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O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) oficializou, na última sexta-feira (24), o Acordo de Cooperação Técnica (ACT) com o Grupo Carrefour Brasil que possibilita a capacitação e contratação de pessoas inscritas no Bolsa Família para trabalhar na empresa de varejo e atacado.

No evento do dia 24, cinco mulheres entregaram seu cartão do Bolsa Família e tiveram sua carteira de trabalho assinada. Para muitas, era a primeira vez que conseguia um trabalho formal, como é o caso de Jackeline Dutra, que conseguia se sustentar apenas com bicos.

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“O Bolsa Família ajudou muito financeiramente durante esse tempo que recebi, porque eu nunca trabalhei de carteira assinada, sempre fazia bicos de diarista”, afirma Jackeline.

O ministro do MDS, Wellington Dias, explica que a iniciativa procura melhorar a renda dos inscritos no Cadastro Único (CadÚnico) e poder passar aquela vaga para outra pessoa que também precisa do Bolsa Família. A parceira também trabalha com uma qualificação da mão de obra para aperfeiçoar sua participação no novo emprego.

O executivo do Grupo Carrefour, Stéphane Maquaire, celebrou o acordo com o Governo Federal: “Nós precisamos de mais empregados, mais colaboradores e colaboradoras, e há pessoas que precisam de um trabalho. O governo sabe disso, então assinamos hoje com o Ministério do Desenvolvimento Social um acordo de cooperação. É uma nova forma de trabalhar juntos para também apoiar o governo no combate à fome”.

A estimativa é de 10 a 20 trabalhadores adicionais por estado ao mês na empresa varejista, com acesso ao CadÚnico o grupo poderá contratar pessoas a partir de 18 anos em situações de vulnerabilidade para seguir uma carreira profissional com direitos trabalhistas garantidos. Serão priorizadas mulheres negras e outros grupos desprotegidos. 

O ACT tem vigência de doze meses durante esse primeiro período e prevê ao menos 10% das vagas de emprego ofertadas pelo Carrefour destinadas aos inscritos no CadÚnico. O ministro Wellington Dias afirma que a meta do projeto é alcançar um milhão de beneficiários do Bolsa Família e colocá-los atuantes no setor privado em diferentes áreas com acordos semelhantes ao realizado com o Grupo Carrefour.

“Agora nós vamos trabalhar toda essa parte de qualificação, ter uma meta em cada estado. No Piauí a meta é alcançarmos, no primeiro momento, 35 mil pessoas que deixaram o Bolsa Família, porque têm uma renda mais elevada e, assim, em todos os estados brasileiros, até completar um milhão ou mais de famílias”, comunica o ministro.

Segundo o MDS, o presidente Lula (PT) quer que o ministério, “além de cuidar dos mais pobres, abra oportunidade pelo emprego e pelo empreendedorismo”. Para garantir a inclusão, o MDS criou uma secretaria própria para se comunicar com a sociedade civil e os órgãos públicos e privados. Há, também, um trabalho do ministério para criação de um fundo de garantia para concessão de crédito a pessoas que desejam empreender e que não tenham renda ou nem patrimônio suficientes.

“Alguém quer montar uma lanchonete, quer abrir um mercadinho, quer produzir melancia, quer criar galinha, vender ovos, ou seja, ter um crédito barato, porque não tem patrimônio nem renda, o fundo é a garantia. Estamos pactuando com a rede bancária para rapidamente apresentarmos ao presidente Lula e levarmos ao Brasil”, detalha Wellington Dias.

O Governo Federal retomou o programa Mais Médicos, agora com novo nome: Mais Médicos para o Brasil. Com a abertura de 15 mil novas vagas, o programa volta com prioridade aos profissionais brasileiros formados no Brasil e novas áreas de abrangência, como dentistas, enfermeiros e assistentes sociais.

Diferentemente do programa criado em 2013, o Mais Médicos pelo Brasil incentivará a participação de brasileiros e médicos formados pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).“Neste momento, o foco está em garantir a presença de médicos brasileiros no Mais Médicos, um incentivo aos profissionais do nosso país. Se não houver quantitativo, teremos a opção de médicos brasileiros formados no exterior. E, se ainda assim não tivermos os profissionais, optaremos por médicos estrangeiros. O nosso objetivo não é saber a nacionalidade do médico, mas a nacionalidade do paciente, que é um brasileiro que precisa de saúde”, defendeu o presidente Lula (PT), durante lançamento do novo programa.

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Entre as 15 mil novas vagas, parte delas serão abertas por meio de edital ainda no mês de março, sendo 5 mil ao todo. As outras 10 mil oportunidades serão oferecidas a contrapartida dos municípios, garantindo um menor custo às prefeituras e maior agilidade na reposição e permanência dos profissionais.

O Governo Federal irá investir um total de R$ 712 milhões no programa. Poderão se inscrever médicos brasileiros formados no Brasil, médicos brasileiros formados no exterior, intercambistas e estrangeiros.

O programa na prática

Contratado pelo programa desde seu primeiro ciclo, em 2013, o médico Antônio Carlos Ramos de Matos, de 68 anos, já participou do Mais Médicos duas vezes. Atualmente residente da França, mas nascido em Pernambuco, o profissional conta ao LeiaJá que trabalhar para o programa foi gratificante.

“O programa colocou em pauta um assunto muito delicado, que é o problema da demografia médica. A quantidade de médicos era [em 2013] 1.9 médicos por mil habitantes e a expectativa era passar para 2.7 em 2026. Mas isso não é suficiente, você pode formar 2.3 médicos por mil habitantes, mas os médicos formados ficam concentrados onde tem população com dinheiro. O Mais Médicos foi e é importante ainda porque ele distribui os médicos em função das áreas carentes, incluindo as zonas indígenas e quilombolas”, explica.

O entrevistado relata que já trabalhava nos hospitais da Europa quando passou pela seleção em 2013 por diploma e experiência. Antônio diz que seu objetivo era dedicar um ano de sua vida profissional ao país em que nasceu e onde as necessidades eram muito importantes. Ele tentou ficar mais próximo ao seu estado, Pernambuco, e foi escalado para atuar em Bezerros, na Mata Sul pernambucana.

“O objetivo do programa é assim: você tenta preencher as vagas com médicos brasileiros, se não conseguir preencher, abre para médicos estrangeiros que tenham revalidado o diploma deles e depois vai passando até chegar a médicos estrangeiros que não tenham revalidado o diploma deles no Brasil”, detalha Antônio sobre a seleção feita do Mais Médicos.

A segunda atuação do médico no programa foi durante a pandemia da Covid-19: “Em 2020, eu trabalhava em um hospital na Grã-Bretanha, aqui na França, mas eu decidi ir contribuir na luta contra a pandemia da Covid [no Brasil]. Novamente, eu não quis ficar longe da minha cidade, Recife, e fui nomeado na cidade de Goiana, e fiquei quase três anos.”

Antônio esclarece um pouco mais sobre o Mais Médicos na prática. De acordo com o entrevistado, o médico é alocado em uma Unidade de Saúde da Família (USF), também chamado de Unidade Básica de Saúde (UBS), e ele é parte de uma equipe de saúde de família, constituído por enfermeiros, que costumam ser os coordenadores da equipe, técnicos de saúde, dentista, auxiliar de saúde bucal e vários agentes comunitários de saúde.

Em sua experiência, também houve reuniões regulares com a equipe para implementar os diversos programas. O time se compromete em fazer visitas domiciliares, consultas, atividades de prevenção e palestras.

“Você tenta passar a ideia de que saúde é uma estratégia global, né? Que não é só uma atividade curativa, tem uma parte preventiva que é fundamental e com diversos aspectos de saúde materna, saúde infantil, saúde do idoso, saúde da mulher e por aí vai. O médico faz parte dessa equipe e essa articulação é fundamental”, destaca.

Formado na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Antônio Carlos descreve o contato próximo que teve com as comunidades em que trabalhou: “Participar desse programa, para mim, foi extremamente enriquecedor. Na Unidade de Saúde da Família você se aproxima muito da população, né? Você está dentro dela. Eu tive a sorte de, na segunda experiência, morar dentro da comunidade, então fica mais fácil você conhecer problemas graças ao contato com os agentes comunitários de saúde e, também, através das visitas domiciliares. E ainda mais morando lá, você morando com a comunidade tem toda a rede de informação sobre todos os os membros da própria comunidade.”

Ao finalizar sua fala, o profissional ressalta ver uma importância no Mais Médicos: “Eu achei extremamente gratificante, acho que é um é um programa fundamental para o reforço da da saúde da família e da da estratégia de saúde da família. E agora mais, né? Com o presidente Lula que volta a insistir sobre a importância do programa e com essa ideia de recrutar mais gente e colocá-los lá onde o povo precisa, onde a população tem necessidade de médico.”

O que é o Mais Médicos

Lançado em 2013 durante o governo Dilma, o programa Mais Médicos tinha como objetivo acabar com o problema da distribuição de competências médicas pelo país, gerado pela concentração de profissionais apenas na área urbana. Junto com o Ministério da Educação, o Ministério da Saúde também visava melhorar a formação médica em saúde da família e a atenção básica, além de realocar os médicos em regiões carentes com indicadores de saúde baixos.

Em 2019, o programa foi substituído pelo “Médicos pelo Brasil" do governo Bolsonaro.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) esteve no Recife pela primeira vez depois de eleito nesta quarta-feira (22), ao lado da sua comitiva, para fazer a reinauguração do Programa de Aquisição de Alimentos (PPA), no Geraldão, Zona Sul da cidade. Também foram anunciadas ações na saúde, habitação, infraestrutura e desenvolvimento econômico no evento que contou com a presença de ministros, deputados e deputadas federais e estaduais, a governadora Raquel Lyra (PSDB) e a vice-governadora Priscila Krause (Cidadania), o prefeito João Campos (PSB), o senador Humberto Costa (PT) e a senadora Teresa Leitão (PT). 

O objetivo do programa é fortalecer a agricultura familiar e garantir segurança alimentar e nutricional, sobretudo às famílias mais vulneráveis. O programa foi criado em 2003, mas mudou para Alimenta Brasil no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), perdeu o orçamento e teve a sua recriação através de assinatura de uma medida provisória nesta quarta. 

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O petista afirmou que o dia foi histórico para o estado, tendo em vista os atos assinadas por ele, a exemplo da medida provisória que recria o PAA, a assinatura do decreto que recria o Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural e Sustentável; o decreto de criação do Programa de Organização Produtiva de Mulheres Rurais. 

“O que fizemos hoje no estado de Pernambuco foi uma afronta àqueles que, a vida inteira, resolveram dizer que o povo pobre e trabalhador que está desalentado não tem perspectiva de vida. Eu vim aqui dizer ao Brasil, através dos ouvidos abertos do povo de Pernambuco: nós voltamos a governar este País. Nós vamos mudar a história deste País”, exaltou o presidente. 

Segundo ele, os anúncios realizados no evento desta quarta-feira representam um grande passo na melhoria da qualidade de vida do povo brasileiro. “Sobretudo no povo que costuma trabalhar na agricultura, vai ser uma coisa extraordinária. Levamos um tempo, sempre vai demorar um pouco, mas é como plantar um pé de jabuticaba: já fizemos uma vez e agora vamos fazer com muito mais competência”, afirmou. 

Também no evento após uma manhã de atividades ao lado de Lula, inclusive a assinatura da homologação do Acordo de Noronha, a governadora Raquel Lyra (PSDB) foi vaiada pelos trabalhadores da saúde e da educação durante todo o seu discurso, mas mesmo assim não deixou de fazê-lo e fez questão de exaltar a democracia e a relevância da sua representatividade.

“Eu, diante de todos os atos justificáveis pela democracia que a gente vive, venho dizer ao povo de Pernambuco que: eu estarei em cada recanto do nosso Estado. Vamos enfrentar as desigualdades, não com vaias, mas com muito amor. Vamos enfrentar a fome, não com vaias, mas com muito trabalho. E é junto com vocês, com diálogo, construção coletiva, que a gente vai fazer esse Estado mudar e voltar a ser líder do Nordeste brasileiro”.

O prefeito João Campos (PSB), que também recebeu vaias dos trabalhadores que pediam o pagamento do piso salarial, reforçou a aliança com o presidente e destacou a recriação do PPA. “É o maior programa de segurança alimentar, aquisição de alimentos e fortalecimento da agricultura familiar do País. Neste mesmo dia, a gente tem a oportunidade de lhe receber [Lula]  pela primeira vez depois de eleito, no seu Estado”, falou. Ele também salientou que a capital pernambucana teve um recorde de investimento na cidade neste ano, vindo do governo federal. 

 

O governo federal publicou nesta sexta-feira (17) o edital de chamada pública para que guardas municipais elaborem projetos que visam combater a violência contra a mulher, como a patrulha Maria da Penha. O documento foi expedido pela Secretaria Nacional de Segurança Pública, órgão pertencente ao Ministério da Justiça e Segurança Pública. Os municípios interessados podem se candidatar a partir do dia 21 de março.

O edital propõe que os projetos enviados sejam dentro de um dos quatro eixos temáticos: Patrulhas, Rondas e Guardiãs Maria da Penha, Pesquisas e Diagnósticos da violência, Fortalecimento tecnológico e Ações educativas e culturais com foco em prevenção à violência contra mulheres e meninas.

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A proposta do governo é fazer um repasse de até R$ 8 milhões para os municípios aprovados, sendo o valor mínimo do repasse de R$ 100 mil, até R$ 500m mil, a depender do projeto. No final, até 80 municípios podem ser beneficiados com o aporte financeiro.

A autoria da proposta foi da deputada estadual Delegada Gleide Ângela (PSB), que esteve em Brasília com o Secretário Nacional de Segurança Pública, Tadeu Alencar, no início de março.

A governadora Raquel Lyra (PSDB) recebeu, de forma simbólica, as chaves das viaturas que serão disponibilizadas em Pernambuco para patrulhas Maria da Penha. A governadora participou da cerimônia de relançamento do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci), nesta quarta-feira (15), no Palácio do Planalto, em Brasília. A chefe do Executivo discursou ao lado do presidente Lula (PT), do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, e da ministra das mulheres, Cida Gonçalves. 

O programa contempla a entrega de 270 viaturas para a Patrulha Lei Maria da Penha e Delegacias Especializadas de Atendimento para Mulheres em todo o país. Durante a solenidade, a governadora de Pernambuco recebeu, de maneira simbólica, junto da governadora em exercício do Distrito Federal, Celina Leão, as chaves das viaturas.

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"As nossas forças operacionais de polícia precisam estar fortalecidas, contando com sistema de inteligência, organização do sistema integrado de policiamento e de segurança pública desde a Polícia Federal até a guarda municipal. Todos trabalhando juntos no mesmo sentido. Atualmente, Pernambuco é um dos estados com maior violência contra a mulher do Brasil e o desafio da segurança pública é de todos nós. Já estamos trabalhando de maneira incansável e integrada para fortalecer as políticas de prevenção social, tornando a segurança mais cidadã", assegurou Raquel Lyra.

O Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci) será executado pela União em um regime de cooperação entre os estados, Distrito Federal e municípios. De acordo com o Governo Federal, a iniciativa tem como objetivo a prevenção, o controle e a repressão da criminalidade, além da articulação de ações de segurança pública envolvendo políticas sociais. As ações do programa levarão em conta as diretrizes do Sistema Único de Segurança Pública (SUSP)

"O Pronasci é a minha expectativa de que vamos mudar a cara da segurança pública do Brasil. O estado brasileiro não pode continuar omisso aos problemas da sociedade. Precisamos mudar a mentalidade dos homens desse país de que mulher não foi feita para apanhar. Isso nós precisamos mudar", afirmou o presidente Lula.

O programa ainda tem como foco a prevenção e o enfrentamento à violência de gênero e conta com políticas de proteção aos mais vulneráveis. Uma das metas do Pronasci é o aperfeiçoamento das delegacias especializadas de Atendimento para Mulheres e a Patrulha Lei Maria da Penha. Ainda está prevista a destinação de R$ 4 milhões, através de edital, por meio da Secretaria Nacional de Segurança Pública, para o fortalecimento de políticas de combate à violência contra as mulheres com foco nos municípios.

 

O ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços e vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, disse nesta segunda-feira (13) que o novo arcabouço fiscal, elaborado pelo governo federal para substituir o teto de gastos, deverá estipular um limite de gastos associado ao superávit fiscal e à evolução da dívida pública.

De acordo com o ministro, a nova regra deverá ser encaminhada em até dois meses ao Congresso Nacional. Segundo Alckmin, uma reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, está agendada nos próximos dias para debater a questão. “[O novo arcabouço] deve ser votado em lei complementar, que deve estar sendo encaminhada nos próximos 30, 60 dias para o Congresso Nacional. Ela deverá levar em conta o limite de gastos, deverá levar em conta a curva da dívida, evolução da dívida, e a questão do superávit. É uma combinação de vários fatores. Vamos aguardar que o ministro da Fazenda, depois da aprovação do presidente Lula, deve anunciar”, disse.

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Mal da vaca louca

O ministro afirmou que aguarda o sinal verde da China para o Brasil voltar a exportar carne bovina ao país asiático. De acordo com Alckmin, “é questão de dias” a retomada do envio do produto aos chineses.

As exportações brasileiras de carne bovina à China foram suspensas após a descoberta de um caso de mal vaca louca em um animal no Pará, no final de fevereiro. Exames mostraram, no entanto, que o caso é atípico, quando o bovino desenvolve a doença de forma natural, em razão da idade, e não por contaminação.

“A bola está com a China. Foi comprovado que esse caso não é clássico, é um caso atípico por animal idoso. Então nós estamos aguardando, acho que é questão de dias para que seja liberado. E é importante, porque mais de 50% da exportação da carne brasileira é para a China”, disse.

As declarações de Alckmin foram dadas, na capital paulista, em evento da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil).

O Governo Federal decidiu estender o prazo para os estados se adaptarem a emissão da nova Carteira de Identidade Nacional (CIN). O decreto foi publicado na última sexta-feira (3), onde prorroga o período até o dia 6 de novembro de 2023.

O prazo anterior terminaria na próxima segunda-feira (6), porém a gestão verificou que 18 estados ainda não se adaptaram a emissão do novo documento.

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O estado de São Paulo, por exemplo, ainda encontra problemas no processo. Segundo a Polícia Civil, o instituto de identificação pessoal enfrenta dificuldades para integrar o sistema estadual ao federal. 

Apenas o Acre, Pernambuco, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná, Goiás, Rio de Janeiro, Distrito Federal e Piauí já estão emitindo a CIN. 

Cerca de 200 mil documentos físicos do novo RG já foram emitidos e mais de 175 mil baixados no formato digital.

Antes era possível que o mesmo cidadão tivesse um número de RG e CPF por estado. Com a nova Carteira de Identidade Nacional, a pessoa passa a ter um número de identificação para todo o território do país. Segundo o governo federal, o documento garante mais segurança à população. 

*Por Guilherme Gusmão

A ministra do Turismo Daniela Carneiro garantiu, em visita ao Recife nesta quinta-feira (9), que o Nordeste será prioridade para a pasta e que a preferência é uma cobrança do presidente Lula (PT). Vale ressaltar que a região passou ao menos quatro anos sendo desassistida pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e, agora, tem a chance de voltar a engatar economicamente no governo do petista. 

Segundo Carneiro, o Ministério está atento a todas as demandas nordestinas, sobretudo pelo fato de o presidente ser nordestino. “A gente sabe o valor que tem o turismo nessa região e, com certeza, a equipe técnica juntamente comigo, gestora da pasta, estaremos atentos e dando o suporte necessário aos governadores e aos prefeitos”, afirmou a ministra, durante encontro com a governadora Raquel Lyra (PSDB), no Palácio do Campo das Princesas. 

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A chefe da pasta esteve na capital pernambucana simbolicamente no Dia do Frevo, celebrado neste 9 de fevereiro, cumprindo o objetivo do governo federal de manter diálogo com os estados e municípios. “O primeiro eixo dessa gestão é fortalecer o diálogo. É a união e reconstrução. O Brasil do futuro. O Brasil está de volta com o presidente Lula e para mim é uma honra estar no Recife hoje, no Dia do Frevo. Fiz visitas importantes e pude perceber que a cidade e o estado estão muito preparados para receber os turistas. Essa retomada do Carnaval vai ser um sucesso, onde a geração de emprego é muito forte. Será um momento muito impactante na economia local”, observou Daniela. 

Retomada da economia

Por sua vez, Raquel Lyra destacou a importância do apoio do governo federal para a retomada da economia de Pernambuco. “A cada 10 empregos gerados no mundo, temos quatro na área do turismo. A gente precisa garantir que Pernambuco possa voltar ao mapa de turismo do Brasil e mundial. Essa demanda vai desde a retomada de voos internacionais, mas fundamentalmente um investimento da nossa estrutura, com a garantia de que as pessoas possam estar com segurança e qualidade nos nossos destinos”, afirmou. 

A tucana disse, ainda, que a visita da ministra foi “em boa hora”, quando o Governo de Pernambuco ainda está sendo estruturado e terá “um braço apoiador do Ministério articulando junto aos municípios os recursos que têm destinados para cá”. 

Já o secretário de Turismo de Pernambuco Daniel Coelho, declarou que o "engajamento coletivo” entre governo federal e estadual é necessário para a requalificação e recuperação da infraestrutura. “Esperamos a ministra de volta, trazendo soluções para esses desafios”. 

Institucionalmente, o Governo Federal reconhece o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), em 2016, como um “golpe” de Estado. A mudança de tratamento diante do processo é vista na comunicação do site oficial do governo, através da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). No texto de apresentação da nova presidência da empresa, o órgão afirma que seu Conselho Curador, extinto por uma Medida Provisória do ex-presidente Michel Temer (MDB), foi “cassado após o golpe de 2016.” 

“Por orientação do ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), Paulo Pimenta, a transição será realizada por trabalhadoras e trabalhadores concursados da Empresa, representantes da sociedade e profissionais da área. Também foram indicadas para o processo de transição na EBC outras quatro mulheres que assumirão cargos de gestão: Juliana Cézar Nunes, trabalhadora concursada da EBC; Rita Freire, presidente do Conselho Curador da EBC cassado após o golpe de 2016; e as jornalistas Nicole Briones e Flávia Filipini”, diz a apresentação da EBC. 

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Em outro trecho da apresentação, a EBC volta a destacar o “golpe” na apresentação do currículo da nova presidente do órgão, Kariane Costa Silva Oliveira. “Concursada da EBC desde 2012, foi jornalista da Ouvidoria, repórter do radiojornalismo, sendo setorista do Palácio do Planalto e do Congresso Nacional. Ao longo da trajetória na EBC, fez entrevistas exclusivas com ministros e outras autoridades políticas. Participou de coberturas de momentos marcantes do país, como as Eleições de 2014, 2016 e 2018; o golpe contra Dilma Rousseff; julgamentos no Supremo Tribunal Federal e diversas manifestações populares”, continua a publicação. 

A alteração ocorre após o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência, Paulo Pimenta, afirmar que seu maior desafio à frente da pasta será recuperar a Secom como “emissora da verdade” e fonte confiável de informação. O ministro também voltou a defender a regulação da mídia no país, afirmando que isso não se trata de censura. 

 

 

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu apoiadores na casa onde está hospedado em Orlando, nos Estados Unidos, nesta segunda-feira (16), e brincou ao admitir ter cometido “deslizes” durante a gestão no governo federal. O ex-presidente também exaltou o decreto das armas e disse não concordar com os atos terroristas que aconteceram na praça dos Três Poderes, em Brasília, no último dia 8. 

“Nunca saí fora das quatro linhas e me criticam por causa disso. Todo dia era segunda-feira nesses quatro anos”, enfatizou. “Tem algum furo? Tem, lógico. A gente comete alguns deslizes em casa, quem dirá no governo. Se bem que em casa a gente sabe quem é o responsável. É sempre nós, os maridos”, brincou Bolsonaro, ao suavizar e tentar tirar a culpa dos erros do seu governo. 

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Enquanto falava, Bolsonaro era aclamado pelos apoiadores, que o classificaram como “melhor presidente até agora”, e concordaram que “todo mundo comete deslize”. Afirmaram, ainda, que Bolsonaro não deveria retornar ao Brasil. Eles também lembraram sobre os ataques terroristas que aconteceram em Brasília e Bolsonaro lamentou.

“Uma coisa inacreditável. Mas no meu governo, o pessoal aprendeu o que é política. Conheceu os Poderes, começou a dar valor à liberdade. Eu falava para alguns sobre a liberdade, e eles diziam que era igual ao sol: nasce todo dia. Mas não é bem assim não. A gente acredita no Brasil”, afirmou. 

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A lei que autoriza prática da telemedicina foi sancionada pelo presidente em exercício, Jair Bolsonaro (PL), na última terça-feira (27) do ano. A lei nº 14.510 estabelece regras e disciplinas para prática da chamada "telessaúde".

Entre os principais pontos apresentados, a autonomia do profissional de saúde no atendimento é um dos destaques, com esse tendo, por direito, a opção de recusar o atendimento nesta modalidade à distância. Em caso de recusa, deve haver garantia do atendimento presencial sempre que solicitado.

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Além da autonomia do médico, também há as regras de confidencialidade dos dados, consentimento do paciente, assistência segura e com qualidade ao paciente e responsabilidade digital. Fica a encargo dos conselhos federais a fiscalização do cumprimento das normas apresentadas e dos padrões adotados nos atendimentos presenciais.

A prática da telemedicina baseia-se na prestação de serviços de saúde por meios de comunicação à distância. Este modelo ganhou força durante a pandemia do Covid-19 no Brasil, que dificultou o acesso das pessoas aos postos médicos. O Ministério da Saúde afirma que a medida poderá gerar economia de custos em saúde, por facilitar o acesso ao atendimento.

O relatório final do Gabinete de Transição foi apresentado nesta quinta-feira (22), em Brasília. O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), que coordenou os trabalhos, resumiu os números e apontou que o país atravessa uma situação difícil depois do desmonte feito pelo atual governo, liderado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). 

O documento sintetizou o trabalho de 32 grupos técnicos e traçou um diagnóstico das contas do Estado para viabilidade da manutenção dos serviços públicos e a articulação de novas propostas. Alckmin citou as áreas da Educação e da Saúde como as áreas mais prejudicadas, com a falta de repasses aos institutos federais e retorno do surto de poliomielite.  

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"Retrocesso em muitas áreas. O Governo Federal andou para trás. Então, o estado que o presidente Lula recebe é muito mais difícil e muito mais triste do que anteriormente", resumiu. 
Confira o relatório final na íntegra

O vice eleito mencionou que 93% das rodovias federais estão sem contrato de manutenção e prevenção, e mais de 14 mil obras estão paradas no país, um sinal de incompetência ao invés de austeridade, enfatizou.

Ele seguiu com críticas ao crescimento de casos de feminicídio, ao corte de 90% de recursos destinados à Cultura e à disparada de 59% do desmatamento na Amazônia nos últimos quatro anos. Alckmin ainda apontou que o Brasil deve R$ 5,5 bilhões a organismos internacionais. 

Em sua fala, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pontuou que não fará escândalo pela condição de "penúria" deixada por Jair Bolsonaro (PL) e que pretende atuar junto com a Câmara dos Deputados pela retomada do equilíbrio econômico. "O presidente preferia contar mentiras no cercadinho do que governar esse país", afirmou. 

Conforme a análise do presidente eleito, o orçamento de 2023 conta com o PIB proporcional ao de 2019. “Nós paramos no tempo e no espaço durante 4 anos”, complementou. 

O Senado dos Estados Unidos aprovou na quinta-feira (15) uma lei de orçamento que estende os fundos federais aos níveis atuais até 23 de dezembro, como já havia feito a Câmara de Representantes, para evitar a paralisação da administração federal.

Os senadores aprovaram a lei por 71-19, assim como a Câmara havia feito na quarta-feira (14), para evitar o chamado "shutdown", ou paralisação do governo. O texto segue agora para a assinatura do presidente Joe Biden.

Assim, o Congresso tem mais uma semana para negociar um acordo de gastos de longo prazo que prossiga até o fim do ano fiscal de 2023.

Os congressistas atuaram de maneira rápida, pois o prazo para aprovação de uma lei de orçamento acabava à meia-noite de sexta-feira.

Se o projeto não fosse aprovado, o financiamento dos serviços federais seria cortado e as operações de vários setores do governo seriam interrompidas.

Departamentos governamentais e outros edifícios federais, assim como parques nacionais, alguns museus e outras organizações seriam afetados pelo "shutdown".

A "paralisação" do inverno entre 2018 e 2019, a maior da história dos Estados Unidos, chegou a afetar até a revista de bagagens nos aeroportos.

Apesar da forte divisão partidária, a maioria dos parlamentares democratas e republicanos não deseja um "shutdown", uma situação que pode provocar cenas de caos antes das festas de fim de ano.

Os dois partidos, no entanto, ainda não alcançaram um acordo sobre um orçamento final para o ano fiscal de 2023.

A governadora eleita de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), afirmou que vai trabalhar pela conexão com o novo governo federal eleito para garantir  investimentos para Pernambuco. “Temos feito diálogo com alguns membros que estão abrindo as portas do novo governo, e espaço para que a gente possa fazer pontes. É disso que o povo precisa”, ressaltou Raquel, durante entrevista à Rádio CBN de São Paulo, nesta quinta (15).

“Já tive contato com o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, que está coordenando a transição, e tem aberto diálogo com os governadores. Também estive conversando com o futuro ministro da Defesa, José Múcio, que já se colocou à disposição do nosso estado”, complementou.

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A governadora eleita disse que a principal tarefa do início do seu governo será combater a fome. “Vamos criar um programa de auxílio, de transferência de renda direta para colocar comida na mesa, ao mesmo tempo em que nós vamos estruturar o estado para a construção das 60 mil vagas de creches”, ressaltou.

“Voltar a gerar emprego e renda e combater a violência são temas que serão alvos já no primeiro dia de governo, da nossa preocupação, e, sobretudo, da nossa ocupação”, reiterou.

Raquel também destacou que vai buscar apoio do Governo Federal para superar os problemas de Pernambuco. “No estado, que hoje é vice-líder de desemprego e campeão de miséria no Brasil, que possamos ter os investimentos necessários do Governo Federal em Pernambuco, destravando áreas prioritárias para que o estado volte a crescer sem deixar ninguém para trás”, finalizou.

A equipe de governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está se formando e ele confirmou, nesta sexta-feira (9), os nomes de Fernando Haddad (Fazenda), José Múcio (Defesa), Rui Costa (Casa Civil), Mauro Vieira (Relações Exteriores) e Flávio Dino (Justiça) como os primeiros ministros.

Lula pôs fim às especulações e divulgou cinco nomes para assumir o alto escalão da Esplanada dos Ministérios em 2023, mas já começou a coletiva realizada no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília, na defensiva e garantindo: “vai chegar uma hora que você vai ver aqui mais mulheres do que homens”. Nos bastidores, já circulavam críticas ao presidente eleito pela escolha apenas de homens.

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Após o anúncio, Lula foi questionado se os negros, indígenas e as mulheres estariam apenas nas pastas temáticas. O presidente não negou, mas prometeu que contemplará todos.

“Quando você monta um governo, você monta obviamente olhando o conjunto da sociedade brasileira, a mega diversidade da sociedade brasileira, e você vai escolhendo pessoas aptas para determinadas funções. Esses companheiros que estão aqui são companheiros aptos, eu diria da mais absoluta qualidade. Vai ter outros ministérios e vocês vão ver que vai ter mulher, homem, negro, índio. Vamos montar um governo que vai ser a cara da sociedade brasileira na sua plenitude”, declarou.

Lula também adiantou que no dia 13 de dezembro, um dia após a sua diplomação, deve anunciar o dobro de novos ministros.

O governo brasileiro deve R$ 5 bilhões a organismos internacionais, como a Organização das Nações Unidas (ONU), Organização Mundial do Comércio (OMC) e Organização Internacional do Trabalho (OIT). A informação foi dada nesta terça-feira (6), pelo ex-senador Aloizio Mercadante (PT), coordenador do Gabinete de Transição.

Segundo Mercadante, não há espaço no Orçamento de 2023 para pagar todas as dívidas. O futuro governo definirá prioridades, organizará um fluxo de parcelas e diminuirá aos poucos o estoque dos débitos. Terão preferência o pagamento a organismos dos quais o Brasil pode perder direito a voto e ser excluído por inadimplência. “O Brasil será excluído de vários fóruns. É uma dívida pesada, que também não tem previsão orçamentária pro ano que vem”, disse.

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Integrante do grupo de trabalho de Planejamento e Orçamento da equipe de transição, a economista e ex-secretária de Orçamento Federal Esther Dweck disse que uma das situações mais urgentes diz respeito à OMC, onde o Brasil está prestes a perder o direito a voto caso não quite as dívidas.

“Vamos ver aqueles que estão na iminência de [o Brasil] perder [o direito a voto] e, depois, como pagar esse passivo que não vai ser possível no primeiro ano. Olhar onde é mais urgente, coisas que são pequenas, mas simbólicas, meio ambiente, e agricultura. Resolver o que está mais urgente”, afirmou Esther Dweck. Ela ressaltou que o passivo tem se acumulado ao longo dos últimos anos, mas nem tudo no atual governo.

Também integrante do grupo de Planejamento e Orçamento, o economista Antonio Corrêa de Lacerda afirmou que as dívidas e o risco de exclusão do Brasil representam um obstáculo aos planos do governo eleito de recuperar o reconhecimento do Brasil no cenário internacional.

“Isso vai na contramão de um projeto de inserção internacional, porque o básico que você tem que fazer é cumprir esses compromissos junto a esses órgãos internacionais. A participação do Brasil nesses órgãos internacionais é muito importante para essa nova visão de Estado, visão do planejamento e do próprio desenvolvimento nacional”, declarou.

No caso da ONU, se um país dever dois ou mais anos de contribuições regulares, pode perder o direito ao voto. Para evitar essa situação, o Brasil tem pagado algumas parcelas, como no fim de 2020, quando o governo fez um crédito suplementar (remanejamento) de R$ 3,3 bilhões para pagar obrigações com a ONU e a Organização dos Estados Americanos (OEA).

Governo digital

Segundo o grupo de Planejamento e Orçamento da equipe de transição, o país também enfrenta problemas para manter em funcionamento o governo digital, serviços públicos prestados pela internet. Esther Dweck estimou em R$ 60 milhões a insuficiência de recursos no Orçamento de 2023 para tecnologia da informação, essencial para o setor.

“Em algumas áreas, uma delas o governo digital, o orçamento não acompanhou. O [Portal] Gov.br tem uma série de serviços prestados à população, mas o orçamento não acompanhou a demanda crescente”, declarou.

Segundo Mercadante, o governo digital é uma forma de aumentar eficiência, melhorar a qualidade do serviço para sociedade. Ele informou que está em estudo a possibilidade de ceder algumas funções do antigo Ministério do Planejamento, como o governo digital, para o Ministério do Desenvolvimento, pasta que será recriada no novo governo, para estimular a inovação no serviço público.

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC), divulgou nota, na noite desta terça-feira (6), alegando que, devido ao novo corte orçamentário promovido pelo Governo Federal na última sexta-feira (2), deixará de pagar mais de 200 mil bolsas destinadas a alunos de mestrado, doutorado e pós-doutorado. O pagamento aos estudantes estava previsto para quarta-feira (7).

No comunicado, a Capes expõe que foi surpreendida com "a edição do Decreto n° 11.269, de 30 de novembro de 2022, que zerou por completo a autorização para desembolsos financeiros durante o mês de dezembro". A medida, de acordo com o órgão, reteriou "a capacidade de desembolso de todo e qualquer valor".

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A edição do decreto, impede a Capes "de honrar os compromissos por ela assumidos, desde a manutenção administrativa da entidade até o pagamento das mais de 200 mil bolsas, cujo depósito deveria ocorrer até amanhã, dia 7 de dezembro".

A coordenação salienta que as autoridades competentes foram cobradas para a desobstrução imediata dos recursos financeiros. "As providências solicitadas se impõem não apenas para assegurar a regularidade do funcionamento institucional da CAPES, mas, principalmente, para conferir tratamento digno à ciência e a seus pesquisadores".

Enquanto os brasileiros acompanhavam mais uma partida do Brasil na Copa do Mundo, desta vez contra a Suíça, o Governo Federal anunciou, nesta segunda-feira (28), um novo bloqueio no orçamento das universidades públicas e institutos federais. O documento, expedido pela Subsecretaria de Planejamento e Orçamento (SPO), salienta que o contingenciamento tem “o objetivo de cumprir a regra do teto dos gastos”.

Informações preliminares apontam que a medida bloqueia cerca de R$ 1,68 bilhões, destinados ao Ministério da Educação, e R$ 224 milhões das instituições federais. Em Pernambuco, o contingenciamento atinge a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), que iniciou o semestre letivo 2022.2 nesta segunda, a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco (IFPE), IF Sertão, Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) e Universidade Federal do Agreste de Pernambuco (UFAPE).

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Ao LeiaJá, o reitor da UFRPE, Marcelo Carneiro Leão, classificou o novo corte como “um absurdo” e afirmou que o valor bloqueado é “todo o restante do orçamento das universidades federais, inclusive o das emendas parlamentares”. “No caso da UFRPE são cerca de 4 milhões, o que faz com que não possamos emitir nenhum novo empenho. Absurdo!”, disse.

A reportagem também procurou a UFPE através da assessoria, que ainda não se consegue mensurar o impacto desse contingenciamento na instituição. No entanto, a comunicação ressalta que administração central da universidade “está em reunião junto com os setores de gestão e planejando analisando o impacto do corte na instituição, para um pronunciamento mais detalhado”.

Cortes e reajustes

Em 2022, universidades públicas e institutos federais foram impactados pelos cortes nos recursos destinados à Educação de 7,2%. No Estado, a UFPE foi a mais afetada pelo bloqueio de recursos, cerca de R$ 12 milhões.

Ao todo, as perdas financeiras das universidades e If’s em Pernambuco chegou a R$ 28 milhões, sendo R$12,2 milhões da UFPE, R$ 4 milhões na UFRPE, cujo reitor, apontou sobre os riscos de paralisação em novembro, R$ 5 milhões retirados do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco (IFPE) e cerca de R$ 2 milhões no IFSertão.

Na tentativa de fechar as contas e manter as atividades presenciais, as instituições públicas realizam reajustes que vão desde a diminuição da oferta de bolsas de pesquisa e extensão até revisão de contratos com empresas prestadoras de serviço terceirizado. No início de outubro, foi anunciado um bloqueio de R$ 2,4 bilhões. No entanto, diante da pressão das instituições e estudantes, o valor foi liberado.

A deputada federal eleita, Maria Arraes (SD), que assumirá o seu primeiro mandato na Câmara dos Deputados a partir de fevereiro do ano que vem, foi anunciada como integrante da equipe de transição do presidente Lula. Maria fará parte da equipe responsável pela área de Previdência. 

"Estou muito feliz em participar desse momento histórico de nosso país. O presidente Lula demonstrou confiança no nosso trabalho e o resgate da esperança dos brasileiros já começou. Também é importante agradecer ao vice-presidente Geraldo Alckmin e ao presidente do nosso partido, Paulinho da Força", afirmou Maria.

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Advogada com atuação nas áreas pública e privada, a parlamentar tem compromisso com os direitos dos trabalhadores. "Cuidar da Previdência é cuidar do trabalhador e da trabalhadora. É garantir direitos e dignidade para nossa população. E a nossa Previdência sofreu um verdadeiro desmonte ao longo dos últimos anos. Por isso, temos que fazer todo o esforço necessário para reestruturá-la", destaca Maria Arraes.

Da assessoria

O vice-presidente da República eleito, Geraldo Alckmin, anunciou, nesta terça-feira (22), a deputada federal Marília Arraes (SD) como integrante da equipe de transição do presidente eleito Lula (PT). A parlamentar integrará a equipe responsável pela área do Desenvolvimento Regional. 

Articulada no Congresso Nacional e atuante em seu mandato na Câmara dos Deputados, Marília reforçou, novamente, seu compromisso com o presidente Lula. "Fiquei muito feliz com o convite para integrar a equipe de transição do presidente Lula. Sei da responsabilidade que o momento exige, por isso vamos trabalhar muito nos próximos meses para ajudá-lo a recuperar a esperança dos brasileiros e brasileiras que acreditam em um país mais justo", afirmou. 

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A deputada federal destacou a importância do apoio de seu partido, o Solidariedade, e agradeceu o convite feito por Alckmin. "Faço questão de agradecer pela oportunidade de participar da equipe de transição a todas as lideranças do nosso partido, em especial ao presidente Paulinho da Força. Vamos trabalhar ainda mais pelo Brasil", finalizou.

Marília Arraes, que nas últimas eleições disputou o Governo de Pernambuco e obteve mais de 2.1 milhões de votos, foi também o nome apoiado por Lula em Pernambuco no segundo turno do pleito. Muito próxima ao presidente eleito, Marília sempre esteve ao lado do petista e sua escolha para a equipe de transição é uma demonstração de força e da confiança de Lula na pernambucana.

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