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O Museu da Cidade e o Murillo La Greca foram os primeiros espaços culturais geridos pela Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife, a retomar expedientes de atendimento presencial ao público, após a divulgação do novo plano de flexibilização das atividades econômicas e sociais do Governo de Pernambuco, divulgado na última quinta-feira (17).

Na última terça (22), o Museu da Cidade reabriu para visitação de terça a sábado, das 10h às 16h, com controle de quantidade de visitantes, distanciamento social assegurado e obrigatoriedade de uso de máscara. Tomando os mesmos cuidados, o Murillo La Greca também retoma a visitação hoje. Abrirá de terça a sexta-feira, das 14h às 17h. Nesta quinta (24), feriado de São João, ambos estarão fechados.

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Embalado pelo forró, o Paço do Frevo vai aproveitar justamente o feriado junino desta quinta-feira (24) para reabrir as portas. Com protocolos sanitários semelhantes aos adotados pelos demais, o museu funcionará provisoriamente de quinta a domingo. Nas quintas e sextas, o espaço de salvaguarda do frevo funcionará das 10h às 16h. Nos finais de semana, abrirá das 11h às 17h, com última entrada meia hora antes do fechamento.

O MAMAM, a Galeria Janete Costa e demais espaços expositivos e de memória mantidos pela Prefeitura do Recife elaboram, coletivamente, um plano de reabertura e retomada gradual das atividades, para divulgação de calendários em breve.

Já os teatros Barreto Júnior, Hermilo Borba Filho, Apolo, Santa Isabel, Luiz Mendonça e Parque irão priorizar, nesta reabertura, o agendamento de pautas para produtores, grupos e artistas com demandas de lives, gravações e programações da Lei Aldir Blanc. O momento é também de construção de editais para ocupação das pautas destas casas de espetáculo.

*Via Assessoria de Imprensa

 

Passam a valer nesta segunda-feira (21) as novas medidas restritivas que flexibilizam a abertura de serviços e do comércio em Pernambuco, em vigor até 4 de julho. O estado passa por mais uma fase com medidas mais brandas, na maior parte da sua territorialidade, em virtude de uma leve queda nos números dos casos da Covid-19. Estão permitidos agora eventos corporativos, abertura de salas de cinema, alguns novos serviços em academias e também colações de grau. Há exceções para municípios do Sertão localizados na Macrorregião 3 (lista segue abaixo), onde a quarentena rígida deve seguir até o dia 27 de junho. Confira:

EM TODO* O ESTADO, EXCETO MACRORREGIÃO 3

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*RMR, Zona da Mata, Agreste, Sertão do Araripe e Sertão do São Francisco

Comércio e Centro

Exigências: um cliente a cada cinco metros quadrados para área interna das lojas e um cliente a cada dez metros quadrados nas áreas de circulação;

Horário: 8h às 20h nos dias de semana e 9h às 19h nos finais de semana e feriados.

Atividades esportivas coletivas e individuais

Centros esportivos, clubes sociais e associações esportivas liberados (para prática, treinamento e competições, sejam individuais ou coletivas); shows não estão liberados; jogos de futebol estão liberados nos estádios, mas em público.

Horário: até às 22h nos dias de semana e até às 21h nos finais de semana e feriados.

Parques infantis, de lazer e similares

Serão regulamentados e fiscalizados por cada município; shows permanecem proibidos.

Olinda: podem funcionar até as 20h, todos os dias da semana, observado o limite de 50% aqueles que funcionam em áreas externas de shoppings; os nas áreas internas de shoppings, podem funcionar até 22h durante semana e 21h, nos finais de semana.

Academias e espaços de ginástica

Exigências: devem funcionar com até 50% da utilização dos aparelhos de cardio;

Horário: até às 22h em dias de semana e 18h nos fins de semana e feriados.

Escolas e universidades

Exigências: deverão manter o distanciamento de 1,5m entre as bancas escolares, reduzindo a quantidade de estudantes quando necessário;

Horário: podem funcionar das 6h às 22h.

Escritórios e comerciais

Exigências: devem funcionar com até 50% da capacidade do local, considerando o distanciamento de 1,5m entre as estações de trabalho;

Horário: das 8h às 20h nos dias de semana e 9h às 19h nos finais de semana e feriados.

Alimentação

Exigências: devem funcionar com até 50% da capacidade do local;

Horário: até às 22h em dias de semana e 21h nos finais de semana;

*Shows de música ao vivo permanecem proibidos.

Praias, comércio de praia, ciclofaixas e calçadões

Regulamentadas e fiscalizadas por cada município.

Feiras de negócios

Podem ocorrer até 22h em dias de semana e até as 21h em fins de semana e feriados.

Igrejas e atividades religiosas

Exigências: devem abrir com até 50% da capacidade do local ou 300 pessoas, o que for menor;

Horário: até às 22h em dias de semana e até às 21h em fins de semana e feriados.

Polo de confecções

Horário: até às 20h.

Shoppings e galerias 

Exigências: devem ter, no máximo, um cliente a cada cinco metros quadrados para área interna das lojas e um cliente a cada dez metros quadrados nas áreas de circulação;

Horário: até às 22h nos dias de semana e até às 21h nos finais de semana e feriados.

Eventos corporativos

Exigências: devem ter, no máximo, 50 pessoas ou 30% da capacidade do local, o que for menor; música ao vivo é proibida;

Horário: até às 22h nos dias de semana e até às 21h nos finais de semana e feriados.

Eventos sociais e buffets

Permanecem proibidos.

Eventos culturais

Permanecem proibidos.

Colação de grau, aula da saudade e culto ecumênico

Exigências: capacidade de até 50 pessoas ou 30% da capacidade do local, o que for menor; proibido haver alimentos, bebidas e música ao vivo;

Horário: até às 22h nos dias de semana e até às 21h nos finais de semana e feriados.

Cinema teatro e circo

Exigências: capacidade de até 100 pessoas ou 30% da capacidade do local, o que for menor;

Horário: até às 22h nos dias de semana e 21h nos finais de semana e feriados.

Museus e casas de cultura

Exigências: um visitante a cada 20 metros quadrados nas áreas expositivas internas e um visitante a cada dez metros quadrados nas áreas expositivas externas;

Horário: até às 22h nos dias de semana e 21h nos finais de semana e feriados.

QUARENTENA RÍGIDA NA MACRORREGIÃO 3

A área corresponde às seguintes Geres, que contemplam 35 municípios do Sertão do Pajeú e Moxotó:

Geres VI: Arcoverde, Buíque, Custódia, Ibimirim, Inajá, Jatobá, Manari, Pedra, Petrolândia, Sertânia, Tacaratu, Tupanatinga, Venturosa;

Geres X: Afogados da Ingazeira,Brejinho, Carnaíba, Iguaraci, Ingazeira, Itapetim, Quixaba, Santa Terezinha, São José do Egito, Solidão, Tabira, Tuparetama;

Geres XI: Betânia, Calumbi, Carnaubeira da Penha, Flores, Floresta, Itacuruba, Santa Cruz da Baixa Verde, São José do Belmonte, Serra Talhada e Triunfo.

Confira a quarentena rígida nestes municípios

Academias e espaços de ginástica

Exigências: funcionam com até 50% da utilização dos aparelhos de cardio;

Horário: até às 18h em dias de semana e nos fins de semana e feriados.

Alimentação

Exigências: funcionam com até 50% da capacidade do local; shows de música ao vivo estão proibidos;

Horário: até às 18h em dias de semana e nos fins de semana e feriados.

Comércio e Centro

Exigências: um cliente a cada cinco metros quadrados para área interna das lojas e um cliente a cada dez metros quadrados nas áreas de circulação;

Horário: das 8h às 18h nos dias de semana e das 9h às 18h nos finais de semana e feriados.

Praias, comércio de praia, ciclofaixas e calçadões

Regulamentados e fiscalizados por cada município.

Escolas e universidades

Exigências: devem manter o distanciamento de 1,5 m entre as bancas escolares, reduzindo a quantidade de estudantes quando necessário;

Horário: entre as 8h e as 18h.

Escritórios

Exigências: devem funcionar com 50% da capacidade do local, considerando o distanciamento de 1,5 m entre as estações de trabalho;

Horário: das 8h às 18h nos dias de semana e das 9h às 18h nos finais de semana e feriados.

Feira de negócios

Com horário até 18h em dias de semana e em fins de semana e feriados.

Igrejas e atividades religiosas

Exigências: devem funcionar com 50% da capacidade do local ou 300 pessoas, o que for menor;

Horário: até às 18h em dias de semana e em fins de semana e feriados.

Shoppings e galerias

Exigências: um cliente a cada cinco metros quadrados para área interna das lojas e um cliente a cada dez metros quadrados nas áreas de circulação;

Horário: até às 18h nos dias de semana e nos finais de semana e feriados.

Eventos corporativos

Exigências: devem funcionar com até 50 pessoas ou 30% da capacidade do local, o que for menor; shows de música ao vivo estão proibidos;

Horário: até às 18h nos dias de semana e nos finais de semana e feriados.

Eventos culturais, sociais e buffets

Permanecem proibidos.

Colação de grau, aula da saudade e culto ecumênico

Exigências: devem acontecer com até 50 pessoas ou 30% dada capacidade do local, o que for menor; música ao vivo, bebidas e alimentos estão proibidos;

Horário: até às 18h nos dias de semana e nos finais de semana e feriados;

Cinema, teatro e circo

Exigências: podem ter até 100 pessoas ou 30% da capacidade do local, o que for menor;

Horário: até às 18h.

Museus e casas de cultura

Exigência: um visitante a cada 20 metros quadrados nas áreas expositivas internas e um visitante a cada 10 metros quadrados nas áreas expositivas externas;

Horário: até às 18h nos dias de semana e nos finais de semana e feriados.

Parques infantis, de lazer e similares

Regulamentados e fiscalizados por cada município; shows permanecem proibidos.

Atividades esportivas coletivas e individuais

Centros esportivos, clubes sociais e associações esportivas liberados (para prática, treinamento e competições, sejam individuais ou coletivas); shows não estão liberados; jogos de futebol estão liberados nos estádios, mas em público.

Horário: até às 18h nos dias de semana e nos finais de semana e feriados.

O Museu da Cidade do Recife reabre suas portas para visitação a partir da próxima terça-feira (22), com todos os cuidados necessários para prevenção da Covid-19, como o uso obrigatório de máscaras e o respeito ao distanciamento.

Nesta fase de reabertura, o Museu receberá o público de terça a sábado, das 10h às 16h. Já o atendimento presencial no Setor de Pesquisa será de terça a sexta, das 10h às 12h e das 14h às 16h. Lembramos que nesta quinta-feira (24), Dia de São João, o museu estará fechado.  

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Exposição - Continua em cartaz no MCR a exposição “Cinco Pontas”, que celebra a indicação do forte a patrimônio cultural mundial da humanidade pela Unesco. A mostra reúne achados arqueológicos, pinturas e documentos ainda inéditos para o público, que comprovam a importância do Forte das Cinco Pontas em diversos momentos históricos da capital pernambucana. A entrada é gratuita.  

*Via Assessoria de Imprensa

O prazo para o fim das restrições às atividades comerciais em Pernambuco encerra em 10 dias (23), mas as consequências da pandemia ainda são alarmantes. Com altos índices diários de contaminação e óbitos pelo vírus, a vice-presidente da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), Bernadete Perez, fez duras críticas aos moldes dos decretos instituídos pelo Governo Paulo Câmara (PSB) e considera que o Estado sofre "um desastre humanitário".

A médica já havia alertado que 2021 seria a pior fase da Covid-19 e, mesmo assim, acredita que planos de flexibilização ainda não atendem à alta transmissão viral, que contaminou 431.613 pessoas e já abreviou a vida de 14.719 pernambucanos.

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"As medidas restritivas em Pernambuco desde o início têm sido incompletas e insuficientes, e atrasadas também. Quem tá no comando dessas medidas é o Mercado, é o poder econômico conservador, nesse sentido. É como se esses valores fossem maiores do que a própria defesa da vida", afirmou em entrevista ao LeiaJá.

Na sua visão, o primeiro plano de convivência chegou a ser flexibilizado antes dos próprios indicadores epidemiológicos apresentaram a possibilidade de reaberturas de serviços não essenciais. "Academias, rede comercial, shopping center, teve aquela polêmica das concessionárias, e agora no Dia das Mães tava tudo aberto. A média móvel ficou em alta por mais de uma semana. É o único estado em todo país, durante bastante tempo", destaca.

Apontar culpados não surte efeito para as soluções

O desrespeito às normas sanitárias de proteção se tornou comum entre os bairros da periferia da capital. No entanto, para Bernadete, a culpa não pode ser jogada apenas na população, que vem lutando contra a ameaça da pobreza e a desinformação. Enquanto Governo do Estado alega falta de comprometimento Governo Federal e acaba transferindo a culpabilidade, ele também assume uma postura de conformidade ao instituir medidas que se afrouxam pela falta de fiscalização.

"Entre a intenção e o gesto tem um abismo imenso. Porque o gesto concreto tem sido dizer que a culpa toda é da população que não faz a proteção individual e coletiva com o uso de máscara. Na desigualdade social que a gente tem, essa não pode ser a postura de nenhuma autoridade sanitária", avalia.

Sem medida restritiva adequada, sem vigilância epidemiológica capaz de garantir o isolamento, o controle e a ampla capacidade de testagem da população, além da insuficiência no atendimento na rede de Atenção Primária e a lentidão das vacinas, Bernadete enxerga a situação com bastante gravidade e não projeta esperança para um futuro sem que haja ajustes nas determinações do Governo.

Outras doenças potencializam os impactos da pandemia

"A gente continua com um patamar elevadíssimo, ontem foram cerca de 80 mortes em 24h. A transmissão viral é altíssima, a gente tem 2 mil pessoas internadas em UTI com a forma grave da doença. O que é um dado assustador. E a gente não tem medidas de alerta à altura da gravidade do quadro sanitário epidemiológico que a gente tá vivendo", reforça a vice-presidente da Abrasco.

Sem perspectivas favoráveis ao passo que o cenário só piora, ainda assim, ela acredita na mudança, desde que seja feita o quanto antes. Uma conduta mais precisa e, sobretudo, ágil, dever ser tomada pois os reflexos da Covid-19 se somam à incidência de arborivoroses, como a dengue e a zika, e apontam para uma situação muito mais letal e assustadora, com prejuízo incalculável.

A Europa avançava, neste domingo (9), no desconfinamento, com o levantamento do estado de alarme na Espanha ou o relaxamento das restrições na Alemanha, enquanto a Índia continua imersa numa situação trágica - com mais de 4.000 mortes em um dia.

A Espanha comemorou nas ruas o fim do estado de alarme, que também significou o levantamento em muitas regiões do toque de recolher que prevalecia há meses, em um país conhecido por sua agitada vida noturna.

Gritos, aplausos, música e até fogos de artifício explodiram em Barcelona quando os relógios marcaram meia-noite e centenas de jovens foram à praia, onde se improvisou uma festa.

"Parece que é fim de ano", disse Oriol Corbella, de 28 anos.

Com exceção do Natal, quando as restrições foram afrouxadas por alguns dias para permitir reuniões familiares, os espanhóis não podiam deixar suas regiões desde o início do estado de alarme, no final de outubro.

Com quase 79 mil mortes e 3,5 milhões de infecções, a Espanha foi um dos países mais atingidos pelo vírus na Europa, um continente que continua a avançar no desconfinamento.

Na Bélgica, depois de quase sete meses, as áreas externas de cafés e bares reabriram, embora a polícia tenha tido que intervir em Bruxelas para dispersar centenas de pessoas que festejavam nas ruas na madrugada.

E na Alemanha, mais de sete milhões de vacinados começaram a se beneficiar do relaxamento das restrições e agora podem ir ao cabeleireiro sem um teste negativo, entre outras coisas.

O coronavírus já deixou 3.272.332 mortos no mundo desde o final de 2019 e contaminou mais de 156.790.180, segundo balanço da AFP estabelecido no sábado.

- 4.000 mortos na Índia em 24 horas-

A situação europeia contrasta com a da Índia, onde mais de 4.000 pessoas morreram em um dia.

A virulência da pandemia subjugou o frágil sistema de saúde deste país de 1,3 bilhão de habitantes, que registrou 4.197 mortes no sábado, segundo dados oficiais.

Pessoas infectadas com o coronavírus continuam morrendo nas portas de hospitais que colapsaram, apesar da ajuda internacional.

E o pior ainda está por vir, segundo especialistas, que esperam um pico no final de maio.

O gigante asiático acumula 238.270 mortes e 21,9 milhões de casos, números que vêm aumentando rapidamente.

Na Nova Zelândia, as autoridades de saúde anunciaram neste domingo a retomada dos voos sem quarentena de Sydney por consideraram que a situação epidêmica está sob controle.

Na América Latina, com mais de 948.000 mortes desde o início da pandemia, o número de infecções parece estar diminuindo.

O México reduzirá as medidas sanitárias na capital na próxima semana, devido ao contínuo declínio das infecções.

Mas a situação continua a criar agitação social. Na Guatemala, dezenas de pessoas exigiram no sábado a renúncia do presidente Alejandro Giammattei devido à falta de vacinas contra a covid-19.

"O governo tem sido muito pouco transparente com o uso do dinheiro. Há uma incompetência total na administração pública", disse Jorge Búcaro, líder da associação estudantil da Universidade de San Carlos (USAC).

E em Honduras, sete prefeitos da oposição imploraram ao presidente do vizinho El Salvador, Nayib Bukele, que lhes dê vacinas porque sua "população está morrendo".

Com cerca de dez milhões de habitantes, Honduras recebeu apenas 248.600 doses de vacinas, enquanto El Salvador, com 6,5 milhões de habitantes, é o país da região com o maior índice de vacinação.

- Levantamento de patentes -

Enquanto isso, o debate no mundo sobre o levantamento das patentes das vacinas anticovid.

A União Europeia devolveu a bola aos Estados Unidos sobre a suspensão das patentes, pedindo a Washington "propostas concretas".

Os europeus consideram que a produção e exportação de vacinas nas fábricas existentes é a melhor forma de responder rapidamente à demanda global.

A possível suspensão das patentes dos imunizantes foi proposta pela Índia e África do Sul, e recebeu apoio surpreendente dos Estados Unidos.

A partir da próxima segunda-feira (26), o comércio dos bairros terá mais flexibilidade de funcionamento, desde que cumprido o limite de dez horas contínuas durante a semana, e de oito horas contínuas nos fins de semana. Na prática, as lojas desse perfil poderão abrir a partir das 8h, de segunda à sexta.

As unidades que optarem por esse horário precisarão encerrar as atividades às 18h. Quem optar por abrir às 9h fechará às 19h. Já quem abrir às 10h terá que fechar às 20h. Nos fins de semana, o funcionamento poderá ocorrer até as 18h, mas só poderão funcionar até esse horário as lojas que abrem às 10h. Portanto, quem abrir às 9h continuará encerrando a atividade às 17h, cumprindo o limite de oito horas de operação contínua.

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A mudança de fim de semana também vale para escritórios corporativos, bares e restaurantes, que poderão escolher funcionar das 9h às 17h ou das 10h às 18h. 

Já para as academias, inclusive nas unidades localizadas dentro dos clubes sociais e esportivos, o funcionamento ganha uma hora no fim de semana e será estendido até as 18h, mantendo a abertura a partir das 5h. A medida também vale para igrejas.

A secretária executiva de Desenvolvimento Econômico, Ana Paula Vilaça, reforçou que o retorno do comércio de praia será exclusivamente de segunda à sexta, das 9 às 16h e continua proibido durante os fins de semana. 

“Precisamos fazer essa retomada de forma bastante cautelosa. Ontem, no feriado de Tiradentes, ainda vimos cenas de pessoas nas praias e parques praticando exercício sem o uso da máscara e aglomerando e não podemos permitir comportamentos desse tipo. Por isso que as atividades estão sendo retomadas de forma gradual, para que a gente observe o reflexo na saúde”, pontuou.

Após 13 dias de quarentena rígida, Pernambuco passa a flexibilizar as restrições a partir desta quinta-feira (1º), com a implementação do novo Plano de Convivência  que permite o retorno das atividades sociais e econômicas que estavam proibidas.

A retomada, no entanto, acontece com a redução dos horários e a quantidade de pessoas. A secretária executiva de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Ana Paula Vilaça, explica que, na Região Metropolitana do Recife, o comércio e os serviços deverão funcionar das 10h às 20h durante a semana, e das 9h às 17h nos finais de semana e feriados.

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As academias de ginástica poderão funcionar durante a semana das 5h às 20h, e das 5h às 19 nos finais de semana. os mesmos horários determinados para as academias servirão para as igrejas.

Todos os setores devem seguir os protocolos de segurança exigidos pelas entidades de saúde. Vilaça reforça que o uso da máscara e o distanciamento social são indispensáveis. Estas novas regras, de acordo com o Governo de Pernambuco, são válidas até o dia 25 de abril. 

As cidades do Interior de Pernambuco terão os horários de funcionamento flexibilizados, desde que respeitem o limite de 10h de atividade nos dias de semana e 8h nos finais de semana e feriados. As prefeituras municipais devem regulamentar o horário de funcionamento de cada cidade

O prefeito de Vitória de Santo Antão, Paulo Roberto (MDB), anunciou nesta quarta-feira (31) que o comércio da cidade terá horário de funcionamento flexibilizado, após pedidos dos comerciantes e feirantes locais. Roberto se reuniu com outros prefeitos de cidades vizinhas e através da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), conseguiu autorização do Governo do Estado para que os municípios possam flexibilizar o horário de funcionamento das atividades econômicas, incluindo comércio e feiras livres.

Apesar de estar mais abrangente, a medida ainda exige que a abertura dos estabelecimentos de segunda a sexta-feira só poderá ser liberada pelos prefeitos a partir das 5h, e o encerramento deve ocorrer até às 20h. A flexibilização do Governo do Estado foi apenas para cidades fora da Região Metropolitana do Recife.

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“Enquanto secretário da Amupe, nos reunimos com o presidente Patriota que levou o pleito coletivo dos prefeitos ao Governo do Estado. O governador foi sensível à nossa demanda. Todo mundo sabe que é inviável a nossa feira só pudesse abrir às 10 da manhã”, explicou Paulo Roberto.

Em Vitória, o decreto municipal nº 021/2021 determina que o comércio em geral, galerias comerciais, escritórios comerciais e de prestação de serviços podem funcionar das 8h às 18h, de segunda a sexta-feira e nos sábados, domingos e feriados das 8h às 14h.

Já Shopping centers, salões de beleza, barbearias, cabeleireiros e similares terão o funcionamento liberado das 10h às 20h, de segunda a sexta-feira e nos sábados, domingos e feriados, das 9h às 17h. As feiras livres podem acontecer das 5h às 15h durante a semana e das 5h às 14h nos sábados, domingos e feriados.

As demais atividades econômicas, sociais e religiosas terão seu horário de funcionamento regulados pelo Decreto Estadual nº 50.470, de 26 de março de 2021. Assim, a realização de celebrações religiosas presenciais, sem aglomeração, em igrejas, templos e demais locais de culto; e as academias e demais estabelecimentos voltados à prática de atividades físicas têm o funcionamento garantido das 5h às 20h, de segunda a sexta-feira, e das 5h às 17h nos finais de semana e feriados.

Os restaurantes, lanchonetes, lojas de conveniência, bares e similares podem funcionar das 5h às 20h, de segunda a sexta-feira, e das 9h às 17h nos finais de semana e feriados, mantendo-se a proibição da utilização de som. Permanece obrigatório o uso de máscaras pelas pessoas, nos espaços de acesso aberto ao público. Ainda de acordo com o decreto municipal, o estabelecimento que descumprir as regras terá o Alvará de Funcionamento suspenso e as atividades comerciais devidamente paralisadas.

 

 

O Nepal flexibilizou as medidas de quarentena para os turistas estrangeiros com a esperança de receber mais alpinistas em suas montanhas e recuperar a indústria turística, devastada pela pandemia.

Os turistas estrangeiros serão submetidos a testes anticovid em sua chegada e devem permanecer em quarentena até que obtenham resultados negativos, de acordo com as novas regras.

Até o momento, eles precisavam respeitar uma quarentena de sete dias, o que obrigava os alpinistas a planejar uma estadia prolongada no Nepal.

"Com a decisão, esperamos que alpinistas e mochileiros que estavam adiando expedições ou viagens devido às regras rígidas voltem ao Nepal", declarou à AFP Mira Acharya, diretora do Departamento de Turismo do país.

Os estrangeiros, no entanto, terão que apresentar um certificado de vacinação ou um resultado negativo de teste PCR antes de entrar no país.

O Nepal concedeu 45 permissões de escalada para os diversos montes do Himalaia e prevê a chegada de quase 300 alpinistas estrangeiras apenas ao Everest (8.849 metros).

No ano passado, a pandemia foi declarada pouco antes do início da temporada de escaladas, o que obrigou o Nepal a fechar as fronteiras. O impacto foi devastador para milhares de pessoas no país, de guias até funcionários de hotéis, que vivem da indústria do alpinismo.

Antes da pandemia, o Nepal teve problemas para responder ao grande fluxo de alpinistas que pretendiam escalar o Everest, o que provocou acidentes, incluindo alguns fatais.

Em 2019, a temporada de primavera registrou um número recorde de alpinistas no Everest, 885, dos quais 644 partiram do sul e 241 iniciaram a escalada pela face norte, no Tibete.

A temporada terminou com 11 mortes e pelo menos quatro foram provocadas pelo número excessivo de alpinistas.

A chanceler alemã Angela Merkel vai propor na quarta-feira (3) aos responsáveis das regiões uma flexibilização das restrições decretadas pela pandemia, a partir de 8 de março, segundo um projeto de resolução obtido pela AFP nesta terça-feira (2).

A chanceler estima que a partir de agora será possível permitir contatos entre "duas unidades familiares", mas sem ultrapassar os cinco adultos no total, segundo este texto. A Alemanha já autorizou nas últimas semanas a reabertura de escolas e salões de beleza.

Outros comércios, como as floriculturas ou as livrarias, também estão previstos para reabrir nas regiões onde ainda permanecem fechados até agora, de acordo com o projeto.

As autoescolas e os salões de beleza também poderão retomar suas atividades, mas os clientes terão que apresentar um teste de antígenos realizado no mesmo dia.

No entanto, os restaurantes, os locais de lazer e de esporte permanecerão fechados ao menos até 28 de março, segundo o documento.

O texto ainda precisa ser aprovado pelos 16 responsáveis das regiões, que se reunião com Merkel nesta quarta-feira.

Nas últimas 24 horas, a Alemanha registrou 3.943 novos casos, segundo dados do instituto Robert Koch, e neste fim de semana o país superou as 70.000 mortes por covid-19 desde o início da pandemia.

O senador Humberto Costa (PT-PE) recorreu ao Ministério Público Federal (MPF), para impugnar os atos assinados pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), a respeito da edição de quatro decretos que flexibilizam o porte de arma de fogo no país.

Dentre as modificações feitas pelo presidente, na última sexta-feira (12), estão: aumento de 4 para 6 o número de armas de fogo que um cidadão comum pode possuir, permissão ao porte simultâneo de duas armas e adolescentes podem praticar tiro com a arma emprestada de algum colega também atirador desportista.  As mudanças alteram decretos anteriores do próprio Bolsonaro. A flexibilização é uma das suas principais promessas de campanha.

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Segundo Humberto, a medida de Bolsonaro é insana e fomenta a formação de grupos armados ilegais, a pretensão do senador é que o Ministério Público leve os atos de Bolsonaro aos tribunais superiores para que sejam cassados por decisão judicial.

"Mesmo durante a pandemia, em pleno isolamento social, nós tivemos um aumento de 5% nos assassinatos em 2020. Em meio a essa tragédia social, Bolsonaro usurpa as competências do Congresso Nacional e edita atos para estimular mais violência, para armar pessoas, num ato voltado à constituição de milícias, com as quais ele e sua família têm muita intimidade", afirmou o senador.

Israel suspenderá progressivamente a partir de domingo (7) o confinamento que aplica há um mês, graças a uma redução dos contágios, mas os voos internacionais continuarão suspensos, anunciou o governo nesta sexta-feira (5).

O país decretou um confinamento estrito em quatro oportunidades e desde dezembro aplica uma ambiciosa campanha de vacinação, na qual 3,3 milhões de pessoas já receberam pelo menos uma das duas doses do fármaco.

Apesar das restrições, o mês de janeiro foi o mais letal da pandemia no país, com mais de 1.000 mortes por covid-19. De acordo com o balanço mais recente do ministério da Saúde, o país de 9 milhões de habitantes registra mais de 675.000 casos e 5.019 óbitos.

A cada dia, Israel continua registrando quase 6.500 novos contágios.

"O governo aceitou a proposta do primeiro-ministro e do ministro da Saúde para flexibilizar as medidas de confinamento a partir de domingo", afirmou nesta sexta-feira o gabinete do chefe de Governo em um comunicado.

A partir de então, os cidadãos poderão fazer deslocamentos a mais de um quilômetro de suas residências e alguns serviços, como salões de beleza, retomarão as atividades. Também devem reabrir com restrições os parques e reservas naturais. Os restaurantes poderão preparar comida para retirada.

As fronteiras terrestres de Israel permanecerão fechadas.

Cada atualização do Protocolo de Convivência com a Covid-19 em Pernambuco, a incerteza dos donos de bares e restaurantes se renova. O setor ainda luta para manter as portas abertas e tenta evitar mais demissões em meio à crise econômica agravada pela pandemia. Esta quarta-feira (20) completa seis meses de flexibilização para os estabelecimentos, que sofrem com limite de horário e capacidade, e agora não podem ter ambientação sonora, após funcionarem em delivery.

O rápido avanço dos índices do vírus desde o primeiro caso registrado em Pernambuco fez com que o governo decretasse o fechamento no fim de março do ano passado. A medida fez as receitas do setor despencarem e deu início a um movimento de falências e demissões. Após cerca de 120 dias, empresários realizaram uma carreata em protesto pelo retorno dos clientes e a autorização veio no fim de setembro, sob uma série de normas de distanciamento e higienização, além do limite de 50% da capacidade e do funcionamento até às 20h.

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Desde então, o protocolo vem sendo atualizado e, aos poucos, amplia o atendimento para equilibrar as dívidas do setor. Por outro lado, o Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-PE) identificou diversos estabelecimentos em funcionamento clandestino e intensificou a fiscalização para controlar a atuação conforme as regras da Covid-19. Segundo o órgão, 353 bares e restaurantes foram visitados e 26 foram interditados. Ao todo, mais de meio milhão em multas foi aplicado no estado, que indica como penalidade máxima o valor de R$ 100 mil.

Em um ano difícil para o setor privado, os empresários depositaram as esperanças nas tradicionais confraternizações de fim de ano, mas a expectativa em torno de dezembro ficou longe de ser atingida. A proprietária do Mustang, no bairro da Boa Vista, área Central do Recife, Wanessa Souza lembra do alívio de reabrir as portas após a queda de 90% nas vendas durante o período de entregas.

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Ela conta que precisou readequar o cardápio e intensificou a divulgação de promoções em redes sociais para atrair a clientela insegura, a última estratégia foi qualificar o esquema de apresentações musicais para movimentar o restaurante. Entretanto, o gasto adicional vai demorar a trazer o retorno esperado, pois no dia 15 deste mês o governo proibiu som nos espaços.

Para a proprietária do Bistrô restaurante, também alocado na área Central, o esquema self-service foi um dos mais prejudicados. Dayse Abreu aponta que ainda é difícil arcar com os gastos com a perda de aproximadamente 40% dos clientes e, em contato com colegas do setor, alerta para novas falências caso um novo fechamento ou mais restrições sejam confirmadas.

Enquanto a vacina não chega a Pernambuco, a pandemia se prolifera em mais vítimas e chega ao seu 10º mês, nesta terça-feira (12). Autoridades ligadas ao Governo do estado tentam controlar os índices de contágio, mas esbarram na falta de compromisso da maior parte da população, que afrouxou as recomendações sanitárias e teima em fechar os olhos para o perigo da Covid-19.

Com mais de 232 mil casos confirmados, entre 29.841 considerados graves e 202.915 leves, nos últimos 7 meses, o Plano de Convivência das Atividades Econômicas não atingiu prazos e foi recuado para se adequar às necessidades da doença. Em alerta pelas 9.851 vidas perdidas, a gestão estadual se antecipou ao Réveillon e proibiu eventos para evitar aglomerações durante a celebração. Sem sucesso, multidões formaram-se em praias e bairros do subúrbio.

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As recorrentes cenas de desrespeito fizeram com que festas e shows voltassem a ser proibidos, e o Carnaval cancelado. Na sexta (8), a realização de eventos sociais, como casamentos e batizados, foi limitada a 150 pessoas, divididas em mesas com até 10 convidados.

O Governo também se preocupa com a exposição durante as férias de verão, por isso pressiona prefeituras do Litoral para intensificar a fiscalização e evitar uma nova restrição do comércio. No mês passado, o decreto de calamidade pública foi renovado em Pernambuco, que vive a 10º, das 11 etapas de reabertura.

Atenta a manutenção da higiene e do distanciamento social em bares, praias e casas de show, o Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-PE) visitou 313 estabelecimentos e interditou 25, alguns chegaram a ser fechados em mais de uma oportunidade.

Embora 198.880 pacientes tenham se recuperado do novo coronavírus, a elevada taxa de ocupação dos 1.844 leitos ainda preocupa. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES), apenas 16% das 952 UTIs estão livres, enquanto 32% das enfermarias 892 estão disponíveis. A pasta acrescenta que 977.491 exames da doença foram realizados, entre RT-PCR, sorológico e testes rápidos. 

Pernambuco aponta que foi o 1º estado do país a criar um protocolo específico para os profissionais da saúde. A categoria já verificou 24.655 casos.

A doença que se alastrou pelos 184 municípios do estado é mais agressiva na Região Metropolitana do Recife, mas também foi identificada na população indígena. Com destaque para os Fulni-Ô, Pankararu e Xukuru, 13 índios não resistiram a Covid-19, que infectou 670 nativos.

Já os registros de Fernando de Noronha indicam certo controle da doença. Sem nenhum óbito na ilha, Administração informa que 344 casos foram confirmados, sendo 263 locais e 81 importados. Ainda há 24 pacientes em quarentena no arquipélago.

Frente à 5ª semana de alta nos índices da Covid-19 em Pernambuco, a iminência da 'segunda onda' de infecções põe em xeque a estratégia das autoridades de controle e evidencia o descompromisso da população. A descoordenação na distribuição da vacina e a falta de colaboração, que mais uma vez deve ser corrompida nas festas de fim de ano, traz ares pessimistas para 2021, como explica a Vice-presidente da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), Bernadete Perez, em entrevista ao LeiaJá.

A supervisora do Hospital das Clínicas, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), ratifica que a pandemia nunca esteve controlada, e sim, freada pelas medidas de distanciamento mais rígidas em maio. Contudo, a flexibilização considerada precoce e irresponsável, e a condução das campanhas eleitorais em uma situação de iminente colapso da rede de saúde projetam um futuro adverso. "Infelizmente, a gente tem que esperar o pior porque combinar essa pandemia arrastada, com o cansaço e com esse Governo Federal criminoso, que tem sido completamente ausente. Como não temos previsão para a chegada da vacina, janeiro com certeza estará pior", alerta Bernadete.

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O último boletim divulgado informa que o estado acumula 210.081 casos e 9.459 vítimas fatais. Independente da crescente, o horário do comércio foi estendido, setores considerados não-essenciais e bares são reincidentemente notificados por desrespeitar as regras do Plano de Convivência. Por outro lado, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) se orgulha de ainda ter 19% leitos de UTI disponíveis, no entanto tal relação é classificada 'perversa' pela especialista. "Eu discordo quando dizem 'se tiver UTI liberada, libera a flexibilização'. Isso é um absurdo. É como dizer 'eu sei que as pessoas vão se infectar, eu sei que em torno de 5% vão morrer'. Isso é muito perverso", criticou.

LeiaJáImagens/Arquivo

Um novo lockdown geral seria inviável, porém a flexibilização deva ser reavaliada, mesmo com o recuo no setor de eventos. "Restrição de mobilidade, rigidez no isolamento, distanciamento físico de pessoas, proteção social e políticas de controle e fiscalização de aglomerações", foram elencados pela médica, que lamenta a inversão de prioridades em relação às reaberturas. Para ela, a conquista de uma condição segura deveria privilegiar primeiro as escolas.

Em absoluta desaprovação, Bernadete repudia a narrativa tomada pelo presidente Jair Bolsonaro, que enfraquece o combate à Covid-19 e propaga a desconfiança quanto ao imunizante. "A mensagem é de completo abandono do povo brasileiro. O governo passa que é um problema menor e continua negando o impacto da pandemia. Se apega em kits mágicos ineficazes de medicamentos e negam a gravidade", assegurou.    

Na sua visão, o plano de imunização ao invés de comemorado, encontrará dificuldades para ser posto em prática por sua falta de planejamento. "Ao mesmo tempo que o presidente diz 'quanto antes a gente conseguir a imunidade coletiva, melhor'. Só que a imunidade coletiva sem vacina, que é o que eles tão fazendo, significa milhares de mortos", acrescentou. 

Fernando de Noronha dobrou o prazo do resultado do teste para Covid-19, que deve ser apresentado por turistas que não foram contaminados, durante o embarque. Antes, o resultado negativo do RT-PCR deveria indicar que o exame foi realizado um dia antes da viagem.

A flexibilização da terceira etapa de reabertura do arquipélago aos turistas foi publicada no Diário Oficial de Pernambuco, nesta quarta-feira (16). O documento ampliou o tempo de realização do teste negativo para 48h anteriores ao embarque.

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Em relação aos turistas que já foram diagnosticados com a Covid-19, a regra segue a mesma: o RT-PCR deve anteceder entre 20 e 90 dias da viagem e o sorológico IgG positivo também tem limite de 90 dias.

O secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Bruno Schwambach, anunciou nesta quinta-feira (3), por meio de uma coletiva online, que o plano de convivência com a Covid-19 no estado deve permanecer como está e a flexibilização prevista para o setor de eventos não irá acontecer por conta do aumento dos casos do novo coronavírus.

Sendo assim, o setor deve continuar podendo funcionar com a carga atual, de no máximo 300 pessoas por festividade. "Como fizemos desde o início do plano, vamos continuar a analisar os dados semanalmente, avaliar os pleitos e divulgar como se dará os avanços ou recuos necessários para conter a pandemia", afirma Bruno.

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O secretário reforça que para que as flexibilizações avancem em Pernambuco, é necessário que os protocolos setoriais sejam cumpridos. "Nosso acompanhamento mostra que os países onde os protocolos são seguidos, não há um crescimento nos números de contaminação. Nos países que os protocolos não são obedecidos, o número de contaminação cresce exponencialmente", revela Schwambach.

O secretário reforça que não quer que os setores sejam fechados novamente em Pernambuco por conta do avanço dos casos da Covid-19. Além disso, ele garante que a maioria dos setores estão seguindo os protocolos recomendados pelas organizações de saúde.

No entanto, salienta que alguns setores não estão seguindo a risca. "Por isso nós vamos aumentar o rigor da fiscalização. Nós não podemos deixar que o mau comportamento de alguns prejudiquem a todos", acentua Bruno Schwambach.

O secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco revela que os segmentos de eventos sociais e alimentação são os que não estão seguindo, devidamente os protocolos exigidos.  

Caiu em 2,8 milhões o número de pessoas rigorosamente isoladas da segunda para a terceira semana de agosto, passando de 44,4 milhões para 41,6 milhões, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Covid-19). Desde meados de março, medidas de isolamento social foram recomendadas pelos governos estaduais e municipais para conter a propagação do novo coronavírus (Covid-19).

A pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) também estimou em 4,5 milhões a população que não fez qualquer tipo de restrição na semana de 16 a 22 de agosto. O percentual representa estabilidade em relação à semana anterior.

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De acordo com o IBGE, no mesmo período, aumentou em 1,9 milhão o número de pessoas que reduziram o contato, mas continuaram saindo ou recebendo visitas. 

Para a coordenadora da pesquisa, Maria Lúcia Vieira, os dados apontam uma flexibilização do isolamento por parte da população. “De alguma forma, as pessoas estão flexibilizando as medidas de isolamento social, uma vez que aumenta o percentual de pessoas que estão tendo medidas menos restritivas e diminui o percentual daquelas que aplicam medidas mais restritivas de isolamento“, disse em nota.

Segundos os dados da Pnad Covid-19, o número de pessoas que estão saindo do isolamento vem aumentando pela terceira semana seguida. Da primeira para a segunda semana de agosto, 2,9 milhões de pessoas a mais afirmaram ter reduzido o contato, embora continuassem saindo ou recebendo visitas. A população que ficou em casa e só saiu por necessidade básica se manteve estável na terceira semana de agosto, com 87,6 milhões de pessoas nessa situação.

Mercado de trabalho

A Pnad Covid-19 estimou a população desocupada do país em 12,6 milhões na terceira semana de agosto, mantendo-se estável em relação à semana anterior. O número de pessoas ocupadas chegou a 82,7 milhões, o que representa estabilidade em relação à semana anterior.

“Há uma estabilidade geral nos indicadores de mercado de trabalho, mas olhando as variações, em termos de tendência, foi observada uma variação positiva na força de trabalho, que se deu em função do aumento no contingente da população ocupada”, disse a pesquisadora.

Segundo o IBGE, a população fora da força de trabalho também ficou estatisticamente estável em 75 milhões. “Na população fora da força [de trabalho], entre aqueles que gostariam de trabalhar, mas não tinham procurado trabalho justamente alegando a pandemia como o principal motivo, houve uma redução de cerca de 582 mil pessoas”, disse Maria Lúcia.

Estudantes

A pesquisa mostra ainda que o país tinha cerca de 46 milhões de estudantes matriculados em escolas ou universidades na terceira semana de agosto. Desses, 37,7 milhões tiveram atividades escolares em seus domicílios no período, um aumento de cerca de 921 mil pessoas em comparação com a semana anterior.

Segundo a pesquisadora, 7,3 milhões de pessoas não tiveram atividades escolares para realizar no período analisado. “Esse número representa 15,9% da população de 6 a 29 anos de idade que frequentava a escola”.

Desde que a cidade do Rio de Janeiro iniciou as medidas de flexibilização para o convívio com a Covid-19, se tornou corriqueiro as cenas de aglomerações nas praias, bares e pontos turísticos da cidade. Com a desordem do feriadão da Independência do Brasil, a prefeitura estuda a possibilidade de recuar algumas medidas, como reduzir o horário de funcionamento dos bares e restringir o estacionamento na orla.

No entanto, diante dos mais de 233 mil casos confirmados da Covid-19 e os mais de 16 mil óbitos registrados na cidade, o epidemiologista Roberto Medronho aponta que esses recuos são poucos e insuficientes. Para Medronho, que é ex-integrante do comitê científico do Governo do Estado, o ideal seria interditar a toda a faixa de areia. "Bota cone, que facilita a fiscalização, e fecha tudo. Nas aglomerações que vimos, sem distanciamento ou máscara, uma única pessoa infectada pode transmitir o vírus para todas as outras à sua volta", explica o epidemiologista à Veja.

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Ele avalia que a cidade do Rio de Janeiro deu início as flexibilizações muito cedo, em um momento em que a pandemia ainda estava sem controle na cidade e no Estado. Além disso, Roberto aponta que o Rio de Janeiro ainda vive a sua primeira onda do novo coronavírus e com a prefeitura já tendo desativado leitos, o que contribui para a lotação das unidades de saúde que ainda estão funcionando e atendendo os pacientes da Covid-19.

Ao pontuar a falta de suporte social, testagem em massa e monitoramento adequado diante da infecção que segue ativa na Região Metropolitana do Recife (RMR), a vice-presidente da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), Bernadete Perez, critica as decisões do Governo de Pernambuco no combate à Covid-19. Para a especialista, a variação diária de casos mostra que não há quadro epidemiológico possível para prosseguir com as reaberturas.

"A vigilância do estado se satisfez em contar casos e óbitos. Uma forma omissa na relação com o território", destaca a sanitarista ao acrescentar que a ausência de um plano nacional de resposta à pandemia dificultou o controle da doença. "Essas pessoas que morrem todos os dias têm virado praticamente uma 'paisagem', como se a gente tivesse que conviver com isso como normal [...] a pandemia não está controlada", lamenta em entrevista ao LeiaJá.

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De acordo com o boletim epidemiológico da Secretaria Estadual de Pernambuco (SES), emitido nessa quarta (2), Pernambuco já soma 7.656 óbitos e 128.724 pessoas infectadas. Mesmo com a queda dos índices, Perez explica que "a sustentação de curva ainda é alta em número de casos e óbitos. Com variação muito grande e a gravidade de uma interiorização da pandemia, sem equipamentos de saúde suficientes".

Lockdown frouxo

Instituído em cinco municípios do Grande Recife no dia 16 de maio, o lockdown até surtiu efeito inicial, mas foi tardio e breve, na visão da médica. "O prazo ideal era quando a gente tivesse por duas semanas uma queda importante e sustentada, com o número de óbitos quase chegando a zero. 40 mortes em 24h ainda é altíssimo", indica e conclui que não houve estratégia das autoridades para operacionalizar o fechamento total nas periferias. "Você coloca no colo das pessoas a possibilidade de proteção que elas não têm necessariamente. A tempestade é a mesma, mas nossos barcos são diferentes", avalia. 

Com o fim da quarentena rígida, após 15 dias do fechamento, Pernambuco registrou 1.023 novos casos e 67 óbitos só no dia 31 de maio. Na ocasião, as notificações atingiam 2.807 vítimas fatais e 34.450 casos confirmados. Com a economia estagnada, o Governo não suportou à pressão e deu início a terceira fase da flexibilização, no dia 15 de junho. A etapa marcou a autorização de funcionamento para varejos de bairro, salões de beleza e coleta de produtos em shoppings.

Médicos na cadeia

No primeiro dia da reabertura, o estado confirmou mais 246 casos, e alcançou o total de 45.507 infectados e 3.886 mortes. "A flexibilização foi completamente equivocada. Todas as etapas foram precipitadas, sem nenhuma sustentabilidade do quadro epidemiológico que a gente tinha, como ainda não temos [...] a gente não tem como progredir com flexibilização. Pelo contrário", reprova Perez, que aconselha o fechamento de setores não essenciais.

No início das notificações em Pernambuco, ainda em março, a médica juntou-se a outros especialistas e criou a Rede Solidária em Defesa da Vida (Rede Sol), com o objetivo de apoiar o Estado na tomada de decisões mediante dados científicos. No entanto, um movimento negacionista de profissionais da saúde atrapalhou a conscientização dos pernambucanos ao receitar supostas curas sem eficácia comprovada, como a Hidroxicloroquina, Azitromicina e Ivermectina.

"É uma vergonha. A gente discute isso em um plano político. Todos os estudos mostraram uma mortalidade maior na população que usa cloroquina. Esses médicos tinham que ser punidos criminalmente. Não é uma disputa de narrativa científica por que não tem nenhum estudo que sustente esse tipo de prescrição", dispara.

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