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O Ministério Público de Pernambuco elaborou o Painel de Isolamento Social para monitorar a adesão da população às recomendações necessárias para conter o novo coronavírus. De acordo com a ferramenta, o índice de isolamento no Estado é baixo, em torno de 52%.

Com aproximadamente 9.500.000 habitantes, o painel lista todos as cidades a partir do comprometimento da população em permanecer em casa. Os municípios de Granito e Olinda assumem as primeiras posições com aproximadamente 61% de isolamento. Contudo, o número ainda está distante do ideal de, pelo menos, 70%.

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Diante do levantamento, o procurador-geral de Justiça de Pernambuco, Francisco Dirceu Barros, cobrou mais seriedade para enfrentar à pandemia. “A pouca adesão dos pernambucanos ao isolamento social, está causando um número assustador de pessoas contaminadas e de mortes [...] É preciso que a sociedade tenha essa consciência, mude a sua atitude, caso contrário teremos uma tragédia sem precedentes”, projetou. Ele ainda informou que vai expedir mais uma recomendação para que prefeitos intensifiquem as restrições.

Outros municípios da Região Metropolitana do Recife (RMR) mais bem posicionados são Paulista, com 61,6%, e Camaragibe, com 60,9% de adesão. Jaboatão dos Guararapes registrou 58,8% e alcançou a 16º colocação. Já a capital figura a 23º posição, com apenas 58,2% da população isolada. Atualizado semanalmente, os dados completos podem ser vistos no site do Painel de Isolamento.

As informações são colhidas através da geolocalização dos celulares e uma ferramenta de análise desenvolvida pela inLoco, que monitora em tempo real os fluxos populacionais para tentar coibir aglomerações. "Com isso, podemos informar a população pernambucana sobre as regiões com baixo índice de isolamento, apoiando autoridades na tomada de decisão”, apontou o gerente de estatística do MPPE, Carlos Gadelha.

Um aplicativo que identifica o risco de contaminação através da proximidade entre celulares foi desenvolvido por uma parceria entre Ministério Público de Pernambuco (MPPE), Porto Digital e Secretaria de Saúde do Estado (SES) para ajudar os pernambucanos no combate à pandemia. Batizada de "Dycovid - Dynamic Contact Tracing", a ferramenta, que usa geolocalização, leva em conta a duração do encontro entre as pessoas e garante privacidade dos dados pessoais.

“Com o apoio das Secretarias de Saúde de cada Estado e com os dados gerados pela geolocalização dos usuários do aplicativo, o Dycovid - Dynamic Contact Tracing é capaz de inferir esse risco de contaminação dos usuários. São utilizados modelos matemático-computacionais para estimar de forma qualitativa o risco de contatos e de locais como supermercados, farmácias, postos de saúde e hospitais. Através de um mapa de risco o usuário poderá ter um panorama geral do risco encontrado em diversas regiões do país”, explica um dos responsáveis pelo app e integrante da startup Mamba Labs, Matheus Rodrigues.

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Por enquanto, o Dycovid está disponível apenas para aparelhos Android, mas em breve poderá ser baixado nos sistemas IOS. Além de propor o diagnóstico, os objetivos do software se estendem em tentar interromper a transmissão contínua, reduzir a propagação da infecção, alertar aos contatos sobre a possibilidade de infecção e oferecer aconselhamento preventivo ou cuidados profiláticos

 “A partir do momento que o usuário é sinalizado como portador do novo coronavírus, nós espalhamos para o grupo de pessoas que tiveram contato com ele um alerta sobre o seu risco de contaminação, com dicas de prevenção e, futuramente, necessidade de realização de testes", acrescenta Rodrigues. Ele também destacou o acesso ao Guia, que se adapta ao risco de cada usuário e repassa informações confiáveis sobre o vírus.

O procurador-geral de Justiça de Pernambuco (PGJ-PE), Francisco Dirceu Barros, avaliou o uso da tecnologia para auxiliar no cumprimento das medidas de prevenção. “Com essas soluções vamos atuar em diversos campos como a identificação de pessoas que podem ter entrado em contato com uma pessoa infectada, o acompanhamento das pessoas que estão nos grupos de risco, via mobile, o acompanhamento do isolamento social necessário para evitar o contágio, a realização de testes e mesmo o apoio técnico e suporte aos agentes de saúde”, apontou.

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Em tempos de quarentena, para manter a interação entre os internautas e estimular o cumprimento da determinação para permanecer em casa, neste sábado (21), o Instagram lançou um novo sticker. Durante a manhã, os usuários se divertiram publicando o efeito "Stay Home" ou "Em casa" na barra de stories.

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Diante da pandemia mundial, que resultou no distanciamento das pessoas, o Instagram desenvolveu a ferramenta para que elas possam retratar sua rotina e relatar que atividades estão fazendo para cumprir o regime.

O sticker intensifica a campanha para que o retorno às ruas seja feito apenas em casos extremos, como a compra de itens básicos em mercados ou medicamentos em farmácias. Dessa forma, a rede social intensifica os esforços contra a a aglomeração de pessoas e a consequente disseminação do Covid-19.

O Google anunciou, nesta quarta-feira (4), que o assistente da empresa agora poderá ler notícias inteiras na web em voz alta. A empresa afirma que a adição do recurso busca facilitar a vida de usuários que tenham dificuldades visuais ou de leitura, ou que simplesmente precisam de uma ajudinha para ler artigos mais detalhados.

De acordo com a publicação, o assistente do Google poderá ser ativado com o comando habitual do sistema “Ok,Google, leia-o" ou "Ok, Google, leia esta página". Além de ler em voz alta o conteúdo da página, a ferramenta rolará automaticamente a página e poderá destacar palavras à medida que forem lidas em voz alta. Você também pode alterar a velocidade de leitura e escolher entre várias vozes. 

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O teste do LeiaJá

Nós tentamos usar o recurso do Google, mas não obtivemos sucesso. Ao fazer o pedido para o assistente, usando um Zenfone 6, com Android 10 instalado, o ajudante virtual apenas pergunta “o que você quer que eu leia para você?” e ao ser instruído a ler a página da web, oferece resultados da busca do navegador sobre as palavras relacionadas. 

Apesar disso, a empresa garante que não é preciso fazer nada para ativar a leitura. A novidade da gigante da internet, provavelmente, irá demorar um pouco mais para chegar em terras tupiniquins. Porém, a ativação, feita apenas dois meses após o anúncio das novidades em janeiro, indica que está mais perto do que longe.

 Por fim, a empresa sinaliza que a leitura em voz alta poderá ser adicionada a aplicativos criados para Android. “Se você é um desenvolvedor, pode adicionar ao Assistente do Google a capacidade de ler em voz alta o conteúdo em seu aplicativo para dispositivos móveis usando Ações no Google”, informa.

A Uber anunciou o lançamento de um novo recurso de segurança para seus usuários e parceiros, que deve começar a funcionar nas próximas semanas. A ferramenta, denominada U-Ajuda, poderá identificar possíveis situações de risco, como uma parada longa e não prevista durante a viagem. Eventos desse tipo vão acionar o recurso que possibilitará uma camada de segurança exclusiva no aplicativo da Uber

 Em caso de longas paradas o próprio sistema pode iniciar automaticamente uma checagem, enviando uma mensagem para o motorista e para o passageiro direcionando-os às ferramentas de segurança do aplicativo. Entre as opções estão ligar para a polícia, compartilhar a viagem ou até mesmo abrir um contato com a central de atendimento da Uber para casos não urgentes.

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 A nova ferramenta faz parte de uma série de novos recursos e iniciativas voltadas à segurança anunciadas durante o evento global da empresa, realizado em São Paulo, em novembro. Ela utiliza dados do GPS e de outros sensores no smartphone para funcionar e começou a ser testada na última terça-feira (21). 

 Outros recursos anunciados pela empresa que devem reforçar a segurança de usuários e condutores são:

 U-Áudio - gravação de áudio de uma viagem por meio de um botão na Central de Segurança do app, antes ou durante a rota, apenas para algumas regiões. Concluída a viagem, é possível informar algum problema encaminhando o arquivo de áudio para a Uber. O conteúdo, criptografado, fica armazenado no telefone de quem efetuar a gravação, mas a companhia garante que apenas ela tem acesso, caso o arquivo seja compartilhado com a empresa. O arquivo enviado ao suporte em caso de necessidade pode ser utilizado em investigações ou compartilhado com as autoridades, nos termos da lei.

 Verificação de documentos - em testes no Chile tem o objetivo de prevenir que pessoas mal intencionadas usem o aplicativo. Passageiros que não adicionarem meios de pagamento digitais no cadastro ou antes de realizar uma viagem serão solicitados a submeter um documento de identificação, que terá dados e autenticidade verificados. O recurso chega ao Brasil ainda esse ano.

 U-Selfie - recurso para verificação de identidade do motorista em tempo real que passa a solicitar que alguns movimentos sejam realizados - como piscar, sorrir, virar o rosto. É uma ferramenta voltada à prevenção de fraudes e à proteção da integridade da conta dos motoristas parceiros.

 U-Código - recomenda ao usuário conferir as informações para ter certeza de que está entrando no carro certo, podendo receber uma senha de quatro dígitos, que deve ser dita ao motorista para que ele consiga iniciar a viagem no aplicativo. 

 Relato de problemas durante a viagem - Permite ao usuário denunciar um problema ainda durante o trajeto da viagem, tal como direção imprudente. Depois da viagem encerrada, ele receberá contato do time de suporte para mais informações e encaminhamento da reclamação. Caso o usuário e o motorista parceiro se avaliem com uma estrela, eles não farão mais viagens juntos na plataforma da Uber.

Um programa de computador demonstrou uma precisão maior que a dos especialistas em radiologia para identificar câncer de mama a partir de imagens de mamografias, segundo um estudo britânico.

O câncer de mama é um dos mais frequentes entre as mulheres, com mais de 2 milhões de novos casos diagnosticados no ano passado em todo o mundo.

Esses resultados, publicados na revista científica Nature, "sugerem que estamos desenvolvendo uma ferramenta que pode ajudar os médicos a detectar o câncer de mama com maior precisão", explicou o médico Dominic King, responsável britânico da Google Health, um dos autores do estudo.

"São necessários outros testes, uma validação clínica e autorizações regulamentares antes de (a ferramenta) poder marcar uma diferença para os pacientes, mas estamos decididos a trabalhar com nossos sócios para alcançar este objetivo", acrescentou um pesquisador em um comunicado da Imperial College of London.

Esta técnica de inteligência artificial (IA), fruto da pesquisa da Google, se baseia em um modelo matemático, um algoritmo. Este último foi testado, alimentado, com cerca de 29.000 imagens de mamografias do Reino Unido e, em menor escala, dos Estados Unidos.

Os especialistas tinham acesso aos antecedentes da paciente para interpretar as radiografias, enquanto o programa de IA tinha apenas a imagem da última mamografia.

A IA mostrou uma redução na proporção de casos nos quais se detectava erroneamente um câncer, de 5,7% das imagens estudadas dos Estados Unidos e de 2,7% entre as britânicas.

O algoritmo também reduziu o percentual de falsos diagnósticos. Foi uma queda de 9,4% entre as imagens dos Estados Unidos e de 2,7% entre as do Reino Unido.

A equipe do Google Health comparou a decisão do programa com a do radiologista que realizava a primeira análise das imagens de mamografias.

Se os diagnósticos concordassem, o caso era marcado como resolvido. Quando havia resultados contraditórios, comparava-se o resultado do computador com a decisão do especialista que tinha realizado a segunda leitura da mamografia.

Segundo o estudo, o uso da IA para verificar um diagnóstico do primeiro avaliador humano poderia poupar até 88% de carga de trabalho ao segundo radiologista.

Dificilmente encontraremos alguém que não utilize a internet para realizar pesquisas. O Google é, sem sombra de dúvidas, a principal ferramenta de busca gratuita, abrangendo um imenso “baú” de respostas sobre os mais variados assuntos.

O site de pesquisas divulgou, recentemente, as buscas que estiveram em alta neste ano. Algumas perguntas inseridas no espaço de apuração da ferramenta são esperadas, a exemplo dos questionamentos sobre como é feita a inscrição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), uma vez que milhões de estudantes utilizam as candidaturas para participar do processo seletivo e tentar uma vaga no ensino superior. Outras, no entanto, de tão inusitadas, são até consideradas engraçadas.

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No recorte de pesquisas “O que é”, uma pergunta compartilhada pelo presidente Jair Bolsonaro em março de 2019 apareceu como quarta busca mais frequente na lista do Google. “O que é golden shower?” foi uma das principais dúvidas dos brasileiros.

Ainda sobre esse recorte, “O que é Shallow Now”, em alusão à versão musical “Juntos” interpretada por Paula Fernandes e Luan Santana, foi a quinta busca do Google. O cenário político e histórico também foi contextualizado em termos de busca, uma vez que, após indícios de apoio ao retorno do AI-5, um dos momentos mais terríveis do regime militar, “O que é AI-5” apareceu na sétima posição de pesquisas. Confira, a seguir, a lista completa do Google:

Buscas curiosas também marcaram a internet. No recorte “Como fazer”, o Google identificou que “Como fazer as pessoas gostarem de mim?” aparece na terceira posição. Não tão curiosa, mas provando a força comunicativa da internet via mensagens, “Como fazer figurinhas no WhatsApp” assumiu a quinta colocação. Veja a relação:

Estudos preliminares feitos por um grupo de 11 pesquisadores brasileiros, coordenado pela professora do Departamento de Química Inorgânica da Universidade Federal Fluminense (UFF), Célia Machado Ronconi, poderão resultar, no futuro, em uma ferramenta efetiva para a destruição de células cancerígenas.

Os estudos in vitro (em laboratório) utilizaram células de câncer de mama de uma mulher de 69 anos, em parceria com o Instituto Nacional do Câncer José de Alencar Gomes da Silva (Inca). A linha de pesquisa foi o desenvolvimento de sistema de transporte de fármacos, utilizando a doxorrubicina, um fármaco tóxico usado para vários tipos de câncer. “A gente sabe que os fármacos de câncer não são seletivos. Eles atacam tanto a célula tumoral quanto a sadia”, disse Célia Ronconi.

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A ideia do grupo foi desenvolver um mecanismo em que o fármaco só fosse liberado na presença da célula tumoral, “para ver se o protótipo ia funcionar”. Foi desenvolvida então uma espécie de reservatório em escala nanométrica, no qual foi colocado o fármaco (doxorrubicina). “Aí, a gente tampa esse reservatório como se fosse uma válvula mesmo”, explicou Célia. Os pesquisadores usaram um composto grande para cobrir totalmente a superfície do reservatório.

PH ácido

Célia Ronconi informou que o fármaco não vaza. Ele fica preso dentro do reservatório. Quando ele encontra um PH mais ácido – como o das células de câncer, que varia entre 4.5 e 5.5, a tampa do nanorreservatório é liberada. “Na superfície desse material, nós colocamos grupos que reagissem a esse PH mais ácido, de maneira que a tampa se soltasse”. Em uma linguagem mais simples, isso quer dizer que a tampa só abre quando o meio está ácido, ou seja, quando ele chega à célula tumoral.

Os ensaios in vitro, em que os pesquisadores cresceram as células isoladas de câncer, resultaram em estudos de viabilidade celular, para ver o quanto esse dispositivo, carregado com o fármaco, seria tóxico para essas células. “Deu um resultado bem surpreendente. A gente conseguiu redução de 92% na viabilidade celular. Ou seja, ele matou 92% das células de câncer de mama”. Célia Ronconi chamou a atenção para o fato de que o fármaco usado puro, na mesma concentração, matou só 70% dessas células. “O nosso sistema foi mais tóxico, carregado com o fármaco”. Puro, o fármaco apresentou baixa toxicidade. Os pesquisadores pretendem investigar porque o efeito é maior do fármaco no nanorreservatório do que o fármaco puro.

Ensaios in vivo

A próxima etapa da pesquisa deverá ser iniciada em 2020 e envolve não só ensaios com células sadias, mas também in vivo, isto é, com animais, usando camundongos imunodeficientes. Há ideia também de fazer ensaios com outros tipos de câncer. Célia afirmou que o resultado obtido até agora é muito promissor e anima os pesquisadores a seguir adiante com os estudos. Somente após a realização de todos os estudos, se poderá afirmar que o nanorreservatório poderá ser utilizado no tratamento de pacientes com câncer. “Ainda falta muita coisa para ser feita. Tem um protocolo a ser seguido”, lembrou. “Mas os resultados foram muito promissores”.

Na avaliação da coordenadora da pesquisa, a importância maior do nanorreservatório anticâncer é diminuir os efeitos que a droga causa, porque a droga não é seletiva. Ela vai tanto para as células sadias, quanto para as células de câncer. “A nossa ideia é fazer com que o reservatório só vá liberar o fármaco quando encontrar a célula de câncer. Eu projetei o reservatório só para abrir com PH ácido, que é o PH da célula de câncer”.

Tumores localizados

A pesquisa trabalha com a perspectiva de o nanorreservatório poder ser injetado no corpo humano para atuar em tumores mais localizados, onde liberaria seu conteúdo, que é o fármaco. Célia admitiu que isso pode ocorrer, “em princípio”. Mas insistiu que essa possibilidade ainda não foi estudada a fundo. “Haveria essa possibilidade. Mas não estudei isso ainda”.

A pesquisa levou aproximadamente dois anos e foi parte do trabalho de doutorado de Evelyn Santos, aluna da UFF. Um artigo sobre os resultados dos ensaios in vitro foi publicado pelo grupo pesquisadores na última semana, na revista britânica Journal of Materials Chemistry B, da Royal Society of Chemistry, sociedade fundada em 1848. O grupo reúne pesquisadores da UFF, do Inca e do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF). O estudo recebeu investimentos da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Rio de Janeiro (Faperj).

Além de apostar na comunidade colaborativa de 'guias locais', que indicam estabelecimentos e sinalizam intercorrências na cidade, o pacote de atualização do Google Maps apresentou o recurso de realidade aumentada (RA). Para facilitar na exploração de lugares, o Live View orienta o usuário por ruas diretamente sobre o mundo real.

Quem nunca iniciou um percurso no Google Maps e acabou caminhando na direção contrária? Com a atualização da ferramenta de geolocalização, os desenvolvedores prometem pôr fim a essa confusão com a realidade aumentada para enxergar o caminho com clareza. Agora, as setas de direcionamento e as instruções são colocadas diretamente sobre o mundo real.

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O recurso está sendo implementado na versão beta em aparelhos Android e iOS habilitados para ARCore e ARKit.

Em meio à crise entre o presidente Jair Bolsonaro e seu partido, o PSL, em torno da transparência de repasses do fundo eleitoral, movimentos da sociedade civil pediram à ministra Rosa Weber, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que a Corte obrigue todas as legendas a prestar contas mensalmente. Hoje em dia, as legendas só precisam lançar dados no sistema anualmente e não há prazo para que o TSE publique os dados. As contas partidárias de 2018 só foram divulgadas este mês.

A demanda é encabeçada pelo movimento Transparência Partidária e conta com a assinatura de outras 21 entidades, incluindo a Associação Contas Abertas, o movimento Transparência Brasil, o Instituto Ethos e o RenovaBR. Eles entregaram uma petição com a cobrança à Rosa Weber na quarta-feira (30).

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A questão da transparência é um dos estopins da crise entre Bolsonaro e o presidente do PSL, Luciano Bivar, que anunciou nesta quinta-feira (31) a intenção de incluir, no site da legenda, uma ferramenta para divulgar as contas partidárias semanalmente. O anúncio foi feito um dia após Bolsonaro pedir o bloqueio de repasses do fundo eleitoral para o PSL, acusando o partido de falta de transparência na prestação de contas.

No início do mês, circulou na imprensa uma notificação extrajudicial feita em nome do presidente - e de dezenas de deputados do PSL - exigindo todas as informações de doadores e de receitas do partido, além de demandar que a direção da sigla informasse a existência de procedimentos internos para decidir como os recursos são aplicados.

O movimento Transparência Partidária e outras entidades da sociedade civil vêm cobrando o TSE há anos para que ele endureça a obrigação que os partidos têm de prestar contas. Em meados do ano passado, 12 diretórios nacionais se queixaram oficialmente de ter que adotar, a partir de meados do ano passado, sistema digital de prestação de contas do Tribunal.

As legendas alegaram dificuldades operacionais para adotar o SPCA (Sistema de Prestação de Contas Anual), mas a equipe técnica do TSE constatou que as agremiações tinham feito poucos lançamentos na plataforma perto do vencimento do prazo. Até a adoção do sistema, as contas eram prestadas em papel, o que retarda o julgamento dos balanços e aumenta o risco de prescrição. Este ano, o TSE concluiu as prestações de contas das siglas referentes ao ano de 2013 - cujo prazo de prescrição foi até o final de abril.

Na petição, o Transparência Partidária aponta que a os dados do governo federal "têm formato de dados abertos e são atualizados no máximo mensalmente, podendo ser atualizados diária ou semanalmente, a depender do tema". Segundo o diretor executivo do movimento, Marcelo Issa, os partidos gozam de uma situação em que são menos obrigados a prestar contas que outras organizações que gerenciam dinheiro público.

O Transparência Partidária almeja que a prestação de contas das legendas seja feita de forma semelhante à divulgação de contas de campanhas eleitorais - feita em tempo real e compartilhada com o público em formato digital dentro de 72 horas.

Um dia após o presidente Jair Bolsonaro pedir o bloqueio de repasses do fundo eleitoral para o PSL, o presidente da sigla, Luciano Bivar, anunciou uma ferramenta no site da legenda para divulgar as contas partidárias semanalmente.

A criação da ferramenta é uma resposta do grupo de Bivar às acusações de aliados de Bolsonaro sobre a falta de transparência nas contas do PSL. O objetivo, segundo pessoas próximas ao presidente do partido, é minar a estratégia jurídica do grupo bolsonarista, que pretendia sair do partido sem perder o mandato nem o fundo eleitoral usando, como argumento na Justiça, a suposta falta de acesso às contas partidárias.

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"Para que não haja nenhuma dúvida sobre a transparência das contas do partido, o diretório nacional decidiu que os dados que já eram públicos e estavam disponíveis na página da Justiça Eleitoral também poderão ser consultados na página do PSL (…) Além da inclusão dos dados que já eram públicos, o diretório nacional contratou empresa especializada para criação de um ambiente digital com ampla divulgação em tempo real das receitas recebidas pelo partido e, semanalmente, das despesas realizadas", disse Bivar, em nota.

O aumento vertiginoso dos recursos públicos recebidos pelo PSL depois que o partido passou de nanico a uma das maiores bancadas do Congresso é um dos elementos da crise entre as alas bivarista e bolsonarista do partido que já dura algumas semanas. Segundo cálculos, o PSL vai receber mais de R$ 800 milhões referentes aos fundos Partidário (R$ 110 milhões por ano) e Eleitoral (R$ 200 milhões por eleição) nos quatro anos do mandato de Jair Bolsonaro.

A ala bolsonarista pediu, na Justiça, que a direção nacional abra as contas referentes ao exercício de 2019. O pedido é parte da estratégia jurídica para o desembarque dos aliados do presidente do partido. A ideia é, segundo advogados que acompanham a crise, abrir uma "janela" para a debandada com o argumento de que a direção, sob o comando de Bivar, não é transparente.

Na tentativa de esvaziar a estratégia dos bolsonaristas, Bivar colocou à disposição uma série de documentos na sede do partido, em Brasília. Segundo o dirigente, até agora ninguém apareceu para analisar a papelada.

A Câmara dos Deputados lançou nessa quarta-feira (25) uma ferramenta para checagem de notícias falsas. O projeto, batizado de Comprove, vai receber demandas de cidadãos e parlamentares, apurar e apresentar uma versão sobre fatos relacionados à Casa e seus integrantes. O recurso foi apresentado no seminário Fake News, Redes Sociais e Democracia, realizado em parceria com os institutos E se fosse você? e Palavra Aberta.

Por meio de um número de WhatsApp, cidadãos poderão encaminhar dúvidas ou conteúdos para verificar a veracidade das informações. A equipe que abastece a ferramenta ficará encarregada de conferir a autenticidade e responder a demanda, classificando o material como fato, falso ou impreciso.

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A iniciativa define fake news como informações com características noticiosas que não correspondem à realidade, amplamente compartilhadas por meios de comunicação com o objetivo de atrair a atenção das pessoas, na medida em que provocam reações inflamadas e irrefletidas – em geral, contra uma pessoa, uma instituição, um fato ou uma ideia.

Para a ferramenta, foi criada uma página própria dentro do portal da Câmara dos Deputados. Nela, serão disponibilizadas as checagens, que poderão ser replicadas por quem desejar. O serviço também apresenta dicas e orientações sobre como evitar, não acreditar ou reproduzir esse tipo de conteúdo.

“É um instrumento que a Câmara vai oferecer à sociedade em defesa da democracia e contra notícias falsas. Para enfrentar este fenômeno é necessário redobrar a confiança na liberdade de expressão e ter mais educação midiática para livrar este mal”, declarou o secretário de Participação, Interação e Mídias Digitais, deputado Orlando Silva (PCdoB-SP).

O presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu a importância do combate à conteúdos enganosos e ressaltou como a prática atinge a democracia e instituições democráticas, como o Parlamento. A disseminação desse tipo de mensagem, acrescentou Maia, prejudica a imagem dessas estruturas juntamente à população.

“Uma informação falsa em relação a uma votação gera ódio ao Parlamento e vontade de alguns de ir contra as instituições do Estado democrático de direito. Quando o Congresso derruba veto ao projeto de abuso de autoridade, vem a fake news: políticos vão julgar os juízes”, exemplificou, em referência à derrubada de parte dos vetos à Lei de Abuso de Autoridade.

O Facebook apresentou nesta terça-feira (20) uma nova ferramenta para que seus usuários possam controlar seus dados obtidos pelo grupo fora da rede social, em uma tentativa de se mostrar mais pró-ativo na proteção de informações pessoais.

A menos de uma semana, foram reveladas novas práticas cometidas pelo Facebook, que reconheceu ter transcrito escutas de trechos sonoros de conversas de alguns usuários, algo que a primeira rede social do mundo havia negado por muito tempo.

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Com a nova ferramenta apresentada nesta terça-feira, o grupo explicou que deseja "devolver o controle" de seus dados aos usuários da rede.

Na prática, os usuários poderão decidir, a partir de agora, se os dados que o Facebook obtém por meio de aplicativos ou de sites de terceiros que consultam (como serviços de vendas on-line) podem ou não ser vinculados às suas contas na rede social.

"Em geral, usamos esses dados para propor publicidade relacionada aos dispositivos, ou às informações que foram pesquisadas na Internet. Mas sabemos que é importante fornecer mais transparência e controle aos nossos usuários sobre esse tipo de dado", explicou Stephanie Max, responsável pelos produtos do Facebook, em uma coletiva de imprensa on-line.

As novas funções de confidencialidade foram lançadas nesta terça em formato de teste na Irlanda, Espanha e Coreia do Sul, antes de serem disseminadas mundialmente "nos próximos meses". Permitirão que os usuários decidam se o total, ou parte, dos dados que o Facebook obtém em outros portais podem ser associados à sua conta pessoal.

O grupo americano obtém esses dados em vários lados, como sites de comércio eletrônico, aplicativos, ou mesmo jornais on-line, por meio de ferramentas que o Facebook oferece a outras empresas para publicidade, contagem de tráfego, ou pesquisa de produtos.

Os dados também incluem o tipo de dispositivo usado para se conectar, sua marca, ou localização geográfica, com a qual o Facebook pode propor publicidade ultrapersonalizada. Essas informações são vendidas para empresas, representando uma vultosa fonte de renda para a rede social.

- Dados anônimos -

O Facebook não considera dispensar completamente esses dados preciosos.

Se o usuário decidir, "vamos desvincular os dados, mas continuaremos a recebê-los, embora de forma anônima. Isso nos permite compilar estatísticas sobre interações publicitárias, embora sem saber" a identidade daqueles que visitam esses sites, insistiu Stephanie Max.

"Tivemos que mudar parte de nossa arquitetura para poder criar essa ferramenta, construir uma nova infraestrutura para poder desvincular os dados da conta", disse Max.

O responsável ressaltou que tal medida é "a primeira na indústria" e espera que isso sirva para "promover uma reflexão no setor como um todo sobre transparência e controle".

Dessa forma, o Facebook tenta responder às críticas sobre o manuseio de dados pessoais no aplicativo, após o escândalo do caso Cambridge Analytica, que estourou em março de 2018. O episódio colocou o grupo californiano no centro das atenções dos governos, tanto dos Estados Unidos quanto da Europa.

No final de julho, a rede social foi condenada a pagar uma multa recorde de 5 bilhões de dólares pela Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos (FTC, na sigla em inglês), que garante a proteção dos consumidores, por não ter protegido os dados pessoais de seus usuários.

Embora tenha se oposto por muito tempo à regulamentação da Internet, o fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, mudou de ideia no final de março. Pediu aos Estados que implementem uma regulamentação real e deu como exemplo o Regulamento Europeu Geral de Proteção de Dados (GDPR), que entrou em vigor em março de 2018.

Na próxima sexta-feira (3), durante a 7ª edição do Congresso Internacional Inspirar de Fisioterapia Pélvica, em Curitiba, será re-lançado o aplicativo iPelvis. Elaborado pela fisioterapeuta Maura Seleme a ferramenta foi desenvolvida para ajudar pessoas que possuem algum problema na pélvis como incontinência urinária, fecal, prolapsos e problemas de sexualidade.

O App possui vídeos, exercícios, informações e até um espaço para interação entre paciente e a equipe multidisciplinar especialista nesse tipo de enfermidade. As rotas de tratamento devem ser escolhidas após o diagnóstico clínico, assim de acordo com o problema, o usuário será conduzido para os exercícios mais adequados ao seu tratamento.

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O iPelvis estará disponível para iOS e Android, custando um valor de R$ 29,90 por ano. Mais informações sobre o iPelvis estão disponíveis no site.

Em novembro de 2018, um "bot" chamado Tobi produziu quase 40 mil artigos de imprensa sobre os resultados das eleições na Suíça para a gigante da mídia Tamedia. E em apenas cinco minutos.

Tobi, um gerador automático de texto, escreveu sobre os resultados de cada um dos 2.222 municípios do país, em francês e alemão, segundo uma análise apresentada no mês passado na conferência Computation + Journalism, em Miami.

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Este tipo de programa, dotado de inteligência artificial, disponível há dez anos, está se tornando cada vez mais comum nos grandes veículos de imprensa. "Vemos que o potencial da inteligência artificial ou do robô-jornalista é cada vez mais aceito nas redações do mundo todo", disse Damian Radcliffe, professor da Universidade do Oregon.

"Estes sistemas podem oferecer rapidez e exatidão e potencialmente ajudar na realidade de redações mais modestas, assim como nas pressões a que os jornalistas são submetidos em termos de tempo", acrescentou.

Enquanto o setor luta cada vez mais para sobreviver, os meios de comunicação começaram a se voltar para a inteligência artificial para produzir artigos, personalizar a entrega de informação e, em alguns casos, classificar os dados.

Para estas organizações, os "bots" não visam a substituir repórteres ou editores, mas sim ajudá-los a se desembaraçar de tarefas mais monótonas, como resultados esportivos e de empresas.

O The Washington Post, por exemplo, se apoiou em um programa chamado Heliograf para cobrir mais de 500 eleições desde 2014. Segundo Jeremy Gilbert, encarregado do jornal americano, o "bot" consegue dar resultados mais rápido e atualizar artigos à medida que a informação muda, o que permite aos jornalistas se concentrar em outras tarefas. Segundo ele, as reações dentro da redação têm sido positivas geralmente.

"Surpreendentemente, muita gente veio e disse: 'Eu faço este artigo todas as semanas, tem alguma coisa que poderíamos automatizar?'", relata Gilbert.

- Ajuda valiosa ou ameaça? -

As mesmas dúvidas pairam em outras redações pelo mundo. A agência de notícias norueguesa NTB automatizou os informes esportivos para que os resultados dos jogos saiam em 30 segundos.

O Los Angeles Times, por sua vez, desenvolveu um "quakebot", um "bot" especializado em terremotos, que publica rapidamente artigos sobre sismos na região.

A agência Associated Press automatizou os resultados de empresas para cerca de 3.000 companhias, enquanto o jornal Le Monde, com seu sócio Syllabs, utilizou um programa que gerou 150.000 páginas da Internet cobrindo 36.000 municípios durante as eleições de 2015.

Embora os profissionais de mídia reconheçam as limitações destes programas, também destacam que às vezes podem fazer o que os humanos não conseguem.

O Atlanta Journal-Constitution usou um equipamento de jornalismo de dados para desvendar 450 casos de médicos remetidos a juntas médicas ou tribunais por má conduta sexual, quase a metade dos quais ainda estão livres para exercer a medicina.

O jornal usou o "machine learning" - ou aprendizado automático - uma ferramenta de inteligência artificial, para analisar cada caso. O trabalho foi revisto em seguida por jornalistas.

E apesar de que os robôs pareçam ajudar os jornalistas, persistem as preocupações sobre a evolução do ofício. Alguns temem que a inteligência artificial saia do controle e resulte em cortes de empregos.

Em fevereiro, pesquisadores da OpenAI, uma organização especializada em inteligência artificial, anunciaram que haviam desenvolvido um gerador de texto automático tão bom que tinham decidido mantê-lo em sigilo pelo momento.

Segundo eles, o programa poderia ser usado para gerar artigos noticiosos falsos, usurpar a identidade de pessoas on-line ou automatizar conteúdos falsos nas redes sociais. Mas Meredith Broussard, professora de jornalismo de dados na Universidade de Nova York, não vê riscos imediatos na inteligência artificial.

Por enquanto, os programas se ocupam dos artigos "mais chatos", diz. "Alguns trabalhos serão automatizados, mas no geral não me preocupa um apocalipse causado por robôs na redação", acrescenta.

E Jeremy Gilbert, do Washington Post, reitera: seu jornal "tem uma equipe incrível de repórteres e editores e não queremos substituí-los".

A partir desta quarta-feira (19), já pode ser solicitado o seguro-desemprego totalmente pela internet. Disponível no Portal Emprega Brasil, o objetivo da funcionalidade é garantir mais eficiência na prestação de serviços públicos, reduzir custos e oferecer mais comodidade.

Para solicitar, basta entrar no portal e digitar a senha de acesso. Quem não possuí-la deve informar seus dados pessoais, que serão checados nas bases do Governo Federal, e responder um questionário com perguntas sobre a sua vida laboral e previdenciária. Já com acesso ao portal, o trabalhador deve clicar em "Solicitar Seguro-Desemprego” e informar o número do requerimento que está no comunicado de dispensa.

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Em seguida, o usuário será direcionado a acompanhar um passo-a-passo com oito etapas. São elas: confirmação de dados do requerimento; atualização das informações do requerente; formação acadêmica (cursos acadêmicos e de qualificação profissional); indicação de experiências profissionais mais relevantes; objetivos profissionais; pesquisa de vagas com seu perfil, se houver; cursos de qualificação; e por fim, confirmar a solicitação do benefício.

Uma das vantagens que o portal irá oferecer é o acréscimo no número de atendimentos. Atualmente, o postos do Ministério do Trabalho atendem 600 mil requerimentos por mês, em média. O prazo para recebimento do benefício, que atualmente é de 30 dias, começará a contar a partir da solicitação feita pela internet.

Desde 2017, a solicitação do seguro-desemprego pode ser realizada pela rede mundial de computadores, mas o trabalhador precisava ir a posto de atendimento fazer a validação dos dados. Agora, se as informações estiverem corretas e não houver pendências, é possível fazer todo o processo virtualmente.

"O seguro-desemprego 100% na internet consolida, assim, a integração das políticas de emprego, trabalho e renda do Programa do Seguro-Desemprego, intermediação para o emprego, qualificação profissional e pagamento do benefício, quando necessário”, completa o coordenador-geral do Seguro-Desemprego no Ministério do Trabalho Márcio Borges.

No noroeste da Síria, uma dezena de deficientes visuais escrevem em smartphones. Estão aprendendo a seguir as instruções de um guia vocal graças a um aplicativo criado por um ex-combatente rebelde que perdeu a visão por um ferimento em campo de batalha.

Com seus amigos, Ahmed Talha, de 24 anos, criou um sistema para smartphones em árabe, inspirado em um programa similar em inglês. O aplicativo permite aos deficientes visuais navegarem pela internet no telefone. Pode descrever, por exemplo, a página aberta na tela ou ler as mensagens que aparecem.

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"O que eu queria para os cegos é que tivessem os melhores aparelhos, as melhores ferramentas", declarou à AFP este jovem, que também participou da criação da associação "Corações-Videntes", que propõe formações e atividades lúdicas para tirá-los do isolamento.

No edifício da associação, na pequena localidade de Anjara, no oeste da província de Aleppo, o ex-rebelde escuta com interesse um colaborador que ensina um grupo a usar o programa.

"Abram o Whatsapp", diz o instrutor Mohamed Ramadan a um público de idades variadas.

Sentados em carteiras escolares, os alunos teclam em seus telefones, dos quais saem vozes artificiais metálicas.

Esperança

Em um país devastado desde 2011 pela guerra, Ahmed Talha abandonou os estudos de informática para empunhar armas contra o regime do presidente Bashar al Assad.

Em 2014 recebeu uma bala na cabeça. Sobreviveu, mas perdeu a visão.

"Não me abandonei. Continuei vivendo", afirma Talha, com uma cicatriz no olho direito.

O ex-combatente é casado com duas mulheres e é pai. Agora acaba de se comprometer com uma terceira, deficiente visual como ele. Também retomou os estudos.

Seu olho direito ainda capta uma luz fraca. Por isso gosta de ficar sob os raios de sol.

"Me permite sentir um certo calor. Me ajuda muito, me dá esperança", explica.

"Você segue entre trevas, mas é romântico. É como uma vela acesa no meio de um quarto grande", acrescenta na janela de sua casa, com a cara banhada pelo sol.

Sua primeira esposa, Samia, com o rosto oculto sob um niqab (véu islâmico integral) preto, afirma que a cegueira de seu marido não impede que eles levem uma vida normal.

"Vamos ao mercado juntos, visitamos amigos, passeamos à noite", diz a jovem.

A associação funciona há meses graças a oito colaboradores, um financiamento modesto dos fundadores e algumas doações de particulares.

"O objetivo é tirar os cegos do isolamento", explica à AFP o diretor, Ahmed Jalil.

Os meios são mais que limitados, lamenta. Há muitos civis com deficiências físicas devido à guerra e aos ataques aéreos.

Hoje só uma quinzena de pessoas participam das atividades da associação: apoio psicológico, cursos para aprender a caminhar com bengala, torneios de xadrez e partidas de futebol e handebol com bolas com sinos.

Também propõe formações para aprender a usar computadores, embora só disponham de um.

A Apple lançou nos Estados Unidos, Canadá, Austrália e Nova Zelândia uma ferramenta que permite aos usuários de iPhones baixar, alterar ou excluir todos os dados que a empresa coletou sobre eles. O recurso foi revelado no início deste ano para usuários da União Europeia, em resposta à lei que regulamenta a proteção de dados nos países europeus.

De acordo com a fabricante, a ferramenta deve estar disponível em todo o mundo até o fim de 2018.

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Os dispositivos da Apple coletam dados detalhados sobre os usuários, como para quem telefonam, enviam e-mails e mensagens de texto, além de dados como impressões digitais. A empresa mantinha boa parte desses dados nos próprios aparelhos, de maneira criptografada com o código de acesso do usuário. Isso significa que a Apple não possui os dados e não pode acessá-los se solicitada por autoridades.

No entanto, a fabricante coleta e armazena informações que são aplicadas para melhorar a experiência do consumidor com o dispositivo. Por exemplo, a empresa coleta dados sobre os hábitos de leitura dos usuários para aprimorar sugestões em seu aplicativo de notícias Apple News. Mas a Apple afirma que esses dados estão vinculados a um identificador anônimo, em vez de um perfil pessoal, que pode ser redefinido a qualquer momento.

A empresa também incluiu em seu guia para os consumidores novas instruções de como ajustar as configurações de privacidade no aparelho. A fabricante busca transformar sua política de privacidade em uma vantagem contra seus concorrentes no setor de tecnologia, como é o caso da marca sul-coreana Samsung.

O Facebook vai adotar no Brasil, antes das eleições deste ano, ferramentas de transparência em anúncios políticos. Os recursos já haviam sido divulgados em maio pela empresa, mas estavam funcionando em poucos países, como nos Estados Unidos. A medida, anunciada nessa quinta-feira (28), tem como foco as eleições, valendo para conteúdos políticos em geral. 

Os anúncios políticos impulsionados por páginas entraram na mira de questionamentos de autoridades e organizações da sociedade civil quando o Facebook passou a ser questionado pela influência em disputas como as eleições dos Estados Unidos de 2016 e o referendo de saída do Reino Unido da União Europeia, o Brexit.

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A empresa foi bastante criticada pelo vazamento de dados de milhões de usuários, que teriam sido usados pela empresa britânica de marketing digital Cambridge Analytica, no pleito de 2016, em favor do ganhador, hoje o presidente Donald Trump. A possível influência de forças russas neste processo, por meio da plataforma, motivou a abertura de uma investigação no Congresso do país.

Ferramentas

Os usuários poderão visualizar os anúncios que estão sendo promovidos por uma página. Isso não apenas caso eles apareçam nos conteúdos da linha do tempo (chamada de feed de notícias), mas também ao acessar o endereço de cada página. Isso valerá também para outros serviços da empresa, como Instagram e Messenger. Para acessar a informação, o usuário deve procurar pelo link “informações e anúncios”. Também haverá a possibilidade de denunciar este tipo de conteúdo.

Será criada uma identificação de anúncios políticos, para diferenciá-los de outros. Essa foi uma preocupação manifestada nos Estados Unidos, já que o design do feed de notícias não destacava este tipo de conteúdo, por vezes possibilitando a confusão deles com outros anúncios ou até mesmo com notícias não pagas.

Como a legislação brasileira só permite o anúncio pago nas eleições por candidatos, devem aparecer com este rótulo as publicações impulsionadas de quem está disputando algum cargo.

Arquivo

Outro recurso nas páginas será o chamado “arquivo”, onde ficarão os anúncios veiculados por aquele perfil. Este tipo de recurso foi cobrado por autoridades e especialistas pela preocupação de que a segmentação e personalização de anúncios poderia ser explorada por um candidato, enviando mensagens direcionadas a cada público que poderiam ser, inclusive, contraditórias entre si.

Com a possibilidade de acessar um arquivo, o eleitor pode ver tudo o que o candidato vai impulsionar na plataforma.

O Facebook anunciou também que serão disponibilizadas mais informações sobre as páginas, independentemente de veicularem ou não anúncios. O Facebook não detalhou que tipo de informações serão acrescidas, mas citou como exemplos os nomes antigos (é possível trocar os nomes das páginas na plataforma) e as datas de criação (recurso que pode ajudar a identificar perfis criados especificamente para eleições ou para determinadas ações, como impulsionar anúncios).

Luz sobre anúncios

Além destas medidas, em abril a companhia já havia divulgado outras regras para as páginas. Entre elas, a fiscalização dos responsáveis por estes perfis, para garantir a identificação no caso de muitos seguidores. No primeiro trimestre, a empresa derrubou seis milhões de contas falsas por dia a partir deste tipo de monitoramento.

O Facebook argumentou que as medidas visam coibir o mau uso da plataforma.

“Ao lançar uma luz sobre todos os anúncios, bem como sobre as páginas que estão rodando esses anúncios, conseguiremos evitar abusos, ajudando a garantir que pessoas mal intencionadas tenham responsabilidade sobre os anúncios que fizerem”, afirmou o comunicado, assinado pelo diretor de gerenciamento de produto, Rob Leathern, e a diretora de marketing de produto, Emma Rodgers.

Na avaliação da advogada especialista em direito digital e integrante do Comitê Gestor da Internet no Brasil Flávia Lefévre, a possibilidade de acessar os anúncios independentemente do que aparece no feed de notícias ajuda a furar as "bolhas" causadas pela seleção de conteúdos operada pelos algoritmos do Facebook.

Por outro lado, a advogada se preocupa com a fiscalização dos responsáveis pelas páginas. “A possibilidade de você ter um pseudônimo, uma conta alternativa, fortalece sua liberdade de expressão. A gente tem tido casos de jornalistas e comunicadores ameaçados e sendo mortos porque defendem determinadas ideias, então isso pode calar a boca de muita gente”, alertou.

Um juiz federal da Califórnia anunciou na segunda-feira que o Facebook enfrentará uma ação coletiva por sinais de que violou a privacidade dos usuários ao usar uma ferramenta de reconhecimento facial em suas fotos sem consentimento explícito.

A decisão foi anunciada no momento em que a rede social enfrenta um escândalo pela administração incorreta dos dados de 87 milhões de usuários antes das eleições presidenciais americanas de 2016.

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A ferramenta de reconhecimento facial, criada em 2010, sugere os nomes das pessoas que identifica nas fotos publicadas pelos usuários, uma função que de acordo com os demandantes não cumpre a lei estadual de Illinois que protege a privacidade biométrica.

O juiz James Donato considerou que as queixas apresentadas pelos residentes de Illinois Nimesh Patel, Adam Pezen e Carlo Licata eram "suficientemente coerentes para buscar sua resolução de maneira coletiva".

O caso envolve "os usuários do Facebook localizados em Illinois, sobre os quais o Facebook criou e armazenou um 'template' de rostos depois de 7 de junho de 2011", afirmou o juiz.

Uma porta-voz do Facebook disse à AFP que a empresa acredita que "o caso não tem mérito". "Vamos nos defender de maneira vigorosa", disse.

O Facebook é bastante aberto a respeito da ferramenta e permite aos usuários ativá-la ou desativá-la para evitar que eles mesmos sejam identificados nas fotos.

A tecnologia foi suspensa para os usuários na Europa em 2012 por temores relacionados à privacidade.

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