neves à Presidência; em 2016, ele deu voto favorável ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.

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Naquela época, participou de manifestações pró-impeachment e apareceu em imagens ao lado da faixa "tchau, querida", expressão que se tornou símbolo da defesa pelo impedimento.

Além disso, Paulinho tem um histórico de rivalidade com a Central Única dos Trabalhadores (CUT), considerada um importante reduto eleitoral para Lula. Sindicalistas desse grupo acusam o deputado de se aliar a políticos de direita, movimento que parte deles considera inadequado.

Em 2011, em entrevista ao portal Terra Magazine, o então presidente da CUT, Arthur Henrique, criticou Paulinho por supostamente se associar a empresários "para acabar" com a central única. Disse, também, que o parlamentar "mudou de lado e de postura", e o criticou por apoiar o PSDB e o DEM em uma votação do salário mínimo.

Agora, o deputado demonstra estar mais próximo da pré-candidatura de Lula que de outro presidenciável. Antes da definição de Geraldo Alckmin em se filiar ao PSB, Paulinho chegou a oferecer sua legenda para abrigar o ex-governador paulista e viabilizá-lo como vice do líder petista.

Contudo, após ser vaiado por militantes petistas em ato com centrais sindicais na semana passada, o parlamentar deu sinais de ressentimento ao cancelar o ato em que o Solidariedade anunciaria apoio ao PT. O encontro com Leite, apenas alguns dias depois, tornou-se emblemático por se inserir nesse contexto.

Na saída da reunião desta terça com Lula e Gleisi, Paulinho disse que "selou compromisso" com os petistas. "Vamos fazer um evento da direção da Executiva nacional do Solidariedade no dia 3, conforme tinha combinado com a Gleisi, para selar a aliança do Solidariedade com o Lula e vamos no lançamento da candidatura do Lula no dia 7 de maio", afirmou.

Em confronto válido pelas semifinais do Pernambucano Betsson 2022, o Retrô derrotou, nesta quarta-feira (13), na Arena de Pernambuco, o Salgueiro e garantiu a classificação para a final da competição, onde enfrenta o Náutico. O único gol do confronto foi marcado por Renato Henrique, artilheiro do campeonato, de pênalti. 

Na primeira etapa, o Retrô construiu as melhores oportunidades. Com pouco mais de 16 minutos de jogo, Renato sofreu pênalti dentro da área e o árbitro Rodrigo Pereira assinalou. Apesar da marcação, a assistente Karla Santana havia marcado posição irregular do atacante, cancelando a cobrança a favor da Fênix. Já aos 37 minutos, o feito se repetiu. Dessa vez, com a penalidade válida, Renato abriu o placar na Arena de Pernambuco, dando a vitória parcial ao Retrô no primeiro tempo.

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Já no segundo tempo, a Fênix deu uma esfriada e o Salgueiro cresceu nas investidas. Mas logo no começo, o artilheiro da competição ganhou mais uma oportunidade de ampliar o marcador. Aos cinco minutos, Lucão cometeu a falta em cima de João Guilherme dentro da área e o pênalti foi assinalado. Mais uma vez Renato foi para a cobrança, mas acabou isolando para a arquibancada. Perto do fim, precisamente aos 48 minutos, o Carcará tentou de cabeça com Bruce, mas Jean foi seguro no lance, garantindo o avanço da equipe azulina para a final do Pernambucano.

O resultado, que coloca o Retrô na fase seguinte, leva o clube para sua primeira final do Pernambucano. Agora, os azulinos encaram o Náutico, em partida de ida e volta, tendo a vantagem de decidir em casa pela melhor campanha. A partida de ida será no dia 21 deste mês (quinta-feira), às 16h30, nos Aflitos, e a volta está marcada para o dia 30 (sábado), às 16h40, na Arena de Pernambuco.

Veja os melhores momentos:

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*Da FPF

Os jovens brasileiros de 16 a 17 anos, que têm direito ao voto facultativo, tornaram-se alvo de uma nova disputa entre direita e esquerda nas redes sociais. Com a aproximação do fim do prazo para a emissão de novos títulos eleitorais, influenciadores e políticos bolsonaristas criaram a campanha "Sou Jovem, Sou Bolsonaro".

Foi uma reação a ações pelo alistamento eleitoral e o voto contra o presidente de personalidades e artistas identificados com a esquerda, como Anitta, Pablo Vittar e Felipe Neto.

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Os dois lados disputam os cerca de 10 milhões de brasileiros de 16 e 17 anos. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 2022 é um dos anos de menor emissão de títulos das história. A Corte tem feito campanha para conquista do voto adolescente.

Entre 1º de março e 6 de abril, foram identificadas 287,7 mil postagens no Twitter com hashtags convocando a participação de jovens nas próximas eleições.

A informação foi apurada pela Diretoria de Políticas Públicas da Fundação Getulio Vargas (FGV DAPP). A campanha encabeçada pelos influenciadores alinhados ao governo e por aliados do presidente Jair Bolsonaro produziu o momento de maior agitação em torno do assunto. Foi em 26 de março, quando o debate contabilizou 167 mil tuítes, com menções pelas hashtags #jovenscombolsonaro e #soujovemsoubolsonaro.

A ação contou com deputados federais, como Bia Kicis (PL-DF) e Carla Zambelli (PL-SP), a deputada estadual Ana Caroline Campagnolo (PL-SC) e o vereador por Belo Horizonte Nikolas Ferreira (PL-MG), um dos mais influentes nas redes sociais.

Em um dos vídeos compartilhados pelo mineiro, influenciadores convocam os jovens para que eles tirem o título de eleitor e criticam a campanha promovida pelo TSE e pela esquerda.

"Nós temos visto pessoas públicas usarem da sua influência para corromper a nossa fé", diz um dos trechos da publicação de que Nikolas participa. "Figuras que desprezam a imagem de um Criador, repudiam a Bíblia e atacam a família. Esses artistas estão usando a sua inocência e inexperiência de jovem adolescente para articular seus planos maléficos esquerdistas. Nós já nos posicionamos na linha de frente para essa guerra. O exército já está posto e não vamos recuar. Nós te convocamos para fazer parte disso."

Alistamento

A reação dos bolsonaristas cresceu nas redes. O número de jovens que buscaram os Tribunais Regionais Eleitorais para a emissão do documento subiu. O alistamento na Justiça Eleitoral no mês de março registrou um salto de 45,63%, quando comparado a fevereiro, entre adolescentes de 15 a 17 anos. Os números foram divulgados pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Edson Fachin.

Entre os jovens com 15 a 17 anos, o número de novos títulos passou de 199.667 em fevereiro para 290.783 em março, crescimento superior a 45%.

Em 2012 houve mais de 4 milhões de pedidos de emissão do título entre os 15 e 18 anos. Já em 2022, havia 854 mil até 21 de março. O número era inferior ao registrado em 2020, ano da última eleição, com 1,36 milhão de solicitações.

Vanessa Lima é publicitária, ativista política e a responsável por reunir vídeos de jovens de todo o País que declararam apoio a Bolsonaro e divulgá-los nas redes. "A campanha foi uma ação voluntária. Fui procurada para liderar o movimento e viabilizar a divulgação dos vídeos. Foi uma campanha que partiu deles, não de adultos, em reação às ações do TSE e dos artistas. Os vídeos foram chegando pelas redes sociais, Telegram, pelas hashtags... Não importa a preferência do jovem. O que importa é que eles estão prestando atenção. Querem debater e opinar", afirmou.

Apoiadora do movimento, a influenciadora Jessica Seferin, presidente do movimento Jovens de Direita acumula cerca de 80 mil seguidores nas redes sociais. "Nas últimas décadas a esquerda doutrinou nossos jovens", disse. "A campanha foi uma resposta a esses artistas."

Após manifestações de Anitta, Bruna Marquezine e Zeca Pagodinho defendendo o alistamento precoce, pais e mães também passaram a compartilhar vídeos dos seus filhos. Neles, os jovens declaram apoio ao presidente com os novos títulos em mãos.

A cantora, que recentemente chegou à primeira posição no Spotify Global com a música Envolver, é uma crítica contundente do governo Bolsonaro. "Então agora é isso, hein... me pediu foto quando me encontrou em algum lugar? Se for maior de 16 eu só tiro a foto se tiver foto do título de eleitor", afirmou Anitta no Twitter no dia 23 de março.

Carla Zambelli foi uma das críticas ao movimento liderado pelos artistas. "Esses artistas não falam de outra coisa a não ser atacar a escolha da maioria do povo, é um presidente eleito, e divulgar a imagem de um criminoso descondenado", afirmou, em referência ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que lidera as pesquisas de intenção de voto.

Tik Tok.

No Tik Tok, a influenciadora Julia de Castro acumula cerca de 600 mil curtidas em vídeos críticos ao PT e de apoio ao presidente, um deles sobre a campanha de emissão de títulos. "Jovens não entendem de política, jovens são fãs, jovens idolatram essas pessoas, jovens estão preocupados com a próxima dancinha do Tik Tok e com a música da Anitta chegar no top 1 global", disse Julia que encampou a campanha para que os jovens conservadores solicitem o primeiro título de eleitor.

Citado nas manifestações dos artistas, Lula figura nas campanhas de expedição do título de eleitor. A hashtag #lulapalooza aparece em postagens que convidam jovens a providenciarem o documento, de acordo com a FGV.

As demais hashtags fazem apelos genéricos, como #roledaseleicoes, uma campanha do próprio Tribunal Superior Eleitoral; #tiraotítuloarmy, referente à fanbase do grupo musical Bangtan Boys; e #seuvotoimporta.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ex-presidente Lula (PT) afirmou, na manhã desta terça-feira (5), que foi adversário do ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSB), mas os dois não foram inimigos. Ele destaca que na época que disputaram o comando da Presidência, havia um debate civilizado. 

"Eu mudei, o Alckmin mudou e o Brasil mudou. Eu fui adversário do Alckmin, não inimigo. Feliz era o Brasil que tinha disputa entre dois partidos democráticos, porque existia debate civilizado, sobre programa de governo", disse em entrevista para a Rede T, do Paraná. 

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O pessebista foi escolhido para ser vice de Lula, o que desagradou não apenas integrantes do PT, como aliados do PCdoB e PSOL, assim como apoiadores do ex-presidente; no entanto, o PT segue adiante com a decisão. Quando adversários, Geraldo não media palavras para atacar os petistas, chegando a chamar Lula de ladrão.

Terceira via

Na manhã de hoje, o petista falou sobre a "terceira via" para as eleições de 2022. "Estão procurando alguém da terceira via. Mas o que essas pessoas fizeram? Eu tenho um legado: promover a inclusão social, aumento salarial, ajudar a agricultura a se transformar em potência. Se a pessoa quer, apareça e se submeta ao povo. Ser líder é diferente de ser candidato", disse.

Vale salientar que até o momento as pesquisas mostram que a disputa pelo Palácio do Planalto deve ser polarizada entre o atual presidente Jair Bolsonaro (PL) e Lula. 

A terceira via ainda está sendo costurada, mas sem um candidato forte capaz de conseguir dois dígitos nas intenções de voto. A última pesquisa Ipespe divulgada no dia 25 de fevereiro, por exemplo, mostrou que o ex-ministro Sergio Moro (União Brasil) e o ex-governador Ciro Gomes (PDT) tinham 8% e 7% das intenções de voto, respectivamente. 

Atualmente, existe uma incerteza se Moro irá disputar a Presidência da República. Com a saída do ex-ministro, o pedetista se fortalece na terceira colocação - mas longe de Lula e Bolsonaro.

Sem Plena democracia

O petista aproveitou para alfinetar o presidente Jair Bolsonaro afirmando que ele vai terminar o seu mandato sem conversar com parte da população, além de "atacar a democracia".

"Não temos uma plena democracia hoje no Brasil. Temos um governo que vai terminar seu mandato sem conversar com sindicalistas, com movimentos sociais, sem ter visitado uma família que perdeu um parente para a Covid. E o presidente ataca a democracia e a imprensa todo dia", pontuou.

O ex-ministro do Turismo, Gilson Machado, afirmou por meio de sua conta no Twitter que o ex-presidente Lula (PT) deve "pular do barco na hora certa". Isso porque, segundo ele, "as pesquisas demonstram clara tendência de vitória do presidente Bolsonaro". 

Com um tuíte um pouco confuso, o ex-ministro publicou: "Ele [Lula] não será candidato. Pode ser tudo, só não é burro. Tem especificação do mundo real e o presidente Bolsonaro tem clara tendência de vitória nas pesquisas. A janela partidária mostrou o grau de contrariedade do governo que define o partido", disse.

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Para Gilson, Lula ser derrotado nas urnas "tira toda a narrativa de golpista", ao qual o presidente Bolsonaro também é taxado por conta do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). 

"Uma derrota nas urnas tira toda narrativa de golpista, afinal, essa narrativa será o último capital que eles se apegarão. Prepare-se para o anúncio de doença grave ou cansaço. Na hora certa ele pula do barco", escreveu Machado.

O ex-deputado federal Cabo Daciolo se filiou ao PDT na última sexta-feira (1º) e confirmou, por meio de suas redes sociais neste sábado (2), que irá disputar uma vaga no Senado Federal pelo Rio de Janeiro. 

Em outubro de 2021, o ex-parlamentar, que disputou a Presidência em 2018, havia colocado o seu nome como pré-candidato para a disputa Executiva deste ano após se filiar ao Brasil 35 - antigo PMB.

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No entanto, em dezembro do mesmo ano, Daciolo retirou o seu nome da disputa e disse que apoiaria a campanha de Ciro Gomes (PDT). Ele chegou a declarar seu "amor" pelo presidenciável.

“O Espírito Santo está me tocando aqui, e eu quero dizer para você que o Cabo Daciolo não é mais pré-candidato à Presidência da República”, disse na época.

O ex-deputado federal chegou a ser sondado pelo PROS para disputar o governo do Rio de Janeiro. Mas agora, ao que tudo indica, Daciolo deve se firmar mesmo no PDT e tentar levar a vaga ao Senado. 

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