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O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) lamentou nesta sexta-feira (5), a morte do Miguel Otávio Santana da Silva, de cinco anos. A instituição garantiu que deverá conduzir e acompanhar o caso "com a devida atenção durante e após a conclusão das investigações, pelos Promotores de Justiça da Central de Inquéritos da Capital", esclarece.

Além disso, o MPPE reforça que a sua atuação não se restringe apenas ao aspecto criminal dos fatos, já que foi incumbido à instituição outras atribuições em defesa dos Direitos Humanos e da Cidadania. 

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"Não é possível desvincular a morte de Miguel das circunstâncias do que aconteceu. A mãe da criança, apesar da ameaça da pandemia da Covid-19, foi obrigada a contrariar as orientações das autoridades e se dirigir ao local de trabalho, em companhia do filho, diante da interrupção das atividades de creches e pré-escolas", aponta o MPPE.

A instituição diz estar preocupada com a incapacidade das redes de proteção social em conter a sequência de eventos que levou à morte da criança, ao mesmo tempo em que se solidariza com a mãe do Miguel e com o povo negro e as mulheres que sofrem pela perda prematura.

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A avó de Miguel Otávio Santana da Silva, menino de 5 anos que morreu após cair do nono andar de um prédio de luxo no Recife, também consta como funcionária da Prefeitura Municipal de Tamandaré no Portal da Transparência do município. Entre 2017 e 2019, Marta Maria Santana Alves aparece no cargo comissionado de gerente de divisão na Secretaria de Educação - nesse período, ela já era empregada doméstica do prefeito de Tamandaré, Sérgio Hacker (PSB), e da primeira-dama Sari Corte Real. 

A mãe de Miguel, a doméstica Mirtes Santana de Souza, figura como funcionária da Prefeitura Municipal de Tamandaré, também como gerente de divisões, mas na Manutenção das Atividades de Administração. Assim como sua mãe, Mirtes tem data de admissão em 1 de fevereiro de 2017.

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Conforme o Portal da Transparência, mãe e filha ganhavam salários aproximados. Em dezembro de 2017, Mirtes aparece com um salário líquido de R$ 1.239,80, enquanto Marta receberia R$ 1.208,73. Em novembro de 2019, último mês em que aparece o nome de Marta nos dados de remuneração dos servidores, o salário delas é de R$ 1.360,34 e R$ 1.327,54, respectivamente. 

No Portal da Transparência, há registro de pagamentos a Mirtes até maio deste ano. Apesar do nome de Marta não aparecer após novembro de 2019, na Relação Anual de Informações Sociais (Rais), sistema do Ministério da Economia, não há informação sobre o seu desligamento. A atualização dos dados na Rais é de 15 de abril de 2020.

Funcionários fantasmas

O Tribunal de Contas do Estado (TCE) informou que está investigando não só a situação de Mirtes Renata Santana de Souza, como de outros servidores, "com o intuito de apurar a situação dos que poderiam estar na condição de fantasmas", disse o órgão.

De acordo com o TCE, será instaurada uma auditoria especial. Caso seja constatada a veracidade dos fatos, o gestor poderá responder por crime de responsabilidade e infração político administrativa. Na existência de pagamentos por serviços não prestados, os envolvidos deverão ser chamados a devolver a quantia recebida. Nesse caso específico, diz o TCE, o prefeito poderá responder solidariamente, ou seja, terá que também ressarcir os cofres públicos. 

Próxima semana

A Prefeitura de Tamandaré disse que o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) solicitou informações sobre a mãe de Miguel. "Na próxima semana falaremos a respeito", afirmou a assessoria do município.

A gestão também emitiu uma nota afirmando que o prefeito Sérgio Hacker se encontra profundamente abalado pela perda de Miguel. "No momento próprio e de forma oficial, prestará as informações aos órgãos competentes", diz a nota.

O caso

Miguel Otávio Santana da Silva, de 5 anos, faleceu após cair do nono andar do edifício de luxo Píer Maurício de Nassau, no Cais de Santa Rita, no centro do Recife. O fato ocorreu enquanto a mãe dele levava o cachorro da patroa para passear.

Câmeras registraram o momento em que Sari Corte Real deixou a criança sozinha no elevador. As imagens mostram ela apertando um dos botões do painel do elevador e abandonando o menino. 

O apartamento dos patrões ficava no quinto andar. No nono andar, o garoto subiu uma grade na área dos aparelhos de ar-condicionado e caiu.

Mirtes e Marta continuaram trabalhando durante a pandemia do novo coronavírus. Em abril, o prefeito divulgou ter recebido diagnóstico positivo de Covid-19. A mãe de Miguel contou que ela, o menino e Marta contraíram a doença, mas sem sintomas graves. 

Sari Corte Real foi presa em flagrante por homicídio culposo. Ela pagou uma fiança de R$ 20 mil e responde em liberdade.

A Operação Inópia, deflagrada pela Polícia Civil na quarta-feira (3), investiga o contrato para entrega de cestas básicas firmado entre o Governo de Pernambuco e a empresa Juntimed Produtos Farmacêuticos e Hospitalares, com sede em Paudalho, na Mata Norte de Pernambuco. Os indícios apontam que a empresa não tem capacidade técnica para cumprir o contrato. Os detalhes da operação, realizada em conjunto com o Ministério Público de Pernambuco (MPPE), Polícia Federal (PF) e Controladoria Geral da União (CGU), foram apresentados em coletiva de imprensa na manhã desta quinta-feira (4).

A Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude (SDSCJ), por meio de dispensa de licitação, contratou por R$ 12,7 milhões a entrega de 200 mil cestas básicas, que seriam distribuídas para a população mais vulnerável e em risco em decorrência da Covid-19. A polícia fez diligências na casa de uma sócia da Juntimed no Recife, nas residências de outro sócio em Goiás e Distrito Federal, na sede da empresa em Paudalho e na SDSCJ. Na residência da sócia, a polícia encontrou R$ 50,6 mil em espécie, quase todo o valor em notas de cem. Não houve prisões.

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Segundo a delegada Viviane Santa Cruz, do Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Dracco), a empresa foi criada há pouco mais de cinco meses e anteriormente era uma empresa de gráfica. "Ela não é de gêneros alimentícios, não comprovou a existência de funcionários e não teria nenhum carro registrado na empresa", explica a investigadora.

O promotor de Justiça Sérgio Tenório esteve no endereço da fornecedora com estrutura considerada rudimentar, e identificada por um papel colado na parede. "Empresa que tem um contrato de grande monta não tem uma placa de indicação da própria empresa, também não tinha veículos registrados em nome dela. Uma empresa que tem que prestar serviço dessa magnitude precisa de serviço de logística compatível", avalia.

O contrato foi assinado em meados de maio. A empresa tem o prazo de 120 dias para entregar o material. Segundo a Polícia Civil, uma quantidade de cestas foi distribuída, mas os números ainda são desconhecidos. Consta no Tribunal de Contas que cerca de R$ 7,5 milhões já foram liquidados e o fornecedor recebeu mais de R$ 2,7 milhões pelo serviço.

"Se você contratou, como é que chegou a essa escolha?", o questionamento é do superintendente da seccional de Pernambuco da Controladoria Geral da Uniçao (CGU), Fábio Araújo. Ele ressalta que, quando há dispensa de licitação, o contratante tem mais liberdade para escolher a fornecedora.

A Polícia Civil salienta que a primeira etapa da operação teve foco na Juntimed. A diligência realizada na secretaria, segundo Santa Cruz, foi pontual para análise dos dados do contrato. "A gente não sabe ainda se algum servidor está envolvido, a gente não pode acusar ninguém", diz a delegada. No cumprimento dos mandados de busca e apreensão também foram apreendidos celulares, computadores e documentos.

A mesma fornecedora firmou um contrato de quase R$ 2 milhões com a Prefeitura de Olinda para distribuição de cestas básicas. Como há recurso federal empenhado, a Polícia Federal (PF) está investigando a negociação. O valor da cesta básica também é objeto de análise, já que para o município de Olinda a unidade custou R$ 40, enquanto ao Governo de Pernambuco saiu por R$ 63.

A Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude ainda vai se posicionar sobre o caso. As investigações continuam.

Com a volta das atividades comerciais agendada para esta quinta-feira (4), o município do Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife (RMR), foi recomendado a suspender a retomada. O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) afirmou que as prefeituras não podem desobedecer ao decreto do Governo do Estado.

A reabertura gradativa das atividades foi dividida pelo Estado em 11 etapas e teve início nessa segunda-feira (1º). Contudo, os serviços excluídos do rol de essenciais ainda não foram autorizados a voltar ao trabalho. Ainda assim, o Cabo de Santo Agostinho almejava voltar com o comércio, salões de beleza, restaurantes e, inclusive o Shopping Costa Dourada, com horário reduzido.

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Após receber o comunicado do MPPE, nessa quarta-feira (3), o prefeito Lula Cabral (PSB) reuniu-se com representantes econômicos da cidade para informar sobre a revogação. Ele acredita que a distribuição demográfica e a abertura de dois hospitais de campanha sejam suficientes para reabrir obedecendo aos protocolos de segurança.

O procurador-geral de Justiça, Francisco Dirceu Barros, informou que os gestores municipais podem suplementar as medidas restritivas, no entanto, não têm autonomia para reduzi-las. O MPPE ainda recomendou que os promotores adotem medidas necessárias para cumprir as deliberações sanitárias federais e estaduais. Caso haja descumprimento, "providências legais" poderão ser tomadas.

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) divulgou a listagem do índice de isolamento social dos municípios após a intensificação das medidas restritivas. Com a Operação Quarentena, o levantamento aponta que 58,9% dos pernambucanos permaneceram em casa nesse domingo (17).

Um dia após o início da fiscalização em vias públicas, Recife alcançou 66,1% de isolamento. Em seguida, três cidades inclusas na operação obtiveram os melhores resultado, são elas: Olinda (65,3%), Camaragibe e Jaboatão dos Guararapes com 63%.

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Embora seja o 5º município incluso no decreto, São Lourenço da Mata (61,4%) acabou superado por Paulista, que atingiu 62% do isolamento social. Igarassu assumiu a 10ª posição com 58,4%, seguida pelo Cabo de Santo Agostinho que registrou 57,9%.

Com o estudo dividido por região, foi informado que 57,8% da população do Grande Recife adotou as medidas. Seguida pela Zona da Mata (51,1%), Agreste (47,8%) e Sertão (46%), com destaque para a região do São Francisco que registrou 48%. 

Diante da meta de cumprir 70% do isolamento, o procurador-geral de Justiça de Pernambuco, Francisco Dirceu Barros, reforçou que "os especialistas sanitários mostram a necessidade de que seja realizado um isolamento mais restritivo para que seja possível conter e barrar o processo de contágio do novo coronavírus”.

Ele ainda alertou sobre a necessidade do pensamento conjunto para evitar mais contaminações. “[...] mas é preciso lembrar que o cidadão precisa ter essa consciência. Mude sua atitude, pense em sua família e pense no outro. Caso contrário teremos uma tragédia sem precedentes”, acrescentou.

Com a repercussão da reportagem sobre o caso de um idoso de 82 anos, que mesmo depois de fazer três testes de covid-19 e receber o resultado negativo para todos eles, ser encaminhado para a UTI de covid-19, o Ministério Público de Pernambuco confirmou ao LeiaJá que a 2ª Promotoria de Defesa da Cidadania do Cabo de Santo Agostinho notificou o Hospital Dom Helder Câmara, localizado no Grande Recife.

A unidade terá que prestar informações e, se for o caso, tomar as devidas providências - "visto que é preciso verificar quais foram os critérios médicos que embasaram a referida transferência", explica o MPPE.

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O homem de 82 anos é portador de Alzheimer e diabetes e deu entrada na unidade de saúde no dia 17 de abril, apresentando alguns problemas pulmonares e, por conta da suspeita do novo coronavírus, precisou ficar as primeiras semanas na ala que cuida dos casos de coronavírus.

Como não foi atestado o vírus, o idoso foi transferido e ficou sob cuidados médicos na enfermaria comum. No entanto, como no último domingo (10), apresentou uma piora, teve que retornar, sem explicações sólidas, de volta para a ala do Covid-19.

É por conta do rísco de contaminação e do Alzheimer que a família está lutando para conseguir ajudar o homem. Nesta quarta-feira (13), Ana Lucia Ferreira, filha do paciente, atualizou que o Ministério Público de Jaboatão dos Guararapes orientou a família a pedir uma cópia da requisição da tomografia computadorizada e do parecer neurológico ao hospital. "Esse laudo (neurológico) se faz necessário para que possamos comprovar que o estado de saúde dele é por conta da falta das medicações (para o Alzheimer)", explica Ana.

O estado de saúde do idoso, segundo a filha, está normal. "Mudaram os antibióticos e os exames também não deram alteração - por isso precisamos urgente do Neuro. Não adianta tanto antibiótico sem esse parecer. Achamos que ele só vai reagir as medicações com o Alzheimer controlado", pontua Ana.

 

 

A Associação do Ministério Público de Pernambuco (AMPPE), entidade civil que reúne os Promotores e Procuradores de Justiça do Estado de Pernambuco, se posicionou depois da “Nota de esclarecimento à sociedade pernambucana – Lockdown”, divulgada no site do Ministério Público de Pernambuco. Segundo a entidade, a posição do procurador-geral da Justiça é um “afronta a independência funcional conferida pela Carta Magna aos membros do Ministério Público brasileiro, especialmente a do Promotor de Justiça Solon Ivo da Silva Filho”, aponta a AMPPE.

Esse racha se mostra ao público depois que parte do Ministério Público solicitou ‘lockdown’ em Pernambuco - o que foi negado pela 1ª Vara da Fazenda Pública da Capital nesta quinta-feira (7). Com a repercussão na imprensa, foi postado no site oficial do MPPE que a decretação do isolamento total em Pernambuco seria uma medida de extrema gravidade e que só poderia ser adotada quando todas as demais falharem, necessitando ainda de uma base científica.

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A nota foi assinada pelo procurador-geral de Justiça Francisco Dirceu Barros. Diante disso, a AMPPE aponta que o “procurador-geral de Justiça tem suas atribuições definidas pela Constituição Federal e pela legislação infraconstitucional, manifestando-se oficialmente pelo Ministério Público no exercício de tais competências, tal como os demais membros, Promotores e Procuradores de justiça, não sendo possível desautorizar qualquer membro quando no exercício de suas atividades finalísticas, pois inexiste hierarquia funcional entre eles, mas apenas administrativa”.

Para acompanhar a situação da Covid-19 em Pernambuco, o procurador-geral diz que montou um Gabinete de Acompanhamento, que é coordenado pelo próprio. No entanto, a AMPPE assegura que o citado gabinete de crise, embora com relevante função consultiva diante do cenário de pandemia, não tem atribuição como órgão de execução ministerial.

“Dentro de tal contexto, a Associação do Ministério Público de Pernambuco, reafirma a independência funcional dos membros do Ministério Público pernambucano, ressaltando que permanece atenta e adotará toda e qualquer medida administrativa ou judicial necessária para defender os direitos e prerrogativas dos seus associados, fundamentais para o pleno exercício dos seus desideratos constitucionais”, pontua.

Depois da repercussão do pedido de 'lockdown' feito pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE) - e negado pela 1ª Vara da Fazenda Pública da Capital, a própria entidade lançou nota dizendo não haver dado científico que justifique a necessidade desse isolamento total em Pernambuco.

"A decretação de lockdown no Estado de Pernambuco, na visão de todas as autoridades no assunto, seria uma medida de extrema gravidade e que só poderá ser adotada quando todas as demais falharem e quando houver base científica indicando a necessidade da medida", escreveu o procurador-geral de Justiça Francisco Dirceu Barros.

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Ainda segundo consta na nota divulgada pelo MPPE, desde o início da crise provocada pela pandemia da Covid-19, o procurador-geral instalou um Gabinete de Acompanhamento, sob sua coordenação, composta por vários especialistas nas áreas de defesa da saúde, cidadania, patrimônio público, consumidor, meio ambiente, criança e adolescente, educação e criminal.

"Gabinete de Acompanhamento da Crise tem expedido várias recomendações aos promotores e procuradores de Justiça, sempre pautadas em argumentos técnicos e científicos firmados a partir de orientações fundamentadas das autoridades sanitárias. E mais, o MPPE reforça a preocupação de observar o momento adequado para adoção de cada medida a ser priorizada pela instituição, sempre com o respaldo das evidências científicas", diz o MPPE.

O órgão acentua que neste momento está norteando jurídica e tecnicamente a atuação dos seus membros e exigindo o endurecimento da fiscalização e o cumprimento das medidas restritivas que já foram implementadas. Caso haja a real necessidade do lockdown " sempre será ressalvada a plena garantia de funcionamento e de acesso aos serviços essenciais, como supermercados e farmácias. O Ministério Público de Pernambuco estará sempre ao lado do cidadão pernambucano, adotando todas as medidas para diminuir o impacto desta crise", pontua.

O Ministério Público de Pernambuco elaborou o Painel de Isolamento Social para monitorar a adesão da população às recomendações necessárias para conter o novo coronavírus. De acordo com a ferramenta, o índice de isolamento no Estado é baixo, em torno de 52%.

Com aproximadamente 9.500.000 habitantes, o painel lista todos as cidades a partir do comprometimento da população em permanecer em casa. Os municípios de Granito e Olinda assumem as primeiras posições com aproximadamente 61% de isolamento. Contudo, o número ainda está distante do ideal de, pelo menos, 70%.

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Diante do levantamento, o procurador-geral de Justiça de Pernambuco, Francisco Dirceu Barros, cobrou mais seriedade para enfrentar à pandemia. “A pouca adesão dos pernambucanos ao isolamento social, está causando um número assustador de pessoas contaminadas e de mortes [...] É preciso que a sociedade tenha essa consciência, mude a sua atitude, caso contrário teremos uma tragédia sem precedentes”, projetou. Ele ainda informou que vai expedir mais uma recomendação para que prefeitos intensifiquem as restrições.

Outros municípios da Região Metropolitana do Recife (RMR) mais bem posicionados são Paulista, com 61,6%, e Camaragibe, com 60,9% de adesão. Jaboatão dos Guararapes registrou 58,8% e alcançou a 16º colocação. Já a capital figura a 23º posição, com apenas 58,2% da população isolada. Atualizado semanalmente, os dados completos podem ser vistos no site do Painel de Isolamento.

As informações são colhidas através da geolocalização dos celulares e uma ferramenta de análise desenvolvida pela inLoco, que monitora em tempo real os fluxos populacionais para tentar coibir aglomerações. "Com isso, podemos informar a população pernambucana sobre as regiões com baixo índice de isolamento, apoiando autoridades na tomada de decisão”, apontou o gerente de estatística do MPPE, Carlos Gadelha.

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) recomendou que as escolas privadas do Estado apresentem aos pais dos estudantes um plano de revisão contratual e revejam valores de mensalidades, em decorrência da interrupção das aulas causada pela pandemia de Covid-19. A decisão tem como objetivo facilitar a celebração de acordos com os pais, baseando-se no que as escolas economizaram no período de suspensão dos conteúdos presenciais.

Por meio de uma nota técnica de orientação aos promotores no processo de recomendações às instituições de ensino, o órgão recomendou que os colégios de ensinos fundamental e médio apresentem um plano de revisão contratual aos pais até o dia 30 de abril, mostrando os gastos que efetivamente tiveram durante a pandemia, com descontos implementados a partir da mensalidade relativa ao mês de maio.

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Para a educação infantil, a orientação é que a cobrança de multas referentes ao atraso do pagamento das mensalidades, segundo o órgão, também deve ser flexibilizada “de modo a permitir àqueles que não puderem arcar com o pagamento das mensalidades possam fazê-lo posteriormente sem encargos financeiros”. Além disso, o MPPE orienta que não seja exigido nenhum comprovante de rendimentos dos familiares dos alunos como condição para conceder os descontos nas mensalidades.

Outra determinação do órgão foi que as escolas de educação infantil, ensinos fundamental e médio disponibilizem e divulguem canais de atendimento para tratar de questões financeiras e administrativas referentes à Covid-19 e outro para assuntos pedagógicos. Confira a nota técnica.

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) emitiu comunicado, nesta segunda-feira (20), em repúdio em relação aos atos que incitaram o retorno do regime militar. Estimulados pelo comportamento do presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido), que discursou em Brasília, na tarde desse domingo (19) diante de faixas pedindo atitudes drásticas do Exército, um grupo de apoiadores se aglomerou em frente ao Comando Militar do Nordeste, no bairro do Curado, Zona Oeste do Recife.

A entidade se opôs aos pedidos de fechamento do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal, e ressaltou a defesa das instituições como pilar da democracia. Para o MPPE, a independência dos três Poderes e da Constituição Federal são elementos essenciais para uma sociedade livre, justa e solidária.

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O órgão também garantiu que permanece vigilante a qualquer iniciativa de "retrocesso" e espera responsabilidade, respeito mútuo e união das autoridades públicas em prol da "paz" dos brasileiros. O MPPE ainda destacou a necessidade de uma "cooperação harmônica" para responder aos impactos do novo coronavírus.

 Diante da pandemia do novo coronavírus, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) recomendou à Prefeitura do Recife e ao Governo do Estado para que adotem imediatamente as medidas administrativas necessárias para garantir o devido fechamento e isolamento absolutos das praças e parques públicos por, pelo menos, 30 dias. Uma determinação do governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), estendeu o fechamento das praias e parques, que antes seria até a última segunda (6), até a próxima segunda-feira (13).

“É necessário o fechamento absoluto de parques, praças e praias localizados na cidade do Recife, no sentido de evitar que as pessoas circulem por estes ambientes públicos, promovendo, desta forma, o isolamento social indicado como indispensável para conter o avanço da pandemia”, salientou o promotor de Justiça Solon Ivo da Silva Filho. 

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O promotor de Justiça cita que todos os parques, praças e praias precisam ser fechados e isolados, inclusive, os grandes como Parque da Jaqueira, Dona Lindu, 13 de Maio, Baobá, Apipucos, Sítio da Trindade, Praça do Derby, entre outros. “Há informações de que na cidade do Recife existem 660 praças que atualmente se encontram sem qualquer tipo de isolamento, permitindo o regular comparecimento da população, e, desta forma viabilizando a ausência de isolamento social e a consequente proliferação do Novo Coronavírus”, frisou Solon Ivo da Silva Filho. 

Na recomendação, o MPPE diz ainda que a Praia de Boa Viagem, incluindo o calçadão, a ciclovia, a área de estacionamento paralela à ciclovia e os demais equipamentos públicos, assim como as Praias do Pina e de Brasília Teimosa, também devem ser fechadas. Na ótica do Ministério, o Jardim Botânico do Recife é outro espaço de lazer que tem que ser isolado. 

“O Estado de Pernambuco, através do Decreto Estadual nº 48.881/2020, publicado no DOE de 4 de abril de 2020, acresceu o parágrafo único ao art. 5º do Decreto Estadual nº 48.832/2020, de 19 de março de 2020, estabelecendo: ‘Nos dias 4, 5 e 6 de abril de 2020 fica vedado o acesso à faixa de areia das praias e aos parques localizados no Estado de Pernambuco, para prática de qualquer atividade’”, citou o promotor de Justiça Solon Ivo da Silva Filho. “Existe a necessidade de ampliação deste período de fechamento dos parques e praias, com inclusão das praças, todos localizados na Cidade de Recife, por, pelo menos, mais 30 dias, a fim de evitar cada vez mais a proliferação do novo coronavírus”, acrescentou.

*Com informações da assessoria de imprensa

Para estimular as micros, pequenas e médias empresas da área de confecção no Estado de Pernambuco, a voltarem a sua produção à fabricação de máscaras caseiras e outros insumos que podem ser utilizados no enfrentamento da pandemia da Covid-19, o procurador-geral de Justiça, Francisco Dirceu de Barros, expediu a Recomendação PGJ nº020/2020. No documento, o procurador solicita que os promotores de Justiça adotem as medidas cabíveis, bem como fiquem atentos aos cumprimentos das normas sanitárias e de segurança na confecção dos artefatos.

Conforme considerou-se na Recomendação PGJ nº020/2020, o Decreto Estadual nº 48.830 suspendeu as atividades das Feiras de Negócios da Confecção, nos estabelecimentos de natureza pública ou privada, localizados nos municípios de Caruaru, Santa Cruz do Capibaribe e Toritama, não impedindo, contudo, o exercício da atividade empresarial/industrial por parte das micros, pequenas e médias empresas localizadas nos municípios citados, assim como das demais com atividades assemelhadas em todo o estado.

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Além disso, a recomendação está em alinhamento com a mobilização por parte do Ministério da Saúde para a fabricação de insumos para o enfrentamento da pandemia, em razão da escassez no mercado.

Para os que decidirem produzir os insumos, estes devem seguir as mesmas normas sanitárias destinadas às demais empresas com atividades não suspensas, demandando o emprego de medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública.

A Recomendação PGJ nº020/2020 foi distribuída pelas listas de transmissão e encontra-se postada no site do MPPE, específico sobre a temática do Novo Coronavírus. O documento foi encaminhado também à Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), para o devido conhecimento e divulgação entre os prefeitos dos municípios pernambucanos.

Santa Cruz do Capibaribe - Ainda nesta segunda-feira (6), a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), os representantes do Moda Center e a Associação Empresarial de Santa Cruz do Capibaribe (ASCAP) receberam recomendação das Promotorias Cíveis locais para que orientassem seus associados quanto ao retorno das atividades internas, advertindo-os, contudo, acerca da vedação da abertura de boxes e lojas para venda presencial.

“Embora a recomendação estimule a confecção de máscaras e outros tipos de EPIs, ela não proíbe a fabricação de outros tipos de vestuário, desde que sejam atendidas todas as precauções sanitárias, como a distribuição de EPIS aos funcionários e a realização com um espaçamento mínimo de 1,5 a 2m entre os respectivos funcionários”, ressaltaram os promotores de Justiça Lúcio Carlos Malta Cabral e Ariano Tércio da Silva Aguiar.

*Da assessoria 

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE), por meio do procurador-geral de Justiça, Francisco Dirceu Barros, abriu um procedimento para investigação criminal de um prefeito de uma cidade pernambucana, que não teve sua identidade revelada pela instituição. De acordo com o MPPE, será apurado se o gestor descumpriu a determinação do poder público destinada a impedir a propagação do Covid-19.

De acordo com o procurador-geral, o prefeito é acusado de ter comunicado à população de sua cidade que o comércio estaria liberado para funcionar neste sábado (27), das 8 às 14 horas. “O ato do prefeito, se confirmado, viola o Decreto-Lei Estadual nº48.834/2020, que determina em seu artigo 2º a suspensão do funcionamento de todos os estabelecimentos de comércio localizados em Pernambuco. As exceções são elencadas no próprio decreto”, explica Dirceu Barros.

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Se a veracidade dos fatos for confirmada, o prefeito cometeu os crimes de infração de medida sanitária preventiva (artigo 268 do Código Penal) e incitação ao crime (artigo 286 do Código Penal). Segundo Dirceu Barros, uma eventual condenação com trânsito em julgado nos citados crimes pode acarretar na suspensão dos direitos políticos do prefeito, que não poderá votar ou ser votado enquanto durarem os efeitos da condenação. “No meio de uma crise, é necessário que todas as autoridades observem irrestritamente o princípio da legalidade. O caos será generalizado se cada Prefeitura começar a infringir as normas legais. O MPPE não se envolve em questões ideológicas ou econômicas; nosso papel, neste caso, é defender a ordem jurídica, como preconiza o artigo 127 da Constituição Federal”, afirma o procurador geral.

Por meio de nota, o MPPE informou que o “Gabinete de Acompanhamento da Pandemia do Novo Coronavírus expediu recomendação para que todos os membros do Ministério Público de Pernambuco observem se o Decreto-Lei Estadual nº48.834/2020 está sendo rigorosamente cumprido”. Caso contrário, os promotores de Justiça estão orientados a comunicar o desobedecimento das normas ao procurador-geral de Justiça e à Polícia Civil.

O Porto Digital e Ministério Público de Pernambuco (MPPE) lançaram na última terça-feira (17) uma iniciativa de inovação aberta para criar soluções para o enfrentamento à pandemia do novo Coronavírus no Brasil. O objetivo é que sejam submetidas ideias impactantes e que possam ser implementadas em curtíssimo prazo.

O ciclo, que aceita submissões até sexta-feira (20) e é aberto para todo o país, destinará um investimento de R$ 1,3 milhão. As etapas para escolha dos projetos serão realizadas por meio de ferramentas online. Durante o processo, os participantes serão acompanhados por mentores do ecossistema e profissionais especializados da rede pública. 

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São cinco grandes desafios:

Desafio 1

“Como podemos monitorar o principal grupo de risco (idosos, 60+) e aumentar o nível de proteção e atenção sustentada para esse grupo vulnerável ao COVID19?”

Desafio 2

“Como podemos gerenciar o fluxo de informações em tempo real de todo o ciclo de vida dos casos epidemiológicos?”

Desafio 3

“Como podemos monitorar em tempo real os fluxos populacionais para identificar, educar e coibir aglomerações ou comportamentos inadequados ou em não conformidade com as determinações de isolamento social?”

Desafio 4

“Como podemos criar e uniformizar os protocolos de atendimento a saúde em todos os níveis do sistema?”

Desafio 5

“Como aumentar a escala (em massa) dos testes de forma rápida, acessível e confiável?”

Inscrições

De acordo com o Porto Digital os participantes têm até às 18h, desta sexta-feira (20), para submeter suas ideias. Uma vez selecionados, terão mentoria específica para que possam entregar uma solução inicial e funcional até às 23:59h da segunda-feira (23). As soluções premiadas serão divulgadas até a terça-feira (24), com objetivo de implementação imediata. As inscrições podem ser feitas através deste link.

O prefeito da cidade de Orobó, no Agreste de Pernambuco, Cleber Aguiar, recebeu orientação do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) para que vede ou, no mínimo, determine que seja opcional a solicitação de exames ginecológicos em perícias médicas de mulheres selecionadas no certame público municipal atual.

O promotor de Justiça, Tiago Meira de Souza, que assina a recomendação, diz que a Promotoria de Justiça da localidade foi informada, por meio de uma declaração formalizada na Ouvidoria do MPPE, de que a cidade de Orobó divulgou no último dia 2 de março um edital de chamamento para a execução de perícias médicas no campo do concurso público. Entre os exames exigidos, está o de citologia oncótica - mais conhecido com Papanicolau, específico para mulheres.

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Na percepção do promotor de Justiça, a exigência indistinta dos exames ginecológicos não colabora para a comprovação da aptidão física e mental das aprovadas para o exercício das funções públicas que elas irão desempenhar. Tiago Meira afirma, também, que as possíveis doenças identificadas pelo Papanicolau podem ser constatadas usando-se procedimentos menos invasivos; que estas doenças não impossibilitariam o trabalho das selecionadas no processo seletivo e que a intenção da administração pública em eliminar candidatos do concurso pelo fato de demonstrarem predisposição para algumas doenças seria ilegítimo, inaceitável e desconforme.

Tiago Meira de Souza apresentou outros pontos para sugerir a vedação dos exames ginecológicos, que são: o desrespeito ao direito à intimidade e privacidade das candidatas do sexo feminino, por terem que passar por exames ginecológicos sem orientação médica própria; e o incentivo de ação discriminatória entre os partícipes do certame, tendo em vista que não foram solicitados dos candidatos do sexo masculino exames semelhantes, como por exemplo, o exame de próstata.

Junto a todo o discurso descrito na recomendação, o MPPE ressalta que existe ampla proteção jurisprudencial que veda a solicitação de exames ginecológicos em certames públicos.

No limite de 15 dias, o prefeito da cidade de Orobó deve mostrar constatação do cumprimento da medida proposta. Nesta quinta-feira (12), o documento foi veiculado integralmente no Diário Oficial Eletrônico do MPPE.

O deputado federal Túlio Gadêlha (PDT-PE) entrou com pedido de informação, junto ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e à Corregedoria da Secretaria de Defesa Social (SDS), por causa da atuação policial durante o período do Carnaval no Recife. O pedetista questionou quais providências serão tomadas pelos órgãos diante das reclamações veiculadas na imprensa de artistas em relação à censura e à intimidação por parte da Polícia Militar.

“Diante de possível afronta aos valores democráticos, aos direitos humanos e ao respeito à cultura regional, queremos saber quais providências serão tomadas para apurar estes fatos que mancham a imagem de um Carnaval plural e democrático, como o nosso”, diz Gadêlha, vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara.

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As bandas Devotos e Janete Saiu Para Beber alegaram terem sido impedidas, por policiais militares, de tocarem músicas de Chico Science e Nação Zumbi. O cantor China também se pronunciou em sua rede social para denunciar ataque à cultura local, diante da intervenção da polícia em seu show sob o pretexto de controle dos horários. Todos os casos ocorreram em polos descentralizados.

*Da assessoria 

 

O juiz da 5ª Vara da Fazenda Pública acatou a solicitação do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) quanto a extinção compulsória das torcidas organizadas que funcionam em Pernambuco: a Torcida Jovem do Sport, a Inferno Coral e a Fanáutico. Na decisão, o Judiciário determina, ainda, comunicar à Receita Federal do Brasil (RFB) para o cancelamento do CNPJ, bem como comunicar o Banco Central (BC) para adoção de demais providências.

A decisão contida no processo levou em consideração diversos fatos ocorridos, tais como tumultos, apedrejamento de ônibus, carros, arrastões e, inclusive, assaltos, fatos ocorridos em diversos anos. “O Ministério Público fez o pedido pensando na segurança do pernambucano. Procuramos tomar a providências antes que uma tragédia ocorresse. A solução possível foi acatada pelo Poder Judiciário e, agora, teremos mais organização e segurança nos estádios e nos seus entornos nos dias de jogos e em demais eventos públicos”, disse o procurador-geral de Justiça, Francisco Dirceu Barros.

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Com a extinção compulsória fica vedada a presença das torcidas organizadas nos estádios pernambucanos. Elas estão impossibilitadas de realizar reuniões, os clubes não poderão manter locais reservados e destinados a elas, entre outras medidas. "É sabido diversos relatos de conflitos entre integrantes das torcidas organizadas em dias de jogos, como os fatos que ocorreram em 3 de fevereiro, no Pátio de Santa Cruz. O cidadão já não tem estímulo em ir à estádio de futebol, ante a exposição de perigo e reiterados atos de violência, revelados pelos constantes atritos entre pessoas que não representam os verdadeiros admiradores do futebol”, completou ele.

A decisão vem 15 dias depois do ataque em que pessoas cantando músicas da Torcida Jovem do Sport agrediram torcedores tricolores, que comemoravam o aniversário do clube no Pátio de Santa Cruz, centro do Recife. O caso repercutiu nacionalmente. As TOs podem recorrer da decisão ao segundo grau do Judiciário.

Com informações da assessoria do MPPE

O Sindicato dos Servidores do Ministério Público de Pernambuco emitiu uma nota, nesta terça-feira (11), repudiando a declaração do ministro da Economia, Paulo Guedes, que chamou os servidores públicos de “parasitas”. No texto, os funcionários do MPPE afirmam que Guedes foi “covarde” ao tratar sobre o assunto da reforma administrativa do governo. 

Nessa segunda (10), o ministro chegou a pedir desculpas sobre a fala e considerou que não queria 'ofender ninguém', mas pelo visto diversos servidores não receberam bem a retratação. 

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Veja o texto na íntegra:

O Sindicato dos Servidores do Ministério Público de Pernambuco repudia as declarações do Ministro da Economia do Governo Bolsonaro, Paulo Guedes, que em ataque descabido, agride todos os servidores e servidoras públicos brasileiros. Em palestra para agentes do setor financeiro na última sexta-feira, 7 de fevereiro, o referido ministro comparou os mais de 11 milhões de brasileiros e brasileiras que integram o serviço público a “parasitas”. A covardia do ministro em determinar, com todas as letras, quem, de fato, são esses tais “parasitas”, diz muito sobre a forma atabalhoada com que esse governo trata do tema. 

Em um país tão desigual como o Brasil, o serviço público em todas as esferas é quem faz o verdadeiro atendimento à população brasileira. Na saúde pública, na assistência social, na educação, no poder judiciário. Todo o trabalho dos servidores do Ministério Público, por exemplo, é para assessorar os procedimentos dos milhares de processos movidos por promotores e procuradores de justiça. É o trabalho dos servidores do MPPE que garante o andamento de processos de interesse coletivo e individuais de milhares de cidadão e cidadã pernambucanos.

O Sindsemppe, assim como muitos sindicatos brasileiros, não teme o debate sobre propostas que modifiquem, para melhor, o serviço público. Tampouco vamos fazer coro a falaciosa comparação, costumeira deste governo, de que as soluções para os males do Brasil é privatizar e reduzir investimentos do setor público. Temos uma dívida social imensa com o povo pobre brasileiro e essa dívida só será paga com a prestação eficiente, responsável e estruturada de bons serviços públicos. 

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) lançou a cartilha com orientações sobre a violência contra a mulher e a Lei Maria da Penha. O objetivo central da ação é garantir que seja de conhecimento público as principais informações acerca de casos de violação de direitos da mulher. Desta forma, o documento reúne orientações práticas sobre a temática que vão desde a identificação dos tipos de violência sofridas pela mulher até contatos que podem ser acionados em casos de emergência.

Chantagem, xingamentos, isolamento dos amigos e da família, ou até mesmo empurrão. São formas de violência doméstica previstas na Lei Maria da Penha, mas muitas vezes não identificadas por quem sofre com elas. Fazer com que a própria mulher se perceba vítima é um dos desafios no enfrentamento a este tipo de crime.

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“Conhecimento é poder. Lendo a cartilha, uma vítima pode começar a refletir sobre seu relacionamento. Ou alguém pode identificar o relacionamento de uma amiga e conversar com ela. Precisamos dar conhecimento não só às vítimas, mas à população em geral. Até pouco tempo, a violência contra a mulher era algo do âmbito privado. Hoje, por força de lei, é assunto da sociedade. É um problema de todos nós, que gera consequências”, disse a procuradora de Justiça do MPPE, Sineide Canuto.

Com textos e ilustrações, a intenção é de que esse material seja compartilhado pelas redes sociais e aplicativos. “Os filhos dessa violência têm uma tendência de reproduzir os atos violentos, não só com as companheiras, mas com a sociedade. Essas mulheres vão lotar o serviço de saúde, necessitando de serviços de psicologia e psiquiatria. Elas também terão problemas no trabalho. A gente precisa falar sobre isso. A gente tem de meter a colher”, disse a promotora de justiça, Geovana Belfort, uma das autoras da cartilha. Nas informações contidas, destacam-se: os tipos de violência, onde a mulher pode pedir ajuda, o que está previsto na Lei Maria da Penha e como se dá o ciclo da violência.

A cartilha está disponível para download na página oficial do MPPE. “No plano da repressão criminal, no ataque aos crimes que já ocorreram, como na prevenção, os índices são muito altos. Como em qualquer crime, não temos esperança de erradicar completamente, mas precisamos reduzir a incidência”, reforçou Sineide Canuto.

Participaram do processo de elaboração, promotoras de Justiça, psicólogas e assistentes sociais do MPPE.

*Da assessoria

 

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