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Com objetivo de incentivar à profissionalização e inserção da comunidade LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros) de Pernambuco ao mercado de trabalho, a Secretaria Estadual da Micro e Pequena Empresa, Trabalho e Qualificação (Sempetq) lançou na última segunda-feira (2), os projetos Pesquisa Empresa e Trabalho Comunica.   

Segundo a Secretaria, as duas iniciativas pretendem criar uma linha de comunicação direta com entidades de representação da comunidade LGBT no Estado de Pernambuco e identificar empresas que desenvolvem ou estejam interessadas em desenvolver políticas de acolhimento deste público em seus quadros funcionais assim como estimular novas parcerias com instituições interessadas em adotar essa cultura de inserção. 

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Ainda de acordo com a Sempetq, os projetos serão desenvolvidos em parceria com a coordenação LGBT da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude (SDSCJ) e com o Centro Estadual de Combate à Homofobia de Pernambuco (CECH). 

Dentro dessa linda, a criação do projeto Pesquisa Empresa visa levar treinamentos, capacitações, palestras e oficinas para as empresas que adotam ou pretendem adotar este tipo de acolhimento. Tendo como intuito também oferecer subsídios para construção do selo da diversidade em Pernambuco.  

Já o Projeto Trabalho Comunica pretende ligar as empresas aos profissionais para oferecer vagas de emprego. Serão divulgadas diariamente, por e-mail, ações desenvolvidas para este público, além de oportunidades ofertadas pelas Agências do Trabalho em todo o Estado.  

O lançamento contou com a presença de representantes da Sempetq, da coordenação LGBT da Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude de Pernambuco (SDSCJ), do Movimento Ser Coletivo, e da Nova Associação de Travestis e Transexuais de Pernambuco (Natrape). 

Para a presidente da Natrape, Heymilly Maynard, a criação das iniciativas é muito bem-vinda. “Estes projetos chegaram numa excelente hora, pois a comunidade LGBT, mais especificamente o público trans, sofre muito com a exclusão social e vulnerabilidade, estando 96% deste pessoal no mercado informal, vivendo da prostituição ou dependendo de algum meio de renda que desqualifica o cidadão. Tudo por não ter a oportunidade de estar no mercado formal, com carteira assinada e com todos os direitos garantidos”, comemorou. 

Ainda não foi divulgado quando os projetos começaram a realizar as atividades. Outras informações podem ser obtidas no setor de psicologia da Agência do Trabalho da Boa Vista pelo número (81) 3183-7059 ou presencialmente de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h. 

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O cinema é uma arte essencialmente visual e que recorre muito aos recursos sonoros para tornar a experiência mais completa. Para desfrutar desse conteúdo audiovisual, como o próprio nome já sugere, é importante absorver suas imagens e prestar bem atenção no que é dito pelos personagens e nos sons ao redor. Porém, como é possível fazer isso se não se pode ver ou ouvir com clareza?

“Através da audiodescrição incluída nos filmes, a imagem pode ser transformada em palavras, e você passa a ‘enxergar’ através delas”, responde Leonard Sousa, consultor de audiodescrição da empresa Entrelinhas e portador de deficiência visual. Além desse método, há também a legenda descritiva e o uso da Língua Brasileira de Sinais (Libras), que, neste caso, permitem que o som seja ‘ouvido’ através da palavra escrita ou por meio de gestos.

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“Muitos tendem a ver limitação nessas pessoas pela deficiência que elas têm, mas na verdade a limitação está na sociedade que não produz os recursos que elas precisam. A partir do momento que passam a ter acesso a isso, elas conseguem interagir com todo mundo em pé de igualdade. Isso não é um favor. É uma questão de empatia, de entender que só precisam de um recurso a mais”, pontua Priscila Xavier, idealizadora do Entrelinhas, empresa que trabalha com a adaptação do conteúdo audiovisual para pessoas com necessidades especiais.

Liliana Tavares, organizadora do VerOuvindo, um festival dedicado à exibição e premiação do audiovisual com recursos de acessibilidade, ressalta a relevância de tornar o cinema acessível. “É importante primeiramente para abrir as portas dessa arte e da convivência entre pessoas com deficiência e sem. O cinema conta parte da nossa cultura, fala da nossa história. É uma maneira de conhecer o mundo e fazer com que as pessoas se aproximem de uma linguagem artística, de uma forma diferente de conhecer a vida e aprender conteúdos”, afirmou, em entrevista ao LeiaJá.

Adaptação obrigatória

Numa tentativa de diminuir as barreiras enfrentadas pelos 3,4% dos brasileiros que apresentam problemas severos de visão ou audição, segundo o senso de 2010 do IBGE, a Agência Nacional do Cinema (Ancine) passou a exigir que as produções financiadas com dinheiro público contem com recursos de acessibilidade e que os cinemas distribuam essas produções e adaptem suas salas. A nova lei sobre a adequação desses locais foi aprovada em 2016 e vem entrando em vigor aos poucos, dando um período para adaptação das empresas. A partir do dia 16 de novembro de 2017, entre 30% e 50% das salas de exibição deverão estar aptas para receber pessoas com deficiência. Já em 16 de setembro de 2018 será exigido que 100% do parque exibidor comercial disponibilize seu conteúdo audiovisual de maneira adaptada, a fim de tornar o material hábil para ser consumido pelo público que depende desses recursos.

No entanto, há algumas dificuldades no cumprimento dessa determinação. “Eu acho mais do que natural essas exigências, os produtores é que não veem isso com bons olhos, pois o valor do orçamento cai nas costas deles”, comenta Liliana Tavares. “Tudo que vem por força da lei geralmente não é bem-vindo, e por isso existe um trabalho nosso de sensibilização dos produtores, para que eles entendam que estão construindo um novo público e que as acessibilidades precisam ser feitas com qualidade, a mesma qualidade com a qual eles fazem o filme”, completa.

Reprodução/Instagram/Entrelinhas

Além desse obstáculo, a organizadora do VerOuvindo destaca que há um impasse quanto à qualificação dos profissionais de audiodescrição, Libras e legenda descritiva: “Tem muita gente que fala Libras mas não é intérprete, nem entende de arte. Não é qualquer pessoa que pode fazer as adaptações, precisa entender o produto e ser sensível a ele. É importante trabalhar com a estética do filme, sempre trabalhamos com consultores com deficiência visual e auditiva para que se tenha qualidade”.

Explicando sobre o seu trabalho na audiodescrição, Priscila Xavier conta que o prazo ideal para adaptar um filme de uma hora seria de no mínimo uma semana, pois é necessário assistir ao material, para depois fazer um primeiro roteiro, escrevendo todas as cenas que são importantes e acrescentando a descrição entre os intervalos de fala dos personagens, para não atrapalhar o diálogo. Após essa etapa, o roteiro é enviado a uma pessoa cega ou com baixa visão que também tem formação nessa área, para que ela avalie o entendimento do filme.

É nesse ponto que Leonard Sousa entra. “Eu analiso esse roteiro, sentença por sentença, pra tentar entender se o usuário consegue visualizar o que está acontecendo na cena. Às vezes a descrição não está muito clara. Pra quem enxerga pode estar ótimo, mas nem sempre a escolha de palavras é a mais adequada para quem não pode ver. Depois disso devolvemos o roteiro revisado e discutimos a alteração feita para chegar a um consenso, e então, finalmente, o roteiro segue para a locução”, detalha o consultor.

Acessibilidade Inclusiva

Roberto Cabral tem a mesma função de Leonard, porém, diferente dele, nem sempre teve problemas de visão. A perda da capacidade de enxergar veio ao longo da vida, e fez com que a experiência de assistir um filme pela primeira vez com audiodescrição fosse, inicialmente, um desafio interessante. “Eu estava acostumado a ver filmes com imagem, e depois tive que me adaptar à questão de visualizar as cenas através dos ouvidos”, relata.

Como alguém que já transitou entre os dois universos de consumidores da sétima arte – os com deficiência e os sem –, ele ressalta a importância de não fazer uma separação entre as salas que contêm com acessibilidade e as que não contêm. “É importante criar um ambiente onde todos possam ver o mesmo filme ao mesmo tempo e rir juntos da mesma cena ou chorar juntos com o mesmo momento triste. Do contrário, essa acessibilidade será exclusiva, e não inclusiva”, diz Roberto.

Reprodução/Facebook/VerOuvindo

Quanto a uma maneira de tornar o conteúdo audiovisual mais inclusivo sem que isso atrapalhe aqueles que não precisam de recursos extras para consumi-los, Liliane Tavares explica: “A audiodescrição precisa ser ouvida sem que o público em geral sofra com isso, e isso já é possível através de fones de ouvido ou aplicativos. Quanto às legenda ou Libras, ainda há muita controvérsia, pois ainda não há uma maneira ideal de exibi-la sem incomodar o público em geral e o surdo”, conta.

Ela ressalta que há aplicativos que cumprem essa função, mas que são pouco cômodos tanto para os usuários como para o restante das pessoas em uma sala de cinema, pois a luz dos aparelhos eletrônicos tende a incomodar, além de ser trabalhoso para o surdo, que precisaria se concentrar em duas telas diferentes. “Existe apenas uma forma, que seriam óculos de realidade virtual, como os da Epson, por exemplo. No VerOuvindo fizemos uma sessão experimental utilizando esses óculos e com o aplicativo, e eles preferiram os óculos, foi super aprovado. “Nosso grande medo é que as salas se equipem com tablets ou celulares, por serem mais baratos. Isso seria muito ruim para todos”, conclui.

 

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Dez atletas bailarinos representarão o Pará no XVI Campeonato Brasileiro de Dança Esportiva em Cadeira de Rodas, que será realizado no período de 28 a 30 de setembro, em João Pessoa, na Paraíba. Atualmente, a Companhia é composta por 10 bailarinos intérpretes, sendo quatro cadeirantes e seus respectivos parceiros. Os dançarinos integram a Companhia Do Nosso Jeito, que faz parte do projeto de dança inclusiva da Fundação Cultural do Pará (FCP).

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Os integrantes da Companhia já participaram de várias competições, dentro e fora do Estado, chegando a conquistar sete medalhas, incluindo quatro de ouro e três de prata, nas sete categorias disputadas durante o 15º Campeonato Brasileiro de Dança Esportiva, realizado no ano passado, na cidade de Santos, em São Paulo.

A fisioterapeuta Gracielle Sales é uma das atletas que fazem parte da Companhia e conta que irá competir pela primeira vez um campeonato brasileiro de dança. “Eu não sei nem descrever a sensação, eu nunca participei de nada, nunca gostei nem de jogos internos na escola, mas estamos indo com a alma para esse campeonato, porque não dançamos apenas com o corpo e também com a alma. Então eu estou esperando bons resultados da nossa companhia", disse Gracielle.

A bailarina conta que a música sempre esteve presente na sua vida e que usa a dança como um meio de expressar suas emoções. “Eu sempre gostei muito de dançar, sempre fui muito musical, eu estou portadora da ELA (Esclerose Lateral Amiotrófica) há seis anos, então a gente voltaao universo da dança que é único, é maravilhoso, onde a gente se socializa, interage e bota as nossas emoções pra fora”, afirmou.

O bailarino Leonel Barbosa, um dos atletas andantes, conheceu o projeto através de uma apresentação da Companhia, e hoje já faz parte do projeto há seis meses. "O projeto já tem três anos, eu comecei faz seis meses, eu vi uma apresentação deles, me interessei e vim aqui e tinha vaga. Estou até hoje”, explica Leonel.

Para Leonel, a experiência só acrescentou ainda mais na sua vivência com a dança. “É uma experiência muito gratificante. Eu já praticava dança de salão, e a dança com os cadeirantes se torna muito gratificante porque a gente mostra que eles são capazes de praticar dança de salão”, conta.

O projeto de dança inclusiva é sem fins lucrativos e a Companhia representa a Fundação Cultural do Pará no Estado em duas modalidades: dança esportiva e dança artística em cadeira. “A dança artística é bem mais ligada à dança contemporânea, uma dança para todos e sem limites, que trabalha com expressões corporais. Já a dança esportiva em cadeira de rodas trabalha com cinco ritmos latinos, que são samba, rumba, jive, cha cha cha e paso doble”, explica a coordenadora e coreógrafa do projeto, a professora Mestre em Dança e especialista em inclusão Thays Reis.

Para a professora, o projeto se torna uma grande realização pessoal e profissional. “O projeto é uma grande realização. Eu vejo que o meu estudo é concretizado, ver as pessoas dançando e realizando seus próprios sonhos, anseios e sendo incluídas na sociedade é o maior retorno que nós temos”, revela a professora. Veja vídeo abaixo.

Por Ariela Motizuki.

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Na próxima sexta-feira (29), a Prefeitura de Paulista realizará um encontro que busca incluir pessoas com deficiência no mercado de trabalho. Promovido em parceria com o Centro de Integração Empresa Escola (CIEE) e Ministério do Trabalho, o evento contará com 340 oportunidades de emprego oferecidas pelas empresas que integrarão a ação.

Na ocasião, os participantes poderão conhecer oportunidades de trabalho em diversas áreas, firmando contato com as empresas contratantes. No total, 24 companhias da própria cidade de Paulista confirmaram presença no evento.

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É importante que os candidatos tenham em mãos carteira de trabalho e RG. As atividades serão realizadas no âmbito do ‘dia D da Pessoa Com Deficiência’, nas dependências do Paulista North Way Shopping, das 8h às 17h.

Serviço: 

O quê – Dia D da Pessoa Com Deficiência em Paulista;

Quando – Nesta sexta-feira (29.09), das 08h às 17h;

Onde – Paulista Shopping North Way (Rodovia PE-15, sem número, Centro).

Nos próximos dias 15 e 16, o Porto Digital vai receber o Encontro Nacional de Profissionais de TI com Deficiência Visual (ENTIDV) que pretende reunir pessoas com deficiência (PCDs) interessadas em aprimorar sua atuação ou integrar o mercado de trabalho de tecnologia. A proposta do encontro é oferecer um momento de interação entre as empresas de tecnologia e esse público específico. O evento é gratuito.

"Temos um objetivo amplo com esse encontro: esperamos gerar a consciência nas empresas de que, a partir de um processo de seleção inclusivo, é possível contratar profissionais qualificados para trabalhar em qualquer função”, afirma Virgínia Chalegre, da t-access, empresa promotora do ENTIDV junto com a Superactive e a AnnuitWalk.

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O primeiro dia terá o enfoque na gestão e os recursos humanos das empresas, com palestras e mesas redondas que tratam de temas como o processo de seleção inclusivo, a integração de PCDs nas empresas, além de relatos e experiências propositivas. Já no sábado (16), será o momento de promover o encontro de pessoas com deficiência, sejam elas já absorvidas no mercado de trabalho ou interessadas em novas tecnologias, como Inteligência Artificial e Arduino. As palestras e oficinas terão foco nas práticas tecnológicas acessíveis e serão ministradas por pessoas com deficiência como Manuela Torreão, que é surda e palestrará sobre como conciliar o desenvolvimento e o teste de softwares.

A programação completa e outras informações podem ser adquiridas pelo próprio site do ENTIDV. O evento será realizado no novo prédio do Porto Digital, que fica localizado na Rua do Apolo, 235, com entrada pela Rua do Observatório, Bairro do Recife.

Durante as Olimpíadas Especiais, que serão realizadas entre os dias 25 e 26 deste mês, na UNINASSAU, o programa Atletas Saudáveis, em parceira com Lions Clube da região e APABB – (Associação de Pais, Amigos e Pessoas com Deficiência, de Funcionários do Banco do Brasil), realizará atendimentos oftalmológicos. Também estão previstas ações para outras especialidades, como odontologia, fonoaudiologia, fisioterapia, ortopedia e promoção à saúde para os atletas da APABB.

Os atletas serão atendidos com a infraestrutura montada pela Fundação Altino Ventura. Serão 60 profissionais da saúde de vários estados do Brasil, voluntários que, em parcerias com as instituições, ampliarão o atendimento específico de pessoas com deficiência intelectual no país.

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As avaliações oftalmológicas integram as ações da iniciativa Abrindo Teus Olhos. Cerca de 200 atletas passarão pelo processo de triagem e exames visuais, realizados por tecnólogos oftálmicos e oftalmologistas voluntários de vários estados brasileiros. Aqueles que necessitarem de correção visual receberão óculos com lentes em policarbonato, mais leves, finas e resistentes a impactos, doadas pela Essilor. Além disso, todos os atletas receberão óculos solares.

Confira os horários e locais de atendimento:

Sexta-feira (25), na UNINASSAU, das 13h00 às 17h00.

Sábado (26), no COMPAZ Ariano Suassuna, das 9h00 às 16h30.

O COMPAZ fica localizado na Rua General San Martin, 1208, no Bairro de San Martin, Zona Oeste do Recife.

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A partir da próxima quinta-feira (24), a UNINASSAU, abre as portas para receber o programa Atletas Saudáveis, que inclui o Festival Atletas Jovens e os Jogos Locais das Olimpíadas Especiais. Voltado para pessoas com deficiência intelectual, as atividades acontecem em parceria com a Special Olympics Brasil, uma organização internacional que promove treinamentos e competições em diversas modalidades esportivas. Também são parceiros do evento, a Prefeitura da Cidade do Recife e o Lions Club Recife.

Na quinta, ocorre a capacitação dos diretores clínicos e voluntários que atuarão com os atletas inscritos no Programa. Serão apresentadas as disciplinas que formam a iniciativa: FunFitness, Pés Legais, Audição Saudável, Sorrisos Especiais, Promoção da Saúde e Abrindo teus Olhos. O segundo dia (25) terá  as atividades do Festival Atletas Jovens no Ginásio Esportivo da UNINASSAU, das 8h às 14h, e está focado no atendimento de crianças de 2 a 7 anos com deficiência intelectual de cinco instituições de Recife: AMAR, APABB, CERVAC, GURI, NOVO RUMO.

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Por fim, na sexta-feira (26), acontecerão os Jogos Locais das Olímpiadas Especiais, no COMPAZ Ariano Suassuna, das 9h às 15h. Cerca de 150 atletas jovens e adultos, com e sem deficiência, irão competir em três modalidades: atletismo, futsal e natação.

"É um privilégio atender a esse público e promover momentos de inclusão social, entendendo que o esporte é sim uma ferramenta. Nós podemos e devemos, enquanto instituição educacional, promover esses momentos na formação dos nossos estudantes e promover essa cidadania da pessoa com deficiência intelectual", comenta a professora do curso de Educação Física da UNINASSAU e uma das organizadoras da ação em Recife, Ana Zélia Belo.

Serviço:

24/08 - Treinamento dos diretores clínicos e voluntários

25/08, das 8h às 14h - Festival Atletas Jovens | Ginásio Esportivo da UNINASSAU - Rua Guilherme Pinto,114, Derby (Bloco A)

26/08, das 9h às 15h - Jogos Locais das Olimpíadas Especiais | COMPAZ Ariano Suassua - Rua Gal. San Martin, 1208, San Martin

No último sábado (29), a Universidade do Recôncavo da Bahia comemorou seu 12º aniversário com a divulgação de dados que apontam o crescimento do número de jovens baianos, em especial da população mais negra e pobre, com acesso ao nível superior nos últimos anos. A universidade conta com 83,4% de estudantes autodeclarados negros e 82% oriundos de famílias com renda total de até um salário mínimo e meio. 

A instituição, que hoje conta com sete centros de ensino em seis cidades do Recôncavo, onde circulam 12.345 estudantes, dos quais 91.5% são da Bahia, foi a primeira universidade do país a ter uma Pró-Reitoria de Políticas Afirmativas e a aplicar integralmente a Lei de Cotas em 2012. 

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Os dados foram divulgados e apresentados neste mês pelo reitor da instituição, Silvio Soglia. As informações foram produzidas a partir de dados atualizados pela própria universidade e teve base na “IV Pesquisa do Perfil Socioeconômico e Cultural dos Estudantes de Graduação das Instituições Federais de Ensino Superior Brasileira – 2014”, realizada pelo Fórum Nacional de Pró-Reitores de Assuntos Comunitários e Estudantis (FONAPRACE) em parceria com a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior no Brasil (ANDIFES). Esses números podem ser encontrados através do Site Oficial da instituição

A Receita Federal divulgou hoje (20) que transexuais e travestis poderão ter o nome social incluído no documento de Cadastro de Pessoas Físicas (CPF). A informação foi anunciada após a publicação de uma instrução normativa (http://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.jsp?jornal=1&pagina=39&data=20/07/2017) sobre a questão no Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira (20).

Para obter o nome no CPF, basta que cada pessoa compareça a uma unidade de atendimento da Receita Federal e peça a inclusão. O cadastro será feito imediatamente  eo nome social passará a constar no CPF, acompanhado do nome civil.

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O nome social é a designação pela qual o travesti ou transexual se identifica e é socialmente reconhecida.

O decreto publicado em abril do ano passado, assinado pela ex-presidente  Dilma Rousseff estabelece que os órgãos e as entidades da administração pública federal direta, autárquica e fundacional, em seus atos e procedimentos devem adotar o nome social da pessoa travesti ou transexual, de acordo com seu requerimento. O decreto estabeleceu um prazo de um ano para órgãos e entidades se adequarem à norma.

Além disso, a lei assegura que os travestis e transexuais o direito de requerer, a qualquer momento, a inclusão de seu nome social em seus documentos oficiais e nos registros dos sistemas de informação, de cadastros, de programas, de serviços, de fichas, de formulários, de prontuários e congêneres dos órgãos e das entidades da administração pública federal direta, autárquica e fundacional.

Foi publicado nesta terça-feira, 20 de junho, no Diário Oficial da União a lista com os nomes de 50 cursos superiores autorizados pelo Ministério da Educação (MEC). No total, 32 instituições de ensino superior receberam a aprovação. 

As novas vagas são em graduações como engenharia, educação física, letras, nutrição, administração e pedagogia. Também há cursos tecnológicos como design de interiores, logística, gestão de segurança e redes de computadores. O número de vagas varia conforme o curso.

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Por duas recomendações do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), o município de Ouricuri, Sertão de Pernambuco, terá que garantir a matrícula e o transporte de crianças e adolescentes com deficiência nas escolas da cidade. O município também deverá realizar um recenseamento para localizar alunos que estejam fora da escola, criar políticas de inclusão, capacitar professores e adaptar os currículos escolares às necessidades dos estudantes. 

O transporte deverá ser fornecido a todos os estudantes independentemente da localização de suas residências e do número de alunos. O Ministério também recomendou que seja criada uma comissão especial que auxilie na fiscalização e implementação do transporte escolar. 

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O MPPE deu ao município um prazo de 10 dias para informar sobre a adesão ao programa Caminhos da Escola, do Governo Federal, sobre a aquisição de veículos e apresentar os contratos firmados dos veículos destinados ao serviço.

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Foi publicada no Diário Oficial do estado, no último dia 17 de maio, uma lei que obriga as escolas a oferecerem aulas práticas adaptadas de educação física para estudantes portadores de deficiência ou que tenham mobilidade reduzida. A Lei 16.043 de 16 de maio é de autoria do deputado estadual Joel da Harpa, já foi aprovada pelo governador do Estado Paulo Câmara, e entrará em vigor no prazo de 180 dias (contando desde a sua publicação). 

A nova legislação vale para todas as escolas do Estado, sejam elas municipais, estaduais, privadas ou de referência. “A princípio a medida será aplicada apenas em Pernambuco, mas também estamos enviando a legislação ao Congresso Nacional para ver se conseguimos algo no âmbito nacional”, explica o deputado. 

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Segundo Joel, sua vivência nas comunidades e o conhecimento de algumas histórias o despertaram para a necessidade das escolas. A ideia é também incentivar a prática esportiva na vida dessas crianças e jovens. O deputado defende que essas práticas também sejam aplicadas nas instituições superiores: “As universidades precisam se adequar para receber esses jovens. Elas precisam estar preparadas, até porque o número de estudantes portadores de deficiência tem aumentado nas faculdades”. 

Exigências

Segundo o artigo 4° disposto no texto que regulamenta a lei, a comprovação da necessidade de educação física adaptada deverá ser feita pelos estudantes através de laudo médico fundamentado. O documento será encaminhado à direção da escola, que deverá tomar as providências necessárias quanto à individualização do aluno portador da necessidade especial. Além disso, o laudo deverá especificar o tipo de deficiência do aluno, seja ela física, sensorial, intelectual, mental ou múltipla. 

A cobrança da aplicação da lei nas escolas ainda não começou. De acordo com o deputado, possivelmente a nova legislação passará por alguns ajustes, inclusive, para o acréscimo das regras de aplicação e descumprimento da ordem. No momento, está havendo a divulgação nas escolas do Estado para depois iniciar a fiscalização das obrigações. 

Aulas

Questionado sobre como será a aplicação dessas aulas, Joel disse que os professores serão responsáveis por desenvolver atividades específicas na área de educação física para cada tipo de deficiência, inclusive para os alunos com doenças raras; integrando, assim, tais atividades esportivas com as atividades dos demais estudantes.

“O Estado vai exigir a aplicação da lei, mas também deve oferecer algumas capacitações e especialidades para os professores também se adaptarem. O Estado tem que oferecer! Mas ainda sim, é importante que os próprios profissionais busquem melhorias na sua área”, falou Joel. 

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A Universidade da Amazônia (Unama) realizou nos dias 15 e 16 de maio o primeiro Fórum de Inclusão, no campus Alcindo Cacela. O evento “Ser Inclusivo: Tornando direitos em práticas cotidianas” foi promovido pelo Núcleo de Atendimento ao Educando Especial (NAEE) e contou com uma programação voltada para minicursos em sala de aula sobre a iniciação em Libras, especificidades das deficiências, elaboração de materiais adaptáveis para pessoas especiais, acessibilidade e outros temas.

O objetivo do fórum foi discutir a diversidade social e os direitos fundamentais voltados para a igualdade e coparticipação de toda a sociedade. Durante o evento, a vice-reitora da Unama, Betânia Fidalgo, entregou o prêmio de melhor aluna para Karlena Magno, estudante de Arquitetura e Urbanismo. A estudante, que foi homenageada, é deficiente auditiva e faz acompanhamento através do NAEE da instituição.

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Para a acadêmica do 7° semestre de Pedagogia Mayara Sena, que participou de um minicurso sobre Atendimento Educacional Especializado (AEE), é muito importante garantir os direitos dos alunos que possuem algum tipo de deficiência. “Essa questão da integração desses alunos com deficiência na sociedade e saber assegurar que eles têm direitos que devem ser cumpridos e estou muito satisfeita de estar em uma universidade que promove um evento tão especial como este”, contou.

O Atendimento Educacional Especializado (AEE) é um serviço da educação especial que identifica, elabora e organiza recursos pedagógicos e de acessibilidade que eliminem qualquer barreira de inclusão, tornando plena a participação de todos os alunos, considerando suas necessidades específicas.

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Estão abertas as inscrições para os Jogos Paralímpicos do Recife. Entre os dias 9 e 11 de junho, homens e mulheres com deficiência física, visual e/ou intelectual, com idade mínima de 12 anos irão participar de disputas de Atletismo, Bocha, Natação, Tênis de Mesa, Badminton, Vôlei Sentado e Basquete de Cadeira de Rodas. Os esportes estarão divididos em faixas etárias.

A abertura do evento será no Compaz Ariano Suassuna, que fica no Cordeiro. Lá também acontecerão todas as competições, com exceção do atletismo, que será no Centro Esportivo Santos Dumont, em Boa Viagem. Especificamente para a categoria Estudantil, é necessário que o paratleta esteja matriculado em uma escola municipal, estadual ou privada, ou ainda ser participante de programas esportivos para pessoas com deficiência desenvolvidos pela Prefeitura do Recife.

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Os interessados devem procurar a Secretaria Executiva de Esportes, que fica no térreo da Prefeitura do Recife até o dia 31 de maio, quando encerram as inscrições. Mais informações podem ser com a Gerência de Esportes de Rendimento do Recife, pelo telefone 99488-6310 ou enviando um email para gustavo.arruda@recife.pe.gov.br. Confira o cronograma:

Abertura dos Jogos Paralímpicos: 9 de junho - Compaz Cordeiro

Competição atletismo: 10 e 11 junho - Santos Dumont

Basquete em Cadeira de Rodas: 10 de junho - Compaz Cordeiro

Demais modalidades: 10 e 11 de junho - Compaz Cordeiro

Fruto de uma parceira entre a Secretaria de Educação do Recife com o Instituto Aggeu Magalhães (IAM)/Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o projeto de comunicação alternativa e suplementar voltado para alunos autistas da rede municipal do Recife já está em andamento. Nesse momento, vinte alunos do ensino fundamental de 12 escolas estão participando da iniciativa que busca estratégias para o desenvolvimento da comunicação desses estudantes e sua maior inclusão escolar e social através de dispositivos de comunicação alternativa, como sistemas computadorizados, símbolos pictográficos e tabuleiros de figuras.

No projeto são utilizados como materiais didáticos cartões com fotos, desenhos e letras, tablets e teclados de computador, além de vários tipos de apoio físico, comunicativo e emocional. Os alunos têm aulas normais com os outros estudantes e no contraturno, desenvolvem trabalhos direcionados com professores do Atendimento Educacional Especializado (AEE), que são especialistas em Educação Especial, em espaços com equipamentos pedagógicos específicos para o desenvolvimento desses estudantes.

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Atualmente, a rede municipal do Recife conta com 445 estudantes com autismo matriculados nas diversas unidades de ensino. A ideia, segundo a coordenação do projeto é alcançar todo o número. Mas para que isso aconteça, alguns professores ainda precisam receber a capacitação.

Para essa primeira demanda, 20 profissionais participaram de um curso de formação de 60 horas de aulas teóricas, além de encontros para análise das práticas, com a supervisão do IAM/Fiocruz. Com a capacitação, agora, eles são responsáveis por replicar o conhecimento para outros professores das escolas em que trabalham, assim, atingindo todo o quadro de profissionais da rede municipal.

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Nesta segunda-feira (24) é celebrado o Dia Nacional da Língua Brasileira de Sinais (Libras). Mais de 9,7 milhões de pessoas no País possuem algum grau de deficiência auditiva. Dados do Censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que, desse total, cerca de 2,2 milhões têm deficiência auditiva em situação severa; e, entre estes, 344,2 mil são surdos.

Dificuldades

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O sistema de libras é considerado pelas comunidades surdas como sua língua materna, antes mesmo do idioma nativo. Ao contrário do que muita gente pensa, não se trata de uma linguagem composta apenas por gestos e mímicas: apresenta uma série de palavras, sinais e expressões que formam uma estrutura gramatical e semântica própria. É um meio de comunicação e interação social, que abre as portas para oportunidades pessoais e profissionais.

O Dia Nacional da Libras foi instituído principalmente como alerta para as grandes dificuldades em acessibilidade que esses cidadãos enfrentam, da socialização ao mercado de trabalho.

“O mundo ainda é feito para os ouvintes”, lamentou a estudante Janaína Batista, que tem deficiência auditiva. “Para conseguir um emprego, enfrentamos a primeira barreira no currículo em Português, que não é a nossa língua número um. Depois vem a entrevista. Se não houver um intérprete, não conquistamos a vaga. E depois? Como falar com o chefe e colegas?”, ponderou.

Somente em 2002, por meio da Lei nº 10.436, o método passou a ser reconhecido como meio legal de comunicação e expressão. A regulamentação ocorreu em 2005, quando um decreto presidencial incluiu, entre suas determinações, a inserção da Língua Brasileira de Sinais como disciplina curricular obrigatória nos cursos de formação de professores para o exercício do magistério, em nível médio e superior. O decreto prevê ainda que as Libras sejam ensinadas na educação básica e em universidades por docentes com graduação específica de licenciatura plena em letras.

Pioneirismo

O Instituto Nacional de Educação de Surdos (Ines) promove fóruns, publicações, seminários, pesquisas e assessorias em todos os estados e no Distrito Federal para formular uma política de ensino às pessoas com deficiência auditiva.

Em sua sede, no Rio de Janeiro, além das aulas para o níveis fundamental e médio, o Ines forma profissionais surdos e ouvintes no curso bilíngue de pedagogia, experiência pioneira na América Latina. Segundo a diretora de políticas de educação especial do MEC, Patrícia Raposo, a modalidade, em breve, vai funcionar também pelo sistema de Ensino a Distância (EAD). “Já vem sendo estudada a criação de 14 polos no País, em localidades que ainda estamos definindo”, afirmou.

Patrícia lembrou que outro grande avanço na área educacional para jovens com dificuldades em ouvir estará em vigor na edição deste ano do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). “Nas escolas onde houver demanda, vamos instalar equipamentos de vídeo para que as questões sejam transmitidas em libras”.

De acordo com a diretora, já foi feito um teste piloto pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), autarquia federal vinculada ao MEC responsável pela aplicação do Enem. A previsão é de que tudo estará pronto até novembro, mês de realização das provas.

A autônoma Leonilda Freitas, de 54 anos, fez o que pôde para manter o filho Murilo na escola. Com Síndrome de Down, o garoto sempre teve dificuldade em ser aceito nos colégios e atendido em suas necessidades. Os problemas começaram logo no início do ensino fundamental e se estenderam até o 9.º ano, quando a mãe decidiu tirá-lo da escola tradicional. "A sensação é de estar em uma ribanceira. Meu filho foi indo e, de repente, jogado ladeira abaixo. E não havia ninguém lá esperando por ele", relata.

Como Murilo, alunos com deficiência têm avançado em menor proporção na "escada" do sistema educacional, apesar dos esforços de inclusão. O Censo da Educação Básica de 2016 mostra que a participação de estudantes com deficiência cai a cada etapa. Nos anos iniciais do ensino fundamental (1.º ao 5.º ano), 3% têm alguma deficiência - física e/ou intelectual. Nos finais, 2%. Já no ensino médio, essa taxa cai para 0,9%.

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Especialistas afirmam que todos, não importa o tipo de deficiência, devem ter o direito de concluir estas etapas. Já no ensino superior, que não é obrigatório, há ainda menos alunos com deficiência: só 0,5% do total, segundo o Censo da Educação Superior mais recente, de 2015.

"Sempre fui pela bandeira da inclusão. Meu filho foi quase uma ‘cobaia’, porque estudou em escolas regulares desde o início", diz Leonilda. Mas, apesar das tentativas, os professores diziam a ela que não tinham preparo para ensinar o garoto, que concluiu o fundamental sem saber formar uma frase sozinho.

No ensino médio, nenhuma escola dizia ter preparo para atendê-lo. E ele, agora com 16 anos, sabe escrever em um ditado, mas não junta as palavras. "Não há metodologia de ensino. Tentei dar autonomia, mas hoje ele não está na escola. Faz oficinas em escola especial."

Inclusão. As dificuldades, em todas as etapas, passam principalmente pela falta de formação docente e de infraestrutura. "É importante que no Brasil haja debate mais aprofundado sobre formação docente para educação inclusiva", diz Priscila Cruz, do Todos pela Educação.

Para ela, houve avanço no País desde a implementação da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva - quando as redes educacionais tiveram de matricular alunos com deficiência em salas regulares, não mais em escolas especiais, consideradas "segregadas" por especialistas.

Dados comprovam que a política se efetivou: em 2007, só metade dos alunos com deficiência estava em escolas regulares, 12% em classes especiais - salas adaptadas em colégios regulares - e 38% em escolas exclusivas. No ano passado, eram 96,3% em classes comuns.

A dona de casa Márcia Maria Batista, de 39 anos, enfrenta uma batalha para manter os filhos na sala de aula. Thamirys, de 9 anos, e Renan, de 11, têm paralisia cerebral. Ele foi para um colégio regular, mas não se adaptou. "Como tem baixa visão e audição, tentei colocá-lo em escola comum. Não deu certo. Ele é diferente, tem quadro mais grave." Então ela optou pela escola especial, onde diz que há "atendimento melhor".

Mesmo no caso de Thamirys, que conseguiu manter em escola municipal regular, há reclamações. "Tenho de brigar quase todo dia, pois ela tem dificuldade para comer e não dão comida na boca nem trocam fralda."

Como a menina não fala nem escreve sozinha - alguém precisa segurar em sua mão - a maior queixa da escola, diz a mãe, é de que há poucos profissionais. "Ela é inteligente, faz lições de casa, sabe distinguir as coisas. Mas os professores têm dificuldade e não sabem ensinar."

Poder público. A Secretaria Municipal de Educação diz que "não há registro de queixa da família" e que Thamirys tem "apoio de auxiliar de vida escolar para locomoção, higiene e alimentação". Há 1.109 alunos na escola - 33 com deficiência.

O Ministério da Educação informa que tem programas para a inclusão, como formação continuada de docentes e recursos para adaptações arquitetônicas e tecnológicas em colégios. Em dezembro, os repasses contemplaram 4.265 novas escolas. Também investe, diz, na distribuição de livros e veículos de transporte escolar acessíveis. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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O Dia Mundial de Conscientização do Autismo, celebrado no domingo (2), foi marcado por uma caminhada com o tema “Inclusão: um direito de todos”. O evento, realizado pela ONG AMORA (Atenção Multidisciplinar, Orientação e Respeito para o Autismo), tem como um de seus objetivos multiplicar a informação sobre o autismo e temas relacionados, por meio de palestras, oficinas, cursos e ações sociais de conscientização.

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Maria Cristina Costa, bióloga, professora da Universidade Federal do Pará (UFPA) e uma das fundadoras da ONG AMORA, é mãe de gêmeos, Adriano, neurotípico, e Vinicius, autista com nível moderado clássico, ambos com 11 anos de idade. Cristina conta que ela e seu marido, Alexandre Bonaldo, diagnosticaram sozinhos o autismo em seu filho, pois os médicos diziam que ele não tinha nada. Após cinco anos houve um diagnóstico formal. “O primeiro problema que nós enfrentamos foi alguém dar um diagnóstico precoce para ele. O segundo foi encontrar terapeutas qualificados para trabalhar com o autismo, que, na época, quase não tinham”, disse a bióloga.

Foi em virtude dessas dificuldades que alguns pais e profissionais encontraram-se e começaram a discutir a possibilidade da criação de uma ONG que pudesse ajudar outras famílias na questão da informação e na capacitação de profissionais. Hoje, em função da divulgação, é crescente o número de profissionais envolvidos com o autismo. A ONG AMORA tem trabalhado, ao longo de seis anos, com essas questões, além de estarem envolvidos com políticas públicas para fazer valer os direitos dos autistas e a inclusão em todas as esferas da sociedade.

Nas primeiras edições da caminhada existiam poucas instituições. Com o passar dos anos, o setor público passou a apoiar. Assim como têm surgido parcerias com clínicas e institutos do setor privado. “A ideia de trazer instituições parceiras para um evento como este é divulgar e dar acesso ao grande público para que possam saber o que cada organização está fazendo em prol do autismo, que tipos de serviços oferecem”, afirma a professora. “Um dos grandes problemas que ainda enfrentamos com as pessoas com deficiência, e o autismo se inclui nisso, é o preconceito que ainda existe em relação às crianças especiais. A AMORA luta contra isso, e a nossa luta é através da informação. Quanto mais informação pudermos fornecer para a sociedade, menor vai ser essa barreira, menor vai ser o preconceito”, finaliza Cristina.

A Casa do Autista, uma das entidades parceiras, foi fundada em 2014 e é especializada no atendimento de crianças autistas. É administrada por pais de autistas e funciona em Belém. Saint-Clair Campos, advogado, compõe o corpo diretivo da Casa desde 2015. É pai da Amanda, de 2 anos e 8 meses, autista, que foi diagnosticada com TEA (Transtorno do Espectro Autista) com 1 ano e 8 meses de idade, quando iniciou seu tratamento. “O autismo vem se ramificando no cenário paraense. Ainda  é muito pouco, em Belém, mas a gente percebe que vem se expandindo. As pessoas já percebem a necessidade da inclusão e de sem incluírem no autismo também. A gente não vê mais o autista como uma pessoa segregada da sociedade”, disse Saint-Clair. “Um evento como esse, numa praça, no centro da cidade, traz muita visibilidade para a questão, pois, hoje, o cenário mundial está voltado para isso. Estamos não apenas conscientizando as pessoas, mas festejando essa inclusão que vem sendo conquistada”, completou, entusiasmado, o pai de Amanda.

Rose Fiel, auxiliar administrativa, faz parte da diretoria da Casa do Autista. É mãe do Miguel, de 4 anos, e é grata pela evolução de seu filho. “Eu agradeço muito à Casa do Autista pelo avanço do meu filho, porque, quando ele começou o tratamento, há aproximadamente oito meses, ele não falava nem ‘ai’, hoje, ele já pronuncia todas as palavras”, conta Rose. “A criança autista é diferente, mas está inclusa em um todo. O ser humano tem que estar apto a receber o todo, independente da diferença”, complementa.

A responsável pela assessoria de imprensa da Casa do Autista, Danielly Gomes, jornalista, é mãe de dois meninos, Daniel, de 8 anos, e Heitor, com 4 anos. Daniel possui diagnóstico confirmado. Heitor não possui um diagnóstico ainda fechado, mas tudo indica que seja autista também. Danielly explica que a Casa é uma associação de pais que se uniram para proporcionar aos seus filhos um atendimento qualitativo. “Quando nos unimos, acabamos usando os nossos conhecimentos em prol da Casa do Autista. Tem contador que fica com a parte financeira, jornalista, que sou eu, que cuida da parte de assessoria de comunicação, de imprensa, tem advogado que usa seus conhecimentos para resolver as questões jurídicas. É uma junção de esforços para manter um atendimento de qualidade para os nossos filhos”, disse. “Há um rateio para o pagamento da equipe multiprofissional que atende nossos filhos e para pagar as outras despesas. Realizamos ações e contamos com o apoio de doações de pessoas que se solidarizam pela causa, ajudando nos eventos de capitação de recursos como, rifa, show solidário, bazar”, afirmou a jornalista.

Por Carol Boralli.

Para celebrar o Dia Internacional da Pessoa com Síndrome de Down, a Universidade da Amazônia (Unama) realizou na terça-feira (21), por meio do Núcleo de Responsabilidade Social, a abertura de uma programação voltada para jovens com síndrome de down. O evento ocorreu no campus Unama Alcindo Cacela, em Belém.

A palestra de abertura teve como tema "O Estatuto da Pessoa com Deficiência", e foi ministrada por Silvia Lima, advogada e membro da Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/PA). O curso contou com a participação da comunidade acadêmica e externa. A programação segue até a próxima quinta-feira (23), e as atividades ocorrem pela manhã e à tarde.

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Em entrevista ao LeiaJá, Graça Penelva, professora do curso de Direito e integrante do Núcleo de Responsabilidade Social da Unama, falou sobre a programação. Segundo ela, essa iniciativa faz parte do calendário de responsabilidade social da instituição. "O dia 21 de março foi escolhido pela Organização das Nações Unidas (ONU) como o Dia Internacional de Inclusão das Pessoas Portadoras com Síndrome de Down. Então a universidade resolveu abrir as portas para oferecer palestras e cursos para esses jovens para que eles possam se incluir", disse. A professora destacou a importância do evento. "A importância não é só a inclusão dos jovens com síndrome de down, mas é a integração da universidade para fora dos portões. Nós temos vários cursos na instituição que se relacionam com esse público", informou.

A advogada Silvia Lima, que ministrou a palestra sobre Estatuto da Pessoa com Deficiência, falou sobre a temática abordada durante o evento. "Nós falamos da Lei Brasileira de Inclusão (LBI) sancionada em janeiro de 2016. Essa legislação tenta homogeneizar tudo o que temos relacionado aos direitos das pessoas com deficiência, e ela também mexe um pouco com a vigência do Código de Processo Civil, com relação à capacidade, à questão da discriminação, à inclusão no ambiente escolar das pessoas com deficiência e, principalmente, com a saúde e mercado de trabalho. Esses pontos são os que podemos destacar com relação a LBI no sentido de inclusão", contou.

Segundo a advogada, a LBI passou 15 anos tramitando. De acordo com  ela, hoje ainda se discute a não efetividade dessa legislação no sentido de ser praticada. "O destaque que eu daria é no sentido de procurarmos conhecer a legislação que não é tão grande e tentar como cidadão, independente de sermos ou não uma pessoa com deficiência, trazer essa efetividade, porque ela só vai acontecer com a cobrança da sociedade", afirmou a advogada.

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Com a proposta de celebrar duas décadas de trabalho, o Grupo Teatro Integrarte promoverá apresentações culturais, nos dias 25 e 26 de março. O grupo, que é formado exclusivamente por pessoas com deficiência mental, tem como objetivo superar o preconceito e mostrar ao público a capacidade de cada um. Além disso, a idéia é buscar o reconhecimento da sociedade e inserir o artista com deficiência no mercado de trabalho.

As apresentações da ‘I Mostra Intergrarte’ serão realizadas no Auditório Ribeira do Centro de Convenções de Pernambuco. Durante os dois dias de espetáculo, o público vai poder conferir o Cortejo, com o grupo de dança e percussão MARACAARTE; Laços, número de dança criativa; e Auto do Boi de Reis - espetáculo teatral com texto e direção de Vicente Monteiro, com arranjos e direção musical de Aglaia Costa.

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Os ingressos podem ser adquiridos no local pelo preço único de R$ 20. Para obter mais informações, os interessados podem entrar em contato atreves do número de telefone (81) 987510598. 

Serviço

I Mostra Integrarte

25 e 26 de março | 16h

Auditório Ribeira - Centro de Convenções de Pernambuco (Av. Prof. Andrade Bezerra, s/n - Salgadinho, Olinda)

R$ 20

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