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A disputa pelo comando da Prefeitura do Recife está cada vez mais polarizada entre os candidatos Geraldo Julio (PSB) e João Paulo (PT). O primeiro levantamento do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), encomendado pelo Portal LeiaJá em parceria com o Jornal do Commercio, mostra que os dois estão tecnicamente empatados. De acordo com o estudo, caso a eleição fosse hoje, João Paulo teria 27,7% das intenções de votos enquanto Geraldo 25,3%. 

O petista lidera numericamente, porém, com a margem de erro da pesquisa estimada em quatro pontos percentuais, para mais ou para menos, os dois protagonizam um empate. O tucano Daniel Coelho – segundo lugar na eleição em 2012 – aparece em terceiro com 5,9% da preferência dos entrevistados e a neófita Priscila Krause (DEM), com 3,5%. Já o candidato Edilson Silva (PSOL) tem 0,8% das intenções e Pantaleão (PCO) 0,3%. Os postulantes do PV, Carlos Augusto, e do PSTU, Simone Fontana, não foram citados na aferição estimulada.

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Os percentuais, sob a análise do cientista político e coordenador do IPMN, Adriano Oliveira, constatam “nitidamente” que ainda não há uma liderança concreta na disputa e aponta uma polarização entre Geraldo e João Paulo. Apesar disso, o estudioso não descartou a possibilidade de o socialista decidir o pleito no primeiro turno. 

“Mesmo com a polarização, não descarto, de modo algum, a vitória de Geraldo Julio no primeiro turno. Pois se ele abrir uma vantagem de sete a oito pontos percentuais com João Paulo tendo um teto eleitoral entre 30 e 32 pontos e uma disputa acirrada pelo terceiro lugar entre Daniel e Priscila, é possível que ele vença no primeiro turno”, projetou Oliveira.

A concorrência pelo terceiro lugar entre Daniel Coelho e Priscila, que já aparecem tecnicamente empatados, também é um fator que merece destaque diante do primeiro levantamento do IPMN segundo o cientista. “Não será nenhuma surpresa verificarmos a ultrapassagem de Priscila Krause nas próximas pesquisas. Daniel já foi candidato a prefeito e os recifenses já o conhecem, mas o que os dados mostram é que ele não é um candidato com o potencial de vir a estar no segundo turno”, observou o coordenador do Instituto. 

O estudo também aferiu a intenção de voto de forma espontânea – quando os próprios entrevistados dizem em quem pretendem votar. Neste caso, o ex-prefeito tem 19,6% de citação e o atual gestor da capital pernambucana 17,6%. O tucano é o terceiro mais mencionado com 2,9% e a democrata aparece com 2,6% das intenções.  

Apesar dos percentuais apresentados para cada candidato, o que mais chama atenção nas duas formas de mensurar o voto é o quantitativo de entrevistados que, se o pleito fosse hoje, não votariam em nenhum dos nomes postos para a corrida. Na aferição espontânea o número é de 33,8%, já na estimulada branco, nulo ou nenhum totaliza 30,4%. 

Recifenses têm medo do retorno de João Paulo

Apesar de ser o preferido para governar o Recife, João Paulo também aparece como o político que os recifenses mais têm medo que venha a ser eleito. De acordo com a amostra do IPMN, 17,2% dos entrevistados temem o possível retorno do petista, enquanto 16,5% estão amedrontados com a reeleição do prefeito Geraldo Julio. “É uma taxa de rejeição normal”, ressalta Oliveira.

O medo de que Pantaleão assuma a administração da capital pernambucana é 4,8% dos recifenses, já Daniel, tem 3,2%; Carlos Augusto, 2,2%; Edilson, 2,1%; Priscila, 1,4%; e Simone Fontana, 0,6%. A maioria [45,4%], entretanto, disse não ter medo da gestão dos postulantes citados.   

O Instituto foi a campo nos dias 24 e 25 de agosto para ouvir 624 pessoas. A pesquisa foi registrada no dia 23 de agosto no Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) com o número PE-03829/2016. O nível de confiança do levantamento é de 95% e a margem de erro é estimada em quatro pontos percentuais. 

 

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Com uma campanha orçada em R$ 30 mil e a tese de não aceitar doações financeiras de empresários, a candidato do PSTU a Prefeitura do Recife, Simone Fontana, aproveitou o domingo (21) para “vender” feijoada no bairro da Boa Vista, no centro da capital pernambucana, visando arrecadar fundos para custear os gastos da campanha. 

A ideia, segundo a postulante, na realidade não é de venda, mas de troca. “A pessoa dá uma quantia em dinheiro e recebe a feijoada. Cada um doa a quantia que pode, já recebemos R$10, R$30 e tem gente que doa até R$50 em troca”, explicou.  “Não sai de graça para ninguém e este é só a primeira campanha, terão outras. É possível atingirmos os R$ 30 mil, todas as nossas campanhas são assim e até hoje nunca saímos com dívidas”, acrescentou a prefeiturável.

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Indagada sobre como avalia os candidatos que custeiam as campanhas com doações volumosas, Simone Fontana encarou como questão de dependência. “Não aceitamos dinheiro da burguesia, sabe por quê? Toda vez que se aceita, o candidato torna-se dependente dela e precisa encontrar meios de pagar”, argumentou. 

“Nossa candidatura é da causa dos trabalhadores, nos orgulhamos de não estar ao lado do governador [Paulo Câmara]”, corroborou o candidato a vice-prefeito, José Maria. O PTSU disputa as eleições com uma chapa ‘puro sangue’. No local, além da ação, também aconteceu oficialmente o lançamento das candidaturas da legenda ao pleito. Na chapa proporcional, eles concorrem com três candidatos a vereador: Lourdes Florentino, Jair Pedro e Hélio Cabral.

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A candidata à Prefeitura do Recife pelo Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) Simone Fontana participou, nessa terça (16), do Dia Nacional de Luta em Defesa do Emprego e dos Direitos Trabalhistas, que aconteceu em várias cidades do país. Fontana declarou que sua candidatura estará a serviço da luta dos trabalhadores. A mobilização aconteceu na Praça do Diário, no Centro do Recife. 

Em entrevista ao Portal LeiaJá, a candidata disse que é fundamental construir momentos de resistência como essa mobilização que reuniu representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe), CUT, CTB, Conlutas, CGTB, Força Sindical, Intersindical, NCST, UGT, Frente Brasil Popular e Frente Povo Sem Medo. “O Governo Temer vem atacar, de forma brutal, os direitos da classe trabalhadora, por isso, irem lutar junto à classe”, disse.

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Simone Fontana ressaltou que será construída, com as centrais trabalhadoras, uma greve geral. “Hoje, quem comanda as cidades são os grandes empresários e eles não estão a serviço da classe. Queremos fazer do Recife uma frente de resistência. Queremos construir uma cidade para a classe trabalhadora. Também iremos preparar, junto às centrais trabalhadores, uma greve geral”. 

Ainda afirmou que a sua candidatura tem como objetivo construir caminhos verdadeiramente democráticos. “Como funciona atualmente a democracia, não ajuda a classe”, lamentou. E acrescentou. “Por isso queremos colocar Temer e todos os corruptos, que não tem moral nenhuma, para fora”, disparou.

 

 

Os candidatos a prefeito do Recife decidiram iniciar a campanha eleitoral deste ano com atos mais modestos. Caminhadas, panfletagens e encontro com a militância fazem parte das atividades marcadas para esta terça-feira (16). O start foi dado cedo na capital pernambucana: às 6h Daniel Coelho (PSDB) já fazia panfletagem no Pina, na Zona Sul, ao lado do postulante a vice, Sérgio Bivar (PSL). Abdicando hoje das atividades em Brasília, já que o tucano é deputado federal, à noite ele permanece no Recife e faz uma caminhada em Dois Unidos, às 19h.

Antes das 8h, Edilson Silva e os candidatos da chapa proporcional do PSOL também já panfletavam e conversavam com a população no Derby, área central do Recife. Cerca de 50 pessoas erguiam bandeiras e avisavam a população que oficialmente iniciou a corrida pelo pleito municipal.

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Por volta das 9h, também do Derby, a campanha do candidato Carlos Augusto (PV) ganha as ruas em uma caminhada que seguirá pelas Avenidas Agamenon Magalhães, Conde da Boa Vista e Guararapes, finalizando na Praça da Independência. No início da tarde, o grupo retoma a caminhada, reunindo-se na Praça do Carmo e seguindo depois pela Avenida Dantas Barreto até o Mercado de São José, no bairro homônimo, no centro da cidade.

Quem também fará caminhada pela manhã é João Paulo (PT). Ele sairá do Pátio do Livramento, no bairro de Santo Antônio, seguindo pelas ruas Direita e Tobias Barreto, finalizando no Camelódromo, na Avenida Dantas Barreto. À noite, às 19h, ele realiza a Ciranda Cultural, com o objetivo de coletar propostas para a construção do programa de governo na área.

Até às 11h, a democrata Priscila Krause participa de um debate no Lide Mulher, à tarde cumpre as atividades parlamentares na Alepe e às 18h30 faz um ao vivo no Facebook na Rua do Bom Jesus. Já às 20h, ela participa de um encontro com a militância em Nova Descoberta. 

Candidato à reeleição, o prefeito do Recife Geraldo Julio (PSB) comanda, às 19h, o Encontro Voluntário G40, no Sport Club do Recife, com um grupo de recifenses que atuarão como voluntários durante o pleito. Na reunião, será passada uma cartilha com o que pode ou não ser feito durante a campanha e as ações de Geraldo durante sua gestão. 

Até a publicação desta matéria não localizamos a candidata Simone Fontana, do PSTU.

Os partidos políticos que disputarão o comando da Prefeitura do Recife em outubro estão fechando os ajustes finais para a formalização das chapas escolhidas para pleito. Nesta quarta-feira (20) começa a contar o prazo para a realização das convenções partidárias. Entre as afinações, inclusive, está a escolha do nome que disputará o cargo de vice. As primeiras oficializações já acontecem na quarta e, segundo a Justiça Eleitoral, podem ser realizadas até o dia 5 de agosto.

Na quinta-feira (21), será a vez da chapa composta pelo PT, PRB, PTdoB, PTB, PTN fechada na última sexta-feira (15). Para a disputa majoritária, eles vão sair com o ex-prefeito João Paulo e o deputado estadual Silvio Costa Filho, candidatos a prefeito e vice, respectivamente. A convenção será realizada na Câmara dos Vereadores do Recife, a partir das 16h. 

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A aliança PSDB e PSL oficializa a postulação do deputado federal Daniel Coelho (PSDB) a prefeito da capital pernambucana no domingo (24). O tucano vai disputar ao lado do empresário Sérgio Bivar (PSL), candidato a vice. O evento será na sede do partido, no bairro do Derby.

Outras três convenções estão marcadas para o sábado (30). Uma do prefeito Geraldo Julio (PSB), que disputará a reeleição, e deve ter o vice, Luciano Siqueira (PCdoB) mantido na chapa. A aliança que endossa a postulação do socialista é a maior na disputa deste ano, com 15 partidos. Além do PSB e PCdoB, também englobam a chapa Rede Sustentabilidade, PP, PMDB, Solidariedade, PSDC, PMB, PR, PTC, PEN, PPL, PPS, PDT, PRTB. A oficialização será no Clube Internacional do Recife.

A candidatura da deputada estadual Priscila Krause (DEM) também será homologada no dia 30. A convenção municipal do DEM vai acontecer na Câmara Municipal do Recife, a partir das 9h. Krause ainda não tem vice e há a expectativa de que o PMN, que desistiu da postulação do ex-vereador Sérgio Magalhães, firme aliança com ela para a disputa.

No mesmo dia também está prevista a convenção do PV que vai oficializar a postulação de Carlos Augusto, às 15h, mas sem local definido até o fechamento desta matéria. Apesar das especulações de que ele poderia se aliar a Krause, sendo vice dela já no primeiro turno, o verde garantiu que a sigla terá candidatura própria e estão tentando firmar aliança para fechar o vice. 

O PSTU lança, nesta quarta-feira (20), a candidatura da professora Simone Fontana à Prefeitura do Recife. A oficialização vai acontecer durante a convenção da legenda, marcada para às 19h. Além de Fontana, que terá como vice o professor José Mariano, também serão oficializadas as postulações de Jair Pedro, ex-candidato a governador de Pernambuco; Lourdes Florentino e Hélio Cabral a vereadores.

De acordo com a sigla, a participação de Simone Fontana na disputa é em “contraponto à falsa polarização entre governistas e a oposição burguesa na capital pernambucana”. No último pleito, em 2014, ela foi candidata ao Senado. 

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“As eleições possibilitam uma boa oportunidade de discutir com a classe trabalhadora os problemas do país e da cidade e reafirmar que, sob o capitalismo, não haverá solução para o desemprego, a falta de moradia, a miséria e os baixos salários”, argumenta o PSTU. Segundo o partido, a convenção vai debater “um programa dos trabalhadores para a prefeitura do Recife”.

PSTU, PSOL e PCB de Pernambuco lançam, nesta quarta-feira (19), uma campanha para "barrar" a reforma política aprovada na Câmara dos Deputados e em análise no Senado. A mobilização será lançada durante uma reunião que acontece no Recife, às 19h. Durante a ocasião também será divulgado o manifesto "Abaixo a reforma política antidemocrática", assinado pelas três legendas. 

"Essa primeira atividade de um calendário que pretende envolver também os movimentos sociais para barrar a reforma", esclarecem as legendas. "Além de constitucionalizar o financiamento empresarial das campanhas eleitorais, a Câmara votou uma cláusula de barreira que coloca o PSTU, o PSOL, o PCB, o PCO e o PPL em uma situação de semi-legalidade, ao retirar o tempo de Televisão destes partidos e vetar seu acesso ao Fundo Partidário", acrescentam. 

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Abaixo a reforma política antidemocrática

A Reforma Política votada em primeiro e segundo turno na Câmara dos Deputados torna ainda pior o sistema eleitoral brasileiro, confirmando que não é possível nutrir expectativas de reformas positivas por este Congresso. Além de constitucionalizar o financiamento empresarial das campanhas eleitorais - aumentando inclusive o teto de doação empresarial de campanhas para R$20 milhões por empresa - a Câmara votou uma cláusula de barreira que coloca o PSTU, o PSOL, o PCB, o PCO e o PPL em uma situação de semi-legalidade, ao retirar o tempo de Televisão destes partidos e vetar seu acesso ao Fundo Partidário. A reforma também tira a obrigatoriedade de emissoras convocarem para os debates partidos com menos de nove deputados federais eleitos, quando o correto deveria ser garantir a presença de todos as candidaturas majoritárias nos debates.

Tal votação significa um duro ataque às liberdades democráticas, ao restringir a liberdade partidária duramente conquistada com a derrubada da ditadura militar e atingir justamente partidos vinculados à classe trabalhadora e à esquerda. Querem calar tais partidos, impedir que os mesmos possam se apresentar e fazer conhecer suas propostas aos mais de 200 milhões de brasileiros.

Essa reforma está para ser votada no Senado. Cobramos que esta casa garanta a Democracia e os senadores se somem à campanha pelo NÃO a reforma política antidemocrática de Cunha!

Chamamos também os sindicatos, organizações populares, entidades democráticas, partidos políticos e todos aqueles comprometidos com a luta pela democracia, para uma campanha em defesa do direito democrático à legalidade plena para os partidos de esquerda (PSOL, PSTU, PCB, PPL e PCO), único alvo real da falsa reforma política. Consideramos importante também que essas organizações se posicionem pelo fim do financiamento empresarial de campanha e contra qualquer cláusula de barreira que restrinja a liberdade partidária no Brasil.

Assinam esse manifesto: PSTU PE, PSOL PE e PCB PE.

O presidente nacional do PSTU, Zé Maria, criticou a aprovação, nesta semana, dos temas da reforma política na Câmara dos Deputados, em Brasília. Para o político, a legenda mais prejudicada com as novas propostas foi o PSTU.

Entre as reclamações, o tema cláusula de barreira é um dos considerados graves para a legenda, principalmente porque afeta no tempo de TV. "A cláusula de barreira votada pela Câmara já seria grave só pelo fato de que a decisão de tirar o tempo de TV dos partidos sem representação parlamentar foi feita pelos próprios partidos que já tem representação parlamentar. Eles legislaram em causa própria e decreta o monopólio do tempo de TV para os próprios partidos", questiona Zé Maria.

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Além deste ponto, o líder do PSTU reclama do sistema eleitoral brasileiro como um todo. "Mas o problema é mais grave. O sistema eleitoral brasileiro que já é profundamente desigual fica ainda mais injusto e antidemocrático. E, não é só antidemocrático com o nosso partido e com os demais que também foram prejudicados. É antidemocrático também com o povo brasileiro. Sim, porque a população tem o direito de conhecer as ideias do nosso partido, assim como dos demais", alfinetou.

Zé Maria fez análises políticas e criticou o PMDB, PSDB e PT. "Ainda somos obrigados a ouvir que o que se quer é acabar com os partidos de aluguel? Ora, partido de aluguel é o PMDB que não fez outra coisa nos últimos 20 anos do que alugar o seu tempo na TV, ora para o PSDB ora para o PT. A moeda com que se pagou este aluguel foram os ministérios, os cargos na direção de estatais que FHC, Lula e agora a Dilma deram a este partido", denuncia. 

Sobre a não destinação do Fundo Partidário para as siglas sem representação parlamentar, o presidente do PSTU relembrou a posição da sigla. "Somos contra este fundo, não achamos que seja certo: o Estado financiar os partidos. Nenhum partido deveria recebê-lo", argumenta, reclamando em seguida do financiamento das campanhas eleitorais. "O que era ruim, ficou pior. Além da censura de alguns partidos, a Câmara institucionalizou a corrupção. A doação das empresas é na verdade um investimento cobrado depois das eleições em privilégios e contratos superfaturados", analisou. "Somos contra o financiamento empresarial e, inclusive, fomos o único partido a apoiar a ação da OAB no Supero Tribunal Federal proibindo este tipo de prática por ser inconstitucional", destacou. 

O membro do PSTU fez ainda um chamado as organizações dos trabalhadores do país a se posicionarem e lutarem contra a reforma. "As liberdades democráticas só existem para alguns, não existem para ninguém. Esta luta, portanto, é de todos que defendem a liberdade e a democracia", afirmou Zé Maria.

O Partido Social dos Trabalhadores Unificado (PSTU) exibirá na noite desta quinta-feira (23) seu programa partidário semestral. Na veiculação, a agremiação denunciará o discurso dos políticos e do governo federal nas eleições e “os ataques aos trabalhadores quem vem impondo após eleitos”.

Com a participação do presidente nacional da legenda, Zé Maria, a gravação também abordará o Projeto de Lei da Terceirização e as Medidas Provisórias 664 e 665 que versam sobre os benefícios do seguro desemprego e previdência social. "Em algum momento eles falaram que iriam terceirizar, retirar os seus direitos e fazer um ajuste fiscal antissocial?", questionará a presidente do PSTU em Sergipe, Vera Lúcia. Também marcam presença no programa os vereadores do PSTU em Belém, Cleber Rabelo, e em Natal, Amanda Gurgel.

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Zé Maria aproveitará o espaço público para fazer um chamado às centrais sindicais e às organizações dos trabalhadores para a construção de uma greve geral. "O governo diz que o ajuste antissocial é a única solução para a crise. Mas existe outro caminho. Os capitalistas que paguem pela crise", dirá, defendendo a suspensão do pagamento da dívida pública aos banqueiros, a redução da jornada de trabalho, a reforma agrária e uma Petrobras 100% estatal, sob o controle dos trabalhadores.

O programa d PSTU tem duração de cinco minutos e será exibido às 20h no rádio e às 20h30 na televisão. 

 

Após um ano do assassinato da militante do PSTU Sandra Fernandes e seu filho Icauã Rodrigues, será realizado nesta quarta-feira (11), uma audiência de instrução e julgamento. O ato ocorrerá Fórum de Olinda, a partir das 14h.

Além de militante do PSTU, Sandra era professora e foi brutalmente assassinada, vitima do machismo, pelo então namorado dela, no último dia 17 de fevereiro de 2014. 

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Nas redes sociais um evento organizado pelo Movimento de Mulheres em Luta Pernambuco, convida os internautas a participarem da solenidade com a exposição da seguinte mensagem. “Durante esse tempo estamos transformando nosso luto em luta, e nos dedicando a garantir visibilidade para que essa dura perda não seja apenas mais uma!  É hora de exigirmos Justiça pra Sandra e Icauã, mas também para todas as mulheres vítimas do machismo no nosso país!”, informa os organizadores destacando no convite a participação dos movimentos sociais, feministas e estudantis.

Após a votação, na manhã deste domingo (5), no centro educacional Invest, o candidato ao Governo de Pernambuco pelo PSTU, Jair Pedro desabafou que o processo eleitoral. Ele disse que a campanha não foi tão democrática como ele esperava, pois não teve a oportunidade de participar dos debates televisivos e tinha um curto tempo de guia. “Infelizmente a nossa campanha foi um pouco prejudicada, porque fomos barrados de algumas situações, como os debates com os candidatos ao governo.  Isso  mácula o processo, mas mesmo diante dessas dificuldades conseguimos fazer crescer a nossa candidatura”, informou.

Sempre ressaltando as lutas da classe trabalhadora, o candidato do PSTU afirmou que a campanha teve um saldo positivo, pois pôde despertar no povo pernambucano a preocupação com os ‘oprimidos’. “Nós queremos um dia construir e ver realizado um Pernambuco para os trabalhadores. Essa foi a marca da nossa candidatura e para nós foi muito importante ter colocado essa  campanha na rua, porque foi uma campanha classista, socialista e não esteve vinculada nem com Paulo Câmara, nem Armando Monteiro,  que não contemplam as lutas das classes”,  alfinetou Jair Pedro. 

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De acordo com o candidato, após acompanhar a majoritária do partido até os referidos locais de votação, ele seguirá para a Arena do Palito, na Bomba do Hemetério, onde irá acompanhar a apuração dos votos. “ Vamos acompanhar o resultado das  votações  junto com o povo, com os trabalhadores, os oprimidos e os explorados. É assim que vamos encerrar a nossa campanha”, declarou  Jair Pedro, reafirmando que se a disputa seguir para o segundo turno acredita que o PSTU não irá apoiar nenhum dos candidatos, inclusive no âmbito nacional. “Nosso partido vai se reunir para tomar uma posição sobre o segundo turno, mas provavelmente não vamos apresentar proposta  de apoio a nenhum  dos candidatos ao governo de Pernambuco. A  nível federa  também  não vamos indicar o voto em Dilma,  Aécio e nem Marina”, concluiu.

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Um ato sem muita adesão, mas que o foi considerado muito significativo para o postulante do PSTU ao governo de Pernambuco, Jair Pedro. Intitulado de bandeiraço, apesar de contar com três bandeiras expostas, a atividade realizada esta terça-feira (30), no bairro da Boa Vista, marcou a reta final da campanha eleitoral. Jair Pedro e os poucos militantes que percorreram algumas ruas do centro do Recife distribuíram panfletos e conversaram com a população.

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Na ocasião, o candidato afirmou se sentir prejudicado pela falta de espaço nos meios de comunicação. “Tivemos a oportunidade de conversar com algumas pessoas e eles mostraram a necessidade de renovar a política. Nós temos um grande problema, não vamos participar do último debate televisivo, assim como não estivemos nos anteriores, dificultando muito a nossa presença diante do eleitorado. Isso macula o processo democrático eleitoral”, declarou. 

Mesmo sabendo que não possui chances para vencer as eleições, o postulante ressaltou que sua candidatura cumpriu a missão, com propostas que atendem aos interesses da classe trabalhadora. Sobre o apoio aos adversários em um possível segundo turno, Jair Pedro disse que provavelmente permanecerá neutro, pois nenhum dos candidatos ao governo condizem com as perspectivas ideológicas do partido. Mas não descartou a possibilidade de apoio, ao garantir que precisa analisar o cenário. “A gente não se identifica com as propostas de Paulo Câmara e Armando Monteiro, pois não visam os interesses do trabalhador. É possível que num segundo turno a gente continue seguindo a mesma linha de raciocínio e diga aos nossos eleitores que essas candidaturas não sejam opção. Mas vamos aprofundar o cenário local para anunciar nossa posição”, explicou o candidato.

O candidato do PSTU à Presidência da República, Zé Maria, propõe a estatização de todo o sistema financeiro e o rompimento da dívida pública como forma de viabilizar recursos para investir em saúde, educação e transporte público. Ele também defende a reformulação do Legislativo nacional e das polícias. 

Confira as principais propostas do candidato:

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- Reajuste geral de salários: dobrar o salário mínimo, com o objetivo de chegar ao mínimo do Dieese, que, em outubro de 2010, deveria ser R$ 2.132,09. Ao mesmo tempo, reduzir a jornada de trabalho para 36 horas sem redução de salários e direitos;

- Petrobras 100% estatal sob controle dos trabalhadores, com a retomada do monopólio estatal do petróleo sem indenização às empresas e a realização de um plebiscito que decida os rumos da exploração do petróleo no país;

- Reestatização das empresas privatizadas, que passarão a ser comandadas pelos trabalhadores;

- Fim do Senado: por uma Câmara Única com mandatos revogáveis;

- Destinação imediata de 6% do PIB para a saúde pública e 10% para a educação pública;

- Taxação progressiva sobre rendas, lucros e patrimônios, particularmente sobre as grandes fortunas;

- Expropriação e estatização dos bancos, utilizando os recursos para garantir investimento nas áreas sociais e na infraestrutura. A estatização do sistema financeiro garantirá o controle e a centralização do câmbio, impedindo a especulação, a fuga de dólares e a remessa de lucros para fora do país;

- Descriminalizar as drogas para acabar com o submundo do narcotráfico. Ao mesmo tempo, decretar o fim das polícias atuais e sua substituição por uma nova polícia, unificada com a Guarda Municipal e tendo uma estrutura interna democrática que permita a eleição dos superiores;

- Estatizar toda a rede de transporte, incluindo metrô e ônibus, para poder planificar o transporte e baratear as passagens, que passariam a ser de R$ 1 por dia. Nesse caso, o bilhete poderia ser usado em qualquer meio de transporte, quantas vezes for necessário no dia;

- Expropriação sem indenização dos latifúndios, para que todas as terras do país sejam propriedade do Estado, que deve garantir o pedaço de terra para quem nela queira trabalhar. Haverá um redirecionamento da produção que atenda às necessidades da população e não do mercado.

O PSTU informou por meio de sua assessoria de imprensa ter entrado com um pedido de investigação sobre o jatinho usado nas campanhas de Eduardo Campos e Marina Silva, do PSB. O pedido, segundo nota do PSTU, foi enviado à Procuradoria Geral Eleitoral na sexta-feira, 26.

No pedido, o partido, que tem candidato na eleição presidencial - Zé Maria -, alega que os gastos com os deslocamentos feitos com a aeronave deveriam constar da prestação de contas parcial do PSB entregue à Justiça Eleitoral. O PSTU cita, no documento, o artigo 26 da lei 9504/1997, segundo o qual as despesas com transporte ou deslocamento do candidato e de sua equipe devem ser registrados como "gastos eleitorais".

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O documento do PSTU cita ainda a resolução 23.406 do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que diz que "os recibos eleitorais deverão ser emitidos concomitantemente ao recebimento da doação, ainda que estimável em dinheiro", para argumentar que a doação do avião deveria ter sido registrada já na declaração parcial da campanha do PSB.

O pedido do PSTU também questiona a propriedade da aeronave. O documento alega que o jato ainda estava no nome da empresa Cessna Finance Export Corporation, que é estrangeira e "portanto sua doação ilícita".

Desde a morte de Eduardo Campos, no acidente com a aeronave Cessna em 13 de agosto, o PSB e a candidata Marina Silva deram explicações diferentes sobre o uso do jato. A mais recente colocação do partido e de integrantes da coordenação de campanha é que se decidiu esperar o fim do processo eleitoral para contabilizar todo o uso da aeronave e lançar como doação de pessoa física.

O segundo debate televisivo predomina a agenda dos candidatos a governador de Pernambuco, nesta sexta-feira (26). A nove dias do pleito, esta será a segunda vez que os postulantes se encontram para divulgar as propostas de governo na TV. Participam Armando Monteiro (PTB), Zé Gomes (PSOL) e Paulo Câmara (PSB). O embate acontece às 22h30 na TV Clube. 

Antes disso, às 14h, Zé Gomes se reúne com a equipe de coordenação da campanha, para traçar as estratégias da última semana de corpo a corpo, antes da eleição.

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O representante do PSTU na disputa, Jair Pedro não participa do debate, mas faz panfletagens em São Lourenço da Mata, na Região Metropolitana do Recife (RMR).

Os candidatos Pantaleão (PCO) e Miguel Anacleto (PCB) não divulgaram agenda até o fechamento desta matéria.  

A 10 dias do pleito eleitoral, o candidato a governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), lidera as intenções de votos no estado com uma diferença de seis pontos percentuais em relação ao principal adversário, Armando Monteiro (PTB). De acordo com dados de um levantamento do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), encomendado pelo Portal LeiaJá, em parceria com o Jornal do Commercio, divulgado nesta quinta-feira (25), o socialista configura 39% da preferência e Armando 33%.   

Os percentuais são maiores do que os da última amostra, veiculada no dia 11 de setembro, para os dois candidatos. Nela, Câmara atingia à casa dos 33%, já o petebista receberia 31% dos votos. Nas pesquisas do IPMN divulgadas antes desta data, o cenário era contrário ao atual, com a liderança ocupada por Armando. Em julho, ele tinha 37% da preferência, enquanto o socialista receberia 13% das intenções. Um mês depois, em agosto, a diferença entre os dois já reduzia. No levantamento divulgado no dia 30, após a morte do ex-governador Eduardo Campos (PSB), eles apareciam tecnicamente empatados.

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Para o cientista político e coordenador da pesquisa, Adriano Oliveira, o cenário atual consolida a vitória de Câmara. “A tese de Paulo Câmara vencer as eleições se consolida, em virtude do crescimento eleitoral contínuo. Neste momento constato a possibilidade de vitória real no primeiro turno”, observou. “Ele tem amplas condições de permanecer com este quadro inalterado, se não houver nenhum fator relevante. É muito grande a chance de Paulo se eleger”, corroborou o analista e também coordenador do levantamento, Maurício Romão.  

Questionado sobre a possibilidade da ascensão de Armando Monteiro, com os percentuais de voto que a presidente Dilma Rousseff (PT) tem recuperado, Oliveira ressaltou a força do “eduardismo” no estado. “É possível, mas não é tão boa. Para isso ocorrer precisamos desprezar a força do eduardismo, pois os eleitores tendem a votar naquele que tem o legado de Eduardo Campos”, pontuou. “É possível de que Armando tenha uma reviravolta e leve a disputa para o segundo turno ou venha ganhar a eleição, mas esta possibilidade é remota”, acrescentou o estudioso. 

Segundo o IPMN, os candidatos Zé Gomes (PSOL), Miguel Anacleto (PCB), Jair Pedro (PTSU) e Pantaleão (PCO) não atingiram um ponto percentual de acordo com o levantamento. Os indecisos (brancos e nulos/não souberam responder) neste levantamento somam 27%, o percentual reduziu, em comparação a última pesquisa divulgada no início de setembro, antes eles eram 35%.

O dado é significativo para a exploração dos candidatos, principalmente de Paulo Câmara, segundo Romão. “Os indecisos tendem a ir, na maior parte, para Paulo Câmara. Isso dá mais um reforço argumentativo para a vitória do socialista”, frisou. 

A amostra foi a campo nos dias 22 e 23 de setembro e consultou 2.480 pernambucanos. O levantamento foi registrado junto a Justiça Eleitoral, sob os números PE-00028/2014 e BR-00743/2014, no dia 18 de setembro de 2014. O nível de confiança é de 95% e a margem de erro é de 2,0 pontos percentuais para mais ou para menos.

Percentuais por regiões

A liderança de Paulo Câmara permanece quando a aferição é analisada por regiões do estado. Na capital pernambucana, maior colégio eleitoral, o socialista aparece como o preferido por 43% do eleitorado, já Armando teria 24% das intenções e os candidatos Jair Pedro e Pantaleão um ponto percentual cada. Nas outras cidades da Região Metropolitana do Recife (RMR), o ex-secretário da Fazenda atinge à casa dos 41% e o senador licenciado teria 34% da preferência. Neste cenário, Miguel Anacleto e Jair Pedro aparecem com 1% cada.  

A vantagem de Câmara sobre o petebista é ainda maior quando se chega a Zona da Mata, na região ele ganharia no primeiro turno, com 51%, e Armando configuraria 20% das intenções. Já no Agreste a disputa fica acirrada, com um empate entre eles. Ambos chegam a 34%. 

O cenário muda, quando chega ao Sertão do estado. Lá Armando Monteiro lidera com folga e venceria o pleito no primeiro turno por 53%, contra 28% de Paulo Câmara. A preferência se repete no Vale do São Francisco, o senador licenciado atinge 46%, enquanto o afilhado político de Campos tem 31%. 

“Neste instante, Paulo Câmara está em empate técnico no Agreste, mas é possível, diante dos apoios, que ele possa vir a obter, não a vantagem grande, mas a vitória nesta região. Armando, por sua vez, observamos que ele continua a liderar no Sertão e no Vale do São Francisco, principalmente no Sertão. Porém nas outras regiões ele continua em segundo lugar e com um percentual muito aquém, em relação ao primeiro lugar”, avaliou Adriano Oliveira. 

O maior percentual de indecisos por região está no Recife, 32%, e o menor no Sertão, 19%. Os candidatos não citados nos cenários não atingiram um ponto percentual. 

Votos válidos: Paulo Câmara venceria no primeiro turno

Caso o pleito eleitoral fosse hoje, considerando os votos válidos, o candidato do PSB seria eleito governador de Pernambuco no primeiro turno, com 53% da preferência. Armando ficaria com o segundo lugar, com 45% dos votos e os outros postulantes somariam a 2%. A computação dos votos válidos é uma novidade deste levantamento do IPMN. 

Os percentuais foram aferidos de acordo com as intenções de voto de cada candidato no questionário estimulado, extraindo os votos brancos e nulos (veja no gráfico). Da mesma forma como a Justiça Eleitoral computa e divulga os percentuais no dia da eleição. 

“Excelente vantagem para Paulo Câmara. Em votos totais ele tem maior preferência do que Armando Monteiro e não há uma terceira força, por isso a eleição tende a ser finalizada no primeiro turno”, observou Maurício Romão.

Dados espontâneos

A liderança de Paulo Câmara também é confirmada pela primeira vez no levantamento espontâneo, quando os pesquisadores não mencionam a lista com os postulantes ao Palácio do Campo das Princesas. Ele receberia 35% dos votos e Armando Monteiro 29%.

Apesar de ter falecido há quase dois meses, Eduardo Campos também é citado para governar Pernambuco, assim como as candidatas à presidência da República, Marina Silva (PSB), e Dilma Rousseff (PT). Eles teriam 1% da preferência, cada.

 

O postulante ao governo de Pernambuco pelo PSTU, Jair Pedro, tem como principal demanda atender o interesse da classe trabalhadora. O programa de governo do candidato contempla o fim do vestibular, mais investimento no transporte público, desmilitarização das polícias, entre outras propostas. 

Confira as principais defesas do candidato:

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• Saúde de qualidade em Pernambuco e 100% estatal, sem o repasse de verbas públicas para hospitais filantrópicos. 

• Investimento de 2% do PIB no transporte público.

• Mais investimento em cultura com valorização dos artistas Pernambucanos.

• Acabar com financiamento público para o ensino privado, assim como o fim com o vestibular.

• Reforma urbana com moradia para todos e plano de obras públicas que garanta a construção de casas, que irá proporcionar a geração de emprego.

• Anulação de todas as privatizações no estado e melhoria nos serviços estatais.

• Redução da jornada de trabalho para 30 horas, além de reajuste geral dos salários e cumprimento do piso nacional das categorias.

• Desmilitarização das polícias e a criação de uma polícia civil única que tenha seus postos de comando eleitos e controlados pela população civil dos bairros onde atuam. 

•Criação de um shopping popular para abrigar os ambulantes com garantia de estruturação e manutenção do espaço pelo estado.

• Isenção da tarifa de água e energia para os trabalhadores desempregados.

O postulante do PSTU à presidência da República, Zé Maria, afirmou que ele e os correligionários não irão apoiar nenhum candidato no segundo turno das eleições. De acordo com o candidato, Dilma Rousseff (PT), Marina Silva (PSB) e Aécio Neves (PSDB) não apresentam contas dignas,  pois recebem investimentos de grandes empresas privadas, o que pode acarretar em favorecimentos futuros para os empresariado.  “Não apoiaremos nenhuma das candidaturas. Se for analisada a prestação de contas por eles apresentada ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), vai ver que todas estão sendo financiadas pelos bancos, pelas mesmas grandes empresas do agronegócio, as mesmas empreiteiras", criticou o candidato.

Outro fator apontado pelo candidato seria que os demais postulantes não pretendem representar a classe trabalhadora e por isso não merecem o apoio do partido. “Nenhuma das três candidaturas aí postas representa as mudanças de que o país precisa para que o povo tenha uma vida digna, com emprego, moradia e saúde”, ressaltou.

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Ele ainda alfinetou os concorrentes ao dizer que as propagandas políticas  televisivas tentam enganar os brasileiros. “O que estamos vendo hoje é um festival de mentiras. É um espetáculo da falta de seriedade com que os grandes partidos tratam a política em nosso país. Eles põem um filme de ficção na televisão para tentar enganar o povo brasileiro”, concluiu Zé Maria. 

Com o objetivo de construir um Brasil para os trabalhadores, o metalúrgico e siderúrgico Zé Maria é o candidato do Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) à Presidência da República, pela quarta vez. Ele prega a estatização dos sistemas energético, educacional, de saúde e de transportes. Na área econômica, defende o controle de preços, principalmente os dos alimentos.

Uma das primeiras necessidades do país, de acordo com ele, é inverter a estrutura tributária, diminuir o imposto sobre o consumo e “taxar fortemente o lucro das empresas e as grandes fortunas”. “Dessa forma se pode arrecadar o necessário para financiar os serviços públicos do país, diminuindo a carga tributária que recai sobre o povo pobre que é quem paga imposto no Brasil”, acrescentou.

Veja, a seguir, as principais propostas do candidato:

Agência Brasil: As estimativas de inflação oficial pelo IPCA para o próximo ano estão em torno de 6,2%, próximo do teto da meta. Como pretende atuar para conter o aumento de preços?
Zé Maria: Em primeiro lugar, parte importante do crescimento da inflação tem a ver com o custo do alimento. Isso nos remete ao problema da reforma agrária. Precisamos nacionalizar a terra, fazer uma ampla reforma agrária no Brasil, colocar as terras para produzir alimento, assentando o trabalhador do campo, garantindo a ele condições, apoio técnico, financeiro, crédito, para garantir vida digna. Isso também melhoraria a vida do povo da cidade, oferecendo alimentos a custo baixo. Segundo problema: é preciso controlar preços. Os monopólios que controlam hoje, sejam as redes de produção, sejam as redes de distribuição, não podem utilizar o povo brasileiro para simplesmente aumentar a sua rentabilidade. Se os preços estão fora do controle, o Estado pode controlá-los, além de oferecer alimentos a custo baixo para toda a população.

ABr: Apesar de todo o seu potencial energético, o Brasil continua com uma tarifa alta. O que fazer para evitar mais aumentos?
Zé Maria: Primeira medida é reestatizar todas as empresas de produção e distribuição de energia. É preciso também organizar um sistema de produção de energia que leve em conta não só os recursos hídricos, mas também a energia solar e a energia eólica. O Brasil é riquíssimo nesses dois recursos, é um país extremamente privilegiado. Assim, nós teremos condições de oferecer mais energia a um custo mais baixo e sem degradar o meio ambiente com obras faraônicas como são as grandes hidrelétricas Jirau, Santo Antônio ou de Belo Monte.

ABr: Quais os planos do seu governo para resolver gargalos de infraestrutura que persistem no país e afetam desde o escoamento da produção até a circulação de pessoas?
Zé Maria: Se nós investirmos 2% do PIB, teremos condições de modificar completamente a situação no transporte de pessoas no país, na locomoção humana nas grandes cidades e de cidade para cidade. Nós temos que ter uma rede de transporte metroviário e ferroviário nas grandes cidades e de linhas férreas que façam o transporte de região para região do país, de passageiros e de cargas, que vão seguramente diminuir o custo, diminuir o impacto em termos de poluição, melhorar a qualidade do transporte e baratear o custo para as pessoas que dependem do transporte público. O Estado precisa assumir o controle. Transporte, locomoção de pessoas e movimentação de cargas é uma necessidade essencial de qualquer sociedade moderna. Tem que estatizar o sistema de transporte, investir recursos nisso, mas, fundamentalmente, investir no transporte coletivo e não no incentivo à venda de carros como o governo faz hoje. A partir daí modernizar portos, aeroportos, mas tudo isso a serviço da sociedade, da população.

ABr: Qual é a sua posição sobre a atual minirreforma política e como o chefe do Executivo pode contribuir para que essa discussão efetivamente avance, respeitando a prerrogativa de independência entre os Poderes?
Zé Maria: A minirreforma que foi aprovada piora a situação anterior. O sistema político é completamente controlado pelas grandes empresas e é dominado pelos políticos. O que o Congresso Nacional produz em termo de leis é para favorecer as grandes empresas que financiaram os políticos que lá estão e não para resolver o problema do povo. Começa por aí o problema do sistema político. Ele não representa o povo, representa os financiadores das campanhas. O Congresso está preocupado em manter seus próprios privilégios. Nós achamos que é preciso uma mudança no sistema político, mas essa mudança vai pressupor mobilização, o povo na rua. Sem isso, com o sistema eleitoral controlado pelo poder econômico como nós temos hoje, não vai ter eleição de um Congresso melhor do que esse e muito menos reforma política que moralize a situação brasileira. Pelo contrário, a política brasileira é a expressão do que há de pior nas relações humanas no país.

ABr: O Brasil é apontado como um dos países com a maior carga tributária do mundo. Quais os planos do seu governo para equacionar essa questão e minimizar o desgaste político que isso pode gerar?
Zé Maria: Em primeiro lugar a carga tributária é muito alta no nosso país para o povo pobre. É uma estrutura injusta. Ela tributa muito pouco as grandes fortunas. É um mito completo essa coisa de que as empresas são penalizadas pelos impostos no Brasil. As empresas do Brasil estão entre as mais lucrativas do mundo. Ano após ano essas empresas batem recordes de rentabilidade explorando o trabalhador. É preciso aumentar a taxação sobre os bancos, sobre as grandes fortunas, sobre o grande empresariado. Então a mudança precisa ser feita a partir desse ponto de vista. Como é que vai se fazer um processo que produza uma mudança deste tamanho? Pela mobilização popular.

ABr: O Plano Nacional de Educação (PNE) é considerado uma grande conquista para o setor. Como pretende, em quatro anos, avançar nas pautas indicadas na lei? Como pretende resolver a questão do financiamento?
Zé Maria: O Plano Nacional de Educação ou o sistema de educação no nosso país tem vários gargalos, mas tem o gargalos dos gargalos que é o financiamento. Então voltamos ao problema anterior. Nós não temos como resolver o problema da estrutura educacional do país, em primeiro lugar, sem acabar com o ensino pago. Ensino não é mercadoria, tem que estatizar as empresas privadas de educação. Em segundo tem que gerar investimentos necessários para assegurar desde a creche para a criança, a pré-escola, o ensino fundamental até o ensino superior para crianças e jovens. Isso na idade educacional que nós temos no Brasil, de acordo com os critérios da ONU, demanda um investimento alto, de pelo menos 10% do PIB.

ABr: A Constituição Federal de 1988 estabeleceu um prazo de cinco anos para que todas as terras indígenas fossem identificadas e demarcadas. Passados 21 anos do fim desse prazo, pouco mais de 44% foram homologados. Como o senhor pretende resolver a questão da demarcação de terras indígenas?
Zé Maria: O conflito fundamental que nós temos em relação a isso, não só com as terras indígenas, mas também com os quilombolas, é justamente a prioridade que tem sido dada nas últimas décadas ao agronegócio. Essa lógica tem levado a que todas as terras do país sejam disponibilizadas para as transnacionais ao custo que for. Como é que você resolve: você tem que nacionalizar as terras, organizar um processo de produção de alimentos que dê conta das necessidades do país, mas que respeite o meio ambiente, não use agrotóxicos, não desmate as florestas como tem sido feito pelo agronegócio e, em segundo lugar, tem que respeitar os territórios indígenas e quilombolas.

ABr: É possível tornar o passe livre uma realidade? Como? Como o governo federal pode atuar para garantir melhorias na mobilidade urbana nos grandes centros?
Zé Maria: Como eu disse antes, é necessário estatizar o sistema de transporte, destinar um percentual do PIB, nós falamos em 2% do PIB para essa área. Mas é um problema de escolha como sempre. Recursos há, não é preciso aumentar impostos para isso. É utilizar os recursos que o país tem para isso, em vez de dar os recursos para desonerar a folha de salário de uma empresa, para reduzir impostos de uma empresa ou para aumentar a rentabilidade dos bancos como se faz.

ABr: Como garantir a manutenção de um sistema de saúde público, universal e gratuito e enfrentar os atuais gargalos? Como suprir a falta de médicos nas regiões mais isoladas?
Zé Maria: O Sistema Único de Saúde [SUS], no papel como concepção, é uma das coisas mais avançadas do mundo. Mas infelizmente, depois da adoção do SUS como legislação no nosso país, os governos têm feito o oposto do que seria para se colocar em prática esse sistema. O que tem é se avançado no processo de privatização cada vez maior do sistema de saúde e, mesmo os investimentos públicos que se fazem na saúde, boa parte deles é repassada ao setor privado da saúde. Então o primeiro problema que nós temos é falta de investimento. Segundo, precisa desenvolver programas eficazes de saneamento básico, de água potável. Metade da população brasileira não recebe água potável, saneamento básico não existe para mais da metade da população. Então não adianta você tratar a pessoa e botar ela para viver em cima do esgoto, ela vai ficar doente de novo. Médico é uma coisa essencial, da mesma forma que professor é uma coisa essencial em qualquer sociedade. Mas você não tem um sistema mais amplo para formar mais médicos, pessoas que saem do próprio povo. Para você entrar numa faculdade de medicina você tem que praticamente ser filho de rico. São raras as exceções. O povo pobre não tem capacidade de se formar como médico? Tem capacidade. É preciso dar oportunidade. Se você dá a oportunidade você vai ter médicos que queiram trabalhar na periferia, que queiram ajudar sua família, ajudar pessoas que são iguais a elas.

Com informações da Agência Brasil.

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Iniciando a penúltima semana de campanha o candidato da Coligação Pernambuco Vai Mais Longe, Armando Monteiro (PTB), não tem atividades de campanha durante a manhã. No início da tarde, ele almoça com representantes da Chesf e Petrobrás e, logo depois, às 15h faz caminhada no bairro de Santo Amaro, no Recife. À noite, às 18h30, Armando concede entrevista a uma televisão local e em seguida participa de uma caminhada nos bairros de Chão de Estrelas e Campina do Barreto. Para concluir a agenda, o petebista participa de um encontro com o vereador Antônio Luiz Neto, no bairro do Arruda. 

Postulante ao cargo de governador pelo PSTU, Jair Pedro se reúne com o comitê eleitoral às 14h. 

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Disputando o pleito pela chapa Mobilização por Poder Popular, Zé Gomes (PSOL) concede entrevistas à rádios do estado.

Representando a Frente Popular de Pernambuco na disputa pelo Executivo Estadual, Paulo Câmara (PSB) concentra as atividades na Zona da Mata e no Agreste de Pernambuco. Ele faz caminhada e comício, durante a manhã, na cidade de Cortês. À tarde, a partir das 14h, a agenda se repete nas cidades de Gameleira e Barreiros. À noite, Paulo Câmara faz dois comícios um em Tamandaré e outro em Rio Formoso. O dia encerra com caminhada e comício, às 21h, em Sirinhaém. 

Os candidatos do PCO, Pantaleão, e do PCB, Miguel Anacleto, não disponibilizaram agenda até o fechamento da matéria.

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