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De acordo com que afirmou a Secretária Executiva de Vigilância em Saúde, Luciana Albuquerque, nesta quinta-feira (21) Pernambuco tem ainda cerca de 400 leitos inoperantes por falta de respiradores e insumos. Apesar dos produtos já terem sido adquiridos a secretaria afirma que não existe prazo para a entrega.

Tudo isso porque a aquisição de respiradores foi feita, mas a entrega não. "O Estado de Pernambuco já comprou 525 respiradores e destes 70 já chegaram", afirmou a secretária.

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Segundo a secretária executiva, os 455 respiradores que não chegaram impedem a abertura de leitos criados pelo Estado em meio a pandemia. Além disso, a secretaria não dispõe de prazo para a reabertura.

"É muito difícil fazer uma previsão de quando vai ter 100% dos leitos abertos. A gente depende de vários fatores, entre eles a chegada de insumos já comprados, mas que ainda não recebemos". Pernambuco chegou a conseguir judicialmente recentemente a liberação de 100 respiradores que tinham sido retidos pelo Ministério da Saúde.

 

O Senado aprovou na tarde desta quinta-feira (21) o Projeto de Lei do Congresso Nacional (PLN) 8/2020, que abre crédito suplementar de R$ 343,6 bilhões nos orçamentos Fiscal e da Seguridade Social da União. A votação ocorreu no âmbito da sessão do Congresso Nacional, de forma remota, como tem sido feito desde o final de março. Os deputados já haviam aprovado a matéria no início da tarde.

Com a aprovação também no Senado, a matéria segue para sanção presidencial. Os recursos serão utilizados para quitar despesas em favor de diversos órgãos do Poder Executivo, com encargos financeiros da União e também em transferências a estados, Distrito Federal e municípios.

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Os recursos suplementares vão possibilitar o atendimento de despesas referentes a pessoal e encargos sociais, entre outros. Parte também será utilizada para a retomada de obras paralisadas.

O relator do projeto, senador Marcos Rogério (DEM-RO) acolheu um pedido do Ministério do Desenvolvimento Regional destinando uma suplementação de R$ 308 milhões para projetos de “interesse social” em áreas urbanas e rurais.

O relator também destinou R$ 394 mil do valor total, que seriam usados em ações de controle do uso do tabaco, para a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Os recursos serão usados para aumentar a capacidade de ofertar testes de diagnósticos para o novo coronavírus, “produção de medicamentos, bem como estruturação e operacionalização de centrais analíticas para diagnóstico da doença.”

Marcos Rogério, ainda durante a votação entre os deputados, anunciou um acordo com parlamentares para a retirada de destaques ao texto destinando recursos na ordem de R$ 145,7 milhões para organizações como a Fiocruz e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) para pesquisas contra o novo coronavírus.

De acordo com o parlamentar, em troca da retirada dos destaques, o governo se comprometeu a editar uma medida provisória destinando cerca de R$ 60 milhões para as entidades.

 

O novo coronavírus avança para os municípios do interior do Pará, segundo informe da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). Agora são 19.756 casos de covid-19 no Estado, com 1.853 mortes (veja boletim epidemiológico).

Apesar dos números crescentes da doença, o governador Helder Barbalho tem se reunido com representantes do setor produtivo, no Palácio dos Despachos, para discutir a suspensão do lockdown (isolamento social rígido) e a retomada das atividades econômicas.

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O secretário de Saúde do Estado, Alberto Beltrame, confirma a tendência do aumento do número de casos no interior do Estado e da necessidade de ampliação dos leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) nos municípios.

“O retorno das atividades econômicas precisa ser gradual e com a convicção de que não há riscos de ocorrer uma segunda onda de contaminação nas regiões onde o pico já chegou ao platô e começou a declinar, assim como estarmos preparados para o avanço da doença no interior ”, disse Beltrame, em entrevista à Agência Pará.  

A capital registra queda de notificações da covid-19. O atendimento na Policlínica Metropolitana, até pouco tempo à beira do colapso, começou a entrar em queda. Veja discussão para a reabertura do comércio de Belém.

Em um mês, a Policlínica realizou 31.800 procedimentos, entre consultas, exames e encaminhamentos para internações de pacientes com sintomas da covid-19. A informação é da Agência Pará. 

O secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme), Adler Silveira, apresentou o projeto “Retoma Pará”, que prevê a metodologia para a retomada responsável, garantida, controlada, monitorada e transparente das atividades não essenciais no Pará. A partir das diretrizes, o governo receberá, até o dia 25 deste mês, sugestões de representantes dos setores produtivo, religioso e demais entes da sociedade para a definição de orientações para reabertura gradual.

Com informações da Agência Pará.

O presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta quinta-feira (21) que o primeiro turno das eleições municipais deste ano poderá ser realizado no dia 15 de novembro ou 6 de dezembro. A proposta será analisada pelo Congresso Nacional, em comissão mista formada por deputados e senadores.

“Talvez o melhor modelo seja uma reunião do colégio de líderes das duas Casas para que se construa uma maioria em relação a adiar e para qual período. Você tem dois períodos discutidos, 15 de novembro ou primeiro domingo de dezembro, para o primeiro turno, e um [intervalo] para o segundo turno um pouco menos para dar tempo para a transição. Essas são as ideias”, afirmou Maia. “Mas temos que saber se vai ter voto para adiar ou não. A partir do momento que tiver voto para adiar, se discute uma data, tudo com sintonia com o TSE”, acrescentou.

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Apesar do adiamento das eleições, o congressista tem se posicionado contra a prorrogação dos mandatos. A comissão mista está prevista para ser criada na próxima semana, logo após a posse do ministro Luís Roberto Barroso na presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

“Sou radicalmente contra prorrogação de mandato”, disse. “Não vejo na Constituição Federal um prazo para prorrogar mandato, porque no futuro alguém pode se sentir forte, ter apoio no Parlamento, criar uma crise e prorrogar seu próprio mandato. A questão de prorrogação do mandato acho que é muito sensível para a nossa democracia”, argumentou Rodrigo Maia.

Prorrogação do auxílio

O parlamentar afirmou ainda que poderá ser prorrogado o auxílio emergencial pago a trabalhadores informais de baixa renda e a beneficiários do Bolsa Família em virtude da pandemia de covid-19. O valor do auxílio é de R$ 600 ou de R$ 1,2 mil para mães solteiras, que deverá ser pago em três parcelas.

“A impressão é que sim [prorrogar]. Em que condições? Não podemos esquecer que o auxílio emergencial é fundamental. Se a crise continuar, ele será tão importante como está sendo agora. Mas de onde vamos conseguir tirar dinheiro? Esse é o nosso desafio. Já coloquei alguns parlamentares para estudar isso, para ter uma proposta que possamos fazer ao governo que possa, se necessário, continuar com o programa”, explicou.

Segundo Maia, uma das alternativas para a manutenção do auxílio emergencial é realocar recursos da União que atualmente estejam sendo aplicados em áreas não prioritárias para o momento de crise em saúde pública provocada pela pandemia do novo coronavírus.

“Que a gente encontre parte desses recursos na parte de gastos dos governo que está mal alocada. Agora, temos que tomar o cuidar de não seguir criando despesas sem realocar recursos de outras despesas que nesse momento não são prioritárias”, afirmou.

Maia ressaltou ainda que tem “muito otimismo” na possibilidade de serem votadas ainda este ano as reformas tributária e administrativa.

"Como nós já temos a [reforma da] Previdência aprovada, agora nós precisamos, sem nenhuma dúvida, da reforma administrativa, não apenas para congelar ou cortar salários, mas melhorar a qualidade do gasto público", avaliou.

 

O novo coronavírus já provocou pelo menos 329.799 mortes no mundo desde dezembro, segundo um balanço feito pela AFP com base em fontes oficiais até as 16h desta quinta-feira.

Desde o começo da epidemia, foram contabilizados 5.049.390 casos de contágio em 196 países ou territórios. O número de registros positivos, no entanto, reflete apenas parte dos contágios, devido às diferentes políticas de cada país para diagnosticar os casos. Autoridades consideram que 1.867.800 pessoas se curaram da doença.

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Nas últimas 24 horas, foram registrados 4.563 novos óbitos e 106.338 contágios no mundo. Os países que contabilizaram mais mortos foram Estados Unidos, com 1.280, Brasil (888) e México (424).

O número de mortos nos Estados Unidos, que registraram seu primeiro óbito vinculado ao coronavírus no começo de fevereiro, chegou a 93.863. O país registrou 1.562.714 contágios e autoridades consideram que 294.312 pessoas se curaram.

Depois dos Estados Unidos, os países mais afetados são Reino Unido, com 36.042 mortes e 250.908 casos; Itália, com 32.486 mortes (228.006 casos); e França, com 28.215 mortes (181.826 casos).

Entre os países mais afetados, a Bélgica amarga a maior taxa de mortalidade, com 79 óbitos a cada 100.000 habitantes, seguida da Espanha (60) e Itália (54).

A China continental (sem contar Hong Kong e Macau), onde a epidemia emergiu no fim de dezembro, tem um total de 82.967 pessoas infectadas, das quais 4.634 morreram e 78.249 se curaram totalmente. Nas últimas 24 horas, foram reportados dois novos casos e nenhuma morte.

Este balanço foi feito a partir de dados de autoridades nacionais compilados por escritórios da AFP e com informações da Organização Mundial da Saúde (OMS). Devido a correções das autoridades ou da publicação tardia de dados, o aumento das cifras divulgadas nas últimas 24 horas pode não corresponder exatamente às da véspera.

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“A ideia é realizar a festividade, mas isso só irá acontecer se houver condições seguras, pois a prioridade número um é a saúde da população”, afirma o coordenador do Círio de 2020, Albano Henriques Martins Junior. O Círio de Nazaré, a maior festa religiosa do país, reúne cerca de dois milhões de pessoas pelas ruas de Belém no segundo domingo de outubro. Este ano, porém, a pandemia do novo coronavírus ameaça quebrar a tradição. Clique no icone abaixo e ouça podcast.

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Em entrevista divulgada pela revista Época, em 6 de maio, o prefeito de Belém, Zenaldo Courtinho, considerou difícil a realização do Círio por causa da pandemia. Para o coordenador do Círio de 2020, Albano Henriques Martins Junior, a festividade católica tem a importância religiosa, cultural, social e econômica para o Pará. Porém, no momento atual, afirmou, as medidas sanitárias e restritivas do isolamento podem, sim, afetar a realização do Círio. 

“Está prevista uma reunião para a segunda quinzena de junho, determinada por dom Alberto Taveira (arcebispo de Belém), na qual todas as entidades convidadas, Governo do Estado, Prefeitura, as Secretárias de Saúde, Forças Armadas, Ministério Público do Estado do Pará, Ministério Público Federal, Conselho Regional de Medicina, estarão presentes para o debate acerca da manutenção ou alteração do calendário do Círio”, afirmou Albano Henriques Martins Junior.

Segundo o coordenador do Círio, assim que a data possível for definida, e quando for seguro realizar o evento, todas as medidas de proteção serão tomadas. Se for recomendado o adiamento, é possível que festividade seja realizada em dezembro. “Jamais faremos algo que coloque em risco a saúde dos devotos de Nossa Senhora de Nazaré. Buscaremos outras maneiras de homenagear a Mãe dos paraenses”, assegurou.

De acordo com Albano Junior, a data não passará em branco. Pode ser que a Diretoria da Festa crie uma alternativa totalmente nova e inédita. “Estamos trabalhando e estudante caminhos, e quem sabe algo virtual, um documentário a ser transmitido ou até pequenos eventos cuja realização seja permitida pelas autoridades sanitárias”, afirmou.

Para o jornalista e professor João Carlos Pereira, comentarista do Círio há mais de 25 anos, se o Círio for suspenso oficialmente por questões de saúde será de fato um momento histórico. “Se houver o Círio nos moldes tradicionais, a que estamos acostumados a ver, deverá ser um evento diferente em que aglomerações deverão ser evitadas”, afirmou.

Segundo o jornalista, se não houver Círio os fiéis não devem se entristecer. João Carlos Pereira conta que, no dia 13 de maio, em Portugal, foram canceladas as celebrações para Nossa Senhora de Fátima e que a devoção dos portugueses é parecida com dos paraenses por Nossa Senhora de Nazaré. “Os filhos de Nossa Senhora amam independente da comemoração ou não da festividade. O Círio é uma exteriorização desse amor, mas quem a ama não precisa da comemoração para demonstrar o que sente”, afirma.

Por Amanda Martins.

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A Câmara dos Deputados aprovou nesta quinta-feira (21), em sessão virtual do Congresso, a abertura de crédito suplementar de R$ 343,6 bilhões nos orçamentos Fiscal e da Seguridade Social da União. Os recursos serão utilizados para quitar despesas em favor de diversos órgãos do Poder Executivo, com encargos financeiros da União e também em transferências a estados, Distrito Federal e municípios.

Em razão de diferenças nos sistemas de votação remota da Câmara e do Senado, a sessão foi realizada apenas com os deputados. Ainda hoje (21), a sessão terá continuidade com a sessão virtual do Senado.

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Crédito suplementar

As despesas obrigatórias já estão previstas no Orçamento de 2020. Como a Constituição proíbe a realização de operações de crédito (emissão de títulos) que excedam despesas de capital (investimentos e amortizações), a regra de ouro, há a necessidade da aprovação do Congresso, de créditos suplementares ou especiais com finalidade específica.

"Esse crédito é diferente de todos os outros que já votamos aqui. Não estamos falando de despesas novas, estamos autorizando despesas que os próprios órgaos tinham expectativa de realizar em 2020, mas não puderam em razão da regra de ouro, disse relator do projeto de Lei do Congresso Nacional (PLN) 8/2020, senador Marcos Rogério (DEM-TO).

Os recursos suplementares vão possibilitar o atendimento de despesas referentes a pessoal e encargos sociais, entre outros. Parte também será utilizada para a retomada de obras paralisadas.

O relator senador Marcos Rogério acolheu um pedido do Ministério do Desenvolvimento Regional destinando uma suplementação de R$ 308 milhões para projetos de "interesse social" em áreas urbanas e rurais.

"Esse ajuste irá permitir a retomada de cerca de 10 mil obras paralisadas, com consequente geração de aproximadamente 20 mil empregos. Se não ocorrer essa mudança, haverá interrupção na cadeia produtiva habitacional, até que se realize o ajuste operacional necessário", justificou o relator.

Marcos Rogério também destinou R$ 394 mil, que seriam usados em ações de controle do uso do tabaco, para a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Os recursos serão usados para aumentar a capacidade de ofertar testes de diagnósticos para o novo coronavírus (covid-19), "produção de medicamentos, bem como estruturação e operacionalização de centrais analíticas para diagnóstico da doença."

O senador anunciou um acordo com parlamentares para a retirada de destaques ao texto destinando recursos na ordem de R$ 145,7 milhões para organizações como a Fiocruz e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) para pesquisas contra o novo coronavírus.

De acordo com o senador Marcos Rogério, em troca da retirada dos destaques, o governo se comprometeu a editar uma medida provisória destinando cerca de R$ 60 milhões para as entidades.

 

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O projeto Telas em Movimento nasceu em 2019 com o objetivo de democratizar o acesso ao audiovisual e ao cinema nas periferias. A primeira realização do Festival de Cinema das Periferias da Amazônia, ano passado, contou com participação de vários cineclubes que funcionam em escolas públicas dos bairros periféricos de Belém, com ações comunitárias, e também na região das ilhas próximas da capital.

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A pandemia do novo coronavírus, no entanto, mudou o foco dos ativistas. O projeto sentiu necessidade de uma reformulação e passou a ajudar as comunidades, fazendo campanhas e buscando doações. Veja vídeo abaixo.

“Nós nos mobilizamos para poder construir tudo que a gente tá fazendo agora. Não é somente a doação de cestas básicas e kits de higiene, e outras ações como o kit Telas da Esperança, mas também a gente tem a ação de comunicação comunitária”, frisou Matheus Botelho, um dos integrantes do projeto.

Matheus explicou que, antes do lockdown (isolamento social rígido decretado no Pará), o grupo realizava ações com grafite, faixas e distribuições de cartazes nas feiras movimentadas, como as do Guamá e Jurunas.

 "Não temos suporte do governo, nós atuamos de forma independente. Conseguimos fazer uma arrecadação on-line por meio de um edital de financiamento coletivo (em que ocorre a participação de uma empresa ou instituição)", disse.

O edital Em Frente, realizado por Fundo Em Frente, é uma união de várias empresas privadas que multiplica o valor doado, pela plataforma de crowdfounding Benfeitoria. "A gente realizou um mês de campanha, e conseguiu mais de R$ 30 mil. Ultrapassamos nossa meta e esse dinheiro foi multiplicado por esse fundo e com esse dinheiro a gente está conseguindo fazer essa atuação agora, comprando material das cestas, material dos kits de higiene e também ajudar a população com sua própria produção, pessoas que estão costurando máscaras.”

O projeto já distribuiu mais de 50 cestas básicas, kits de higiene e o kit pedagógico de desenhos com giz de cera para estimular as crianças a criarem histórias para salvar a sociedade da pandemia causada pela covid-19. Esse kit, informou Matheus, tem o objetivo de estimular a criatividade, a união em casa com as famílias e também materializa o esforço dos participantes do projeto de desenvolver algo lúdico para as crianças das periferias.

“Nós temos um grupo de saúde e fizemos um questionário e as pessoas se voluntariaram. Esse grupo de saúde é composto por profissionais e estudantes da área da saúde que fizeram várias dicas de saúde para as pessoas realizarem em suas casas, se conscientizarem. Desde lavar as mãos, usar máscaras corretamente, até uma série de outras coisas. Tudo isso está nas nossas redes sociais e que serve de serviço para população", destacou.

Para Matheus, o sentimento de estar realizando esse projeto é de gratidão, orgulho e empatia. “Não é aquilo da gente fazer uma coisa pontual e ir embora. É algo de construção com essas famílias e com essas comunidades para ter esse objetivo de construir um trabalho grande e que realmente tenha um impacto social”, frisou.

Segundo Matheus o cinema não se resume somente às salas de cinema comerciais ou independentes. O audiovisual chega para todos por multitelas, através do computador, do celular ou do próprio cinema. “O objetivo é buscar isso, esse movimento de telas, mas também da gente não ir até ao cinema, mas levar o cinema e o audiovisual até essas populações que historicamente são precárias e têm poucos ou nenhum apoio dos poderes públicos. O audiovisual também realiza transformação social", disse Matheus.

Segundo Matheus, o projeto atua nos bairros periféricos do Jurunas, Guamá, Terra Firme, na comunidade quilombola remanescente de Pitimandeua, no município de Castanhal, e nas ilhas da Paciência, Furo do Piriquitaquara e a Combu.

Quem quiser entrar em contato com o projeto para ajudar de alguma forma pode acessar suas redes sociais, pois lá eles explicam melhor e tiram dúvidas.

Instagram: https://www.instagram.com/telas_emmovimento/

Facebook: https://www.facebook.com/telas.emmovimento/

Com apoio de Cristian Corrêa.

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O Chile se aproxima de 60 mil novos casos do novo coronavírus, enquanto o número de mortes aumentou 29% nas últimas 24 horas, elevando o total para 589, informou nesta quinta-feira o ministro da Saúde, ao comparar a crise sanitária a uma "batalha descomunal".

As cifras de hoje marcam oito recordes diários do avanço da pandemia no país, de quase 18 milhões de habitantes. O número de mortos passou de 35 ontem para 45 hoje, e houve 3.964 novas infecções, de um total de 57.581 desde o primeiro caso, em 3 de março.

"É evidente que o número de casos está aumentando, o que significa que, nos próximos dias, isso irá pressionar a rede assistencial", advertiu o ministro da Saúde, Jaime Mañalich.

O ministro também pediu que, neste momento, sejam superadas as diferenças políticas e polarizações, reconhecendo que o Chile atravessa um momento de profunda desconfiança envolvendo o governo de Sebastián Piñera.

Esta semana, foram registradas manifestações violentas em áreas carentes de Santiago, onde a quarentena e paralisação de um grande número de atividades desde 16 de março provocam desemprego e fome. Nas últimas horas, surgiram nas redes sociais convocações para panelaços contra o governo.

Devido à pandemia do novo coronavírus, as aulas das instituições de ensino passaram a ser realizadas remotamente. Com isso, algumas universidades suspenderam ou adiaram os vestibulares de ingresso.

O LeiaJá preparou uma lista das universidades que cancelaram processos seletivos, em decorrência da pandemia da Covid-19. Confira:

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1 - Universidade Federal do Paraná (UFPR)  

A instituição aprovou nesta quarta-feira (20) o adiamento do Processo Seletivo UFPR 2020/2021. A nova data da prova objetiva do vestibular fica agendada para o dia 10 de janeiro de 2021. O conselho decidiu, ainda, seguindo a proposta do Núcleo de Concursos, estabelecer o dia 10 de agosto como data máxima para confirmar ou postergar a data, de acordo com a evolução da pandemia.

2 - Universidade Estadual de Goiás (UEG)

A UEG informa que está suspensa a realização do Processo Seletivo 2020/2. A principal justificativa é o atual cenário de incertezas em função da pandemia do novo coronavírus, que afetou diretamente várias atividades no Estado, inclusive os serviços administrativos presenciais na universidade, e que inviabiliza o cumprimento do calendário do certame.

3 - Universidade Federal do Tocantins (UFT)

Na UFT, estão suspensas, por tempo indeterminado, a aplicação de provas do Vestibular 2020/2 e Seleção da EaD 2020/2. O período de inscrições e o prazo final para pagamento das inscrições serão mantidos. Será estabelecido um novo cronograma para aplicação das provas e etapas subsequentes, assim que for seguro para todos os envolvidos.

4 - Universidade de Brasília (UnB)

A UnB informa que não há, no momento, data prevista para o lançamento dos editais do Vestibular para ingresso no segundo semestre deste ano, de Transferência Facultativa e dos processos seletivos para Portadores de Diploma de Curso Superior e para o preenchimento de Vagas Remanescentes. Todas essas seleções ocorrem no meio do ano e terão os editais lançados em momento oportuno, com a devida divulgação na página do Cebraspe e nos canais oficiais da UnB.

5 - Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG)

A instituição, por meio da Coordenadoria de Processos de Seleção, comunica o cancelamento do Vestibular de Inverno 2020. As vagas deste concurso serão ofertadas no Vestibular de Verão. As inscrições serão realizadas de 1º de setembro a 15 de outubro, com provas em 6 e 07 de dezembro. O calendário do Processo Seletivo Seriado (PSS) está mantido com inscrições de 1º a 30 de agosto e provas no dia 22 de novembro. As 1.453 vagas para ingresso na UEPG em 2021 serão todas ofertadas no fim de 2019.

6 - Universidade Estadual do Maranhão (UEMA)

A UEMA mantém suspensas as datas de realização do Processo Seletivo de Acesso à Educação Superior (PAES). “As novas datas só serão definidas a partir do acompanhamento da evolução da crise sanitária, da verificação do retorno das atividades escolares, públicas e particulares e das condições objetivas de interesse dos alunos. Pois, em primeiro lugar, está o interesse e o direito dos estudantes, futuros candidatos ao PAES 2021”, diz instituição. 

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Os aprovados no Edital de Conteúdo Remunerado da Frei Caneca FM continuam à espera da conclusão dos trâmites legais que possibilitarão a realização e veiculação dos 44 programas selecionados. Com prazos estourados e falta de respostas concretas, a não assinatura dos contratos configura descumprimento deum dos primeiros decretos assinados pela Prefeitura da Cidade do Recife (PCR) com medidas emergenciais para o período da pandemia do novo coronavírus e já virou tema constante na Câmara do Recife. 

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Segundo o edital, a fase de assinatura dos contratos deveria ter sido feita no dia 30 de março, o que não aconteceu. O descumprimento do prazo e a dificuldade de comunicação com a PCR e a Fundação de Cultura do Recife levaram os proponentes à publicar uma carta aberta cobrando respostas. Poucos dias depois, em 14 de maio, os aprovados receberam um e-mail que pedia desculpas pela demora entre os informes sobre o processo e afirmava que os contratos seriam assinados até o final do mês de maio. 

O assunto foi levado à Câmara do Recife, através de requerimentos feitos por parte do vereador Ivan Moraes Filho (PSOL), que vem cobrando celeridade no processo de resolução do edital. Em entrevista exclusiva ao LeiaJá, Ivan destacou a falta de compromisso da gestão para com o tema. “Já questionei numa reunião da comissão do coronavírus o secretário de governo, João Guilherme Ferraz, o secretário de planejamento, Jorge Vieira, até então, a PCR só diz que vai agilizar, mas até agora, nada”. 

O vereador também lembrou a presença do edital em um dos primeiros decretos assinados pelo prefeito Geraldo Júlio, em virtude da pandemia e  frisou a viabilidade do edital além da dificuldade na comunicação com a gestão. “É um edital bastante pequeno. Para se ter uma idéia, uma página inteira de jornal chega a custar 200 mil reais, a prefeitura chegou a colocar no seu orçamento quase 60 milhões para publicidade e propaganda então um edital desse pro orçamento que a prefeitura já tem, chega a ser irrisório. Eu tenho tentado me comunicar com os setores da cultura da PCR de forma inútil, nós não temos resposta. Eu associo isso à necessidade dessa gestão  entender a importância da comunicação e da cultura”. 

O que dizem os proponentes

Na última quarta (20), uma publicação feita no Diário Oficial do Recife dava conta da convocação de programas suplentes, por conta de desistências. Diante disso, alguns dos proponentes questionam o cumprimento do prazo estipulado pela prefeitura para o fim de maio, como Wilfred Gadêlha, do programa Pesado - Lapada para todos os gostos. “Até que esse programa (suplente) apresente toda sua documentação, eles (PCR) vão extrapolar esse prazo de maio. A gente não entende porque eles não estão chamando quem já está com tudo certo. Eu já estou com tudo certo desde o dia 24 de março, são dois meses. O certo seria eles mandarem uma minuta do contrato pra gente ir analisando”. 

Outros proponentes, também ouvidos pelo LeiaJá, comentaram sobre os prejuízos que a demora na resolução do edital tem causado. O jornalista Chico Ludemir, responsável pelo programa Brecha, frisou o atual momento de pandemia. “A situação financeira é de muita instabilidade e precariedade para muitas pessoas, incluindo os profissionais da cultura. Estamos em um momento de excepcionalidade extrema e não deveria ser necessário que a gente lembrasse isso para a Prefeitura da Cidade do Recife”. Ele também observa: “Não estamos pedindo auxílio ou assistência privilegiada. Estamos cobrando a contratação dentro de um edital público, de livre concorrência, em que fomos selecionados e que conta com o reforço de um decreto assinado pelo prefeito em 19 de março, de ações prioritárias da gestão. O desdobrar desse processo todo mostra uma falta de sensibilidade extrema da prefeitura”.  

Já Justino Passos, proponente do programa Labor, da ONG Ecos - Equipe de Comunicação Social, comenta sobre os danos que a lentidão na contratação e, em consequência, veiculação dos produtos na rádio causam de maneira geral. “O meu programa fala sobre o mundo do trabalho, diante disso, o prejuízo é para a sociedade. Se o programa entrasse no ar em março, a gente poderia estar informando muita coisa aos trabalhadores. Infelizmente, não fomos ao ar por conta desses atrasos da prefeitura. A questão não é nem financeira, o prejuízo maior é com a informação, com a comunicação”. 

O que diz a prefeitura

Procurada pelo LeiaJá, a Prefeitura do Recife informou, através de nota, que o "processo de contratação dos vencedores" já foi iniciado e que a assinatura de todos os contratos será feita até o final de maio. Confira na íntegra.

"A Secretaria de Cultura e a Fundação de Cultura Cidade do Recife informam que já foi iniciado, com tratativas virtuais, o processo de contratação dos vencedores do primeiro edital de conteúdo remunerado da Frei Caneca FM, que está na fase final de tramitação. Para os habilitados que estão com a documentação toda entregue, os contratos serão assinados até o fim de maio, como foi informado aos aprovados no referido e-mail."

A prefeitura de Garanhuns-PE divulgou, nesta quinta-feira (21), por meio das secretarias municipais de Saúde e Administração, abertura de novo processo seletivo destinado para cargos médicos, em razão da pandemia do novo coronavírus. Inscrições devem ser realizadas até 31 de maio. 

Ao todo, são oferecidas 16 vagas para os cargos de médico 24h (semana); médico 24h (final de semana); e médico (diarista). Os profissionais que forem efetivados terão remuneração de R$ 2.000 a R$ 2.500, atribuídos de acordo com os plantões exercidos. 

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Para participar, os interessados devem realizar as inscrições até 31 de maio, através do e-mail da secretarias: admsaudegus@gmail.com. A seleção simplificada conta com apenas uma etapa, composta de avaliação curricular, que fará o somatório de pontos de experiências e títulos.

No e-mail, deve ser entregue nos formatos JPG ou PDF as seguintes documentações: currículo, carteira de identidade, comprovantes dos pré-requisitos e comprovantes dos títulos acadêmicos, cursos, habilitações e experiências declaradas. 

Vale ressaltar que pessoas com mais de 60 anos, gestantes, portadores de doenças respiratórias ou outras pessoas pertencentes ao grupo de risco da Covid-19 não poderão participar da seletiva. Mais informações estão especificadas no edital do processo seletivo.

Durante o período de isolamento social provocado pela pandemia do coronavírus, diversos profissionais precisaram reinventar uma maneira de fornecer seus serviços ao público. E um grupo de profissionais pernambucanos decidiu fazer isso, mas com um propósito solidário, ajudar instituições a se manterem funcionando durante esse período. 

O projeto fotográfico “Vejo Você Daqui” é feito de forma remota, as fotos são tiradas a partir da tela do computador ou celular. Os ensaios são feitos por vídeo chamada e tem se tornado a alternativa de muitos fotógrafos. A iniciativa foi criada pelos fotógrafos Felipe Souto Maior, Morgana Narjara, e a jornalista, Thayanne Sales. 

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Os ensaios serão feitos em troca de doações para instituições que cuidam de pessoas e estão carentes de apoio nesse momento de pandemia. A primeira instituição a receber as doações será o Núcleo de Apoio à Criança com Câncer (NACC). Para participar é necessário realizar uma doação de pelo menos 2kg de alimentos não perecíveis, ou qualquer valor financeiro a partir de R$10, diretamente na conta da instituição direcionada pela organização do projeto. 

O NACC trabalha há 35 anos e oferece suporte e acolhimento para crianças e adolescentes com câncer em hospitais públicos do Recife. A instituição atende cerca de 200 pacientes por mês disponibilizando alimentação, transporte, fisioterapia, terapia ocupacional, dentista e outros serviços.

O projeto visa ajudar diversos locais a receberem os donativos e doações. O agendamento pode ser realizado através da página do projeto no Instagram @vejovocêdaqui. O ensaio tem duração de 20 minutos e será marcado após a confirmação da doação.

O doador poderá fazer 10 fotos, que serão enviadas por email e podem ser publicadas na página do projeto. Já participaram do projeto o cantor Silvério Pessoa, a cantora Bruna Caram a atriz Wilma Gomes e outros.

O Brasil recebeu nesta quinta-feira (21), em Guarulhos (SP),  o primeiro voo com 4,5 milhões de máscaras N95, equipamento de proteção individual (EPI), mais indicado para profissionais expostos a ambientes contaminados. 

As 30 toneladas que chegaram integram parte das 960 toneladas de máscaras cirúrgicas desse tipo compradas da China pelo governo federal.

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Elas serão distribuídas pelo Ministério da Saúde visando o enfrentamento da covid-19 em todo o país. Além do porão da aeronave, a cabine foi adaptada para receber as caixas com o produto.

O Ministério da Infraestrutura é responsável pela operação especial e vai fretar mais de 40 voos para transportar a carga que corresponde a 240 milhões de máscaras.

O ministério também está apoiando estados e prefeituras na logística e distribuição de equipamentos enviados pelo governo federal ou adquiridos diretamente.

As pró-reitorias acadêmicas e câmaras do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe), divulgaram em comunicado no site oficial da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), nesta quarta-feira (20), que iniciaram discussões sobre a retomada das aulas presenciais.

De acordo com a reitora Sandra Goulart Almeida, que também é presidente da Cepe, ainda não há datas previstas para o retorno das aulas, no entanto o planejamento do calendário se dará “de forma organizada e coletiva”, seguindo as recomendações das autoridades de saúde. A docente também reiterou que “o semestre não será cancelado”. A decisão divulgada pela UFMG foi deliberada em reunião do Cepe, no último dia 14 de maio.

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No Twitter, estudantes satirizam a retomada das aulas, argumentando que, em meio a pandemia da Covid-19, a Universidade poderia estar nos assuntos mais comentados da rede social por ter encontrado a cura para o coronavírus. Outros internautas tentam tranquilizar os demais explicando que a volta as aulas ainda está sendo pensada.

Atividades a distância

No comunicado, a UFMG ainda explica que certamente a retomada será em bases diferentes, tendo como possibilidade a ampliação das atividades à distância. 

Para tanto, a reitora, Sandra Goulart, encaminhou pedido de recursos para a Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação (MEC) para realizar as adequações de acordo com necessidades do campus. 

Ela também informou que a Diretoria de Tecnologia da Informação (DTI) tem atuado em melhorias para aumentar a capacidade de acesso à internet da comunidade acadêmica, assim como os sistemas Siga e Moodle. 

Ofícios encaminhados pelas pró-reitorias aos setores acadêmicos da UFMG, com as primeiras orientações sobre esse planejamento, deverão ser respondidos até 1º de junho, com informações sobre a capacidade de oferta de atividades a distância para graduação, pós-graduação e extensão) e a infraestrutura de pesquisa (unidades).

As autoridades holandesas alertaram para um possível contágio por coronavírus de um funcionário de uma fazenda de criação de visons, no que seria o primeiro caso de transmissão de animais a humanos neste país.

No final de abril, as autoridades fecharam duas criações de visons no sul da Holanda depois que descobriram que havia animais infectados.

Os cientistas compararam o código genético do vírus encontrado nos visons com o de um paciente e criaram a "árvore genealógica" para rastrear a mutação, explicou a ministra da Agricultura holandesa, Carola Schouten, em uma carta ao Parlamento.

Os resultados levaram à conclusão de que "é possível que um dos funcionários tenha sido contaminado pelos visons", segundo Schouten.

A ministra minimizou o medo de que haja outros contágios do animal para o homem e explicou que as amostras de ar e partículas de poeira analisadas fora dos locais onde os visons são mantidos não continham traços do vírus.

O governo, no entanto, adotou novas medidas e proibiu, por exemplo, visitas a fazendas onde houve casos de contaminação e testes forçados de diagnóstico a serem realizados em todas as criações de visons do país, onde a Covid-19 matou 5.715 pessoas e contaminou pelo menos 44.249.

A criação de visons para a comercialização de peles é um tema polêmico na Holanda. Em 2016, a instância judicial mais importante do país ordenou o fechamento dessas fazendas até 2024.

Os muros da Embaixada do Brasil na França foram tomados por placas e cartazes contra o governo Bolsonaro e sua metodologia para combater o novo coronavírus. Nesta quinta-feira (21), o prédio localizado em um dos bairros mais sofisticados de Paris, amanhaceu com o pedido de renúncia do presidente.

As faixas em preto e vermelho indicavam a necessidade de uma nova política no Brasil. Além de pedir a saída do mandatário, a ampliação da distribuição de armamento também foi criticada.

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Na quarta-feira (20), o embaixador Luís Fernando Serra enviou uma carta para o diretor Luc Bronner publicar na edição do jornal Le Monde. No texto, o diplomata se mostrou contrário à política de Jair Bolsonaro (sem partido).

Confira

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O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM) fez uma grave denúncia contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nessa quarta-feira (20). O médico afirmou que Bolsonaro tentou obrigá-lo a modificar a bula da cloroquina para que o medicamento fosse usado no tratamento de pacientes com o novo coronavírus. É importante reforçar que a eficácia da substância não tem comprovação científica.

"Me pediram para entrar numa sala e estavam lá um médico anestesista e uma médica imunologista [...] e a ideia que eles tinham era de alterar a bula do medicamento na Anvisa, colocando na bula indicação para Covid", revelou Mandetta em entrevista à Globo News. O ex-ministro da saúde disse que um "decreto" já estava pronto e foi proposto diante de ministros, representantes da Advocacia Geral da União (AGU) e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)

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Isolado politicamente e preocupado com o apoio dos empresários, desde o início da pandemia no Brasil, Bolsonaro minimiza as consequências da Covid-19. O proprietário da farmacêutica responsável pela produção da hidroxicloroquina - Apsen - Renato Spallicci é um de seus aliados.

Focado na retomada da economia, o presidente força a reabertura do comércio com a indicação do medicamento, estimula o descumprimento das recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) ao atacar o isolamento social e convocar manifestações. Ele ainda fez piada no dia que o país atingiu 1.179 óbitos em 24 horas - o recorde de mortes pela doença no Brasil em um dia.

A recusa pela distribuição do remédio culminou nas saídas de Mandetta e do sucessor, Nelson Teich. Com a entrada do atual ministro, general Pazuello, foi aprovado o novo protocolo, que recomenda a hidroxicloroquina em casos leves, mediante assinatura do paciente sobre os riscos do uso, pois a substância pode levar à morte.

Paralelamente à corrida para encontrar uma vacina contra o novo coronavírus, as grandes empresas farmacêuticas também competem para encontrar anticorpos monoclonais, uma arma capaz de neutralizá-lo.

Os anticorpos monoclonais são usados há cerca de 30 anos para tratar câncer ou doenças inflamatórias e também podem funcionar contra o SARS-CoV-2, o nome científico do novo coronavírus que causa a doença Covid-19.

Originalmente, esses anticorpos são moléculas produzidas naturalmente pelo sistema imunológico para desencadear um ataque contra perigos específicos, como células cancerígenas, bactérias ou vírus. Para poder usá-los para fins terapêuticos, devem ser clonados em laboratório.

Atualmente, dezenas de equipes de pesquisa em todo o mundo trabalham para selecionar anticorpos capazes de neutralizar o coronavírus, responsável por uma pandemia que deixou mais de 320.000 mortos em todo o mundo.

Os anticorpos monoclonais são selecionados no sangue de pacientes curados ou produzidos em laboratório a partir de grupos de células preparadas para esse fim.

Todos têm em comum o ataque à proteína S com a qual o vírus SARS-CoV-2 se liga à superfície das células humanas, uma proteína que tem um papel fundamental no processo infeccioso, explicou à AFP o pesquisador Hugo Mouquet.

Há dois meses, seu laboratório de imunologia no Instituto Pasteur, em Paris, começou a procurar esses anticorpos.

Até o momento, já fizeram uma primeira seleção de anticorpos a partir do sangue de uma dúzia de pacientes que tiveram uma "forte resposta imune".

Outros laboratórios estão mais avançados, de acordo com inúmeras publicações científicas sobre a descoberta de anticorpos contra o coronavírus, ao todo cerca de quinze, diz Hugo Mouquet.

- Anticorpo "promissor" -

Na segunda-feira, uma equipe de cientistas suíços e americanos anunciou na revista Nature a descoberta de um anticorpo monoclonal humano "promissor".

Chamado S309, este anticorpo "promete um antídoto eficaz para limitar a pandemia de Covid-19", indicaram os pesquisadores.

O S309 tem a particularidade de ter uma atividade neutralizante de amplo espectro contra os sarbecovírus, uma categoria dos coronavírus do qual o SARS-CoV-2 faz parte, bem como o vírus responsável pela epidemia de SARS em 2003.

Algumas horas antes, uma equipe chinesa anunciou à revista americana Cell a descoberta de anticorpos neutralizantes eficazes.

Trata-se de um 'coquetel' de 14 anticorpos, selecionados no sangue de 60 pacientes chineses convalescentes.

Eles foram testados com sucesso em ratos e permitiram que animais doentes se curassem e animais saudáveis permanecessem protegidos após serem contaminados em laboratório.

Sunney Xie, chefe desta pesquisa e diretora do Centro de Inovação Avançada e Genômica da Universidade de Pequim, disse à AFP que existem ensaios clínicos em seres humanos em andamento com esses anticorpos e que pode haver um tratamento disponível ainda este ano.

Um prazo "viável", de acordo com Hugo Mouquet, porque leva cerca de seis meses para realizar testes de eficácia em humanos com anticorpos monoclonais.

No entanto, segundo o pesquisador francês, "eles teriam mais eficácia terapêutica do que preventiva".

De qualquer forma, os anticorpos monoclonais não competirão com as vacinas, mas serão complementares, de acordo com o francês.

O conhecimento exato das modalidades de ação dos anticorpos monoclonais terá um efeito benéfico nas vacinas para torná-las "mais precisas e eficazes", diz Mouquet.

Por enquanto, o principal obstáculo é econômico. O infliximab, um dos anticorpos monoclonais mais antigos e mais vendidos no mundo contra a doença de Crohn e a artrite reumatóide, custa, por exemplo, na França, cerca de 500 euros por dose.

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