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A deputada estadual Dani Portela protocolou uma indicação à Secretaria de Saúde de Pernambuco para que preencham com a devida urgência os 678 (seiscentos e setenta e oito) cargos que ainda se encontram vagos da Secretaria de Saúde (SES). Dentre os cargos, se destacam a vacância de 210 (duzentos e dez) postos de médicos, 129 (cento e vinte e nove) vagas de analistas em saúde, 119 (cento e dezenove) vagas de assistentes em saúde, 147 (cento e quarenta e sete) vagas de auxiliares em saúde e 40 (quarenta) vagas de fiscais da vigilância sanitária, conforme tabela disponibilizada no sítio eletrônico da Lei de Acesso à Informação.

De acordo com a deputada, a situação não pode continuar dessa forma, ante o gravíssimo cenário da Saúde Pública no estado de Pernambuco. “A Secretaria de Saúde é um dos principais órgãos do governo estadual. Ela é responsável pela garantia de um direito fundamental da população, que é o direito à saúde. As pessoas não podem ser penalizadas com a falta de atendimento por ausência de profissionais, quando essas vagas existem. Elas precisam ser ocupadas com urgência”, afirmou.

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Algumas pesquisas como a Agenda Mais SUS, projeto do Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (IEPS) e da Umane, dão conta de que o estado de Pernambuco está na 15ª posição no ranking de cobertura de atenção primária à saúde (APS), em comparação a outras unidades federativas. Dentre os problemas ressaltados pelo estudo do EPS, têm-se como mais relevantes, a carência e falta de distribuição de profissionais de saúde pelo estado, a insuficiência dos recursos destinados à atenção primária à saúde para cobrir a atual necessidade de serviços, a deficiência na estrutura física dos equipamentos de saúde (postos, unidades de pronto atendimento, hospitais, etc) e a falta de disponibilidade de materiais, equipamentos e medicamentos.

*Da assessoria de imprensa

A deputada Dani Portela (PSOL) já inicia seu primeiro mandato na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) se tornando líder da oposição ao Governo estadual na Casa. Ao anunciar a novidade, a parlamentar pontuou que ser "oposição não é ser do contra" e afirmou que atuará com "responsabilidade".

"Sou a líder da oposição na ALEPE. Aceitei esse desafio por entender que serei oposição por um Pernambuco melhor! Serei oposição com responsabilidade, sempre trazendo propostas! Ser oposição não é ser do contra, é sim, entender que para nosso estado melhorar, precisamos enriquecer a discussão e qualificar as soluções", escreveu nas suas redes sociais.

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Este é o primeiro mandato de Dani como deputada estadual. A deputada que trocou a Câmara Municipal do Recife pela Alepe tem cobrado a gestão estadual de Raquel Lyra (PSDB) sobre questões econômicas e sociais, tais como a situação dos morros e relacionadas à violência contra à mulher. Na última quinta-feira (23), logo após o Carnaval ela solicitou à Secretaria de Defesa Social de Pernambuco a divulgação dos números de feminicídios cometidos durante o período carnavalesco, quando oito mulheres foram mortas no Estado. 

Eleito líder da bancada da oposição do governo Bolsonaro na Câmara dos Deputados no último dia 16 de fevereiro, o deputado federal Wolney Queiroz (PDT-PE) foi indicado pela própria sigla para assumir a bancada composta por 135 deputados e deputadas federais de seis legendas: PDT, PT, PSB, PSOL, PCdoB e Rede. O pedetista assumiu o lugar de Alessandro Molon (PSB-RJ).

Natural de Caruaru e filho do deputado estadual José Queiroz (PDT), aos 49 anos, Wolney Queiroz é o presidente do PDT em Pernambuco e coordena a bancada estadual no Congresso Nacional junto ao deputado federal Augusto Coutinho (Solidariedade) há quatro anos. “Ser coordenador por muitos anos e seguidamente desta bancada é uma demonstração de confiança e articulação”, afirmou Wolney.  Deputado federal eleito por seis mandatos, ele teve um grande papel de destaque no Congresso Federal em 2021 por ter conduzido a bancada do PDT na Câmara em importantes votações que garantiram ajuda a milhares de pessoas durante a pandemia. 

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Questionado sobre a expectativa para este ano de eleições gerais e como líder da oposição, Wolney não titubeou em destacar que o maior desafio será "evitar que a diferença de candidaturas à presidência atrapalhe a atuação no parlamento". "A expectativa é muito positiva porque os seis partidos que compõem a oposição estão muito sintonizados e tem sido assim nos últimos anos. A liderança da minoria será exercida pelo companheiro Alencar Santana Braga (PT-SP). Conversamos muito e já definimos algumas linhas de atuação, pois vamos atuar conjuntamente. O nosso desafio maior será evitar a diferença de candidaturas à presidência, já que o PDT tem a do companheiro Ciro Gomes e a do PT tem a do ex-presidente Lula, para que isso não atrapalhe a atuação no parlamento. Manter a unidade no nosso campo mesmo com visões muito diferentes do ponto de vista de candidaturas será o nosso desafio, mas tenho certeza que vamos superá-lo". 

Wolney lembrou, ainda, que a atuação da oposição é reativa às ações do governo Bolsonaro, e que há unanimidade na oposição para barrar algumas pautas. "O governo é o protagonista e é criticado ou elogiado quando faz ou deixa de fazer algo. Temos unanimidades no campo da oposição e uma delas é continuar barrando a reforma administrativa, como fizemos no ano passado. Ela não nos serve porque tem o servidor público como bode expiatório de tudo o que existe de mazela no Brasil. Vamos enfrentar esse debate da reforma tributária, mas o que a oposição defende é que uma reforma tributária progressiva seja feita para que os mais ricos paguem mais e os mais pobres, menos. Essa tem que ser a lógica de uma reforma tributária para simplificar um tema tão complexo. Também defendemos a taxação das grandes fortunas, o que é fundamental dentro dessa análise tributária", contou ao LeiaJá

Em seu primeiro discurso no plenário da Câmara dos Deputados, após assumir a liderança, o pedetista enfatizou que irá cumprir a tarefa com muita dedicação, "já que o governo Bolsonaro não deixa o Brasil em paz, portanto, não vai deixar os líderes da oposição e da minoria em paz". "O governo que trata a educação com desdém, que não tem um projeto de educação para o Brasil. É um governo que nega a ciência, nega recursos à ciência e à tecnologia. Ele menospreza e despreza a assistência social. Nunca se viu na história recente do Brasil tanto desprezo pela assistência social que teve ganhos de décadas simplesmente descartados. É um governo que é um absoluto fiasco, uma negação na saúde que fracassou no combate à pandemia, atrasou a compra de vacinas e deu mau exemplo não usando máscara e tratando a pandemia com desprezo, sem a devida responsabilidade", disse. 

Trajetória e atuação

Durante esses seis mandatos na Câmara dos Deputados, Queiroz participou de mais de mil votações em plenário e teve mais de duas mil propostas legislativas. Ele participou das articulações políticas para a aprovação do auxílio emergencial e a luta do benefício de R$ 600, e também de pautas como o reajuste do piso salarial da enfermagem, votou contra a PEC 32 da reforma administrativa, saiu em defesa dos precatórios do Fundef (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério) para professores.

Na defesa dos trabalhadores, ele é co-autor do projeto que trata de medidas emergenciais de amparo aos agricultores familiares para mitigar os impactos socioeconômicos da seca e das enchentes que incidem sobre o País, além de ser autor do projeto de lei 1100/2021, que prevê a isenção do Imposto de Renda para pessoas com sequelas causadas pela Covid-19 e dispensa a carência previdenciária. 

Além deste, vale destacar o projeto 3346/49, aprovado na Casa, que garante ao empregado a possibilidade de alterar o dia de descanso semanal por motivos religiosos. O texto diz que o trabalhador pode optar por acréscimo de horas diárias ou troca de turno para compensar eventuais horas não trabalhadas. 

Líder da oposição na Câmara, o deputado Alessandro Molon (PSB) criticou, nesta quarta-feira (4), a forma como o presidente Jair Bolsonaro (PSL) reagiu à declaração da ex-presidente do Chile e alta comissária da Organização das Nações Unidas (ONU), Michelle Bachelet, que alertou sobre “uma redução do espaço cívico e democrático” no Brasil. 

Bolsonaro rebateu a fala de Bachelet dizendo que a agenda de direitos humanos, a qual defende, era de “bandidos” e atacando o pai dela, Alberto Bachelet, morto pela ditadura militar chilena em 1974.

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A postura do presidente foi lamentada por Alessandro Molon em publicação no Twitter. O líder oposicionista salientou que a atitude de Bolsonaro era uma vergonha para o país. 

“É lamentável que o presidente não consiga encarar críticas de forma republicana. Em vez da diplomacia, ele escolhe o caminho da agressividade, do confronto baixo, e não perde a oportunidade de elogiar ditaduras, reforçando seu viés autoritário. Uma vergonha pra nossa democracia!”, escreveu o pessebista. 

Esta é a segunda vez que Jair Bolsonaro responde uma crítica atacando o pai de uma autoridade que foi morto por algum regime militar. O mesmo aconteceu com o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, que, após se colocar contra a quebra de sigilo telefônico do advogado de Adélio Bispo, autor da facada contra ele em setembro de 2018, teve o pai, Fernando Santa Cruz, atacado por Bolsonaro. Fernando foi morto na época da ditadura militar no Brasil. 

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse nesta terça-feira (30) que conta com a "lealdade total" da liderança militar, depois que um grupo de soldados se rebelou em apoio ao líder da oposição Juan Guaidó.

"Nervos de Aço!" Falei com os Comandantes de todos os REDI e ZODI do País, que manifestaram total lealdade ao Povo, à Constituição e à Pátria. Apelo à máxima mobilização popular para garantir a vitória da Paz. Nós vamos ganhar!", afirmou Maduro no Twitter em sua primeira reação à rebelião.

Um grupo de soldados venezuelanos se revoltou nesta terça-feira contra Maduro e em apoio a Guaidó, que pediu a todas as Forças Armadas para se juntarem a este movimento que o governo denunciou como um golpe de Estado.

O governo venezuelano denunciou o incidente como uma "tentativa de golpe de Estado" e afirmou que a situação está sob controle.

Líder da oposição no Senado, Humberto Costa (PT-PE) afirmou que o modelo de desenvolvimento proposto pelo governo de Michel Temer (PMDB) para o Brasil “naufragou”. Segundo ele, as especulações sobre o retorno da Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras (CPMF) mostram que Temer e sua equipe econômica tentaram enganar a população com um discurso contra o aumento de tributos, mas devem recorrer ao mesmo método que seria adotado pelo PT.

“Quando Temer entrou pela porta traseira do Palácio do Planalto, ele prometeu um regime de salvação nacional. Mas a única coisa que ele parece estar preocupado em salvar é a sua pele e a dos seus comparsas, com tantos conchavos e acordos”, declarou. “As pessoas queriam a saída de Dilma porque vivíamos uma crise mundial e o Brasil sentiu os efeitos dela. Quando Dilma saiu, Temer prometeu o céu e a terra, disse que a economia se recuperaria de pronto e o que a gente viu foi exatamente o oposto. O mundo todo saiu da crise, mas o País parece afundar mais e mais. É um poço sem fim”, emendou.

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O senador também lembrou que o mercado anda pessimista com o governo peemedebista. Segundo ele, um levantamento realizado por instituições financeiras revela que a expectativa do mercado é de que o déficit primário em 2017 seja ainda maior do que a meta da gestão peemedebista. Enquanto o mercado prevê um rombo de R$ 148,3 bilhões, o déficit previsto pelo governo é de R$ 139 bilhões.

“Ninguém tem mais esperanças de melhora da economia com esse governo Temer. Essa política de arrocho que penaliza o trabalhador e amplia as desigualdades sociais no Brasil nunca fez bem ao nosso País. Como é que o Brasil vai se desenvolver se os gastos com saúde, educação e infraestrutura seguem congelados por Temer? Não vamos sair desse ciclo destrutivo se continuarmos nas mãos desse grupo político”, criticou Humberto. 

Líder da oposição no Senado, Humberto Costa (PT-PE) fez uma avaliação da crise na segurança pública em diversas unidades federativas do país, entre elas Pernambuco, e afirmou que o cenário revela “muito amadorismo” do governo do presidente Michel Temer (PMDB). 

"O presidente não eleito se esconde no Palácio do Planalto, o ministro da Justiça [Alexandre de Moraes] está licenciado em meio a tudo isso e o da Defesa, Raul Jungmann (PPS), é uma figura atrapalhada. Estamos diante de um governo patético e atabalhoado”, alfinetou o senador. 

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Na visão do petista, a situação também é tensa em Pernambuco, onde, segundo ele, os cidadãos encontram-se “amedrontados com o quadro mais crítico de violência dos últimos dez anos”. Ele pontuou que o Pacto pela Vida “está praticamente inativo e não é mais capaz de fazer face ao terror que vitima a população”.

“É um quadro de guerra civil. Agora, temos lá também um movimento dos policiais militares (PMs) que preocupa muito a nossa população. É um rastilho de pólvora que corre o país inteiro e deixa os governadores encurralados, dada a imensa inação do poder federal para auxiliar os Estados em um momento de crise como este”, afirmou, citando dados da ONU que apontam que a cada 134 pessoas que morrem vítimas de violência no mundo, uma foi em Pernambuco. 

O parlamentar salientou que Temer só se manifestou sobre os graves problemas no Espírito Santo “depois de pressionado” e quase duas semanas após o início da convulsão social nas ruas. Já hoje, ressalta Humberto, Temer “surpreendeu” ao não garantir a presença das Forças Armadas durante o Carnaval do Rio de Janeiro. O decreto publicado no Diário Oficial dessa terça-feira informou que os efetivos ficarão no Rio, que também vive uma crise de segurança pública, até a próxima quinta-feira. 

O líder da oposição afirmou ainda que é “extremamente necessário” agir, de forma imediata, para criar um dispositivo nacional de solução desse problema crônico. De acordo com ele, as prisões, as demissões de policiais e o envio das tropas da Força Nacional ou das Forças Armadas não são soluções permanentes ou pacificadoras, mas sim “paliativos e remendos” feitos por "esse governo incompetente que vão estourar a qualquer momento".

Líder da oposição no Senado, Humberto Costa (PT) disparou duras críticas contra a Reforma da Previdência proposta pelo governo do presidente Michel Temer (PMDB). Sob a ótica do petista, os efeitos das alterações nas regras previdenciárias deverão ser "desastrosos".

“As consequências serão as piores possíveis, caso essa reforma seja implementada da forma que foi apresentada no Congresso. Vamos ter uma grande evasão de novos contribuintes da Previdência. Teremos cada vez menos pessoas com acesso ao benefício e para os que conseguirem se aposentar a remuneração será bem menor”, alertou Humberto, citando projeções negativas sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287 feitas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

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Segundo informações apresentadas pelo Dieese, com a dificuldade de acesso e com os benefícios reduzidos, o novo governo coloca em risco a própria sobrevivência da Previdência Social e toda a estrutura de proteção social construída a partir da Constituição de 1988. “A fragilização da instituição se articula com o enfraquecimento das políticas públicas voltadas para a população e favorece o aumento da vulnerabilidade social, da pobreza e das desigualdades no país”, afirma nota divulgada Departamento.

Outro ponto, que segundo Humberto Costa é preocupante, é a opção que os trabalhadores jovens podem fazer por não contribuir com a Previdência. “Os que acabaram de entrar no mercado de trabalho ficarão completamente desestimulados com a Previdência pública e, já estão utilizando o jargão, 'se não vou usar, porque vou pagar?'”, assinalou.

Humberto ainda lembrou que para esses jovens receberem o teto precisarão contribuir, ininterruptamente, durante 49 anos: “Com isso, eles migrarão para as previdências privadas e correremos o risco de ter um completo desmonte da Previdência Social como instituição”.

Na contramão do discurso oposicionista, o vice-líder do colegiado na Câmara dos Deputados, Raul Jungmann (PPS), aprovou a indicação do ministro Nelson Barbosa para o comando da pasta da Fazenda. Para Jungmann, é mais benéfico para o país alguém que administre a questão financeira em consonância com a presidente Dilma Rousseff (PT) do que com paradigmas e defesas divergentes. Nelson Barbosa foi anunciado para substituir Joaquim Levy nessa sexta-feira (18). 

“Nelson Barbosa é a expressão, digamos assim, na área da Fazenda do que pensa a presidente. O cargo é uma espécie de primeiro ministro no Brasil. Prefiro alguém alinhado ao faz-de-conta de ter um ministro da Fazenda que não conta com o beneplácito, nem o apoio ou a afinidade da presidente”, argumentou o vice-líder, neste sábado (19), minutos antes de uma reunião de avaliação do PPS de Pernambuco, em Olinda, na Região Metropolitana do Recife.

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Apesar da colocação favorável, Raul Jungmann pontuou reprovar ações passadas de Barbosa e disse que será necessário deixá-lo agir para ampliar seus argumentos quanto à administração da pasta da Fazenda.  “Isso [aprovar a indicação] não quer dizer que eu concorde com o que ele fez no passado. Nelson Barbosa é culpado por boa parte do que aí está [a crise econômica]. Para o bem ou para o mal, precisamos deixá-lo mostrar o que vai fazer, se ele acertar, aplausos, se não, críticas”, observou.

Nelson Barbosa se apresenta como um nome conciliador e de maior agrado para os movimentos sociais e setores do Partido dos Trabalhadores. Ele ocupava o Ministério do Planejamento e substitui Levy após uma série de embates entre o ex-ministro e a presidente, diante dos cortes de gastos e do ajuste fiscal.  

Outra ótica da oposição

Assim que foi anunciado o novo nome, o líder da oposição na Câmara, Bruno Araújo (PSDB), chegou a dizer que era “no mínimo preocupante” a nomeação de Barbosa para a Fazenda. Para ele, com a mudança ministerial “a crise de confiança cresce”. 

“Trata-se de um dos principais responsáveis pelo duplo rebaixamento do Brasil pelas agências internacionais de risco - por ter desprezado, seguidamente, as metas de superávit. O risco é de aumento da turbulência financeira, e de aprofundamento da recessão”, disparou.

Corroborando, o deputado federal Mendonça Filho (DEM) pontuou que a mudança significava “a volta política econômica que quebrou o Brasil”. “É a política do Guido Mantega que levou o Brasil a situação caótica que se encontra, com inflação em dois dígitos, desemprego atingindo os 7,5%, na maior recessão desde 1901”, justificou.

Os vereadores do Recife que compõem a bancada de oposição ao governo de Geraldo Julio (PSB) ainda não definiram quem será o líder do grupo e, segundo o vereador Jurandir Liberal (PT), não estão com pressa em fazer a escolha. O petista afirmou, em conversa com o Portal LeiaJá, que os parlamentares pretendem primeiro organizar “o trabalho de fazer a oposição” para depois iniciar as definições. 

“Estamos fazendo as intervenções e mostrando o que tem de errado na cidade, pois a nossa intenção é que ele (Geraldo Julio) acerte”, disse. “Não houve ainda uma definição de quem vai falar em nome da oposição. Cada um vai falando por si. Estamos estruturando a bancada para dividir as tarefas no trabalho real de fiscalização”, acrescentou Liberal.

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O grupo agora é composto por 11 vereadores, entre eles dois do PSDB: Aline Mariano e André Régis. Questionado sobre como será o relacionamento entre petistas e tucanos na mesma bancada, Jurandir afirmou que vão saber dividir as atribuições e trabalhar com respeito. 

“A gente sempre respeitou a posição da oposição (quando o PT era governo). Agora eles ficaram resumidos a dois – com a saída de Priscila Krause e Raul Jungmann – e vamos nos integrar a eles”, garantiu. “Não somos um conjunto homogêneo. Vão ter temas que vamos votar com o governo, outros contra. Sempre foi assim”, completou. 

Além dos petistas, também compõem o grupo os vereadores do PTB e as vereadoras Isabella de Roldão (PDT) e Marília Arraes (PSB). 

Líder da oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), o deputado Silvio Costa Filho (PTB) concedeu entrevista exclusiva ao Portal LeiaJá e enumerou as expectativas da bancada para a próxima legislatura que inicia no dia 1° de fevereiro. Durante a conversa, o parlamentar afirmou que o colegiado oposicionista não dará trégua a gestão do governador Paulo Câmara (PSB) e citou a economia estadual como um dos principais assuntos de fiscalização legislativa. 

Observando que “não estamos indo para um novo governo, mas para o nono ano da gestão do PSB”, Costa Filho não poupou críticas às novas lideranças que vem surgindo na legenda socialista e avaliou os primeiros 15 dias do governo de Câmara. Além disso, fez cobranças ao prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), e questionou a legitimidade das propostas de governo da gestão estadual e municipal. 

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Preparando-se para iniciar o terceiro mandato na Casa, esta é a primeira vez que Silvio Costa Filho ocupa uma vaga opositora ao governo. Desde 2006, quando foi eleito pela primeira vez, até 2013 o petebista esteve alinhado ao PSB. Nos próximos quatro anos, segundo ele, a “oposição estará vigilante”. 

Confira a entrevista na íntegra:

LeiaJá (LJ): A partir do dia 1° de fevereiro o senhor assume a liderança da oposição na Alepe, como vocês pretendem atuar?

Silvio Costa Filho (SCF): Nós queremos fazer uma oposição dinâmica, para dialogar com a sociedade civil organizada e buscar a participação popular. Nós tivemos praticamente oito anos sem oposição no estado, pois a maioria dos partidos estava aliado ao governo. Hoje a gente percebe um ambiente novo na Assembleia Legislativa. Essa nova oposição terá o papel de cobrar melhoria na qualidade da gestão pública, o acompanhamento destas obras que estão praticamente paradas e inoperantes. A oposição está muito animada em poder cumprir seu papel de legislar. 

LJ: A oposição vai cobrar letra a letra do programa de governo apresentado na campanha?

SCF: Já estamos com a equipe técnica que está se debruçando sobre o programa de governo apresentado por Paulo Câmara na campanha e, a partir daí, vamos poder acompanhar permanentemente. Além de cobrar as propostas feitas pelo governador eleito, também queremos cobrar o passivo que ficou. Tenho dito que nós não estamos indo para um novo governo, mas para o nono ano da gestão do PSB. É mais do mesmo, seu secretariado representa quase 80% da gestão Eduardo/João Lyra e, por isso, ele (Paulo Câmara) também tem a responsabilidade de assumir o que ficou. A obra do presídio de Itaquitinga precisa ser finalizada, os corredores norte-sul e leste-oeste estão paralisados, o túnel da Madalena com mais de um ano e meio de atraso, o aumento da criminalidade em Pernambuco, a falta de remédios nos hospitais, à dificuldade do cidadão ter acesso a exames. A oposição estará vigilante a estas cobranças na Assembleia. 

LJ: O senhor citou que este é um governo de continuidade. Como será sua postura a partir de agora, já que participou de sete dos oito anos de gestão do PSB integrando a base governista na Alepe e o secretariado do ex-governador Eduardo Campos?

SCF: Primeiro devo deixar claro que nós não mudamos de caminho, quem fez isso foi o PSB. Sempre estivemos ao lado do ex-presidente Lula (PT) e da presidenta Dilma Rousseff (PT). Em 2006 o PTB, sob a liderança de Armando Monteiro, apoiou a eleição de Humberto Costa então candidato a governador. Já em 2010, apoiamos a reeleição do governador (Eduardo Campos) e Armando foi eleito senador, mas quando chegou em 2014 o PSB mudou de direção. Lançou candidato a presidente e votou em Aécio Neves, ou seja, houve uma transição do PSB para a oposição no Brasil e nós não, continuamos alinhados na mesma direção. Fizemos parte sim do governo do PSB, Eduardo Campos deu uma grande contribuição para o estado e contou com o apoio do Governo Federal. Quase 80% das obras feitas durante esse período foi em parceria com Lula e Dilma. Vou permanecer legislando com sempre fiz. 

LJ: Como o senhor avalia os primeiros dias do governo de Paulo Câmara?

SCF: Com esses quase 15 dias de gestão, é verdade que é muito pouco tempo de gestão, não vejo nada de novo. O governo pega um grande passivo e as ações que já foram feitas até agora são da gestão passada. Confesso eu não vi uma ordem de serviço de um novo hospital, tá aí o prefeito Geraldo Julio (PSB) fez isso. O primeiro ato praticamente, quando foi assumir a gestão do Recife, foi o Hospital da Mulher que deveria ter sido entregue em outubro do ano passado, mas até agora nada. E pelas informações que recebi este ano a obra ainda não será concluída. Então mesmo a época o prefeito apresentando um conjunto de ações, agora está tudo parado. Então eu pergunto, qual é a nova grande obra que foi apresentada aos pernambucanos? Estou preocupado com o que estamos vendo aí deste modelo de gestão do PSB, que tem de fato muito faz de conta.  

LJ: Então vocês não vão dar aquela trégua dos 100 dias?

SCF: Nós também não vamos bater muito, fazer a crítica pela crítica, oposição por oposição. Não é claramente o meu perfil, vamos tratar disso com muita serenidade, responsabilidade. Mas nós não iremos nos furtar de fazer um bom debate e um enfrentamento que queremos fazer. A partir de fevereiro vamos fazer um conjunto de debates e audiências públicas sobre diversos assuntos. Como é um governo de continuidade não tem sentido esta trégua de 100 dias. 

LJ: A economia estadual tem sido uma das teclas mais batidas pelo senhor desde que assumiu a liderança da oposição. Como avalia a gestão econômica de Pernambuco?

SCF: Com muita preocupação. Pernambuco cresceu além da sua capacidade de investimentos, hoje para se manter o custeio do estado vai ser preciso buscar empréstimos e recursos do Governo Federal ou de operações de crédito do BNDES e via BIRD. Nós já estamos profundamente preocupados com os números que nos chegam. Não é uma avaliação só pessoal ou de técnicos que tem lido e estudado sobre a economia de Pernambuco. A tendência é de que a marca do governo de Paulo Câmara seja o endividamento. Em 2010, Pernambuco era superavitário em R$ 220 milhões e terminou 2014 com um déficit primário em quase R$ 1 bilhão. Nós vamos convidar o secretário da Fazenda, Márcio Stefani, para prestar esclarecimentos na Alepe e nos mostrar um diagnóstico da saúde financeira do estado.  

LJ: Porque pedir a senha do E-Fisco?

SCF: O Portal da Transparência precisa ser melhor apurado, mais transparente mesmo. Com o E-Fisco nós conseguimos ter o acompanhamento diário dos restos a pagar, os empenhos que foram feitos, o que foi pago, o andamento das obras. Ou seja, através do E-Fisco você pode se debruçar sobre a execução fiscal. Através do Portal de Transparência, e isso não sou só eu que digo, há muita dificuldade em se obter as informações. Mais do que natural é legítimo que o deputado estadual possa ter a senha do E-Fisco, independente de governo ou oposição. É importante para o parlamento. 

LJ: Com a ausência do ex-governador Eduardo Campos (PSB), o senhor acredita que será fácil para Paulo Câmara gerir o estado? 

SCF: Tenho dito que Eduardo Campos fará muita falta ao PSB. O governador tinha trajetória, liderança e articulação política. E agora não, a gente percebe muita artificialidade nas lideranças que surgem no PSB. Tenho observado algumas ações e movimentos que eu tenho certeza, não seriam aprovadas por Eduardo em vida. Ele teria a capacidade de liderar. 

LJ: Por ter sido aliado do PSB vários anos, como vê o protagonismo de Paulo Câmara e Geraldo Julio na gestão estadual e municipal, respectivamente?

SCF: É natural que pelo papel que eles cumprem, tendo a caneta de governador e prefeito, tenham a força do mandato. Agora liderança você não aprende dentro de um escritório, laboratório de gestão pública ou dentro de um partido apenas. Liderança política você acumula disputando mandatos e conversando com as pessoas, passando bons e maus momentos. Pernambuco sempre teve grandes quadros, sobretudo, porque acumularam trajetórias. Tivemos Marcos Freire, Roberto Magalhães, Marco Maciel, o próprio ex-governador Jarbas Vasconcelos, Miguel Arraes e Eduardo Campos, todos eles foram forjados na militância política e na vida pública. Isso ajuda você a ter mais sensibilidade social, conhecer mais Pernambuco e ter mais compreensão do papel que se cumpre. Digo o que o próprio irmão do Eduardo, Antônio Campos, disse esses dias: “são lideranças em construção”. 

LJ: A oposição é composta por partidos de essências e defesas diferenciadas. De que forma pretende liderar o grupo para obter um bom trabalho?

SCF: A oposição está muito unida na Assembleia Legislativa. É composta por gente do PT, PTB, PSOL, PSL. Estamos com um foco. Naturalmente vamos ter divergências ao longo do caminho, mas quero tentar ser  o arquiteto da construção do entendimento, esse é o nosso papel na bancada, poder dialogar sempre e exercitar o máximo do entretenimento das matérias que nós conseguirmos estar unidos. Já estamos certos de fazer audiências públicas, visitas a obras inacabadas, envolver os sindicatos, fazer um trabalho com os servidores públicos do estado e discutir a previdência do estado. 

LJ: O que vai fazer para conquistar alguns deputados que fazem integram partidos da base governista, mas não são do governo?

SCF: Não tenho dúvida que Priscila (Krause), por exemplo, vai se integrar a bancada de oposição. Ela já é oposição e vai se integrar com o decorrer do processo. Ela se elegeu combatendo o projeto do PSB de Geraldo Julio, não compreendo como ela é oposição no Recife e governo no estado, perante o mesmo partido. Será muito bem-vinda. Nosso sentimento é que outros parlamentares, ao longo deste ano, possam se integrar a bancada de oposição. É uma questão de tempo, vamos aguardar a cena dos próximos capítulos. 

LJ: Como o senhor avalia o cenário nacional do PTB, que tem questionado a indicação do senador Armando Monteiro Neto (PTB) para o Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio?

SCF: É inegável que o ministro foi convidado pela cota pessoal da presidenta Dilma. Naturalmente ele pode ter, e vai ter, um papel estratégico para o país neste momento. Entretanto o PTB nacional votou em Aécio Neves, quem votou em Dilma foram alguns deputados federais. Mas não tenho dúvida que o PTB vai ter espaço no 2° escalão. Armando é um nome de consenso do partido e não deixa de prestigiar o PTB nacional. 

A polícia da Rússia prendeu o líder da oposição e um dos principais críticos do presidente Vladimir Putin, Alexei Navalny, nesta terça-feira, após ele andar em direção a um protesto de apoiadores no centro de Moscou, segundo a agência de notícias Interfax.

Navalny havia sido condenado nesta terça-feira por fraude e lavagem de dinheiro, mas recebeu apenas uma suspensão como sentença suspensa de três anos e meio. Isso significa que Navalny poderia ser preso a qualquer momento, caso novos crimes fossem cometidos, embora tal decisão devesse ser tomada por um tribunal. No entanto, a polícia alega que a aparição do líder na manifestação viola os termos da sua prisão domiciliar.

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Organizado às pressas, o protesto não tinha o aval das autoridades e levou centenas de pessoas às ruas da capital russa, apesar do grande número de policiais nos arredores do tribunal onde Navalny recebeu sua sentença. Fonte: Dow Jones Newswires.

Vitali Klitschko, o boxeador ucraniano que se tornou líder da oposição no país, anunciou neste sábado que decidiu não concorrer à Presidência da Ucrânia nas eleições que estão marcadas para maio, ao contrário do que havia afirmado no fim de fevereiro. Ele informou que apoiará a candidatura do empresário Petro Poroshenko.

"Temos que indicar um único candidato representando as forças democráticas", disse Klitschko no congresso do seu partido, UDAR (Aliança Democrática Ucraniana pela Reforma), se referindo às lideranças dos protestos que derrubaram Viktor Yanukovich. "Este tem de ser um candidato que conta com maior apoio do público. Hoje, este candidato, na minha opinião, é Petro Poroshenko." Fonte: Dow Jones Newswires.

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O líder da oposição na Venezuela, Henrique Capriles, derrotado nas eleições de 14 de abril, anunciou a contestação oficial. Depois de ter perdido para o Chavista, Nicolas maduro, por uma margem de votos muito pequena, o opositor não mediu esforços para provar que o pleito foi fraudado. Como as acusações não foram suficientes para que o Conselho Nacional Eleitoral fizesse uma auditoria total e transparente das urnas, Capriles usou o direito de impugnar a votação.

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O recurso apresentado no Supremo Tribunal de Justiça, em Caracas, pede a nulidade total do processo e a realização de novas eleições. ”Maduro, te desafio aqui e agora. Vamos repetir as eleições já que você fica tampando para que não entrem no armário. Vamos repetir as eleições com transparência, te a seguro que o dia não vai nem ter chegado e você já vai estar de malas prontas”, disse Capriles. 

A oposição que desconfia da independência do Sistema Judiciário e pretende recorrer à Instância Internacional, se necessário, considera que durante as eleições de abril houve cerca de 3 mil incidentes que afetaram o resultado final.

A vereadora e líder da oposição da Câmara Municipal do Recife, Aline Mariano (PSDB), divulgou nessa semana, em redes sociais, que está grávida de seu segundo filho com o jornalista Magno Martins. A tucana, que prometeu fiscalizar o governo executivo à frente da oposição na Casa José Mariano, terá que dividir o tempo com a política e os cuidados com a gestação.

Assim que foi divulgado em 2012 que seria a líder da oposição na Câmara Municipal, Aline Mariano falou em entrevista ao portal LeiaJá que as decisões seriam tomadas sempre em diálogo com os outros membros. Pode ser que assim seja mais fácil a tucana conciliar o momento pessoal com os trabalhos legislativos durante o período da gravidez.

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“O bom líder escuta, é parceiro, tem uma pauta de linhas de atuações. Tudo que eu fizer na frente da liderança deverá ser combinado com os outros três membros. A cada semana faremos uma reunião e acho que temos que continuar promovendo audiências públicas”, prometeu a vereadora na época.

Durante a conversa, Aline também relembrou a dificuldade de administrar a vida pública e familiar. “Para nós a jornada é tripla, cuidamos da família, do filho, da profissão e ainda somos cobradas em muitas coisas quanto mulher, não é fácil. Quando acabou a eleição meu filho disse:  Mãe, graças a Deus acabou a competição! E me perguntou se iria trabalhar menos ou mais agora. Não tem jeito, acabamos trabalhando o mesmo”, declarou a tucana, que relembrou o quanto era difícil deixar o filho e ter que ir trabalhar.

Animada com o novo herdeiro que estar por vir, Aline Mariano anunciou no facebook pessoal à notícia: “Amigos, vou ser mamãe novamente”. A frase já recebeu mais de 150 comentários, e parabéns de amigos, parentes e familiares.

A bancada da oposição na Câmara dos Vereadores do Recife vive um momento à espera das decisões que serão tomadas pelo prefeito eleito Geraldo Julio. A escolha de nomes alternativos para concorrer à mesa diretora da casa vai depender da indicação dos secretariados e a equipe da prefeitura montada pelo PSB.

A líder da oposição Aline Mariano (PSDB), ao conversar com a reportagem do LeiaJá, comentou que quatro reuniões foram marcadas com a presença de 18 vereadores, mas no último encontro aconteceu um esvaziamento e poucos parlamentares participaram da discussão. “Começamos a discutir critérios para a escolha do presidente e os três primeiros secretários. No momento o grupo não tem nenhum veto a qualquer nome, mas é preciso discutir critérios e quem for assumir os cargos ficará na incumbência de fortalecer a imagem da casa”, comentou Aline.

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De acordo com a vereadora, o novo presidente terá que assumir postura reformadora na administração da casa discutindo procedimentos e fortalecendo as comissões parlamentares. “A nova mesa diretora terá que aumentar o diálogo com as comissões parlamentares estimulando reuniões entre as bancadas”, defendeu.

A eleição interna da Câmara do Recife deverá acontecer após o prefeito Geraldo Julio assumir o executivo municipal. Alguns vereadores reeleitos, como André Ferreira (PMDB) e Marília Arraes (PSB), estão sendo citados como forte concorrentes à presidência da Casa, mas outros nomes podem entrar no páreo.

Mãe, esposa, mulher e vereadora por três mandatos - considerando o último que foi eleita no último dia 7 de outubro. Este é um breve perfil de Aline Mariano (PSDB), vereadora escolhida pela oposição como líder do governo no próximo ano. Aos 36 anos, ela demonstra segurança para assumir o cargo de opositora, apesar de estar ciente que enfrentará algumas dificuldades, como, por exemplo, a disparidade da quantidade de oponentes e governo na Câmara Municipal do Recife.

LeiaJá – Como foi a decisão de escolha para a liderança da oposição?

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Aline Mariano - Foram muitas conversas e, dessas conversas, os membros da oposição perceberam que já vínhamos desenvolvendo um pouco esse trabalho, como líder do PSDB na Casa. Eu fui uma das principais atuantes da oposição contra o prefeito João da Costa (PT). Éramos na oposição oito, mas desses, quem exercia mais esse papel de cobranças, era eu e a líder da oposição hoje, Priscila Krause (DEM). Fazíamos muito essa parceria com um estilo muito parecido que é de cobrar, fiscalizar e monitorar, que é o papel de qualquer vereador.

LeiaJá - E como será sua atitude como líder da oposição?

Aline Mariano – Farei isso com um pouco mais de veemência, porque temos um estilo parecido (Aline e Priscila). Não que os outros membros da oposição não têm, mas contribuíam dentro de outro perfil, nas comissões, nas matérias que necessitam ser votadas. Porém, essa questão de tribuna é preciso ser feito pelo um líder.

LeiaJá – Quais foram suas principais atuações durante este mandato?

Aline Mariano - Trouxe muitos secretários à Casa que precisavam se explicar. Promovi quase 50 audiências públicas, entre essas, 24 sozinhas. E sempre trouxe secretários e a comunidade para que pudesse acompanhar e cobrar

LeiaJá – Como será o comportamento da oposição durante o mandato de quatro anos?

Aline Mariano - Tivemos o cuidado de colocar dentro do regimento o rodízio das lideranças, que eu acho muito importante. É preciso não só mudar a mesa, mas mudar também a liderança. No Congresso Nacional existe um rodízio quase que anual para os vereadores que tem uma experiência maior com a tribuna e dessa forma, dar espaço para que todos possam trabalhar e desenvolver o seu trabalho que sempre é diferente. É igual no aspecto de fazer as coisas combinadas com a bancada, mas sugerimos que houvesse um rodízio a cada biênio de maneira que os quatro possam ocupar a liderança, isso é muito importante na vida de um vereador.

LeiaJá – O que define um líder da oposição?

Aline Mariano - O bom líder escuta, é parceiro, tem uma pauta de linhas de atuações, de forma que tudo que eu fizer na frente da liderança, deverá ser combinado com os outros três membros.  A cada semana faremos uma reunião e acho que temos que continuar promovendo audiências públicas.

Inclusive, estou fazendo um relatório e vou apresentar dentro da comissão do ‘Pacto Pela Governabilidade’ (formado por sete vereadores) porque quando o governo tem mudanças, termina sem alcançar as metas pré-estabelecidas, então, fica para a próxima gestão.

LeiaJá – Qual a importância da oposição na Câmara de Vereadores?

Aline Mariano - Eu entendo que não existe democracia sem oposição. A oposição seja mais contundente, mais rigorosa, mas serena ou mais propositiva, mas tem que existir. Nesta Casa, a oposição representará mais de 30% do eleitorado que acreditava em um a outra forma.

LeiaJá - Como a oposição se comportará diante de um novo governo?

Aline Mariano - Não fazemos oposição a uma pessoa, fazemos a gestão. Eu espero que Geraldo possa trazer grandes resultados a essa cidade. Pedi inclusive, durante a reunião da oposição, que tivéssemos paciência com o início do governo e com Geraldo, porque sabemos que ele terá muitas dificuldades. O governo atual anunciava quase 5 bilhões de investimentos e isso caiu por terra. O que vemos são muitas obras não concluídas e um caixa não ’recheado’.

LeiaJá – Quais as principais cobranças do governo em 2013?

Aline Mariano - Existe um plano de governo e é desse plano que teremos como ponto de partida para cobrarmos. Não divergimos do plano ideológico ou socialista, temos parceria no País interior e acreditamos que possa dar certo, mas, fazemos questão de assumir esse papel de liderança para que haja um equilíbrio do poder e de forças. Vamos colaborar, fazer uma oposição propositiva, mas não vamos omitir o nosso papel de fiscalizar quando for preciso e que essa plano de governo seja realizado no tempo prometido.

LeiaJá - Quais as dificuldades que enfrentará?

Aline Mariano - A principal dificuldade é que vamos ter um número de membros infinitamente menor, com 14 partidos na frente, teremos um trabalho dobrado com apenas quatro vereadores da oposição.

A bancada governista é muito grande e eles não terão dificuldades nenhuma para aprovar as matérias. A oposição é essencial para mostrar o contraditório e levantar as bandeiras que todos nós desejamos. E nessas horas as disputas não existem, porque os desejos são iguais.

LeiaJá – Como é sua relação com o atual prefeito e como será com Geraldo?

Aline Mariano - João da Costa nunca me ligou durante esses quatro anos. Geraldo Julio me ligou e acredito que deve ter ligado para outros vereadores também. Isso é um gesto de muita cortesia. Então, às vezes o grande pecado do parlamento é a subserviência, é de você saber que você é a grande maioria e aprova o que quer e não discute. Às vezes, não temos a intenção de derrotar, mas temos a intenção de discutir a matéria e é bom quando o governo aprova as coisas que são discutidas antes. Essa relação de respeito tem que existir tanto do executivo ao legislativo, quanto vice-versa.

LeiaJá – Durante esses 12 anos que o PT esteve à frente da prefeitura, no seu ponto de vista ficaram muitas pendências na cidade?

Aline Mariano - Vejo a urgência de resolver pautas de 30 anos e não só de 12. Mas, em uma década daria para resolver muitas coisas. Vimos que o Recife perdeu espaço para muitas capitais do Nordeste. Não digo que o PT errou em tudo, mas essa margem que colocou Geraldo em primeiro e Daniel Coelho em segundo, tira o PT da disputa e demonstra que as pessoas disseram não a esse governo petista. A população quer de fato a mudança, e é nesse sentido que trabalharemos de forma incansável para o Recife melhorar.

LeiaJá – Como encarar a vida de mãe, esposa e vereadora?

Aline Mariano - É muito difícil! Eu descobri que estava grávida na minha eleição passada, e ai eu disse como é? Vou desistir? - disse não. Não tinha como voltar atrás. Senti um pouco mais quando tinha que deixar meu filho recém-nascido de manhã na casa da avó, logo depois de amamentar, mas os filhos vão se adaptando ao ritmo de vida que temos.

Para nós a jornada é tripla, cuidamos da família, do filho, da profissão e ainda somos cobrada em muitas coisas quanto mulher, não é fácil. Mas também não é fácil para a empregada lá de casa que deixa seus filhos com outras pessoas e vai cuidar de outras famílias. Quando acabou a eleição meu filho disse:  Mãe, graças a Deus acabou a competição! E me perguntou se iria trabalhar menos ou mais agora. Não tem jeito, acabamos trabalhando o mesmo. O ritmo diminui, mas o trabalho continua.

LeiaJá – Ser esposa do jornalista que trabalha diariamente com política, Magno Martins, não atrapalha sua atuação como vereadora?

Aline Mariano - A gente procura não misturar as coisas. No início de nossa relação os políticos cobravam muito das pancadas que ele dava independente de ser amigo ou não, e viam reclamar comigo: “Mas Aline, ele pegou pesado. E eu dizia: Fale com Magno”. Eu costumo separar as coisas e é por isso que tem dado certo. Aqui no meu gabinete ele só veio uma única vez, que foi na minha posse.

A vereadora Aline Mariano (PSDB) foi oficialmente confirmada como líder da oposição na legislatura que começa em fevereiro de 2013 na Câmara do Recife. Escolhida como líder pelo grupo oposicionista que será formado pelos vereadores André Régis (PSDB), Priscila Krause (DEM) e Raul Jungmann (PPS), Aline terá como missão monitorar, fiscalizar e cobrar a efetivação de promessas de campanha do prefeito eleito Geraldo Julio (PSB).

“Estarei fiscalizando e se for o caso cobrando tudo que foi prometido pelo prefeito eleito do Recife. Para mim, a responsabilidade é ainda maior porque é um governo de mudança numa fase de transição. Todos sabem que o Recife não vai bem e a saúde financeira da cidade não é o que se espera”, explicou a vereadora tucana.

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Por conta do grande volume de obras atrasadas iniciadas na gestão petista e que serão herdadas pelo novo chefe do executivo municipal, Aline afirmou que os oposicionistas devem dar um tempo para adaptação do novo prefeito no cargo.

“Sabemos que o prefeito eleito não terá vida fácil até conhecer a realidade da máquina municipal. Temos obras atrasadas por toda parte e maioria delas vão ficar sob-responsabilidade da nova gestão. Por isso daremos um tempo para que o prefeito possa se adequar e conhecer os problemas da cidade. Uma marca da minha atuação como líder será o diálogo com os demais membros do grupo, compartilhando a liderança e ouvindo os colegas para tomar decisões”, completou Aline.

Nos próximos dias, a vereadora Aline Mariano deve apresentar o relatório do Pacto Pela Governabilidade que faz um diagnóstico da atual administração.  

 

Com informações da assessoria

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