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Enquanto os brasileiros sofrem para sobreviver em meio à crise econômica, estimulada pela pandemia, em 2020, a Camil Alimentos - uma das maiores do setor da América Latina- aumentou o lucro líquido em 93,1%, comparado a 2019. O líder nacional do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), João Pedro Stédile, lembrou a disparada do preço do arroz no ano passado e fez duras críticas sobre os resultados da empresa.

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O aumento de 93,1% representa lucro líquido de R$ 462,7 milhões no ano fiscal de 2020 - entre março de 2020 e fevereiro de 2021. O mesmo período anterior identificou lucro líquido de R$ 239,6 milhões. Já o lucro por ação atingiu R$ 1,25.

No ano passado, a receita líquida da Camil alimentos foi de R$ 7,466 bilhões. Um aumento de 38,4% se comparado aos R$ 5,396 bilhões atingidos em 2019.

O Lucro antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização (Ebitda) foi de R$ 787 milhões. O que apresenta o aumento de 78,2% em comparação aos R$ 441,7 milhões de 2019, com margem de 10,5% (+2,4 pontos porcentuais).

Contra a demissão de 5 mil bancários e o fechamento de 112 agências do Banco do Brasil (BB), o sindicato da categoria uniu-se ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em um protesto pacífico no Recife. Nessa quarta-feira (10), às 11h30, alimentos produzidos pela agricultura familiar serão distribuídos na Praça do Diário.

Com o tema "Sem o Banco do Brasil faltará comida na sua mesa", a organização lembra que a instituição financia o pequeno agricultor e garante a produção de 70% da comida que chega à mesa dos brasileiros. No Grande Recife, também haverá ações em outras 10 unidades, são elas Casa Forte, Avenida Norte, Camaragibe, Centro, Espinheiro, Dantas Barreto, Olinda, Paulista, Igarassu e CRBB.

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Em Pernambuco, a paralisação nacional cobra pelo plano unilateral de reestruturação e luta contra o fechamento de duas agências, na Avenida Norte e no Monte dos Guararapes, em Jaboatão, e seis postos de atendimentos em Rio Formoso, Sanharó, Buenos Aires, Porto de Galinhas, Lagoa do Carro e Coronel Amorim.

Outras 16 agências do estado serão transformadas em postos de atendimento, são elas: Marim dos Caetés, Heliópolis, Princesa do Agreste, Camocim de São Félix, Panelas, São João, São Joaquim do Monte, Agamenon Magalhães, Encruzilhada, Itapetim, Alagoinha, Águas Belas, Bom Conselho, Capoeiras, Flores, São José do Egito.

Por unanimidade, o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) julgou constitucional a Resolução 458/2013 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), que estabelece procedimentos simplificados para licenciamento ambiental em assentamentos de reforma agrária.

Na ação, a Procuradoria-Geral da República (PGR) sustentava violação ao ordenamento constitucional ambiental e ao dever da União e dos demais entes federados de proteção do ambiente. Segundo a PGR, ao fragmentar o licenciamento ambiental para os assentamentos e determinar, como regra, a realização do procedimento de modo simplificado, a resolução afrontou ainda os princípios constitucionais da vedação ao retrocesso ambiental, da proibição à proteção deficiente e da exigência de estudo de impacto ambiental para atividades potencialmente poluidoras.

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Função socioambiental da propriedade

O Plenário seguiu o voto do relator, ministro Edson Fachin. A seu ver, a simplificação busca afastar a redundância de estudos e tornar o processo de licenciamento mais eficiente, atendendo, assim, à função socioambiental da propriedade.

Fachin apontou que, diante das características da maioria dos assentamentos, a exigência irrestrita burocratiza e atrasa a sua implantação e dificulta a concretização da finalidade social da terra. O ministro frisou que o licenciamento pressupõe algumas etapas, que podem incluir, conforme o caso, o estudo prévio para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de degradação do meio ambiente.

Especificidades

Segundo o relator, é equivocado equiparar a criação de um projeto de assentamento a um empreendimento ou atividade poluidora ou potencialmente poluidora, desconsiderando as especificidades que envolvem a sua criação no âmbito da política de reforma agrária. Esse motivo levou o Conama, em diálogo com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), a editar sucessivas resoluções para ajustar o procedimento.

“Não há aí qualquer retrocesso, encontrando-se devidamente justificadas as razões que levaram à edição da norma”, afirmou. “Simplificar não é necessariamente vulnerar, mas conformar a técnica de proteção à finalidade socioambiental, atendendo, ademais, ao princípio da eficiência”.

Baixo impacto ambiental

De acordo com o relator, a resolução define como assentamento o conjunto de atividades e empreendimentos planejados e desenvolvidos em área destinada à reforma agrária, de modo a promover a justiça social e o cumprimento da função social da propriedade. Na sua avaliação, essas características, aliadas à função de reordenamento agrário para fins de desconcentração fundiária destinadas à agricultura familiar, indicam baixo impacto ambiental.

Fachin destacou, ainda, que a norma prevê, como regra, o licenciamento ambiental simplificado para os empreendimentos de infraestrutura e as atividades agrossilvipastoris, mas ressalva que, caso o órgão ambiental competente identifique potencial impacto ambiental, deverá exigir o procedimento ordinário. “Deve-se compreender, portanto, o projeto de assentamento não como empreendimento em si potencialmente poluidor. Caberá aos órgãos de fiscalização e ao Ministério Público, concretamente, fiscalizar eventual vulneração do meio ambiente”, concluiu.

Da assessoria do STF

Realizando ações de solidariedade em 24 estados do país, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) chegou a marca de 3.400 toneladas de alimentos distribuídos gratuitamente para auxiliar as famílias que estão passando por dificuldade nesses meses que a pandemia da Covid-19 se espalha pelo Brasil.

“As doações são ações diretas de diálogo entre o povo do campo e da cidade. Toda vez que ocorre uma doação da Reforma Agrária, chega na mesa de um brasileiro um alimento contra a fome e a desigualdade social pelas quais o Brasil sempre passou, mas que se intensificou agora nesse período de pandemia”, explica Kelli Mafort, da direção nacional do MST.

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Legumes, verduras, frutas e hortaliças, além de marmitas com refeições prontas são as principais doações do MST. A organização reforça que 15 hortas comunitárias foram iniciadas em acampamentos para fortalecer as doações. Além do Brasil, as brigadas internacionalistas do MST alocadas na Zâmbia, Haiti e Venezuela também participam das ações de solidariedade.

Kelli Mafort pontua que “Para que a solidariedade seja mantida e para que o produto continue saindo da roça para chegar até a panela vazia da cidade, não basta só  boa vontade, precisamos de políticas públicas”.

A Bancada do PT na Câmara protocolou nesta sexta (14), no Supremo Tribunal Federal (STF), pedido para que o ministro Edson Fachin conceda, em caráter de urgência, liminar para suspender o despejo de 450 famílias do assentamento Quilombo Campo Grande, em Campo do Meio, Sul de Minas.

O documento é assinado pelo líder da Bancada, Enio Verri (PR), e os deputados Helder Salomão (ES), João Daniel (SE) e Rogério Correia (MG).

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Os parlamentares assinalam que apesar dos apelos feitos por diversas organizações de defesa dos direitos humanos ao governador do estado, Romeu Zema (Novo), a ação de despejo, iniciada na quarta-feira (12), segue com cerca de duzentos policiais que se revezam em turnos no assentamento.

Violência policial

A PM-MG, de acordo com os deputados, foi denunciada por destruição de escolas e muita violência na retirada de famílias do local, “com riscos de agravamento dos conflitos e, em especial, o grave potencial de vulnerabilidade de crianças, idosos e toda a comunidade exposta à contaminação pelo coronavírus, dada as circunstâncias em que realiza-se a malfadada e ilegal operação de despejo”.

A bancada lembra ainda que o acampamento Quilombo Campo Grande foi formado há 22 anos no local da falida usina de açúcar Ariadnópolis, que ainda tem como pendência inúmeros casos de direitos trabalhistas não saldados.

O assentamento do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) abriga na área cerca de 450 famílias, que vivem da produção de alimentos orgânicos.. Só em café orgânico produzem cerca de 510 toneladas anuais.

Covardia

Na quinta-feira (13), parlamentares do PT denunciaram na sessão remota da Câmara dos Deputados as arbitrariedades da PM-MG e tacharam o governador Zema de “covarde”, diante da gravidade da situação.

Enio Verri, por exemplo, disse que “durante a pandemia, não pode haver despejo, nem rural nem urbano. É um absurdo! Se a lógica é o isolamento social, é cada um no seu canto, como que a polícia vai tirar as pessoas das casas delas?! Há famílias assentadas há mais de 20 anos”, afirmou Enio Verri.

Desde a madrugada do dia 12 cerca de 200 policiais militares estão no Sul de Minas, na cidade de Campo do Meio, para promover o despejo das famílias de agricultores familiares que vivem e produzem naquela terra.

Reintegração de posse

A posse da área é discutida na Justiça há mais de 20 anos. Em 1996, a Usina Ariadnópolis faliu e não opera mais na região. Em 1998 trabalhadores rurais ocuparam a área. No próximo dia 25 ainda deve ser julgado um agravo de instrumento movido pela Defensoria Pública Estadual sobre o caso.

Projeto de Lei

Os deputados Rogério Correia e João Daniel defenderam que qualquer ação no sentido de desocupação deve aguardar a votação do projeto de lei de autoria da deputada Natália Bonavides (PT-RN) que propõe a suspensão de despejos e de reintegração de posse no campo e na cidade, durante a pandemia do coronavírus. “A minha opinião é que não devemos votar absolutamente nada na Câmara dos Deputados enquanto não for pautado o Projeto Despejo Zero na pandemia”, defendeu Correia que ainda informou que é um dos signatários da proposta.

Da Assessoria do PT na Câmara

Nesta quinta-feira (13), moradores do acampamento Quilombo Campo Grande, em Minas Gerais, resistiram à uma ordem judicial de reintegração de posse e da ação de despejo realizada Polícia Militar. Segundo informações do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, as famílias vivem no local há mais de 20 anos. A conta do MST no Twitter chegou a publicar um vídeo de Wagner Moura repudiando a ação.

O ator criticou o despejo das pessoas nas terras localizadas no sul mineiro. Wagner fez um apelo às autoridades. "É uma coisa desumana e inadmissível. [...] Por favor, evitem essa violência, que suspendam imediatamente o despejo na comunidade Quilombo Campo Grande ", declarou.

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Ainda de acordo com o MST, a polícia sitiou as famílias do Quilombo Campo Grande e deixaram elas sem acesso à alimentação: " As passagens foram bloqueadas para que nem imprensa, nem apoiadores do movimento pudessem chegar".

Veja:

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Neste sábado (25), quando se celebra o Dia da Trabalhadora e do Trabalhador Rural, o Papa Francisco parabenizou o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) pelo desenvolvimento de ações de solidariedade e doação de alimentos durante a pandemia da covid-19.

O elogio foi feito através de uma carta escrita pelo cardeal Michael Czerny, secretário do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral. “Em nome do Papa Francisco e também em meu, queremos manifestar a nossa alegria pelo gesto bonito de distribuição de alimentos que as famílias da Reforma Agrária no Brasil estão realizando nestes tempos da Covid-19”, diz um trecho da carta. Confira, a seguir, o texto na íntegra, postado pelo MST: 

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“Roma, 25 de julho de 2020  

Queridos irmãos e irmãs!

Em nome do Papa Francisco e também em meu, queremos manifestar a nossa alegria pelo gesto bonito de distribuição de alimentos que as famílias da Reforma Agrária no Brasil estão realizando nestes tempos da Covid-19. Esta pandemia traz muita dor e sofrimento em todo o mundo, sobretudo às pessoas mais pobres e excluídas. Partilhar os produtos da terra para ajudar as famílias necessitadas das periferias das cidades é um sinal do Reino de Deus que gera solidariedade e comunhão fraterna.

Quando Jesus viu as multidões famintas encheu-se de compaixão e multiplicou os pães para saciar a fome do povo. Todos se alimentaram e ainda houve sobras (Mc 6,34-44). A partilha produz vida, cria laços fraternos, transforma a sociedade. Desejamos que este gesto de vocês se multiplique e anime outras pessoas e grupos a fazerem o mesmo, pois “Deus ama a quem dá com alegria” (2 Cor 9,7).

Pedimos a Deus Pai que derrame sua bênção sobre os produtos que vocês estão partilhando e que Ele abençoe também a todas as famílias que doaram e aquelas que vão receber os alimentos. E que o Espírito Santo vos proteja do vírus da Covid-19, vos dê coragem e esperança neste tempo de isolamento social! E neste dia dos agricultores, que o nosso Bom Deus proteja e abençoe todas as famílias que trabalham na terra e lutam pela partilha da terra e pelo cuidado de nossa casa comum!

 Cardeal Michael Czerny S.J.”

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O ator e produtor rural Marcos Palmeira gravou um vídeo em defesa das famílias que vivem no assentamento Luiz Beltrame, em Gália, no interior de São Paulo. Uma decisão judicial deu 120 dias para que famílias deixem o local, prazo que vai se encerrar em agosto.

"Eles estão assentados ali há muitos anos, trabalhando com agrofloresta. Recuperaram uma área degradada, fazendo um trabalho que é bom para todo mundo", disse Marcos Palmeira. "Anos depois surge um juiz dizendo que a terra deve voltar ao antigo dono, que é um grande produtor, um grande empresário, é tudo mundo confuso", complementa o ator.

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Segundo uma carta escrita pelo assentamento, 18 famílias de uma das duas fazendas do assentamento correm o risco de serem desalojadas. "Podemos comprovar em números e imagens que nestes cinco anos houve total reversão de uma área completamente improdutiva em de alta produtividade, por parte das famílias, mesmo sem ter tido o apoio em financiamentos por parte do Estado", diz a carta. Ao todo, o assentamento abriga 77 famílias, de acordo com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que coordena o local.

O MST calcula, com base nas estimativas da safra de 2018, que o assentamento produziu e comercializou 10,5 toneladas de mandioca, 100 cabeças de gado, 300 toneladas de mandioca pré-cozida, 5 mil caixas de maracujá, 200 toneladas de saco de feijão orgânico, 50 mil dúzias de milho verde, 2 mil caixas de quiabo, 8 mil toneladas de manga, entre outros produtos.

Jorge Ivan Cassaro é o empresário que busca a posse da fazenda. Ele é dono de uma empresa que fabrica embalagens de plástico. Já foi candidato a deputado federal em 2014 e a prefeito de Jaú em 2016 pelo PEN - nessa última tentativa teve sua candidatura impugnada por abuso de poder econômico. Na época, ele declarou à Justiça Eleitoral um patrimônio de mais de R$ 20 milhões, com 10 terrenos em Jaú; três fazendas, incluindo a que está em disputa judicial; empresas; aplicações financeiras; participação em propriedade de imóveis; e uma casa.

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Em meio à pandemia de coronavírus que exige isolamento social, a Polícia Militar de São Paulo expulsou na manhã desta quinta (7), 50 famílias que viviam desde janeiro em uma ocupação na cidade de Piracicaba.

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O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) divulgou imagens da desocupação, com policiais mascarados e tratores derrubando os casebres. A deputada estadual Professora Bebel (PT) tentou impedir a ação e acabou recebendo voz de prisão.

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 “Tudo ocorre com a anuência do governador João Doria, que tem um discurso de defesa do distanciamento social, mas na prática joga famílias inteiras na rua. Os pertences das famílias estão sendo levados para um galpão e não foi sequer oferecida uma alternativa de alojamento para as famílias, que estão indo pra rua ou para casa de parentes, se expondo aos riscos de infecção a Covid 19”, diz trecho de nota de repúdio publicada pelo Movimento Sem Terra (MST).

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O Movimento Sem Terra (MST) realizou uma ação solidária no Rio Grande do Norte, na terça-feira (5), distribuindo sopas para as pessoas que passam a noite para conseguirem atendimentos e sacarem o auxílio emergencial. 

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A ação foi registrada e publicada em uma rede social do movimento. A dificuldade no acesso às informações tem refletido em enormes filas e aglomerações nas agências da Caixa Econômica Federal, contrariando as medidas de isolamento social indicadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Na publicação o MST direcionou críticas ao presidente Jair Bolsonaro. “Na noite da terça, o MST realizou a distribuição solidária de sopa para as centenas de pais e mães que estão sendo humilhados pelo governo Bolsonaro, se arriscando em busca de um direito conquistado”.

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O rapper Emicida realizou uma live em seu perfil do Instagram, na última sexta-feira (10), e recebeu críticas de um seguidor que acompanhava a transmissão, por causa de uma bandeira do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) pendurada na parede de sua casa. A resposta do cantor acabou viralizando nas redes sociais. 

Emicida não gostou nem um pouco e rebateu a crítica de maneira enfática dizendo: “Trampei 17 anos pra comprar essa casa. Você precisa torcer pra eu perder, pra você vencer pra caralho, pra eu estar ruim e ter que vender essa casa, pra você ter que comprar ela e tirar essa bandeira daqui. Entendeu?” 

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Confira o vídeo: 

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Uma corrente de solidariedade vem se firmando nos últimos dias, com o intuito de amparar pessoas mundo afora que estão passando por problemas causados pela pandemia do coronavírus. Na sexta-feira (10), famílias de camponeses acampados e assentados na região Oeste do Paraná, coordenadas pelo Movimento Sem Terra, contemplaram os povos indígenas doando cerca de 2 toneladas de alimentos. 

As doações foram destinadas aos índios da etnia Guarani, residentes das reservas localizadas em Guaíra e Terra Roxa. Armelindo Rosa da Maia, coordenador do MST, exaltou a importância do ato solidário. 

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"Nós entendemos a importância da solidariedade e nós temos recebido essa solidariedade da cidade em vários momentos da nossa luta, principalmente nos momentos que mais precisamos. E hoje com a posse da terra, mesmo que ainda nos acampamentos, as famílias produzem muitos alimentos e podem doar. Fazemos esse ato solidário porque entendemos que a luta dos povos indígenas é uma luta justa", explicou, em entrevista ao site oficial do Movimento Sem Terra.

Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) entregaram alimentos, nesta sexta-feira (10), para famílias carentes da cidade de Santa Maria da Boa Vista, no Sertão de Pernambuco. A atitude solidária foi uma maneira de contribuir com os moradores da região que enfrentam sérios problemas econômicos devido à pandemia do novo coronavírus.

De acordo com o MST, integrantes de seus assentamentos no município coletaram frutas e verduras, chegando a uma quantidade superior a três toneladas. A produção - melancia, manga, abóbora, acerola, maracujá, banana e macaxeira ou mandioca - foi levada em um caminhão para distribuição entre os sertanejos necessitados.

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“Vamos resistir, vamos produzir… e mesmo que de longe, vamos nos abraçar em pensamento para que juntos possamos chutar para bem longe o covid – 19. E assim, podermos retomar nossas rotinas”, é a mensagem compartilhada pelo MST em seu site oficial.

A direção do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) em Pernambuco colocou à disposição do Governo do Estado a estrutura do Centro de Formação Paulo Freire, que fica situado no Assentamento Normandia,  em Caruaru, no Agreste do Estado, para servir como hospital de campanha para os pacientes diagnosticados com a covid-19. A iniciativa é um reforço para o Sistema Único de Saúde (SUS) dar conta do número de pacientes infectados pelo coronavírus no estado. 

De acordo com o MST, o centro conta com mais de 50 quartos no setor de hospedagem, 6 salas de aula e um auditório com capacidade para 800 pessoas. Vale pontuar que ele é utilizado pelo movimento com educação popular, formação de professores e coordenadores. 

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Além disso, a direção estadual do MST tem agido de diversas formas para diminuir a disseminação do novo coronavírus. A unidade tem orientado suas bases no Estado para manter a produção de alimentos saudáveis e medicamentos caseiros e artesanais, como tinturas, chás e xaropes para melhorar a imunidade, além de orientar todos os assentamentos a organizar e produzir hortas medicinais, produtos orgânicos, sobretudo para a produção e consumo da própria família.

A ação faz parte da campanha Mãos Solidárias, da Frente Brasil Popular. Além de colocar o Centro Paulo Freire à disposição do Governo do Estado, o movimento tem promovido campanhas que realizam atividades como distribuição de marmitas para a população em situação de rua, no Armazém do Campo, no Recife; a fabricação de máscaras artesanais, distribuição de cestas básicas para acampados e comunidades da periferia em situação de risco. 

Com o objetivo de atender ao aumento da demanda por alimentos da população em situação de rua do centro do Recife, a Arquidiocese de Olinda e Recife e o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) encabeçaram a ação permanente “marmita solidária”, que já distribui, no Armazém do Campo, no bairro de Santo Antônio, quase mil refeições do café da manhã e jantar por dia.

“A rua do Imperador tem uma população de rua considerável. Todas as noites já existia um processo solidário ali, mas, com a pandemia do coronavírus, as entidades pararam as distribuições com medo”, conta Paulo Mansan, membro da diretoria do MST Pernambuco. Assim, uma série de pedidos por alimentação chegaram ao movimento. “Houve um processo de sensibilização e nos propomos a fazer, a Arquidiocese abraçou a iniciativa. Nós estamos fazendo uma ação centralizada no Armazém do Campo, um espaço do MST que vende produtos orgânicos, aqui no centro”, completa Mansan. 

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Como contribuir?

A ação foi também abraçada por outros grupos, como a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Frente Brasil Popular o grupo Unificados pela População de Rua. Quem quiser contribuir com a iniciativa, pode ajudar sem sair de casa, realizando transferência bancária para a conta da Associação da Juventude Camponesa Nordestina Terra Livre: Banco do Brasil – Agência: 0697-1, Recife, conta corrente 58892-x. O CNPJ da associação é o 09.423.270/0001-80. Alimentos e produtos também podem ser entregues na Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, na Estreita do Rosário, S/N, bairro de Santo Antônio, área central do Recife. O ponto de coleta de doação funciona de segunda a sexta, das 10h às 14h.

A ação também precisa de voluntários. Os interessados podem conseguir mais informações através de contato com Paulo Mansan, pelo telefone (81) 99855.3121 ou pelas contas no instagram @armazemdocamporecife e @unificadospsr.

Para ajudar diferentes pessoas em situação de vulnerabilidade, o Armazém do Campo - mercado mantido pelo Movimento dos Sem-Terra (MST), está organizando uma Marmita Solidária. A iniciativa busca preparar 300 quentinhas por dia para não deixar desassistidos moradores de rua, acampados, entre outros membros da população mais vulnerável, que também sofrem com as consequências do coronavírus.

Em comunicado, os organizadores propõem preparar as marmitas uma vez por dia e entregá-las às pessoas que estão nas ruas. “Vamos organizar uma "MARMITA SOLIDÁRIA" no ARMAZÉM DO CAMPO (teremos a cozinha do restaurante do Armazém a serviço dessa iniciativa). A meta é preparar 300 marmitas uma vez por dia e entregar a essas pessoas que estão nas ruas, garantindo, evidentemente, as precauções de cuidados e saúde, de quem estará trabalhando e dos que vão receber”, diz o aviso, postado no Instagram. 

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A iniciativa deve começar nesta quarta (25), com cerca de 50 marmitas, mas a previsão é que - com o apoio de voluntários, este número suba para 300.

Mulheres do Movimento Sem Terra (MST) ocuparam a sede do Ministério da Agricultura, em Brasília, na manhã desta segunda-feira (9). O grupo faz parte da  Jornada Nacional de Lutas das Mulheres Sem Terra que vem acontecendo desde domingo (8) no Distrito Federal. O protesto é contra a liberação de novos registros de agrotóxicos. 

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Nas imagens divulgadas nas redes sociais, é possível ver que as mulheres têm os rostos cobertos e expõem cartazes pedindo uma reforma agrária e respeito ao gênero. De acordo com o MST, mais de 3 mil pessoas participam do ato.

Antes da ocupação, as manifestantes deixaram um caixão coberto com a bandeira do Brasil na porta de entrada do ministério, juntamente com pás e frascos vazios representando os agrotóxicos.

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O governador Paulo Câmara prestigiou, neste sábado (15), a comemoração dos 30 anos do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que aconteceu durante o 29° encontro estadual do movimento, no assentamento Normandia, em Caruaru. Ele reforçou a importância da história do movimento e o forte legado que deixa para a categoria. Paulo Câmara também garantiu que o Governo de Pernambuco seguirá trabalhando para combater as desigualdades e, assim, dar mais qualidade de vida aos moradores do campo.

“Primeiro, quero parabenizar o movimento pelo seu aniversário e dizer que 30 anos não representam uma data qualquer. A história do MST é forte e deixa um grande legado para as próximas gerações. Vim aqui também para colocar meu papel de governante à disposição para construir diálogos que tenham a capacidade de encontrar alternativas em favor do homem do campo. Seja na questão da educação, da saúde ou da assistência técnica. E saibam que o Nordeste está unido para combater as desigualdades e para tentar dar uma melhor qualidade de vida a vocês”, afirmou Paulo Câmara.

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Dirigente nacional do MST, Jaime Amorim agradeceu a presença do governador e destacou a grande simbologia desse fato, diante do momento por que passa o Brasil. Amorim também relembrou a história do movimento e a parceria com o Governo de Pernambuco. “O governo estadual, assim como todos os governadores do Nordeste, são fundamentais em defesa da rede Normandia. Quero agradecer por todas as parcerias do Governo de Pernambuco nas áreas do trabalho, capacitação, educação, cultura, produção e, em especial, na luta direta pela reforma agrária”, disse.

Acompanharam o governador no evento os secretários estaduais Dilson Peixoto (Desenvolvimento Agrário) e Alberes Lopes (Emprego, Trabalho e Qualificação).

*Da assessoria de imprensa

Nos primeiros dias de 2020, dois fatos lançaram o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), ao centro do debate político nacional. O primeiro foi a notícia de um encontro com o apresentador de TV e empresário Luciano Huck, apontado como possível candidato a presidente, que levou a especulações sobre uma chapa Huck/Dino em 2022. O segundo foi a reação do PT, por meio de um de seus vice-presidentes, o deputado Paulo Teixeira (SP), que usou as redes sociais para dizer que, "com Lula ou Haddad, Dino estará na nossa chapa presidencial".

Dias antes, o próprio Lula havia elogiado Dino durante uma feijoada na casa do ex-prefeito Fernando Haddad. Para o ex-presidente, o governador é, atualmente, um dos únicos líderes da esquerda que consegue falar para "fora da bolha".

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Tirar a esquerda do isolamento em que se meteu nos últimos anos tem sido o principal objetivo de Dino no plano nacional. Desde que tomou posse, em 2015, o governador mantém uma coligação de 16 partidos que vai do PCdoB ao DEM, incluiu líderes evangélicos no governo e construiu boas relações com setores distintos, como o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e a Federação das Indústrias do Maranhão.

Além disso, aprovou em velocidade recorde a reforma da previdência estadual, participou da criação de três consórcios regionais de governadores e abriu diálogo com nomes tão díspares como Lula e o também ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o presidenciável do PSOL em 2018, Guilherme Boulos, e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Em junho do ano passado, fez uma visita ao arquirrival, o ex-presidente José Sarney (MDB).

"Flávio Dino é um interlocutor político nacional. A agenda com o Huck não foi um ponto fora da curva. Não tem fato novo nisso", disse o deputado federal Márcio Jerry, presidente do PCdoB maranhense, integrante da direção nacional do partido e homem forte do primeiro governo Dino.

O encontro ocorreu na casa do apresentador um dia depois de Dino participar de um seminário na Casa das Garças, 'think tank' que tem entre seus associados expoentes do liberalismo como o ex-ministro Pedro Malan, o ex-presidente do Banco Central Gustavo Franco e o presidente do Novo, João Amoêdo, a convite do ex-governador do Espírito Santo Paulo Hartung, um dos articuladores do projeto político de Huck. Antes, os dois haviam conversado pelo menos meia dúzia de vezes por telefone. Não se falou em composição de chapa.

Segundo Hartung, o encontro faz parte de uma série de diálogos que Huck tem mantido com líderes políticos, sem motivações eleitorais. "Não estamos costurando uma frente ampla, mas o diálogo. É um movimento de aproximação de quem defende e valoriza as instituições e que pode evoluir para outros pontos como quem se incomoda com a desigualdade social", disse Hartung.

Reações

O encontro gerou críticas a Dino por parte da esquerda nas redes sociais e questionamentos internos de setores do PCdoB. A decisão de romper a "bolha", no entanto, está de acordo com a orientação partidária. "Os conceitos e valores do atual governo são perigosos, tem risco potencial de produzir danos à democracia. Nesse quadro há que se construir um campo de diálogo democrático. Assim deve ser lido esse tipo de conversa. E precisamos de um degelo, pra superar essa polarização estéril. Fazer a polêmica de mérito nos temas essenciais e exercitar a produção de convergências", afirmou o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), líder do partido na Câmara.

Alguns líderes do partido viram como "indelicadeza" a manifestação de Paulo Teixeira por, na avaliação deles, tratar um aliado histórico como força auxiliar. Mas o petista e o governador têm longa relação política estreitada por dramas pessoais em comum - os dois perderam filhos mais ou menos na mesma época. "Eu defendo que as disputas de 2020 e 2022 devem ser feitas com a unidade da esquerda", disse Teixeira.

Desde a eleição do presidente Jair Bolsonaro, Dino participa de tentativas para unificar uma ampla frente de oposição ao governo. No início do ano ele, Haddad, Boulos, a líder indígena Sonia Guajajara e o ex-governador da Paraíba Ricardo Coutinho (PSB) criaram o Unidade Progressista. Resistência de setores do PT fez o grupo perder força. A prisão de Coutinho por suspeita de corrupção sepultou de vez o projeto.

Ao mesmo tempo, aproveitando-se das características geográficas do Maranhão, Dino ajudou a criar o Consórcio do Nordeste, que reúne os nove Estados da região, e participou dos consórcios da Amazônia e do Brasil Central. Foram realizadas três reuniões em São Luís. Os consórcios servem para driblar a falta de recursos e dificuldades na relação com o governo federal e servem de foro para articulações entre os governadores. Dino ainda esteve em evento do "Direitos Já" que reuniu integrantes de 16 partidos no Tuca, em São Paulo, em oposição a Bolsonaro. Todas essas iniciativas esbarraram no "sectarismo" de setores da esquerda, em especial do PT.

Críticas

As constantes viagens a São Paulo e a Brasília levaram a oposição no Maranhão a acusar Dino de abandonar o Estado em nome de um projeto nacional. "O governador abandonou o Maranhão. Participa de mais eventos fora do Estado do que aqui. Faltam foco e articulação com o governo federal, que sempre mandou muitos recursos para o Estado. Hoje, seu foco é a campanha antecipada pelo Brasil e o contraponto ao presidente", disse o deputado estadual Adriano Sarney (PV), neto do ex-presidente e único integrante do clã, hoje, a ocupar cargo eletivo.

Aliados do governador rebatem dizendo que a agenda de viagens de Dino não sofreu oscilações nos últimos anos e que a maioria das ausências é por motivo de eventos oficiais.

A aproximação com os evangélicos também provocou reações negativas de setores do PT maranhense descontentes por terem sido excluídos da chapa majoritária em 2018 para dar espaço à senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), ligada a igrejas. Além disso, a criação de 36 cargos de capelães da Polícia Militar, a maioria entregue a pastores evangélicos, levou à abertura de processo na Justiça Eleitoral - por uso da máquina pública - ainda não julgado.

Dino também se tornou alvo de opositores por, segundo eles, fazer no Maranhão aquilo que critica em nível federal, ao aprovar uma reforma da previdência estadual de forma relâmpago. O governador foi ainda criticado pela esquerda por ter apoiado o acordo para entrega da base de Alcântara aos EUA firmado pelo governo federal.

A interlocutores, Dino tem dito que considera improvável uma chapa com Huck por motivos ideológicos e políticos, mas que não vai descartar a possibilidade de imediato. Nesta semana, ele estará em São Paulo para participar de um evento do Instituto Lula. Conversas com o ex-presidente sobre as eleições de 2020 e 2022 estão no radar. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

 Futebol, política e pautas sociais. Esses e outros temas nortearam uma partida, neste domingo (22), envolvendo o ex-presidente Lula e integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Realizado no campo Dr. Sócrates Brasileiro, localizado na Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF), em Guararema, São Paulo, o jogo futebolístico também contou com a presença ilustre do cantor e compositor Chico Buarque.

Mais de 4 mil visitantes acompanharam a partida. A liberdade do ex-presidente Lula foi um dos assuntos exaltados no amistoso. “Nesse momento é muito importante esse encontro, para celebrarmos a liberdade, para podermos dizer sim à democracia, para construirmos um projeto de sociedade. Mostramos que também podemos fazer isso jogando futebol e conversando sobre política”, destacou a integrante da coordenação da ENFF Rosana Fernandes, em entrevista ao site do MST.

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Artistas, parlamentares e militantes acompanharam a partida que, além do futebol, remeteu a uma espécie de confraternização, bem como apontou a democracia como ferramenta essencial para a sociedade brasileira. De acordo com o cantor Chico Cesar, o futebol é responsável por unir o povo brasileiro.

“O futebol, o esporte como um todo, e as artes unem o brasileiro. Traduzem a alma do brasileiro, o nosso jeito de ser, o nosso gosto pela coletividade. O futebol é um esporte coletivo, e aqui hoje foi um exemplo. Todo mundo pode jogar, brincar. Assim que é a democracia. E nós queremos que todos possam, de acordo com as suas potencialidades, participar da democracia, da vida pública brasileira. É importantíssimo ter o Lula de volta como um representante desse desejo”, declarou Chico Cesar.

Antes do jogo, o líder petista brincou com o fato de jogar contra integrantes do Movimento Sem Terra. “Meu time está pronto para ganhar o jogo. Eu não sei se a gente vai ter o gesto de solidariedade de deixar o time dos sem terra ganhar”, disse Lula, sob risos do público que o acompanhava.

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