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A mais recente pesquisa Ipespe para as eleições presidenciais de 2022 divulgada na última sexta-feira (25), mostra o ex-presidente Lula (PT) à frente, com 43% das intenções de voto. Em seguida, está o presidente Bolsonaro (PL), com 26% das intenções. Já os principais pré-candidatos que se intitulam como uma terceira via, Sergio Moro (Podemos), e Ciro Gomes, aparecem com 8% e 7%, respectivamente. 

Por sua vez, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), segue na pesquisa com 3% das intenções. Já a senadora Simone Tebet (MDB), Eduardo Leite (PSDB), André Janones (Avante) e Felipe d’Avila (Novo), registram apenas 1% das intenções. O pré-candidato Alessandro Vieira (Cidadania), também foi citado na pesquisa, mas não chegou a 1%. 

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Assim como aconteceu em algumas cidades nas eleições de 2020 com os candidatos se colocando como o “candidato de Bolsonaro”, alguns candidatos à presidência vêm se colocando como uma terceira via, como Ciro Gomes e Sergio Moro, por exemplo.

Terceira via

De acordo com a cientista política Priscila Lapa, há uma cristalização na percepção das pessoas sobre o processo eleitoral, o que acaba dificultando os atores que se colocam como terceira via. “A desconfiança do eleitor de que é possível que esses adversários, - Moro como uma alternativa a Bolsonaro e Ciro como uma alternativa a Lula - sejam realmente capazes de vencer o pleito, de enfrentar essa polarização que o eleitor já entendeu estar presente no cenário. Diante disso, muito mais do que aprovar ou reprovar esses players, o eleitor tem feito a opção majoritariamente por Lula ou Bolsonaro, de acordo com as pesquisas de opinião até o momento. Isso acontece muito mais por eles serem verdadeiramente capazes de derrotar um ao outro”. 

Ela explicou que o eleitor ficou mais atento às opções de voto e, neste caso, levando em conta as pesquisas, a opção de terceira via acaba sendo defasada. “Acho que mesmo que o eleitor não queira optar por Lula, por exemplo, e prefira votar em Ciro para fugir dessa polarização, ele pode observar que Ciro não tem a capacidade eleitoral suficiente para bater Bolsonaro, e a mesma coisa o possível eleitor de Moro, que não quer votar em Bolsonaro porque acha que ele pode não ter feito um bom governo, mas quando olha para o cenário não consegue enxergar em Moro a capacidade de derrotar Lula”, analisou. Como já mencionado, a pesquisa apresenta Sergio Moro com 8% das intenções de votos e Ciro Gomes com 7%, com uma grande diferença entre os candidatos majoritários, que são Lula (43%) e Bolsonaro (26%). 

Lulismo e bolsonarismo

A cientista política detalhou que os poucos fatores que podem mudar o enredo dessa corrida ao pleito são grandes acontecimentos, como a pandemia ou algum grande escândalo, por exemplo.“Continuam presentes no cenário atual os movimentos do lulismo e do bolsonarismo, e do antipetismo e do antibolsonarismo. Essas macrovariáveis que orientam a percepção do eleitor impedem que um candidato de terceira via, por melhor performance que ele possa ter discursiva e narrativa de emplacar nas pesquisas de opinião até o momento e de instalar, de fato, a campanha, que é quando alguns elementos da conjuntura podem interferir nisso. Grandes escândalos, denúncias, variáveis que a gente não consegue prever hoje, mas algo do nível da pandemia, que ninguém poderia prever em 2018 nas eleições presidenciais. Talvez, se as pessoas tivessem visualizado essa possibilidade de uma pandemia, não tivessem votado em alguém como Bolsonaro, que demonstrou a incapacidade técnica de gerenciar o País no processo da crise”.

Lapa chamou atenção para a diferença entre terceira via e terceira colocação nas pesquisas, o que confunde muitas pessoas. “Esse lugar de terceira via vai além disso, tem a ver com projetos alternativos às candidaturas que estão colocadas como oposição principal e situação principal e, aí sim, tanto Doria, como Moro e o próprio Ciro Gomes são candidaturas de terceira via nesse sentido. Eles nem comungam 100% com as ideias bolsonaristas e nem comungam 100% com as ideias do lulismo. Nesse cenário que estamos das eleições, qualquer candidatura que se coloca como ‘não sou bolsonarista, não defendo o que Bolsonaro defende na pauta de costumes, na economia, mas também não defendo o modelo que o PT governa’, tanto Ciro, como Doria e Moro tentam ocupar esse espaço nesse debate e dizer que as ideias são diferentes das principais, mas não têm encontrado muito respaldo no eleitor”, afirmou.

Na corrida para ser o candidato preferido da terceira via, Sergio Moro se coloca como principal ator e melhor opção por ter sido juiz da Operação Lava Jato, que levou à prisão de Lula, além de ter se desvinculado do governo Bolsonaro após ser exonerado do cargo de ministro da Justiça. “Nesse sentido, Sergio Moro se coloca como um ator que é fora da política, tem essa ideia de ser um outlier, que nunca tinha sido filiado e fez parte de um governo, mas como ministro, que é um cargo técnico. Ou seja, ele não era político, e isso tem um certo respaldo da opinião pública. O próprio Doria é fruto um pouco desse discurso do político não-político, da solução para a política vindo de fora da política. Além disso, quando ele [Moro] se coloca como quem vai resolver os problemas da política a partir da Operação Lava Jato, ele se coloca como alguém que enxerga criticamente a política, como ‘eu não faço parte disso’, porque ainda existe muito forte essa questão do antipetismo como combate à corrupção”. 

“Moro também fez parte de um governo porque ele ajudou a eleger esse governo quando conseguiu ajudar a dar força a essas ideias do combate à corrupção, porém ele rompe com esse governo no sentido de que chegou uma hora que ele passou a discordar das práticas e foi buscar o seu caminho. É nesse sentido que ele coloca-se, sim, como uma alternativa a Bolsonaro, e ele tem alguns ingredientes que o colocam como terceira via. Agora, ele disputa votos em um lugar marcado ideologicamente. Lembra de Bolsonaro falando de uma nova política, só que ele não tinha nada de nova política e conseguiu colar na imagem dele? Sergio Moro mostra-se como ‘eu não vim da política, participei de um governo porque fui ludibriado’, e essa é a dificuldade dele de captar o eleitor que descole de Bolsonaro sem ser o eleitor que vai para a esquerda”, completou. 

O início dos ataques russos às terras ucranianas tem atraído a atenção de todo o mundo. Pré-candidatos ao comando do Palácio do Planalto, usaram as redes sociais para se manifestar sobre o assunto e condenar a ação do governo da Rússia. Líder nas pesquisas de intenções de voto, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ponderou que ninguém pode concordar com os ataques e uma guerra.

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Foto: Palácio do Planalto

“Ninguém pode concordar com guerra, ataques militares de um país contra o outro. A guerra só leva a destruição, desespero e fome. O ser humano tem que criar juízo e resolver suas divergências em uma mesa de negociação, não em campos de batalha”, disse Lula. “A humanidade não precisa de guerra, precisa de emprego, de educação. Por isso que eu fico triste de estar aqui falando de guerra e não de paz, de amor, de desenvolvimento”, emendou.

Lula aproveitou para criticar também a postura do presidente Jair Bolsonaro (PL) diante da Rússia. “Um presidente da República precisa conversar, ser um maestro da orquestra chamada Brasil para ela viver em harmonia. Se você tem um presidente que briga com todo mundo, ele serve para que? Até em coisas sérias, ele mente, disse que tinha conseguido a paz ao viajar para a Rússia”, observou, fazendo menção à fake News que circulou no país sobre a visita de Bolsonaro ao presidente russo, Vladmir Putin, na semana passada.

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), também falou sobre o assunto e condenou os ataques russos. “Condenável a invasão da Ucrânia pela Rússia. Guerra nunca é resposta a nada. Ninguém ganha quando a violência substitui o diálogo. Muitos acabam pagando pelas decisões de poucos. O que está em jogo são milhões de vidas humanas. Mais do que nunca o mundo precisa de paz”, escreveu no Twitter.

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O ex-governador do Ceará e presidenciável, Ciro Gomes, também alertou sobre as eventuais consequências da guerra, mesmo que distante. Para Ciro, o fato de o Brasil ter “um governo frágil, despreparado e perdido” amplia a necessidade de estar em alerta.

“No mundo atual não existe mais guerra distante e de consequências limitadas. Precisamos nos preparar, portanto, para os reflexos do conflito entre Rússia e Ucrânia. Muito especialmente por termos um governo frágil, despreparado e perdido”, escreveu.

“Para ficar em um só aspecto preocupante, basta  lembrar que o barril do petróleo já passou dos 100 dólares o que vai nos atingir em cheio por termos uma política absurda de preços rigidamente atrelada ao mercado internacional”, completou Ciro.

O pedetista também observou que a guerra pode gerar efeitos de um outro tipo de pandemia. “A sociedade e outros poderes precisam estar alertas para  fiscalizar um executivo com políticas interna e externa cheias de equívocos e desvarios. O desequilíbrio na ordem internacional pode gerar efeitos de um outro tipo de pandemia, em especial neste Brasil hoje tão vulnerável”, frisou.

Foto: Flickr/Palácio do Planalto

Ainda entre os presidenciáveis, o ex-ministro da Justiça Sergio Moro argumentou que a paz deve prevalecer sempre. “Repudio a guerra e a violação da soberania da Ucrânia. A paz sempre deve prevalecer”, escreveu.

A pouco mais de seis meses para a eleição deste ano, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) segue liderando as pesquisas de intenções de voto para o comando da Presidência da República. Um levantamento feito pelo MDA Pesquisas, encomendado pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT), aponta uma leve oscilação do petista, o que não necessariamente fez com que ele deixasse de aparecer com a soma dos quatro adversários mais citados na amostragem.

Segundo os dados, Lula aparece com 42,2% da preferência. Em dezembro, ele tinha registrado 42,8%. Já o seu principal adversário, o presidente Jair Bolsonaro (PL), conquistou um aumento nas intenções de votos, passando de 25,6% em dezembro para 28% em fevereiro.

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Entre os demais candidatos, o ex-governador do Ceará, Ciro Gomes (PDT), registrou 6,7%; o ex-juiz Sérgio Moro 6,4% e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB) contabilizou 1,8%. O somatório dos três, mais o percentual de Bolsonaro é o equivalente às intenções de voto em Lula.

Ainda entre os concorrentes averiguados pela pesquisa, o deputado federal André Janones (Avante) foi citado por 1,5% dos entrevistados e a senadora Simone Tebet (MDB) por 0,6%. O levantamento também registrou desejo de votos em Felipe d’Avila (0,3%) e Rodrigo Pacheco (0,3%).

As entrevistas aconteceram em 137 municípios, de 25 unidades da federação, entre os dias 16 e 19 de fevereiro. Foram ouvidas 2.002 pessoas e a margem de erro é 2,2 pontos percentuais com 95% de nível de confiança.

O pastor Silas Malafaia, fiel defensor do presidente Jair Bolsonaro (PL), afirmou que Lula (PT), Ciro Gomes (PDT) e Sérgio Moro (Podemos) "vão quebrar a cara com" a população evangélica neopentecostal do país. Segundo o pastor, os evangélicos continuam firmes em apoio ao Bolsonaro.

“O que é esse jogo de Ciro, Lula e Moro? Eles perceberam que Bolsonaro foi eleito graças ao voto dos evangélicos. Nós representamos 32% do eleitorado. Só que os sistemas e os meios que estão usando não são meios para conquistar. Estão enganados e vão quebrar a cara com os evangélicos", disse Silas Malafaia em entrevista ao site Metrópoles.

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No dia 26 de janeiro deste ano, a pesquisa Moldamais/Futura confirmou que o atual presidente realmente continua sendo o preferido pelo eleitorado evangélico, com 41,6% dos entrevistados tendo declarado que devem votar em Bolsonaro.

Por outro lado, o levantamento mostra que o ex-presidente Lula é mais consolidado no voto dos católicos (40,8%) e pessoas sem religião (47,3%).

Silas Malafaia debochou dos líderes religiosos que declararam que não devem apoiar o presidente Jair Bolsonaro. “Sei quem é quem no mundo evangélico. Quem está com Moro, com Ciro e com Lula não representa 1% dos evangélicos. São famosos zé-ninguém. Fico dando gargalhada”, pontua.

Em matéria da revista Veja dessa quinta-feira (10), foi revelada uma mensagem de e-mail assinada pelo subprocurador do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) Lucas Furtado, datada no ano de 2004 e encaminhada à petista Erenice Guerra, à época consultora jurídica do Ministério das Minas e Energia (MME) do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 

O achado indica uma possível ligação entre o procurador e o Partido dos Trabalhadores, o que infla no TCU uma tensão de cunho ético, pois Furtado é o autor da representação contra o ex-juiz da Lava Jato, Sergio Moro, por supostas irregularidades na contratação do ex-juiz pela consultoria Alvarez & Marsal, em um caso que envolve Lula diretamente. 

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A suspeita é de que o procurador tenha consultado Erenice Guerra antecipadamente sobre a conveniência de apresentar um pedido de investigação que afetava o governo. O caso se referia à investigação sobre a legalidade do contingenciamento de recursos da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). 

“Erenice, peço que leia o texto da representação que pretendo encaminhar ao TCU. Tenho certeza que o tema é da mais alta relevância para as agências e, portanto, para os usuários de serviços públicos e para o governo”, disse Furtado. “Aliás, seja absolutamente sincera quanto à necessidade ou conveniência de ser encaminhada a presente representação e fique à vontade para fazer qualquer sugestão de nova redação para o texto, seja para incluir nova redação, seja para excluir partes dele. Grande abraço, Lucas Furtado”, diz o e-mail. 

No governo Lula, Erenice Guerra chegou ao posto de ministra da Casa Civil, mas foi demitida após montar um esquema de lobby dentro da pasta que gerenciava. Ela também teve o nome envolvido na Lava-Jato depois de o ex-senador Delcídio do Amaral e executivos da Engevix e Andrade Gutierrez terem citado repasses milionários a ela e a seu escritório de advocacia em uma suposta contrapartida por contratos como o da hidrelétrica de Belo Monte. 

A mensagem eletrônica apurada pela Veja foi apreendida pela Polícia Federal durante investigações de tráfico de influência de Erenice na Casa Civil, em que Furtado aborda o tema abertamente com a auxiliar de Dilma. Na época, a eventual investigação do TCU sobre o bloqueio de parte do caixa da agência reguladora teria a União como alvo. Diante disso, Furtado enviou uma mensagem a Erenice no dia 2 de setembro de 2004 e pediu que a assessora, então consultora jurídica de Minas e Energia, avaliasse o teor da representação que pretendia submeter ao Tribunal, fizesse as alterações que considerasse necessárias e até avaliasse se o órgão de controle devia mesmo atuar no caso. 

Na cruzada do TCU contra o ex-juiz da Lava-Jato, Lucas Furtado pediu no início de 2021 ao tribunal a abertura de um processo contra Moro por suspeitas de possível conflito de interesse na contratação dele pela Alvarez & Marsal. Partiu dele requisições para que a contratante de Moro informasse o valor dos honorários pagos ao ex-magistrado, o montante recebido por alvos da Lava-Jato para os quais ela presta serviços de administração judicial e até detalhes do contrato do ex-ministro para que pudesse ser avaliada a hipótese de irregularidades.  

Moro diz não estar “surpreso” 

O pré-candidato do Podemos à Presidência, Sergio Moro, defendeu nesta sexta-feira (11) que o subprocurador do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) Lucas Furtado seja investigado pela corregedoria da Corte de Contas e pela Procuradoria-geral da República (PGR). 

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A criação do partido União Brasil foi aprovada nesta terça-feira (8), por unanimidade pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com relatoria de Edson Fachin. A nova sigla, que terá o número de urna 44, é uma fusão entre DEM e PSL. A legenda se configura como a maior bancada do Congresso Nacional, com 81 deputados e sete senadores.

A junção dos dois partidos que receberam juntos, em 2021, R$ 147,5 milhões do fundo partidário, mais do que qualquer outro partido, significa que a União Brasil vai receber o maior valor do fundo. O dinheiro do fundo que será distribuído em junho prevê R$ 4,9 bilhões aos 33 partidos ativos no País. 

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O presidente nacional do DEM, ACM Neto, anunciou a oficialização do partido pela Justiça Federal nas redes sociais. Na publicação, ele afirma que o Brasil está “muito dividido”.  “Temos consciência do nosso papel e, com certeza, vamos corresponder às expectativas dos brasileiros que desejam uma política mais séria, eficiente e que seja capaz de fazer a diferença na vida das pessoas”, publicou. 

Por sua vez, o Twitter da sigla compartilhou um vídeo do presidente nacional do União Brasil, Luciano Bivar. Ele parabeniza os membros do “partido que nasceu de uma conciliação”.

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O partido nasceu de um acordo fechado no final de setembro, e é cotado para apoiar a reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL). No entanto, parte das lideranças defende uma aproximação com o ex-ministro e pré-candidato à presidência Sergio Moro (Podemos).

Com a abertura da janela partidária, para a troca de partido dos parlamentares sem punição, a sigla deve ser reduzida. Conduzida pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-RJ), que já confirmou sua filiação ao PL, a ala bolsonarista do PSL deve deixar a sigla, assim como fez o presidente no final de 2019. 

Atualmente, o PSL, chefiado pelo deputado Luciano Bivar (PE),  tem a maior bancada na Câmara com 55 deputados, mas o grupo é rachado desde o rompimento do presidente da República. 

Ainda assim, a fusão das duas siglas deve criar uma das maiores forças políticas do Congresso a partir deste ano. Para fazer frente a ela, outras legendas têm articulado a formação das federações partidárias, criadas por lei no ano passado e que devem valer pela primeira vez nas eleições de 2022.

Pela federação, os partidos aliados somarão forças em outubro, mas terão que permanecer unidos por pelo menos os próximos quatro anos. Na prática, as legendas unidas funcionam no Congresso como um só bloco. A articulação mais avançada, que reúne o PT e mais três partidos, pode resultar em uma bancada de cem parlamentares. 

Aprovação

Tendo como relator no processo o ministro Edson Fachin, que votou favorável à integração partidária, ele afirmou ter checado o cumprimento de todos os requisitos necessários para que a fusão fosse aprovada. 

Como aspectos contemplados para a aprovação da nova sigla, o ministro mencionou, por exemplo, a ata da convenção nacional conjunta, realizada em 6 de outubro de 2021, quando os órgãos nacionais de deliberação do DEM e do PSL aprovaram a fusão das siglas. 

O projeto do partido e o estatuto aprovado em convenção, também em outubro do ano passado, foi levado em consideração por Fachin para a aprovação. O Ministério Público Eleitoral também deu parecer favorável à junção. 

O general Santos Cruz afirmou que bolsonaristas devem ter "vergonha na cara" e deixar o Podemos, atual partido do ex-juiz Sergio Moro e por onde o novo afiliado deve se lançar como candidato à Presidência da República. Cruz acredita que a saída de governistas é uma questão de “coerência”.

"Não dá para bolsonaristas ficarem dentro do partido. É questão de coerência e vergonha na cara. O cara tem que procurar o agrupamento com o qual se identifica. Não é desprezo a quem apoia outro candidato e tem todo direito e liberdade. Mas tem que procurar um partido que tenha pessoas com o mesmo raciocínio", disse o general à revista Crusoé.

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Moro foi ministro da Justiça e Segurança Pública do governo Bolsonaro, mas deixou o cargo sob alegações de interferência na Polícia Federal, em 2020. O ex-juiz era considerado o “braço direito” do presidente e uma das catapultas para a campanha eleitoral de sucesso, que acabou obtendo vitória em 2018, sob um forte discurso anticorrupção.

Já Santos Cruz é ex-ministro de primeira ordem do governo Jair Bolsonaro (PL) e atualmente, alinhado a Moro, também faz oposição ao mandatário e deve tentar um assento no Congresso Nacional. Ainda com futuro incerto no Podemos, o militar vai avaliar nos próximos dias qual cargo deve disputar em outubro em reunião com a presidente do Podemos, Renata Abreu. Estão na mesa as opções de disputar uma vaga na Câmara ou no Senado. "Qualquer das duas posições eu entendo que tem função legislativa importante", afirmou.

Santos Cruz está filiado ao partido desde novembro do ano passado, pouco após a filiação de Sergio Moro. Nos primeiros seis meses do governo Bolsonaro, o general foi ministro da Secretaria de Governo, mas deixou o cargo em junho de 2019. Ele rompeu com o presidente após entrar em conflito direto com o vereador Carlos Bolsonaro.

Ciro Gomes (PDT), pré-candidato à presidência da República, criticou durante entrevista à rádio Máxima FM, o seu adversário e ex-juiz Sérgio Moro, nesta segunda (1). Ciro usou o termo 'Variante da Covid' do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao se referir o ex-juiz.

Na entrevista, o pré-candidato negou a ideia de unir sua candidatura à outros representantes da "terceira via" e voltou a criticar seus adversários.

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"Inventaram esse negócio de 3ª via. Como assim 3ª via? Essa gente que está se apresentando como 3ª via é tudo viúva do Bolsonaro. Eles fazem de conta que nós somos tudo um bando de imbecis, um bando de idiotas sem memória. O Doria fez o BolsoDoria e o Moro é a variante da Covid do Bolsonaro, é a ômicron do Bolsonaro", disse. 

Ciro vem chamando Sérgio Moro pra debater há algum tempo, mas ele não responde essas chamadas. O pré-candidato do PDT fez, inclusive, um vídeo reagindo á respostas de Moro em entrevista ao Flow Podcast. Confira:

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O ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles disse que Sergio Moro ficava disperso nas reuniões ministeriais e o descreveu como um péssimo articular nessa segunda-feira (31). Sem partido após ser expulso do Novo, ele pretende se eleger como deputado por São Paulo e atacou os concorrentes do ex-chefe para reforçar o apoio da base de Jair Bolsonaro (PL).

Em entrevista ao programa Pânico, Salles comentou sobre a convivência com Moro durante o período em que estiveram no Governo. 

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“Ele seria um péssimo articulador. Como ministro, não conversava com ninguém. Ia para as reuniões e ficava olhando para o teto. Não respondia o que era perguntando. Aliás, foi o único ex-ministro que saiu do grupo de Whatsapp sem se despedir dos colegas”, recordou.

O ex-ministro voltou a chamar o pré-candidato à Presidência pelo Podemos de traidor e sugeriu que ele não defende a agenda liberal. “Você vê o nível e a capacidade de articulação dele. Saiu do cargo de ministro e foi aquele papelão, aquela trairagem desgraçada. Ficou ridículo para ele, foi uma decepção tremenda. Se acha a última bolacha do pacote, mas não fez p**** nenhuma. O Moro está longe de ser o que ele quer pintar. Não tem visão liberal sobre o mundo”, criticou.

Falsa popularidade de Lula

A popularidade do ex-presidente Lula (PT), líder nas pesquisas de intenção de voto, também foi contestada. “O Lula não vai em lugar nenhum. O Lula só faz evento para ser aplaudido, os poucos lugares que ele tentou ir, foi vaiado. Pessoa decente quando encara a cara do barbudo da urna não digita 13 e confirma nem a pau”

Decepção com Alckmin

Antes de assumir o cargo no Executivo federal, Salles participou da gestão de Geraldo Alckmin no Governo de São Paulo. Ele se mostrou decepcionado com os rumores sobre a possibilidade do ex-governador ser vice de Lula (PT) nas eleições.

“Fiquei chateado com o fato do Geraldo aventar a possibilidade de ser vice do Lula. Um cara preparado, boa pessoa, pai de família e correto. Não é ladrão, ao contrário do que os caras falam. Essa postura de virar vice do Lula, do ponto de vista da coerência, é inaceitável. Basta ver o que ele falou em 2018, que o Lula queria voltar para a cena do crime”, declarou.

O ex-juiz Sergio Moro (Podemos) divulgou um vídeo, neste sábado (29), pedindo que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) abra as suas contas e dê explicações ao povo brasileiro sobre os casos de corrupção investigados pela Lava Jato que, segundo ele, aconteceram durante o governo do petista. O ex-ministro da Justiça disse também que a Justiça não chega a quem é rico e poderoso.

Moro falou sobre o assunto um dia após o arquivamento do processo do triplex do Guarujá, pela Justiça Federal de Brasília. Lula havia sido condenado por corrupção neste caso pelo próprio ex-juiz, mas a condenação foi anulada após o Supremo Tribunal Federal (STF) apontar a suspeição do então magistrado.

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"O Lula não foi absolvido, o que estamos vendo é a anulação por motivos formais. É aquela velha história, se você é rico e poderoso a Justiça não chega para você", declarou Moro, que é pré-candidato à Presidência da República.

"O Lula tem que abrir as contas, as palestras que ele recebeu das empresas investigadas na Lava Jato. Ninguém disse que ele é inocente. O povo brasileiro merece uma explicação de todos os crimes que a gente viu no período que ele era presidente da República", emendou.

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O ex-juiz Sergio Moro revelou, em transmissão ao vivo nas redes sociais nesta sexta-feira (28), ter recebido US$ 45 mil por mês (o equivalente a R$ 242,5 mil) por ter prestado trabalho para a consultoria internacional Alvarez & Marsal entre os anos de 2020 e 2021. O ex-ministro também desafiou o ex-presidente Lula e o presidente Bolsonaro a mostrarem as suas contas bancárias.

O ex-ministro revelou que, além dos US$ 45 mil por mês, recebeu um bônus de US$ 150 mil, o equivalente a R$ 800 mil, e que devolveu R$ 67 mil em outubro do ano passado por ter encerrado o trabalho antes do tempo devido a pré-candidatura à presidência.

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De acordo com Moro, toda a quantia foi declarada e os valores foram pagos através da empresa Moro Consultoria.

Ataque ao TCU

No entanto, antes de expor a quantia de dinheiro recebido, ele se queixou do processo do Tribunal de Contas da União (TCU).

"Não tem nada de errado no que eu fiz no passado, mas vamos ser transparentes para iniciar uma nova era para que todos revelem os fatos. Esse processo do TCU é um abuso", afirmou.

O TCU apura o possível conflito de interesse na contratação de Moro pela empresa, que também atuou na recuperação judicial do grupo Odebrecht e da OAS, alvos da Operação Lava Jato.

Desafio aos concorrentes

O ex-juiz também chegou a provocar seus adversários políticos, Lula e Bolsonaro. Moro disse que o ex-presidente deveria mostrar os valores recebidos por palestras feitas no passado. Além disso, ele afirmou que o presidente Bolsonaro deve abrir "as contas da rachadinha" de quando era deputado federal e também dos seus filhos.

"Se exigirem de mim ser transparente, que o Lula e o Bolsonaro sejam transparentes também, em rachadinhas, em gabinete, em conta do sítio de Atibaia e as contas das palestras recebidas pelo Lula. Vamos abrir a campanha 'Abre as contas Bolso-Lula'", disse.

“Não sou rico”

Moro ainda alegou não ter enriquecido na vida pública ou privada, mas reconheceu ter recebido um "bom salário" para os padrões dos Estados Unidos e para a função que ocupava.

"Para evitar qualquer confusão, pedi para colocar uma cláusula dizendo especificamente que eu não prestaria nenhum serviço para a empresa envolvida na Lava Jato", afirmou.

Moro disponibilizou os documentos nas redes sociais, que teve um trecho mencionado por ele e lido em voz alta pelo deputado Kim Kataguiri (DEM), que o acompanhou durante a live, quando citou nominalmente a Odebrecht como uma das empresas vetadas para a sua atuação.

Por Alice Albuquerque

Depois da decisão da Justiça nesta quinta-feira (27), de encerrar definitivamente o caso do Tríplex do Guarujá, pelo qual o ex-juiz Sergio Moro havia condenado o ex-presidente Lula, os advogados do ex-presidente centraram fogo no agora presidenciável, voltando a acusar o ex-ministro de Bolsonaro de lawfare (guerra jurídica).

Cristiano Zanin e Valeska Teixeira afirmaram que o encerramento do caso serviu "para que alguns membros do Sistema de Justiça” manipulassem leis como um instrumento de ataque ao ex-presidente, desrespeitando os procedimentos legais.

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"Um caso sem nenhuma materialidade nem acusação concreta, e apenas com provas de inocência do ex-presidente. O Supremo Tribunal Federal reconheceu a parcialidade do ex-juiz Sergio Moro nesse caso e em outros em que ele atuou contra Lula, tal como demonstramos desde a primeira defesa escrita apresentada", diz um trecho da nota.

Confira a nota na íntegra

“O encerramento definitivo do caso do tríplex pela Justiça reforça que ele serviu apenas para que alguns membros do Sistema de Justiça praticassem lawfare contra Lula, vale dizer, para que fizessem uso estratégico e perverso das leis para perseguir judicialmente o ex-presidente com objetivos políticos. Um caso sem nenhuma materialidade nem acusação concreta, e apenas com provas de inocência do ex-presidente.

O Supremo Tribunal Federal reconheceu a parcialidade do ex-juiz Sergio Moro nesse caso e em outros em que ele atuou contra Lula, tal como demonstramos desde a primeira defesa escrita apresentada. Como consequência, declarou a nulidade todos os atos, reconhecendo o caráter ilegal e imprestável da atuação de Moro em relação ao ex-presidente.”

Por Alice Albuquerque

O Instituto de Pesquisas, Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe) divulgou nesta quinta-feira (27) uma nova pesquisa para as eleições presidenciais de 2022. Nela, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva mantém a tendência de crescimento contínuo, liderando novamente o primeiro turno nas simulações, com 44% das intenções de voto. Seus adversários, incluindo o presidente Jair Bolsonaro (PL), somados, acumulam 45% das intenções. Assim, o petista se aproxima de um cenário vitorioso em outubro. 

Atrás do petista aparecem Jair Bolsonaro (PL), com 24%, Sergio Moro (Podemos), com 8%, Ciro Gomes (PDT), com 8%, João Doria (PSDB), com 2%, e Simone Tebet (MDB) e Alessandro Vieira (Cidadania) com 1%. Felipe D'Ávila (Novo) não pontuou. 

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A pesquisa foi realizada entre os dias 24 e 25 de janeiro com 1.000 entrevistados pelo país. A margem de erro é de 3,2 pontos percentuais. 

Cenários 

A nova rodada trouxe uma pesquisa estimulada com duas simulações, a primeira incluindo o ex-juiz Sergio Moro como um dos candidatos. Nesta, Lula tem 44% e o presidente Jair Bolsonaro (PL) tem 24%. Sergio Moro e Ciro Gomes aparecem ambos com 8%. O governador de São Paulo, João Doria, candidato do PSDB, tem 2%. A senadora Simone Tebet (MDB), o senador Alessandro Vieira (Cidadania) e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, (PSD), aparecem os três com 1%. Nesse cenário, a soma dos demais candidatos fica um ponto percentual acima da votação dada a Lula: 45%. 

No segundo cenário, sem Sergio Moro, Lula mantém o mesmo percentual de 44%. Bolsonaro passa para 26%. Ciro Gomes pula para 9%. João Doria fica com 4%. Simone Tebet, Rodrigo Pacheco e Alessandro Vieira mantêm 1%. E Felipe D’Ávila (Novo) soma também 1%. No segundo cenário, Lula tem um ponto percentual a mais que a soma dos demais candidatos: 43%. 

 

O ex-ministro de Jair Bolsonaro, Sergio Moro (Podemos) ironizou, nas suas redes sociais, nesta terça-feira (25), o recuo do PT para criação de uma CPI contra ele. Para o ex-juiz, a CPI seria uma oportunidade de “relembrar aqueles que realmente receberam suborno das empresas investigadas na Lava Jato".

A provocação ocorreu após a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann (PR), ter afirmado que o partido não vai pedir a instalação da CPI contra Moro por ter prestado serviço à consultoria norte-americana Alvarez & Marsal.

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No Twitter, Sergio Moro falou sobre o recuo do partido dos trabalhadores. "O PT recuou da ideia de criar uma CPI contra mim. Percebeu que além de não haver justificativa legal, seria um tiro no pé".

O que disse o PT?

A presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, declarou, em entrevista ao UOL nesta terça-feira (25), que não vê "necessidade de CPI para a gente chegar a essas informações".

Além disso, ela informou que o partido deve tratar sobre o assunto nos próximos dias. “Estamos fazendo estudos jurídicos. Como esses processos envolvem falências de empresas, precisamos saber se juridicamente a gente poderia instaurar CPI sobre isso”.

O líder da bancada do PT na Câmara, deputado Reginaldo Lopes (MG), havia acionado o Tribunal de Contas da União (TCU) para ter acesso às informações das possíveis irregularidades na contratação e nos pagamentos efetuados pela sociedade Alvares & Marsal ao ex-juiz Sergio Moro e então titular da Vara Federal de Curitiba, responsável pelos processos da Lava Jato.

As suspeitas que recaem sobre Moro

O processo do TCU foi proposto pelo Ministério Público de Contas e analisa as possíveis irregularidades de Moro mediante práticas ilegítimas de revolving door (situações em que políticos ou servidores públicos assumem postos como lobistas) afetando a empresa Odebrecht S.A., e lawfare, conduzido contra pessoas investigadas na Operação Lava Jato.

Por Alice Albuquerque

O ex-governador do Ceará e pré-candidato à Presidência da República, Ciro Gomes (PDT), afirmou, nesta segunda-feira (24), que o ex-juiz Sergio Moro (Podemos) não conhece o Brasil e não tem como responder aos problemas do país. Moro também é pré-candidato ao Palácio do Planalto e nas pesquisas apresenta um desempenho melhor que o de Ciro, aparecendo em terceiro lugar nas intenções de votos.

Em entrevista ao jornalista José Luiz Datena, Ciro disse também que Moro encheu o bolso de dólar ao ir trabalhar em Washington.

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"Moro encheu o bolso de dólar, agora está sendo investigado e não diz quanto ganhou. Por que ele não diz? Por que ele não explica que foi trabalhar para uma multinacional americana, cuja a sede é em Nova Iorque, e ele foi trabalhar em Washington?", questionou durante a entrevista reproduzida no Twitter.

"O Moro confraternizou, de forma ilegal, com o sistema de segurança de informação dos EUA. Qual experiência o Moro tem para responder aos problemas do Brasil? Ele não conhece nada do Brasil!", completou.

O deputado federal e secretário-geral do Partido dos Trabalhadores, Paulo Teixeira, anunciou que irá dialogar na Câmara dos Deputados para a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar a atuação do ex-juiz Sergio Moro na empresa Alvarez & Marsal, onde prestou consultoria.

Recentemente, o parlamentar e Moro trocaram farpas nas redes sociais, onde o petista mencionou a abertura de CPI, no último sábado (22). Agora, Teixeira precisa de 171 assinaturas para a abertura da comissão.

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No último dia 19, durante a repercussão da live do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Paulo mencionou o interesse  em usar o relatório de investigação do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre possíveis irregularidades de Moro.

“Você destruiu muitas empresas brasileiras e depois foi trabalhar na recuperação judicial. Um exemplo típico da raposa que foi tomar conta do galinheiro. O Tribunal de Contas da União está investigando possível cometimento de crime”, escreveu.

Em dezembro, o ministro do TCU, Bruno Dantas, determinou que a Alvarez & Marsal apresentasse em detalhes os valores repassados ao ex-juiz na rescisão de contrato com a companhia. O escritório da empresa atuou na recuperação judicial da Odebrecht, um dos alvos da Lava Jato, na qual Moro foi juiz.

Dados informados pela Alvarez & Marsal ao TCU mostram que o escritório recebeu cerca de R$ 65 milhões de honorários de empresas envolvidas na operação; o equivalente a 77,6% dos seus recebimentos. Esses pagamentos foram feitos pelas empresas Odebrecht, OAS, banco BVA, Galvão Engenharia e grupo Atvos (antiga Odebrecht Agroindustrial) ao contratarem o escritório para atuação em processos de recuperação judicial ou falência.

Desde que o caso ganhou o conhecimento da mídia e a investigação foi iniciada, Moro nega afiliação contratual com a empresa responsável por recuperações judiciais e afirma, ainda, que nos dados do seu contrato constam outro CNPJ e fontes de receita. O ex-juiz encerrou seu contrato com a Alvarez & Marsal no último dia 31 de outubro. Ao TCU, a Alvarez & Marsal garantiu que não houve conflito de interesse e negou irregularidades na atuação de Moro.

O líder da Bancada do PT na Câmara, deputado Reginaldo Lopes (MG), acionou o Tribunal de Contas da União (TCU) para ter acesso ao conteúdo integral das informações dos autos em que se apura eventuais irregularidades na contratação e nos pagamentos efetuados pela sociedade Alvares & Marsal ao ex-juiz Sergio Moro e então titular da Vara Federal de Curitiba, responsável pelos processos da Lava Jato.

O processo em andamento no TCU, ao qual o líder do PT pede acesso ou compartilhamento de informações, foi proposto pelo Ministério Público de Contas e analisa eventuais irregularidades e/ou prejuízos ocasionados aos cofres públicos pelas operações supostamente ilegais dos membros da Lava Jato de Curitiba e do ex-juiz Moro,  mediante práticas ilegítimas de revolving door (situações em que políticos ou servidores públicos assumem postos como lobistas) afetando a empresa Odebrecht S.A., e lawfare, conduzido contra pessoas investigadas na Operação Lava Jato.

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Segundo matéria publicada pelo site Conjur, na última sexta-feira (21), a consultoria Alvarez & Marsal, para a qual Sergio Moro foi trabalhar depois que deixou o governo Bolsonaro, informou ao Tribunal de Contas da União que 75% de todos os honorários que recebe no Brasil são provenientes de empresas investigadas pela Lava Jato.

Segundo reportagem da revista Veja, nos últimos anos, a consultoria recebeu quase R$ 42,5 milhões de empresas pilhadas pela atuação de Sergio Moro e do Ministério Público Federal: R$ 1 milhão por mês da Odebrecht e da Atvos (antiga Odebrecht Agroindustrial); R$ 150 mil da Galvão Engenharia; R$ 115 mil do Estaleiro Enseada (que tem como sócias Odebrecht, OAS e UTC); e R$ 97 mil da OAS.

Fatos graves

Reginaldo Lopes explica que o processo em andamento no TCU avalia questões relativas a possíveis conflitos de interesse, favorecimento, manipulação e troca de favores entre agentes públicos e organizações privadas, pelo fato de o ex-juiz Sergio Moro ter proferido decisões judiciais e orientado as condições param para regulamentar o setor no qual anteriormente trabalharam.

“São fatos graves que certamente serão aprofundados por esse Tribunal de Contas da União, seja no aspecto da defesa do erário ou mesmo na perspectiva de se avaliar supostas violações aos primados da moralidade, legalidade e probidade na administração pública, que poderia ser vulnerada, por exemplo, pela prática de advocacia administrativa, por exemplo”, afirma o líder do PT.

Interesse público

Reginaldo Lopes argumenta que a investigação em curso, pelo TCU, é de grande interesse público, tanto da sociedade, quanto das instituições brasileiras.

“De modo que o acesso, ou o compartilhamento das informações colhidas ou que forem produzidas doravante, podem e devem ser disponibilizadas para os membros do Congresso Nacional para que possam exercer, como lhes atribui a Constituição Federal, suas competências fiscalizatórias legais”, reforça.

O líder do PT destaca ainda que não se identifica na apuração em curso qualquer cláusula de sigilo que possa inviabilizar o compartilhamento de informações solicitadas, devendo prevalecer o atendimento dos princípios constitucionais da publicidade e da transparência. Ele cita na peça o artigo 5º da Constituição que constitui garantia fundamental de todo cidadão o direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular.

“Os princípios da transparência e da publicidade consubstanciam elementos essenciais à manutenção do Estado Democrático de Direito, sendo a publicidade dos atos administrativos uma das formas de efetivação da garantia constitucional, não podendo o Poder Público criar restrições desarrazoadas”, alerta Reginaldo Lopes, completando: “Desse  modo, o pedido ora formulado se justifica plenamente e decorre do dever de transparência”.

Com informações da assessoria do PT na Câmara

O pré-candidato à presidência do Brasil, Ciro Gomes (PDT), usou suas redes sociais, neste domingo (23), para tecer críticas ao também presidenciável Sérgio Moro (Podemos). Em seus perfis, Ciro mencionou o suposto envolvimento do ex-ministro com a Odebrecht e outras empresas condenados pela Lava Jato e afirmou que “é mais fácil desfritar um ovo” do que ex-juiz “conseguir provar” que, de fato, não se envolveu com tais empresas. 

Em sua publicação, Ciro chamou o ex-ministro de “mentiroso” e disse que ele está “tentando criar um tipo de alquimia contábil” para desvincular seu nome aos das empresas citadas na operação. “É mais fácil desfritar um ovo do que Moro conseguir provar que não comeu grana da Odebrecht, da OAS e de outras condenadas da Lava Jato. A revelação de que elas são responsáveis por 77,6% do faturamento da empresa de que ele era sócio é apenas o começo”.

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Além disso, o pré-candidato à presidência disse, também, que ainda há muita “coisa por aparecer na investigação feita pelo Tribunal de Contas da União” e intimou o ex-ministro. “O juiz mentiroso está tentando criar um tipo de alquimia contábil, a que consegue separar, no lucro total dividido aos sócios, a origem de cada centavo. Ora Moro, não era você mesmo que dizia que uma só gota de dinheiro sujo apodrecia todo o caixa de uma empresa?"

O ex-ministro da Justiça Sérgio Moro (Podemos) afirmou nesta quinta-feira (20), que o presidente Jair Bolsonaro (PL) é um "covarde" e que teria mandado um produtor fazer um vídeo com fake news contra ele.

"Como lhe falta coragem, Bolsonaro terceirizou seus ataques a mim. Mandou um produtor de fake news do outro lado do mundo preparar um vídeo cheio de mentiras e teorias da conspiração. Bolsonaro já é covarde na Austrália", publicou Moro em sua conta no Twitter.

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A publicação fez com que a #BolsonaroCovarde figurasse entre os assuntos mais comentados da rede social, com vários tuítes de pessoas atacando o presidente, mostrando algumas situações que o presidente teria sido covarde durante o seu mandato.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chamou o ex-juiz da Lava Jato e pré-candidato à Presidência da República, Sergio Moro (Podemos), de 'canalha'. Ao conceder uma entrevista coletiva às mídias independentes, o ex-presidente voltou a falar sobre suas condenações na Lava Jato, anuladas após o Supremo Tribunal Federal (STF) considerar Moro parcial no julgamento.

“Eu tive sorte do povo brasileiro que me ajudaram a provar a farsa que foi montada contra mim em vida. Consegui desmontar o canalha que foi o Moro no julgamento dos meus processos. O Dallagnol, a mentira, o fake news, o PowerPoint da quadrilha. Tudo isso eu consegui provar que quadrilha eram eles”, disparou Lula, que também chegou a chamar Moro de "santo de barro".

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A afirmação do ex-presidente, contudo, não passou despercebida pelo ex-juiz que usou o Twitter para rebater Lula. Moro foi categórico ao pontuar que "canalha" era quem roubou o país e disse que o líder petista será derrotado nas urnas. 

"Canalha é quem roubou o povo brasileiro durante anos e quem usou nosso dinheiro pra financiar ditaduras. E quadrilha é o nome do grupo que fez isso, colocado por você, Lula, na Petrobras. Você será derrotado. Só ofende pois não tem como explicar a corrupção no seu Governo", rebateu Moro.

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