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Candeeiro é um espaço cultural independente, idealizado pelo fotógrafo e produtor cultural Natan Garcia e pela pesquisadora e artista visual Heldilene Reale. Localizado na rua Cametá, 175, no bairro da Cidade Velha, em Belém, será reaberto a partir das 21 horas desta sexta-feira (9), tendo como proposta integrar experiências com o universo das artes visuais por meio de exposições, programações como oficinas, bate- papos e workshops.

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A galeria foi inaugurada no dia 10 de julho de 2020, com a exposição virtual “Diálogos no Silêncio”. “Mesa Posta”, que será inagurada nesta sexta, é a segunda exibição no espaço, porém é a primeira a receber artistas convidados, dentre eles: Rafael Matheus Moreira, Santana de Carvalho, Suelle Reis, Cleber Cajun, Dairi Paixão, Débora Oliveira, Délen Castro, Gonçalves Filho, Lua Portugal e Jessica Soares.

   A partir de suas habilidades, que envolvem desenhos e grafite, os artistas vão produzir pratos com temas que atravessassem seus processos de criação. Além disso, apresentarão uma mesa, que ao longo dos meses de permanência da exposição será utilizada para realização da performance “Mesa Imposta”, e da realização do Projeto Café com Artista.

  Heldilene Reale, uma das idealizadoras do trabalho, disse que a pandemia de covid-19 alterou os planos da exposição. “Havia a intenção de o projeto ser inaugurado ainda em abril, só que com a questão da pandemia acabamos adiando a abertura física. Mas em junho, decidimos retomar a ideia, pois o projeto vem acompanhando a gente desde 2019. Então fomos para a Cidade Velha em busca de casas que pudessem agregar ao que seria a parte física”, informou.

  A pesquisadora também falou sobre o quão importante é a realização desse projeto dentro de uma realidade pandêmica. “Acho que acaba sendo a própria questão apresentada na performance 'Mesa Imposta' (ação performática programada para o Facebook e o Instagram, também nesta sexta-feira, com críticas ao corte de verbas para a cultura), pois a classe cultural já vinha sofrendo mesmo antes da pandemia. Sempre foi muito difícil fazer cultura no Brasil, e com a questão da quarentena, a gente decidiu continuar estimulando a criatividade dos mais diversos eixos dentro das artes”, destacou.

  Para ver a exposição, basta acessar: www.candeeiro.art.br. Caso busque mais informações, acesse candeeiro.gc pelo Instagram e Facebook.

Por Henrique Herrera.

A mostra "Feito Tatuagem", desenvolvida pelo fotógrafo Sérgio Santoian e pela maquiadora e artista plástica Louise Helène está em cartaz na estaçã Trianon-Masp, da Linha 2-Verde do Metrô de SP. Diversos artistas de diferentes áreas foram selecionados para escolher uma palavra, uma mensagem que veio do coração de cada um, e que foi transcrita nos corpos dos modelos, como uma tatuagem.

As palavras retratadas na série de fotografias propõem a reflexão e o diálogo sobre a depressão e também sobre outras possíveis causas do suicídio, dentro da campanha do Setembro Amarelo.

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O projeto começou a ser idealizado e ganhou forma em 2019, quando Louise e Santoian sentiram a necessidade de expressar suas angustias, perplexidades e perspectivas de vida. "Gostamos de dizer que o projeto é o nosso grito mudo, uma maneira de comunicar sem falar. É por meio da experiência plástica e imagética que convidamos as pessoas a refletirem. Todos esses encontros promovidos através do projeto nos melhoram como seres humanos e como artistas. Acreditamos na sua potência transformadora, que nos mantém abertos para um constante diálogo", comentam.

Além das imagens na estação, que ficam em cartaz até novembro, o público também pode conferir o trabalho no site biblioteca.metrosp.com.br.

 

A paralisação da NBA e de outras ligas nos Estados Unidos por alguns dias em apoio aos protestos contra o racismo e a brutalidade da polícia, que baleou Jacob Blake, um homem negro, com sete disparos, em Kenosha, Wisconsin, reacendeu a discussão sobre a importância do posicionamento dos jogadores brasileiros diante da discriminação racial.

No Brasil, apesar da proliferação de casos de violência contra negros (pretos e pardos são 75% dos mortos pela polícia, segundo relatório da Rede de Observatórios da Segurança), o cenário é diferente, e são poucos os atletas que se manifestam contra a discriminação racial.

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Segundo especialistas ouvidos pelo Estadão, os atletas não são os únicos responsáveis pela omissão diante da pauta antirracista. A questão é complexa e o problema é estrutural, de modo que há fatores que desencorajam o atleta a se posicionar.

"Não depende só deles. É preciso que as entidades, clubes e federações incentivem essas manifestações porque o que estamos vendo nos EUA, além de ser algo coletivo, é também algo apoiado por essas instituições", diz Marcelo Carvalho, fundador e diretor do Observatório da Discriminação Racial no Futebol, que mapeia casos de racismo no País e exterior.

O relatório mais recente, ainda não lançado, aponta que houve 65 denúncias no futebol brasileiro em 2019 - 13 a mais do que em 2018. A entidade ainda monitora outros preconceitos como xenofobia e homofobia.

Outro fator que desmotiva o jogador a se posicionar é o medo de represálias, algo que acontece até com famosos, como Colin Kaepernick, astro da NFL. "Aqui no Brasil a gente está voltado para o individual, desejando que os atletas se manifestem e que desse posicionamento saia algo coletivo. Mas a gente esquece que o histórico mostra que quem se posicionou sofreu represálias. Então, isso faz com que muitos, por mais que queiram, não o façam porque têm medo, receio", diz Carvalho.

"O sistema não quer que ele fale sobre isso. O sistema e a estrutura são racistas. Se ele se manifestar, vai perder patrocínio, possibilidade de transferência. Vai ser visto como um negro encrenqueiro", destaca o ex-árbitro Márcio Chagas, um dos poucos negros que apitou partidas de futebol no País.

Ele fala com a experiência de quem já foi vítima de injúria racial. Em 2014, teve bananas atiradas em seu carro após trabalhar no jogo Esportivo e Veranópolis, em Bento Gonçalves. Não teve apoio da Federação Gaúcha e encerrou a carreira mais cedo. "O sistema desenhado no futebol nada mais é do que uma representação contemporânea da escravatura. Paguei o preço quando denunciei."

A questão, porém, vai além do medo das represálias. Está ligada à cultura brasileira, na qual impera a falta de conhecimento dos atletas, e da sociedade no geral, sobre a história dos negros. Além da educação, o lado financeiro é ainda um empecilho para que haja avanços.

"O pessoal aprende na escola a dar importância para a princesa Isabel, e não valoriza nossos heróis negros, Malcom X, Zumbi dos Palmares etc. Os jogadores não têm conhecimento para lutar contra esse sistema racista", enfatiza Wilson Santos, ex-jogador que passou por São Paulo e Inter, por exemplo.

Wilson é sobrinho de Wladimir, jogador que mais vezes vestiu a camisa do Corinthians, com 805 jogos, e figura importante na Democracia Corintiana, movimento que lutou contra a ditadura militar. "Venho de uma família em que conversávamos sobre racismo, com meu tio Wlad. Nossa autoestima sempre foi alta. Por mais que a gente escutava muitas coisas sobre tipo de cabelo, cor da pele, a gente conversava em casa e reforçava que éramos bonitos, nosso cabelo era bom. Não deixávamos nos abalar", reitera.

"O racismo é um crime perfeito no Brasil porque quem denuncia acaba se tornando vilão e quem comete vira vítima. O jogador ou quem se posiciona é vitimista, oportunista, ‘mimizento’. Quem denuncia se sente sozinho e não tem acolhimento algum", observa Márcio.

O esporte brasileiro carece de um LeBron James. Não conta com astros como a tenista Naomi Osaka e o piloto de Fórmula 1, Lewis Hamilton. Todos eles ecoaram os protestos nos EUA. "Os atletas de nome que têm voz na NBA vivem a realidade lá. Os nossos melhores não estão nem aqui, não vivem a realidade do Brasil", diz Carvalho.

FALTA ESTUDO - No geral, a construção moral do atleta americano passa pelas universidades, ao contrário do que ocorre com os jogadores brasileiros de futebol, que não incentivados a estudar as mazelas sociais e criar uma visão crítica. Existe o agravante de que são condicionados, pelas pessoas ao seu redor, a só focarem no futebol e se fecham num bolha.

Esse ambiente impede que enxerguem o que ocorre no mundo. "Quando jogava, sentia na pele, mas estava tão concentrado no jogo que encarava como uma forma de o rival me tirar do sério. Escutava, mas relevava. Ficava bravo, mas não queria me desconcentrar", diz o ex-zagueiro Wilson. Ele cobra apoio de federações, clubes e entidades esportivas no envolvimento das causas sociais, como nos EUA.

DESIGUALDADE SOCIAL INCOMODA - Há atletas brasileiros, porém, que já encampam essa luta e se tonam um contraponto à postura da maioria de seus colegas. É o caso de alguns jovens futebolistas, como Paulinho, do Bayer Leverkusen, Gregore, do Bahia, Jean Pyerre, do Grêmio, e Lucas Santos, do Vasco, que têm se engajado nas causas sociais do País, seja pela proximidade com as redes sociais, que lhes dão a possibilidade de interagir e mostrar suas visões de mundo, ou pela influência familiar.

Lucas Santos foi criado na comunidade Para-Pedro, na zona norte do Rio de Janeiro. Lá, desde cedo, notou a desigualdade marcante na vida dos que estavam ao seu redor. Logo, com a ajuda da família, o meia foi pavimentando seu caminho no futebol ao mesmo tempo em que moldava sua consciência de classe e de raça. Com 21 anos apenas, ele impressiona pelo discurso consciente.

"Todos os esportes deveriam fazer um movimento ou tomar uma atitude na questão racial e contra todos os tipos de preconceito. O boicote da NBA vai mexer um pouco com a estrutura racial aqui no Brasil. Porém, acho que o futebol brasileiro não teria rodadas paralisadas, infelizmente", admite ao Estadão o meia do Vasco. "Falta aos jogadores daqui ter mais ciência da importância da briga contra esse preconceito e os outros também", comenta.

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Um dos mais importantes símbolos da devoção à Nossa Senhora de Nazaré, padroeira dos paraenses, a corda do Círio já está em Belém. Sem as procissões em 2020, por causa das mudanças ocorridas na festividade deste ano em função da pandemia do nvo coronavírus, a corda ficará em exposição para que os fiéis possam expressar sua fé na Virgem e pagar promessas, conforme a tradição.

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Uma parte dela ficará na Estação das Docas, a partir de 23 de setembro, e outra seguirá uma programação definida pelo arcebispo de Belém, dom Alberto Taveira Corrêa, entre as 95 paróquias de Belém. No sábado, dia 12, a partir das 15 horas, a corda será vistoriada pela Diretoria da Festa de Nazaré no colégio Santa Catarina.

A corda foi produzida em Santa Catarina, como nos anos anteriores. Um dos símbolos que representam a fé dos devotos de Nossa Senhora de Nazaré é de sisal, tem 800 metros de comprimento com 50 milímetros de diâmetro.

A corda chegou a Belém dividida em duas partes de 400 metros. Ela permanece adaptada às estações de metal que auxiliam no traslado das berlindas durante as romarias.

A corda passou a fazer parte do Círio em 1885, quando uma enchente da Baía do Guajará alagou a orla desde próximo ao Ver-o-Peso até as Mercês, no momento da procissão, fazendo com que a berlinda ficasse atolada e os cavalos não conseguissem puxá-la. Os animais então foram desatrelados e um comerciante local emprestou uma corda para que os fiéis puxassem a berlinda. Desde então, foi incorporada às festividades e passou a ser o elo entre Nossa Senhora de Nazaré e os fiéis. As informações são do site da Basílica Santiário de Nazaré.

Também nesta quinta-feira (10) houve o lançamento da campanha feita pela Guarda de Nazaré para a festividade deste ano: “Corda que nos une”. O objetivo é dar sentido às principais características da fé dos paraenses na Virgem de Nazaré, união, fraternidade, caridade, humildade, entre outros, que este ano estão sendo colocados em prática especialmente em família, no lar.

Outro propósito é demonstrar que assim como a corda une os promesseiros, a mesma ligação, mesmo que não presencial, é necessária para o fim da pandemia da covid-19. O lançamento também promove a venda de um kit promocional que contém camisa e máscara, e será comercializado por R$ 40,00. O valor arrecadado será destinado às obras pastorais e evangelizadoras da Guarda de Nazaré. 

Clique no ícone abaixo e ouça entrevista com Albano Martins, coordenador do Círio 2020.

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Da assessoria da Diretoria da Festa.

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A Arte Plural Galeria, localizada no Bairro do Recife, está retomando suas atividades presenciais. A partir desta semana, com horário reduzido e alguns protocolos de segurança, será possível visitar duas exposições em cartaz no local. Nesta primeira fase, a galeria estará aberta às segundas, quartas e sextas.

Para receber os visitantes, nesta retomada gradual, a Arte Plural providenciou algumas medidas de segurança contra o coronavírus. Além de um tapete para higienização na entrada do espaço, também estará disponível aos frequentadores álcool em gel. Só será permitido o acesso de até cinco pessoas por vez nas dependências da galeria e todos devem fazer uso de máscara de proteção individual.

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Nesta primeira fase, a galeria funcionará e horário reduzido, nas segundas, quartas e sextas, das 10h às 17h. Estão em cartaz duas exposições, Fotografia de João Urban em Pernambuco: a paisagem e o sagrado, disponível nos dois ambientes térreos; e Ressignificados, que reúne, no primeiro andar, obras de sete artistas com DNA pernambucano: artistas Gabriel Petribu, Gustavo Bettini, Manoel Veiga, Antônio Mendes, Conchita Brennand, Gegê Pedrosa e Roberto Ploeg.

Serviço

Arte Plural Galeria

Segunda, quarta e sexta - 10h às 17h

Rua da Moeda, 140 - Bairro do Recife

Bruno Lima leva sua exposição Se essa rua fosse minha para o RioMar Shopping. Após inaugurar na galeria de arte Bruno Lima Connection, a mostra chega aos corredores do centro de compras para uma temporada durante o mês de setembro.

Em Se essa rua fosse minha, o artista Bruno Lima presta uma homenagem à Rua do Bom Jesus, nomeada recentemente como a terceira mais bonita do mundo, segundo a revista americana Architecture Digest. Os visitantes poderão conferir a exposição no Pátio de Eventos II do RioMar até o dia 20 de setembro. 

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Serviço

Se essa rua fosse minha

Até 20 de setembro - 10h às 22h

Pátio de eventos II - RioMar Shopping

Gratuito

A partir desta terça-feira (18), a mostra “Leonardo da Vinci – 500 Anos de um Gênio” exposta no Museu da Imagem e do Som (MIS) Experience de São Paulo, vai receber visitas por meio de uma plataforma digital.

Com a impossibilidade de o público se fazer presente no ambiente físico da exposição devido à pandemia, o acervo que apresenta grande parte da história de um dos maiores artistas da humanidade estará disponível na Internet.

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Na visitação ao ambiente digital, o público vai ter acesso às mesmas experiências do espaço físico. A visita virtual, equipada com áudio-guia, permite a observação de áreas temáticas, da sala de projeção com imagens em 360 graus e da contemplação dos objetos em realidade aumentada.

A curadoria também preparou alguns vídeos educativos com curiosidades sobre a vida e obra de Leonardo Da Vinci (1452-1519), considerado um dos maiores expoentes do Renascimento.

Para acessar o conteúdo da exposição no novo ambiente virtual, os visitantes devem adquirir um ingresso que custa R$ 20 e é válido por 24 horas. As escolas públicas paulistas podem reservar a visita gratuita para que alunos participem da experiência imersiva na obra de Da Vinci.

Tanto a compra dos ingressos como o acesso à mostra são feitos pelo site  www.exposicaodavinci500anos.com.br.

Serviço

Mostra digital ‘Leonardo da Vinci – 500 Anos de um Gênio’

A partir de 18 de agosto

Valor do acesso: R$ 20

Ingressos: www.exposicaodavinci500anos.com.br

A pandemia do novo coronavírus tem transformado a maneira como o mundo consome arte e entretenimento. Artistas das mais diversas linguagens estão precisando se adaptar e até se reinventar para que suas obras possam chegar até o público. Em São Paulo, uma exposição de arte foi montada em estilo drive thru para recriar uma visita ao museu de maneira segura em tempos de quarentena. A DriveThru.Art reúne artistas plásticos da atualidade que estão expondo seus trabalhos em um modelo bastante diferente do convencional. 

Montada em um galpão localizado na Vila Leopoldina, bairro da capital paulista, a DriveThru.Art conta com 18 obras e fica em cartaz até o próximo domingo (9). A entrada dos carros é feita por ordem de chegada, a cada sessão, e os automóveis devem seguir um percurso pré-definido, de faróis apagados. Cada veículo pode permanecer, no máximo, por dois minutos diante de cada tela e todos os ocupantes devem estar usando máscaras. Através da leitura de um QR Code, com o celular, o público poderá ouvir áudios que descrevem as telas expostas e propõem reflexões sobre cada uma. 

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Para visitar a exposição é preciso adquirir um ingresso no valor de R$ 40, mais taxas. São permitidas quatro pessoas por veículo, contando com o condutor, e é proibida a saída do carro durante a visitação. Pessoas que não dispõem de automóvel podem fazer uso de veículos disponibilizados pela produção do evento, que contam com seus próprios motoristas. Os ingressos podem ser comprados com antecedência pelo site da DriveThru.Art. 

 

Uma galeria de arte de Tóquio sugeriu que os visitantes "roubassem" as obras que quisessem, e, por conseguinte, a exposição durou apenas 10 minutos. Como para muitos a cultura era o de menos, boa parte do recolhido acabou em sites de leilão.

Os organizadores acharam que o evento seria bastante confidencial, mas as informações se espalharam rapidamente pelas mídias sociais. Logo, quase 200 pessoas compareceram à abertura do evento, pouco antes da meia-noite da última quinta-feira.

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Os "malfeitores" foram tão eficazes que a exposição ficou esvaziada de suas obras em menos de dez minutos. A intenção era que durasse dez dias. Havia tanta gente que a polícia teve que ir ao local, onde os organizadores esclareceram qualquer mal-entendido. Roubar era permitido.

Essa exposição funcionaria como um "experimento", supostamente para transformar a relação entre artistas e o público, segundo Tota Hasegawa, promotora do projeto, contou à AFP.

Yusuke Hasada, de 26 anos, conseguiu se apossar de uma nota emoldurada de 10.000 ienes (cerca de US$ 93), que fazia parte da instalação "My Money", do artista Gabin Ito.

Ele chegou uma hora antes do horário previsto para a abertura. O jovem, um dos poucos que não saiu de mãos vazias, posicionou-se estrategicamente em frente à entrada da galeria.

O prazer da transgressão

"Quando eles (os organizadores) anunciaram que abririam antes, todos atrás de mim se apressaram para entrar. Eu quase caí", relatou Hasada à AFP. "Foi aterrorizante", acrescentou. O jovem diz que quer guardar o objeto para decorar o apartamento.

Já outros mostraram ter outros interesses: poucas horas após o "roubo", vários itens da exposição já estavam à venda nos sites de leilão, às vezes a preços de até 100.000 ienes (mais de US$ 900).

Yuka Yamauchi, uma engenheira de 35 anos, chegou quando faltavam quinze minutos para a meia-noite, a tempo de ver os outros saírem com as obras. "Faz um tempo que não via tantas pessoas", ressalta Yamauchi. Hoje, a maioria dos habitantes de Tóquio evita aglomerações por medo de contrair o coronavírus, que na capital japonesa.

A jovem teve que se contentar com um prêmio de consolação: um pregador que provavelmente foi usado para pendurar uma das obras. "Encontrei no chão, então guardei como lembrança", conta ela, rindo.

A possibilidade de roubar objetos atrai mais público e dá aos visitantes um certo prazer, o de transgressão, explica Minori Murata, artista que expôs carteiras com dinheiro e cartões de crédito. A sociedade japonesa não tem o costume de desrespeitar as regras e proibições, e a incidência de criminalidade no país é muito baixa.

Nesta segunda (15), um novo capítulo botou ainda mais fogo na ‘treta’ entre Ludmilla e Anitta. Lud publicou um longo vídeo, com direito a prints e áudios, além de colagens de matérias jornalísticas, expondo a ex-amiga. Segundo a dona do hit ‘Verdinha’, Anitta mentiu diversas vezes e tentou desmerecê-la em várias ocasiões. 

No vídeo, Ludmilla relembra várias ocasiões em que o seu nome e o de Anitta ganharam as manchetes e comentários por conta de possíveis desavenças entre elas. A começar pelos créditos da composição Onda Diferente, a qual Lud diz ter escrito sozinha. A cantora também citou os deboches recentes de Anitta, inclusive brincando em relação ao seu relacionamento com Brunna Gonçalves: “eu e Bruna a gente luta pra caramba pra ter respeito pra ela ficar tratando nossa relação com as dela. Fica banalizando”.

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Ludmilla também revelou que faria parte da música Combatchy, mas que acabou desistindo por “não aguentar mais” a forma como a ex-colega agia.” Já tava cansada de engolir esse achismo dela, esse ego dela o tempo inteiro. Eu aguentei muita coisa calada para não ter briga e enfim, espero que essa seja a última vez que eu esteja entrando nesse assunto. Toda vez, falar sobre ela me traz uma coisa muito ruim”.

Durante 11 minutos, Lud falou de Anitta como sendo uma pessoa que faz uso de “joguinhos”. “Ela é ardilosa, faz tudo de caso pensado”. E disse que os fãs não conhecem a verdadeira identidade da artista. “Vocês fãs dela são muito privilegiados de terem ela só à distância. Um dia eu já admirei ela, sem conhecer a pessoa, depois que eu conheci a pessoa foi frustrante. E mais ainda foi ter que ouvir meu empresário dizendo, aguenta, a gente sabe quem ela é. Se entrar numa briga, você vai sair perdendo. Eu como mulher preta, sempre senti que as pessoas queriam que eu ficasse no meu cantinho. Sendo que tem uma hora que a gente não aguenta mais, a gente não tem sangue de barata”. 

Confira na íntegra. 

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Nesta quinta-feira (4), diversos perfis no Twitter e Instagram dedicados a expor estudantes que supostamente fraudaram o sistema de cotas universitárias em instituições de ensino do país inteiro surgiram fazendo denúncias. O ato, que se mostrava uma atitude bem intencionada para assegurar o direito de quem busca acesso ao ensino superior, no entanto, pode levar a erros e linchamentos virtuais, como o que aconteceu com a jovem indígena Larissa Sá, de 19 anos, que cursa o segundo semestre de medicina na Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e foi injustamente exposta como fraudadora de cotas para indígenas pelo perfil @fraudadorcotaPE. 

A estudante mora na cidade de São José do Belmonte, em Pernambuco. Ela é do povo Atikum Umâ e frequenta a Aldeia Logrador, no município de Carnaubeira da Penha, no mesmo estado. Em entrevista concedida ao LeiaJá, ela contou que tem registro na Fundação Nacional do Índio (Funai), entre outros documentos que comprovam sua etnia.

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Na manhã desta quinta-feira, Larissa se deparou com diversas ofensas que não entendeu de imediato ao abrir o Instagram, e conta que foi informada do que estava acontecendo no Twitter por seus amigos. 

“Alguns amigos estavam me mandando prints do Twitter, e lá era muito pior, eu estava no chão, as pessoas que estavam me julgando tinham aquela visão estereotipada de indígena de 1500. Comecei a me defender, uma menina me respondeu dizendo que podia me ajudar, mandou minha exposição para um twitter chamado @indiodeiphone e as pessoas começaram a me apoiar. Eu acho que comecei a receber apoio de pessoas que pensam igual a mim e começou a ficar tudo bem”, contou ela.

Perguntada sobre como enxerga os ataques que sofreu no contexto da sociedade hiperconectada, em que as pessoas são facilmente expostas e ficam sujeitas a demonstrações de ódio virtual, Larissa disse ver perigo na exacerbação do contato com a vida de todos, mas também alguns pontos positivos.  “Eu acho que o perigo está nesse poder exacerbado de todo mundo ter contato com a vida de todo mundo, com tudo que se passa. É ruim com a vida da pessoa que é ‘linchada’ como também é bom porque muitos assuntos importantes vêm à tona. Esse linchamento que aconteceu comigo também serviu para dar visibilidade a um assunto pouco falado. Isso também fez com que eu criasse coragem e a partir de hoje eu sou outra pessoa para poder falar acerca desse assunto”, afirmou a jovem. 

Fraudes e comissões de verificação  

Esta não é a primeira vez que Larissa sofre preconceito devido à forma como as pessoas imaginam que um índio deva ser. Esse problema fez com que a jovem tivesse que passar no vestibular duas vezes e entrar na Justiça contra a universidade quando não foi reconhecida como indígena pela comissão de verificação em sua primeira aprovação. Ela conta que, na equipe que a entrevistou para realizar a verificação de autodeclaração, nenhum dos avaliadores era indígena.

“Passei na UFMA em outro campus e fui fazer minha matrícula, fui na banca avaliadora, não me deram certeza, voltei para minha cidade. Saiu outra lista de espera e tinha outra pessoa na vaga que era ocupada por mim. Pensei que tinha aberto outra vaga, mas disseram que minha vaga tinha sido indeferida. Informaram que a banca tinha concluído que eu não era indígena. Comecei a chorar, minha mãe pegou o telefone e a mulher no telefone disse que a vaga foi indeferida porque a banca achou que eu não era indígena. Minha mãe perguntou com base em quê; ela disse que não sabia dizer, que só estava passando a informação e não podia fazer nada por nós”, contou Larissa, que processou a instituição de ensino, mas nunca obteve uma resposta adequada e precisou voltar ao pré-vestibular por mais um ano. 

Ao ser aprovada novamente, Larissa não teve ânimo de contar às pessoas sobre o feito. Quando foi novamente à entrevista para verificação de autodeclaração de sua origem indígena, ela sentia apenas medo. “Aquelas pessoas não eram indígenas e uma pessoa que não passa aquilo na pele não pode julgar outra. Como você indefere a matrícula de alguém porque você acha que ela não deve estar ali? O erro começou na representatividade” afirmou a estudante.

Larissa nasceu com os cabelos escuros e gosta de pintá-los de loiro, mas conta que antes de ir à entrevista chegou a pensar em mudar a cor dos fios. “Eu pensei que não valia a pena, que as pessoas têm que me aceitar. O sangue indígena corre nas minhas veias, o indígena não tem que provar fenotipicamente quem ele é. Isso é uma coisa que já me afetou muito, mas hoje em dia eu sinceramente não ligo mais”, disse ela. 

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A cantora e performer canadense Grimes anunciou que, como parte de um novo projeto de arte, participará de um leilão virtual em que oferecerá um pedaço de sua alma. A performance fará parte da exposição "Selling Out" assinada pela artista e disponibilizada pela Gallery Platform Los Angeles, na California, entre 28 de maio e 3 de junho, e pela Maccarone Los Angeles, entre 28 de maio e 3 de agosto.

A princípio, a ideia era colocar o "produto" com o valor fixo de US$ 10 milhões (cerca de R$ 53 milhões), projetando que ninguém compraria o item. Entretanto, por conta da pandemia de Covid-19, Grimes retirou o preço fixo e concordou que sua alma será de quem der a melhor oferta.

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Além da obra exótica, serão disponibilizadas 30 reproduções de artes por US$ 500 cada, diversos desenhos da própria artista feitos em papel, com valores entre US$ 2 e US$ 3 mil, e o item mais caro, os arquivos do avatar digital WarNymph, que Grimes criou a partir de seu próprio corpo, entre US$ 5 e US$ 15 mil dólares.

 

Museu Nacional do Videogame, que até 2019 funcionava como mostra itinerante, resolveu publicar seu acervo completo em uma conta no Instagram. Com planos de inaugurar um espaço físico permanente, este ano, a produtora de eventos responsável pela logística decidiu adiar a data até o fim do isolamento social. 

Com isso, mais de 450 consoles traduzidos em quase 50 anos de história de videogames passam a dar as caras na plataforma. "Resolvemos inaugurar o Museu no Instagram. Diariamente estamos postando consoles de nosso acervo para deixar o público com água na boca. É claro que em nossa exposição física, teremos muito mais novidades”, explica, por nota, Johnny Albuquerque, um dos organizadores da coleção.

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Entre os modelos que podem ser vistos na internet estão consoles como, Atari, Famicom, Odissey, Geniecom, Super Nintendo, Nintendo 8bits e Megavision. Para os que preferem os mais modernos, o Museu Nacional do Videogame também irá disponibilizar em seu Instagram o Nintendo Switch, Playstation, Nintendo Wii, Xbox One X.

Durante isolamento social gerado pelo coronavírus (Covid-19), muitas crianças e adolescentes têm usado os jogos eletrônicos como principal fonte de entretenimento. "Antes eles tinham muitas atividades físicas, mas por conta da pandemia estamos com as opções limitadas", conta a gerente de operações Thaís Yazlle, 45 anos, mãe dos gêmeos Carolina Yazlle e Eduardo Yazlle, 7 anos. "Tentamos oferecer para eles algumas opções, como jogos de cartas ou convidá-los para cozinhar junto comigo", complementa.

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A gerente de operações Thaís Yazlle com os filhos | Foto: arquivo pessoal

Quando a opção for os jogos eletrônicos, a orientação é de que os pais protejam seus filhos dos riscos do uso descontrolado dos aparelhos e da internet. Thaís acredita que é importante manter um controle, mas que não é contra os jogos eletrônicos. "Graças a eles, meus filhos ainda conseguem ter alguma interação com os amigos durante o isolamento social. Só colocamos um controle para eles não viverem apenas nessa realidade virtual e esquecerem que existe um mundo real", comenta.

A fisioterapeuta pediátrica Daniela Arduz, 37 anos, mãe da Gabriela Arduz, 8 anos, e do Gustavo Arduz, 3 anos, conta que estabeleceu horários: os filhos jogam uma hora no período da manhã e mais uma hora durante a tarde. "Acho que é importante eles brincarem com outras coisas para trabalhar a criatividade. Ofereço materiais de tinta, papel, papelão e os próprios brinquedos para que eles possam trocar a tela do celular por outras atividades", conta.

A fisioterapeuta Daniela Arduz com a família | Foto: arquivo pessoal

De acordo com a especialista em psicologia escolar e professora do curso de Psicologia da Universidade Guarulhos (UNG) Maria Marques, os pais devem acompanhar os filhos em todas as atividades que envolvem o mundo virtual. "As mensagens subjetivas na construção do universo psicológico transcendem os espaços virtuais para a percepção do que é real e do que deve ser mantido apenas na esfera da imaginação", explica.

A psicóloga comenta que os pais precisam conscientizar os filhos sobre o uso da tecnologia e orienta a buscar por profissionais, caso sintam dificuldades. Ela também explica que limitar o acesso pode funcionar com crianças, mas esse procedimento deve ser repensado no momento em que esses jovens se tornarem adolescentes. "Isso se estabelece mais como uma ação coercitiva de controle do que a real conscientização do próprio usuário. Para jovens e adolescentes não representa uma alternativa com grande probabilidade de êxito, pois existem meios de 'burlar' estes controles", finaliza.

A Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) lançou oficialmente hoje (19) o Museu Virtual do Esporte (eMuseu do Esporte), que receberá colaborações da população para perpetuar a história das várias modalidades esportivas e suas paixões e legados principais. Na abertura, foi inaugurada a primeira exposição temporária virtual intitulada Ciência x Mitos: lições da Copa de 1970 para o atual momento, com curadoria e acervo de Lamartine da Costa, professor da pós-graduação de Educação Física da Uerj e idealizador do projeto junto com a pesquisadora Bianca Gama.

Em entrevista à Agência Brasil, Lamartine da Costa disse que a ideia de ter um museu virtual que destacasse todos os esportes, e não apenas o futebol, surgiu há dois anos, por iniciativa sobretudo de Bianca Gama, que foi aluna do programa de pós-graduação em ciência do esporte e do exercício, do qual Costa é professor colaborador.

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Bianca Gama detalha que a ideia, nascida nas aulas de doutorado, se transformou em um projeto incubado no Departamento de Inovação da Uerj (InovaUerj), com objetivo de dar visibilidade a iniciativas e pessoas ligadas ao esporte em geral. “A intenção é criar um museu através da construção colaborativa de toda a sociedade, incentivando, promovendo, divulgando e registrando a importância que o esporte tem em nossas vidas, como agente de transformação social, além de mostrar a enorme paixão que desperta”, salientou.

O museu tem oito exposições programadas. A ideia, disse Costa, é fazer exposições temporárias temáticas com autores, como é tradição da museologia, e exposições colaborativas.

“São pessoas que tiveram algum evento relacionado ao esporte que mandam uma foto e um fato, ou duas fotos e dois fatos. A exposição será dessas pessoas com essas figuras. Uma comissão vai selecionar, orientar e melhorar os trabalhos. É um trabalho colaborativo, tanto da parte do pessoal que opera o museu, a maioria de voluntários, e os assistentes que vão produzir suas próprias exposições. É uma ideia interessante. Você combina o que era da tradição com a inovação, dentro de um contexto tecnológico”, revelou o professor da Uerj.

Lamartine da Costa avalia que houve nos últimos tempos um certo distanciamento das pessoas em relação aos museus. A proposta do eMuseu do Esporte atrai novas pessoas e valoriza a cultura do passado, a história dos esportes de maneira geral. “É uma ideia interessante, que envolve o indivíduo comum como expositor, ainda mais nesse período de isolamento social causado pela pandemia do coronavírus. Você tem que ser criativo e elaborar atividades para as pessoas. Todo mundo tem interesse em publicar sua própria história, principalmente o pessoal do esporte que tem isso como uma característica, guarda fotos, acontecimentos. É um pessoal ideal para uma exposição colaborativa”.

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Quem quiser contribuir para o acervo colaborativo do eMuseu do Esporte pode enviar, até amanhã (20), no site www.emuseudoesporte.com.br documentos, fotos, recortes de jornal e álbuns autografados relacionados a qualquer modalidade esportiva, sendo no máximo cinco arquivos digitalizados com até 100Mb. Uma comissão de especialistas em história do esporte fará a seleção de até 35 itens, que comporão a mostra colaborativa a ser aberta no dia 26 deste mês, informou a assessoria de imprensa da Uerj.

O eMuseu do Esporte terá galerias permanentes e, a partir de junho, oferecerá visitas virtuais aos interessados. A partir de hoje, entretanto, o público que acessar o museu poderá conhecer o salão de exposições. Lamartine da Costa informou que haverá duas versões. Uma, mais sofisticada, tem um avatar, que é ele próprio, que mostra a primeira exposição temporária, destacando detalhes interessantes para os visitantes. Outra versão é mais simples e se destina a celulares e computadores. Costa observou também que há exposições interessantes para crianças.

Das galerias permanentes que serão criadas, quatro são de confederações brasileiras desportivas. “Quer dizer, o próprio esporte formal do Brasil aderiu à ideia. Temos aí uma potência proximamente”, concluiu Costa.

A diretora do InovaUerj, Marinilza Bruno de Carvalho, salientou a alegria que era poder ver projetos como esse se transformando em realidade. “A ideia do eMuseu nasceu dentro da Uerj, por meio do projeto de uma doutoranda nossa. Que essa plataforma cresça e ajude a difundir o esporte como potência e inclusão social”.

Os alunos do curso de Fotografia da Universidade de Guarulhos (UNG) desenvolveram uma exposição digital com reinterpretações pessoais e sensíveis das obras da artista mexicana Frida Kahlo (1907-1954). Batizada de "Releituras em Foco: Frida Kahlo", a mostra estará disponível a partir desta quinta-feira (9), na abertura da galeria virtual CAM, no Instagram.

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Entre as releituras estão os famosos retratos da artista, que pertenceu ao movimento realismo mágico, mas foi associada ao surrealismo por causa dos temas inquietantes. Frida ficou conhecida tanto pelas pinturas coloridas quanto pelos traumas físicos e psicológicos sofridos ao longo da vida. Era também revolucionária e se tornou nome conhecido e respeitado no movimento feminista. Desprezando as convenções de beleza de sua época, a pintora retratava aspectos diferente de si mesma e é sob a ótica da internalização e individualidade que a exposição ganha vida.

"Na pesquisa, conheci o retrato de uma amiga de Frida, a Natasha Gelman, uma migrante da Tchecoslováquia, casada com Jacques. Ambos foram muito amigos do casal Frida e Diego [Rivera, pintor, 1886-1957]. Diante da pintura, fui levado a outro tempo. Para mim, Natahsa está representando o estilo clássico de uma mulher da época, diferente do estilo de Frida. Natasha tinha influencias europeias em suas escolhas de maquiagem, roupa e penteado", conta o estudante Bruno Faria, 24 anos, sobre a interpretação que fez da obra "Retrato da Senhora Natasha Gelman" (1943). "Natasha representa uma mulher empoderada do século XX. Então, escolhi uma modelo que me fizesse ver todos esses atributos em uma mulher, porém, do século XXI", complementa Faria.

Para a aluna Beatriz Alves, 22 anos, a simplicidade e a intensidade de Frida foram importantes ao escolher reinterpretar "Autorretrato com Colar", de 1933. A imagem foi produzida no Laboratório de Fotografia da UNG. "Minha releitura explora a sexualidade fluida, mas sem a identificação de um gênero. O colar de pérolas representa feminilidade, criatividade e pureza. Os olhos vermelho e azul sugerem tanto o sofrimento, quanto sua força diante do despreparo do atual governo e sua postura discriminatório", comenta.

Já o estudante Julian Oliveira, 24 anos, traz na releitura de "Autorretrato como Tehuana, ou Diego em Meu Pensamento" (1943) um visual que poderia ser classificado como surrealismo pós-humano. "A inspiração na tecnologia é muito presente na imagem, e esse ar de distopia e fascinação pelo tecnológico também. Tentei projetar essas referências na fotografia também com elementos marcantes, como os olhos cegos e o foco em uma marca conhecida mundialmente, além do simbolismo na testa, que hoje é desejado por quem tem uma rede social", explica.

A partir desta quinta-feira (9), a Galeria CAM exibirá uma imagem inédita por dia do "Releituras em Foco: Frida Kahlo".

Por causa da proliferação do coronavírus, inúmeras mostras de arte foram canceladas ao redor do mundo. Visando a necessidade da arte em períodos de isolamento, o LeiaJá destaca algumas exposições digitais que podem ser conferidas sem sair de casa.

1. "Chartasis", no Serpentine Gallery

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A exposição de Jakob Kudsk Steensen fica disponível até 31 de março e conta com uma imersão digital em uma espécie de floresta que permanece intacta há centenas de anos. Descrito pela galeria, localizada em Londres, como uma "concepção de 'mídia lenta' do artista, na qual as tecnologias digitais podem promover a atenção ao mundo natural e criar novas narrativas sobre nossos futuros ecológicos", a mostra se torna uma espécie de portal digital, uma jornada simulada que oferece ao público acesso a ambientes naturais passados e presentes, desacelerando e aproximando-se.

2. "Excelências e Perfeições", no Instagram

A artista Amalia Ulman escolheu o Instagram para sua performance. Em sua obra, ela previu como lidaríamos com as mídias sociais. A exposição conta com fotos irreais da artista em quartos de hotéis evidenciando as consequências de um trabalho ficcional.

3. "DIS", de Luren Boyle

Em 2010, logo após a crise financeira, a co-fundadora Lauren Boyle disse ao site Dazed Digital que o DIS foi lançado como um coletivo de arte e uma revista em "resposta às mudanças culturais e estéticas sísmicas que ocorrem na internet". Oito anos depois, no início de 2018, o DIS lançou sua plataforma de streaming, que oferecia o que eles descreveram como "educação em linha não-gênero". A galeria virtual tem mostras instigantes, como "Graus de Repulsa", de Will Benedict e Steffen Jørgensen, e "Mothers and Daughters", de Casey Jane Ellison.

4. "Whispering Pines 10", de Shana Moulton

A exposição foi lançada em 2018 pelo alter-ego da artista Shana Moulton, Cynthia, que deseja ser uma ativista ambiental, apesar de sofrer de severa ansiedade, que a acorrenta em sua casa na Califórnia (EUA). No entanto, na mostra, as tentativas de Cynthia de realizar esse sonho levam a fantasias surreais e alucinações ansiosas.

A cantora e compositora Inezita Barroso (1925-2015) completaria 95 anos no último dia 4 de março. Para homenagear a maior representante da música sertaneja, a exposição "Inezita Minha Viola" estreia nesta quarta-feira (11), no Memorial da América Latina, em São Paulo. A mostra traz 54 cartuns alusivos à vida e obra da artista paulistana.

Com curadoria do desenhista JAL Lovetro, atual presidente da Associação dos Cartunistas do Brasil (ACB), a exposição réune trabalhos de artistas nacionais, como Maurício de Sousa, Danilo Scarpa e Claudio Teixeira. A mostra ainda exibe caricaturas e desenhos elaborados por profissionais de países como Colômbia, Portugal e Macedônia.

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Nesta quarta-feira (11), duas apresentações musicais prestam homenagens à violeira. Os grupos de chorinho Choro Faceiro e Chorando em Trio tocam sucessos gravados por ícones como Chiquinha Gonzaga (1847-1935) e pela própria Inezita Barroso, a partir das 19h.

Famosa por ser pioneira no segmento da música sertaneja, Ignez Magdalena Aranha de Lima consagrou-se no cenário musical brasileiro a partir da década de 1950 quando gravou o sucesso "Marvada Pinga/Moda da Pinga", de Ochelsis Aguiar Laureano (1909-1996). Além de cantar e compor, Inezita foi atriz, radialista, apresentadora de TV e professora de folclore. A artista morreu em 8 de março de 2015, quatro dia após ter completado 90 anos.

 

Serviço

Exposição "Inezita Minha Viola"

Quando: de 11 a 30 de março - abertura no dia 11/3 às 18h; visitas de terça a domingo, das 9h às 18h

Onde: Espaço Gabo - Portão 8 do Memorial da América Latina - Av. Juro Soares de Moura Andrade, 664, São Paulo - SP

Entrada Gratuita

O trabalho de uma das duplas mais conceituadas da arte urbana no mundo estará em cartaz a partir do dia 28, em São Paulo. Com mais de 60 obras, sendo 50 delas inéditas ou nunca exibidas no Brasil, os artistas paulistanos Otávio Pandolfo e Gustavo Pandolfo apresentam a exposição "Osgemeos: Segredos", na Pinacoteca do Estado. A primeira mostra panorâmica dos irmãos grafiteiros nascidos no bairro do Cambuci, no Centro, relaciona a beleza artística e a urbanidade e ficará em cartaz até 3 de agosto.

Com participações em mostras de instituições conceituadas, como o Hamburger Bahnhof de Berlim, na Alemanha, e o Museum of Contemporary Art (Moca), nos Estados Unidos, Osgemeos ocuparão ambientes no interior e no exterior da Pinacoteca. Com curadoria de Jochen Volz, a exposição apresenta pinturas, instalações imersivas e sonoras, esculturas, intervenções de arte ambiente, desenhos e cadernos de anotações. Tanto as ilustrações como os rascunhos nos papeis ainda são da fase adolescente dos grafiteiros e serão apresentados pela primeira vez ao público.

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Inspirados pela cultura hip hop que se instalou no Brasil em meados dos anos 1980, Osgemeos expressam fantasias, relações afetivas, questionamentos, sonhos, além de relatar experiências de vida da própria dupla nas obras. Familiarizados com o espaço urbano desde a infância, é neste ambiente que os irmãos Pandolfo permitem que o grande público acesse as criações artísticas emblemáticas já expostas em paredes de mais de 60 países, como Suécia, Portugal, Austrália e Cuba.

Além de serem vendidos na bilheteria da Pinacoteca, os ingressos da exposição também serão disponibilizados pela internet em breve.

Serviço

"Osgemeos: Segredos"

Quando: de 28 de março a 3 de agosto, de quarta a segunda, das 10h às 18h

Onde: Pinacoteca do Estado de São Paulo - Praça da Luz, nº 2, Centro, São Paulo - SP

Ingressos: R$ 15,00 (entrada); R$ 7,50 (meia-entrada para estudantes com documento comprobatório/carteirinha); Crianças de até 10 anos e maiores de 60 são isentos de pagamento. Aos sábados, a entrada é gratuita para todos

Informações: (11) 3335-5367

Captando imagens há 17 anos, o fotógrafo Paulo Romão lançou recentemente no restaurante Terraço do Maricota, no bairro da Torre, zona norte do Recife, a exposição Des com passo. A mostra de Romão segue até o dia 12 de abril, retratando sentimentos que fazem parte do cotidiano, porém, através de fotos singularizadas em elementos da natureza como água, flores, folha e terra.

Para o pernambucano, o projeto "é um convite ao diálogo através do encontro entre a fotografia e fragmentos de momentos únicos". A exibição fotográfica conta com 12 imagens em quadros 60x60, além de fotos menores (sem moldura), que estão à venda por R$ 50. O visitante que for ao local também poderá experimentar pratos criados pela chef Carla Chakrian, que preprarou um menu especial para a exposição. A entrada para Des com passo é gratuita.

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Serviço

Exposição Des com passo, do fotógrafo Paulo Romão

Até 12 de abril | Das 12h às 15h (de terça a sábado) e das 18h30 às 23h (sexta e sábado)

Restaurante Terraço do Maricota, na Rua Padre Anchieta, nº 243, Torre

Entrada gratuita

Valor das imagens: R$ 50 (fotos sem moldura) e R$ 450 (quadro 60x60)

Informações: (81) 3090-7748

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