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O petróleo que toma o litoral nordestino continua despertando o sinal de alerta dos governantes. Na madrugada desta quarta-feira (16), uma faixa de praia de aproximadamente 200 metros foi atingida em Japaratinga, litoral norte de Alagoas. Até o 'santuário do peixe-boi', em Porto de Pedras, está correndo risco de contaminação. 

Toda essa dificuldade foi constatada pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama). O órgão revela que essa mancha é a maior que surgiu no litoral alagoano desde o início da crise ambiental. 

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Em entrevista ao UOL, o chefe da Divisão Técnico-Ambiental do Ibama em Alagoas, Rivaldo Couto dos Santos Junior, afirmou que estão trabalhando. "Já estamos removendo, com várias pessoas ajudando, carregadeiras, caçambas. Vamos fazer o recolhimento", garantiu.

Confira a mancha

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Levar para passear, brincar e dar carinho são ações que devem se tornar um hábito dos criadores com seus animais de estimação. Porém, um animal exótico chama atenção nas redes sociais, no Japão, justamente por ser tratado da mesma forma que um pet. Conheça a lontra Sakura.

Ela é da espécie asiática lontra-de-garras-pequenas que, normalmente, alimenta-se de peixes e crustáceos em riachos e manguezais. Mesmo fora do habitat - mantida em uma residência -, o criador fica atento a manter sua dieta baseada em peixes, verdura, frutos e ração específica, visto que as lontras estão se popularizando no Japão.

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Segundo os registros do Twitter, ela passa a maior parte do tempo sendo mimada enquanto diverte-se com seus brinquedos. Entretanto, grupos ambientalistas da Ásia repudiam a popularização do animal silvestre - reiterando a importância da sua liberdade na natureza - e sugerem adoção de animais mais adaptados ao estilo de vida dos grandes centros urbanos.

Confira

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O livro "Caraparu e seus encantos", do fotógrafo Celso Sampaio Siqueira de Lobo, terá lançamento dia 1º de outubro, na sede do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PA), em Belém. Junto com o lançamento haverá uma exposição fotográfica que permanecerá o mês todo no TCE. O evento começa às 11 horas, com entrada franca.

O projeto do livro começou no final de 2017. Em abril de 2018, foi apresentado ao projeto SEMEAR (Programa Estadual de Incentivo à Cultura) e aprovado em junho.  Contou com um patrocinador. 

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Segundo Celso Lobo, fotógrafo e autor do livro, um dos objetivos é incluir Caraparu na rota turística do Pará. “Estive em Caraparu em 2015, convidado por um fotógrafo para fazer fotos do Círio e me encantei”, disse Celso Lobo. O livro teve lançamento em Caraparu no dia 3 de agosto. “Foi uma maneira de prestigiar o povo do distrito que me acolheu”, afirmou.

De acordo com Celso, a obra foi dividida em três "encantos". O primeiro com as belezas da vila de Caraparu; o segundo é o Círio, com fotos de 2015 até 2018; o último encanto são as maravilhas do rio e da comunidade em si. “É possível observar no livro o extrativismo como sobrevivência dos moradores para a sua subsistência”, assinalou.

Caraparu é um distrito do município de Santa Izabel, a 42 quilômetros de Belém. Segundo o fotógrafo, o Círio de Caraparu é totalmente diferente de todos os outros do Pará. “No Círio de lá ninguém vai a pé, tem que ir remando na canoa. São duas horas remando da capela do distrito até uma capela que fica em uma fazenda da comunidade Cacoal. Depois são duas horas e meia voltando, porque é contra o rio. São quatro horas e meia remando.”

O Círio ocorre no dia 8 de dezembro e é conhecido como Círio dos Fotógrafos, devido à grande quantidade de fotógrafos que participa. “Em Caraparu, o turista terá a vivência da Amazônia, vai andar nas trilhas, nadar e remar no rio, escutar o canto dos pássaros e ver as árvores monumentais”, explicou.

Celso Lobo gosta de fotografar a natureza e a fauna amazônica. Fez uma foto em Caraparu que rodou o mundo e esteve exposta no Museu do Louvre, em Paris, e em Liechtenstein. Foi vencedor do primeiro lugar no Concurso do Oscar da Fotografia em Fotojornalismo e Turismo pela Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo do Pará (Abrajet-Pará), em 2017.

Por Quezia Dias (com apoio de Ana Luiza Imbelloni).

Manifestantes em mais de 150 países estão nas ruas em defesa do meio ambiente. Os protestos ocorrem às vésperas da Cúpula do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU), que acontecerá na próxima segunda-feira (23), em Nova York.

A campanha mobiliza milhões de crianças, jovens e adultos, numa tentativa de chamar a atenção dos políticos, instituições e grandes empresas a tratarem o assunto com mais seriedade e medidas drásticas.

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Capitais como Paris, Berlim, Bruxelas, Washington, Cidade do México, Santiago do Chile, Madri, Nova Delhi, Bangkok, Dublin, entre outras, já registram atos.

No Reino Unido, milhares de pessoas protestam em Glasgow, Manchester e Londres. Na Austrália, mais de 300 mil pessoas foram às ruas em mais de 100 cidades.

No Brasil, há atos marcados em mais de 40 cidades, incluindo Rio de Janeiro, Florianópolis e São Paulo.

Nos Estados Unidos, há mais de 800 atos marcados para hoje em diversas cidades. Estima-se que Nova York deve reunir mais de 1 milhão de manifestantes.

Na Alemanha, mais de 500 manifestações foram marcadas em cidades como Berlim e Hamburgo.

A #climatestrike está entre os trending topics hoje (20), as hashtags mais replicadas pelo twitter.

O grande nome desse movimento é Greta Thunberg, uma ativista ambiental sueca de 16 anos que, no ano passado, começou a faltar as aulas nas sextas-feiras para protestar, pacificamente, diante do Parlamento sueco, por mais ação em relação às mudanças climáticas. A iniciativa recebeu o nome de Fridays for Future (sextas-feiras pelo futuro, em tradução livre).

Thunberg foi convidada pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, para participar da cúpula da ONU. Ela pediu aos chefes de governo que não apresentem discursos, mas proponham ações para o que chama de emergência climática.

As manifestações devem culminar com um gigantesco ato, em Nova York, onde está Greta Thunberg. A cidade liberou 1,1 milhão de alunos das escolas públicas, para que possam comparecer às ruas, com consentimento dos pais.

Justiça ambiental, agricultura sustentável, proteção e recuperação da natureza e preservação de terras indígenas são algumas das bandeiras defendidas pelos manifestantes.

A greve climática mundial começou nas ilhas Salomão, no oceano Pacífico, algumas das nações mais ameaçadas pelo aumento do nível do mar. Manifestações estão previstas para acontecer em todos os continentes.

Diante de todo o cenário caótico que o meio ambiente (de forma geral) está vivendo - principalmente por conta dos distratos causados por quem tanto depende dele -, encontrar algum ser humano que esteja disposto a abdicar da própria vida urbana e se entregar de corpo e alma para a proteção da fauna e flora atualmente é algo que também está ficando escasso. 

No entanto, como ‘no fim do túnel sempre há uma luz’, no meio do manguezal nossa equipe de reportagem encontrou o proclamado ‘Tarzan Pernambucano’. Ao longo de seus 68 anos, 33 deles seu Amaro Tibúrcio entregou para a proteção do mangue e dos animais que dependem desse habitat. Morando numa ilha no meio do Cabo de Santo Agostinho, Região Metropolitana do Recife, Tarzan recebe pela sua dedicação a beleza de um manguezal preservado. 

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Engana-se quem pensa que esse senhor de 68 anos está cansado de lutar. Todos os dias ao acordar, Amaro tem como visão os rios Pirapama e Jaboatão, cursos de água que cortam a sua humilde cabana. “A minha vida aqui é não deixar que as pessoas cortem as madeiras e façam o que não podem fazer. Se o pau estiver podre e você quer fazer um fogo, tudo bem, mas se estiver verde, não leva”, explica Amaro

Mesmo tendo morado em Ponte dos Carvalhos, bairro do Cabo, maior parte de sua vida, Tarzan diz que não se adaptou com “as pessoas do centro”. Sem essa adaptação e passando por uma situação difícil depois do fim de um relacionamento, juntou o útil ao agradável e resolveu viver com as muriçocas, peixes, siris, mariscos e sem energia elétrica na pequena ilha que só é encontrada por quem estiver em algum transporte marítimo. 

“Eu aqui sobrevivo com a ajuda das pessoas, com o que pesco e não quero riqueza. Mas, não era nada de mais que uma secretaria me posicionasse aqui dentro com algo que me rendesse dinheiro pelo que estou fazendo aqui. Porque não vá pensando que chega qualquer um aqui pra sair cortando, não (sic)”, desabafa Amaro.

Tarzan não tem renda fixa e alguns ‘trocados’ que consegue vem de suas confecções de placas, faixas, adesivos e camisas. Por isso, em cima de seu pequeno barco precisa ir algumas vezes da semana até as áreas mais movimentadas da cidade para conseguir alguns trabalhos. Além disso, algumas das poucas idas de Tarzan à cidade se dava quando ele trabalhava como locutor em algumas rádios locais, mas há 1 ano e 8 meses muita coisa na vida desse protetor do mangue mudou: “eu aceitei Jesus”, revela. Por isso, quando indagado por que estava usando ‘tanta roupa’, rapidamente Amaro Tiburcio justifica que agora sua vida tem um novo plano espiritual.

A fama do Tarzan ao longo desses 33 anos vem crescendo exponencialmente nas cidades do Cabo de Santo Agostinho e Jaboatão dos Guararapes. Um homem que está doando maior parte de sua vida para a proteção, pelo menos, do mangue que está ao seu redor. Tibúrcio diz ter consciência da importância da preservação do mangue, de suas limitações, mas acredita piamente que exerce um trabalho importante e não pretende ‘arredar’ o pé do local onde mora: “só saio daqui quando eu morrer”, pontua. 

Confira a entrevista exclusiva

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Realizar oferendas aos orixás é uma prática muito comum entre as religiões de matriz africana, seja para agradecer ou pedir que os caminhos se abram. Porém, muitas pessoas não têm a consciência de preservar o meio ambiente no ato da oferenda, e o que era pra ser um presente ao sagrado acaba sendo um desrespeito.

Pensando nessa situação e em levar a mensagem de preservação da natureza, Mãe Renata Monankulo, realizou um mutirão para limpar os arredores de uma cachoeira próximo a Araçariguama, interior de São Paulo. "Eu fiquei muito triste porque as pessoas não tem cuidado com o meio ambiente. Decidi agradecer as forças da natureza limpando o local para que, quando eu precisar, ele também esteja limpo", explica.

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A ação reuniu 22 filhos da casa Inzo Kaiango, onde Mãe Renata é dirigente e sacerdotisa. Ao todo, foram recolhidos mais de 50 sacos de lixo com diversos resíduos de garrafas, aparelhos de barbear, tecidos, latas de alimentos e diversos plásticos. "O certo é fazer as oferendas de maneira sustentável, em cima de folhas, sem plástico, óleo ou qualquer outro material que possa agredir a natureza, principalmente nos comemorações de final de ano, quando as pessoas costumam agradecer e fazer pedidos para Iemanjá nas praias. Ao invés de oferecer um vidro de perfume, despeje um pouco de alfazema no mar, apenas as pétalas das flores, ou seja, tudo o que a natureza pode decompor", orienta Mãe Renata.

Para o Pai Rodrigo Queiroz, presidente do Instituto Cultural Aruanda, ainda falta educação e consciência ecológica entre os fiéis, além de uma compreensão clara do que significa a religião de culto à natureza em todas as esferas de atuação. "Uma conscientização popular se faz necessária. O equívoco do religioso mal instruído no manejo das oferendas é um reflexo da falta de cultura ecológica nacional", afirma.

 

A passagem do furacão Dorian pelas Bahamas, no Caribe, deixou pelo menos 20 pessoas mortas, de acordo com novo balanço divulgado nesta quinta-feira (5).

O número, no entanto, ainda deve subir, já que há dezenas de desaparecidos e muitas áreas que permanecem submersas ou tomadas por escombros.

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O furacão, que atingiu as Bahamas com ventos de mais de 280 quilômetros por hora, na categoria cinco (o topo da escala), é o mais forte já registrado pelo país em sua história moderna.

Rebaixado para o nível dois na última quarta (4), Dorian voltou a ganhar força nesta quinta e subiu para a categoria três, enquanto se encaminha para a costa sudeste dos Estados Unidos. O fenômeno deve provocar inundações e tempestades em estados como Geórgia, Virgínia e Carolina do Sul.

Nos condados de Charleston e Beaufort, na Carolina do Sul, cerca de 100 mil pessoas estão sem energia. O furacão viaja atualmente com ventos de até 185 quilômetros por hora. O governo da Carolina do Sul já ordenou a evacuação de 830 mil pessoas de áreas litorâneas.

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Da Ansa

O furacão Dorian, que deixou pelo menos cinco mortos nas Bahamas, enfraqueceu nesta terça-feira e agora é uma tempestade de categoria 2, mas continua a representar perigo enquanto prossegue em direção à costa sudeste dos Estados Unidos, informaram os meteorologistas americanos.

O Centro Nacional de Furacões (NHC), com sede em Miami, disse que o Dorian, que estava estacionado nas Bahamas, foi rebaixado de tempestade categoria 3 para categoria 2 na escala de ventos de cinco níveis.

De janeiro a junho deste ano, o Zoológico de Guarulhos, na Grande São Paulo, devolveu 94 animais silvestres para a natureza. Todos eles foram levados para o zoo pela Polícia Ambiental ou por moradores da cidade. Após receber os cuidados dos veterinários e biólogos, 66 aves, 19 mamíferos e nove répteis voltaram ao seu habitat natural.  

Uma das solturas mais recentes é de uma coruja-orelhuda ferida por linha de cerol. Após receber todo o tratamento necessário, a ave foi solta na mesma região onde foi resgatada. Segundo a bióloga Camila Mazoni, essa é uma das maiores causas de ferimentos em aves.

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O tratamento dos animais podem demorar meses e às vezes precisam até de intervenção cirúrgica. Mas, apesar do cuidado intensivo, muitos animais não sobrevivem e os que não têm condições de voltar para seu habitat permanecem no zoo.

 

 

"Uma nuvem de calças". Foi assim que o jornalista e tradutor Eduardo Bueno definiu o poeta, historiador e filósofo norte-americano Henry David Thoreau, conhecido por escrever o livro Walden (ou A Vida nos Bosques). Na obra, Thoreau compartilha a experiência de levar uma vida simples, longe dos centros urbanos. 

Encantado com o esplendor da natureza, o filósofo buscou descobrir, aos 28 anos, o que seria o avesso da industrialização. Já no século 19, esperava se libertar do que classificava "uma falsa pele", empreitada que seria possível somente ao se distanciar do consumismo, segundo ele. Ao partir, não quis se explicar a ninguém, pois acreditava que as pessoas ao seu redor não entenderiam suas razões, julgando sua jornada "impertinente".

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Em um trecho do livro, Thoreau afirma que a humanidade trabalha "sob engano" e se dedica a "acumular tesouros que serão roídos pelas traças". Para ele, a maioria das pessoas "não tem tempo de ser nada além de uma máquina".

Viver sem tantas frivolidades e usufruir mais intensamente de cenários naturais é também uma das propostas da Sociedade Brasileira de Pediatria e do Instituto Alana, de defesa dos direitos de crianças e adolescentes. Em maio, as duas instituições divulgaram o manual Benefícios da Natureza no Desenvolvimento de Crianças e Adolescentes. 

No documento, destacam que fatores como o planejamento urbano deficiente, o adensamento populacional, a especulação imobiliária e a "supremacia dos carros em detrimento de pedestres ou ciclistas" têm levado ao desaparecimento de espaços verdes nas cidades. Conforme explica Laís Fleury, coordenadora do projeto Criança e Natureza, do Instituto Alana, o manual tem como principal público crianças e adolescentes da zona urbana, por sofrerem mais fortemente os prejuízos resultantes desse cenário.

Déficit de natureza

Ela diz que a infância nesses locais tem como característica um progressivo "confinamento" e que esse estilo de vida provoca impactos grandes na saúde. O conjunto de efeitos citado pela coordenadora é relacionado ao chamado Transtorno de Déficit de Natureza. O termo foi cunhado por um dos co-fundadores do Children & Nature Network, Richard Louv, que escreveu o livro A Ultima Criança na Natureza (Last child in the woods).

Laís defende que o contato com a natureza promove o desenvolvimento integral das crianças porque "sua linguagem é o brincar". "Principalmente o brincar espontâneo. É através dele que a criança se conhece, compreende o mundo. O brincar passa muito pelo corpo, que é uma linguagem de conhecimento que ela vai desenvolvendo quando está crescendo", acrescenta.

"Quando está em um ambiente aberto, ao ar livre, a forma como [a criança] se comunica é através do corpo. Quando está presente em um ambiente com bastante espaço, numa praia, por exemplo, ela sente, naturalmente, vontade de correr, de pular, e esses são os verbos da infância. Ela se sente convidada, dialoga, é uma criança que, fisicamente, tende a ser mais saudável, tende a não ter problema com sobrepeso, porque está em constante movimento, desenvolvendo a força motora, a coordenação, o equilíbrio", pontua.

Segundo Laís, ao incorporar atividades ao ar livre ao cotidiano dos filhos, os pais geram benefícios adicionais, no âmbito da saúde mental. "A gente sabe, intuitivamente, do poder restaurativo que a natureza tem. Adultos, quando estão cansados, passam tempo na natureza, na floresta, isso nos regenera. E é a mesma coisa para as crianças. Esse bem-estar, esse poder regenerativo que a natureza tem é algo que impacta, de maneira muito positiva, a saúde da criança", frisa Laís.

Transformações: do individual ao coletivo

A especislita cita outros benefícios do contato das crianças com a natureza. "Há várias pesquisas que mostram que tendem a ser crianças mais equilibradas emocionalmente. É um ambiente que favorece muito a integração entre pares, membros da família, favorece vínculos, porque um ajuda o outro e tem brincadeiras acolhedoras. Quando está em meio à natureza, a criança brinca com possibilidades. Ela está, o tempo todo, criando os próprios brinquedos. Na brincadeira com o outro, não há um limitador", afirma a coordenadora.

"Ela [a criança] estabelece uma brincadeira muito criativa com a natureza, onde a gente percebe que ela ressignifica [coisas]. A gente vê um pauzinho, que, uma hora, pode ser uma espada de um príncipe e, outra hora, pode ser um rabinho de um bicho, algo para puxar um barco, uma caneta pra escrever na areia. [Nota-se] Como um mesmo elemento nutre criativamente a criança, a imaginação", complementa.

De quebra, o lúdico na natureza, diz Laís, é capaz de ampliar a resistência diante de dificuldades. "Por exemplo, ao subir em uma árvore, a criança está lidando com o risco, por estar trabalhando com a altura. E o fato de ela estar lidando com essas adversidades faz com que esteja desenvolvendo uma resiliência maior. Está trabalhando a coragem dela, com o imprevisível".

O incentivo a passeios em áreas verde é tema do guia Acampando com Crianças, elaborado pelo Instituto Alana, com o apoio da Coalizão Pró-Unidades de Conservação da Natureza e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Também participam da iniciativa o portal de campismo MaCamp e a organização Outward Bound Brasil. O material tem distribuição gratuita e pode ser baixado por download.

O guia lista oito parques nacionais com áreas reservadas para acampamento. Um deles é o Parque Nacional do Caparaó, que fica na Serra do Caparaó, divisa entre os estados de Minas Gerais e Espírito Santo. A unidade tem fama de ser um dos destinos mais procurados pelos adeptos do montanhismo no Brasil e abrigar o terceiro ponto mais alto do país, o Pico da Bandeira. 

Laís finaliza ressaltando que especialistas observam que as contribuições não se restringem às esferas espiritual e de saúde, manifestando-se, similarmente, no campo da consciência ambiental. Ela argumenta que uma pessoa, ao crescer com vivências que valorizam a biodiversidade, ano após ano, passa a prezar por uma rotina de hábitos mais sustentáveis. "Além de proporcionar para as crianças uma alegria de poder brincar, é uma experiência relacionada a valores humanos, de desenvolvimento de ética, de respeito ao outro, ao meio ambiente, de contemplação do belo", afirma.

O mês de julho vai ser bem animado no Parque de Dois Irmãos. O local está aberto durante todos os dias nesse período de férias e haverá duas semanas com uma programação exclusiva no Zoo Férias para as crianças. De 15 a 26 de julho, o Zoo Férias vai contar com trilhas pela Mata Atlântica da Unidade de Conservação, da qual o Parque faz parte, apresentação teatral, gincana, passeios e prática sobre os bastidores do zoológico.

O Zoo Férias é indicado para crianças de 4 a 12 anos e as inscrições já podem ser realizadas na administração do parque. Todas as atividades são coordenadas pelas equipes técnicas do Parque, formada por médicos veterinários, biólogos, zootecnistas, tratadores e monitores. Uma das atrações mais aguardadas pelos participantes é o Zoo Noturno.

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A programação das atividades do Zoo Férias será realizada das 8h às 12h, de segunda a quinta, e nas sextas-feiras, a partir das 17h30 para o passeio noturno. Para todas as atividades a orientação é que o público esteja vestido com calça comprida e sapatos fechados, além de trazer capa de chuva, devido a instabilidade do tempo com a possibilidade de chuvas a qualquer momento. A recomendação é para garantir o bem-estar e saúde durante as férias. Informações sobre as atividades e os preços dos passaportes estão disponíveis pelo telefone (81) 3184-7754.

*Da assessoria

O eclipse total do sol será visível nesta terça-feira (2) em grande parte do Cone Sul, com observação privilegiada no norte do Chile.

Se antes a escuridão do céu despertava medo, os eclipses são atualmente motivo de celebração e um momento de estudo para cientistas, que puderam confirmar, por exemplo, a teoria geral da relatividade de Einstein.

O fenômeno começará às 13h01 locais (14h01 no horário de Brasília) no meio do Oceano Pacífico.

A sombra da totalidade, de cerca de 150 quilômetros de largura e onde se concentra a maior expectativa, tocará a costa chilena às 16h38 local (17h38 de Brasília), cobrindo desde o balneário de Guanaquero, na região de Coquimbo, até Caleta Chañaral, no Atacama.

Depois de atravessar o Chile - do mar para a cordilheira sobre a parte sul do deserto do Atacama, o mais árido do mundo - continuará em direção ao sudeste em uma viagem à Argentina, de acordo com um relatório da Fundação Chilena de Astronomia.

Devido à sua proximidade com o eixo central da sombra, ou "zona zero", na pequena cidade de La Higuera, nas regiões de fronteira de Coquimbo e Atacama, o eclipse total alcançará sua duração máxima duração de dois minutos e 36 segundos.

- Prever um eclipse -

Este é um processo que ocorre quando o Sol, a Terra e a Lua estão no mesmo plano.

"Normalmente, a Terra gira em torno do Sol, formando um plano imaginário, chamado de eclíptica, mas a Lua com a Terra forma outro plano, e esse plano está inclinado em cinco graus. Portanto, nem sempre estes três corpos estão no mesmo plano. Quando estão no mesmo plano, temos os eclipses, seja da Lua, ou do Sol", explicou à AFP o diretor do Departamento de Física da Universidade Nacional de Ciências da Educação (Unce), o astrônomo Luis Barrera.

Os mais comuns são os eclipses anulares, que significa que a Lua está um pouco mais longe da Terra e não chega a cobrir completamente o disco do Sol, permanecendo como um anel.

O que vai acontecer nesta terça-feira é um eclipse total, ou seja, o disco da Lua estará um pouco maior do que o disco do Sol, cobrindo sua totalidade.

Enquanto em culturas antigas, muitas vezes os eclipses eram motivo de angústia e medo para as pessoas, hoje, a partir da dinâmica dos movimentos dos corpos no sistema solar, é possível saber sua ocorrência com uma precisão muito alta.

"Podemos prever eclipses em 10 mil anos", diz Barrera.

O panda gigante e o atum vermelho no Mediterrâneo são algumas das espécies cuja situação melhorou graças a medidas de proteção. No entanto, outras, como corais e tubarões, estão mais do que nunca em perigo.

Vítimas da ação humana, até um milhão de espécies de animais e plantas estão em perigo de extinção, segundo um relatório da ONU apresentado em Paris. Estes são alguns dos sucessos e fracassos em relação à proteção da natureza:

- Panda gigante -

Desde 2016, esse tesouro nacional na China não está mais entre as espécies "ameaçadas de desaparecimento" na lista vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN). O governo chinês intensificou seus esforços para salvar este mamífero, replantando florestas de bambu e financiando zoológicos ao redor do mundo.

No entanto, o panda gigante, que se tornou um emblema das espécies a serem protegidas, continua sendo uma espécie "vulnerável", com menos de 2.000 indivíduos em liberdade.

- Abutre-barbudo -

Esta ave que se alimenta de ossos, que pode chegar a três metros de envergadura, quase desapareceu de vários países europeus no início do século XX.

Nos últimos trinta anos, tem sido objeto de um programa de reintegração em várias cadeias montanhosas da França, que aumentou sua população para cerca de 60 casais naquele país, mas sua situação permanece frágil.

- Atum vermelho -

O atum vermelho, tão adorado pelos japoneses, foi superexplorado por décadas no Mediterrâneo e no Atlântico até que a perspectiva de uma de suas três espécies estar a um passo de entrar na lista de espécies ameaçadas da ONU forçou o mundo da pesca agir.

Desde então, foram adotadas cotas drásticas e medidas de proteção que permitiram que a população desses peixes se recuperasse.

- Rã aquática de Sehuencas -

Até recentemente este anfíbio estava destinado a desaparecer, com um único macho conhecido, Romeo, no Museu de História Natural de Cochabamba, na Bolívia. Mas graças a uma campanha internacional para obter fundos, uma expedição de especialistas encontrou sua Julieta. Só falta o casal reproduzir.

- Cedro -

O aquecimento global ameaça o símbolo do Líbano, favorecendo a proliferação de um inseto que rói as raízes desta árvore.

Para resolver esta situação, o Ministério da Agricultura lançou um programa ambicioso no final de 2012 para plantar 40 milhões de cedros até 2030. A árvore, cujos exemplares têm séculos de idade, é classificada como "vulnerável" pela UICN.

- Corais -

Os recifes de corais cobrem apenas 0,2% da superfície do oceano, mas abrigam cerca de 30% das espécies marinhas conhecidas até a data.

Estão ameaçados pelas instalações portuárias e turísticas, pela pesca com explosivos ou cianeto, pela poluição, pelo aquecimento da água que causa seu branqueamento ou pela acidificação dos oceanos.

Segundo um relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática, mesmo se o aquecimento global fosse limitado a 1,5 °C - missão impossível segundo os cientistas - entre 70% e 90% estão condenados a desaparecer.

- Tubarões -

Presentes nos oceanos há 400 milhões de anos, os tubarões estão ameaçados, vítimas do apetite humano por sua carne e barbatanas. Das 58 espécies de raias e tubarões avaliadas, 17 estão classificadas como em risco de extinção, segundo a UICN.

- Tartaruga gigante de Galápagos -

Em 2012, aos 90 anos, morreu "George", o último representante desta emblemática espécie de tartaruga gigante terrestre Chelonoidis abigdoni, que vivia em uma das Ilhas Galápagos, no Equador.

Sua morte por causas naturais aconteceu depois de décadas de esforços para que reproduzisse, o que fez dele um símbolo da luta pela conservação da vida selvagem. 

Uma surfista morreu e outro ficou ferido ao serem atingidos por um raio quando praticavam o esporte na avenida Leste-Oeste, em Fortaleza. A vítima fatal, Luzimara Souza, era a atual campeã estadual da modalidade. Ela chegou a ser socorrida, mas não resistiu.

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Segundo o jornal O Povo, a morte foi confirmada pelo presidente da Federação de Surf do Ceará, Amélio Júnior. O outro surfista, ainda sem identidade confirmada, foi levado a uma unidade de saúde e está em estado grave, ainda de acordo com o jornal cearense.

Depois do sucesso de Black Mirror: Bandersnatch, a Netflix planejou mais conteúdos interativos, o primeiro deles é a série You vs Wild que vai ser lançado no dia 10 de abril no serviço de streaming.

You vs Wild terá oito episódios e vai ser protagonizada por Bear Grylls, famoso por apresentar o programa À Prova de Tudo. A série vai acompanhar as expedições de Grylls pelo mundo e trazer lições de sobrevivência, permitindo que o público as apliquem para definir o rumo da história de cada episódio, através de um sistema de múltipla escolha. 

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A série tem direção de Ben Simms e conta com Chris Grant, Drew Buckley, Ben Silverman, Howard Owens, Rob Buchta e Delbert Shoopman no elenco.

Por Márcio Santos

Jabutis que viviam há aproximadamente 30 anos no quintal de uma residência no bairro de Casa Amarela, Zona Oeste do Recife, foram entregues ao Centro de Triagem de Animais Silvestres de Pernambuco (Cetas Tangara). Ao todo, são sete jabutis que agora passarão por reabilitação antes de serem devolvidos à natureza.

A entrega voluntária foi feita pelo aposentado Antônio Ferreira Guilhermine na sexta-feira (8). Ele criava os jabutis desde que os animais eram pequenos. Os répteis foram entregues a sua filha, que era criança e hoje está com 33 anos.

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O aposentado ressaltou que não sabia que a criação de animais silvestres não oriundos de criadouro legalizado se configura crime ambiental. Ao ser esclarecido, resolveu fazer a entrega mesmo confessando apego pelos jabutis.

Os animais deverão ser colocados em uma área de preservação. Em boas condições, os jabutis podem viver por mais de cem anos.

 

A partir da próxima segunda-feira (11), a exposição fotográfica ‘Desvendando a Área de Proteção Ambiental (APA) de Guadalupe’, localizado no litoral sul de Pernambuco, aporta no shopping RioMar, no bairro do Pina, Zona Sul do Recife.

A mostra itinerante é composta por 40 imagens que retratam a beleza da APA de Guadalupe, que abrange partes dos municípios de Sirinhaém, Rio Formoso, Tamandaré e Barreiros. Alunos de escolas públicas localizadas do litoral sul do Estado fizeram 27 fotografias, as outras 13 imagens foram produzidas pelos fotógrafos Synara Dantas e Arnaldo Vitorino.

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A exposição faz parte de um projeto socioambiental realizado pela Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) e desenvolvidos pela Associação Águas do Nordeste (ANE) e já passou por Sirinhaém, Rio Formoso, Tamandaré, Barreiros e Cabo de Santo Agostinho. No Recife, a mostra fica aberta até o dia 15 de março na área de eventos do mall.

Serviço

Exposição Fotográfica Itinerante Desvendando a APA de Guadalupe

11 a 15 de março | 9h às 21h

Shopping RioMar (Av. República do Líbano, 251-Pina)

A preocupação com o desmatamento da Amazônia não se restringe a parte do povo brasileiro. Estrangeiros ligados à causa também se mostram atentos ao problema, e entre eles está o ator Leonardo Dicaprio. O astro de Hollywood postou, em seu Instagram, uma foto no #10YearChallenge que mostra como a floresta mudou nos últimos 10 anos.

A publicação de DiCaprio traz uma montagem mostrando a situação da Amazônia em 2006 comparada ao ano de 2018. Na legenda, o ator escreveu: "A região de Rondônia, no Brasil, tinha originalmente mais de 200 mil km² de floresta tropical mas se tornou uma das áreas mais desmatadas na Amazônia". A postagem foi originalmente feita na página da Fundação Leonardo DiCaprio.

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Além de ator, DiCaprio é um defensor do meio ambiente. Desde 1998, a fundação que leva seu nome tem trabalhado no sentido de proteger espécies e áreas em extinção ao redor do mundo. A página pessoal do astro, bem como a de sua organização, estão repletas de mensagens e fotos que alertam para a necessidade de preservação de animais e da natureza no planeta como um todo.  

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Nesta sexta-feira (18), Grazi Massafera brincou com os seguidores do Instagram ao publicar uma foto totalmente despojada. Na rede social, fãs se divertiram com o registro da atriz em cima de uma árvore.

"Acho que estou olhando um anjo em cima de uma árvore!", comentou um dos internautas. "No pé de goiabeira uma feminista eu vejo. Uhu", escreveu outra pessoa, ironizando a declaração da ministra Damares Alves de que teria visto Jesus Cristo em um pé de goiaba quando era criança. 

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O ser humano alterou completamente a morfologia das galinhas de criação em apenas algumas décadas, algo que se manifesta em corpos enormes, patas deformadas ou corações enfraquecidos, afirma um estudo publicado na revista Royal Society Open Science.

"A galinha de criação moderna é irreconhecível em comparação com seus ancestrais ou seus congêneres selvagens", explica à AFP Carys Bennett, da Universidade de Leicester, na Inglaterra, coautora da pesquisa, que destaca "o esqueleto superdimensionado, uma composição química dos ossos e uma genética distintas".

Oriundo do sudeste asiático, a animal foi domesticado há quase 8.000 anos, mas foi apenas a partir dos anos 1950, com a busca por ritmos de crescimento mais elevados, que começaram a formar uma nova espécie morfológica, aponta o estudo.

"Bastaram algumas décadas para produzir uma nova forma de animal, quando geralmente são necessários milhões de anos", afirmou Jan Zalasiewicz, também da Universidade de Leicester e coautor do estudo.

Apreciada por sua carne e seus ovos, a galinha é a carne mais consumida do mundo na atualidade: Hoje, o mundo tem 23 bilhões. "A massa total de galinhas domésticas é o triplo de todas as espécies de aves selvagens reunidas", destaca Carys Bennett.

Embora alimentem boa parte da humanidade, as galinhas de criação também representam um bom exemplo da forma como nós modificamos os organismos vivos que se desenvolvem na Terra e "um marcador potencial do Antropoceno", o período atual, marcado pela influência do homem nos processos terrestres, destacam os pesquisadores.

"Uma evolução trágica se consideramos as consequências para estas aves", afirma Carys Bennett.

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