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A volta às aulas presenciais da rede pública de Pernambuco para alunos de 3º ano do ensino médio começou nesta terça-feira (6). Na Escola de Referência em Ensino Médio (EREM) Miguel Batista, localizada no bairro na Macaxeira, Zona Norte do Recife, as aulas foram iniciadas às 8h30 - fora do horário de pico - e seguem até às 12h.

No local, pode ser identificado o cumprimento às medidas de restrição e distanciamento social necessário para controle da pandemia do novo coronavírus. Os corredores da escola oferecem álcool em gel para os estudantes, professores e demais funcionários. O alunos receberam um kit com máscaras para proteção e os docentes ganharam, ainda, um face shield.

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Na instituição, de acordo com a gestão da escola, 152 estudantes estão matriculados no terceiro ano do ensino médio. Desse total, apenas 72 podem comparecer às atividades presenciais semanalmente, divididos em turmas de 18 alunos cada. Além da carga horária regular, os estudantes também receberam

Segundo o secretário de Educação de Pernambuco, Fred Amancio, a Região Metripolitana do Recife tem 30 mil estudantes de 3º ano, enquanto todo o Estado abarca 81 mil alunos e 730 escolas que ofertam ensino médio.

"Desde o mês de julho nós divulgamos os protocolos para que as escolas públicas e particulares pudessem começar o seu planejamento para esse processo de retomada que vem acontecendo ao longo dos últimos meses. Hoje nós estamos retomando aulas presenciais nas escolas da rede pública estadual, sempre lembrando que nesse momento a decisão é dos pais se o estudante vai retornar ou não vai retornar", disse o secretário, explicando também que as escolas estão operando no sistema híbrido e com rodízio de alunos.

Greve dos professores - Mesmo com a manutenção da greve do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe) mantida, alguns docentes compareceram à instituição para o primeiro dia de volta às aulas presenciais no Estado. Segundo o secretário de Educação, a expectativa é que mais docentes voltem às escolas por se tratar de uma decisão individual e de competência de cada professor.

*Com informações de Lara Tôrres

Com a retomada das aulas presenciais marcadas para esta terça-feira (6), nas escolas públicas e privadas de Pernambuco, o dilema da categoria de professores é o comparecimento às atividades. Segundo o presidente do Sindicato dos Professores de Pernambuco (Sinpro), Hemilton Beserra, o medo da perda do emprego poderá ser o fator motivador para os docentes voltarem às salas de aula nas escolas. 

"A dificuldade da relação trabalho no setor privado, aprofundado com a reforma trabalhista, criou um ambiente de precarização nas relações de trabalho que impõe muita insegurança do trabalhador. No ambiente desemprego alto, como o atual, o receio da perca do emprego é alto", disse Beserra, ao LeiaJá.

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A categoria espera, nesta segunda-feira (5), uma decisão judicial sobre a ação movida na Justiça para impedir a retomada das aulas presenciais nas escolas do Estado. "Mais tarde, iremos avaliar qual vai ser a decisão (sobre retomada dos docentes e atos contra a volta às aulas)", completou Beserra. 

Escolas da capital paulista poderão abrir as portas para receber alunos em atividades presenciais a partir de quarta-feira (7). Apesar de a Prefeitura ter autorizado apenas as atividades extracurriculares, como aulas de idiomas, de música e de esportes, o movimento vem sendo acompanhado com atenção: será a primeira vez em sete meses que os estudantes terão contato físico com colegas e professores.

A retomada vai ocorrer de forma gradual, dentro do plano definido pela Prefeitura de São Paulo. Nesta primeira fase, está permitida a volta de apenas 20% dos alunos das redes pública e privada do ensino básico. Os alunos do ensino superior também ficam liberados para reiniciar as aulas regulares.

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Na próxima etapa, prevista para ocorrer a partir de 3 de novembro, estaria liberada a volta de aulas regulares no ensino básico. A mesma data foi definida por enquanto para a retomada das aulas no ensino fundamental da rede estadual.

"Uma coisa importante de entender é que esse fechamento prolongado, além de consequências mais diretas de acesso às aulas remotas, gerou problemas à saúde mental, à segurança alimentar e ao convívio social", avalia Ítalo Dutra, chefe de educação da Unicef no Brasil.

O órgão da ONU para defesa do direito das crianças acaba de lançar um guia com orientações para o retorno do setor. "A eficácia dessa retomada depende do engajamento por parte das famílias e das crianças."

A adesão a essa retomada depende de cada instituição, que terá autonomia para decidir se abrirá ou não as portas.

As famílias também poderão decidir se querem as crianças no colégio. Ou não.

Para ajudar os pais e os responsáveis que optaram pela volta às aulas, o Estadão preparou um guia com dicas que vão desde a higienização do material escolar ao cuidado com questões emocionais das crianças.

Veja as dúvidas recorrentes:

1. Como reintroduzir a atividade escolar na rotina?

Para o pesquisador em neuropsicologia Paulo Sérgio Boggio, do Mackenzie, os pais precisam ouvir os filhos. "Após tanto tempo de quarentena, os complicadores são a capacidade de regulação emocional e o quanto é possível controlar as emoções e o impacto delas nas ações."

2. Como explicar a necessidade de distanciamento social sem causar medo?

A palavra-chave é o equilíbrio, aponta Boggio. "Se os pais colocarem uma carga pesada de informações negativas, podem induzir o estresse. Por outro lado, se a informação não chegar da forma correta, aumenta a possibilidade de a criança se infectar", afirma. "A mensagem tem de ser de acordo com a idade."

3. É preciso fazer teste de covid-19 antes da volta?

Não é necessário, diz Fausto Flor Carvalho, chefe do departamento de Saúde Escolar da Sociedade de Pediatria de São Paulo. Ele explica que o teste mais eficiente, o RT-PCR (swab nasal e oral), é caro e agressivo para crianças.

4. A carteira de vacinação precisa estar em dia antes do retorno?

Sim. O melhor é que a criança tome a dose mesmo que já tenha passado o prazo, porque isso permite ao clínico diferenciar o diagnóstico no surgimento de um sintoma.

5. Como posso observar o surgimento de sintomas?

"A maior parte das crianças não tem sintomas", lembra Carvalho. "Então, o acompanhamento é complexo." Os possíveis sintomas são a coriza e a diarreia, além da febre.

6. Que cuidados a criança deve tomar no transporte para a escola?

Carvalho indica o uso de máscara para crianças a partir de 2 anos, além de álcool na entrada e na saída. É recomendável que veículos usem apenas de 30% a 40% de sua lotação e deixem as janelas abertas.

7. É preciso enviar máscaras próprias? Quantas?

Outros países têm orientado que as crianças troquem de máscara a cada duas horas e lavem as mãos com água e sabão ou passem álcool em gel no mesmo intervalo. "No Brasil, sabemos que nem todos têm condições financeiras de fazer isso. Então, o ideal é usar uma máscara na ida para a escola, outra durante a aula e trocar por uma nova na hora de voltar", explica Carvalho.

8. Meu filho pode tirar a máscara em algum momento?

Idealmente, não. Ainda assim, é possível que algumas crianças tenham dificuldade de ficar o tempo todo com a máscara. Nesses casos, é aconselhável que, se ela for retirada, isso ocorra em espaço aberto.

9. Como evitar que ele coce os olhos e coloque a mão na boca ou no rosto?

"É importante que os pais já trabalhem isso antes da volta à escola", diz Carvalho. Ele explica que é preciso que professores redobrem a atenção com crianças entre 2 e 6 anos.

10. Com que frequência ele deve higienizar as mãos?

O ideal seria fazer isso a cada duas horas. Ou sempre que tocar no rosto, além de no início e no fim da aula.

11. Ele pode se sentar com amiguinhos?

Não. Os professores vão precisar ser criativos nas atividades que antes eram feitas em dupla ou grupo e para impedir que se aproximem para brincar. Na Coreia do Sul, por exemplo, os professores deram asas de anjos para as crianças, para ajudá-las a manter a distância de 1,5 metro.

12. Há risco em pedir material escolar emprestado?

A recomendação é que cada um tenha o seu material. Quando não houver essa possibilidade, é preciso passar álcool antes e depois do uso. Ao chegar em casa, o material deve ser lavado com água e sabão ou exposto ao sol.

13. A merenda da escola é segura?

"Se tiver oportunidade de levar o lanche, é preferível. Mas sabemos que muitas crianças dependem da refeição escolar", observa Marcelo Otsuka, da Sociedade Brasileira de Infectologia. Ele diz que é preciso que as responsáveis pela merenda sejam treinadas e que haja rodízio no refeitório.

14. Como identificar crises de ansiedade?

Segundo Boggio, alguns dos sintomas de ansiedade e pânico mais comuns são: tensão no corpo, falta de comunicação, semblante assustado, aumento na transpiração e nos batimentos cardíacos.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os professores da rede privada de escolas do Rio de Janeiro decidiram, pela sexta vez, em três meses, manter a greve. Em assembleia virtual realizada no sábado (3), resolveram que o retorno das atividades presenciais não deveria ser feito agora. A assembleia manteve o trabalho com o ensino remoto nos estabelecimentos do setor privado de ensino dos municípios do Rio de Janeiro, de Itaguaí, de Paracambi e de Seropédica. Os profissionais indicaram que o retorno às aulas presenciais somente deve ocorrer com garantia das autoridades da Saúde, com base em rígidos protocolos de segurança. A categoria vai fazer nova assembleia no dia 10 de outubro, às 14 horas para avaliar a situação.

Ainda na assembleia, os profissionais foram informados sobre a prorrogação do prazo de inscrição do Fundo Emergencial Solidário, para o apoio de professores demitidos. Tiveram ainda atualização sobre a Rede de Apoio em Saúde Mental para Educadores/as (Reame).

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O presidente do Sindicato dos Professores do Rio de Janeiro (Sinpro-Rio), Oswaldo Teles, disse no início da assembleia que o Rio e o Brasil enfrentam um momento difícil com uma luta muito inglória.

“Voltar às aulas é colocar em risco as vidas de professoras e professores, estudantes, pais e responsáveis, familiares e toda a sociedade”, afirmou.

Para Teles, nenhum órgão científico indicou que há segurança para a volta ao trabalho. Teles acrescentou que o país está em uma pandemia. “Vivemos uma greve totalmente diferente, pois nos mantemos trabalhando com o ensino remoto e em greve pela vida, contra a volta às aulas presenciais nas escolas”, observou.

Sinepe Rio

Em nota, após decisão da 3ª Câmara Civil do TJ do Rio da quarta-feira (30), o presidente do Sindicato das Escolas Particulares do Rio Janeiro (Sinepe Rio), José Carlos da Silva Portugal, informou aos associados que a justiça tinha autorizado o retorno às aulas presenciais na rede privada de ensino, mantendo a oferta do ensino remoto.

A nota destacava ainda que a Justiça derrubou a liminar que impedia a reabertura das escolas. O dirigente lembrou que as instituições deveriam tomar todos os cuidados e precauções já estabelecidos. “A responsabilidade da manutenção dessa volta depende da forma com que cada um de nós retornará”, observou.

O diretor do Sinepe Rio, Lucas Werneck, disse que a decisão da assembleia não vai mudar a situação porque a participação dos professores já seria voluntária, apenas os que se sentem aptos devem voltar às aulas presenciais.

“Acreditamos que não vá causar nenhuma mudança, porque o retorno é de forma gradual e por parte dos professores é um retorno voluntário. Aqueles que não se sentirem confortáveis para voltar nesse momento já poderiam não voltar. Não haveria necessidade da greve. A greve é pela atividade presencial e não pela atividade letiva. Então, não acredito em nenhuma mudança em função da manutenção da greve”, afirmou Werneck em entrevista à Agência Brasil.

Lucas Werneck acrescentou que entende a manutenção da paralisação, mas ponderou que a adesão é por parte dos professores e assim como o retorno é voluntário. O diretor afirmou que o retorno na semana passada foi positivo com quase 50% das escolas. “Amanhã quase 90% das escolas estarão voltando, pelo que a gente teve de informação com conversas com associados. Então, a gente entende que a grande maioria já estará com as suas escolas abertas”, completou, acrescentando que os 100% devem ser atingidos durante a semana.

Nesta quinta-feira (1º), a Secretaria de Educação e Esportes de Pernambuco (SEE-PE), do Governo do Estado, divulgou o novo protocolo setorial da educação. O documento conta com mais de 20 mil contribuições da sociedade civil durante o período de consulta pública.

Segundo o secretário da SEE-PE, Fred Amancio, o documento não passou por alterações significativas em relação ao primeiro texto publicado, e ainda poderá ser melhorado. Esse protocolo determina regras sobre distanciamento social, medidas de prevenção, monitoramento e comunicação, que será aplicado a educação básica, ensino superior e cursos livres - como cursos de línguas, cursos técnicos, qualificação profissional e outros.

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Segundo publicado pela SEE-PE, entre as normas, há descrito um distanciamento de um metro e meio entre os estudantes, trabalhadores em educação e colaboradores em todos os ambientes da unidade de ensino. Com isso, deve ser observado o quantitativo de alunos por turma, que poderá ser reduzido caso necessário.

Para atender as exigências, as unidades de ensino ainda poderão adotar um sistema de rodízio, além de articular diferentes intervalos de entrada, saída e alimentação - com distanciamento de dois metros entre os alunos - com a finalidade de evitar aglomerações nas dependências do local. Ainda segundo o novo protocolo, estão suspensas todos os eventos presenciais e as atividades esportivas.

Quanto a higienização, o protocolo explica que as unidades de ensino devem ter a disposição álcool 70% e locais para lavagem frequente das mãos, e também alerta que as escolas devem reforçar a limpeza e desinfecção dos ambientes e das superfícies mais tocadas, como mesas e cadeiras, por exemplo. Esse último deve ocorrer antes e durante o expediente.

Para manter a comunicação e realizar o monitoramento das medidas, as instituições podem utilizar os recursos de comunicação interna e redes sociais por meio de cartilhas com orientações básicas sobre os cuidados ao novo coronavírus (SARS Covid-19) na internet e em pontos estratégicos do ambiente escolar.

Por fim, o documento orienta ações em caso de pessoas com suspeita, confirmação ou contato com outras pessoas confirmadas com Covid-19. Essas recomendações vão de isolamento de 14 dias a atendimento pelo aplicativo Atende em Casa. Confira o novo protocolo na íntegra, através deste link.

Nesta quinta-feira (1º), o Sindicato dos Professores de Pernambuco (Sinpro) notificou oficialmente o Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de Pernambuco (Sinepe) sobre os encaminhamentos da assembleia feita com a categoria. Dentre os pontos informados, foi apresentada a decretação do estado de greve, em virtude ao retorno das aulas presenciais e a solicitação de uma reunião entre os sindicatos.

Na última quarta-feira (30), os professores estaduais, por meio do Sintepe, decretaram greve por tempo indeterminado, com deflagração (início) a partir de segunda-feira (5). Na pauta do movimento, está a contrariedade dos educadores ao retorno das aulas presenciais, além de reivindicarem atualização do piso salarial. 

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As aulas presenciais de escolas estaduais e particulares podem recomeçar a partir da próxima terça-feira (6). Os professores, segundo nota, temem pela segurança deles e dos estudantes, diante da propagação do novo coronavírus.

A Secretaria de Educação e Esportes de Pernambuco (SEE-PE), informou que  as escolas da rede pública já estão se preparando para a retomada das aulas presenciais. A primeira etapa será  no dia 6 de outubro para as turmas do 3º ano do ensino médio.

“Estamos trabalhando para que todas as unidades escolares estejam aptas a receber os estudantes de volta após quase 200 dias sem aulas presenciais. Neste primeiro momento, está autorizado o retorno das turmas do Ensino Médio, incluindo os Técnicos Concomitante e Subsequente, e da Educação de Jovens e Adultos”, disse a SEE-PE.

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As instituições devem seguir todas as normas estabelecidas no protocolo setorial da Educação, respeitando as orientações sobre distanciamento social, as medidas de proteção e prevenção, bem como as de monitoramento e orientações.  Para garantir a segurança, as unidades de ensino estão recebendo máscaras, protetores faciais (face shield), álcool 70% em gel, termômetros e dispenser para álcool, além da instalação de novos lavatórios de mãos. 

De acordo com Fred Amancio, secretário de Educação do Estado, “a decisão final foi tomada após análise dos números da pandemia em Pernambuco e das experiências de alguns países, que já retomaram suas aulas durante este período e apresentaram bons resultados. É importante ressaltar que esse processo não teve início agora. Estamos trabalhando desde o mês de maio, realizando um conjunto de reuniões com atores da área educacional a fim de entender os cuidados necessários e de como realizar esse processo de reabertura, assim como a importância desse retorno para a vida dos estudantes”, disse.

“Estamos há quase três meses orientando as escolas nesse processo de elaboração do plano de retomada e atendendo individualmente cada gestor, e suas respectivas equipes,  a fim de analisar cada situação pensando nas melhorias que podem ser feitas para receber toda a comunidade com segurança e obedecendo os protocolos e medidas sanitárias”, explicou Edivânia Arcanjo, gestora da Gerência Regional de Educação Mata Norte.

Vale pontuar que no dia 13 de outubro, as escolas poderão retomar as atividades presenciais com os estudantes do 2º ano do Ensino Médio. O retorno às aulas deste segmento de ensino segue até o dia 20 de outubro, terceira e última etapa, estando as instituições autorizadas a retomarem as aulas do 1º ano do Ensino Médio, Educação de Jovens e Adultos e cursos técnicos concomitantes e subsequentes.

A SEE-PE ressaltou que A EREM Dom Sebastião Leme, localizada no Ibura, bairro do Recife, já recebeu os materiais de proteção e está realizando reuniões para organizar o processo de retorno com os professores. “A equipe gestora tem feito várias reuniões com os professores para organizar a volta às aulas na EREM e tem sido um momento muito importante, pois é uma situação nunca vivenciada. É tudo muito novo e estamos indo com muita cautela, mas sem deixar de trabalhar em prol da educação”, comentou Fabíola Marinho, gestora da EREM.

O Governo de Pernambuco, nesta segunda-feira (21), anunciou a retomada das aulas presenciais para as escolas estaduais e privadas do Estado. Para o diretor executivo do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino (Sinepe), Arnaldo Mendonça, a atitude da gestão em autorizar o retorno das aulas presenciais apenas para o ensino médio demonstra descaso do poder público com a educação. 

Arnaldo também questionou o não posicionamento quanto à retomada para os ensinos infantil e fundamental. Em entrevista ao LeiaJá, o diretor do Sinepe comenta que “o sentimento é de indignação, frustração e revolta”.

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“Em Pernambuco, na educação básica tem 2.232.000 alunos; o ensino médio tem apenas 335 mil, juntando as redes públicas e privadas. O terceiro ano representa 5% da educação básica, na semana seguinte abre o segundo ano que é mais 5%, e na última semana, 20 de outubro, abre primeiro o ano do ensino médio que é mais 5%. Quando falo 5% na verdade é metade presencial e metade on-line, o que significa que daqui para a última semana de outubro, em Pernambuco, só estão autorizados 7,5% dos alunos a frequentar a escola”, esclareceu o diretor do Sinepe.

O diretor ainda disse ao LeiaJá que se a família quer continuar no ensino remoto não há nenhum problema, o que não pode é um "descaso" como este. "Não temos nenhum calendário com a perspectiva de abertura para a educação infantil que poderia abrir junto com o ensino médio. Os alunos do ensino infantil não têm nenhum contato com os estudantes do ensino médio. O espaço, a entrada, o intervalo e o horário são diferentes na escola, então não há risco de contágio nenhum de um grupo para o outro”, ressaltou Arnaldo.

“No momento em que não de seu nenhum calendário para o ensino infantil e fundamental, os prefeitos e o Governo do Estado estão assumindo que perderam o ano letivo de 2020”, disse Arnaldo. “Se as aulas foram suspensas no dia 18 de março, os alunos tiveram um mês de aula em 2020. Depois disso a grande maioria das redes municipais não está funcionando remotamente, o que estão fazendo é garantindo a merenda através de cesta básica que está sendo entregue nas residências dos alunos, sabemos que isto está sendo generalizado, principalmente no interior de Pernambuco, e nada de aula”, acrescentou.

Arnaldo ainda pontuou que o Sindicato apresentou uma proposta para o Governo do Estado para que as aulas presenciais fossem retomadas em 21 de  julho de 2020. O diretor ainda questionou que a única justificativa que se deu é pelo fato de que esses alunos irão fazer o Enem.

“Hora, será que para um aluno só interessa o Enem? Será que o aluno que estuda educação infantil e ensino fundamental não tem compromisso com a educação, com a formação? Será que as prefeituras das cidades dos interiores de Pernambuco e até na capital estão dando aulas on-line todos os dias para todos os alunos? Tenho a impressão que não, pelo menos não é esta informação que temos”, disse.

“Desde o início, a nossa proposta não é de obrigar ninguém a ir para a escola, mas é de respeitar o direito da família e dos alunos que querem, confiam e precisam levar os filhos para a escola. Muitas pessoas dizem que são contra a abertura das escolas, eu digo: olhe, o pai ou a mãe tem o direito de não levar o seu filho para a escola, mas eu não entendo como direito proibir que o vizinho leve, pois, a partir do momento que você trabalha contra a abertura da escola, você está negando o direito do colega do seu filho de ir para a escola que é um direito constitucional”, acrescentou Arnaldo.

O LeiaJá também entrou em contato com a Secretaria de Educação e Esportes de Pernambuco (SEE-PE) para saber se há alguma articulação em andamento ou previsão de retorno dos ensinos presenciais para a educação infantil e fundamental para este ano. Confira a resposta: "A Secretaria de Educação e Esportes de Pernambuco (SEE-PE) informou que o ensino fundamental e educação infantil seguem com as aulas suspensas e sem definição de retorno".

A representante da Fundo Internacional de Emergência das Nações Unidas para a Infância (Unicef) no Brasil, Florence Bauer, fez um alerta sobre a reabertura das escolas durante a pandemia de Covid-19, afirmando que esta deve ser uma prioridade no processo de retomada das economias, mas inspira uma série de cuidados e planejamento. Para ela, priorizar as escolas não significa reabrir de imediato, mas não é possível esperar por um controle total da doença. 

“É fundamental que a reabertura seja feita com diálogo com toda a sociedade. A volta vai exigir um comprometimento de todos, por isso, é importante que todos, professores, alunos funcionários, se sintam seguros e saibam o seu papel para evitar o contágio dentro da escola", disse Florence Bauer em entrevista ao jornal Folha de São Paulo.

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O Brasil está entre os países com o maior tempo de aulas suspensas e também o terceiro do mundo em número de casos de coronavírus (mais de 4,5 milhões) e segundo em mortes (136,9 mil), em um cenário que torna a retomada das aulas complexa. Mesmo assim, a representante da Unicef afirma que já é o momento de retornar à sala de aula. “É o momento de preparar a volta às aulas pensando na situação epidemiológica de cada região, cada estado, cidade e até mesmo bairro. O Brasil é um país muito grande, não podemos esperar que a situação esteja controlada em todo o território para a reabertura das escolas”, disse ela, citando um documento elaborado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para a volta às aulas.

O país tem também um contingente de escolas com condições precárias que impedem a adequação às medidas sanitárias de segurança. Sobre esse ponto, Florence afirma que “mesmo onde não for possível reabrir, é importante que se iniciem as ações de preparação, garantir que as unidades tenham água potável, sabonete, ventilação nas salas” e que “precisamos reconhecer que as escolas públicas têm estrutura muito precária. Ainda temos unidades sem abastecimento de água. Mas essas disparidades não vão ser resolvidas de um dia para o outro. O importante é tomar medidas realistas para que a volta às aulas aconteça o mais rápido possível”. 

Questionada sobre a segurança da reabertura diante de tantos problemas, a representante da Unicef afirma que é preciso pensar no impacto das escolas fechadas. “Apesar da tentativa de manter as atividades de forma remota, muitos alunos não conseguiram acessá-las. Há um risco muito grande de abandono escolar, aumento das disparidades. Há o impacto óbvio na educação, mas também há consequências negativas na nutrição das crianças, do desenvolvimento social, o impacto da violência doméstica. O fechamento das escolas tem um efeito muito negativo e profundo. O fechamento foi necessário, mas a prioridade nesse momento deve ser a de analisar a situação de cada local para preparar essa volta. O que me preocupa é a inércia. É a sociedade se acostumar com as escolas fechadas, não estar disposta a pensar nas estratégias para a reabertura.”

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Mais de seis meses após a suspensão das aulas presenciais nas escolas públicas e particulares do Distrito Federal, em 11 de março, os estabelecimentos estão autorizados a retomar as atividades nesta segunda (21).

Enquanto na rede pública a volta ainda está longe de virar realidade, nas particulares, a liberação ocorreu em meio a uma batalha judicial. O governo do Distrito Federal chegou a permitir o retorno desses alunos no dia 27 de julho, mas, no dia seguinte, a proibição das atividades voltou a ser imposta pela Justiça.

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Calendário

Depois de audiência de conciliação virtual, entidades que representam escolas e os docentes definiram um novo calendário para a retomada. Hoje começam as atividades da educação infantil - de 0 a 5 anos - e do ensino fundamental 1 para alunos do 1º a 5º ano. No caso do ensino fundamental 2 -  6º ao 9º ano - o retorno está previsto em 19 de outubro. Já o ensino médio e os cursos profissionalizantes retomarão as classes presenciais em 26 de outubro.

Segundo levantamento feito em maio pelo Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Distrito Federal (Sinepe), que representa mais de 570 escolas, com a participação de mais de 34 mil pais e/ou responsáveis da rede particular, nem todos retornariam ao ambiente escolar no primeiro momento.

“Foi uma decisão acertada, pois será possível acolher os filhos das famílias que precisam trabalhar e querem um espaço seguro de aprendizagem. Acreditamos que 25% das escolas voltarão e entre 20% e 30% dos alunos estarão na sala de aula”, disse presidente do Sinepe, Álvaro Domingues.

Como o retorno presencial não é obrigatório, as escolas continuarão oferecendo conteúdo online para os alunos que preferirem o ensino remoto. “Existe um número considerável que prefere aguardar, ou tem restrições de saúde, e naturalmente deve ser respeitado em seu direito. Porém, isso não pode impedir aqueles que, por opção ou liberdade, precisam e desejam que seus filhos estejam amparados numa instituição devidamente credenciada”, avaliou o professor.

Testagem

Por decisão judicial, não haverá testagem em massa para detectar covid-19 entre profissionais das escolas. O teste é exigido apenas para os que tiverem suspeita de contaminação ou que tiveram contato com pacientes da doença.

Regras

A Justiça também definiu protocolos a serem adotados pelas instituições de ensino para resguardar alunos e colaboradores dos riscos de contágio pelo novo coronavírus. No rol de novas regras está, por exemplo, fornecimento de luvas descartáveis, protetores faciais (face shields), aventais e outros aparatos necessários para os professores, instrutores e demais profissionais que trabalhem diretamente com alunos da educação infantil

Também está prevista a utilização de gorros e jalecos nas situações de alimentação e contato direto com as crianças. Outra exigência diz respeito ao uso dos equipamentos de proteção individuais (EPIs) necessários aos trabalhadores (empregados diretos ou terceirizados) obrigatórios para cada tipo de atividade, principalmente para atividades de limpeza, retirada e troca do lixo, manuseio e manipulação de alimentos ou livros e aferição de temperatura.

As escolas terão que fornecer máscaras aos empregados, adequadas aos graus de risco de contaminação a que o trabalhador estiver exposto e em quantidade suficiente e que atenda à limitação do período de uso da máscara. Há ainda limitação máxima de 50% do contingente de alunos, por sala, em aulas presenciais, respeitada metade do limite máximo de ocupação do espaço de cada sala, nos termos da legislação educacional e o distanciamento de 1,5 metro entre os alunos.

Trabalhadores e alunos infectados ou que apresentem sintomas da covid-19 precisam ser afastados imediatamente até que se submetam a exame específico que ateste ou não a contaminação.

 

Apesar da autorização da retomada – a partir de 6 de outubro - das aulas presenciais nas escolas públicas e privadas de Pernambuco, a decisão pela volta ou não dos alunos às atividades presenciais será dos pais ou responsáveis. Foi o que garantiu o secretário de Educação do Estado Fred Amancio, nesta segunda-feira (21). As atividades presenciais estavam suspensas desde 18 de março em decorrência da Covid-19. 

"A volta vai ser opcional. Fortemente a decisão será opcional", declarou Fred Amancio. O secretário pediu que as escolas ofereçam também o ensino remoto, justamente para atender os estudantes que ficarão em suas residências, formalizando, dessa forma, a educação híbrida.

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As próprias escolas particulares decidirão, conforme suas condições estruturais, se retornarão ou não às aulas presenciais. No que diz respeito ao plano pedagógico, cada unidade de ensino, seja ela privada ou pública, tem autonomia para organizar esse planejamento respeitando as particularidades de cada turma.

O retorno gradual inicia no dia 6 de outubro com estudantes do terceiro ano do ensino médio. Já no dia 13, o retorno terá estudantes do segundo ano. Por fim, no dia 20 do mesmo mês, retornarão os alunos do primeiro ano, EJA, ensino médio técnico concomitante e ensino médio técnico subsequente.

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Nesta segunda-feira (21), o Governo de Pernambuco autorizou a retomada das aulas presenciais na educação básica, nas escolas públicas e privadas. De maneira gradual, o retorno iniciará no dia 6 de outubro, com alunos do terceiro ano do ensino médio. Durante coletiva de imprensa, o secretário de Educação do Estado, Fred Amancio, foi questionado se o os assuntos escolares deste ano poderão ser continuados em 2021, já que a suspensão das aulas por causa da Covid-19 atrasou bastante os conteúdos. Amancio confessou que essa possibilidade existe.

De acordo com o secretário, o Conselho Nacional de Educação (CNE) publicou diretrizes que possibilidade a utilização de ciclos por parte das escolas. O processo inclui um esforço grande para a recuperação dos assuntos ainda em 2020 e autoriza a continuação do conteúdo no próximo ano. “No caso da rede pública, estamos caminhando no sentido que não vamos adotar o ano letivo e sim o ciclo 2020/2021. A gente vai ter sim que fazer um processo de recuperação das aulas”, disse o secretário de Educação.

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O secretário também informou que caberá a cada escola privada desenvolver seu plano pedagógico no processo de retomada das aulas. Porém, Amancio exigiu que as unidades de ensino observem as particularidades de cada turma, uma vez que o ritmo de aprendizado pode ser diferente de um aluno para outro.

Estruturação

Fred Amâncio também foi questionado pelo LeiaJá se a rede estadual de ensino se estruturou fisicamente para atender aos protocolos de segurança e quanto foi investido. Sem mencionar valores dos recursos, o gestor informou que haverá a instalação de novos lavatórios em ambientes externos, distribuição de máscaras, álcool em gel, bem como houve a aquisição de sabonetes.

Distanciamento de 1,5 a 2 metros, uso contínuo de máscaras, lavagem das mãos, limpeza do espaço das salas, monitoramento dos sintomas e a utilização correta de álcool gel são os procedimentos a serem seguidos. Também é obrigatória a medição de temperatura, além da organização fixa de grupo de estudantes.

Após mais de seis meses de paralisação, as escolas estaduais de Pernambuco e escolas privadas retomarão as aulas presenciais no dia 6 de outubro. As unidades de ensino da educação básica tiveram as atividades suspensas no dia 18 de março deste ano em razão da pandemia da Covid-19. O anúncio sobre o retorno foi feito nesta segunda-feira (21), pelo Governo do Estado, em coletiva de imprensa.

Segundo o Governo do Estado, alunos do terceiro ano do ensino médio serão os primeiros a voltar às unidades de ensino no dia 6 de outubro. Posteriormente, em 13 de outubro, o retorno contará com estudantes do segundo ano. Por fim, no dia 20 do mesmo mês, retornarão os alunos do primeiro ano, EJA, ensino médio técnico concomitante e ensino médio técnico subsequente.

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O secretário Estadual de Saúde, André Longo, garantiu que todas as pessoas envolvidas nas escolas que apresentarem sintomas do novo coronavírus serão testadas. Ele também justificou o retorno às aulas ao afirmar que muitas crianças e jovens já estão circulando em outros espaços, como shoppings; por isso, podem voltar às unidades de ensino respeitando os protocolos de saúde, como o distanciamento de 1,5 a 2 metros, uso contínuo de máscaras, lavagem das mãos, limpeza do espaço, monitoramento dos sintomas e a utilização correta de álcool gel. Também é obrigatória a medição de temperatura, além da organização fixa de grupo de estudantes.

"As escolas vão retomar suas atividades, mas diferente de como era", destacou, durante coletiva de imprensa, o secretário de Educação de Pernambuco, Fred Amancio. O secretário ainda informou que a decisão pelo retorno será dos pais ou responsáveis. "A volta vai ser opcional. Fortemente a decisão será opcional", garantiu.

As próprias escolas particulares decidirão, conforme suas condições estruturais, se retornarão ou não às aulas presenciais. No que diz respeito ao plano pedagógico, cada unidade de ensino, seja ela privada ou pública, tem autonomia para organizar esse planejamento respeitando as particularidades de cada turma.

Ainda segundo o Governo de Pernambuco, estudantes e professores com fatores de risco não deverão retornar neste momento às atividades presenciais, mesmo se não foram infectados. Nesse sentido, o Governo do Estado pede que as atividades remotas continuem mantidas, para atender o público que não poderá ir às aulas físicas, formalizando assim o ensino híbrido.

Fred Amancio também informou que o rodízio de estudantes é outra estratégia que pode ser adotada pelas escolas. O objetivo é evitar salas aglomeradas, uma vez que o retorno precisa ser gradual. "Deve ser respeitado o distanciamento social de 1,5", reforçou o secretário, complementando que a tendência é que haja uma redução de metade dos alunos nas salas escolares.

De acordo com a Secretaria de Educação e Esportes de Pernambuco (SEE), o segmento da educação básica no Estado é composto por 2,4 milhões de pessoas, entre estudantes, professores e demais profissionais ligados às escolas. Só na rede estadual de ensino, são cerca de 560 mil alunos e 1.060 escolas.

Educação infantil

A gestão estadual ainda comentou a situação dos alunos da educação infantil. Segundo o Governo, ainda não existe uma data cravada para a retomada desse grupo; nos próximos dias, os gestores deverão se reunir para discutir o contexto das escolas infantil.

Covid-19 em Pernambuco

Segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), mais de 141 mil casos do novo coronavírus foram confirmados em Pernambuco, 26.071 graves e 115.706 leves. O órgão também informa que o número de óbitos no Estado chegou a 8.025 mortes.

O prefeito de São Paulo Bruno Covas (PSDB) anunciou, em uma coletiva de imprensa realizada na tarde desta quinta-feira (17), que autorizará a voltas às aulas presenciais nas escolas públicas e privadas a partir do dia 7 de outubro para a realização de atividades extracurriculares. Nesta mesma data, também ficará autorizado o retorno das aulas presenciais nas instituições de ensino superior. As atividades estavam suspensas devido à pandemia da Covid-19.

Conforme o anúncio, as atividades não regulares nas escolas particulares de línguas já retomaram suas atividades; agora, estarão liberadas, a partir do próximo mês, as atividades extracurriculares em todas as escolas do Estado.

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"Em relação aos alunos de 0 a 17 anos, responsabilidade do município, do Estado e da rede privada, vamos liberar, a partir de 7 de outubro, as atividades extracurriculares", afirmou Covas.

Acerca do ensino nas universidades, o prefeito informa que o retorno das aulas presenciais também está marcada para a mesma data e deve respeitar todas as medidas de segurança já definidas no protocolo de segurança do Governo do Estado. "Não tem sentido com os dados que nós temos continuar a proibir o ensino superior na cidade de São Paulo", comentou o prefeito. 

Foto: CMC

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Em nota à imprensa publicada no site da Diretoria de Educação Preparatória e Assistencial (Depa) do Sistema Colégio Militar do Brasil, órgão subordinado ao Exército Brasileiro e ao Ministério da Defesa, foi anunciada a reabertura de todos os 14 colégios militares do Exército que há pelo país. O retorno será na próxima segunda-feira (21). 

A nota afirma que os colégios mantiveram atividades virtuais desde a suspensão das aulas presencial - por causa da Covid-19 -. O texto justifica a reabertura sob a alegação de que “esse meio virtual não contempla toda a complexidade que envolve o ensino-aprendizagem, em especial o contato direto dos discentes com os seus professores (...) e os alunos estão sendo conscientizados para o cumprimento dos procedimentos de higienização e afastamento, como já ocorre nos Colégios Militares de Manaus, Belém e Rio de Janeiro”. 

Outro documento chamado “INFORMATIVO GERAL Nº 006 - Mensagem do Diretor aos Responsáveis e Alunos do SCMB” e datado nesta quarta-feira (16), foi postado no site da Depa e traz a assinatura do diretor de Educação Preparatória e Assistencial, general de Divisão Francisco Carlos Machado Silva. Nele, o diretor se dirige em primeira pessoa aos alunos, pais e responsáveis para informar que as aulas serão retomadas a partir de 22 de setembro pois “já há algum tempo, todos os Colégios Militares do Sistema encontram-se preparados para receber os seus alunos de volta. Os Colégios de Manaus, Belém e Rio de Janeiro já retornaram. O primeiro há mais de dois meses e de forma plenamente exitosa”. Apesar do tom otimista em relação ao resultado das reaberturas já realizadas, houve impasse na retomada das aulas presenciais do Colégio Militar do Rio de Janeiro, onde professores entraram em greve sanitária.

“Assim, é que eu me dirijo aos nossos queridos alunos para que ajustem seus uniformes, engraxem seus sapatos, coturnos e botas, cortem seus cabelos, ensaiem seus coques e preparem as suas boinas para o encontro que teremos a partir do próximo dia 21 de setembro, segunda-feira. Serão jornadas memoráveis, quando, de forma tranquila e organizada, poderemos matar a saudade das nossas rotinas e bradar um poderoso Zum zaravalho!”, informou outro trecho do documento. 

Foram feitos também alguns esclarecimentos acerca de como será a retomada: “Não será uma volta plena, para todos os anos escolares ao mesmo tempo. As informações vão chegar por comunicados e serão difundidas de modo oportuno, via redes sociais. De nossa parte, estamos confiantes e ansiosos por este reencontro. Um fraterno abraço e que Deus nos acompanhe nessas jornadas”.

Pernambuco 

Em Pernambuco, onde vigora um decreto estadual de suspensão das aulas até o dia 22 de setembro (terça-feira), o anúncio feito pela Diretoria de Educação Preparatória e Assistencial (Depa) do Sistema Colégio Militar do Brasil contraria a determinação tomada pelo governador Paulo Câmara (PSB) na última segunda-feira (14). O LeiaJá entrou em contato com a assessoria de comunicação da Secretaria de Educação e Esportes de Pernambuco em busca de um posicionamento sobre o assunto e aguardamos um retorno. 

LeiaJá também

--> Simpere realiza carreata contra volta às aulas no Recife

O juiz titular da 6ª Vara do Trabalho de Brasília, Antonio Umberto de Souza Júnior, definiu, neste domingo (13), o método de testagem da Covid-19 a que deverão ser submetidos os profissionais de educação para o retorno às atividades presenciais na rede de ensino particular do Distrito Federal (DF). Quando indicados após avaliação clínico-epidemiológica de cada trabalhador assintomático por médico, os testes (RT-PCR) serão custeados pelas escolas particulares. Ressaltou que não deverão retornar os trabalhadores integrantes de grupo de risco conforme determina o Decreto 40.939 do GDF.

O método de testagem foi decidido após a realização de perícia judicial em audiência na Ação Civil Pública que tramita na 6ª Vara do Trabalho de Brasília. Na decisão, o magistrado baseou-se fundamentalmente no pronunciamento do perito judicial que trouxe com lucidez, precisão, atualidade e cientificidade as informações acerca do método de testagem mais eficaz para prevenção da Covid-19 no retorno das atividades escolares presenciais.

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Para o juiz, deverão fazer o teste os indivíduos que apresentarem qualquer sintoma sugestivo de contaminação (como febre, tosse, indisposição física, diarreia, coriza ou dificuldade respiratória), aqueles que estiveram em contato domiciliar ou em qualquer lugar com pessoas infectadas ou os que frequentaram alguma aglomeração sem proteção e distanciamento, nos últimos 14 dias. Caso o profissional de ensino, auxiliar ou terceirizado não se encaixe em qualquer dessas hipóteses poderá voltar ao trabalho presencial sem necessidade de ser submetido ao teste laboratorial.

A medida é válida até 31 de dezembro deste ano, podendo ser estendida em ação revisional caso se mantenha ou se agrave a situação epidemiológica da Covid-19 no Distrito Federal.

Sindicato

Segundo o documento, o Sindicato dos Professores (Sinproep-DF) sinalizou preocupação com a subnotificação das possíveis situações de contaminação pela Covid-19, uma vez que os profissionais de ensino teriam medo de represálias.

Entretanto, para o juiz Antonio Umberto, na decisão,  há que se considerar que a categoria não apenas é extremamente organizada, como também consciente de seus direitos e deveres individuais e coletivos, - inclusive por profissão e formação acadêmica e cultural acima dos padrões médios nacionais - e da importância da sinceridade na notificação de situações de possível contaminação pelo coronavírus. “Não só no interesse das escolas, mas no interesse seu e de sua família pela preservação de sua saúde e da saúde de seus entes queridos, dos alunos com quem convive e respectivas famílias e de toda comunidade exposta toda vez que alguém suspeito de infecção não se isola socialmente de imediato, realimentando a escalada de contágio da SARS-CoV-2 e frustrando as expectativas de normalização sanitária”.

Da assessoria do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (DF/TO)

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O Sindicato Municipal dos Profissionais de Ensino da Rede Oficial do Recife (Simpere) realiza, na tarde desta terça-feira (15), na Academia da Cidade, no bairro de Santo Amaro, área central do Recife, uma carreata contra a volta às aulas presenciais e a exploração dos professores neste período de aulas remotas. A manifestação vai em direção ao Derby e o ato deve acabar na Prefeitura do Recife.

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De acordo com o Simpere, o prefeito do Recife, Geraldo Julio, estaria impondo, "autoritariamente", um calendário de reposição de aulas, forçando tempos excessivos de interação virtual nocivos à saúde física e mental dos/as educadores/as, com reposição em fins de semana e feriados, e fazendo os professores tirarem de seu próprio salário os equipamentos necessários para as atividades.

“Não houve diálogo algum com a categoria ou com a nossa entidade de classe sobre o processo de reposição”, alega, por meio de nota, o Simpere. A manifestação iria acontecer na Avenida Agamenon Magalhães, em frente ao Classic Hall, localizado em Olinda, contudo, segundo o sindicato, foram enviadas viaturas da polícia para bloquear o local.

O LeiaJá procurou a assessoria de imprensa da Secretaria de Educação do Recife para que a pasta se posicione sobre as alegações dos docentes. Até o fechamento desta matéria, não tivemos retorno do órgão.

Grandes escolas particulares da cidade de São Paulo pretendem voltar às aulas com todos os alunos. Esses colégios vão usar o esquema de "bolhas" ou "clusters" já adotado em outros países, em que as turmas são divididas em pequenos grupos e fazem rodízio presencial. Dessa forma, os alunos acabarão indo uma ou duas vezes por semana à escola e fazem o restante do ensino remotamente.

A Prefeitura ainda não liberou a volta às aulas na capital e a decisão do prefeito Bruno Covas (PSDB) é esperada para a semana que vem. Profissionais das escolas passaram os últimos meses debruçados em logísticas - com altos gastos - para viabilizar a abertura e agora dizem temer que a cidade não autorize a volta. O Estadão analisou 14 protocolos de escolas particulares já prontos ou conversou com os responsáveis que finalizam os documentos. Todas se dizem prontas para abrir assim que for autorizado.

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A regra do governo do Estado é a de que, na primeira etapa, devem voltar apenas 35% dos estudantes sem especificar como essa conta deve ser feita. A gestão João Doria (PSDB) prevê a retomada em 7 de outubro, mas prefeitos precisam autorizá-la. Desde terça-feira, o governo paulista liberou a reabertura de escolas para a oferta de atividades extracurriculares, como aulas de reforço e, segundo o Estado, 128 cidades deram aval para iniciar a retomada de atividades presenciais.

A ideia das bolhas é a de que os alunos tenham contato com um grupo menor de colegas, o que diminui as chances de transmissão da covid-19 e controla melhor se ela eventualmente acontecer. Países como Alemanha e Inglaterra usaram o modelo. Muitas das escolas tomaram essa decisão com base em orientação dos Hospitais Albert Einstein e Sírio Libanês, que cobram até R$ 250 mil para assessorar as instituições. A recomendação é de que esses pequenos grupos façam tudo junto e separados dos outros, como recreio, alimentação e aulas. Em muitas escolas, as carteiras até serão identificadas com os nomes dos estudantes.

Alguns pais, principalmente os que discordam da volta neste ano, acreditam que não vale a pena o filho retornar para ir poucas vezes na semana. "A gente precisa começar. Para chegar a um modelo completo, que todos desejamos, temos de passar por isso", diz a diretora pedagógica do Colégio Santa Cruz, Débora Vaz. "Faz parte do processo de aprendizagem, de como passar a viver juntos numa experiência segura. Nós - educadores, estudantes e família - estamos todos aprendendo."

No Santa Cruz, o protocolo prevê que crianças da educação infantil (creche e pré-escola) até o 1.º ano do fundamental irão duas vezes por semana; os de 2.º ano em diante, apenas uma vez, nesta primeira etapa. Para uma mãe do Santa Cruz que pediu para não ter o nome divulgado, não "vale a pena colocar toda uma comunidade escolar em risco, professores, profissionais de limpeza, porteiros" para que a filha vá poucas vezes ao colégio até o fim do ano.

No Colégio Oswald de Andrade, na zona oeste, as salas serão divididas em três turmas: por exemplo, 1.º ano C (grupo 1), 1.º ano C (grupo 2) e 1.º ano C (grupo 3). Em uma semana, o grupo 1 vai na segunda-feira à escola, o 2, na terça, e assim sucessivamente, começando novamente a sequência na quinta e seguindo na próxima semana. O mesmo vai ser feito em todas as séries, considerando os alunos cujos pais permitiram a volta. "Não há como justificar para o pai que um ano é mais importante que o outro", diz Claudio Giardino, diretor executivo do grupo OEP, que inclui os colégios Oswald, Elvira Brandão e Piaget.

Na Escola Viva, na zona sul da capital, a decisão foi a mesma. "Até pensamos em priorizar o 3.º médio, que não terá mais um ano, mas entendemos que voltar para a escola é um direito de todos, todo mundo que quiser vai poder voltar", diz a diretora Camilla Schiavo. Outras instituições ouvidas pelo Estadão com protocolos semelhantes são Colégio Dante Alighieri, Porto Seguro, Pentágono, Gracinha, Miguel de Cervantes, Escola da Vila e Projeto Vida.

No Colégio Bandeirantes, todos os alunos voltarão na primeira etapa, mas algumas séries irão em uma semana durante quatro dias e depois ficarão a outra semana em casa, quando vão outras séries. A Escola Luminova foi a única das ouvidas que escolheu retomar na primeira etapa só com educação infantil, 1.º e 2.º ano, "por serem séries de alfabetização e quem mais precisa desse tipo de atividade", diz o diretor acadêmico Luizinho Magalhães. O restante da escola permanecerá com ensino online.

Os professores, no entanto, principalmente da educação infantil e fundamental 1 (1.º ao 5.º ano), que são polivalentes, poderão ter contato com todos os pequenos grupos. "A professora é adulta, tem capacidade maior de controlar o distanciamento, foi treinada para os protocolos, então o risco é menor", explica a diretora de Desenvolvimento de Projetos e Consultoria do Hospital Albert Einstein, Anarita Buffe.

Quarentena de livros

Outras medidas que serão adotadas incluem quarentena de livros e exigência de cinco máscaras para cada aluno. As bibliotecas, em geral, permanecerão abertas, mas não será mais possível andar pelos corredores das prateleiras, tocando os livros, para escolher o preferido. Eles terão de ser pedidos para uma funcionária ou online. Isso acontecerá em Pentágono e Oswald.

No Dante e no Santa Cruz, as crianças deverão levar cinco máscaras cada para fazer três trocas. "Uma quando chega, uma no lanche, uma na saída", informa o protocolo do Dante. Outras escolas pedem uma quantidade menor, mas há a divergência sobre a idade em que as máscaras serão exigidas. A Sociedade Brasileira de Pediatria pede que o uso seja feito a partir de 2 anos, mas há colégios que só vão recomendar máscaras para crianças acima de 5 anos.

A refeição na escola também vai ser diferente. Em algumas, as cantinas estarão fechadas, em outras, vão funcionar em esquema delivery, como na Luminova. Outras permitem alimentação só na sala de aula. No Bandeirantes, o tempo no colégio foi reduzido e os alunos não poderão comer na escola. "Esse momento da alimentação é muito crítico, todo mundo tira a máscara, fica mais exposto", explica a diretora pedagógica do Band, Mayra Lora.

Há ainda recomendação para as crianças pequenas e professoras tirarem os sapatos assim que entrarem na sala de aula, como na Projeto Vida, na zona norte. Alunos maiores terão de levar poucos materiais na mochila e não compartilhar nada com colegas. Em comum, as 14 escolas consultadas vão medir temperatura de todos ao entrar, exigir distanciamento de 1,5 metro, sinalizar os caminhos para os alunos caminharem dentro do colégio e fazer rígida higienização do espaço e das mãos de todos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

No Twitter, a hashtag #VoltaÀsAulas ficou entre os assuntos mais comentados na plataforma, nesya quarta-feira (9). O motivo foi a retomada das aulas presenciais em algumas localidades de São Paulo.

Por meio de publicações, estudantes reproduziram memes e comentaram sobre o retorno das aulas presenciais. As publicações, até o momento, contam com 10,3 mil menções. Confira, abaixo, os memes publicados no Twitter:

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-->  Veja os estados que já podem retomar aulas

Com a redução da incidência e mortalidade pela covid-19 em parte dos estados brasileiros, a discussão sobre o retorno das aulas presenciais ganha força. O Amazonas saiu na frente e iniciou as atividades presenciais nas escolas ainda em agosto. Mas em diversos estados a retomada ainda gera polêmica.

Além do Amazonas, o governo do Pará autorizou o início das aulas em 1º de setembro. Em Minas Gerais, cursos de pós-graduação puderam reiniciar aulas presenciais no sábado (5). No Rio Grande do Sul e em Pernambuco, as unidades educacionais podem funcionar a partir do dia hoje (8). No Espírito Santo, a data fixada foi a próxima segunda-feira (14). As aulas na rede privada do Rio de Janeiro também tem início previsto para a semana que vem. Nas rede pública do Rio, no entanto, a previsão é de retomada em 5 de outubro.

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No Distrito Federal, o governo anunciou a volta às aulas para o início de agosto, mas recuou e ainda não definiu uma data.  Em diversos outras unidades da Federação os governos prorrogaram a suspensão das aulas presenciais. É o caso do Amapá e do Tocantins, até 30 de setembro; e de Rondônia, até 3 de novembro;

As aulas continuam suspensas, sem prazo para retorno em estados como Roraima, Bahia, Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte, Sergipe, Paraná e Santa Catarina. No Maranhão, o governo promoveu uma consulta sobre o tema, mas ainda não divulgou os resultados. No Piauí, o governo iniciou um debate com a comunidade sobre a volta do 3º ano do ensino médio.

Diversos estados reclassificaram regiões e ou municípios. Em Minas Gerais, pela primeira vez uma região (a Norte) entrou na última fase, com maiores permissões de funcionamento. Em Sergipe o estado avançou da bandeira Amarela para a Verde. Em Pernambuco, os municípios da Região Metropolitana e da Zona da Mata foram atualizadas para a fase oito do plano de reabertura, que tem 11 etapas.

Algumas Unidades da Federação lançaram programas econômicos de retomada. No Rio de Janeiro, foi criado o site Turismo Consciente para estimular o setor. Em Goiás, a secretaria da Retomada foi instituída para coordenar as ações governamentais. O Centro Cultural Niemeyer foi reaberto. No Paraná, o Parque Vila Velha, em Ponta Grossa, também voltou a receber visitantes no início do mês.

Acompanhe a seguir o sexto levantamento quinzenal da Agência Brasil sobre a retomada econômica e a flexibilização do isolamento nos Estados brasileiros.

No dia 2 de setembro, o governo do Acre fez novo anúncio da atualização do enquadramento das regiões do estado, mantendo o conjunto delas na Bandeira Amarela, no nível denominado de Atenção. A classificação foi definida no plano Pacto Acre sem Covid. Os níveis de classificação foram divididos em Vermelho, Laranja, Amarelo e Verde, respectivamente do mais restritivo para o mais flexível.

O estado foi dividido em regiões de saúde. Segundo o governo do estado, a decisão se deveu ao avanço da infraestrutura de atendimento, com 90 leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e 352 clínicos para covid-19. No caso dos leitos de UTI, a taxa de ocupação está em 44%, enquanto os outros estão em 42%.

Na Bandeira Amarela, fica autorizada a abertura de bares, restaurantes, pizzarias, lanchonetes e sorveterias, com metade das mesas, além de teatros, cinemas e cultos religiosos, com 30% da capacidade. Foram fixadas obrigações específicas. Bares não podem ter música ao vivo.

Além disso, ficam autorizados os serviços essenciais, como serviços médicos (mediante agendamento), indústria em geral, empresas em cadeias produtivas de gêneros de primeira necessidade (como alimentos, medicamentos, limpeza, água, gás e combustíveis), supermercados, transporte em rios, restaurantes e oficinas em rodovias, lavanderias, borracharias, call centers, bancos e lotéricas, construção civil, hotéis, motéis e serviços de telecomunicações.

Podem abrir também aqueles já autorizados na Bandeira Laranja, como oficinas, comércio varejista e lojas de móveis, eletrodomésticos, informática e materiais de construção, com restrição a 30% da capacidade, além de bares, distribuidoras e restaurantes no sistema delivery e drive thru.

O plano foi apresentado em 12 de junho, criando diretrizes para a retomada a partir de indicadores que serão utilizados para definir os planos por município e setor, institucionalizado no Decreto nº 6.206, de 22 de junho. A autorização da volta de atividades não essenciais é baseada na redução do surgimento de novos casos, na quantidade de testagem, na disponibilidade de novos leitos e no número de internações e na quantidade de mortes em decorrência da pandemia.

Amazonas

O estado avançou no calendário de retomada das aulas presenciais nas redes pública e privada, iniciado no dia 10 de agosto. No último dia 24, foi a vez das turmas do ensino fundamental. Os alunos foram divididos em duas turmas, que assistem à aula em dias alternados. No dia em que não participar das atividades presenciais, é indicado ao estudante acompanhar os conteúdos por teleaulas. Segundo o governo, na rede estadual, responsável pelo ensino médio, 100% das escolas estão em funcionamento.

Contudo, há questionamentos de entidades de trabalhadores em educação em função do crescimento dos casos de covid-19, depois da retomada das aulas presenciais. De acordo com a Fundação de Vigilância em Saúde do estado, até agora 342 trabalhadores da categoria testaram positivo. Mas de acordo com o órgão, 70% estavam fora do período de transmissão. Aqueles com risco foram afastados e estão sendo monitorados.

No dia 20 de julho, o governo estabeleceu novos horários para diversas atividades por meio do Decreto nº 42.526. A construção civil inicia às 6h30. No comércio de rua, foram estabelecidos horários distintos por área do centro da cidade. No início de julho, o governo deu início ao Quarto Ciclo do Plano de Retomada Gradual das Atividades Não Essenciais em Manaus. Nesta fase, fica liberado o funcionamento de bares, que podem receber clientes até a meia-noite. As apresentações ao vivo nesses estabelecimentos e em restaurantes foi contemplada, mas com grupos de até três pessoas. Também foi permitida a abertura de escolas, creches e universidades privadas. 

As academias, que já estavam funcionando desde o Terceiro Ciclo, tiveram seu horário de atividade ampliado. Os jogos de futebol foram retomados no dia 13 de julho. Já as pessoas do grupo de risco (que abrangem idosos e pacientes com doenças crônicas ou fatores de risco) ainda devem ficar em casa, segundo orientação da administração estadual.

Para as atividades liberadas, foram estabelecidas exigências como distanciamento mínimo de 1,5 metro (m), controle de aglomerações, uso obrigatório de máscara, promoção da higiene pessoal com disponibilização de álcool em gel e desinfecção dos locais. Os responsáveis pelos estabelecimentos devem empregar ações de orientação a funcionários e clientes, além de acompanhar a saúde dos trabalhadores. 

Amapá

No dia 1º de setembro, o governo publicou o Decreto nº 2.908, prorrogando por mais 30 dias as medidas de distanciamento adotadas diante da pandemia. Entre estas estão a suspensão das aulas presenciais das redes pública e privada e as regras de retorno gradual do serviço público. A decisão foi tomada depois que o estado foi classificado pelo governo como nível de risco Baixo, enquanto no mês anterior se encontrava na classificação de risco Moderado.

No dia 1º de agosto, o governo publicou o Decreto nº 2.418, que adiou o início das aulas presenciais até 31 de agosto. A norma determinou o retorno gradual do serviço público estadual a partir de 10 de agosto e a retomada dos concursos públicos em andamento. A volta ao trabalho presencial no Executivo estadual foi prevista para ocorrer em três fases, de 14 dias cada.

Na primeira estão órgãos relacionados a serviços essenciais infraestrutura e desenvolvimento econômico. Na segunda, gestão, cultura e turismo. Os serviços públicos essenciais – como saúde, segurança e atendimento integrado ao cidadão – permanecem autorizados a funcionar, mas devem ser adotadas medidas para prevenir e mitigar a transmissão do vírus entre servidores e usuários.

No dia 14 de agosto, o governo já havia publicado o Decreto nº 2.720, prorrogando as medidas de distanciamento social até 29 de agosto, mas ampliando o escopo das atividades liberadas, como competições esportivas, clubes, salões de festa e eventos corporativos, técnicos, científicos, culturais e sociais. O governo estabeleceu protocolos para essas atividades, como a taxa de uma pessoa a cada 4 metros quadrados, limites de 200 pessoas, shows com bandas de até cinco integrantes e funcionamento até as 23 h. Em agências de viagens, concessionárias, empresas de decoração, escritórios, imobiliárias, lavanderias e locadoras de veículos foi autorizado o atendimento sem agendamento.

Pará

O governo estadual publicou nova versão do Decreto nº 800 de 2020 em 27 de agosto, autorizando desde o dia 1º de setembro a volta às aulas presenciais nas redes pública e privada nos municípios classificados nas bandeiras Amarela, Verde e Azul. A participação dos alunos não é obrigatória. As escolas devem possibilitar também a alternativa de educação a distância.

Foram instituídas obrigações, tais como: distanciamento de pelo menos 1 metro, acesso restrito em ambientes coletivos (como bibliotecas e áreas de lazer), funcionamento em horários diferentes por turma ou faixa etária, além da alternativa de ensino remoto.  

Em agosto, o governo havia anunciado nova classificação de risco do plano Retoma Pará. Pelo projeto, o estado foi dividido em regiões de acordo com indicadores como taxa de crescimento dos novos casos e de hospitalizações, leitos de UTI com ventiladores disponíveis, quantidade de equipamentos de proteção individual e índice de presença de equipes de saúde.

Foram incluídas na Bandeira Amarelo, de risco intermediário, Belém e a Região Metropolitana, Marajó Oriental e Baixo Tocantins. Já estavam na categoria as regiões Nordeste, Carajás e Marajó Ocidental. Nesse grupo, as prefeituras ficam autorizadas a avançar na abertura de atividades comerciais, desde que mantidos protocolos de saúde acordados entre estado e municípios. 

Fica autorizada a abertura dos setores já permitidos nas bandeiras Vermelha e Laranja. Além disso, há orientações específicas. Os ambientes de estabelecimentos, incluindo shoppings, podem funcionar com taxa de ocupação restrita a no máximo 60% da original. Instituições religiosas podem ter eventos com no máximo 30% da capacidade. Empregadores e responsáveis por locais devem garantir equipamentos de proteção individual, priorizar o teletrabalho ou fazer revezamento por turnos e afastar pessoas do grupo de risco. Continua a proibição de eventos em espaços públicos, academias, teatros, cinemas, aulas e atividades turísticas.

As demais regiões do estado (Tapajós, Araguaia, Xingu e Baixo Amazonas) estão na Bandeira Laranja, de risco médio. Os municípios ficam autorizados a definir as atividades não essenciais que podem ser abertas. É permitido, por exemplo, o funcionamento de concessionárias, indústrias, comércio de rua, shoppings, salão de beleza e construção civil, todas com metade da capacidade. Igrejas podem realizar atividades, mas com até 100 pessoas. Ainda não podem abrir escolas, academias, espaços públicos, atividades imobiliárias e clubes sociais. Não há mais regiões na Zona Vermelha, de risco alto, onde são permitidos apenas os serviços considerados essenciais.

Rondônia

No dia 31 de agosto foi publicado o Decreto nº 25.348, que estendeu a suspensão das aulas das redes privada e pública até o dia 3 de novembro em todos os municípios. A norma considera a possibilidade de mudança do calendário caso sejam publicados estudos “apontando a viabilidade da retomada em prazo anterior”. O decreto também admitiu que o estágio, de estudantes de medicina dos 5º e 6º semestres e de outros cursos da área de saúde cursando o último ano, em unidades de saúde. Ainda conforme a norma, os shoppings ficam proibidos de liberar praças de alimentação em locais classificados na Fase 1.

A nova regra estabelece que o transporte privado, como táxi e de aplicativos, poderá funcionar com limite de um motorista e três passageiros. O texto também fixa limite de lotação de eventos em 40% da capacidade, com obrigação de manutenção da distância mínima de 2 metros entre as mesas. No dia 1º de setembro, foi publicada portaria com nova classificação dos municípios nas diferentes fases do plano de reabertura. Sete cidades foram enquadradas na Fase 1, enquanto 45 foram colocadas na Fase 3, incluindo a capital Porto Velho.

As fases foram disciplinadas no Decreto nº 25.138, de 15 de junho, alterado pelo Decreto nº 25.220 de 10 de julho. Essa divisão levou em consideração aspectos como o nível de ocupação de leitos e a taxa de crescimento da contaminação pelo vírus em cada região. Se a ocupação de leitos ficar acima de 80%, a cidade se enquadra na fase 1, de distanciamento social ampliado. Há sete cidades nessa categoria. Na Fase 2 ficam liberadas as atividades como cultos religiosos e shoppings (sem a liberação de praças de alimentação), concessionárias, academias, salões de belezas e lojas de roupas, informática, eletrodomésticos e sapatos, entre outros. Há cinco municípios nesta situação.

Na Fase 3 fica permitido o funcionamento de todo o comércio, à exceção de casas de shows, boates, bares e restaurantes e eventos com mais de 10 pessoas, mas seguem proibidos cursos para pessoas com menos de 18 anos, atividades de formação em instituições públicas e cursos com mais de 10 pessoas. Esses eventos serão autorizados apenas a cidades na Fase 4, de prevenção contínua. Na fase 3 está a maioria das cidades, 40, incluindo a capital Porto Velho.

No dia 13 de agosto, o governo já havia publicado o Decreto Nº 25.291  com novos critérios para as medidas de distanciamento no estado. Foram incluídas nas segunda e terceira etapas do plano de abertura, respectivamente, práticas esportivas individuais e em academias (reservado o limite de uma pessoa por equipamento) e atividades esportivas coletivas profissionais ou amadoras (incluindo jogos entre equipes).

Roraima

No dia 27 de agosto foi publicado o Decreto, prevendo a retomada das atividades do serviço público estadual a partir de 1º de setembro. Foram autorizados a continuar em teletrabalho os servidores de grupo de risco, com 60 anos ou mais e com doenças crônicas.

Os órgãos devem adotar medidas de prevenção nas repartições, como disponibilização de álcool em gel 70% para os trabalhadores, utilização de máscaras e adoção de medidas para evitar aglomerações. Entre estas está o revezamento em diferentes turnos como forma de organizar o fluxo de servidores ambiente de trabalho.

O decreto também manteve a suspensão das aulas presenciais nas redes privada e pública, sem prazo definido. O calendário e uma eventual retomada serão definidos posteriormente.

Segue em vigor o Decreto nº 28.662-E, de 22 de março, que definiu as medidas de isolamento social no estado. A norma autoriza o funcionamento de supermercados, açougues, bancos e lotéricas, hospitais e clínicas, farmácias, escritórios de advocacia, comércio de alimentos e medicamentos para animais, postos de combustíveis, oficinas, telecomunicações e internet, call centers e serviços de provimento de água, esgoto e energia elétrica, além de indústrias, serviços agropecuários e meios de comunicação. Os restaurantes e estabelecimentos que servem refeições foram autorizados a operar em sistema de entrega ou de busca no local.

Assim como em outros estados, aos setores permitidos foram estabelecidas obrigações, como disponibilização de álcool gel, fornecimento de máscaras, desinfecção frequente do ambiente e superfícies, controle das aglomerações nos locais, adoção de revezamento e escalas para os trabalhadores e distanciamento mínimo de 2 metros entre funcionários e clientes. No dia 16 de junho, o governo publicou o Decreto nº 28.956-E, liberando viagens intermunicipais e interestaduais de transporte terrestre. As empresas que fornecem o serviço devem garantir exigências como fornecimento de álcool gel 70% aos passageiros, higienização dos veículos e lotação de até 75% da capacidade, além de reduzir o número de linhas e viagens em 50%.

Tocantins

O governador do estado publicou o Decreto nº 6.143 no dia 31 de agosto prorrogando a suspensão das aulas e o regime especial de trabalho dos servidores até o dia 30 de setembro. O adiamento da volta às aulas abrange tanto a rede pública quanto a privada. O governo recomendou a estabelecimentos de ensino que ajustem seus calendários e adotem medidas educacionais especiais, como ensino remoto.

Os trabalhadores do governo local estão operando na modalidade remota e cumprindo jornada de seis horas. Os órgãos ficam responsáveis pela organização em turnos, seja na manhã (8h às 14h) ou a tarde (14h às 20h). Servidores no grupo de risco ficarão no teletrabalho até o dia 30 de setembro.  

As demais atividades ficam disciplinadas de acordo com o Decreto nº 6.083, de 13 de abril, e o Decreto nº 6.092, de 5 de maio, que trouxeram recomendações às prefeituras sobre as medidas de distanciamento. Entre elas está a proibição de serviços não essenciais a exemplo de shoppings, galerias, bares, restaurantes e feiras. Ficaram fora da recomendação farmácias, clínicas e locais de atendimento médico, entrega de refeições, supermercados, agências bancárias e postos de combustíveis.

Para os demais estabelecimentos comerciais, foram indicadas medidas de segurança como o distanciamento em filas e marcação para sinalizar o distanciamento mínimo entre os clientes, manutenção de ambientes arejados, disponibilização de álcool em gel e local para lavagem das mãos, sistema de escala e revezamento de jornada de funcionários, além de fixação de horários especiais para atendimento a idosos.

Região Nordeste Alagoas

O estado de Alagoas avançou na reabertura econômica e as regiões do Médio e Alto Sertão Alagoano, que estavam classificadas com Bandeira Laranja na atualização anterior, agora avançaram para a amarela, cor que abrange todas as regiões do estado. A capital Maceió segue na bandeira azul, de acordo com a classificação divulgada no dia 24.

Na Fase Amarela as atividades religiosas podem ampliar para 60% a capacidade de público; ficam liberadas as lojas de rua com mais de 400 metros quadrados, shoppings centers, galerias e centros comerciais; os bares e restaurantes podem atender com 50% da capacidade; o transporte intermunicipal, receptivo e turístico com 50%; e academias também com redução de 50% da capacidade de lotação.

Na Fase Azul, é permitido lotação de 75% da capacidade de público em bares e restaurante e nas instituições religiosas. Os clubes podem reabrir com 50% da capacidade de público.

A última fase, de cor verde, ainda não foi atingida por nenhum município alagoano, e permitirá a volta das instituições de ensino em geral, das aulas presenciais na rede pública e privada de ensino, o trabalho presencial no serviço público e as atividades de cinemas, teatro, museu e eventos sociais. O governo anunciou que está estudando com os setores da educação e da cultura a volta gradual das atividades.

Bahia

A capital baiana, Salvador, está no início da Fase 3 do plano de retomada das atividades, acordado entre prefeitura e governo do Estado. Com isso, ficou permitida a reabertura dos clubes sociais para a realização de práticas esportivas, individuais ou em dupla, com exceção daquelas que exijam contato físico. Os shopping centers podem funcionar em horário reduzido: de segunda a sábado, das 12h às 20h. Também podem funcionar comércios de rua de até 200 metros quadrados (m²), igrejas, drive-ins, restaurantes e lanchonetes, academias, salões de beleza e barbearias, entre outros negócios.

Desde 2 de setembro eventos e atividades com a presença de público superior a 100 pessoas estão liberados, desde que previamente autorizados, tais como: eventos desportivos, religiosos, shows, feiras, circos, eventos científicos, passeatas. Também estão autorizadas aulas em academias de dança e ginástica.

Até o dia 13 de setembro, 358 municípios estão com transporte suspenso na Bahia. A medida tem o objetivo de conter o avanço do novo coronavírus na população. Nesses municípios estão suspensas a circulação, a saída e a chegada de qualquer transporte coletivo intermunicipal, público e privado, rodoviário e hidroviário, nas modalidades regular, fretamento, complementar, alternativo e de vans.

Ceará

Desde ontem (7), o governo do Ceará liberou as atividades presenciais de músicos e humoristas para os municípios que atingiram a Fase 4 do Plano de Retomada. De acordo com a classificação mais recente, as regiões da Grande Fortaleza e as Macrorregiões de Sobral, Sertão Central e Litoral Leste/Jaguaribe continuam na Fase 4. A Macrorregião do Cariri é a única ainda na Fase 3.

Não houve mudança na classificação em relação ao último decreto, de 29 de agosto, mas as regiões avançaram em relação à classificação do dia 22, quando apenas a área da capital estava na Fase 4 e o Cariri estava na 2.

Na Fase 4, que é a última do plano, com menos restrições, é permitida a abertura de academias e piscinas com limite de 30% da capacidade; atividades religiosas com 100% da capacidade de público; aulas práticas nas auto-escolas; comércio entre 9h e 17h e shoppings até 22h; parques temáticos com 30% da capacidade; produção cultural sem público; agências de viagem; salões de beleza; aulas de dança e artes marciais individuais;

Permanecem fechados os espaços de esporte coletivo, como quadras e campos; eventos, espetáculos e passeios turíticos aquáticos; e aulas presenciais em todos os níveis nas redes pública e particular. Todos os protocolos sanitários para os setores econômicos no estado estão detalhados no site.

Maranhão

Os oito restaurantes populares de São Luís voltaram a atender para consumo no local no dia 1º de setembro. Durante a pandemia, o serviço oferecendo alimentação apenas para retirada em embalagens descartáveis.

Na semana passada, o governo do estado encerrou a coleta de dados de uma pesquisa com a comunidade escolar sobre a retomada das aulas presenciais na rede estadual. Os resultados ainda não foram divulgados.

As aulas presenciais na rede privada tiveram autorização para retornar no dia 3 de agosto e desde o dia 28 estão liberados eventos com até 100 convidados, sem cobrança de ingresso e com fácil rastreabilidade pelo anfitrião, como festas de aniversários, batizados e casamentos, eventos científicos, inaugurações e lançamentos de produtos e serviços.

Continuam proibidos os grandes eventos, shows, congressos, seminários, sessões de cinema e eventos em casas noturnas, além das aulas presenciais na rede pública estadual. As medidas estão em avaliação permanente, mas segundo o governo do estado, a perspectiva é de ampliar a liberação de novas atividades, “tendo em vista a redução dos indicativos referentes ao quadro epidemiológico no Maranhão”.

Paraíba

De acordo com a avaliação feita no fim de semana dentro do Plano Novo Normal da Paraíba, nenhum dos 223 do estado está em Bandeira Vermelha e apenas 22 estão em Laranja, um acréscimo de 10% em relação ao boletim anterior. O número de cidades classificados na Bandeira Verde está em 14, e 187 estão na bandeira Amarela, inclusive a capital João Pessoa, o que equivale a 84% do total.

As avaliações ocorrem a cada duas semanas e começaram no dia 15 de junho, quando 6% dos municípios do estado estavam na Bandeira Vermelha e 56% na Laranja. Nas avaliações anteriores, houve um retorno de alguns municípios que estavam em Bandeira Verde para a Amarela, passando de 23 no dia 13 de julho para nove no dia 10 de agosto na categoria de nível normal de mobilidade e abertura.

As bandeiras Vermelha e Laranja permitem o funcionamento apenas de atividades essenciais, construção civil, indústria e call centers, além de serviços de alimentação no sistema de entrega e retirada e agendamento em salões e barbearias. Na Amarela, podem funcionar o comércio, shoppings centers, comércio popular, academias, bares e restaurantes com restrições.

Com a Bandeira Verde, é permitido o funcionamento de todos os setores, seguindo as medidas para o distanciamento social, como atividades religiosas, esportivas, culturais e conferências de negócios. A exceção são as atividades escolares e acadêmicas presenciais, que só retornarão após a definição de um novo calendário escolar.

Pernambuco

A partir de hoje (8), estão autorizadas em Pernambuco as aulas presenciais no ensino superior, por enquanto com 25% da capacidade de alunos e com prioridade para as turmas que estiverem concluindo o curso. A partir do dia 14 a capacidade pode subir para 50%. A medida vale para as regiões mais avançadas no Plano de Convivência das Atividades Econômicas com a Covid-19 em Pernambuco. As aulas da educação básica permanecem suspensas, sem previsão de retorno.

O governo atualizou na semana passada os protocolos específicos para cada um dos setores já autorizados a retornar. Desde ontem, as regiões do estado estão reclassificadas, avançando no plano de abertura que tem onze etapas.

As cidades da Região Metropolitana do Recife e Zona da Mata avançaram para a Etapa 8 no dia 31 de agosto e permanecem em Verde, sendo permitida a reabertura de museus e espaços de exposição, comércio de praia, serviços de escritório com 100% do efetivo e serviços de alimentação com 70% da capacidade.

O polo de Caruaru passou para a Etapa 7 na classificação anterior, etapa alcançada agora pelas regiões de Garanhuns, no agreste, e Petrolina, no sertão, com permissão para serviços de alimentação e shoppings funcionarem até as 22h e igrejas e templos com até 30% da capacidade, sendo que as grandes, com espaço para mais de mil pessoas, devem restringir a 20% da capacidade.

Se mantiveram na Etapa 6 as regiões de Arcoverde, Afogados da Ingazeira, Serra Talhada e Salgueiro, no Sertão. E a região de Ouricuri, no Sertão do Araripe, alcançou esta etapa de reabertura. Com isso, podem reabrir serviços de alimentação com 50% da capacidade; academias de ginástica; comércio varejista e shoppings centers com 50% da capacidade; e feiras e Polo de Confecção. O governo liberou os eventos corporativos com até 100 pessoas ou 30% ocupação e até as 22h.

Permanecem proibidas em todo o estado os cinemas, teatros, clubes sociais, eventos sociais, esportivos, serviço público, parques de diversão e zoológicos.

Piauí

Após reunião no dia 1º, o governo do Piauí autorizou a ampliação de 30% para 50% do quadro de servidores públicos em atuação presencial e também a retomada de estágios para alunos de cursos superiores na área de saúde, em unidades que não atendam pacientes de covid-19.

A reabertura no Piauí começou no dia 27 de julho e, a partir de hoje (8), será autorizada a retomada de eventos culturais no estado, com o máximo de cem pessoas e em áreas abertas ou semiabertas. Eventos maiores, para até mil pessoas, estão liberados apenas na modalidade drive-in, com os espectadores dentro dos carros, e o limite de 250 veículos. As reuniões políticas para as eleições municipais não podem ter mais de cem participantes.

Para o ensino regular, o governo sugeriu abrir diálogo com a comunidade escolar para retomar as aulas do 3º ano do ensino médio. Para as outras atividades educacionais, não foi decidido se será mantida a data prevista anteriormente, de retomada das aulas presenciais no dia 22 de setembro.

Seguindo o Programa de Retomada Organizada das Atividades Econômicas Covid-19 - PRO Piauí, devem ser retomadas a partir de hoje as atividades artísticas, criativas e de espetáculos em cinemas, teatros e casas de espetáculos; as ligadas ao patrimônio cultural e ambiental em parques, praias, balneários, museus, bibliotecas, zoológicos; esporte, recreação e lazer em academias, clubes, eventos esportivos, casas de show e escolas esportivas; e os serviços domésticos.

Rio Grande do Norte

Na semana passada, a Secretaria de Estado da Saúde Pública do Rio Grande do Norte alertou para o aumento da transmissibilidade de covid-19 nas regiões de Mato Grande, Alto Oeste e Oeste. Mesmo assim, o estado permanece na terceira e última etapa do Plano de Retomada das Atividades Econômicas, com a autorização de funcionamento para todos os setores econômicos, cumprindo os protocolos sanitários estabelecidos.

Também estão permitidas as atividades religiosas, respeitando as normas de seguranças, e as atividades presenciais nos órgãos públicos estão sendo retomadas de forma gradativa. As visitas no sistema penitenciário foram autorizadas a partir do dia 31 de agosto nas unidades menores. Nas que tem mais de 600 presos, as visitas reiniciam entre 23 de setembro e 9 de outubro. No dia 2 foi reaberto ao público a Unidade de Conservação do Parque Estadual Dunas do Natal, com retomada progressiva das atividades permitidas e limitação do número de pessoas.

Permanece a prorrogação até o dia 18 de setembro da suspensão das aulas presenciais nas redes pública e privada de ensino, do ensino infantil, fundamental, médio, superior, técnico e profissionalizante, por meio do Decreto n°29.928. Ainda não há prazo para a retomada das atividades educacionais presenciais.

Sergipe

A Resolução n° 06/2020 do governo de Sergipe, publicada no dia 27 de agosto, atualizou o Plano de Retomada Econômica e colocou todo o estado na terceira fase de reabertura, com a Bandeira Verde. Na resolução anterior, do dia 13 de agosto, vigorava a bandeira era Amarela.

Com isso, estão autorizadas desde o dia 28 de agosto o funcionamento das academias de ginástica, com 30% da capacidade e pública e sem atividades que tenham contato físico. A partir de hoje (8), a capacidade poderá ser ampliada para 50%. Competições e presença de torcida permanecem proibidas.

Atividades religiosas também poderão ampliar para 50% da capacidade a partir de amanhã, assim como os serviços de call-centers. Também foram liberadas as áreas de lazer coletivo de praias, orla, parques e praças públicas, e, desde o dia 1° de setembro, eventos culturais de vaquejadas em parques fechados, sem público ou torcida.

São consideradas atividades especiais, ainda sem previsão de retorno, os eventos culturais e esportivos coletivos que ocorrem em locais, como ginásios, estádios, teatro, cinema e casas noturnas; e as atividades educacionais nas redes pública e privada em todos os níveis, das creches ao ensino superior. O decreto incluiu nesse grupo as atividades de clubes sociais, esportivos e a administração pública não essencial.

Região Centro-Oeste Distrito Federal

O governo do Distrito Federal editou novo decreto flexibilizando novas atividades e dando andamento ao plano de reabertura diante da pandemia do novo coronavírus. Foram liberados teatros, cinemas e piscinas para atividades desportivas.

Pelo Decreto No 41.170, salas de teatro e de cinema poderão reabrir, mas deverão obedecer a uma série de obrigações. Quem for frequentar esses espaços tem de utilizar as máscaras de proteção facial. Os donos desses estabelecimentos devem disponibilizar produtos de higienização para mãos, como álcool em gel.

Será necessário manter distância de uma fileira desocupada entre cada fileira com pessoas. Poltronas e aparelhos de ar-condicionado precisam passar por limpeza obrigatória. Já a venda de ingressos, em geral feita em guichês nos locais dos cinemas (e conhecidas pelas filas), terá que ser realizada somente pela internet.

As piscinas também ficam autorizadas para reabertura, mas somente para treinos, e não para recreação. Também foram instituídos limites para uso das raias, com uma de distância entre cada utilizada.

O decreto também flexibilizou as regras relativas às igrejas. O GDF já havia autorizado a celebração de eventos e cultos nesses espaços. Mas havia a exigência de um tempo de pelo menos duas horas entre cada atividade. Com a nova norma essa obrigação foi excluída. Nas academias, o decreto autorizou aulas coletivas e o funcionamento de bebedouros e chuveiros. Mas permanecem limites, como a obrigação de manter a distância de uma pessoa a cada 4 metros quadrados.

As demais atividades comerciais já estão funcionando, de acordo com o plano de reabertura iniciado em junho com alguns segmentos e que teve em julho a autorização de estabelecimentos comerciais em geral.

Goiás

Em Goiás, segue vigente o Decreto nº 9.700, publicado no dia 27 de julho, que suspendeu a quarentena intermitente (14 dias fechados e 14 dias abertos) e prorrogou a abertura por tempo indeterminado de todas as atividades econômicas cuja autorização havia sido fixada em decreto anterior e perderia a validade. Mas as prefeituras possuem autonomia para implementar regras próprias.

Bares e restaurantes podem funcionar, embora com limite de 50% da capacidade. Eventos esportivos, como jogos de futebol, também são permitidos, mas sem participação de torcedores. A norma manteve a proibição de eventos públicos ou privados com aglomerações, como cinema, teatro, boate, salões de festa, clubes recreativos e áreas comuns de condomínios. Seguem também sem funcionar presencialmente aulas das redes pública e privada.

A norma prevê, no entanto, que as prefeituras podem definir medidas próprias de distanciamento social. Em outra decisão, o governo anunciou que os parques estaduais e unidades de conservação ambiental passaram a funcionar no dia 10 de agosto. Foram mantidas regras de prevenção, como obrigação do uso de máscaras e manutenção de distância mínima entre os visitantes para evitar aglomerações.

O governo de Goiás criou uma secretaria específica para as medidas de retomada, em lei assinada no dia 4 de agosto. O órgão vai coordenar as ações de fomento às atividades econômicas para mitigar os impactos negativos da pandemia.  

Mato Grosso

Comércio e atividades não essenciais em Mato Grosso estão autorizados a funcionar desde que atuem com apenas 70% da capacidade e adotem medidas preventivas à transmissão do novo coronavírus. Também estão autorizados eventos sociais com no máximo 100 pessoas, eventos corporativos, empresariais, técnicos e científicos, com no máximo 200 pessoas, eventos realizados no formato drive in, com capacidade máxima de até 500 carros.

Continuam proibidas qualquer atividade de lazer ou evento que cause aglomeração, tais como shows, jogos de futebol, casa noturna, festas e confraternizações familiares, ainda que realizadas em âmbito domiciliar.

No estado também já podem abrir cinemas e teatros, respeitando a capacidade de 40% da lotação e o espaçamento de 1,5 metro entre as pessoas. Ainda estão autorizados jogos e treinamentos de futebol profissional, sem a presença de público.

Na capital, Cuiabá, também estão autorizadas a utilização dos espaços de uso comuns dos condomínios residenciais e o retorno das atividades presenciais da educação infantil somente nas unidades de ensino privadas.

Em Mato Grosso continuam em vigor os decretos nº 573 que determinam as regras de contenção da propagação do novo coronavírus nos municípios, principalmente os que estão classificados como "risco alto", ou "muito alto" de contágio e leva em consideração a queda da média móvel de casos confirmados da doença e de hospitalizações, além da abertura de novos leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI).

Mato Grosso do Sul

Dos 79 municípios em Mato Grosso do Sul, 12 estão na faixa de risco tolerável (amarela), 45 no grau médio (bandeira laranja) e 22 no grau de risco alto (bandeira vermelha). A capital, Campo Grande, está classificada no grau alto de risco.

Nos municípios que estão na faixa de risco tolerável (amarela) são permitidas atividades essenciais e não essenciais de baixo, médio e alto risco, como academias, cabeleireiro, barbearia, salões de beleza e afins. Nas cidades de grau médio de risco (bandeira laranja) são permitidas atividades como comércio e bares. Nos municípios considerados de risco alto (bandeira vermelha), são permitidas apenas atividades essenciais e não essenciais de baixo risco como serviços de ambulantes e profissionais liberais. No grau extremo (bandeira preta), apenas atividades essenciais podem abrir.

As atividades que envolvem aglomeração de público continuam não recomendadas em todo o estado.

O estado segue o Programa de Segurança e Saúde na Economia (Prosseguir), que divulga o grau de risco dos municípios em uma escala que vai de baixo a extremo, e traz recomendações de medidas no âmbito da saúde pública, de serviços públicos e do social.

Região Sudeste Espírito Santo

A partir de 14 de setembro, serão liberadas aulas presenciais em instituições de ensino superior. As instituições de ensino públicas e privadas precisam seguir o protocolo sanitário definido pela Secretaria da Saúde (Sesa) em portaria. O retorno às aulas na educação básica segue em discussão e ainda não tem data definida.

O governo do Espírito Santo anunciou no dia 26 de agosto a 5ª Fase da Matriz de Risco de Convivência, que passa a considerar o coeficiente de casos ativos, o número de testes realizados, a média móvel de óbitos e a taxa de ocupação dos leitos potenciais de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) exclusivas para tratamento da covid-19 para a definição do grau de risco de cada município.

O governo classifica os municípios capixabas em riscos Alto, Moderado e Baixo.

Nos municípios classificados como Risco Alto, os estabelecimentos comerciais podem funcionar de segunda a sexta, das 10h às 16h. Já os shoppings só podem funcionar das 12h às 20h. O funcionamento de restaurantes, inclusive os de shopping center, só está permitido de segunda a sábado até as 18h e a abertura de bares continua proibida.

Nos municípios classificados como Risco Moderado, os estabelecimentos comerciais podem funcionar de segunda a sexta, das 10h às 16h e, nos sábados, das 9h às 15h. Os shoppings só podem funcionar das 12h às 20h, de segunda a sábado. Restaurantes, inclusive os de centros comerciais, podem funcionar até as 18h e a abertura de bares continua proibida.

Nos municípios classificados como Risco Baixo podem funcionar todos os estabelecimentos comerciais sem restrição de horário desde que tomas medidas sanitárias como um cliente a cada 10 m² e distanciamento social em filas. Restaurantes e bares podem abrir sem restrições.

Minas Gerais

Pela primeira vez, uma região do estado de Minas chega ao último nível do plano definido pelo governo, quando já é permitida a volta de atividades como cinemas, zoológicos, casas de festas, parques de diversão e shows. A abertura dos estabelecimentos deve respeitar os protocolos de segurança e o decreto estadual que restringe a lotação máxima de 30 pessoas por ambiente.

A macrorregião de Saúde Norte e 16 microrregiões no estado avançaram para a Onda Verde do plano Minas Consciente. A mudança foi definida na quarta-feira (2) pelo Comitê Extraordinário Covid-19, após as localidades manterem bons índices durante 28 dias em que estavam na onda amarela.

Ao contrário da macrorregião Norte, que apresentou bons índices e um contexto seguro para avanço no plano, a macrorregião Noroeste teve aumento no número de casos e piora nos indicadores. Para manter a doença sob controle, o Comitê Extraordinário Covid-19 optou pela regressão da região Noroeste para a Onda Vermelha, com abertura somente de serviços essenciais. Todas as outras macrorregiões do estado foram mantidas nas ondas definidas anteriormente.

Desde sábado (5), para as regiões que estão na onda amarela, os cursos de pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado) e lato sensu (especialização) estão autorizados a retomarem as atividades. A decisão foi tomada pelo Grupo Executivo Covid-19 na última terça (1º). Foram observados a capacidade de adaptação do setor, além de uma tendência a pouca aglomeração e à natureza esporádica das aulas presenciais.

No estado de Minas Gerais, os estágios em que se encontram os municípios em relação à propagação do novo coronavírus foram divididas em “ondas”, classificadas da seguinte forma: Onda 1 – Vermelha (podem funcionar serviços essenciais: supermercados, padarias, farmácias, bancos, depósitos de material de construção, fábricas e indústrias, lojas de artigos de perfumaria e cosméticos, hotéis); Onda 2 – Amarela (podem funcionar serviços não essenciais como lojas de artigos esportivos, eletrônicos, floriculturas, autoescolas, livrarias, papelarias, salões de beleza) e Onda 3 – Verde (podem funcionar serviços não essenciais com alto risco de contágio, como academias, teatros, cinemas, clubes).

O plano contém protocolo único de higiene e distanciamento, a ser cumprido por todas as empresas.

Rio de Janeiro

No Decreto n° 47.246, publicado na quarta-feira (2), o governo do Rio de Janeiro renovou até o dia 31 de dezembro deste ano o estado de calamidade pública no estado por causa da pandemia de covid-19. E o Decreto n°47.250, publicado na sexta-feira (4) mantém o estado de emergência e prorroga até o dia 20 de setembro a suspensão de eventos com a presença de público, como shows, feiras, eventos científicos, comícios e passeatas, além da permanência nas praias, lagoas, rios e piscinas públicas.

Permanece a previsão de retorno das aulas na rede privada a partir do dia 14 de setembro e da rede pública em 5 de outubro, inclusive para o ensino superior, nas regiões que permanecerem na bandeira amarela por duas semanas seguidas. De acordo com a última atualização da nota técnica, divulgada na quinta-feira (3), sete das nove regiões do estado estão classificadas como Bandeira Amarela, de baixo risco de transmissão do novo coronavírus.

Não tiveram mudança na classificação as regiões Metropolitanas I e II, Baixada Litorânea, Norte e Serrana. O Médio Paraíba e o Centro-Sul Fluminense avançaram do laranja para o amarelo, enquanto a Baía de Ilha Grande e o Noroeste Fluminense retrocederam do Amarelo para o Laranja. Segundo o governo do estado, as áreas em amarelo englobam 96% da população do Rio de Janeiro.

Também foi lançado o site Turismo Consciente para incentivar a retomada do setor. No site, o turista obtém informações sobre locais abertos e empresas que receberam o selo de boas práticas sanitárias. No sábado (4), o Museu do Amanhã foi reaberto.

Já estão liberadas no estado as atividades esportivas ao ar livre, as esportivas de alto rendimento sem a presença de público, locais turísticos com até 50% da capacidade e o retorno do funcionamento presencial dos postos do Detran. Nas regiões em bandeira amarela, foram liberadas atividades culturais ao ar livre com distanciamento entre as pessoas, hotéis e pousadas, eventos sociais em casas de festa com até um terço da capacidade e corporativos e científicos com 50% de lotação, teatros e museus com um terço da capacidade e cinemas com 40%.

São Paulo

O governo de São Paulo anunciou na sexta-feira (4) que 95% do território paulista se encontra classificado na Fase 3 – Amarela, com exceção de duas regiões: Franca, que se manteve na Fase 2 – Laranja e, Ribeirão Preto, que regrediu da Fase Amarela para a Laranja.

Na Fase Amarela, as regiões podem reabrir bares, restaurantes e salões de beleza com 40% da capacidade, além de academias com 30% de vagas e mediante agendamento. Bares e restaurantes podem reabrir por oito horas diárias, mas sem ultrapassar o horário das 22h.

Já na Fase Laranja, o funcionamento é permitido para escritórios em geral, imobiliárias, comércio de rua, shoppings e concessionárias com 20% de sua capacidade.

O Plano São Paulo é dividido em cinco fases que vão do nível máximo de restrição de atividades não essenciais (Vermelho) a etapas identificadas como controle (Laranja), flexibilização (Amarelo), abertura parcial (Verde) e normal controlado (Azul). O Plano São Paulo também é regionalizado, ou seja, o estado foi dividido em 17 regiões [com a região metropolitana dividida em cinco sub-regiões] e cada uma delas é classificada em uma fase.

Região Sul Paraná

No estado do Paraná, shopping centers, galerias e centros comerciais, academias, centros de ginásticas e esportes em geral já podem funcionar. As aulas presenciais, em todos os níveis, continuam suspensas.

O governo do estado e entidades do setor turístico têm articulado um projeto de retomada do turismo.

O Parque Vila Velha, em Ponta Grossa, um dos principais cartões-postais do Paraná voltou a receber o público na sexta-feira (4). A reabertura se dá com capacidade reduzida e medidas de prevenção ao coronavírus.

A principal meta do plano é possibilitar a recuperação econômica a partir do turismo regional, com viagens até de 200 quilômetros dentro do próprio estado. Como parte do projeto de retomada foi lançada a campanha Não cancele, remarque!, que tem como objetivo principal evitar a falência de empresas e o desemprego.

Rio Grande do Sul

O modelo de Distanciamento Controlado adotado desde maio no estado não estabelece "fases" com previsões de retomada das atividades econômicas. A partir do monitoramento de 11 indicadores, que medem o avanço da doença e a capacidade instalada de atendimento, o modelo define classificações de risco (bandeiras) para cada uma das regiões, onde estão estabelecidos protocolos que definem o nível de funcionamento para cada atividade.

Desta maneira, conforme a cor da bandeira definida para cada região (amarela, laranja, vermelha e preta), o Distanciamento Controlado indica o nível de restrições para mais de 100 atividades do serviço público, indústria, comércio e serviços. Com isso, mesmo nas regiões com alto risco para a doença (vermelha), boa parte das atividades econômicas (indústria, comércio, serviços, alojamento, alimentação) pode funcionar dentro de protocolos previamente definidos. Com auxílio dos municípios, essas restrições podem ser flexibilizadas conforme a realidade em cada região.

Atualmente, na 17ª semana do Distanciamento Controlado, o Rio Grande do Sul tem quatro regiões em bandeira vermelha. As 17 regiões restantes estão em bandeira laranja. A capital, Porto Alegre, está na bandeira laranja.

Santa Catarina

No estado continuam suspensas as reuniões públicas, os cinemas, o acesso de público a competições esportivas, as aulas presenciais da rede pública e privada; a permanência de pessoas em espaços públicos de uso comum, como parques, praças e praias, exceto para prática de esportes individuais.

Numa etapa mais recente de flexibilização, já foi permitida a utilização das áreas comuns dos hotéis e a retomada de consultas e cirurgias eletivas de média e alta complexidade em todo o estado.

Santa Catarina segue a Portaria nº 592/2020 que determina as medidas de enfrentamento da covid-19 que devem ser adotadas de acordo com a Avaliação de Risco Potencial nas Regiões de Saúde, classificadas como Gravíssimo, Grave, Alto e Moderado.

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