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O julgamento do habeas corpus do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Supremo Tribunal Federal (STF) e a ofensiva do petista para viabilizar a candidatura ao Palácio do Planalto lançarão os holofotes sobre a ministra Rosa Weber, uma figura discreta, avessa à exposição pública e que não tem o hábito de falar "fora dos autos" - a menos que se trate sobre o desempenho do Internacional nos gramados.

A aposta nos bastidores é a de que a ministra gaúcha definirá na próxima quarta-feira o resultado do julgamento do habeas corpus de Lula, diante de uma Corte rachada e desgastada perante a opinião pública. Em meados de agosto, Rosa assumirá a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), comandando a Corte Eleitoral no momento crucial em que os registros de candidaturas presidenciais serão analisados.

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Com a condenação pelo Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4) por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, Lula está enquadrado como "ficha suja" e terá seu destino na eleição definido pelo plenário da Corte Eleitoral. O petista pode conseguir afastar a inelegibilidade caso consiga uma liminar favorável à sua candidatura.

Ao longo dos últimos cinco meses, a reportagem conversou com advogados, ministros e auxiliares, tanto do STF quanto do TSE, para traçar o perfil da ministra. Indicada em 2011 ao Supremo pela então presidente petista Dilma Rousseff para a vaga de Ellen Gracie, Rosa Weber não dá entrevistas e passou o feriado de Páscoa na terra natal, em Porto Alegre (RS), para visitar familiares. Por ser fechado e reservado, o gabinete da ministra ganhou o apelido de "Coreia do Norte" nos corredores da Suprema Corte.

Voto

Em outubro de 2016, a ministra votou contra a possibilidade de execução de pena, como a prisão, após condenação em segundo grau. "Se a Constituição no seu texto com clareza vincula o princípio da presunção de inocência ou da não culpabilidade a uma condenação transitada em julgado, eu não vejo como possa chegar a uma interpretação diversa", disse Rosa na ocasião. "Fico a pensar o tempo a escoar entre os nossos dedos e nós privarmos da liberdade alguém que não tem contra si um título penal transitado em julgado", completou a ministra.

Derrotada naquele julgamento, Rosa disse que continua a refletir sobre o tema, mas tem respeitado a jurisprudência do tribunal, favorável à possibilidade de prisão. Seu voto no julgamento do habeas corpus de Lula é considerado uma incógnita dentro do STF e já levou o Movimento Brasil Livre (MBL) a lançar uma campanha nas redes sociais para que a ministra "não nos decepcione" e rejeite o pedido do petista.

Em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, exibida no último dia 26, o juiz federal Sérgio Moro destacou que tem um "apreço especial" por Rosa e pôde observar a "seriedade, a qualidade técnica da ministra", com quem já trabalhou no STF, durante o processo do mensalão. "Tenho expectativa de que esse precedente não vai ser alterado", disse Moro.

Avaliação

Rosa é considerada uma juíza à moda antiga, rigorosa - firme sem perder a doçura, nas palavras de um colega. "A ministra Rosa é um raio de sol. As eleições de 2018 não poderiam estar em melhores mãos", disse ao Estado o ministro Luís Roberto Barroso, que será vice-presidente do TSE durante as eleições.

Para a presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, Rosa "dignifica o Judiciário com a sua capacidade de trabalho e o seu equilíbrio".

Dois outros ministros ouvidos pela reportagem sob a condição de anonimato, no entanto, lançam dúvidas sobre a capacidade de gestão da ministra, que comandará o TSE durante as próximas eleições, que prometem ser turbulentas. O gabinete de Rosa já está em contato permanente com o do atual presidente do TSE, ministro Luiz Fux, pra tratar da transição - em época de fake news (notícias falsas), encontrou um perfil falso com o nome da ministra no Facebook. A página acabou sendo denunciada, mesmo sem a identificação de postagens ofensivas.

Ao chegar para a sessão da Primeira Turma no dia 28 de novembro do ano passado, Rosa foi questionada pelo Estado se o assédio da imprensa a incomodava. "A imprensa cumpre o papel dela, eu só respondo se eu quiser, mas isso não me faz entender inoportuna a atuação. O repórter atua como ele tem de atuar. Eu respeito e admiro", respondeu a ministra, que tem um filho jornalista.

Placar

No dia 22 de março, data em que o Supremo daria uma liminar blindando Lula de prisão até a conclusão do julgamento do habeas corpus, Rosa chegou pelo tapete vermelho falando sobre placar - não do julgamento que começaria em instantes, mas da partida entre Grêmio e Internacional pelo Campeonato Gaúcho. "Perdemos. Quer dizer, ganhamos por 2 a 0, mas tínhamos perdido por 3 a 0. Não classificamos para a final."

A reportagem aproveitou a fala para lembrar que a "bola" do julgamento de Lula está com a ministra. Rosa deu uma risada de canto de boca e adiantou levemente o passo, mirando o elevador, deixando as reticências no ar. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O líder do PTB, Jovair Arantes (GO), voltou a afirmar nesta quarta-feira, ao Broadcast Político, que não há chances de a bancada rever a indicação da deputada Cristiane Brasil para o ministério do Trabalho. "Não tem troca de nome até uma decisão no Supremo Tribunal Federal", disse.

Nesta terça-feira, 9, o presidente Michel Temer recebeu em seu gabinete Jovair, Cristiane e o presidente do partido Roberto Jefferson - pai da ministra nomeada. Segundo interlocutores do presidente, apesar do desgaste para o governo, Temer manteve o compromisso de que a pasta ficará com o PTB e afirmou que entraria com recurso na Suprema Corte para tentar garantir a posse de Cristiane.

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Apesar disso, ainda na manhã desta quarta, alguns auxiliares do presidente defendiam que o governo investisse em negociações com o partido já que levar o recurso ao STF pode gerar um desgaste entre Poderes e o risco de derrota para o governo seria alto. Uma saída seria que Roberto Jefferson desistisse da indicação da filha, o que não ocorreu.

Segundo um auxiliar do presidente, Temer não tem a intenção de recuar e deixará a decisão com o partido. Há especulações no Planalto sobre a possibilidade de Jovair se apresentar como um nome possível. O líder, no entanto, nega: "Zero (possibilidade)", disse. "Eu não aceitaria, sou líder da bancada, que é um dos melhores cargos que se possa ter", afirmou.

Jovair reiterou que a "lei está sendo rasgada" e disse acreditar que o governo vai levar adiante a o recurso e o nome de Cristiane.

Na quarta, Temer acertou que recorreria ao Supremo Tribunal Federal para nomear a deputada como ministra do Trabalho, depois que o Tribunal Regional Federal da 2.ª Região (TRF-2) manteve a suspensão da posse. Cristiane foi condenada a pagar R$ 60 mil por dívidas trabalhistas a um ex-motorista.

Interlocutores do presidente Michel Temer dizem que a orientação é esperar o sucesso da tentativa da Advocacia-Geral da União (AGU) para derrubar a liminar que impede a posse da deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ) como ministra do Trabalho.

No Planalto, o Salão Nobre já está organizado para receber o evento, mas auxiliares afirmam que o presidente não vai desrespeitar a Justiça. Fontes dizem que ainda não há "plano B" e que o governo ainda acredita que vai conseguir dar posse à filha de Roberto Jefferson nesta terça-feira, 9. A cerimônia estava "pré-marcada" para as 15h. Para isso, no entanto, o governo espera derrubar a liminar que impede a deputada federal de assumir o cargo.

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A Justiça Federal suspendeu na segunda, 8, a nomeação e a cerimônia de posse de Cristiane Brasil (PTB-RJ), condenada em processo trabalhista. A decisão é provisória, e a Presidência da República acionou a AGU, que já entrou com recurso no TRF-2 contra a suspensão da posse da deputada.

A imagem que ficou marcada no cenário político brasileiro na primeira quarta-feira (3) do ano foi a do presidente do PTB, Roberto Jefferson, mais conhecido por ter sido o pivô de um grande escândalo político: o mensalão. Ele se emocionou e chorou ao anunciar para a imprensa que a sua filha, a deputada federal Cristiane Brasil (PTB), será a nova ministra do Trabalho. Jefferson, que chegou a ser condenado e preso, disse que a nomeação de Cristiane é um “resgate” à sua imagem após o mensalão. 

A escolha de Cristiane tem dado o que falar entre a classe política. Nesta quarta (4), em entrevista ao LeiaJá, o deputado federal Silvio Costa (Avante), falou que a escolha da petebista foi o pagamento de uma conta política. “A minha opinião é que a indicação da deputada Cristina, tenho nada de pessoal contra ela, em que pese ela amanhã pode estar certa ou não, eu não sei, mas isso significa o pagamento é pagamento de uma conta política. Na verdade, essa nomeação da deputada é o chamado presidencialismo de coalisão, é um pagamento de um débito ao PTB por Michel Temer não ter sido denunciado”, declarou. 

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Silvio Costa disse que no governo Temer não existe indicação por meritocracia. “Este governo não discute meritocracia, esse governo discute fisiologismo”. O parlamentar também comentou a declaração de Roberto Jefferson sobre o resgate de sua imagem. “Eu acho que ele quis dizer que chegou ao fundo do poço e voltou ao poder, mas acho que de ponto de vista pessoal, como pai, ele ficou feliz”. 

Ele aproveitou para lembrar a escolha do deputado Carlos Marun (PMDB) para assumir o cargo de ministro da Secretaria de Governo. “Um governo que bota Marun como ministro, que é o grande defensor de Eduardo Cunha, é um governo que não tem nenhuma intimidade com a ética, é um governo que foge da ética. Todo mundo sabe que Marun é uma indicação de Eduardo Cunha. Não é que Eduardo Cunha da cadeia ligue para Michel Temer, mas é que os advogados visitam Eduardo Cunha e Eduardo manda o recado. Michel Temer tem muito medo de Eduardo Cunha, como tem medo de Geddel Vieira Lima [ex-ministro]. O Eduardo Cunha indicou o Marun”, afirmou. 

“Esse governo Michel Temer ele é, naturalmente, um governo refém do fisiologismo e é um governo cínico que, por exemplo, está dizendo que está fazendo essas reformas ministeriais para aprovar a reforma da Previdência, o que é uma grande mentira. Na verdade, essas reformas, tudo isso é para pagar as contas das duas denúncias”, disparou Silvio. 

Vaga aberta

O Ministério do Trabalho está sem titular desde o último dia 27 de dezembro, quando o deputado federal Ronaldo Nogueira (PTB) pediu demissão. Segundo ele, o motivo do desligamento foi a necessidade de se dedicar para sua campanha em busca da reeleição do mandato. 

Após a polêmica envolvendo seu salário, a ministra dos Direitos Humanos, Luislinda Valois (PSDB), afirmou nesta segunda-feira, 13, que é "preta, pobre e da periferia". A declaração foi feita em discurso, ao lado do presidente Michel Temer, na cerimônia de lançamento do Programa Emergencial de Ações Sociais para o Estado do Rio de Janeiro e Municípios, numa unidade da Marinha do Brasil na Avenida Brasil, zona norte do Rio.

Segundo a assessoria de imprensa do Ministério do Desenvolvimento Social, o programa emergencial terá investimento total de R$ 157 milhões no Rio, com ações nas áreas de justiça, educação, esporte e direitos humanos. Projetos de vários ministérios estão envolvidos, incluindo a pasta de Luislinda. "Vamos aumentar esses números (de beneficiários de programas sociais) para o Rio de Janeiro e para o Brasil todo também. Sou preta, pobre e da periferia e sei o que é viver longe dos grandes centros", afirmou Luislinda, completando que o programa emergencial é baseado em "compromissos reais".

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A polêmica em torno do salário de Luislinda veio à tona após a Coluna do Estadão revelar a insatisfação da ministra com o valor de seu contracheque. Conforme a reportagem, Luislinda protocolou um pedido ao governo no qual alegava fazer trabalho escravo por não receber R$ 61 mil, valor que seria a soma de sua remuneração como ministra com a aposentadoria como desembargadora. Se o pleito da ministra fosse atendido, ela receberia além do teto constitucional, que é de R$ 33,7 mil, violando a legislação.

Após críticas, a ministra dos Direitos Humanos, Luislinda Valois, anunciou que desistiu do pedido feito ao governo para acumular o salário na pasta com o de desembargadora aposentada, o que lhe garantiria um vencimento bruto de R$ 61,4 mil por mês. A informação foi divulgada por meio de nota da assessoria.

Na edição desta quinta-feira (2), a Coluna do Estadão revelou o pedido feito pela ministra à Casa Civil. No documento, de 207 páginas, Luislinda alega que, por causa do teto constitucional, só pode ficar com R$ 33,7 mil do total das rendas. A ministra diz que essa situação, "sem sombra de dúvidas, se assemelha ao trabalho escravo, o que também é rejeitado, peremptoriamente, pela legislação brasileira desde os idos de 1888 com a Lei da Abolição da Escravatura".

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"Considerando o documento sobre a situação remuneratória da ministra Luislinda Valois, o ministério informa que já foi formulado um requerimento de desistência e arquivamento da solicitação", informa a nota divulgada nesta quinta.

Antes de anunciar a desistência, Luislinda, em entrevista à Coluna no estadão.com.br, disse que é seu direito receber o valor integral para trabalhar como ministra porque o cargo impõe custos como se "vestir com dignidade" e "usar maquiagem". Ela também afirmou que não se arrepende de ter comparado seu caso ao trabalho escravo. "Todo mundo sabe que quem trabalha sem receber é escravo."

Consultado, o Palácio do Planalto informou que não se manifestará sobre o assunto.

Argumento

No documento encaminhado à Casa Civil, Luislinda justifica que, por causa da regra do teto, pela qual nenhum servidor pode ter vencimento maior que um ministro do Supremo Tribunal Federal - atualmente de R$ 33,7 mil -, seu salário de ministra cai para R$ 3.292 brutos. O de desembargadora, de R$ 30.471,10, é preservado.

O salário de ministro é hoje de R$ 30, 9 mil. Além disso, ministros têm direito a carro com motorista, uso de jatos da FAB em agenda oficial, cartão corporativo e imóvel funcional. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ator Alexandre Frota perdeu em segunda instância o processo movido por danos morais contra a ex-ministra da Secretaria Especial para as Mulheres no governo Dilma, Eleonora Menicucci. A ação impetrada aconteceu após Eleonora ter criticado o ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM), por ter recebido Frota em seu gabinete, em maio do ano passado, e frisado: “Uma pessoa que não só assumiu ter estuprado uma mulher, mas também faz apologia ao estupro”.

Assim que saiu da audiência, nesta terça-feira (24), Alexandre detonou o juiz. “Terminou agora a audiência e, como a gente já esperava, eu fui julgado por um juiz ativista do movimento gay. O juiz não julgou com a cabeça, julgou com a bunda e deu a causa para a Eleonora, por enquanto. Isso gera jurisprudência, inclusive”, disparou. 

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Ele estava acompanhado de quatro advogados, que criticaram a decisão proferida. “O juiz disse que há liberdade de expressão. Realmente existe liberdade de expressão garantindo pelo artigo 5º, só que o que foi feito foi uma agressão e, por isso, vamos recorrer à Brasília para reverter isso no Supremo Tribunal Federal”. “A realidade é que nós não vimos um desembargador votar, nós vimos um ativista da esquerda proferindo voto”, defendeu outro profissional. 

Menicucci teria tido que Frota fez apologia ao estupro baseada em uma declaração que o mesmo fez publicamente em um programa, no ano de 2015, no qual narrou uma história em que teria se aproximado de uma mãe de santo e deu a entender que houve uma violência sexual. Mais tarde, o empresário disse que o que foi exposto era uma “piada”. 

Várias pessoas, artistas e até mesmo políticos saíram em defesa da ex-ministra. A senadora Gleisi Hoffmann (PT) também o detonou dizendo que não era justo ela ser processada “por um ator pornográfico”. “Você denunciou corretamente porque esse ator, em um programa de televisão, disse que fez sim sexo com uma mulher desacordada. Ora, se isso não é incitar ao estupro, se isso não é apologia ao estupro, então o que é? Eu espero, sinceramente, que se faça Justiça e quem acabe processado seja ele e não você”, ressaltou em vídeo. 

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A ministra dos Direitos Humanos, Luislinda Valois, afirmou que a portaria do Ministério do Trabalho que altera a conceituação de trabalho escravo e muda as regras para a fiscalização da prática “fere, mata, degola e destrói a lei da abolição da escravatura”, em referência à Lei Áurea, assinada em maio de 1888. 

Uma das primeiras juízas negras do Brasil, Luislinda Valois é neta de uma mulher que foi escravizada, o que, segundo ela, aumenta sua responsabilidade em relação ao combate ao trabalho escravo no país. “Em meu ponto de vista, [a mudança] vai dificultar [fiscalizar] aquele infrator da legislação atual”, disse a ministra à Agência Brasil. 

A ministra foi cautelosa ao comentar o posicionamento do governo, por se tratar de uma medida de outro ministério, mas disse que “o presidente [Michel Temer] tem a palavra” e poderá reavaliar o assunto. “Não tenho dúvidas de que ele saberá decidir.”

Críticas da ONU

A Portaria 1.129, publicada na última segunda-feira (16), tem sido criticada por diversas instituições, como o Ministério Público do Trabalho (MPT) e a Organização Internacional do Trabalho (OIT). Hoje (20), foi a vez de o Sistema ONU no Brasil divulgar posicionamento contra as mudanças propostas pelo governo. Em nota, as agências da ONU dizem ver com profunda preocupação a possibilidade de dificultar as ações de combate a este mal e sugerem “que eventuais alterações nessa definição envolvam debates mais amplos e profundos junto a todos os segmentos interessados”.

“No Brasil, muitos casos ocorrem de forma velada, como o trabalho escravo em fazendas, fábricas e domicílios. Somente com uma legislação precisa e fiscalização eficaz é possível enfrentar com determinação esta ameaça. Nas últimas décadas, o Brasil construiu essa legislação e executou políticas públicas de combate ao trabalho escravo que se tornaram referência mundial, mas que agora estão sujeitas a alterações pela nova portaria”, destaca o texto.

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A ministra de Administração Interna de Portugal, Constança Urbano de Sousa, renunciou ao cargo nesta quarta-feira (18), após a segunda tragédia com incêndios no país em apenas quatro meses.

A saída foi confirmada por meio de um comunicado do gabinete do premier António Costa. "A ministra da Administração Interna apresentou-me formalmente o seu pedido de demissão em termos que não posso recusar", diz o comunicado. A pasta é responsável pelos serviços de emergência portugueses.

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Em sua carta de renúncia, Sousa afirma que já havia tentado deixar o cargo após os incêndios que mataram 64 pessoas em Pedrógão Grande, no centro do país, mas que na época ela foi mantida no governo por Costa.

No entanto, a tragédia do fim de semana, quando diversos focos de fogo deixaram um saldo de 41 vítimas nos distritos de Coimbra, Viseu, Guarda e Castelo Branco, fez o primeiro-ministro aceitar a demissão de Sousa.

"Durante a tragédia deste fim de semana voltei a solicitar, logo após o seu período crítico, que aceitasse a minha cessação de funções, pois apesar de esta tragédia ser fruto de múltiplos fatores, considerei que não tinha condições políticas e pessoais para continuar no exercício deste cargo, muito embora contasse com a sua confiança", diz a ministra.

Na última terça-feira (17), a oposição anunciou uma moção de desconfiança contra o governo de centro-esquerda liderado por Costa, que viu sua popularidade ser abalada pelos incêndios em Portugal. 

A ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), deve consultar o decano da Corte, ministro Celso de Mello, antes de decidir sobre o mandado de segurança do pré-candidato à presidência da Câmara André Figueiredo (PDT-CE), que busca no Supremo um veto à possibilidade de reeleição de Rodrigo Maia na presidência da Câmara. Celso é o relator tanto do pedido de Figueiredo quanto do feito pelo Solidariedade, uma ação direta de inconstitucionalidade (ADI), comuns no propósito de declarar inconstitucional a reeleição do presidente da Câmara.

No caso do Solidariedade, no último dia antes do recesso do Judiciário, Celso de Mello despachou para adotar o rito abreviado para julgamento do processo, isto é, decidiu por levar a ação para o Pleno do Supremo diretamente no mérito, sem prévia análise da liminar. O ministro, no entanto, não falou em data.

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Uma conversa entre Cármen e Celso de Mello poderia levar a uma decisão da presidente do Supremo no sentido de estipular a data para o julgamento do pleno para antes da eleição da Câmara. Uma hipótese seria o julgamento logo na primeira sessão do STF em 2017, dia 1º de fevereiro, véspera do pleito na Câmara, marcado para o dia 2.

A ministra ainda aguarda uma manifestação de Rodrigo Maia sobre o processo.

Audiência

André Figueiredo ainda não recebeu uma resposta do gabinete da ministra Cármen Lúcia sobre o pedido de audiência feito para tratar da ação. Esse requerimento foi feito após a ministra notificar Maia para que se manifeste sobre a ação movida por André Figueiredo, o que animou o pedetista. O pedido é para que tanto Figueiredo quanto Rogério Rosso, que também é candidato à sucessão de Maia, compareçam a um possível encontro. Eles querem convencer a ministra da necessidade de o STF analisar o pedido antes de a eleição acontecer.

"Estou otimista de que o STF não vá lavar as mãos em matéria constitucional", disse Figueiredo à reportagem ontem. "Vou tranquilamente para o encontro, quando a ministra marcar. Até porque confio que o Supremo, em tempo, fará controle constitucional que este caso merece", afirmou Rosso ontem.

O mandado de segurança de Figueiredo afirma que a hipotética recondução de Maia fere o artigo 57 da Constituição Federal, que impede reeleição para presidentes do Legislativo dentro do mesmo mandato parlamentar.

O deputado alerta para a "instabilidade institucional e forte insegurança jurídica quanto à regularidade do pleito" e pede que o STF conceda liminar para proibir que a Mesa Diretora da Câmara legitime a candidatura de Maia ou para suspender provisoriamente a eleição até que o Pleno do Supremo analise o pedido.

A hipótese de Cármen Lúcia pautar o julgamento da ação para 1º de fevereiro, véspera da eleição da Câmara, satisfaria o deputado.

A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal, acolheu liminar a pedido da União para suspender os efeitos de decisão do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) que estendeu administrativamente aos servidores do Ministério Público da União (MPU) a incorporação de 13,23% a seus vencimentos básicos. A decisão foi aplicada sexta-feira, 6, em medida cautelar no mandado de segurança (MS) 34169. As informações foram divulgadas no site do Supremo.

O porcentual tem origem em interpretação sobre a natureza de vantagem pecuniária individual (VPI) de R$ 59,87 deferida pela Lei 10.698/2003 aos servidores públicos federais.

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Em processos judiciais, servidores de alguns órgãos têm obtido decisões favoráveis à incorporação, com o entendimento de que o valor teria natureza de revisão geral anual, e, portanto, o reajuste deveria ser concedido de forma igualitária a todos os servidores públicos federais civis.

No mandado de segurança 34169, a União sustenta que o Conselho Nacional do Ministério Público não tem competência para gerir e intervir na remuneração de membros ou servidores da instituição, nem de expressar entendimento sobre a aplicação das leis federais.

A União informa, ainda, que foi comunicada do ato administrativo, assinado em julho de 2015, apenas em dezembro, quando o Ministério Público da União solicitou ao Ministério do Planejamento a abertura de crédito adicional de R$ 504 milhões para o pagamento retroativo da parcela.

A ministra observou que a "higidez das autoridades administrativas para reconhecimento de parcela remuneratória a seus servidores depende de sua caracterização como simples correção administrativa de erro".

No caso, porém, explicou que o reajuste de 13,23% a título de revisão geral de vencimentos é questão controversa - tanto que o Tribunal Regional Federal da 1ª Região julgou improcedente pedido nesse sentido feito pelos servidores do Ministério Público da União.

"Essa circunstância evidencia a inocorrência de mera extensão administrativa do índice respaldada em decisão judicial", afirmou Cármen Lúcia, lembrando que o Conselho Nacional do Ministério Público se baseou em julgados relativos aos servidores da Justiça do Trabalho e da Fundação Nacional do Índio (Funai).

A relatora assinalou ainda que o pagamento da parcela aos servidores da Justiça do Trabalho e do Ministério da Cultura foi suspenso pelo ministro Gilmar Mendes com o deferimento de liminares nas Reclamações 14872 e 23563.

"A divergência sobre a natureza da vantagem instituída pela Lei 10.698 recomenda cautela no reconhecimento administrativo do porcentual de 13,23%", concluiu Cármen Lúcia.

A ministra da Agricultura, Kátia Abreu, saiu em defesa da presidente Dilma Rousseff durante o anúncio do Plano Safra 2016/17 nesta quarta-feira, 4, em Brasília. Afirmou que as acusações que constam no processo de impeachment são infundadas e que, caso responsabilizem a presidente por conceder crédito ao agronegócio, ela, Kátia, é corresponsável. "Muito me entristece ver as acusações à sua pessoa, de lutarem para tentar tomar o seu mandato", disse a ministra.

Para ela, uma das razões apontadas para afastar Dilma é de ela "ter acreditado na agricultura brasileira". "Se isso for verdade e se isso se concretizar, quero ser corresponsável nesses atos porque fui eu que disse para que investisse na agricultura e teria resposta."

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Kátia Abreu, que está na linha de frente de defesa da presidente, fez um balanço dos seis anos de governo da Dilma e em tom de despedida disse que tem muito orgulho de participar do governo. A ministra disse que os seres humanos têm o hábito de lembrar apenas do que não conseguiram e esquecem os feitos. "A presidente Dilma entregou aos produtores R$ 905 bilhões de crédito de custeio e investimento, um aumento de 102% em seis anos", afirmou.

A ministra citou outras ações da presidente e disse confiar e ter convicção de que Dilma vai deixar um importante legado para o Brasil e para a agricultura. "Popularidade vai e vem, mas a honra nunca mais volta", afirmou. "Tenho orgulho de ter a senhora como presidente do Brasil."

Prédio evacuado

O prédio do Ministério da Agricultura em Brasília foi evacuado na manhã desta quarta-feira, depois de uma ameaça de bomba. O Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar fazem uma varredura no local para identificar se a ameaça é real.

A equipe da ministra Kátia Abreu, que iria passar pelo ministério antes de se dirigir ao Palácio do Planalto, onde ocorreu o anúncio do Plano Safra, foi direto para a sede do governo federal.

Uma ministra indiana defendeu nesta terça-feira a necessidade de estabelecer um exame pré-natal obrigatório para detectar o sexo das crianças, com o objetivo de reduzir os elevados níveis de feticídio de meninas no país.

Os exames para descobrir o sexo do bebê estão proibidos na Índia para evitar que os pais que desejam um menino provoquem abortos dos fetos femininos.

Mas a ministra da Mulher e Desenvolvimento da Infância, Maneka Gandhi, viúva de um dos descendentes de Indira Gandhi, propôs uma alteração da política, que consistiria em conhecer o sexo do feto o mais rápido possível e supervisionar a evolução da gravidez.

"Na minha opinião, temos que mudar a política atual. Cada mulher grávida deve saber obrigatoriamente se é um menino ou uma menina", disse Maneka Gadhi em um discurso em Jaipur (norte).

"Qualquer mulher grávida deve ser registrada e, desta forma, poderemos acompanhá-la até o final e saber se deu à luz ou não e o que aconteceu", completou a ministra.

Atualmente, os pais e os médicos podem ser condenados a até cindo anos de prisão caso tentem descobrir o sexo do bebê ou realizem um exame pré-natal, mas a ameaça penal não conseguiu acabar com uma tradição muito propagada.

O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, fez um apelo para que os compatriotas parem de matar os fetos femininos, apontando que o desequilíbrio entre os sexos pode ter graves consequências.

Um estudo publicado em 2011 pela revista britânica The Lancet indicou que nos 30 anos anteriores a Índia registrou 12 milhões de abortos por causa do sexo feminino do feto.

A Índia tinha em 2011 uma proporção de 940 mulheres para cada 1.000 homens, um pouco superior a de 2001, que era de 933 por 1.000.

Os dados justificam, segundo algumas ONGs, a proibição dos exames de pré-natal.

Durante missão na China, a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, recebeu uma demanda inusitada de um empresário. O investidor disse ter interesse em importar 1 milhão de jumentos por ano. A história foi relatada pela própria ministra, pelo microblog Twitter.

"No seminário dos empresários chamou a atenção um investidor com um interesse que nos pareceu piada, mas não era. Ele quer importar jumentos para a China", relatou Kátia Abreu.

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"Inacreditável, mas sua demanda é de 1 milhão de jumentos ano. Morro e não vejo tudo", disse a ministra.

A mensagem da ministra gerou comentários bem humorados na rede social. Outra demanda diferente das demais foi a de uma empresa de fármacos, que quer 10 mil toneladas de casca de tangerina por ano para produzir óleos e essências.

A ministra fica até o fim desta semana na China.

Chefe da delegação brasileira na 20ª Conferências das Partes sobre Mudança Climática (COP-20), em Lima, Izabella Teixeira, ministra de Meio Ambiente, passou pelo constrangimento de ser barrada por um segurança peruano na madrugada de sábado, quando deixava o complexo onde as negociações climáticas se deram nas últimas duas semanas.

O episódio ocorreu por volta das 3h30 e obrigou a ministra a caminhar até a saída regular usada por todos os demais participantes da COP-20. Izabella reclamava de fortes dores nas costas.

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Segundo assessores, Izabella estava acompanhada pelos negociadores brasileiros e pretendia passar pela saída reservada aos ministros. O segurança informou ter recebido ordem para não permitir ninguém sair por ali e recusou-se a atender aos pedidos para que consultasse um superior. Uma carta de protesto foi encaminhada pela ministra neste sábado ao governo peruano, que não se pronunciou sobre o episódio.

Marta Suplicy (PT) deixará o ministério da Cultura. A ministra encaminhou sua carta de demissão à presidente Dilma Rousseff, na manhã desta terça-feira (11). De acordo com o documento, Suplicy afirma que  pretende voltar para o senado e representar os interesses de São Paulo. 

“Agradeço a honra a mim concedida com o convite para ser Ministra de Estado da Cultura do Brasil nos últimos dois anos de seu governo. Encerro hoje a presente etapa com minha missão cumprida, razão pela qual apresento meu pedido de demissão. (...) Volto para o Senado Federal para representar o Estado de São Paulo, por mais quatro anos, com muito vigor, energia e com o firme propósito de fazê-lo com amplitude, seriedade e grandeza”, pontuou a petista.

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Em um dos trechos da carta, a ministra relata as conquistas proporcionadas a Cultura Brasileira, enquanto esteve à frente da pasta. “Em dois anos aprovamos o Sistema Nacional de Cultura, o Vale-Cultura, a Lei da Cultura Viva, o Marco Civil da Internet, a Lei de fiscalização do Ecad, a PEC da Música, além de ter enviado à Casa Civil, onde aguardam encaminhamento, o Direito Autoral e a Lei da Meia Entrada”, declarou Marta Suplicy, ressaltando que dentre as inúmeras demandas e carências orçamentárias, o foco do Ministério da Cultura foi a inclusão da população na produção cultural e ampliação do acesso aos bens culturais. 

Confira a carta na integra: 

Brasília, 11 de novembro de 2014.

À Excelentíssima Senhora Presidenta da República Dilma Rousseff,

Presidenta Dilma,

Agradeço a honra a mim concedida com o convite para ser Ministra de Estado da Cultura do Brasil nos últimos dois anos de seu governo. Encerro hoje a presente etapa com minha missão cumprida, razão pela qual apresento meu pedido de demissão.

Ao lado de minha valorosa equipe, à qual sou muito grata, tivemos a possibilidade de construir caminhos e encaminhar soluções para nossas sete importantes instituições e fundações coligadas, assim como também pudemos apresentar um país diferente no exterior.

Em meio a inúmeras demandas e carências orçamentárias do Ministério da Cultura, focamos nosso trabalho em valores que nos são preciosos: inclusão da população na produção de cultura e ampliação do acesso aos bens culturais.

Para que o legado de Vossa Excelência viesse a ser sólido, nos dedicamos a viabilizar a aprovação, com êxito, de um conjunto de leis por anos pendentes no Congresso, que possibilitaram criar a coluna vertebral de políticas de Estado da Cultura.

Em dois anos aprovamos o Sistema Nacional de Cultura, o Vale-Cultura, a Lei da Cultura Viva, o Marco Civil da Internet, a Lei de fiscalização do Ecad, a PEC da Música, além de ter enviado à Casa Civil, onde aguardam encaminhamento, o Direito Autoral e a Lei da Meia Entrada.

Por esta oportunidade de servir nosso país nesta função tão especial, de conhecer melhor e conviver com o povo da cultura, estar mais próxima de nossos artistas e raízes profundas, lhe sou grata.

Todos nós, brasileiros, desejamos, neste momento, que a senhora seja iluminada ao escolher sua nova equipe de trabalho, a começar por uma equipe econômica independente, experiente e comprovada, que resgate a confiança e credibilidade ao seu governo e que, acima de tudo, esteja comprometida com uma nova agenda de estabilidade e crescimento para o nosso país. Isto é o que hoje o Brasil, ansiosamente, aguarda e espera.

Volto para o Senado Federal para representar o Estado de São Paulo, por mais quatro anos, com muito vigor, energia e com o firme propósito de fazê-lo com amplitude, seriedade e grandeza. Na condução do Ministério da Cultura, e como Senadora licenciada pelo PT, não me apequenei, o fiz com coragem e determinação. Não fugi à responsabilidade de meu compromisso público ao me posicionar e ter feito o que acreditava ser o melhor para o Brasil e para o povo brasileiro.

 

Marta Suplicy

Senadora pelo Estado de São Paulo (2011/19)

 

A ministra da Justiça da Ucrânia, Elena Lukash, ameaça pedir a imposição de estado de emergência a menos que os manifestantes deixem o prédio de seu Ministério, invadido durante a noite.

A tomada do prédio durante a madrugada mostra como os manifestantes contrários ao governo estão cada vez mais dispostos a adotar medidas dramáticas para forçar a renúncia do presidente e fazer com que o governo faça outras concessões. No momento, os manifestantes ocupam quatro prédios importantes no centro de Kiev, dente eles a prefeitura da capital.

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A ministra disse na manhã desta segunda-feira que pedirá ao Conselho Nacional de Segurança que imponha um estado de emergência se os manifestantes não saírem do prédio, mas não determinou data limite para isso acontecer.

A imposição de um estado de emergência deve irritar os manifestantes, que entraram em confronto com a polícia várias vezes na semana passada. Três deles morreram.

Em comunicado transmitido pela televisão, Lukash disse que os "chamados manifestantes" tomaram o prédio quando funcionários do Ministério estavam trabalhando em medidas para conceder anistia aos participantes dos protestos e para fazer mudanças na Constituição, que levaraiam o país de volta a um sistema no qual os poderes do primeiro-ministro são mais fortes.

No sábado, o presidente Viktor Yanukovych ofereceu o cargo de primeiro-ministro a Arseniy Yatsenyuk, um dos mais importantes líderes da oposição. Embora ainda não tenha rejeitado a oferta definitivamente, Yatsenyuk disse que os protestos continuarão e que a sessão especial do Parlamento, convocada para terça-feira, será o "dia do julgamento".

Não está claro se mudanças constitucionais estarão na agenda da sessão. A perspectiva de um estado de emergência surge após declarações oficiais indicando que o governo estuda a adoção de medidas vigorosas contra os manifestantes após os confrontos violentos na última semana.

Três manifestantes morreram durante os confrontos com a polícia, dois dos quais após terem sido atingidos por disparos de arma de fogo e o terceiro por ferimentos não especificados. Autoridades disseram que os policiais que acompanham os protestos não carregam o tipo de arma que matou os dois homens alvejados. Fonte: Associated Press.

O governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, afirmou, nesta quarta-feira (4), sua satisfação em anunciar a filiação da ministra Eliana Calmon à legenda socialista. A ministra deverá disputar o cargo de senadora da República pela Bahia nas eleições do próximo ano. A adesão de Calmon ao PSB está marcada para o próximo dia 19, um dia após a efetivação da aposentadoria da ministra. 

"Não posso deixar de comentar a satisfação ao anunciar a filiação de Eliana Calmon ao PSB. Eliana desempenha um papel muito importante na história recente do Brasil. Sua seriedade e competência sempre foram exemplares. Quando assumiu o cargo de corregedora no Conselho Nacional de Justiça, Eliana conseguiu uma vitória que que muitos julgavam impossível: aumentar a moralização e a eficiência da Justiça no Brasil. Para isso, estabeleceu até mesmo metas para desempenhos em tribunais, que precisavam ser cumpridas rigorosamente pelos juízes... Eliana foi a coragem ao iniciar investigações sobre evolução patrimonial de juízes e para esclarecer acusações de improbidade", comentou Eduardo no facebook, referindo-se ao processo dos "bandidos de toga", que chamou a atenção no Brasil e revelou algumas denúncias no sistema judiciário nacional.

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Na cerimônia de posse, que está sendo organizada pelo diretório baiano, também deverá ser anunciada a pré-candidatura da senadora Lídice da Mata ao governo do estado. Deve participar do evento - que promete ser uma festança, já que Eduardo afirmou anteriormente o desejo de receber a ministra em um ato grandioso -, além de Eduardo, a ex-senadora Marina Silva (PSB). "Fico muito animado em saber que ela e a Senadora Lídice da Mata estarão à frente de uma chapa que mudará a história política da Bahia", declarou Campos.

Encontros Regionais -  De 22 de fevereiro a 26 de abril a aliança programática Rede/PSB deve realizar cinco encontros regionais em: Porto Alegre, Rio de Janeiro, Recife, Goiânia e Manaus. Os encontros deverão discutir as propostas arrecadadas pelo site Mudando o Brasil, até 1° de fevereiro. Durante os intervalos desses encontros, o PSB deve anunciar as pré-candidaturas da sigla nas regiões. A reunião acontecerá no Recife em 05 de abril. 

A denúncia de fraude na operação dos carros pipas - que foram disponibilizados para amenizar gratuitamente a seca no Nordeste -, efetivada nesse domingo (1°) por um veículo de comunicação de alcance nacional, deverá ser apurada segundo a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti (PT). 

“Serão tomadas todas as providências, porque só de imaginar qualquer tipo de desvio corrupção ou de não atendimento legal para a população sofrida da seca é algo que não se pode admitir qualquer hipótese”, assegurou Salvatti durante encontro realizado por lideranças petistas e ministros em Gravatá.

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Na “Operação Carro Pipa” foi denunciada a má qualidade da água, a falta de respeito nos prazos de entrega, o uso de carros que antes serviram para armazenar gasolina e outras irregularidades. Quem coordena a Operação no semiárido brasileiro é o Exército, que pode ser o principal culpado das fraudes. Constatação lamentada pela ministra. 

“As providências serão imediatas para apurar até as últimas consequências e responsabilidades. É infelizmente, eu diria (o envolvimento do Exército). Não podemos titubear, as denúncias serão apuradas com todo rigor”, garantiu a petista.

No Nordeste são 835 cidades o que somando daria quase quatro milhões de pessoas que recebem o auxílio dos carros pipas. O Governo Federal já gastou mais de meio bilhão de reais nesse programa, que conta com cerca de seis mil "pipeiros", como são chamados os caminhoneiros que distribuem a água. Cada um recebe do Exército um pagamento de até R$15 mil por mês.

A Frente Nacional, partido francês de ultradireita, suspendeu nesta sexta-feira (18) uma de suas candidatas às eleições municipais de 2014 por comparar a ministra da Justiça Christiane Taubira com um macaco. A candidatura de Anne-Sophie Leclere em Rethel, no nordeste da França, foi suspensa, indicou em um comunicado Steeve Briois, secretário-geral da Frente Nacional (FN).

Leclere também foi convocada pelo órgão disciplinar do partido. Esta comerciante de 33 anos defendeu nesta quinta-feira (17) na rede de televisão pública uma fotomontagem publicada em sua página do Facebook, onde era possível ver um pequeno macaco junto à ministra socialista, que é negra. Abaixo da primeira foto colocava "Aos 18 meses" e abaixo da foto de Taubira, "Agora".

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Segundo Leclere, a fotomontagem não tinha cunho racista. "Um macaco é um animal, mas um negro é um ser humano. Tenho amigos que são negros e nem por isso digo a eles que são macacos", declarou Leclere.

A candidata explicou que quis comparar a ministra com um selvagem, acrescentando que prefere "vê-la em uma árvore, de galho em galho, e não no governo". Nesta sexta-feira, a fotomontagem havia sido retirada de sua página do Facebook.

Desde sua entrada em funções, em 2011, a presidente da FN, Marine Le Pen, se esforçou para suavizar a imagem do partido criado por seu pai, Jean-Marie Le Pen, para demonstrar que ele está pronto para governar.

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