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O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) parece não estar com o discurso alinhado ao do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Depois de várias declarações de Bolsonaro colocando em risco a realização das eleições em 2022 e duvidando da lisura do processo eleitoral, Mourão afirmou que a disputa presidencial vai acontecer sim. 

"Cumpro o meu papel pelo bem do Brasil. Mas eleição vai haver, eu garanto", declarou ao colunista do UOL Josias de Souza. "As eleições serão realizadas", reforçou Mourão ao falar também sobre o assunto para a CNN.

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Na última sexta-feira (9), assim como já tinha dito em outros momentos, Jair Bolsonaro acusou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de participar de fraudes ao não aceitar a implantação do voto impresso e disse que "corremos o risco de não termos eleições no ano que vem".

 

Morreu na madrugada deste sábado (12) o ex-vice presidente do Brasil, Marco Maciel, aos 80 anos. Após uma batalha de quase sete anos contra o mal de Alzheimer, o político faleceu em um hospital em Brasília, deixando a mulher, Anna Maria, e três filhos. A informação foi confirmada pelo também pernambucano e democrata, Mendonça Filho, e posteriormente pelo perfil oficial do Democratas. O velório será neste sábado, das 15h às 17h, no cemitério Campo da Esperança, na capital federal.

O pernambucano, que também foi senador e deputado, ocupou o 2º posto do governo Fernando Henrique Cardoso entre 1995 e 2003.

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Na vida e na política

Marco Antônio de Oliveira Maciel nasceu em Recife, em 21 de julho de 1940. É filho de José do Rego Maciel e Carmen Sylvia Cavalcanti de Oliveira Maciel. Seguiu o exemplo do pai, que foi Secretário da Fazenda, duas vezes deputado Federal, prefeito do Recife, promotor e consultor-Geral do Estado. Dos nove filhos da família, apenas Marco seguiu vida política. Começou a militância ainda na universidade.

Em 1966, foi deputado estadual e passou a deputado federal por Pernambuco por dois mandatos, tendo sido eleito em 1970. Em 1977, foi presidente da Câmara dos Deputados. Também ocupou cadeira no Senado e em 1990, passou à condição de líder do governo Collor na casa legislativa. Em agosto de 1994 foi escolhido pelo PFL como o novo candidato a vice-presidente da República, sendo eleito e reeleito como companheiro de chapa de Fernando Henrique Cardoso, em 1994 e 1998, respectivamente.

Deixa a esposa, a socióloga Anna Maria Ferreira Maciel, com quem tem três filhos: Gisela, Maria Cristiana e João Maurício.

Notícias de que a deputada federal Marília Arraes (PT-PE) estaria sendo sondada para vice-presidente de Jair Bolsonaro (sem partido) nas eleições presidenciais foram desmentidas pela parlamentar, através das redes sociais, nesta quinta-feira (15). A coluna de um portal de nome FalaPE, assinada por Fernanda Negromonte, chama Arraes de “estrela política em ascensão" e alega que a política foi procurada para ser vice da gestão bolsonarista, mas que havia negado o pedido.

A notícia, que é falsa, contradiz o histórico de Marília, que sempre se posicionou como progressista e de esquerda. No Partido dos Trabalhadores desde 2016, ano que também deixou o Partido Socialista Brasileiro (PSB), após conflito de interesses com a sigla.

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“Ainda teve quem acreditasse nessa notícia. Notícia sem pé, nem cabeça. O povo reconhece quem tem lado e minha trajetória diz qual é o meu. Meu lado é de quem acredita na política que transforma a realidade das pessoas, é o lado de quem luta por justiça social, é o lado de Arraes, é o mesmo lado daquele que vai trazer de volta o Brasil como potência mundial. Meu lado, é o de Lula”, escreveu a advogada, com a hashtag “Lula2022”.

Marília Arraes ainda se considera antibolsonarista e faz campanha de oposição ativa contra o presidente desde as últimas eleições.

 

O vice-presidente do Brasil, General Hamilton Mourão (PRTB), usou seu perfil no Twitter, nesta quarta (31), para celebrar o aniversário do Golpe Militar de 1964. Em tom elogioso, ele relembrou o movimento ocorrido há 57 anos e acabou recebendo  muitas críticas.

Em sua postagem, o vice-presidente disse: “Neste dia, há 57 anos, a população brasileira, com apoio das Forças Armadas, impediu que o Movimento Comunista Internacional fincasse suas tenazes no Brasil. Força e Honra!”. A publicação veio acompanhada de fotos do Centro de Documentação da Fundação Getúlio Vargas.

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Em pouco tempo, o posicionamento de Mourão causou reações, sobretudo negativas. Nos comentários, os internautas criticaram bastante a postura do vice-presidente. “O senhor acha que a ditadura matou pouco por isso você e o presidente resolveram matar o resto dos brasileiros?”; “Um povo na mão de defensores de estupradores, torturadores e assassinos. Um país desgraçado. Vergonha mundial”; “Que um dia o Brasil tenha coragem de enfrentar esses monstros do passado como o Sr de uma vez por todas”; “Ditadura não se comemora, se lamenta”; “Um vice-presidente da República, em plena democracia, celebrar um golpe militar. O senhor não tem vergonha?”. 



 

O prefeito do Recife João Campos tomou posse como vice-presidente de relações institucionais do Consórcio Nacional de Vacinas das Cidades Brasileiras (Conectar) - instituído pela Frente Nacional de Prefeitos (FNP) com o objetivo de promover a aquisição dos imunizantes pelos municípios brasileiros para combater a Covid-19. A cerimônia de posse da diretoria e do conselho fiscal foi realizada de forma online. Na função, o prefeito do Recife será o responsável pela articulação do Consórcio com outras instituições e entidades públicas e privadas. Na cerimônia de posse, o gestor municipal informou ainda que vai disponibilizar o programa do Conecta Recife para outros municípios que queiram organizar os seus processos de vacinação de forma digital, evitando filas e aglomerações.

Depois de saudar os membros do Consórcio e fazer os agradecimentos, o prefeito do Recife colocou a cidade à disposição para colaborar com o trabalho do grupo: “não vamos medir esforços nesta luta intensa e veloz, que deve ser, por aquisição de vacinas. No Recife, fizemos contatos com mais de dez laboratórios mundo a fora, vamos passar isso para a presidência para ajudar neste caminho. Nós estamos doando à FNP e à Unidos pela Vacina o nosso programa, que foi desenvolvido dentro da Prefeitura, para fazer todo o gerenciamento da vacinação no Recife. Aqui todo o cadastro e o agendamento são 100% digital. Um programa desenvolvido com a nossa equipe, e a gente vai doar de maneira gratuita para qualquer município que queira utilizar a plataforma para ajudar na gestão de estoque, da tomada de decisão. Ajuda muito na tomada de decisão em relação a abertura de novos grupos”.

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A Vice-Presidente Jurídica e de Relações Institucionais para América Latina da Natura &Co Ana Costa também participou da cerimônia. O grupo doou R$ 4 milhões para o Consórcio Conectar para a compra de insumos hospitalares e de vacinas. “Quando uma empresa tem uma licença para operar é como se ela recebesse um mandato, ela tem uma missão forte e tem que prestar contas do interesse coletivo e social, ver como ajudar a população. A iniciativa privada tem esse dever de articular política pública, de atuar em conjunto com vários entes da Federação. Estamos nesse movimento para o bem maior”, disse ela.

No início deste mês de março, o prefeito informou que a gestão municipal da capital pernambucana vai solicitar pelo menos 200 mil doses de vacinas por meio do grupo. Com isso, a Prefeitura do Recife deve acelerar a imunização daqueles que já estão sendo atendidos e também incluir os trabalhadores da educação nesta primeira fase do Plano Recife Vacina.

No último dia 22 de março, João Campos participou da 1ª Assembleia Geral do Consórcio Nacional que contou com a presença de representantes da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), braço da Organização Mundial da Saúde (OMS); do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes; do ex-ministro do STF Carlos Ayres Britto e de autoridades estaduais e municipais. No encontro, os prefeitos aprovaram o estatuto do consórcio.

A FNP é formada por 412 municípios com mais de 80 mil habitantes, correspondendo a 61% da população do Brasil e 70% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Ao todo, mais de 2 mil municípios fazem parte do grupo que busca a aquisição de vacinas junto aos laboratórios de todo o mundo para reforçar o Plano Nacional de Imunização (PNI).

*Da assessoria 

O vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, informou aos líderes da Câmara nesta terça-feira (12) que não apoiará a invocação da 25ª Emenda para destituir Donald Trump, o que praticamente garante uma votação iminente de impeachment contra o presidente no Congresso.

"Faltando apenas oito dias para o mandato do presidente, você e o Caucus Democrata estão exigindo que o Gabinete e eu invoquemos a 25ª Emenda", escreveu Pence à presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, referindo-se ao processo que declararia Trump incapaz de cumprir suas obrigações e colocaria Pence como presidente interino pelo restante do mandato.

"Não acredito que tal curso de ação seja no melhor interesse de nossa nação ou seja consistente com nossa Constituição", continuou Pence.

Os democratas se mobilizaram rapidamente para iniciar o processo de destituição de Trump, depois que ele encorajou seus partidários na última quarta-feira (6) a "marchar" ao Capitólio e "lutar".

Em uma violenta insurreição, os manifestantes superaram a barreira policial, invadiram e saquearam o prédio e interromperam a sessão de certificação da vitória de Joe Biden nas eleições.

Pence, que presidia a votação, assim como Pelosi e outros legisladores, foram forçados a procurar abrigo.

Cinco pessoas morreram durante os distúrbios, incluindo um oficial da Polícia do Capitólio.

A carta do vice-presidente veio poucas horas antes da Câmara dos Representantes votar uma resolução que exige que Pence invoque a 25ª Emenda e "declare o que é óbvio para uma nação horrorizada: que o presidente é incapaz de cumprir com as funções e poderes de seu cargo".

Pelosi disse que o fracasso de Pence em dar início ao processo levaria a uma votação de impeachment de Trump na quarta-feira. Ela descreveu Trump como sendo "desequilibrado".

Mas Pence respondeu a Pelosi que seu pedido para invocar a 25ª Emenda foi equivocado, dizendo que foi projetado para "lidar com a incapacidade ou deficiência presidencial", não como um "meio de punição ou usurpação".

O vice-presidente também destacou que, apesar da intensa pressão de seu partido para invalidar os votos eleitorais dos estados indecisos conquistados por Biden, ele cumpriu seu dever constitucional de certificar os resultados.

“Não vou ceder agora aos esforços da Câmara dos Representantes para jogar jogos políticos em um momento tão sério na vida de nossa nação”, escreveu.

No início do dia, Trump disse não temer a invocação da 25ª Emenda.

Isolado desde o seu diagnosticado positivo para a covid-19, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, recebeu nesta sexta-feira, 8, alta médica e retornará ao expediente normal a partir da semana que vem. A informação foi divulgada em nota pela assessoria da Vice-Presidência.

"O Vice-Presidente da República, Hamilton Mourão, diagnosticado com Covid-19, recebeu alta médica nesta data, retornando às atividades normais na próxima segunda-feira, 11", informou a nota.

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Mourão estava em isolamento no Palácio do Jaburu desde o dia 27 de dezembro quando testou positivo para o vírus.

Na terça-feira, 5, a assessoria já havia relatado que o vice-presidente estava bem, com "resultados normais" em seus exames e seguindo com um programa de exercícios respiratórios, orientados por uma fisioterapeuta.

O tratamento de Mourão incluiu ainda os medicamentos hidroxicloroquina, Annita, azitromicina e remédios para dor e febre, de acordo com informações da assessoria.

O diagnóstico positivo do vice-presidente para o vírus no fim do ano se somou à lista de demais autoridades do primeiro escalão do governo que também foram infectadas.

Além do presidente Jair Bolsonaro, que contraiu a doença em julho, 14 ministros também tiveram a covid-19.

O vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, e sua esposa serão vacinados contra a Covid-19 nesta sexta-feira (18) em um evento público que visa aumentar a confiança na vacina no país, anunciou a Casa Branca nesta quarta-feira.

Pence e sua esposa Karen "receberão publicamente a vacina da Covid-19 para promover a confiança entre os americanos", disse a Casa Branca em um comunicado.

O presidente Donald Trump, que foi infectado com o vírus no início deste ano, até agora não deu nenhuma indicação de quando será vacinado.

"O presidente está pronto para ser vacinado e o fará assim que sua equipe médica considerar apropriado", afirmou a porta-voz Kayleigh McEnany. "Mas sua prioridade são os trabalhadores que estão na linha de frente" de combate ao coronavírus.

O presidente eleito Joe Biden disse que receberá a vacina em público em breve, assim como o ex-presidente Barack Obama.

Os Estados Unidos deram luz verde para a vacina Pfizer-BioNTech na noite da última sexta, abrindo caminho para uma campanha de vacinação massiva em todo o país que começou na segunda-feira.

A agência de controle de medicamentos dos Estados Unidos, a FDA, também deve autorizar em regime de emergência a vacina da Moderna nos próximos dias.

O presidente Jair Bolsonaro voltou a demonstrar irritação com o vice Hamilton Mourão. Numa conversa no início da tarde de ontem, ele disse a auxiliares que o general da reserva não "ajuda" o governo. Desta vez, o motivo da queixa foi uma entrevista em que Mourão avaliou que a vitória do democrata Joe Biden nas eleições americanas é cada vez mais "irreversível". Bolsonaro enfrenta pressão dentro e fora do Palácio do Planalto para admitir a derrota do aliado Donald Trump.

Nos últimos dias, presidente deixou explícita sua divergência com o vice por causa da divulgação de documentos do Conselho Nacional da Amazônia. O órgão presidido por Mourão planejava desapropriar terras de desmatadores. Depois de Bolsonaro classificar a ideia como "delírio", os dois conversaram longamente anteontem e restabeleceram as pontes, segundo informaram pessoas próximas. A trégua, porém, não durou 24 horas. A entrevista de Mourão na manhã de ontem à Rádio Gaúcha, de Porto Alegre, expôs novamente o mal-estar.

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Na conversa de anteontem, Bolsonaro e seu vice tinham posto na mesa uma série de questões que tinham afastado os dois. Uma delas era uma suposta negociação que envolveria Mourão, o apresentador de TV Luciano Huck e o ex-ministro da Justiça Sérgio Moro para uma aliança em 2022. A especulação se tornou mais intensa no Planalto após o ex-juiz da Lava Jato citar, numa entrevista ao jornal O Globo, o nome do vice como um dos líderes do campo moderado. A relação entre Moro e o general sempre foi de cordialidade dentro do governo.

Por sua vez, Mourão ressaltou sua lealdade ao presidente. O general disse que não estava de olho em 2022 e não fazia tratativas com adversários do Planalto. Ainda no encontro, Bolsonaro e o vice chegaram a concordar que há um movimento "diuturno" para "explodir" a relação entre eles. Ressalvaram, no entanto, que precisavam conversar, sempre, para acertar os ponteiros. Um ponto de entendimento entre Bolsonaro e o vice é o que consideram o interesse do chamado "Gabinete do Ódio", ala ideológica do Planalto, em afastar um do outro.

Devido ao longo tempo da conversa, o presidente demonstrou surpresa com a decisão do vice de expor, horas depois, uma visão divergente sobre o quadro político americano - Bolsonaro não admite que a eleição nos Estados Unidos se encerrou, numa fidelidade ao aliado Donald Trump. De nada adiantou Mourão ressaltar, na entrevista, que falava na condição de "indivíduo" e não representante do governo.

Ponte

Neste momento, Bolsonaro não pretende procurar Mourão para restabelecer a ponte que tinha acabado de ser reconstruída e ainda estava com o "cimento molhado", nas palavras de auxiliares diretos. Em conversas, o presidente tem dito que não tem a intenção de repetir a chapa vitoriosa de 2018. Mourão, por outro lado, afirma que está focado na sua missão de vice-presidente e chegou a admitir que pode concorrer a uma vaga no Senado nas próximas eleições.

"Quando chegar a hora certa tomaremos a decisão que for melhor, não só para o País, mas pra mim e minha família", afirmou Mourão ontem ao ser questionado sobre o assunto na entrevista à Rádio Gaúcha.

‘Amor e ódio’

 

Bolsonaro conhece o temperamento de Mourão e sabe que o seu vice-presidente não evitará emitir opiniões pessoais, muitas vezes polêmicas, sobre os mais diferentes assuntos. O presidente também tem consciência de que o general saiu em defesa dele e rebateu críticas a suas falas e seus discursos. Por isso, a aposta do Palácio do Planalto é de que essa relação será de "amor e ódio" até o fim do governo.

Com períodos de moderação e de explosões, o presidente já deixou claro que não abandona as redes sociais e é sensível à ala ideológica. Integrantes do grupo com postos no Planalto e fora dele não se cansam de encaminhar, desde cedo, links de reportagens e comentários que alimentam a irritação do presidente. Foi o que ocorreu na quarta-feira passada.

Um Bolsonaro explosivo disse, numa cerimônia sobre a retomada do turismo, que o Brasil é um país de "maricas", referindo-se às pessoas preocupadas com a covid-19. O destempero verbal continuou com uma ameaça a Joe Biden. Para o drama dos auxiliares, ele afirmou que, depois que acabar a "saliva", tem que ter "pólvora". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O candidato a prefeito de São Paulo do PRTB, Levy Fidelix, divulgou nesta terça, 29, um vídeo de campanha ao lado do vice-presidente da República e seu correligionário, Hamilton Mourão. O Estadão mostrou que em sua quinta tentativa de se eleger prefeito da capital, Levy apostaria suas fichas em se associar à figura do vice de Jair Bolsonaro.

"Nós do PRTB temos um candidato, um homem certo: Levy Fidelix, um homem que sempre esteve comprometido com a direita, com as causas boas do nosso País e com boa administração de recursos públicos", diz Mourão ao lado de Levy no vídeo.

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Levy considera Mourão seu principal trunfo depois de 14 eleições concorridas (e nenhuma vitória) para diferentes cargos até aqui. "Muito nos honra ter Mourão com a gente. É um dos grandes diferenciais que no passado não tínhamos em nossas candidaturas", diz Levy ao Estadão. "Temos um grande estímulo de ordem nacional, um verdadeira estadista que pensa pelo País. Será um diferencial excepcional".

O candidato do PRTB tem defendido a ideia de que é o único real representante da direita em São Paulo. No domingo, 27, em seu primeiro dia de campanha, ele se encontrou com militantes bolsonaristas e prometeu fazer o PRTB "caminhar junto" com o partido que Bolsonaro tenta criar, o Aliança Pelo Brasil.

As tentativas de Levy se eleger incluem duas candidaturas a presidente, duas a governador e tentativas de se eleger vereador e deputado federal. Em 2000, chegou a ser anunciado como vice do então pré-candidato a prefeito de São Paulo Fernando Collor, mas a chapa teve seu registro negado pela justiça eleitoral. Em 2010, derrotado na corrida presidencial, apoiou Dilma Rousseff (PT) no 2º turno. Quatro anos depois, quando apostou no discurso conservador, decidiu apoiar Aécio Neves (PSDB) contra a petista no 2º turno.

O vice-presidente afegão Amrullah Saleh foi alvo de um ataque a bomba no centro de Cabul na manhã desta quarta-feira, 9. Segundo seu porta-voz, Saleh escapou ileso, mas a explosão deixou ao menos seis mortos e 12 feridos, dentre eles alguns dos seguranças do vice-presidente.

Não houve reivindicação de autoria pelo ataque, que acontece em meio a negociações de paz entre o governo afegão e o Taleban.

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"Hoje, mais uma vez, os inimigos do Afeganistão tentaram atingir Saleh, mas falharam nessa missão e Saleh escapou ileso", escreveu o porta-voz Razwan Murad no Facebook.

Saleh, que já foi chefe de inteligência, sobreviveu a várias tentativas de assassinato, incluindo uma em seu gabinete no ano passado, que deixou 20 mortos.

Oficiais e diplomatas alertaram que o crescimento da violência enfraquece a confiança necessária para o sucesso das negociações que têm como objetivo finalizar a insurgência iniciada quando o Taleban foi retirado do poder em Cabul por forças estadunidenses em 2001. (com agências internacionais)

Na quarta-feira da última semana, dia 26 de agosto, o vice-presidente da República, General Hamilton Mourão (PRTB), participou virtualmente de uma aula magna, e defendeu que estudantes de universidades federais que tenham boas condições financeiras paguem mensalidades para ajudar a custear programas de inserção de estudantes de baixa renda em instituições particulares de ensino superior. 

Mourão foi questionado sobre medidas de financiamento pensadas pelo Governo Federal para a inclusão de 83% da população brasileira em idade universitária no ensino superior, levando em consideração que boa parte desse percentual não dispõe de recursos para pagar pelos estudos, quando respondeu que o governo criará linhas de crédito para atender à população que não consegue ingressar no ensino superior. Em seguida, citou o pagamento de mensalidades em universidades federais como um “pensamento de longa data”. 

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“Nós temos dentro da universidade federal, gente que poderia pagar seus custos, que está recebendo ensino gratuito de graça e, posteriormente, não devolvendo nada para o País”, disse o vice-presidente, usando como exemplo seus filhos, que segundo ele, foram alunos de universidades federais e poderiam pagar. 

“Temos que pensar, hoje, seriamente e sem preconceitos. Ver o que seria um recurso para aqueles jovens que precisam de financiamento, e pagar uma universidade privada. Seria uma compensação muito justa isso aí”, afirmou o general, completando que, em sua visão, “uns 60% dos que frequentam universidade federal têm condições de pagar". "Um pagamento que fizessem serviria para que mais alunos ingressassem no setor privado e, consequentemente, para que aumentássemos o percentual de jovens no ensino superior”, complementou Mourão.

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Perfil dos alunos das universidades federais

Apesar de ter apontado um percentual de estudantes com renda que permitiria o pagamento de mensalidades, o vice-presidente não esclareceu se sua fala era baseada em alguma estimativa oficial, nem explicou se há encaminhamentos no Governo para tentar instituir pagamento de mensalidades em universidades federais. 

A fala de Mourão contrasta com a V Pesquisa Nacional de Perfil Socioeconômico e Cultural dos (as) Graduandos (as) das Instituições Federais de Ensino Superior de 2018, realizada pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), que coletou dados de 420 mil estudantes de graduação das 63 universidades federais do Brasil, constatando que 70,2% dos alunos (294.840 estudantes) têm renda familiar per capita de até 1,5 salário mínimo, o que configura vulnerabilidade socioeconômica.

A primeira edição da pesquisa realizada pela Andifes data de 1996, quando o percentual de alunos em situação de vulnerabilidade era de 44,3%. “Percebe-se que, a partir de 2014, ocorre salto e os estudantes nessa faixa de renda passam a ser 66,2% do total de estudantes da graduação”, defende a Associação. A mesma pesquisa aponta que na série histórica, desde que foi iniciada a política de cotas, o número de estudantes que ingressam nas instituições por meio de ações afirmativas cresceu de 3,1% em 2005 para 48,3%, em 2018.

Diante da afirmação de Hamilton Mourão, o presidente da Andifes, Edward Madureira, afirmou ao LeiaJá que baseada em seus dados, a Associação se coloca contra a cobrança de mensalidades nas universidades federais e solicitará audiência com o vice-presidente. 

“Somos contrários à cobrança e temos estudos que demonstram isso (a impossibilidade da proposta). Vamos solicitar uma audiência com o vice-presidente para mostrar os nossos estudos e as nossas argumentações. Estudos apontam a incapacidade de as famílias brasileiras assumirem despesas com educação superior nas universidades públicas. A maior parte dos estudantes destas instituições, segundo ele, é de baixa renda. A última pesquisa da Andifes, publicada no ano passado e com dados de 2018, mostrou que 70,2% dos estudantes de universidades e institutos federais estão na faixa de renda mensal per capita de até 1,5 salário mínimo”, disse Madureira por meio de nota.

Severino Mendes Júnior, pró-reitor de Gestão Estudantil da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), afirmou ao LeiaJá que a política de cotas ajudou a mudar o perfil dos estudantes das universidades federais, inserindo pessoas de baixa renda que antes não conseguiam ter acesso ao ambiente universitário. Nesse novo cenário, ele também destacou a relevância do Plano Nacional de Assistência Estudantil (PNAES), como aliado do sistema de cotas, para ajudar a garantir não apenas a entrada, mas a permanência dos estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica nos seus cursos.  

“Setenta por cento dos alunos matriculados nas instituições públicas do Brasil são vulneráveis. Na UFRPE, são 80%. Temos pesquisa sobre o desempenho dos alunos que recebem políticas de assistência, e é bem melhor que os que não recebem. Existe uma retórica na academia que essas pessoas têm desempenho baixo e não conseguem acompanhar, mas os dados provam o contrário. A sociedade contemporânea não sobrevive mais sem assistência estudantil”, explicou o pró-reitor.

“O maior ataque é ao princípio de educação pública para todos”

Marcelo Carneiro Leão, reitor da UFRPE  Foto: Arthur Souza/LeiaJáImagens/Arquivo

Sobre a afirmação do vice-presidente da República, o professor Marcelo Carneiro Leão, reitor da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), disse que se permite discordar e “com todo o respeito, a visão que ele [Mourão] está é uma visão de 30 anos atrás”. Para ele, “fazer justiça social com cobrança de mensalidade é uma posição equivocada”, pois deixa na mão dos governantes a decisão sobre quem paga, e quanto. 

“É muito complicado, ‘vamo cobrar mensalidade dos mais ricos’, qual é a renda familiar que a gente vai estabelecer? O governante entra diz que é R$ 2 mil, tiver uma renda familiar de mais de 2 mil você paga. Aí entra outro governante mais bonzinho e diz não, é a partir só de R$ 5 mil, um governante menos alinhado com questões sociais diz ‘a partir de R$ 500 tem que pagar’”, opina o reitor.

Para o docente, há formas mais eficientes de garantir o acesso de estudantes de baixa renda ao ambiente universitário, como realizar mudanças na matriz tributária (de impostos) do País, para que o valor arrecadado pelo poder público com a parcela mais rica da população ajude a financiar o orçamento das universidades públicas.

“Os 10% mais ricos do Brasil pagam em média algo em torno de 21% de tributação, quanto mais se ganha percentualmente se paga menos, alterar este formato, enquanto os 10% mais pobres pagam 32% (...) No lugar de ficar brigando pontualmente a cada governo, se a gente mudasse a matriz tributária, resolveria essa questão social e os mais ricos financiariam mais a universidade pública para que os mais pobres pudessem também estudar, como é agora na realidade das nossas universidades. Se a gente quer fazer justiça social na universidade, devia ser na manutenção da gratuidade e na alteração da tributação onde os mais ricos pagarão mais impostos e financiarão mais o funcionamento da universidade”, sugere o gestor da UFRPE. 

O reitor também destacou a perda histórica de orçamento que as universidades já vêm sofrendo há vários anos, que pode ser agravada pela nova proposta orçamentária apresentada pelo Governo Federal para o ano de 2021, que pode cortar recursos do Ministério da Educação (MEC) e consequentemente das universidades, em um momento no qual a pandemia de Covid-19 exigirá ainda mais investimentos e a assistência estudantil, diante da perda de renda e desemprego, se faz mais necessária que nunca para atender aos estudantes de baixa renda. 

“A gente está anualmente com redução no Programa Nacional de Assistência Estudantil (PNAES). Ele se mantém nominalmente no mesmo valor, mas a inflação está comendo, cada ano eu perco poder de ajuda aos nossos estudantes. A gente precisa diante desses 70% de alunos com vulnerabilidade, se a gente quiser levar educação para toda a população, principalmente classes menos favorecidas e mais pobres, a gente tem que buscar ampliar o PNAES, que é um programa que dá bolsas, auxílios, subsidia o restaurante universitário, uma série de ações para esses jovens terem acesso à universidade pública. A gente tem que aumentar o investimento. Eu não acredito que um país vá crescer e se desenvolver sem investimento em educação, para mim tem que ser o maior pilar de desenvolvimento, educação e saúde”, disse o reitor. 

Questionado sobre os riscos de uma possibilidade como a cobrança de mensalidades em universidades públicas ser levantada por uma pessoa que está em um alto cargo de comando e decisão do governo do país, o reitor Marcelo Carneiro Leão diz que há risco ao modelo de universidade pública tal qual o concebemos hoje. “Eu acho que o maior ataque é ao princípio de educação pública para todos. Quando a gente fala em diminuir orçamento e aluno pagar, a gente está indo de encontro ao que a gente prega, que é educação pública de qualidade e inclusiva, que não é gasto, é investimento. A gente tem pesquisas em todo o mundo que mostram que quanto maior a escolaridade das pessoas na sociedade, o PIB aumenta numa proporcionalidade. Se a gente quer fazer com que o país cresça, e cresça para todos, que aí é uma visão de mundo, na hora que você vai de encontro à educação pública e não ao encontro dela, vai privilegiar quem de fato pode pagar por essa educação. Se conseguiu inverter isso precisa ser mantido. O único caminho é educação e não é opinião é história da humanidade”, afirmou o professor.

“O projeto de universidade pública é um projeto de país”

Alfredo Gomes, reitor da UFPE  Foto: Júlio Gomes/LeiaJáImagens/Arquivo

O reitor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Alfredo Gomes, afirmou sua posição contrária ao pagamento de mensalidades nas universidades federais e públicas de modo geral, apresentando dados sobre os estudantes. “Eu particularmente, assim como muitos outros colegas, somos contrários ao pagamento de mensalidades nas universidades públicas, federais. Temos hoje aproximadamente 1,3 milhão de matrículas nas universidades. Dessas, 900 mil são de estudantes abaixo de 1,5 salário per capita familiar. E 400 mil alunos aproximadamente são de famílias de até meio salário mínimo. Afinal de contas, de onde vem os dados para dizer que tem uma grande maioria que pode, portanto, custear a universidade?”, questionou ele. 

O reitor destaca também outro fato muito importante no contexto de pandemia de Covid-19 que o país está atravessando. “A situação demanda financiamento por parte do Estado, a gente precisa continuar defendendo o orçamento público das universidades para garantir esse projeto. A universidade pública realiza 95% da pesquisa no Brasil, são questões muito importantes quando nós pensamos em um projeto de país, em um projeto de sociedade, de desenvolvimento de ciência, tecnologia e inovação na educação que passam necessariamente pelas nossas instituições”, avalia o gestor da UFPE.

Diante dessa realidade, ele criticou a postura do vice-presidente Hamilton Mourão ao defender o pagamento de mensalidades nas universidades federais e alega que a maioria dos alunos tem condições financeiras para isso. “Estamos nesse ponto de vista de que a universidade pública, gratuita, financiada por recursos do Estado por meio dos impostos, deve permanecer. O projeto de universidade pública é um projeto de país. Desde 2013 temos a introdução do sistema de cotas na universidade. Funcionou muito bem e permitiu o ingresso em cada turno e curso de estudantes provenientes de escolas públicas. A situação demanda financiamento por parte do Estado, a gente precisa continuar defendendo o orçamento público das universidades para garantir esse projeto”, disse o professor Alfredo.

Ele continua: "Desde os anos 80 você tem defensores dessa tese e ela não ganha materialidade em termos de políticas. É uma figura que ocupa um cargo altíssimo na República, mas é necessário ter cuidado e tratar devidamente a questão com zelo, com respeito à história, à grande contribuição que as universidades públicas federais prestam a esse país”, disse o reitor da UFPE. 

“A gratuidade está na Constituição”

Iago Montalvão, presidente da UNE Foto: Reprodução/Instagram

O estudante de economia da Universidade de São Paulo (USP), Iago Montalvão, é presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE) e também se opõe à ideia de pagamento de mensalidades em universidades federais. Ele alega que além das questões que envolvem a necessidade de ampliação à assistência estudantil diante da mudança de perfil socioeconômico dos alunos causada pela política de cotas, a imposição de qualquer tipo de pagamento em uma instituição pública significaria uma tributação dupla para ao alunos. 

Iago justifica a afirmação explicando que tanto a construção quanto a manutenção e investimento das universidades é feita com dinheiro de impostos, já pagos pela sociedade. “Quando você paga imposto, espera um serviço público em troca. Imagina quanto dinheiro público você não investiu numa universidade pública para ela chegar a esse patamar durante os anos, as décadas?. Isso foi entregue à sociedade de forma gratuita, porque ela já pagou o serviço quando pagou o imposto”, explicou o estudante. 

Além disso, é uma preocupação do presidente da UNE a dificuldade de determinar quem deveria pagar, e quais valores, uma vez que há diferentes perfis socioeconômicos ao analisar universidades e cursos diferentes, segundo ele. A terceira e última razão de sua discordância é que segundo Iago, ideias como essa abrem espaço para um precedente que ele classifica como “perigoso”, de criação de um sistema de ensino pago nas instituições públicas. 

Iago lembra também que a gratuidade do ensino está na Constituição Federal. No Capítulo III - Da Educação, da Cultura e do Desporto - Seção I, um trecho do Art. 206 determina: “O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber; III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; IV - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais”. 

A afirmação de Hamilton Mourão, na opinião do presidente da UNE, não tem base na realidade das universidades e nem seria uma ideia de nova medida do governo, mas algo pensado no momento do evento pelo próprio vice-presidente. “Minha tese é que o que ele está dizendo veio da cabeça dele, não veio de um aprofundamento, de um debate. A maior prova disso é que na reforma tributária [do governo Bolsonaro] uma das coisas que eles fazem é deixar de isentar universidades comunitárias filantrópicas, não lucrativas, para que elas deixem de oferecer determinadas bolsas para os estudantes. Ele fala, mas na prática está fazendo outra coisa. Mesmo no ponto de vista do projeto privatista, eles estão em conflito com todo mundo”, afirmou o estudante.

Apontando a falta de projeto de qualquer tipo para a área da educação no governo Bolsonaro, Iago afirma que, em sua opinião, o que o governo tenta fazer de forma planejada é promover o descrédito das universidades públicas perante a sociedade. “O que eles querem é criar uma polêmica em torno da universidade pública, do papel da universidade pública. Aí sim eu concordo que há um projeto conjunto de desmoralização da universidade pública. Vai usar vários artifícios para chegar a esse objetivo, vai dizer que só planta maconha, que só tem gente rica que está lá e poderia pagar, há uma tentativa muito incisiva de tentativa de desmoralização da universidade pública, porque é um ambiente onde não se encaixa o tipo de pensamento que eles representam no governo”, afirmou ele. 

Questionado sobre possíveis impactos da hipotética implementação de uma medida como a que o vice-presidente da República sugeriu, o presidente da UNE aponta o aumento da desigualdade social e consequências que viriam em decorrência dele.  “Aquele jovem que nunca teria perspectiva de ter uma profissão melhor remunerada, ao entrar na universidade, cria essa perspectiva. Não ter uma universidade pública com acesso gratuito para que essa juventude de baixa renda possa ter acesso, prejudicaria muito a redução de desigualdades e uma série de outros fatores vem em decorrência disso. Índice de criminalidade, violência, tudo isso seria fruto de uma medida como essa”, afirmou o presidente da UNE. 

O vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, atacou na quarta-feira (26) o candidato democrata Joe Biden, a quem acusou de ser um "cavalo de Troia da esquerda radical", e advertiu os eleitores que se Donald Trump for derrotado "não estarão a salvo".

No terceiro e penúltimo dia da convenção republicana, que termina nesta quinta-feira (27) com um discurso de Trump nos jardins da Casa Branca, Pence advertiu os eleitores que "não estarão a salvo nos Estados Unidos governado por Joe Biden".

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Diante dos crescentes protestos por um novo caso de violência policial que deixou Jacob Blake, um homem negro, com graves sequelas em Wisconsin, Pence advertiu que nestas eleições "estão em jogo a lei e a ordem".

Depois dos protestos pelo incidente na localidade de Kenosha, Trump anunciou que enviaria agentes federais para conter as manifestações, nas quais duas pessoas morreram depois que um homem branco abriu fogo contra a multidão.

O incidente aconteceu quase três meses depois que George Floyd, um homem negro, foi morto por um policial branco que ajoelhou em seu pescoço por quase nove minutos, o que desatou a maior onda de protestos contra o racismo no país em décadas.

"Não se trata de saber (...) se o país será republicano ou democrata. A eleição é se os Estados Unidos continuarão sendo Estados Unidos", afirmou Pence.

Outros republicanos também fizeram advertências sobre a segurança durante a terceira noite da convenção e destacaram Trump como um defensor da "lei e da ordem".

"De Seattle e Portland a Washington e Nova York, as cidades governadas pelos democratas estão sendo invadidas por violentas turbas. A violência está desenfrenada", declarou a governadora da Dakota do Sul, Kristi Noem.

Pence tomou a palavra para aceitar a indicação como candidato a vice-presidente no Forte McHenry, em Baltimore, um local emblemático na história dos Estados Unidos por ter sido a fonte de inspiração para o hino nacional.

"Joe Biden não vai ser outra coisa que um cavalo de Troia da esquerda radical", afirmou o vice-presidente de 61 anos.

Pence, sempre em um discreto segundo plano, pode ganhar outra dimensão em caso de vitória de Trump em novembro e se posicionar como candidato à sucessão em 2024.

O presidente apareceu de modo surpreendente ao lado da primeira-dama para cumprimentar Pence após o discurso.

O vice apelou para o voto ideológico, com base nas crenças religiosas conservadoras e motivado por temas como a oposição ao aborto.

Durante a quarta-feira, vários oradores destacaram a oposição de Trump ao aborto.

Pence também ressaltou que o governo Trump nomeou "mais de 200 juízes conservadores" e sua defesa do direito à vida.

Em quase quatro anos de administração, Pence assumiu o papel de contrapeso ante o drama e as controvérsias que cercam Trump. Também se apresenta como uma pessoa de reputação que não pode ser atacada e tendências religiosas inquestionáveis.

Diante da imagem de Trump de magnata e "playboy" com três casamentos, Pence apresenta as credenciais de um homem piedoso, que supostamente se recusa a jantar sozinho com qualquer outra mulher que não seja sua esposa.

- A questão do coronavírus -

O vice-presidente, responsável por coordenar a resposta da Casa Branca à pandemia, discursou no momento em que o balanço de mortes provocadas pelo coronavírus supera 178.000. Além disso, a economia, principal ativo de Trump, saiu dos trilhos e a taxa de desemprego superou 10%.

O presidente está atrás de Biden nas pesquisas nacionais e aparece empatado em muitos estados chaves para chegar à Casa Branca, o que indica uma campanha acirrada.

Dois terços dos americanos se declaram descontentes com a gestão do governo para a pandemia.

Os democratas devem aproveitar o flanco e nesta quinta-feira a candidata a vice na chapa de Biden, a senadora Kamala Harris, vai criticar a estratégia de Trump para o coronavírus em um discurso em Washington, coincidindo com o discurso de Trump na última noite da convenção republicana.

Candidato democrata à presidência dos Estados Unidos, Joe Biden anunciou na tarde desta terça, 11, a escolha da senadora Kamala Harris como sua companheira de chapa. Senadora pela Califórnia desde 2017, ela tem 55 anos, é advogada de formação e já atuou como procuradora-geral no mesmo Estado.

Nascida em Oakland, Kamala Harris é filha de uma pesquisadora nascida na Índia ainda dominada pelos britânicos e naturalizada americana, Shyamala Gopalan, e de um economista nascido na Jamaica, Donald Harris. A origem multicultural e o fato de ser afro-americana são elementos vistos como possíveis trunfos na corrida pela Casa Branca, em ano de protestos raciais nos EUA.

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O anúncio foi feito em comunicado oficial da campanha de Biden. Em seguida, o ex-vice-presidente também falou sobre o fato em sua conta no Twitter. "Eu tenho a grande honra de anunciar que escolhi Kamala Harris - uma destemida lutadora pelos pequenos e uma das melhores servidoras públicas do país - como minha companheira de chapa", elogiou. Biden lembrou que, como procuradora-geral da Califórnia, Kamala chegou a trabalhar com o filho dele já falecido, Beau Biden. "Eu observei enquanto eles enfrentavam grandes bancos, apoiavam trabalhadores e protegiam mulheres e crianças de abusos", comentou. "Fiquei orgulhoso na época e estou orgulhoso agora de tê-la como minha parceira nesta campanha", afirmou.

Para o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) é alvo de uma perseguição que tem contribuído para a imagem negativa do país no exterior. Por meio de videoconferência com veículos da imprensa internacional, Mourão defendeu o líder do Executivo dizendo que Bolsonaro não compactua com o extermínio dos povos indígenas e não deve ser comparado com ditadores.

A Associação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), aponta que mais de 17 mil índios foram contaminados pela Covid-19 e 544 deles morreram. Além disso, o Brasil já chega na marca dos 95 mil mortos pelo novo coronavírus e 2.750.318 infectados. É diante desses números que o vice-presidente resolveu reunir a imprensa para defender a forma que o presidente da República está combatendo a pandemia.

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"O país apresenta 1,7 milhão de curados, o índice de óbitos baixou de 8% para 4%, o país está agindo de acordo com todos os protocolos, embora só se fale da cloroquina e da hidroxicloroquina", explica Mourão.

O vice-presidente destacou as questões indígenas por conta da imagem negativa que o mundo tem da relação do governo brasileiro com esses povos e os quilombolas. Bolsonaro, inclusive, chegou a ser alvo de uma acusação formal de genocídio desses povos.

Sobre isso, Mourão retrucou: "Genocídio? Genocídio fez Hitler com os judeus, os turcos, com os armênios, fez Ruanda nos anos 1990, fez o Stalin na União Soviética. Há um compromisso do governo com a proteção dessas populações, de acordo com a Constituição", assegura o vice-presidente. Além disso, ele insiste que o combate ao novo coronavírus é diferente de país para país.

Joe Biden, o candidato dos democratas à Casa Branca, anunciou nesta terça-feira (28) que vai escolher na próxima semana seu companheiro de chapa para a disputa presidencial de novembro, contra Donald Trump.

"Terei uma decisão na primeira semana de agosto", Biden disse aos jornalistas em um comício em Delaware, em uma de suas poucas aparições públicas, já que a campanha sofre com as restrições devido à pandemia.

O candidato de 77 anos, que se eleito será o presidente americano mais idoso da história, se comprometeu a ter uma mulher como candidata à vice-presidência.

Com as grandes manifestações contra o racismo em junho, depois da morte de George Floyd, um homem negro morto nas mãos da polícia, cresce a pressão para que a escolhida seja uma mulher negra.

Quando questionado se conseguiria se encontrar pessoalmente com a pessoa selecionada em meio à pandemia do coronavírus, Biden respondeu "vamos ver". Ele ainda brincou que teria que enganar os repórteres de plantão na porta de sua casa para ter um encontro discreto com seu (ou sua) vice antes do anúncio.

A mídia norte-americana especula que a lista de finalistas inclui Kamala Harris, senadora da Califórnia, e Susan Rice, ex-assessora de segurança nacional de Barack Obama. Outros nomes de senadoras que também estão fortes são Tammy Duckworth, de Illinois, Elizabeth Warren, de Massachusetts, e Tammy Baldwin, de Wisconsin.

Além disso, são ainda cotadas as congressistas Val Demings, da Flórida, e Karen Bass, da Califórnia, bem como as governadoras Gretchen Whitmer (Michigan) e Michelle Lujan Grisham (Novo México).

A convenção do partido democrata para firmar oficialmente a nomeação de Biden está programada para 17 de agosto. O evento, tradicionalmente cheio de pompa e tradições, foi reduzido ao mínimo por causa da pandemia.

No encontro desta terça-feira, Biden também criticou Trump por sua maneira de lidar com a crise sanitária, que deixou quase 150 mil mortos nos EUA, e com os protestos anti-racismo.

Ao ser perguntado por que quer ser presidente, o candidato democrata disse que está concorrendo porque Trump é o presidente. "Creio que nossa democracia está em jogo", afirmou.

Questionado por três vezes no Senado se o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, permanecerá no governo, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, defendeu o chefe da pasta, mas afirmou estar em "silêncio obsequioso" quando provocado a manifestar sua opinião sobre o futuro de Salles.

Ricardo Salles é alvo de pressão no cargo em função da política ambiental do governo. Além disso, o Brasil tem sido pressionado por investidores estrangeiros para reduzir o desmatamento da Amazônia. No Senado, Mourão destacou que qualquer decisão sobre o futuro de ministros no governo cabe ao presidente Jair Bolsonaro.

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Nesta terça-feira (14), Mourão foi chamado no Senado para falar das ações do governo no combate ao desmatamento na Amazônia. "Eu sou homem de governo. Eu permaneço, como diria Frei Boff, em silêncio obsequioso", declarou o vice quando perguntado sobre Salles.

Ele fez referência a Leonardo Boff, teólogo punido pelo Vaticano nos anos 1980 e condenado ao "silêncio obsequioso", tendo sido proibido de publicar suas ideias em razão de divergências teológicas com a cúpula da Igreja Católica. Boff é crítico ferrenho do governo Bolsonaro e aliado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Em outro momento, na mesma audiência, Mourão declarou que o governo está "procurando colocar Salles em uma melhor posição do que ele vem tendo". Logo no início, porém, o vice saiu em defesa do ministro. "O ministro tem cumprido todas as nossas orientações e tem sido um parceiro na busca das soluções e melhoria da nossa política ambiental e do combate às ilegalidades", disse.

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, contrariou nesta quarta-feira (25) a postura adotada por Jair Bolsonaro e disse que o governo defende que o isolamento social é uma das melhores formas de frear a disseminação do novo coronavírus (Sars-CoV-2).

"A posição do nosso governo, por enquanto, é uma só. A posição do governo é isolamento e o distanciamento social, né. Está sendo discutido e, ontem [24/3] o presidente buscou colocar, e pode ser que ele tenha se expressado de uma forma digamos assim que não foi a melhor", disse Mourão durante uma reunião por videoconferência do Conselho Nacional da Amazônia Legal.

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Conforme o vice, Bolsonaro quis mostrar a "preocupação que todos nós temos com a segunda onda, como se chama nessa questão do coronavírus". "Nós temos a primeira onda, que é a saúde, e agora temos uma segunda onda, que é a questão econômica e, uma vez que toda a atividade econômica cesse e o país praticamente caia numa anomia, podemos correr o risco de uma forte inquietação social, principalmente nas áreas mais vulneráveis", afirmou ainda Mourão.

A repercussão do pronunciamento do presidente foi a mais negativa possível. Prefeitos, governadores, senadores e deputados, além de especialistas e médicos, criticaram a fala de Bolsonaro - que contraria estudiosos do mundo todo e que foi adotada por mais de 150 países para frear a epidemia. 

Da Ansa

O vice-presidente Hamilton Mourão esteve em Belém nesta sexta-feira (5) para tratar do Conselho da Amazônia Legal. Em coletiva à imprensa, Mourão falou sobre a participação dos governadores de Estado nas discussões sobre a questão amazônica. 

“O presidente Bolsonaro criou o Conselho exatamente para integrar e coordenar os esforços do governo federal. Os governos estaduais não estão de fora. Estou indo em todos os Estados. Se não houver essa junção dos esforços entre o que o governo federal realiza e o que os Estados têm planejado nós não vamos conseguir cumprir a nossa meta de proteger, preservar e desenvolver a Amazônia", afirmou.

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Responsável pela coordenação do Conselho, Mourão disse que está ouvindo todos os ministérios para poder montar um planejamento que integre esforços. "No dia 25 será a primeira reunião do Conselho, onde será apresentado nosso plano com objetivos e metas a serem alcançadas”, disse.

O general lembrou que a reunião do dia 25 será apenas do Conselho da Amazônia Legal e só depois os governadores serão chamados para saberem do resultado.

“O Conselho que havia foi criado em 1995 e nunca se reuniu, não existiu uma única ata, ficou só no papel. A nossa visão é que ele realmente realize tarefas que vão ao encontro das necessidades de proteger, preservar e desenvolver. Nossa finalidade é integrar as políticas do governo federal", assinalou.

Segundo Mourão, as três plataformas de dados e monitoramento da Amazônia, da Polícia Federal, INPE (Instituto Nacional de Pesquisa Espaciais) e Censipam (Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia), têm recursos investidos para que as informações sejam compartilhadas com os que necessitam. "O Conselho terá a tarefa de impulsionar e fazer com que as coisas aconteçam”, destacou.

O vice-presidente demarcou também os pontos principais do Conselho da Amazônia Legal: a proteção da Amazônia devido às fronteiras e problemas de contrabando e narcotráfico, a preservação do bioma e o desenvolvimento, o qual considerou o mais difícil. Para ele, o desenvolvimento deve ser sustentável com ordenamento fundiário, biodiversidade e uma mineração estratégica, sem degradação do meio ambiente.

O Conselho da Amazônia Legal foi reformulado e sua administração passada para a vice-presidência da República no dia 11 de fevereiro, por um decreto do presidente Jair Bolsonaro. Antes o órgão fazia parte do Ministério do Meio Ambiente. Será composto pelos ministros da Casa Civil, Justiça, Defesa, Relações Exteriores, Economia, Infraestrutura, Agricultura, Minas e Energia, Ciência, Tecnologias e Comunicação, Meio Ambiente, Desenvolvimento Regional, Secretaria Geral da Presidência e Gabinete de Segurança Institucional. O Conselho foi questionado e gerou reações negativas porque não incluiu governadores e representantes da sociedade civil. 

Reportagem de Filipe Bispo.

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, reinaugura nesta terça-feira (14) a Estação Comandante Ferraz, base de pesquisa do Brasil na Antártica.

O novo prédio, que fica na ilha Rei George, na Baía do Almirantado, e foi erguido ao lado da atual base, que tem estrutura provisória. O evento vai ser transmitido ao vivo pela TV Brasil e pelas redes sociais da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

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A Estação Comandante Ferraz foi criada em 1984, mas em 2012 sofreu um incêndio de grande proporções. Na ocasião, dois militares morreram e 70% das suas instalações foram perdidas. O governo federal investiu cerca de US$ 100 milhões na obra, e a unidade recebeu os equipamentos mais avançados do mundo. No local, pesquisadores vão realizar estudos nas áreas de biologia, oceanografia, glaciologia, meteorologia e antropologia.

"[A estação]  vai dar melhores condições de trabalho aos nossos pesquisadores, vai manter nossa presença no trabalho que está sendo feito pela comunidade científica internacional, de buscar respostas e avanços no conhecimento, na tecnologia, outras áreas que são pesquisadas lá. Ao mesmo tempo, permite que a Marinha faça um adestramento em termos de logística, em termos de deslocamento em águas, que não são tão tranquilas assim. Nós, do governo Bolsonaro, vemos com extrema satisfação este momento de reinaugurarmos a Estação Comandante Ferraz e darmos uma nova roupagem ao trabalho de pesquisa que está sendo realizado lá", afirmou o vice-presidente, em entrevista exclusiva à EBC.

Ocupando uma área de 4,5 mil metros quadrados, a estação poderá hospedar 64 pessoas, segundo a Marinha. O novo centro de pesquisas vai contar com 17 laboratórios. Cientistas da Fiocruz, por exemplo, estão entre os primeiros a trabalhar na nova estação, desenvolvendo pesquisas na área de microbiologia, a partir da análise de fungos que só existem na Antártica, e no poder medicinal desses micro-organismos. A Agência Internacional de Energia Atômica (Aeia) também já confirmou que vai desenvolver projetos meteorológicos na base brasileira.

Para ficar acima da densa camada de neve que se forma no inverno, o prédio recebeu uma estrutura elevada. Os pilares de sustentação pesam até 70 toneladas e deixam o centro de pesquisa a mais de três metros do solo. Os quartos da base, com duas camas e banheiros, abrigarão pesquisadores e militares. A estação também tem uma sala de vídeo, locais para reuniões, academia de ginástica, cozinha e um ambulatório para emergências. 

Em todas as unidades da base foram instaladas portas corta-fogo e colocados sensores de fumaça e alarmes de incêndio. Nas salas onde ficam máquinas e geradores, as paredes são feitas de material ultrarresistente. No caso de um incêndio, elas conseguem suportar o fogo durante duas horas e não permitem que ele se espalhe por outros locais antes da chegada do esquadrão anti-incêndio. 

A estação tem ainda uma usina eólica que aproveita os ventos antárticos. Placas para captar energia solar também foram instaladas na base e vão gerar energia, principalmente no verão, quando o sol na Antártica brilha mais de 20 horas por dia.

O projeto de reconstrução da estação é todo brasileiro e começou a ser executado em 2017 pela empresa China Electronics Import and Export Corporation, que venceu a licitação do governo. A companhia de engenharia precisou dividir a obra em três etapas, porque entre os meses de abril e outubro é impossível realizar qualquer atividade externa na Antártica devido ao frio intenso, às tempestades de neve e aos ventos fortes. Por causa disso, os chineses construíram os módulos na China durante o inverno e transportaram para a Antártica nos verões de 2017, 2018 e 2019, a fim de fazer a instalação. 

O Brasil faz parte de um seleto grupo de 29 países que possuem estações científicas na Antártica. Esta presença é muito importante porque, de acordo com o tratado antártico, só quem desenvolve pesquisas na região poderá definir o futuro do continente gelado.

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