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Nesta quarta-feira (11), o Sindicato dos Trabalhadores dos Correios em Pernambuco (Sintec-PE) realiza uma rodada de assembleias com os profissionais para discutir a deflagração da greve da categoria. Os encontros ocorrem no Recife e em outras duas cidades do Interior.

Os profissionais criticam a ameaça aos postos dos Correios diante do iminente processo de privatização da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT). O Projeto de Lei (PL) 591/21 do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre a exploração do setor privado foi aprovado na Câmara dos Deputados com 286 votos a favor, 173 contra e duas abstenções.

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Em Pernambuco, os debates ocorrem de forma descentralizada na Região Metropolitana do Recife e nas subsedes do Agreste e do Sertão. Todos estão agendados a partir das 18h30.

Confira os locais da assembleia dos Correios:

- Quadra do Sindicato dos Rodoviários, na Rua Araripina, Santo Amaro, 111, Recife;

- Subsede do Agreste, na Rua Alberto Guilherme Sobrinho, 22, Nossa Senhora das Dores, em Caruaru;

- Subsede do Sertão, na Rua João Alfredo, 2017, Centro, em Petrolina.

Funcionários dos correios em Milão interceptaram um envelope endereçado ao papa contendo três balas, informou a polícia paramilitar italiana nesta segunda-feira, 9.

O envelope suspeito foi interceptado durante a noite em uma instalação de triagem de correspondência em um subúrbio de Milão, de acordo com o comando provincial dos carabinieri na cidade. A carta veio da França.

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O envelope, escrito à mão, estava endereçado para "O Papa, Cidade do Vaticano, Praça de São Pedro, Roma" e continha três balas, presumivelmente de uma pistola, e uma mensagem referindo-se a operações financeiras no Vaticano.

Uma investigação está em andamento. O Vaticano não comentou o caso até o momento. (FONTE: ASSOCIATED PRESS)

A maioria da bancada pernambucana presente na sessão da Câmara sobre a privatização da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) votou contra a proposta. Apesar da frente contrária ao Projeto de Lei (PL) 591/21, ele foi aprovado nessa quinta-feira (5).

Com 286 votos a favor, 173 contra e duas abstenções, a medida proposta pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) passou pelo crivo da Câmara e vai seguir para votação no Senado.

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Votos pernambucanos

Dos 25 deputados pernambucanos, 12 se opuseram a abertura do processo de venda Correios e 10 votaram a favor da intenção do Governo sobre o controle do serviço de envio postal. Três parlamentares não participaram da sessão.

Em um acordo com a base nacional, as bancadas do PT, PSOL, PCdoB e Rede fecharam posição contra a atuação do setor privado na empresa.

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Veja a posição de cada deputado federal de Pernambuco sobre a privatização dos Correios:

A favor da privatização (10)

André Ferreira  (PSC)

Augusto Coutinho (Solidariedade)

Daniel Coelho (Cidadania)

Eduardo da Fonte (PP)

Fernando Coelho (DEM)

Fernando Monteiro (PP)

Ossesio Silva (Republicanos)

Pastor Eurico (Patriota)

Raul Henry (MDB)

Sebastião Oliveira (Avante)

 

Contra a privatização (12)

André de Paula (PSD)

Carlos Veras (PT)

Danilo Cabral (PSB)

Fernando Rodolfo (PL)

Gonzaga Patriota (PSB)

Marília Arraes (PT)

Milton Coelho (PSB)

Renildo Calheiros (PCdoB)

Ricardo Teobaldo (Podemos)

Tadeu Alencar (PSB)

Túlio Gadêlha  (PDT)

Wolney Queiroz (PDT)

 

Ausentes (3)

Felipe Carreras (PSB)

Luciano Bivar (PSL)

Silvio Costa Filho (Republicanos)

A posição da deputada Tabata Amaral (PDT-SP), que votou a favor do Projeto de Lei (PL) 591/21 do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) parar iniciar o processo de privatização da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), virou polêmica nas redes sociais. Nessa quinta-feira (5), ela publicou um vídeo para explicar sua posição.

Com 286 votos a favor, 173 contra e duas abstenções, o PL sobre a venda dos Correios passou na Câmara e vai seguir ao plenário do Senado antes de ser sancionada. As bancadas do PT, PSOL, PCdoB e Rede foram contra a proposta relacionada a atuação do setor privado na distribuição de cartas, telegramas, cartões postais e emissão de selos.

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Ataques virtuais à parlamentar

Nas redes sociais, Tabata voltou a ser chamada de 'oportunista' e 'traidora' por apoiar a desestatização da empresa, defendida pelo Governo. "Será que foi em Harvard que a Tabata Amaral aprendeu a odiar pobre?"; "Mente que nem sente! Vergonha de uma politiqueirazinha como você! Vejo meu dinheiro indo pro ralo ao pagar seu salário e inúmeros benefícios! Traidora do povo! Fecha essa matraca podre!", comentaram alguns internautas.

Após repercutir negativamente, a parlamentar destacou que "nem toda concessão é ruim, e nem toda privatização é boa", mas que, "no caso dos Correios, esse serviço deixou de ser essencial a nossa Segurança Nacional e que, portanto, a iniciativa privada pode contribuir melhorando a qualidade do serviço e trazendo novos investimentos".

Demissão dos profissionais

Sobre a demissão em massa de profissionais dos Correios, ela apontou que o texto-base indica que "nenhum funcionário dos Correios poderá ser demitido no primeiro um ano e meio. Além de limitar o fechamento de agência em regiões remotas" e lembrou que o advento tecnológico vai fazer com que o envio postal seja menos presente.

Acompanhe

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A parlamentar ainda citou duas emendas que apresentou para o relatório final da proposta. Uma possibilita que os atuais funcionários dos Correios possam ser sócios das empresas que vão administrar os envios, com recebimento de 2% das ações, e a outra sugere o fim das isenções tributárias ao serviço para identificar o aumento na arrecadação Federal.

A Prefeitura do Recife anunciou que, a partir das 19h desta quinta-feira (22), os jovens de 29 anos que trabalham na indústria, no serviço bancário e no serviço dos Correios já poderão agendar a vacina contra a Covid-19.

O cadastro e o agendamento devem ser feitos através do site ou aplicativo Conecta Recife. Os trabalhadores devem anexar uma cópia de um documento oficial de identidade e a declaração da empresa onde atua, assinada pelo responsável.

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O modelo do documento estará disponível no Conecta Recife. A documentação utilizada para o agendamento deve ser levada no dia da vacinação. A Prefeitura do Recife disponibiliza 26 locais, que funcionam de domingo a domingo, das 7h30 às 18h30.

Um recifense de 29 anos foi preso em Milão, na Itália, na segunda-feira (12). Ele estava foragido da Justiça brasileira pelo crime de roubo. A prisão foi resultado da cooperação entre a Polícia Federal (PF), por meio de sua representação da Interpol, e a polícia italiana.

Segundo a PF, o suspeito morava em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife (RMR), antes de sair do país em outubro de 2019 com destino a Milão. Ele teve a prisão preventiva decretada em abril de 2020 no decorrer do processo criminal em que foi denunciado por roubo majorado, por praticar o crime com duas ou mais pessoas e manter a vítima refém. 

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O recifense é investigado por vários crimes. Ele teria participado de um assalto com reféns a uma agência dos Correios de Moreno, na Região Metropolitana do Recife (RMR), em dezembro de 2016.

O próximo passo será o julgamento pela corte italiana do pedido de extradição para o Brasil. Caso a extradição seja confirmada, policiais federais vão se deslocar à Itália para realizar a escolta do pre

Os Correios tiveram um lucro líquido de R$ 1,53 bilhão em 2020, o melhor resultado em pelo menos uma década. Os dados, ainda não divulgados oficialmente pela empresa, foram enviados pelo presidente da estatal, Floriano Peixoto Vieira Neto, ao Ministério da Economia.

No documento, obtido pelo Estadão/Broadcast, ele ressalta que o desempenho "garante à empresa uma imagem institucional sólida" e a deixa "em condições bastante favoráveis no contexto dos estudos de desestatização que estão sendo conduzidos a seu respeito".

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O presidente Jair Bolsonaro entregou em mãos o projeto de privatização dos Correios ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) em 24 de fevereiro. No dia 20 de abril, os deputados aprovaram requerimento de urgência para a proposta, o que permite que ela seja pautada a qualquer tempo na Casa.

O texto não define qual será o modelo de privatização, mas abre caminho para a venda dos Correios ao liberar à iniciativa privada a operação de serviços que hoje são de monopólio da União.

Desde 2010, os Correios tiveram lucro acima de R$ 1 bilhão apenas em 2012 (R$ 1,113 bilhão). Entre 2013 e 2016, a estatal acumulou um prejuízo de R$ 3,943 bilhões, fruto de problemas de gestão e provisões para fazer frente aos rombos nos planos de previdência (o Postalis) e de saúde (o Postal Saúde) dos funcionários. Ambos já foram alvo de denúncias de corrupção. O Postalis acumula quatro operações da Polícia Federal: Positus, Greenfield, Pausare e Rizoma, que investigaram fraudes na gestão dos recursos.

A partir de 2017, a empresa começou a reverter os prejuízos, mas o desempenho melhor em 2020 veio na esteira da expansão do comércio eletrônico - modalidade que teve aumento de demanda com a pandemia de covid-19 e o maior número de pessoas em trabalho remoto. Segundo o ofício enviado ao Ministério da Economia, a receita com encomendas manteve o patamar de crescimento, com alta de 9% em relação a 2019. As receitas internacionais, por sua vez, ultrapassaram R$ 1,2 bilhão, um valor nunca registrado até então, de acordo com a estatal.

Com o resultado positivo, o patrimônio líquido da companhia cresceu 84% em relação a 2019, somando R$ 950 milhões

Comissão especial

Na tentativa de evitar que o projeto fique parado nas comissões permanentes, onde a oposição tem mais força, o presidente da Câmara determinou a criação de uma comissão especial para apreciar a matéria. A comissão não foi formalmente instalada, mas o ato permite maior controle sobre a discussão ao relator, Gil Cutrim (Republicanos-MA). Do contrário, a proposta seria discutida em cada uma das comissões temáticas e teria diversos relatores diferentes. Em muitas delas, o governo já vinha perdendo terreno na discussão sobre os Correios.

Cutrim afirmou que o projeto ainda está em fase de debates e que não há um prazo para trazer o projeto à votação. "É uma matéria que precisa ser amplamente discutida", afirmou.

Já o secretário de Comunicação da Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios (Fentect), Emerson Marinho, afirma que o resultado mostra a "alta capacidade" da estatal de manter o serviço à população mesmo em um ano de pandemia. Em relação à privatização, ele vê o desempenho como prova de que não há "argumento sólido" para vender a companhia. "Nenhum empresário vende nada que dê lucro, pelo contrário, investe mais para dar mais lucro."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (20), por 280 votos a 165, o regime de urgência para o Projeto de Lei 591/21, que autoriza a exploração dos serviços postais pela iniciativa privada, inclusive os prestados hoje em regime de monopólio pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), estatal 100% pública.

Pela proposta, de autoria do Poder Executivo, a União manterá para si os serviços mais básicos, como encomendas simples, cartas e telegramas (o chamado “serviço postal universal”).

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A proposta é considerada, por muitos parlamentares, a privatização dos Correios, embora não trate sobre a venda da estatal. O projeto é alvo de forte oposição de partidos contrários ao governo Bolsonaro e também teve voto contrário do MDB.

Vários partidos optaram por liberar o voto dos deputados diante da controvérsia. O deputado Edio Lopes (PL-RR), por exemplo, afirmou que o PL foi favorável à urgência mas não tem acordo sobre o tema do projeto.

Relator da proposta, o deputado Gil Cutrim (Republicanos-MA) disse que vai conversar com todos os atores envolvidos e estabelecer amplo diálogo para construir um texto novo. Ele disse que é preciso modernizar a administração pública no contexto de aumento de gastos públicos.

“A dívida pública do País cresceu em larga escala durante a pandemia, por isso racionalizar os gastos públicos e modernizar a administração pública devem ser prioridade”, afirmou Cutrim. Ele disse que é preciso criar “instituições fortes sem interferências políticas”.

Falando em nome do governo, o deputado Capitão Alberto Neto (Republicanos-AM) destacou que foi eleito um governo com agenda liberal, o que inclui privatizações. “O governo tem uma pauta liberal, e os setores têm de ser privatizados e regulados pelo governo”, disse. Neto destacou ainda que os Correios só registraram lucro em 2020 “porque acabou a roubalheira”.

O lucro de R$ 1,5 bilhão registrado em 2020 foi um dos argumentos contra a privatização da estatal. O deputado Henrique Fontana (PT-RS) disse que a proposta vai na contramão do crescimento do País. “Em vez de o País ganhar dinheiro, modernizar as atividades dos Correios, em vez de nos espelharmos em mais de 80% dos países que têm serviços nacionais de correio, aqui a prioridade é vender o patrimônio público na bacia das almas”, criticou.

O líder da Minoria, deputado Marcelo Freixo (Psol-RJ), destacou que a importância dos Correios aumentou sobremaneira na pandemia. “O que a gente vê é a tentativa de retirar uma empresa pública da concorrência no mercado. Querem acabar com uma empresa eficiente e com equilíbrio”, acusou.

*Da Agência Câmara de Notícias

 

O projeto que quebra o monopólio da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) gerou polêmica entre os parlamentares. Os deputados aprovaram nesta terça-feira a urgência do Projeto de Lei 591/21, que autoriza a exploração de serviços postais pela iniciativa privada. A proposta é considerada, por muitos parlamentares, a privatização dos Correios, embora não trate sobre a venda da estatal.

O texto determina que a União mantenha para si uma parte dos serviços, chamada na proposta de “serviço postal universal”, que inclui encomendas simples, cartas e telegramas. O motivo, segundo o governo, é que a Constituição obriga a União a ter serviço postal e correio aéreo nacional. Outros serviços poderão ser explorados pela iniciativa privada.

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A proposta é alvo de forte oposição de partidos contrários ao governo Bolsonaro e também teve voto contrário do MDB. Vários partidos optaram por liberar o voto dos deputados diante a controvérsia. O deputado Édio Lopes (PL-RR), por exemplo, afirmou que o PL foi favorável à urgência mas não tem acordo sobre o tema do projeto.

Relator da proposta, o deputado Gil Cutrim (Republicanos-MA) disse que vai conversar com todos os atores envolvidos e estabelecer amplo diálogo para construir um texto novo. Ele disse que é preciso modernizar a administração pública no contexto de aumento de gastos públicos.

“A dívida pública do País cresceu em larga escala durante a pandemia, por isso racionalizar os gastos públicos e modernizar a administração pública devem ser prioridade”, afirmou Cutrim. Ele disse que é preciso criar “instituições fortes sem interferências políticas”.

Falando em nome do governo, o deputado Capitão Alberto Neto (Republicanos-AM) destacou que foi eleito um governo com agenda liberal, o que inclui privatizações. “O governo tem uma pauta liberal, e os setores tem de ser privatizados e regulados pelo governo”, disse. Neto destacou ainda que os Correios só registraram lucro em 2020 “porque acabou a roubalheira”.

O lucro de R$ 1,5 bilhão registrado em 2020 foi um dos argumentos contra a privatização da estatal. O deputado Henrique Fontana (PT-RS) disse que a proposta vai na contramão do crescimento do País. “Em vez de o País ganhar dinheiro, modernizar as atividades dos Correios, em vez de nos espelharmos em mais de 80% dos países que têm serviços nacionais de correio, aqui a prioridade é vender o patrimônio público na bacia das almas”, criticou.

O líder da Minoria, deputado Marcelo Freixo (Psol-RJ), destacou que a importância dos Correios aumentou sobremaneira na pandemia. “O que a gente vê é a tentativa de retirar uma empresa pública da concorrência no mercado. Querem acabar com uma empresa eficiente e com equilíbrio”, acusou.

*Da Agência Câmara de Notícias

 

Nesta semana, o Governo Federal publicou decreto no Diário Oficial da União, que inclui a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), no Programa Nacional de Desestatização (PND). Segundo comunicado oficial da Secretaria-Geral da Presidência da República, a empresa não tem conquistado resultados positivos necessários para se desenvolver financeiramente.

ação está prevista desde dezembro de 2020, quando o governo anunciou o programa de privatizações para 2021, que tem como foco as estatais Eletrobras, Agência Brasileira Gestora de Fundos Garantidores e Garantias (ABGF), Empresa Gestora de Ativos (Emgea), CeasaMinas, Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre (Trensurb), Companhia Brasileira de Trens Urbanos-MG, Correios, Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa) e o Nuclebrás Equipamentos Pesados (Nuclep).

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De acordo com dados do Ministério da Economia, os Correios acumularam prejuízos de cercade R$ 3,9 bilhões entre 2013 e 2016. Em 2017, a estatal lucrou em torno de R$ 667 milhões, valor que não foi possível reverter o cenário negativo. Assim, a empresa passou a receber aportes de outras instituições para continuar em operação. Durante a pandemia, em 2020, os Correios registraram crescimento de 12%, número discreto se comparado a queda de 28% do ano anterior.

Segundo a legislação da Constituição Federal, o território brasileiro deve possuir uma organização responsável por serviço de postagem e correio aéreo nacional. Assim, mesmo com a mudança da estatal para o setor privado, de acordo com o governo, entregas referentes às vacinas não serão prejudicadas. Além das entregas tradicionais, como telegramas e cartas, que continuam como serviços públicos.

Um grupo suspeito de diversos roubos contra funcionários dos Correios em 2020, em Colombo, no Paraná é o alvo da terceira fase da Operação Mascarados, da Polícia Federal. Os crimes ocorreram no final do ano, período com grande volume de mercadorias Sedex distribuídas pelos Correios, devido às compras de Natal.

Durante o cumprimento dos cinco mandados de busca e apreensão, no município de Colombo e em Curitiba, foram encontrados e apreendidos objetos roubados em assaltos nos dias 24 e 30 de novembro, e 3 e 10 de dezembro de 2020. “Com as medidas cumpridas no dia de hoje a Polícia Federal espera identificar outros indivíduos que tenham participado dos fatos criminosos, e obter mais provas relacionadas aos indivíduos já indiciados nas fases anteriores”, disse a PF em nota.

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Pelos crimes, os investigados podem pegar até 15 anos de prisão. Os mandados judiciais foram expedidos 9ª Vara da Justiça Federa em Curitiba.

Na última terça (6), suspeitos invadiram uma loja, um açougue e os Correios do distrito de Mimoso, localizado na cidade de Pesqueira, no agreste pernambucano. Segundo a Polícia Militar, os bandidos chegaram aos estabelecimentos em um veículos e arrombaram os cadeados dos estabelecimentos invadidos.

Aos policiais, testemunhas informaram que os suspeitos estavam armados e fizeram barulho durante os roubos. Comerciantes locais registraram boletins de ocorrência na Delegacia de Polícia Civil de Pesqueira.

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Encerram, no dia 26 deste mês, as inscrições para a 50ª edição do Concurso Internacional de Redação de Cartas, feita no Brasil pelos Correios e coordenado pela União Postal Universal. A iniciativa é destinada aos estudantes de até 15 anos das escolas públicas e privadas de todo o País.

O concurso visa incentivar as crianças e adolescentes a expressarem a criatividade e aprimorarem os conhecimentos linguísticos. Este ano, o tema do certame é "Escreva uma carta a um familiar, contando sobre sua experiência da Covid-19”. As cartas deverão ser argumentativas, recentes e inéditas.

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A seleção é composta por quatro etapas: escolar, estadual, nacional e internacional. Na fase escolar, os estudantes passarão por uma seleção onde será escolhida a carta que irá representá-la. Na etapa seguinte, cada Estado irá eleger a melhor redação, que irá para a fase nacional, quando é escolhida apenas uma carta para representar o Brasil na etapa internacional realizada em Berna, na Suíça, pela União Postal Universal.

Os resultados da fase estadual serão divulgados no site dos Correios a partir do dia 30 de abril, após a análise da Comissão Julgadora Nacional. A escola e o aluno vencedores ganharão prêmios de até R$ 10.500 mil e R$ 10 mil, respectivamente. Saiba todas as informações, regulamento, formulário, ficha de inscrição e contatos por meio do edital da disputa.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) causou reação negativa no mercado ao interferir na Petrobras e mudar o presidente da estatal, indicando o general Joaquim Silva e Luna para o cargo. Para reverter as baixas, houveram várias tentativas de Bolsonaro, ao longo desta semana, de cumprir as privatizações de estatais prometidas na sua agenda de campanha nas eleições de 2018, entre elas a dos Correios e da Eletrobras.

Mesmo assim, as ações da Petrobras caíram mais de 21,5% só na última segunda-feira (22) e a companhia chegou a perder R$ 102,5 bilhões em valor de mercado desde a indicação do nome do general para substituir Roberto Castello Branco. O Brasil tem perdido relevância global por causa da crise econômica de 2015 e perdeu o nível de grau de investimento, isso fez o país ficar de fora da rota de investimentos sólidos. Segundo estudiosos, a interferência de Bolsonaro na petrolífera aumenta as instabilidades macroeconômicas e institucionais no país.

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“Cada vez que a economia tem uma interferência política no volume e na intensidade que teve nessa alteração do presidente da Petrobras, isso gera muita instabilidade. [Por isso] a pessoa que quer investir sente menos interesse em investir naquela operação, porque tem medo de que o governo faça alguma outra alteração muito bruta que inviabilize o negócio”, afirmou a economista Amanda Aires.

A interferência de Bolsonaro na estatal se deu por uma tentativa mal elaborada de reverter a insatisfação da população com os aumentos sucessivos, em um curto espaço de tempo, de combustíveis. Desde janeiro, a gasolina teve seu preço reajustado quatro vezes, o diesel três. Esses aumentos chegam à população diretamente e se propagam a outros setores, como é o caso da indústria alimentícia.

Segundo a cientista política Priscila Lapa, a indicação do general ao cargo é conveniência política do presidente na estatal. “Essa intervenção [política] seria justamente um viés de intervenção que não fosse voltado para os resultados que o mercado almeja para essa instituição, mas sim um direcionamento político ideológico para o funcionamento dessas instituições. No caso da Petrobras e do Banco Central é muito claro isso. Conveniência política é você fazer as escolhas das lideranças. A ideia de evitar que isso aconteça no Banco Central, por exemplo, é para que o órgão consiga tomar decisões eminentemente técnicas e não com enviesamento político que possa vir a favorecer grupos a, b, ou c.”

Não cabe apenas a Jair Bolsonaro decidir o nome que substituirá o atual presidente da empresa, Roberto Castello Branco - economista ligado a Paulo Guedes. O conselho da Petrobras convocou a assembleia para votar a substituição. Se aprovado para o cargo, Joaquim Silva e Luna - ex-ministro da Defesa e diretor de Itaipu - , somatiza um terço das estatais com controle direto da União (16) comandadas por militares.

Para Priscila Lapa, o militarismo na gestão de Bolsonaro é contraditório com a agenda liberal: "Essa visão contrasta desde o início com a agenda liberal, em alguns pontos ela é inconciliável. Desde o começo se fala que o militarismo propõe uma visão nacional intervencionista, intervenção do estado para a defesa dos interesses nacionais, isso é a essência do militarismo […] isso é completamente contrastante com a agenda de privatizações, ou você é nacionalista ou é privatista.”

Além disso, os passos precipitados do presidente impactam na população, para a cientista política Priscila Lapa, o governo precisa lidar com a crise de forma menos abrupta “[no fim das contas] quem paga o preço é o consumidor, o Estado não está dando conta de lidar com isso de forma suave.”

Privatizações de Estatais

Em sua campanha eleitoral, Jair Bolsonaro defendeu com afinco o estado mínimo, mas se contradiz ao sugerir e anunciar interferências no comando de estatais. Na tentativa de cumprir a agenda liberal e agradar o eleitorado, dias após as baixas, Bolsonaro agiu para dar início às privatizações da Eletrobras e dos Correios.

“O governo entrou dizendo que ia fazer uma série de privatizações para reduzir o peso do Estado, mas na verdade isso não foi feito. Então, essa ausência de cumprimento de promessas de campanha acaba desgastando muito a posição do Brasil diante do cenário internacional, e uma vez que ele não tenha um claro vetor de crescimento a longo prazo vamos tender a nos manter dentro dessa situação ruim [crise econômica]”, disse a especialista Amanda Aires.

Sobre a Eletrobras, o presidente alegou: "vamos meter o dedo na energia elétrica, que é outro problema também". Na última terça-feira (23), dias após a declaração, o Governo Federal entregou ao Congresso Nacional uma medida provisória (MP) que busca acelerar o processo de privatização da energética.

Segundo a própria Eletrobras, na MP proposta, o governo terá ações preferenciais da empresa e poder de veto para determinadas decisões. No texto cita "previsão de criação de ação preferencial de classe especial, de propriedade exclusiva da União, nos termos do disposto no § 7º do art. 17 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, que dará o poder de veto em deliberações sociais previstas na referida MP (“Golden shares”)".

O projeto de privatização dos Correios já tinha sido proposto à Secretaria de Assuntos Jurídicos em 2020, pelo ministro das Comunicações, Fábio Faria, para passar por análises. Contudo, nessa quarta-feira (24), Bolsonaro foi ao Congresso entregar o Projeto de Lei de privatização da estatal ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira. A proposta envolve a quebra do monopólio postal dos Correios e a abertura do mercado a outras empresas.

Por meio de nota, a Secretaria de Comunicação do Planalto disse que, se aprovado, o texto de desestatização dos Correios também define a obrigatoriedade do cumprimento de metas de universalização e qualidade dos serviços e estabelece a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) como agência reguladora dos serviços postais.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) buscou se defender de críticas sobre a falta de privatizações sob o seu governo e, em transmissão ao vivo em suas redes sociais nesta quinta-feira, 25, afirmou que privatizar uma estatal não é colocá-la na prateleira e "quem dá mais leva". Ele falava do projeto de lei de desestatização dos Correios, entregue na quarta-feira, 24, ao Congresso.

"É um processo complexo. Existem vários estudos, vários órgãos, entra o BNDES em campo, o ministério específico ao qual está integrada a estatal, entra o Ministério da Economia e depois o Congresso Nacional", comentou Bolsonaro. "Não é fácil, mas estamos fazendo nossa parte", sustentou.

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Em mais uma investida para demonstrar que a agenda liberal patrocinada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, continua de pé, o presidente Jair Bolsonaro foi à Câmara dos Deputados para entregar pessoalmente o projeto de lei que abre caminho para a privatização dos Correios.

Isso vai permitir que a iniciativa privada assuma operações hoje tocadas pela estatal. A proposta estava no Planalto desde outubro do ano passado, quando foi entregue em mãos pelo ministro das Comunicações, Fábio Faria.

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A estatal está na mira do governo desde agosto de 2019, quando foi incluída na carteira do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI). Em entrevista ao Estadão/Broadcast no fim do ano passado, a secretária do PPI, Martha Seillier, afirmou que em qualquer alternativa de desestatização adotada pelo governo não haverá desatendimento de cidades. Segundo ela, 95% da população têm acesso aos serviços dos Correios.

Há três propostas possíveis para a privatização dos Correios: vender a empresa inteira, fatiá-la por tipo de serviço ou dividi-la por regiões. O modelo não está no projeto e depende de estudos.

O secretário especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados do Ministério da Economia, Diogo Mac Cord, também reforçou que a universalização dos serviços será mantida. "Com o ganho de eficiência, os Correios poderão se tornar um grande vetor logístico e de oferta de serviços na América Latina", afirmou o secretário.

Como mostrou o Estadão/Broadcast, com o projeto o governo pretende abrir um cardápio de opções para trabalhar com a desestatização dos Correios. Só após a conclusão dos estudos tocados paralelamente é que se fará a recomendação do modelo. O que o Executivo espera é que, com o projeto de lei, haja segurança jurídica para encaminhar a desestatização.

O projeto de lei foi arquitetado depois de o governo descartar a ideia de enviar uma proposta de emenda constitucional (PEC) sobre o tema, ferramenta que exige quórum maior para aprovação e era dado como certa em discussões passadas. A avaliação é de que o artigo da Constituição segundo o qual compete à União "manter" o serviço postal não obriga a prestação direta pelo poder público. Por isso, um dos objetivos do projeto é regulamentar esse trecho da Constituição e assim permitir que a iniciativa privada assuma as atividades hoje operadas pelos Correios.

Neste domingo (24), estudantes enfrentam o segundo dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), edição 2020. Perto das 7h30, veículos dos Correios, acompanhados de policiais da Polícia Militar de Pernambuco, deixaram os cadernos de provas impressas em pontos de aplicação na área central do Recife, como na Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), no bairro da Boa Vista.

Os candidatos responderão questões de Ciências da Natureza e matemática durante cinco horas. Os portões dos locais de prova abrem às 11h30 e o fechamento está marcado para 13h. Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão responsável pela realização do Exame, o início da prova será às 13h30.

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Ainda de acordo com o Inep, cerca de 5,8 milhões de estudantes se inscreveram para o Enem. Só em Pernambuco, 312 mil inscrições foram confirmadas. No domingo passado, primeiro dia do processo seletivo, o número de faltosos registrado foi considerado o maior da história do Exame, com uma abstenção superior a 50%.

A modelo Gisele Bündchen, 40 anos, estampa o selo da nova campanha dos Correios, divulgada na última semana. O adesivo faz parte do projeto "Blobo Especial Série Mercosul: Moda", que comemora os 25 anos do evento de moda São Paulo Fashion Week.

No selo, a arte com o rosto de Gisele é uma imagem digital assinada pelo artista Dérsu Jr., a partir da foto de Nino Muñoz. Junto à estampa da modelo gaúcha, a edição especial também conta com dois outros selos: uma ilustração que faz tributo ao artista Filipe Jardim, que desenhou para grifes como Hermès, Tiffany’s, Louis Vuitton, e uma fotografia em homenagem ao retratista Bob Wolfenson, um dos mais conhecidos fotógrafos de moda da América Latina.

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De acordo com os Correios, cada selo custará R$ 2,05 e poderá ser adquirido nas agências físicas ou nas lojas virtuais a partir deste mês. A tiragem é de 30 mil blocos.

No último sábado (26) a reportagem do LeiaJá publicou uma matéria que chamou a atenção para uma denúncia de funcionários dos correios do Centro de Distribuição Domiciliar (CDD), em Boa Viagem. A reclamação era voltada para a falta de EPIs que culminou em 12 pessoas infectadas pelo Covid-19 no local e teve uma resposta enviada ao portal pelo órgão nesta segunda-feira (28). 

Os funcionários afirmam que falta álcool gel individual e que a entrega de máscaras não é feita desde março. Os Correios, entretanto, alegam que têm feito entregas do EPIs e adotado todas as medidas necessárias para garantir a segurança dos envolvidos.

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"Além de intensificar as orientações quanto aos cuidados básicos de higiene e procedimentos de limpeza dos ambientes e equipamentos, a empresa disponibilizou a todos os empregados álcool em gel e máscaras laváveis, squeeze para os funcionários da área de distribuição, suspendeu a assinatura do destinatário na entrega de objetos postais, evitando assim compartilhamento de objetos com o cliente externo, instalou painéis de acrílico em guichês de atendimento e, nos centros operacionais, promoveu a reorganização das estações de trabalho, para manter o distanciamento recomendado", diz parte do comunicado do órgão.

A nota não faz nenhuma referência aos 12 casos de Covid-19 apontados por funcionários na matéria e reforça que só "compartilham informações sobre seu efetivo somente com as autoridades competentes". Os correios também ressaltam que o CDD, Boa Viagem está com as atividades interrompidas e vai passar por um processo de sanitização retornando aos trabalhos nesta terça-feira (29). 

Confira o comunicado na íntegra.

Desde o mês de março, os Correios vêm adotando sucessivas medidas de proteção à saúde de seus empregados, clientes e fornecedores, em função da pandemia do novo Coronavírus.

Os Correios estão acompanhando a situação de saúde do efetivo, prestando o apoio necessário, e também atuando para garantir o bom funcionamento das atividades operacionais. Além de intensificar as orientações quanto aos cuidados básicos de higiene e procedimentos de limpeza dos ambientes e equipamentos, a empresa disponibilizou a todos os empregados álcool em gel e máscaras laváveis, squeeze para os funcionários da área de distribuição, suspendeu a assinatura do destinatário na entrega de objetos postais, evitando assim compartilhamento de objetos com o cliente externo, instalou painéis de acrílico em guichês de atendimento e, nos centros operacionais, promoveu a reorganização das estações de trabalho, para manter o distanciamento recomendado. Em respeito aos valores institucionais, os Correios compartilham informações sobre seu efetivo somente com as autoridades competentes.

A empresa informa ainda que o Centro de Distribuição de Boa Viagem está com as atividades interrompidas temporariamente, para receber o serviço de sanitização, agendado para esta terça-feira (29). A unidade retomará as rotinas operacionais após a conclusão de todos os protocolos preventivos adotados pela empresa, o que deve acontecer a partir do dia 4/1.

Tais medidas não acarretam impacto nas entregas, pois a carga está sendo redirecionada para outros centros operacionais, visando a continuidade do serviço. Todas as demais unidades de distribuição da região metropolitana estão funcionando normalmente, com o recebimento periódico de máscaras e álcool em gel, sendo que a última distribuição ocorreu no dia 14/12.

A empresa reitera que está trabalhando para viabilizar, com segurança, a continuidade de suas atividades, essenciais para atender a população nesse momento em que mais precisa, e segue à disposição pelos telefones 3003-0100 (capitais e regiões metropolitanas) e 0800 725 7282 (demais localidades), ou pelo Fale Conosco, no site www.correios.com.br.

Trabalhadores dos Correios em Pernambuco estão desesperados por conta do aumento de casos de Covid-19. A confirmação de que 12 funcionários do Centro de Distribuição Domiciliar (CDD) em Boa Viagem, Zona Sul da capital, receberam o diagnóstico positivo da doença em um mesmo dia, expôs condições de trabalho que parecem não levar em consideração a saúde de quem presta o serviço.

Com a escassez de equipamentos de segurança (EPIs) adequados para o trabalho nas ruas e, principalmente, medidas de higienização e cuidados para dar segurança aos carteiros e colaboradores, entregar as encomendas em domicílio se tornou uma batalha arriscada e quase invisível. 

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“Trabalhadores estão sendo sacrificados”

“Desde março que a gente não recebe mais máscara, nem mais nada. É pedir a Deus. Pedir proteção para que não aconteça nada comigo, nem aos meus colegas de trabalho”, conta Ricardo Costa, que trabalha como carteiro há quase 20 anos, na capital pernambucana. Ele explica que, logo quando os casos começaram a surgir, a empresa demorou para fornecer as máscaras para os trabalhadores e, ainda assim, houve quem não conseguisse pegar o equipamento básico de proteção. “Teve funcionário faltando. O álcool também é só um tubo que fica lá em cima [na unidade dos Correios no Centro do Recife]. Eles não deram sequer um tubo para cada um, para a gente sair da rua protegido”, conta. 

Roberto também revela que não há higienização dos espaços ou afastamento da equipe quando um carteiro testa positivo para Covid-19. Ele relata que, assim como ele, pelo menos oito pessoas no CDD Recife, localizado na Avenida Guararapes, já foram infectadas com o vírus. Duas delas, colaboradores do prédio que chegaram a óbito. “A menina da limpeza, dona Tereza, que era como uma mãe para nós. Ela e seu Orlando, eram funcionários do prédio e faleceram. Esse ano foi terrível e a gente tá aí com força, nas ruas, para garantir as entregas mesmo se arriscando”, lamenta o carteiro.

De acordo com carteiro, Centro de Distribuição Domiciliar do Recife teve diversos trabalhadores afastados por Covid-19. Foto: Júlio Gomes/LeiaJáImagens

“Para os Correios parece que é só uma gripezinha”

De acordo com Roberto “Beto” Alexandre, diretor de comunicação do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios em Pernambuco, não há um setor da companhia que não tenha um caso de Covid-19. “Na Encruzilhada tem funcionário terceirizado que está trabalhando doente. A empresa vê isso e, mesmo assim, ninguém faz nada”, revela. Ele conta que, mesmo com casos confirmados, a gestão dos Correios se comporta como se não houvesse doença. 

“A empresa quando vê o trabalhador com Covid, ao invés de afastar o povo e fazer a testagem ela não faz. Os Correios fazem o que é de rotina, água e sabão, somente”, revela  e reforça o drama vivido pelo carteiro Ricardo. “No CDD Recife, que fica na Avenida Guararapes, vários carteiros foram afastados, vários pegaram Covid-19. Tem gerente que não usa máscara no trabalho. Nós entramos na justiça para que sejam interditados tanto o CDD Recife, quanto o de Abreu e Lima, porque eles dizem que estão tomando todas as providências necessárias, mas é mentira”, afirma.

Beto lamenta que, mesmo com a intervenção do sindicato, que já conseguiu parar as atividades de dois centros de distribuição - em Olinda e no Janga, em Paulista - ao retornarem às atividades, nada muda. “Os trabalhadores retornam ao trabalho e continua a mesma coisa. O álcool em gel é muito precário, as máscaras são apenas duas, dadas no começo do ano. Infelizmente a direção da empresa não vê a saúde do funcionário, ela só vê o lucro e a população não sabe da situação dos Correios. Os trabalhadores estão sendo sacrificados e para os Correios parece que é só uma gripezinha”, reclama o diretor de comunicação.

De acordo com ele, o CDD de Boa Viagem, que conta com 30 funcionários, sendo 12 afastados por conta do novo coronavírus, segue com as atividades suspensas até o retorno dos trabalhadores. Apesar do número crescente de casos, uma greve geral da categoria está descartada.

Dados da Covid-19 no Estado

No boletim epidemiológico da última sexta-feira (25), a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) registrou 1.109 casos da Covid-19, sendo 29 (2,6%) casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e 1.080 (97,4%) casos leves. Pernambuco totaliza 214.562 casos confirmados da doença, sendo 29.150 graves e 185.412 leves, que estão distribuídos por todos os 184 municípios pernambucanos, além do arquipélago de Fernando de Noronha. Também foram confirmados laboratorialmente 21 novos óbitos, entre pacientes que tinham idades entre 37 e 95 anos.

*A reportagem tentou entrar em contato com os Correios em Pernambuco, mas não obteve resposta até o fechamento da matéria.

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