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Na manhã desta quarta-feira (26), o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e a Polícia Militar (PMPE) cumprem dez mandados de busca e apreensão na Prefeitura de Águas Belas, no Agreste, em uma empresa e outros endereços do município. A operação investiga fraudes na contratação de obras de infraestrutura.

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Além da Prefeitura e da empresa suspeita - que não teve o nome repassado -, os mandados são cumpridos contra oito pessoas físicas. As autoridades não apontaram o prejuízo causado pelo suposto esquema.

O coordenador do Grupo de Atuação Especializada de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), George Pessoa, explica que celulares e documentos de contratos firmados pela gestão e da empresa investigada já foram apreendidos para a continuidade das investigações.

 

O Centro de Internação Provisória (Cenip) do Recife, localizado na Zona Oeste da Capital, recebeu uma vistoria surpresa na quinta-feira (20) por representantes do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), da Defensoria Pública de Pernambuco (DPPE) e do Gabinete de Assessoria Jurídica às Organizações Populares (Gajop). Entre as irregularidades encontradas estão a falta de colchão, alojamentos sem luz elétrica, falta de medicamentos e infestação de ratos. 

"Foi espantoso", resume o técnico do Gajop Romero Silva, que participou da fiscalização. "Chamou muito a nossa atenção a nãoo preocupação da propria Funase [Fundação de Atendimento Socioeducativo] com tudo aquilo. A situação é visível para qualquer um que entra lá", completa.  Segundo ele, os ratos eram vistos com frequência no local ao longo da visita. "Vimos com frequência. E não é rato pequeno. Os adolescentes disseram que os ratos entram nos alojamentos, então eles ficam correndo o risco de serem mordidos, de leptospirose", afirmou.

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Havia 63 menores no local no momento da fiscalização. Boa parte deles não tem colchão ou lençol, tendo que dormir no chão. "As famílias trazem colchão, mas tem família que não tem condição de nada", diz Silva.

A fiscalização também identificou vazamentos na rede de água e esgoto, banheiros entupidos, acúmulo de lixo e de água. Os adolescentes relataram falta de médicos e que não estavam tendo acesso à atendimento médico. "Inclusive, a coordenadora técnica falou que está faltando remédio, que a prefeitura não estava disponibilizando", afirma o técnico do Gajop.

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No momento em que os visitantes estavam deixando o local, no início da noite, notaram que não havia iluminação nos alojamentos. "Os alojamentos ficam todos escuros, nenhum tem luz elétrica. Os meninos ficam no escuro e naquele dia, como a janta atrasou por causa da nossa presença, todos iriam comer no escuro. Parece ser algo simples, mas se torna uma forma grave de humilhar e subjugar o outro", ressalta Romero Silva. Segundo ele, apesar de existir a alegação de que uma lâmpada pode ser utilizada como uma arma, é possível adotar alternativas. "Existem outras estratégias, como um refletor de fora para dentro. O que não pode é ficar no escuro."

Na próxima segunda-feira (24), o Gajop deverá concluir um relatório de inspeção, que será enviado ao Governo de Pernambuco, ao Judiciário e demais órgãos competentes. O documento cobrará providências para a unidade.

Por meio de nota, o MPPE informou que a 6ª Promotoria de Justiça de Defesa da Cidadania da Capital constatou as condições insalubres da unidade provisória. Já existe uma ação civil pública ajuizada em 2018 requerendo melhorias na estrutura do Cenip. "A liminar foi indeferida pelo Juízo da Capital, contudo, com o material recolhido na inspeção de ontem, a 6ª Promotoria de Justiça de Defesa da Cidadania da Capital vai protocolar o relatório da inspeção, para requerer reconsideração do indeferimento da liminar a fim de que haja avanço dentro desse processo", diz o órgão.

Extrajudicialmente, a 6ª Promotoria está programando junto com o Gajop e a Defensoria Pública uma reunião com o secretário de Políticas Sociais e com o próprio Governo do Estado, "em virtude de a situação ser muito grave e antiga, mas que piorou muito e não se pode admitir as condições atuais.”

A Fundação de Atendimento Socioeducativa (Funase) se pronunciou sobre a denúncia por nota. Segundo o órgão, não procede a denúncia acerca da falta de profissionais de saúde e de medicamentos. "O ambulatório da unidade dispõe de uma médica, uma dentista, oito enfermeiros e 14 técnicos de enfermagem distribuídos por plantões, que seguem realizando atendimentos normalmente", declara.

A instituição ressalta ainda que a retirada de remédios ocorre no distrito sanitário que atende a região sempre que há necessidade. Informa que está em articulação com a Prefeitura do Recife para reforçar os atendimentos, conforme responsabilidades previstas pela Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Adolescente em Conflito com a Lei (PNAISARI), do Ministério da Saúde.

Sobre a falta de iluminação e limpeza, a Funase afirmou que a troca das lâmpadas é feita rotineiramente, assim como a higienização dos espaços. "O local dispõe de rede elétrica normalmente", diz a nota.

A instituição declara que as desratizações ocorrem de forma mensal, tendo a mais recente sido realizada na segunda-feira (17). A existência de dois imóveis abandonados ao lado do Cenip Recife, entretanto, estaria dificultando esse trabalho. "A fundação já acionou a Vigilância Sanitária e está em contato com o órgão proprietário desses locais para que sejam reforçadas as ações de zeladoria."

Sobre o fornecimento de colchões, a Funase alegou que tem buscado subrir a falta desses materiais. Uma licitação para a compra de colchões já foi concluída. 

A deputada estadual Clarissa Tércio (PSC) publicou um vídeo, nessa segunda-feira (17), em sua página no Instagram, denunciando a Escola Estadual Professor Nelson Chaves, localizada no bairro de Tabatinga, em Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife. Sem máscara, a parlamentar apontava um cartaz, pendurado na entrada da instituição para receber os alunos, escrito “Bem vindes”. O uso da letra ‘e’, em lugar da norma padrão da língua portuguesa ‘Bem-vindos’, foi a razão da manifestação da parlamentar. A Secretaria de Educação e Esportes de Pernambuco, por sua vez, criticou a atitude da parlamentar, chamando a ação de "arbitrária".

No vídeo, a deputada argumenta que a linguagem utilizada “não é português”, e que “isso é só a ponta do iceberg". "Talvez você questione ‘mas é só uma pequena mudança em uma letra’, sabe o que isso significa? Significa que seus filhos estão sendo doutrinados lá dentro, na sala de aula”, acrescentou.

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Clarissa Tércio diz ainda no vídeo que procurou o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e a Secretaria de Educação e Esportes de Pernambuco (SEE-PE) para denunciar a escola. “Procurei a diretora responsável, conversei com ela, disse que está sendo denunciada ao MPPE e também a SEE-PE. Nós estaremos nas ruas lutando incansavelmente para que aqui em Pernambuco essa linguagem neutra, e esse tipo de lixo ideológico não avance. Isso é querer plantar confusão na cabeça das nossas crianças e adolescentes”, declarou a deputada.

Procurado pelo LeiaJá, o MPPE afirmou em nota que a 3ª Promotoria de Justiça Cível de Camaragibe tomou conhecimento dos fatos e irá analisar. Em nota, a SEE publicou o seguinte posicionamento: "A Secretaria de Educação e Esportes (SEE) esclarece que até o momento não recebeu nenhuma notificação oficial ou denúncia do Ministério Público de Pernambuco acerca do caso. Sobre o vídeo em questão, gravado na Escola Estadual Professor Nelson Chaves, em Camaragibe, a SEE enfatiza que repudia todo e qualquer ato de discriminação, preza pela liberdade de cada indivíduo e reafirma o compromisso com a formação cidadã, ética, inclusiva e plural. Relações de Gênero é um dos temas transversais e integradores do Currículo de Pernambuco, documento que norteia a educação básica das escolas no Estado. A postura arbitrária da deputada, que não procurou em momento algum dialogar com a Secretaria de Educação, não condiz com o ambiente escolar que preza pelo respeito às diferenças e promoção da cidadania".

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) instaurou um procedimento para investigar o Sport Club do Recife por comentários homofóbicos sobre o ex-BBB Gilberto Nogueira, o Gil do Vigor. Na última sexta-feira (14), conselheiros do Sport, em áudios vazados, criticaram reportagem que mostra Gilberto dançando no estádio da Ilha do Retiro.

A 8ª Promotoria de Justiça de Defesa dos Direitos Humanos designou uma audiência eletrônica a ser realizada em 7 de junho, às 9h, "para tratar da garantia de direitos à dignidade e à igualdade da população LGBT e o combate à lgbtfobia pelo Sport Club do Recife e Federação Pernambucana de Futebol", diz nota do MPPE. A portaria já foi encaminhada para publicação no Diário Oficial Eletrônico.

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Declarações homofóbicas

Na sexta-feira (14), o deputado estadual e conselheiro do Sport Romero Albuquerque denunciou outros dois conselheiros do clube por comentários preconceituosos contra Gilberto Nogueira após ele ter feito a coreografia do "tchaki tchaki", uma de suas marcas durante a participação no Big Brother Brasil 2021. 

"1,2 milhão de visualizações. Arretado. 1,2 milhão de pessoas achando que o Sport só tem viado, só tem bicha. Vai vender é camisa. A viadagem todinha vai comprar. Vai ser lindo", diz o advogado e conselheiro Flávio Koury na gravação. Em outro áudio ele diz: "Se ele tivesse feito essa dancinha na casa dele ou no bordel, eu não estava nem aí. Foi dentro da Ilha do Retiro, né, rapaz? Isso é uma desmoralização. Isso é audiência de vergonha na cara. É isso que estamos vivendo. Não tem mais respeito por pai e filho. É a depravação. Isso é o retrato do que o PT deixou pra gente. É exatamente isso. (sic)"

Os comentários causaram revolta nas redes sociais. A hashtag #ForaKoury começou a circular no Twitter. Apesar do clube ter sido pressionado, o advogado não foi desligado do conselho do clube.

No mesmo dia, circulou um áudio do conselheiro Renan Valeriano, que defende a opinião de Koury. "Também sou conselheiro do Sport, compactuo com o que foi falado pelo doutor Flávio e não concordo com a veiculação da nossa marca da nossa imagem por esse cidadão que não tem nenhum serviço prestado ao Sport, pelo contrário, ele empobrece e envergonha a marca Sport Club do Recife. Reitero todas as palavras do doutor Flávio", disse.

Posteriormente, Koury divulgou um vídeo à imprensa se desculpando pelas declarações. "Em uma conversa acalorada de um grupo privado do Sport, do qual sou conselheiro, eu proferi algumas palavras que podem ter atingido alguém. Em razão disso, quero de imediato pedir desculpa a todos e, especialmente, a pessoa de Gil, que não tinha absolutamente nada a ver com a conversa e viu-se involuntariamente envolvido no acontecimento", afirmou.

Gil do Vigor

"Primeiro ataque homofóbico que me deparo após o BBB e posso garantir, ainda machuca MUITO! Mas sigo firme e providências serão tomadas. Tirando o dia off para não perder minha alegria por tudo que venho vivendo...... É muita dor!", publicou Gilberto Nogueira após a repercussão. Na mesma data, ele anunciou que estava escrevendo um livro sobre sua vida.

No dia seguinte, sábado (15), Gilberto comentou o episódio em entrevista à Globo. "Inicialmente, doeu muito, fiquei muito abalado. Depois pensei assim: ‘gente, é uma pessoa só’. Tenho, na verdade, pena dele, por ele não ter aprendido, não ter absorvido que preconceito não leva ninguém a nada", disse. Ele também agradeceu o apoio recebido.

Outdoors e bicicletas de som espalhadas pelo Recife protestam contra a licitação marcada para esta quinta-feira (6), que vai contratar 307 funcionários temporários para o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) por um gasto anual superior a R$ 14 milhões. O sindicato dos servidores aponta falta de rigor na seleção, já que o único requisito para os novos contratados é o ensino médio completo.

O Sindicato do Servidores do Ministério Público de Pernambuco (Sindsemppe) lançou nesta semana a campanha de Valorização e Respeito ao Servidor Público, em alusão ao mês do trabalhador. A categoria é contra a licitação estimada em R$ 14.253.826,801, que vai selecionar uma empresa responsável pelos profissionais de almoxarife e auxiliares administrativos para o MPPE.

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O salário previsto para o almoxarifado é de R$ 5.472,141. Já o auxiliar administrativo vai receber R$ 3.858,05. “O Ministério Público de Pernambuco quer encher nossa instituição de contratos precários sem estabilidade para funções essenciais e importantes", anunciam as rádios e bicicletas para reforçar que as contratações podem comprometer o trabalho do órgão.  

"A terceirização do servidor abre espaço para a alta rotatividade de profissionais, comprometendo o trabalho do MPPE com a sociedade", adverte presidente do Sindsemppe, Ronaldo Sampaio.

Ele acrescenta que falta rigor na escolha dos servidores temporários. “O MPPE deveria colocar o mesmo peso para si. Ele deveria utilizar o mesmo padrão para contratações. A gente concorda com essa crítica que é feita. Essa não é a melhor prática”, compara com as admissões nas prefeituras. O MPPE ainda não se posicionou sobre as reclamações.

Por conta de possíveis atos de corrupção da gestão do prefeito Junior Matuto, a Prefeitura de Paulista, no Grande Recife, foi mais uma vez alvo da operação policial Beira Rio. Revoltado com a situação, o secretário de Projetos Especiais e Habitação, Vinícius Campos, publicou um vídeo em sua conta do Instagram relatando a situação que aconteceu nesta terça-feira (6).

"Até quando nossa cidade vai ficar passando vergonha pelas denúncias de corrupção da gestão passada? É um tema anterior a esse ano de 2021, que na verdade é o resultado de uma investigação que começou lá em 2019, na gestão do ex-prefeito Junior Matuto, que tem desdobramento até hoje”, diz Campos.

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O secretário afirma que cerca de 40 agentes cumpriram cinco mandados de busca e apreensão domiciliar e sequestro de valores, expedidos pela 2ª Vara Criminal da Comarca de Paulista. Ninguém foi preso.

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Os investigados são um empresário e ex-servidores da Prefeitura de Paulista. Os fatos fazem referência a uma licitação para concessão de área pública, localizada à beira do rio da Praia de Maria Farinha, cujo objeto principal era a implantação de uma marina.

As investigações apontam fortes indícios que a licitação foi direcionada, com a participação direta do prefeito da época, Júnior Matuto (PSB), para favorecer o empresário investigado, que fez uso de documentos falsos no processo licitatório, com a conivência de servidores da prefeitura.

Também há indícios de que esse mesmo empresário é o responsável por se apropriar dos valores das taxas que seriam destinadas ao município do Paulista, através do uso da área concedida.

Uma operação combate um esquema de pirâmide financeira e lavagem de dinheiro em 12 estados brasileiros nesta quinta-feira (25). A Operação Black Monday é realizada pelos Ministérios Públicos de Pernambuco e Minas Gerais, além da Polícia Civil de Pernambuco e a Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Duas pessoas foram detidas em Gravatá, no Agreste pernambucano. O líder do grupo foi encontrado em João Pessoa, na Paraíba. Com ele, foram apreendidos automóveis de luxo das marcas Lamborghini e BMW. Já o material apreendido no Recife inclui documentos bancários, veículos e R$ 287 mil em espécie, totalizando um valor aproximado de R$ 600 mil.

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Em Pernambuco, estão sendo cumpridos cinco mandados de prisão e 12 de busca e apreensão no Recife, Caruaru, Pesquisa e Gravatá. Além de Pernambuco e Paraíba, a operação é realizada em Minas Gerais, São Paulo, Bahia, Alagoas, Goiás, Maranhão, Rondônia, Santa Catarina, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.

Segundo o MPPE, a ação é um desdobramento de investigações iniciadas pelo Ministério Público de Minas Gerais em maio de 2020. O órgão colheu indícios de que a organização criminosa estava captando recursos das pessoas por meio dos sites Aprenda Investindo e Investing Brasil, com a promessa de realizar investimentos lucrativos. Os valores transferidos eram convertidos pelos criminosos em bens de alto valor e criptomoedas, gerando um prejuízo estimado de R$ 60 milhões. Até o momento, as investigações identificaram cerca de 1.500 vítimas do esquema.

A Vara Única da Comarca de Chã Grande, no Agreste de Pernambuco, determinou na terça-feira (16) o afastamento de Jorge Luís da Silva (PR), presidente da Câmara do município, pelo período de 180 dias em caráter cautelar. A medida foi acolhida a pedido do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), em razão de uma investigação criminal que menciona o chefe da Casa Paulo Viana de Queiroz. Durante esse período, a chefia do Legislativo municipal deve passar por substituição.

O procedimento investigatório criminal citado foi instaurado em junho de 2020 e comprovou a existência de uma organização criminosa criada para fraudar uma licitação de aluguel de veículos. Nesse esquema, houve a contratação da empresa Chã Grande Transportes Ltda, que tem como sócios Liviane Campos Alexandre, esposa do presidente da Câmara e seu sobrinho Venícius Campos.

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O MPPE obteve também o bloqueio de bens dos investigados no valor de R$ 105,400,00, equivalente ao dano causado aos cofres públicos; o afastamento do sigilo bancário e fiscal das pessoas físicas e das empresas envolvidas na fraude; e a quebra do sigilo telefônico dos investigados.

A medida cautelar de bloqueio de bens busca assegurar que os investigados não se desfaçam de seu patrimônio, de modo a permitir que as verbas subtraídas possam ser restituídas à coletividade.

"A medida de afastamento serve para garantir que o presidente da Câmara de Vereadores não se utilize do cargo de comando para prejudicar a colheita de provas, ameaçar testemunhas ou perpetuar a conduta delituosa. Diante de tudo que foi analisado, a permanência dele na função colocaria em risco a investigação", fundamenta o promotor de Justiça Gustavo Dias, no texto da ação.

Já o afastamento dos sigilos bancário e fiscal, que atinge tanto as pessoas físicas como as empresas envolvidas na organização criminosa, tem por objetivo identificar as relações entre os integrantes do grupo e, em último caso, apresentar ligações com outras pessoas que não foram apontadas como participantes da fraude.

Por fim, a quebra do sigilo telefônico garante ao MPPE o acesso ao registro de ligações e trocas de mensagens entre os indivíduos, dados que podem ser utilizados para fortalecer o conjunto de provas em poder do MPPE.

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Há um ano do primeiro diagnóstico, Pernambuco viu a pandemia da Covid-19 abreviar 11.357 histórias, destruir a saúde mental e financeira de parte da população, obrigar medidas restritivas, fechar escolas e fragilizar a condição de comerciantes. Apesar de não ser mais novidade, o Governo do Estado esbarra na falta de empatia dos que ainda desrespeitam as normas de proteção, e traça uma corrida por vacinas e leitos de UTI diante do iminente colapso na rede de Saúde.

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Nesta sexta-feira (12), Pernambuco completou um ano desde o primeiro contato com o vírus e acumula 316.424 notificações em todo seu território. Com mais de 1.000 confirmações diárias, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) observa uma aceleração acentuada da doença, que ocupa 95% dos leitos de UTI distribuídos na região.

"O vírus está com uma aceleração recorde, que pode tornar-se, a qualquer momento, superior à nossa capacidade de abrir leitos. Por isso meu recado é que, ou todos cooperam, ou vai faltar leito para quem precisa, o que vai provocar a perda de vidas", ressaltou o secretário de Saúde André Longo ao pedir mais uma vez para que todos usem máscara de proteção corretamente, higienizem as mãos com frequência e mantenham o distanciamento social.

Mesmo sem medicação eficaz, 268.696 se recuperaram da infecção em Pernambuco, mas o índice otimista não deve iludir para a gravidade da situação. "A pandemia, infelizmente, ainda não acabou e os próximos dias tendem a ser muito graves. Por isso, neste momento, cada atitude vai contar para conseguirmos salvar mais vidas”, acrescentou em coletiva de imprensa virtual.

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) monitora a ampliação de leitos e entende a dificuldade do Governo na questão. "A gente não vai conseguir colocar a mesma quantidade de leitos de UTI, a quantidade de pessoas contaminadas. Isso é impossível", indicou o procurador-geral do MPPE Paulo Augusto de Freitas Oliveira. Na sua opinião, a melhor estratégia é conscientizar a sociedade, sobretudo os jovens "que têm mais procurado o serviço", para evitar um eventual lockdown.

Em contato com o governador Paulo Câmara (PSB) e com o comitê estadual de enfrentamento ao novo coronavírus, o gestor do MPPE revelou que "tem uma programação para ampliar a questão de leitos. O governador sinalizou que tem uma previsão de, no mínimo, 50 por semana até o final de março". Atualmente, a Central de Regulação de leitos possui 2.192 postos na rede pública, sendo 1.151 de UTI.

Ele aponta que ainda não há expectativa para oficializar uma medida mais rígida de controle da doença. Contudo, apoia o lockdown caso as taxas do vírus avancem. "Se houver necessidade de mais prazo para diminuir essa pressão no sistema de saúde, nós vamos apoiar", garantiu.

Questionado sobre a possibilidade de abertura dos leitos de UTI reservados às Forças Armadas, Paulo Augusto de Freitas Oliveira disse que não percebeu nenhuma mobilização dos demais MPs pelo uso dos leitos do Ministério da Defesa. No entanto, esclarece que a responsabilidade de pleitear a medida com o Governo Federal é do procurador-geral da República Augusto Aras. Procurada pelo LeiaJá, até o momento desta publicação, a pasta não se posicionou sobre a oferta de postos, nem se estuda disponibilizá-los à população.

Relembre o avanço da Covid-19 em Pernambuco

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A orientação aos procuradores do MPPE é acionar a Polícia Militar, a Vigilância Sanitária e as guardas municipais para coibir episódios de desobediência de parte da população. "Um ponto que tem chamado atenção são as festas clandestinas, principalmente na periferia e na Zona Rural. Tem gente fazendo até festa de casamento de chácara", relatou o líder do MPPE. "O mais importante é intensificarmos a fiscalização quanto às medidas restritivas. A questão de cumprimento de horários das atividades não essenciais estarem fechadas", frisou.

O Governo de Pernambuco calcula que já aplicou 575.173 doses de imunizantes nos grupos prioritários. Desses, apenas 155.741 finalizaram o ciclo com a segunda dose. Enquanto o processo é retido pela descoordenação federal, na última semana o estado registrou uma disparada de 19% dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em apenas 15 dias. Nas duas últimas semanas, o pedido por leitos de UTI aumentou em 17%, já de enfermaria em 32%.

Apesar de não ser um problema jurídico e sim sanitário, o procurador-geral do MPPE lembra que o direito à Saúde é constitucional e cabe ao Estado garantir "esse direito a todo cidadão, independente de qualquer ideologia".

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"Nos últimos dias, temos uma tendência de ainda mais agravamento, com solicitações de vagas chegando ao mesmo patamar de maio do ano passado. A diferença é que temos agora uma rede de UTI muito mais robusta, que está conseguindo, até o momento, suportar a pressão. Mas estamos próximos ao limite", avaliou o secretário de Saúde.

Ainda de acordo com André Longo, há a expectativa de abrir mais 100 leitos de UTI na capital, no Agreste e no Sertão até o fim desta semana. As vagas do Recife seriam divididas entre 20 destinadas ao hospital de referência de Boa Viagem, 10 para o Evangélico, 10 para o Eduardo Campos da Pessoa Idosa, 10 para o Otávio de Freitas, 20 para o Cesac Prado, 2 para o Real Hospital Português. Em Caruaru, o Mestre Vitalino receberia 10 leitos e em Petrolina, o hospital universitário receberia oito.

Na primeira sessão do Júri no 4ª Tribunal do Júri da Capital, Fórum Tomaz de Aquino, dentro da ação concentrada proposta para os processos de feminicídio, o Conselho de Sentença votou pela condenação de Gleyson Rodrigues de Lima, companheiro da vítima Ewerllayne Santana da Silva, 20 anos, que morreu no dia 4 de dezembro de 2020, após levar um tiro na região da cabeça, dentro da própria residência e na frente dos filhos. Da audiência de instrução à sessão do Júri, todo o processo (que é a ação concentrada) ocorreu na segunda-feira (1º).

Gleyson Lima foi condenado à reclusão, inicialmente em regime fechado, de 27 anos, pelos crimes tipificados como: homicídio triplamente qualificado por motivo fútil, recurso que impossibilitou a defesa e feminicídio (art.121, §2º, incisos II, IV e VI do Código Penal Brasileiro); aumentando a pena do feminicídio em 1/3 pelo crime ter ocorrido com a vítima gestante e na frente dos filhos (art.121, §7º, I e III, CPB); e crime hediondo (art.1º, I, da Lei 8072/1990).  Além desse, o réu foi condenado pelos crimes previstos no art.33, caput, da Lei 11.343/2006 (ter em depósito drogas); art.69 do CPB (concurso material), com o agravante da calamidade pública da pandemia da Covid-19 (art.61, II, alínea “j”, do CPB).

A promotora do Júri Rosemary Souto Maior recorreu para que o Tribunal de Justiça se posicione, “porque o réu Gleyson Lima foi condenado em todos as tipificações da denúncia, exceto a não fixação do dano”. Há a Resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) nº 253/2018  (que define a política institucional do Poder Judiciário de atenção e apoio às vítimas de crimes e atos infracionais), recomendando aos Estados a criar um fundo de apoio às vítimas.

“Nós, promotores de Justiça, temos que criar protocolos, meios de ações conjuntas, para dar todo o apoio às vítimas”, pontuou a promotora. “O MPPE requisitou que as duas crianças, filhos da vítima e do autor do crime, fossem atendidas e encaminhadas para a Vara da Infância, com a finalidade de serem assistidas, como medida de proteção à infância. Uma delas, de cinco anos, presenciou o crime, e foi nos relatado pelos familiares que ela não chora nem expressa o choque. A avó das crianças recebe auxílio de bolsa família, no valor de R$89, sem ajuda financeira da família paterna”, destacou Rosemary Souto Maior, sobre a perspectiva de olhar para além da vítima do homicídio, mas para as crianças que ficam.

No dia 10 março, uma outra denúncia do MPPE de feminicídio passará pela mesma ação concentrada, no 4ª Tribunal do Júri da Capital, Fórum Tomaz de Aquino, assim como no dia 15, sempre iniciando às 8h. No dia 10, atuará o promotor do Júri José Edivaldo Silva, e no dia 15, a promotora Rosemary Souto Maior. As sessões são presididas pelo juiz Abner Apolinário da Silva.

Ação desde 2018 – A promotora de Justiça do Júri Rosemary Souto Maior participa da ação concentrada nos casos de feminicídios desde 2018. Em 2020, o promotor de Justiça do Júri José Edivaldo Silva aderiu à ação. A ação concentrada ocorre não somente no mês de março, mas sempre em que chegam os casos de feminicídios.

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*Da assessoria do MPPE

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) recomendou que a Procuradoria-Geral da cidade de Garanhuns, Agreste de Pernambuco, adote medidas judiciais cabíveis contra a empresa Renova Medical Indústria e Comércio de Produtos Médicos e Hospitalares Ltda, que vendeu testes para a Covid-19 com prazo de validade vencida.

A Promotoria de Justiça de Defesa de Garanhuns recebeu documentação apontando que o município perdeu os testes rápidos para a detecção da Covid-19 que foram comprados porque a empresa etiquetou as 500 caixas com a indicação de um novo prazo de validade. O original gravado nas embalagens individuais dos testes era 26/9/2020, e o que constava nas etiquetas das caixas era 23/3/2021, induzindo ao erro os funcionários da Secretaria de Saúde.

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O MPPE quer que os cofres públicos sejam ressarcidos e que a empresa sofra sanções previstas na Lei de Licitações e Contratos. 

"A referida empresa foi contratada no mês de setembro, através de uma licitação realizada em meio à demanda por aplicação da testagem da população de Garanhuns. Os testes foram entregues em 18 de setembro, apenas oito dias antes da perda de sua validade. Esse fato, conforme verificado nos autos, não foi percebido de pronto pelo município, que só descobriu a inconsistência em 7 de novembro, após iniciar a testagem", detalha o promotor de Justiça Domingos Sávio Pereira Agra.

A investigação conduzida pela Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público de Garanhuns apontou ainda que não foram identificados indícios de dolo ou culpa capazes de gerar responsabilização de agentes públicos, tendo em vista que a contradição entre a data informada nas caixas lacradas e nas embalagens individuais não foi percebida por dezenas de profissionais envolvidos na recepção, armazenagem e aplicação dos testes rápidos.

Além disso, as etiquetas afixadas pela empresa contratada afirmavam que a alteração do prazo de validade do reagente havia sido autorizada pela Anvisa, o que induziu os servidores municipais ao erro.

O Ministério Público de Pernambuco também cobra que a gestão municipal estabeleça, no prazo máximo de 30 dias, um procedimento geral para conferir a validade de medicamentos e produtos adquiridos pela Secretaria de Saúde da cidade.

O MPPE aponta que outro ponto que chama atenção neste caso é a discrepância entre o valor máximo da licitação (R$ 716.700,00) e o preço pedido pela Renova Medical, que ofereceu os testes com 76% de desconto sobre o valor máximo.

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) decidiu que 16 municípios do estado publiquem informações sobre o andamento do plano de vacinação contra a Covid-19. A recomendação emitida nessa segunda-feira (1º) considera o acesso da população às etapas da campanha, ao registro de pessoas já vacinadas, ao lote da vacina aplicada e ao nome do responsável pela aplicação.

A indicação foi feita aos prefeitos e secretários de Saúde de Recife, Itambé, Arcoverde, São Caetano, Terra Nova, Belém do São Francisco, Betânia, Custódia, Flores, Floresta, Mirandiba, Petrolândia, São José do Belmonte, Serra Talhada, Tacaratu e Triunfo. Todas as informações precisam ser 'claras e objetivas' e devem estar disponíveis no próprio site da Administração.

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"O portal também deverá conter informações relativas ao nome e grupo prioritário a que pertencem as pessoas já vacinadas, data da vacinação, número de lote da vacina aplicada e nome do responsável pela aplicação da vacina. Somado a isso, para propiciar o acesso amplo e contínuo à informação, em tempo real, por parte da população, da imprensa e dos órgãos de controle, tais dados deverão ser atualizados diariamente", reforçou o MPPE.  

Os procuradores-gerais repudiaram, em nota, nesta terça-feira (26), os casos de vacinação em pessoas que não integram o grupo prioritário da primeira etapa da vacinação contra a Covid-19.

Para os integrantes do Conselho Nacional dos Procuradores-Gerais dos Ministérios Públicos dos Estados e da União (CNPG) frisa que além de a atitude ser moralmente reprovável também tem “repercussões criminais, civis e administrativas”.

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Na nota pública, o Conselho Nacional assegura que “os membros do Ministério Público estão fiscalizando de perto a elaboração e a execução dos planos de imunização em todo o País”.

Nota Pública | CNPG

O Conselho Nacional dos Procuradores-Gerais dos Ministérios Públicos dos Estados e da União (CNPG) manifesta a sua veemente reprovação em face dos numerosos episódios de violação das ordens de prioridade para a aplicação das vacinas contra a Covid-19 estabelecidas pelas autoridades sanitárias, que têm sido noticiados pelos órgãos de comunicação durante os últimos dias.

As condutas de quem burla a fila de prioridade para receber a vacina e de quem presta auxílio para que isso aconteça, além de serem moralmente reprováveis, têm graves repercussões criminais, civis e administrativas.

Por essa razão, os membros do Ministério Público estão fiscalizando de perto a elaboração e a execução dos planos de imunização em todo o País, para garantir que as vacinas sejam destinadas, com absoluta prioridade, aos profissionais de saúde que estão na linha de frente do combate à pandemia e aos idosos, portadores de comorbidades e outros grupos mais vulneráveis e suscetíveis ao agravamento da doença, promovendo as responsabilidades daqueles que tenham cometido os desvios.

Conselho Nacional dos Procuradores-Gerais dos Ministérios Públicos dos Estados e da União

 

Pelo respeito a ordem de aplicação aos grupos prioritários do Plano Nacional de Imunização, o Ministério Público de Pernambuco (MMPE) informa que os 'fura filas' podem ser presos e receber multa. Quem presenciar alguma irregularidade na capital pernambucana deve formalizar denúncia por meio da ferramenta "Respeite a Fila", inclusa no aplicativo Conecta Recife.

A entidade tipificou 14 situações penais em caso de violações da campanha de imunização contra a Covid-19 no estado. “É notória a insuficiência das doses da vacina da Covid-19 para imunização da população. Por isso, as autoridades públicas instituíram a ordem de prioridade. Caso sejam constatados os fatos noticiados, o Ministério Público velará pela restauração da legalidade e responsabilização dos envolvidos”, disse o procurador-geral de Justiça, Paulo Augusto de Freitas, que promete novas ações em torno da pauta.

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Os crimes por furar fila podem ser tipificados como:

1) Abuso de Autoridade (Lei nº 13.869/2019, art. 33, parágrafo único), caracterizado quando agentes públicos que não se encontram no rol de pessoas a serem vacinadas se valem do cargo ou função para se vacinar indevidamente;

2) Concussão (CP, art. 316), quando alguém invoca seu cargo ou função para que seja descumprida a ordem de vacinação;

3) Condescendência Criminosa (CP, art. 320), quando o funcionário público, por complacência, deixa de adotar as providências necessárias em relação às infrações cometidas;

4) Corrupção Passiva (CP, art 317) quando há a recepção de caráter pecuniário ou vantagem indevida para desobedecer a ordem de prioridade do Plano de Vacinação;

5) Corrupção Passiva Privilegiada (CP, artigo 317, § 2º) em que o funcionário público, atendendo a uma solicitação de uma pessoa amiga ou por influência de terceiros, desobedece a lista de prioridades do plano de vacinação;

6) Prevaricação (CP, art. 319) em situação que o servidor ou funcionário público que tem gestão sobre a dispensação da vacina se auto administra dose ou determina ser vacinado por interesse pessoal;

7) Corrupção Ativa (CP, art. 333) quando pessoa física promete vantagem indevida para que lhe seja ministrada a vacina;

8) Peculato (CP, art. 312) aplicado aos casos em que se desvie doses de vacina para venda à rede particular ou ao mercado paralelo ou até mesmo subtraia doses da vacina, valendo-se das facilidades do cargo;

9) Crime de Responsabilidade de Prefeito (art. 1º, do Decreto-Lei n.º 201/1967) quando a pessoa que desvia ou se apropria das vacinas é prefeito ou ele se utiliza do cargo para beneficiar pessoas ligadas à ele;

10) Dano qualificado (CP, art. 163, parágrafo único, III) se alguém inutilizar a vacina por ser contrário à campanha;

11) Furto, Roubo e Receptação (CP, artigos 155, 157 e 180) quando houver subtração de vacinas atentando, assim, contra a segurança de serviço de utilidade pública, não cabendo conduta culposa, uma vez que as vacinas são bens públicos;

12) Falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais (CP, art. 273), quando o agente falsifica vacinas independente do intuito lucrativo, caracterizado como crime hediondo. Havendo dolo o agente responderá por homicídio doloso, já se houver lesão o agente responderá por lesão corporal;

13) Infração de medida sanitária preventiva (CP, art. 268) quando a pessoa ao furar a fila de vacinação tem plena ciência do descumprimento de medida sanitária;

14) Dos Crimes contra a Fé Pública como, por exemplo, a falsidade de atestado médico (CP, art. 302); certidão ou atestado ideologicamente falso  (CP, art. No 301); a falsidade material de atestado ou certidão (CP, art. 301, §1º e 2º); o uso de documento falso (CP, art. 304); falsidade ideológica  (CP, art. 299); falsificação de documento público (CP, art. 297).

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O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) marcou para a próxima terça (26) uma reunião a fim de discutir o aumento da tarifa nas passagens de ônibus que circulam na Região Metropolitana do Recife (RMR), além da superlotação nos coletivos. Participam do encontro a Federação dos Usuários dos Transportes de Passageiros do Estado de Pernambuco, a Frente de Luta pelo Transporte Público, a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação do Estado de Pernambuco (SEDUH) e o Consórcio de Transporte Metropolitano Grande Recife. A reunião será online, a partir das 14h30, na plataforma Google Meet.

Na reunião, o MPPE pretende averiguar se é pertinente o aumento tarifário anunciado na última quarta (20). O Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Pernambuco (Urbana-PE) acionou o Governo do Estado solicitando um aumento de 16% nas tarifas praticadas na RMR. Com o reajuste, a tarifa do Anel A de passaria R$ 3,45 para R$ 4,00.

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Devido à Notícia de Fato formalizada pela Federação dos Usuários dos Transportes de Passageiros do Estado de Pernambuco junto ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE), foi marcada a reunião a fim de discutir os reajustes propostos e, também, a superlotação nos coletivos. Participam do encontro virtual a Federação dos Usuários dos Transportes de Passageiros do Estado de Pernambuco, Frente de Luta pelo Transporte Público, a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação do Estado de Pernambuco (SEDUH), o Consórcio de Transporte Metropolitano Grande Recife (GRCT/CTM).

 

 

Promotores de Justiça e procuradores da República de diferentes regiões estão instaurando procedimentos para apurar denúncias de favorecimento a pessoas que, mesmo não fazendo parte de nenhum dos grupos considerados prioritários, teriam recebido a primeira dose da vacina contra o novo coronavírus.

Levantamento da Agência Brasil aponta que, em ao menos dez estados, além do Distrito Federal, denúncias já motivaram os ministérios públicos estaduais e Federal a cobrar explicações dos governos locais sobre eventuais irregularidades na fila de prioridade, prevista no plano federal e em planos estaduais de vacinação.

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Elaborado por representantes de órgãos governamentais e não governamentais, como sociedades científicas e conselhos profissionais e de secretários de Saúde, o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 define a estratégia nacional de enfrentamento à pandemia e a ordem de vacinação. Entre outras coisas, o plano nacional estabelece como prioritária a vacinação de profissionais de saúde, principalmente os que estão na linha de frente do atendimento a pacientes com a covid-19; idosos acima de 60 anos vivendo em instituições de longa permanência (asilos e casas de repouso); portadores de deficiência com mais de 18 anos institucionalizados e indígenas de terras homologadas.

Até o momento, o país dispõe de 6 milhões de doses da vacina disponibilizadas pelo Instituto Butantan, de São Paulo. Considerando a necessidade de duas doses por pessoa, é uma quantidade suficiente para imunizar pouco mais de 2,8 milhões de pessoas em todo o país, segundo o Ministério da Saúde. O país deve receber, ainda hoje (22), mais 2 milhões de doses da vacina desenvolvida pela farmacêutica britânica AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford, e fabricadas pelo laboratório indiano Serum.

Amapá

A Promotoria de Justiça de Pedra Branca do Amapari (AP) instaurou um inquérito civil para apurar se o secretário municipal de Saúde, Randolph Antônio Pinheiro da Silva, se valeu do cargo para furar a fila e receber a vacina contra a covid-19 antes de outras pessoas.

O inquérito foi aberto após fotos do secretário e de sua esposa sendo vacinados terem sido compartilhadas nas redes sociais. Se ficar constatado que Silva agiu ilicitamente, ele deverá responder por improbidade administrativa, além de infração de medida sanitária preventiva.

“É notória a insuficiência das doses da vacina da covid- 19 para imunização da população como um todo. Por isso, as autoridades públicas instituíram a ordem de prioridade. Caso sejam constatados os fatos noticiados, o MP velará pela restauração da legalidade e responsabilização dos envolvidos”, afirmou a promotora de Justiça Thaysa Assum de Moraes ao conceder prazo de 48 horas para que o secretário se manifeste e a secretaria municipal apresente a lista com os nomes das pessoas já vacinadas na cidade, bem como os critérios de seleção destas pessoas.

Amazonas

Em Manaus, onde a campanha de vacinação iniciada nesta terça-feira (19) foi interrompida para que o planejamento inicial fosse “reorganizado”, a Procuradoria da República (MPF-AM) cobra, na Justiça, que a prefeitura seja obrigado a prestar informações diárias sobre as pessoas que estão sendo vacinadas.

O órgão também notificou duas jovens médicas recém-contratadas pela Secretaria Municipal de Saúde, as irmãs Gabrielle Kirk Maddy Lins e Isabelle Kirk Maddy Lins, a prestarem esclarecimentos. Segundo o MPF, embora não estejam na linha de frente do combate a covid-19 e não façam parte dos grupos prioritários, as duas já foram vacinadas.

A prefeitura deve apresentar a lista dos profissionais de saúde já vacinados, a escala de trabalho dos profissionais da Unidade Básica de Saúde Nilton Lins para este mês e a relação de atendimentos que estes mesmos profissionais fizeram nos dias 18 e 19, quando as vacinas foram aplicadas em quem estava trabalhando.

O MPF também recomendou à prefeitura que revogue qualquer norma proibindo servidores públicos de compartilharem, pelas redes sociais, imagens da aplicação das vacinas – medida anunciada pelo prefeito David Almeida após a repercussão negativa do caso das irmãs Lins. Almeida nega irregularidades na seleção dos beneficiados.

"Não podemos deixar que grupos prioritários e pessoas com comorbidades que estão a frente de todo esse trabalho contra a covid-19 sejam substituídos por outros grupos que [correm] menos riscos", justificou, em nota, a procuradora Silvana Nobre Cabral, coordenadora do Grupo de Covid-19 montado pelo Ministério Público estadual.

Bahia

O Ministério Público da Bahia e a Procuradoria da República no estado decidiram atuar conjuntamente para apurar suspeitas de irregularidades. Duas ações civis conjuntas já foram ajuizadas contra o prefeito de Candiba, Reginaldo Martins Prado, de 60 anos, acusado de fular a fila para tomar a primeira dose da vacina.

“O gestor, que não pertence ao grupo de prioridade da primeira fase de vacinação contra a covid-19, burlou os protocolos nacional e estadual e foi o primeiro a ser vacinado no município”, sustentam promotores e procuradores ao pedir à Justiça Federal que Prado seja condenado por improbidade administrativa; obrigado a pagar uma multa de R$ 145 mil e impedido de receber a segunda dose do imunizante até que chegue sua vez.

A foto de Prado sendo vacinado chegou a ser divulgada em perfis da prefeitura nas redes sociais. Diante da repercussão negativa, o prefeito disse ter decidido tomar a dose do imunizante para incentivar a população de Candiba a se vacinar. Por sua vez, o Ministério Público da Bahia informa que a cidade de pouco mais de 14 mil habitantes só recebeu cem doses do imunizante até agora.

Ceará

Supostas irregularidades em ao menos três cidades do Ceará motivaram o Ministério Público estadual a adotar providências preliminares para apurar se servidores públicos e outras pessoas infringiram as regras do programa de vacinação ao se vacinarem antes do tempo. A apuração já teve início na cidade de Juazeiro do Norte e está pronta a começar no município de Eusébio.

Em Quixadá, a 3ª Promotoria de Justiça recomendou à prefeitura que encaminhe, em até cinco dias, a lista das pessoas que já foram vacinadas, especificando as razões pelas quais cada uma delas foi enquadrada no grupo prioritário definido pelo Ministério da Saúde e pela Secretaria Estadual de Saúde.

Distrito Federal

Membros da força-tarefa de enfrentamento a covid-19 criada pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios afirmam ter recebido, nesta quarta-feira (20), relatos sobre servidores públicos sendo imunizados indevidamente, o que os motivou a pedir esclarecimentos à Secretaria de Saúde do Distrito Federal.

“Estamos investigando o que consideramos uma grave falha”, afirmou o coordenador da força-tarefa, o procurador de Justiça José Eduardo Sabo, em nota. “Infelizmente, recebemos denúncias, fotos e mensagens, de diversas localidades”, acrescentou o procurador, para quem as denúncias podem indicar a necessidade de melhorar a organização da campanha.

De acordo com Sabo, se confirmadas, as denúncias “representam uma violação ética inaceitável e um grave descumprimento da lei”, estando os envolvidos passíveis de sanções administrativa e penal.

Pará

Também a Promotoria de Justiça de Bragança (PA) instaurou procedimento extrajudicial para apurar denúncias sobre uma mulher supostamente vacinada enquanto participava da reforma do Hospital Santo Antônio Maria Zaccaria. Segundo o MP do Pará, a mulher teria recebido o imunizante sem fazer parte de qualquer um dos grupos considerados prioritários.

“Ainda não se sabe como ela fez para tomar a vacina, mas a suspeita é de que ela tenha utilizado a influência do marido, que seria médico e trabalha no hospital”, informou, em nota, o promotor de Justiça Francisco Simeão Júnior, assegurando que a própria engenheira divulgou fotos nas suas redes sociais.

Paraíba

O Ministério Público da Paraíba abriu, ontem, um procedimento preparatório de inquérito após a imprensa noticiar que o secretário adjunto de Saúde do município de Gado Bravo, Diógenis Vasconcelos, teria sido vacinado desrespeitando a ordem de prioridade estabelecida pelos planos nacional e estadual da campanha de vacinação.

O secretário foi notificado a prestar esclarecimentos. Os promotores estaduais também apuram suspeitas de desrespeito aos grupos prioritários nos municípios de Pombal e Belém, onde os prefeitos se vacinaram, e também de Campina Grande.

Pernambuco

Em Recife, o Ministério Público de Pernambuco apura a vacinação de uma arquiteta que trabalha em uma unidade de Saúde dedicada à covid-19 no bairro de Boa Viagem. Já em Jupi, no interior do estado, a Secretária de Saúde e um fotógrafo furaram a fila de prioridade. A prefeitura do município afastou ela do cargo e pediu desculpas "por fatos que porventura venham a se comprovar". A promotora de Justiça Adna Vasconcelos apura o caso. Há denúncias ainda nos municípios de São José do Egito e Sairé.

Piauí

O Ministério Público do Piauí abriu procedimento investigatório para apurar denúncias de que servidores e autoridades de seis municípios (Guaribas, São João da Fronteira, São José do Divino,Pio IX, Piracuruca e Uruçuí) teriam furado a fila de prioridade na vacinação.

Rio Grande do Norte

Em Natal, o Sindicato dos Servidores Públicos do município denunciou que funcionários da prefeitura estão sendo vacinados sem se enquadrarem nos critérios necessários neste primeiro momento, em que a prioridade são os trabalhadores de saúde na linha de frente de combate à covid-19 e idosos em casas de longa permanência.

A prefeitura da capital potiguar disse que a Ouvidoria-Geral do município "vai apurar as denúncias de servidores municipais que foram vacinados na campanha contra a Covid-19".

Em nota, o Ministério Público estadual confirmou que recebeu as denúncias e que os casos "serão analisados individualmente para investigar se houve o cometimento de crime ou ato de improbidade", afirmou o órgão.

Sergipe

O Ministério Público Federal (MPF) de Sergipe abriu uma investigação para apurar se o prefeito de Itabi, Amynthas Barreto Júnior, conhecido como Júnior de Amyntha, cometeu ato de improbidade administrativa ao figurar entre os primeiros vacinados do município. Apenas 31 doses da vacina chegaram à cidade até o momento. Segundo o MPF, é uma quantidade insuficiente para imunizar sequer os trabalhadores da saúde.

 

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE), por meio da Promotoria de Justiça da cidade de Jupi, no Agreste Meridional do estado, recebeu a denúncia de que um fotógrafo, que não teve a sua identidade revelada, 'furou a fila' e recebeu a primeira dose contra a Covid-19.

Ele não integra o grupo prioritário estabelecido pelo Plano Nacional de Imunização e diretrizes estaduais de vacinação contra o novo coronavírus. O MPPE confirma que recebeu essa denúncia por meio de um vídeo.

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O procurador-geral de Justiça de Pernambuco (PGJ-PE), Paulo Augusto de Freitas Oliveira, expedirá Recomendação para que, em todo o Estado, os membros do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) intensifiquem a fiscalização e o monitoramento da realização da vacinação contra a Covid-19.

Ele aponta que estamos vivendo um caso de emergência em saúde pública em todo o solo nacional e é "inadmissível que, considerando o quantitativo de vacinas recebidas pelo Estado de Pernambuco, haja qualquer descumprimento das normas estabelecidas pelo Plano Nacional de Imunização".

A Secretaria Estadual de Saúde confirmou que, além do apoio do MPPE, vai solicitar à Secretaria de Defesa Social que investigue o caso e que, se confirmada a imunização fora do grupo prioritário, com desvio de finalidade, os responsáveis sejam punidos. 

A SES-PE lembra que pactuou com os municípios pernambucanos, na Comissão Intergestores Bipartite (CIB), o público prioritário da vacinação contra a Covid-19 neste primeiro momento da campanha, de acordo com o plano nacional de vacinação. 

Neste primeiro momento, devem ser imunizados contra a Covid-19 trabalhadores de saúde da linha de frente do enfrentamento ao novo coronavírus, além dos vacinadores, idosos em instituições de longa permanência, pessoas com deficiência institucionalizadas e indígenas aldeados. Todos já receberam a primeira e a segunda dose para realizar suas ações nessa primeira fase.

A Secretaria confirma que Jupi recebeu 136 doses da vacina para que fossem aplicadas as duas doses nos 68 profissionais da saúde que atuam na cidade. 

Esse quantitativo de profissionais representa cerca de 1/3 dos trabalhadores de saúde do município. A pasta aponta que os outros profissionais serão contemplados assim que houver mais entregas pelo Ministério da Saúde.  

O Tribunal de Contas do Estado (TCE) suspendeu a compra de um imóvel de galpões, localizado no Cabo de Santo Agostinho, que estava sendo feita por dispensa de licitação pela Prefeitura do Recife (PCR). Uma medida cautelar impedindo a aquisição do bem foi expedida, na última segunda (11), pela conselheira Teresa Duere. Os galpões seriam usados como depósito para o arquivo da  Secretaria de Educação do Recife (Seduc-Recife).

O imóvel custaria R$ 12, 8 milhões aos cofres da PCR que seriam pagos à empresa Nova Terra Incorporadora e Construtora Ltda, por meio da Dispensa de Licitação nº 021/2020. A compra havia sido autorizada nos últimos dias da gestão do ex-prefeito Geraldo Júlio (PSB), em 2020, mas o pagamento ficou para ser realizado na atual gestão de João Campos (PSB). 

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Ainda em 2020, a compra dos galpões foi denunciada pela deputada estadual Priscila Krause (DEM), em suas redes sociais e também no Ministério Público de Pernambuco (MPPE), e uma representação foi encaminhada ao TCE. Segundo o documento, a aquisição de um imóvel em município que não faz divisa com a cidade do Recife levaria a um aumento dos gastos com combustível e logística. Além disso, foi questionado se não haveria locais na capital para atender às necessidades da Seduc-Recife, já que a cidade dispõe de tantos imóveis abandonados.

Outro ponto levantado é que a despesa, realizada ao final do mandato do então prefeito Geraldo Júlio seria paga no exercício de 2021, já na atual gestão do prefeito João Campos, recém empossado como prefeito. Isso iria de encontro à Recomendação Conjunta TCE/MPCO nº 03/2020 que orienta o Poder Público a evitar gastos desnecessários e não relacionados ao combate da Covid-19. 

Sendo assim, a conselheira Teresa Duere determinou o não pagamento da despesa até que a Segunda Câmara do TCE se pronuncie sobre o caso. A Secretaria de Educação do Recife terá cinco dias corridos, a partir da comunicação oficial da decisão, para prestar esclarecimentos.

Procurada pelo LeiaJá, a Prefeitura do Recife informou, através de sua assessoria de imprensa, que irá prestar os esclarecimentos necessários à Corte de Contas dentro dos prazos legais previstos.

O governador Paulo Câmara oficializou, nessa segunda-feira (4), durante reunião no Palácio do Campo das Princesas, o promotor de Justiça Paulo Augusto de Freitas Oliveira no cargo de procurador-geral de Justiça do Estado para o biênio 2021-2023. A posse acontecerá no próximo dia 14 de janeiro. O novo chefe do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) era o primeiro nome na lista tríplice apresentada ao governador após o pleito interno da instituição. Além dele, também constavam os nomes dos promotores Marcos Antônio Matos de Carvalho e Maviael de Souza Silva.

“Tivemos a grata satisfação de anunciar o nome de Paulo Augusto para chefiar o Ministério Público de Pernambuco, e sabemos que ele está preparado para assumir essa missão tão nobre. Quero desejar sorte e dizer que podem contar com a gente. Tenho certeza de que ele vai continuar a demonstrar a importância do papel do Ministério Público, pela forma de gerir, democrática e transparente, e que continuaremos com uma instituição forte. Parabéns pela vitória na eleição”, afirmou Paulo Câmara.

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O governador também agradeceu o trabalho realizado pelo, agora, ex-procurador-geral Francisco Dirceu, que atuou durante quatro anos à frente do MPPE. “O Ministério Público foi parceiro do Governo de Pernambuco nesse período. Trabalhamos com muita transparência e lealdade em prol do povo pernambucano”, disse.

Com 45 anos de idade, sendo 15 de carreira como promotor de Justiça, Paulo Augusto de Freitas Oliveira é natural do Recife e graduou-se em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) em 2001. Tomou posse como promotor de Justiça no MPPE em dezembro de 2005, inicialmente na Comarca de Floresta. Atuou como secretário do Colégio de Procuradores de Justiça de 2017 até novembro de 2020 e, de 2017 até hoje, exerce o cargo de chefe de gabinete da Procuradoria-Geral de Justiça.

O novo chefe do MPPE agradeceu ao governador Paulo Câmara a escolha e assegurou que a instituição continuará sendo parceira do Governo. “Hoje, tenho a sensação de pertencimento por estar servindo ao meu Estado. Por isso, tenha certeza de que o Ministério Público seguirá parceiro do Governo da mesma forma que foi Dirceu, que é uma referência para mim, para que a gente possa continuar correspondendo ao povo”, destacou Paulo Augusto.

*Da assessoria de imprensa

Nesta segunda-feira (4), promotores e procuradores de Justiça do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) votam para escolher o chefe da Instituição para o período entre 2021 e 2023. O processo eleitoral e a apuração do resultado serão transmitidos ao vivo no YouTube e podem ser acompanhados pela sociedade por meio do canal MPPE Ao Vivo. Conheça os quatro candidatos (lista por ordem alfabética no final da matéria).

A participação no pleito é obrigatória e deve ser cumprida das 9 às 17 horas do dia 4 de janeiro. A novidade da votação deste ano, por causa da pandemia da Covid-19, é a adoção do sistema Votus, que permitirá a votação à distância por meio eletrônico. Os membros poderão utilizar qualquer dispositivo conectado à internet para escolher seus candidatos na cédula eletrônica.

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Cada eleitor pode votar em até três nomes. Os três candidatos mais votados vão compor uma lista tríplice, que é encaminhada ao governador do Estado, Paulo Câmara, a quem cabe escolher um deles para chefiar o Ministério Público no biênio 2021-2023.

De acordo com a Lei Orgânica do MPPE (Lei Complementar Estadual nº12/1994), podem concorrer ao cargo de procurador-geral de Justiça os membros do MPPE com mais de 35 anos de idade e dez anos de carreira.

Para a presidente da Comissão Eleitoral, a promotora de Justiça Maria Ivana Botelho, a expectativa é de um ganho na efetividade do trabalho em comparação com as votações anteriores. “Na apuração dos votos, por exemplo, esperamos que haja uma diferença abissal em relação às eleições passadas. A contagem será feita pelo sistema em vez de termos que apurar os votos manualmente, logo o resultado sairá com mais rapidez. Além disso, diante da situação da pandemia, a votação remota é uma medida que resguarda os membros do MPPE. Claro que, por um lado, a gente perde um momento de confraternização com os colegas, mas a praticidade de votar de onde o eleitor estiver, sem a necessidade de deslocamentos, é um benefício para nos proteger, neste contexto de pandemia, e deve se perdurar como novo formato”, relatou.

Conheça os quatro candidatos (lista por ordem alfabética):

Promotor de Justiça Alexandre Augusto Bezerra

Tem 25 anos de carreira de promotor de Justiça e 50 anos de idade. Natural do Recife, graduou-se em Direito pela Universidade Católica de Pernambuco no ano de 1994. É especialista em Direito Penal e Processual Penal pela ASCES, como também é especialista (MBA) em Gestão do Ministério Público pela Faculdade de Ciências da Administração de Pernambuco (FCAP/UPE). Atuou como advogado de 1994 a 1995.

Tomou posse como promotor de Justiça no Ministério Público de Pernambuco (MPPE) em maio de 1995, inicialmente na Comarca de Floresta. Atuações principais nas Promotorias de Floresta, Águas Belas, Sirinhaém, São Bento do Una, além de diversas outras pelo Sertão, Agreste e Zona da Mata. É titular da Promotoria de Justiça de Bom Conselho, depois de 17 anos atuando em Garanhuns.

Também exerceu a docência como professor de Direito, de 2002 a 2007, nas Faculdades de Direito de Caruaru e de Garanhuns.

De 2017 a 2019, foi designado para o cargo de secretário-geral do MPPE. Em 2019, após ser eleito para o Conselho Superior do Ministério Público, foi escolhido pelo órgão colegiado para o mandato de corregedor-geral, que o exerceu até final de novembro de 2020.

Promotor de Justiça Marcos Antônio Matos de Carvalho

Tem 21 anos de carreira como promotor de Justiça e 52 anos de idade. Natural do Recife, graduou-se em Direito pela Universidade Católica de Pernambuco no ano de 1992. É especialista em Direito Penal e Processual Penal pela Faculdade Maurício de Nassau/Escola Superior da Magistratura de Pernambuco (ESMAPE). Atuou como advogado nos anos de 1992 a 1996. Trabalhou como auditor tributário da Secretaria da Fazenda do Estado de Pernambuco de 1996 a 1998 e como delegado de Polícia Civil de Pernambuco de 1998 a 1999.

Tomou posse como promotor de Justiça no Ministério Público de Pernambuco (MPPE) em outubro de 1999, inicialmente na Comarca de Caruaru, como substituto. Atuações como titular da Promotoria de Justiça de Cachoeirinha, da 1ª Promotoria de Justiça Criminal de Jaboatão de Guararapes e da 4º Promotoria de Justiça Criminal do Paulista, além de diversas designações. Desde 2015 é titular da 5º Promotoria de Justiça Criminal da Capital.

Também exerceu a docência como professor de Direito na Faculdade Maurício de Nassau, no Recife, no ano de 2007. Neste ano, também foi coordenador da sede das Promotorias de Justiça do Paulista.

Na Associação do Ministério Público de Pernambuco (AMPPE) foi 1º secretário e 2º vice-presidente, no biênio 2016-2018, e presidente, no biênio 2018-2020. Atualmente, é vice-presidente do Conselho-Fiscal da Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (CONAMP), para o biênio 2020/2022.

Promotor de Justiça Maviael de Souza Silva

Tem 25 anos de carreira como promotor de Justiça e 49 anos de idade. Natural de Brejo de Madre de Deus, graduou-se em Direito pela Faculdade de Direito de Caruaru no ano de 1993. É especialista (MBA) em Gestão do Ministério Público pela Faculdade de Ciências da Administração de Pernambuco (FCAP/UPE). Atuou como advogado concursado da Prefeitura de Itapissuma de 1994 a 1995.

Tomou posse como promotor de Justiça no Ministério Público de Pernambuco (MPPE) em maio de 1995, inicialmente na Comarca de Ipubi, como titular. Foi titular da Promotoria de Justiça de Ouricuri (1997 a 1999) e da 2ª Promotoria de Justiça de Belo Jardim (de 1999 a 2006), além de atuações nas Promotorias de Sanharó, Floresta, Cabrobó, Belém de São Francisco, Salgueiro, Araripina entre outras. Desde 2006 é titular da 16ª Promotoria de Justiça de Cidadania de Defesa do Consumidor da Capital.

Foi coordenador da sede das Promotorias de Justiça de Belo Jardim em 2006. Na Capital, foi coordenador dos Centros de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça (Caop) de Fundações e Entidades (2008 a 2009); Caop de Defesa da Infância e da Juventude (em 2015, de forma acumulativa); Caop de Defesa do Patrimônio Público e Social (2011 a 2019). Em 2019, foi eleito para o Conselho Superior do Ministério Público. Atualmente é o secretário-geral do MPPE.

Promotor de Justiça Paulo Augusto de Freitas Oliveira

Tem 15 anos de carreira como promotor de Justiça e 45 anos de idade. Natural do Recife, graduou-se em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco no ano de 2001 (turma 2000.2). É especialista em Segurança Pública e Cidadania, pela Associação Caruaruense de Ensino Superior (ASCES), em convênio com o Ministério da Justiça/SENASP, como também é especialista (MBA) em Gestão do Ministério Público pela Faculdade de Ciências da Administração de Pernambuco (FCAP/UPE).

Foi oficial da Polícia Militar de Pernambuco de 1993 a 2003 e procurador federal da Advocacia Geral da União (AGU), junto à Agência Nacional de Energia Elétrica-ANEEL, de 2003 a 2005, além de professor de Direito Penal na Academia de Polícia Militar do Paudalho (2003) e na ASCES/UNITA (Caruaru), entre 2010 e 2012.

Tomou posse como promotor de Justiça no Ministério Público de Pernambuco (MPPE), em dezembro de 2005, inicialmente na Comarca de Floresta. Atuação (titular e exercício pleno) nas Promotorias de Buíque, Sanharó, Belo Jardim, Arcoverde, Cachoeirinha, Taquaritinga do Norte e Central de Inquéritos de Caruaru. Desde 2012 é titular da 4ª Promotoria de Defesa da Cidadania de Caruaru com tutela da Saúde e do Consumidor.

Como coordenador da 6ª Circunscrição Ministerial de Caruaru, foi eleito e reeleito pelos seus pares, no período de 2012 a 2016. Foi o idealizador do Projeto Pacto dos Municípios pela Segurança Pública, premiado pelo Conselho Nacional do Ministério Público. Atuou como secretário do Colégio de Procuradores de Justiça de 2017 até novembro de 2020 e atualmente exerce o cargo de chefe de Gabinete da Procuradoria-Geral de Justiça (desde 2017).

*Do MPPE

 

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