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Deputado federal e pré-candidato a senador, Silvio Costa (Avante) afirmou, nesta sexta-feira (3), que, caso a candidatura da vereadora Marilia Arraes (PT) seja realmente preterida pela legenda petista, ele pretende manter o nome na corrida pela Casa Alta e firmar uma aliança entre Avante, Pros, Rede Sustentabilidade, PRB e PDT para a formação de uma nova chapa. Segundo Costa, um encontro entre esses partidos já aconteceu nessa quinta e a disposição deles para formar uma coligação alternativa, seguindo a linha de defesa de Marília, é notória. 

"Reafirmo minha pré-candidatura ao Senado e o desejo de fazer isso na chapa com Marília candidata, mas na política temos que ter vários cenários. Por isso,estamos conversando com o Pros, Rede Sustentabilidade, PRB, PDT", declarou. "Se chegar amanhã e lamentavelmente for ratificada a retirada de Marília, esse conjunto terá um candidato a governador", completou. 

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Segundo Costa, como opção de candidato a governador esse eventual grupo tem o ex-prefeito de Caruaru, José Queiroz (PDT), os deputados federais Wolney Queiroz (PDT) e João Fernando Coutinho (Pros), o ex-deputado Maurício Rands (Pros) e o ex-prefeito de Petrolina, Julio Lossio (Rede). "São cinco opções que vão representar esse eixo que Pernambuco está enxergando, essa rejeição a Paulo Câmara. Se nenhum desses companheiros topar ser candidato, também coloco meu nome à disposição, mas prioritariamente quero disputar o Senado", reforçou. 

Sem meias palavras, apesar de dizer que não teria problemas em dividir o palanque com o senador Humberto Costa (PT) - entusiasta da aliança entre PT e PSB em Pernambuco, Silvio disse que deseja "enfrentar" o petista nas eleições.

"Tenho o sonho de enfrentar Humberto Costa, ele que disse que não queria me ter como companheiro de chapa. Se ocorrer a vitória de Marilia eu me sentiria bem ao lado dele. Não acredito que ele tenha usado com Marília a garantia do 'gaiamum cevado'", alfinetou. "O debate para o Senado vai ser extraordinário. O que me motiva sempre é o parlamento", acrescentou Silvio Costa. 

O deputado federal disse também que o "plano B" dele tem a aprovação de Marília Arraes e reiterou que não tem "dado um passo" sem o aval da pedetista. 

A Central Única dos Trabalhadores de Pernambuco (CUT), em conjunto com outras centrais sindicais, marcou mais um protesto em apoio ao “Dia Nacional de Mobilização e Paralisações”. O ato está marcado para a próxima sexta-feira (10), na Praça do Derby, localizada na área central do Recife. 

Esse é apenas uma das mobilizações marcada para o mês de agosto. Na mesma data, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e a organização Via Campesina iniciam a marcha dos movimentos populares em direção à Brasília. O grupo pretender chegar ao Distrito Federal no dia 15 de agosto, prazo para os partidos inscreverem, até às 19h, seus candidatos na Justiça Eleitoral. A ideia é intensificar o apoio ao ex-presidente Lula 

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Um dia depois, 16 de agosto, também será dada a largada dos candidatos em busca de votos. Essa é a data liberada para que os candidatos possam começar a campanha nas ruas com os comícios, carreatas e panfletagens. Não será permitido fazer showmício. 

 

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou o pedido da defesa do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para que o ministro reconsiderasse sua decisão liminar que manteve a ação penal do sítio de Atibaia nas mãos do juiz Sergio Moro.

Na quarta-feira, 1º, os advogados do petista, condenado e preso na Lava Jato, enviaram pedido de reconsideração da decisão até que o STF defina definitivamente onde a ação deve tramitar. Se Toffoli não atendesse a esse primeiro pedido, solicitavam prioridade na tramitação da ação, que tenta retirar de Moro o processo de Atibaia, incluindo-o na pauta de julgamento da próxima terça-feira, 7, na Segunda Turma. Além de Toffoli, compõem a turma os ministros Gilmar Mendes, Celso de Mello, Ricardo Lewandowski e Edson Fachin.

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Segundo Toffoli, a defesa deveria ter apresentado um agravo (tipo de recurso) para tentar reformar a decisão, que foi assinada no início de maio. O ministro então destaca que, para fazer isso, o prazo dos advogados já teria expirado. "Por sua vez, a petição em questão foi protocolada em 1º/8/18, quando, há muito, expirado o prazo para interposição do recurso cabível, seja pelo prazo estipulado no art. 317 do RISTF (5 dias) ou pelo prazo do art. 1.003, ? 5º c/c art. 219 do novo CPC (15 dias úteis).", assinala o ministro na decisão assinada nesta quinta, 2, e publicada nesta sexta-feira, 3.

O pedido liminar negado por Toffoli em maio solicitava que o processo do sítio ficasse suspenso até que a Corte decida onde a ação deve tramitar. Para a defesa de Lula, o caso não deveria ficar nas mãos do juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba, já que a Segunda Turma decidiu em abril tirar de Moro os termos de colaboração que tinham menção a fatos investigados nesse processo.

Quando rejeitou a liminar, Toffoli afirmou que a decisão de retirar do juiz federal de Curitiba as menções ao ex-presidente feitas por delatores da Odebrecht envolvendo o sítio e o Instituto Lula - que embasou a reclamação - não discutiu sobre a competência de Moro para conduzir as ações penais em curso contra o petista.

No caso do sítio, Lula é investigado por supostamente receber das empreiteiras OAS, Odebrecht e Schahin vantagens indevidas de R$ 1,1 milhão por meio de reformas no Sítio Santa Bárbara, que frequentou diversas vezes, em Atibaia.

Em manifestação enviada ao STF também na quarta-feira, a Procuradoria-Geral da República (PGR) defendeu que a ação penal permaneça em Curitiba. Raquel Dodge defende que há conexão do caso com a Operação Lava Jato.

Para a procuradora-geral da República, o fato de a Corte ter decidido que determinados depoimentos deveriam ser enviados a São Paulo não significa que também seria competência da Justiça paulista processar e julgar a ação penal sobre o sítio.

"O STF decidiu pela remessa dos mencionados termos de depoimento à SJ/SP em caráter precário ou provisório, e - o mais importante - com base em elementos de prova limitados acerca do tema", escreveu Raquel.

O PT vai indicar o nome de um vice para compor a chapa com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso na Lava Jato, no encontro nacional do partido que ocorre neste sábado (4) em São Paulo. Um dos nomes cogitados é o do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad. Existem outras opções.

A escolha de Haddad, segundo dirigentes, seria um indicativo de que ele é o favorito para substituir Lula na disputa ao Planalto caso o ex-presidente seja barrado pela Lei da Ficha Limpa.

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As outras opções são Manuela d'Ávila, oficializada candidata à Presidência pelo PCdoB, ou um vice "laranja", do PT, que cumpriria a função de ser porta-voz de Lula durante a campanha, mas que poderia ser substituído em um segundo momento, quando a situação do ex-presidente estiver definida.

A indicação de Jaques Wagner, outro "plano B", para vice seria mais difícil, porque o ex-ministro vai ter de registrar a candidatura ao Senado pela Bahia também até domingo (5).

A estratégia inicial do PT era que o encontro nacional amanhã homologasse o nome de Lula para candidato a presidente e delegasse à direção nacional do partido a incumbência de escolher o vice até o 14 de agosto. No entanto, os advogados do PT chagaram à conclusão de que a estratégia é arriscada, já que, embora haja jurisprudências conflitantes, a lei eleitoral prevê a escolha de candidatos a presidente e vice até 24 horas depois do prazo final para as convenções, que vence domingo.

Caso o nome de Haddad seja escolhido para vice, o ex-prefeito pode tanto ser substituído por um representante de outro partido quanto ser colocado na cabeça da chapa, no lugar de Lula. O nome preferido para ser o vice "definitivo" é o da presidenciável do PCdoB. "O único nome que temos a possibilidade de ter agora é a Manuela", afirmou o ex-ministro Gilberto Carvalho. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Ex-ministro da defesa e Relações Exteriores nos governos petistas, Celso Amorim encontrou, nesta quinta-feira (2), com o papa Francisco. Na ocasião, ele aproveitou para entregar um exemplar do livro do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), preso desde abril deste ano na superintendência da Polícia Federal em Curitiba, " A verdade vencerá". 

O encontro dos dois aconteceu fora da agenda oficial do pontífice. A assessoria de imprensa do PT divulgou a notícia na página oficial de Lula nas redes sociais. Celso Amorim estava acompanhado pelo ex-ministro argentino Alberto Fernández e o ex-ministro chileno Carlos Ominami.

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”O  assunto principal foi a situação do presidente Lula, que ele tem acompanhado com interesse e com preocupação. Ele antes, como se sabe, já mencionou em uma homilia como têm se passado os golpes na América Latina. Essa é uma preocupação constante do Papa, e ele quis ouvir com muito interesse toda a situação como se deu no Brasil, toda a evolução política”, detalhou o petista.

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Segundo o jornal Folha de São Paulo, por se tratar de uma atividade pessoal, o Vaticano não se pronunciará sobre o assunto. 

O Supremo Tribunal Federal (STF) deve julgar pedido de liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), condenado e preso na Lava Jato, na próxima semana, antes do dia 15, prazo final para o registro de candidaturas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), segundo apurou o jornal O Estado de S. Paulo.

Depois que o relator do pedido, ministro Edson Fachin, liberar o caso para julgamento, a presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia, irá pautar o processo imediatamente. A última sessão plenária antes do dia 15 acontece na quinta-feira da próxima semana.

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Enquanto isso, o STF já reforçou a segurança na área externa do tribunal, palco recente de duas manifestações a favor do ex-presidente, preso desde abril na Superintendência da Polícia Federal de Curitiba.

Antes disso, Fachin ainda deverá decidir se a Corte, ao julgar o pedido de liberdade, vai avançar a discussão sobre o fator da inelegibilidade. Lula teve a pena confirmada em segundo grau pelo Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4), situação que enquadra o ex-presidente na Lei da Ficha Limpa. Se ministro der o aval para a discussão, o plenário da Corte vai antecipar o debate que será travado no TSE quando o registro de candidatura do petista for julgado. A análise deve ocorrer até, no máximo, 17 de setembro.

'Celeridade'

Nesta quarta-feira, dia 1º, numa indicação da disposição dos ministros, Fachin disse ser ideal que a Corte decida ainda neste mês sobre o recurso do petista. Questionado se recomendaria que o julgamento ocorresse antes do dia 15, o ministro afirmou que "toda celeridade em matéria eleitoral é importante para não deixar dúvida no procedimento".

A defesa de Lula, porém, tenta evitar que o STF discuta sobre a candidatura de Lula, e terá a chance de esclarecer a Fachin se quer ou não que a Corte debate a inelegibilidade do ex-presidente. Em junho, antes do recesso judiciário, Fachin deu cinco dias para que os advogados do petista se expliquem sobre a questão. O despacho do ministro foi publicado somente nesta quarta, em função da pausa nas atividades da Corte.

O imbróglio em torno da ação começou quando Fachin enviou o pedido de suspensão dos efeitos da condenação, que envolve a liberdade de Lula, para julgamento do plenário do STF, retirando o caso da Segunda Turma. Entre outros pontos, Fachin disse que as questões eleitorais no processo atraíam a competência do colegiado composto pelos 11 ministros. A defesa, no entanto, diz não ter levantado a questão da elegibilidade no recurso apresentado ao Supremo.

Segurança

Os ministros da Corte retornaram nesta quarta às atividades no STF com reforço na segurança na área externa do tribunal. Um comunicado distribuído aos servidores informou que as entradas e as saídas do STF pelo Eixo Monumental "permanecerão interditadas até data a ser informada posteriormente", o que, na prática, dificulta o avanço de manifestantes às instalações do tribunal.

Na última sexta-feira, um grupo de apoiadores de Lula jogou tinta vermelha no Salão Branco do Supremo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Durante coletiva concedida, nesta quarta-feira (1°), para falar sobre a decisão da Executiva Nacional do PT em apoiar no estado o PSB, a vereadora do Recife Marília Arraes (PT) disse que discordava do que chamou de “tática”. “Nós não achamos que o melhor para a candidatura do presidente Lula é retirar uma candidatura que efetivamente tem condições política de fazer a defesa do presidente. Nós discordamos”, declarou. 

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Marília avaliou que após o momento político peculiar que o Brasil vive com o impeachment da então presidente Dilma Rousseff que, segunda ela, foi destituída sem ter cometido crime algum com o “maciço” apoio do PSB nacional e com o governo que não é legítimo, era necessária uma candidatura própria em Pernambuco, ainda que fosse uma candidatura só para marcar posição e para fazer a defesa de Lula. “Ao longo desse tempo [fomos] construindo um projeto que ganhou apoio da população”, disse ressaltando que fortalecer a candidatura do líder petista continuará sendo o grande objetivo. 

A petista também pontuou que a unidade da esquerda não deve ser feita mediante chantagem nem do toma lá dá cá. “Enquanto a gente continuar achando que nós podemos colocar em prática o projeto de transformação da sociedade que nós acreditamos, enquanto nós continuarmos agir dessa maneira a gente não tende a evoluir”. 

Arraes ressaltou que o encontro da PT-PE, marcado para acontecer nesta quinta-feira (1°), está mantida mesmo com as especulações de que seria cancelado. Ela contou que a reunião foi adiada por três vezes em manobras induzidas pelo PSB. Ainda disse que sua candidatura tem apoio massivo da sociedade de Pernambuco e que não tem o direito de recuar. “Marília Arras não tem o direito de recuar e colocar a esperança das pessoas dessa maneira que foi colocada como uma moeda de troca a preço de banana”, frisou. 

A procuradora-geral da República (PGR), Raquel Dodge, enviou nesta quarta-feira (1º) ao Supremo Tribunal Federal (STF) parecer contra o pedido feito pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que a ação penal sobre o sítio em Atibaia (SP) seja retirada da relatoria do juiz federal Sergio Moro, da 13ª Vara Federal em Curitiba.

Segundo a procuradora, o caso deve continuar sob o comando do Moro por se tratar das suspeitas de que as benfeitorias feitas na propriedade foram financiadas pelas empreiteiras OAS e Odebrecht com recursos desviados da Petrobras. Para a procuradora, as suspeitas estão inseridas nas investigações da Operação Lava Jato. Em maio, o relator da ação, ministro Dias Toffoli, negou pedido de liminar para tirar o caso de Moro.

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“O juízo da 13ª Vara Federal em Curitiba é prevento para toda a Operação Lava Jato, dentro dos limites reconhecidos em diversas oportunidades pelo STF, que, sem espaço para dúvida, alcançam a ação penal em exame.”, argumentou Dodge.

O depoimento de Lula na ação penal do sítio de Atibaia será no dia 11 de setembro. O imóvel é alvo das investigações da Lava Jato, que apura a suspeita de que as obras foram pagas pelas empreiteiras.

Segundo os investigadores, as reformas começaram após a compra da propriedade pelos empresários Fernando Bittar e Jonas Suassuna, amigos de Lula, quando “foram elaborados os primeiros desenhos arquitetônicos para acomodar as necessidades da família do ex-presidente”.

No laudo elaborado pela Polícia Federal, em 2016, os peritos citam as obras que foram realizadas, entre elas a de uma cozinha avaliada em R$ 252 mil. A estimativa é de que tenha sido gasto um valor de cerca de R$ 1,7 milhão, somando a compra do sítio (R$ 1,1 milhão) e a reforma (R$ 544,8 mil).

A defesa de Lula sustenta que a propriedade era frequentada pela família do ex-presidente, mas ele não é proprietário do sítio. 

Lula está preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba desde o dia 7 de abril, por determinação do juiz Sérgio Moro, que ordenou a execução provisória da pena de 12 anos e um mês de prisão pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro em outro processo, o caso do triplex em Guarujá (SP). A prisão foi executada com base na decisão do STF que autorizou prisões após o fim dos recursos na segunda instância da Justiça.

A dois dias de ser oficializado como candidato à Presidência pelo PT, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva receberá, nesta quinta-feira, 2, a visita dos músicos Chico Buarque e Martinho da Vila.

Os cantores visitarão Lula no dia reservado à visita de amigos e familiares. O ex-presidente está preso na sede da Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba desde 7 de abril. No último sábado, 28, Chico e Martinho participaram de um festival no Rio em apoio ao petista.

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Além das visitas nas quintas-feiras, Lula tem recebido um líder religioso às segundas-feiras. Nos demais dias, pode receber integrantes da sua defesa jurídica, entre eles, o ex-prefeito Fernando Haddad, que coordena seu programa de governo.

O PT tem articulado entrevistas e discursos para militantes com todos que visitam Lula na Polícia Federal para transmitir recados do petista reforçando sua intenção em ser candidato.

O ministro Edson Fachin, que é o relator do pedido de liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, defendeu nesta quarta-feira (1º) celeridade na definição pelo Supremo Tribunal Federal (STF) da situação eleitoral do ex-presidente, de modo que não paire dúvidas sobre a questão com a proximidade do pleito.

“Toda celeridade em matéria eleitoral é importante para não deixar dúvida no procedimento”, disse Fachin ao ser questionado se recomenda que o pedido de liberdade de Lula seja julgado antes do dia 15 de agosto, prazo final para o registro de candidatura para as eleições deste ano.

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Em junho, Fachin enviou mais um pedido de liberdade de Lula para julgamento em plenário. Antes, o ministro pediu que a defesa do ex-presidente se manifeste se deseja ou não que o STF já discuta, além de sua eventual soltura, se ele é elegível ou não. Os advogados ainda não responderam.

Ontem (31), em parecer de 80 páginas, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, defendeu que Lula permaneça preso, ante o que considera “gravíssimas consequências judiciais” dos crimes cometidos por ele.

Lula está preso desde 7 de abril na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba. Ele foi condenado a 12 anos e um mês de prisão pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro na segunda instância da Justiça Federal, o que o enquadra nos critérios de inelegibilidade da Lei da Ficha Limpa. Ele recorre em instâncias superiores contra a condenação.

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luiz Fux, afirmou nesta terça-feira, 31, em Salvador, que um político enquadrado na Lei da Ficha Limpa "não pode forçar uma situação, se registrando, para se tornar um candidato sub judice". Apesar de não ter citado o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso na Operação Lava Jato, Fux deu a declaração ao ser questionado se a estratégia do PT, que promete registrar a candidatura do ex-presidente, causava insegurança jurídica.

De forma mais direta, Fux reforçou o entendimento que vem manifestando desde a posse no TSE - em fevereiro deste ano, quando disse que candidato considerado ficha-suja está "fora do jogo democrático". Para Fux, a condenação em segunda instância é suficiente para impedir uma candidatura. "No nosso modo de ver, o candidato condenado em segunda instância ele já é um candidato inelegível, ele é um candidato cuja situação jurídica já está definida", afirmou.

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Integrantes da Corte Eleitoral ouvidos pelo jornal O Estado de S. Paulo sob a condição de anonimato avaliam que o caso de Lula deverá levar o plenário do TSE a julgar o provável registro de sua candidatura até no final deste mês, antes do início da propaganda eleitoral no rádio e na TV.

O início do horário eleitoral está marcado para o dia 31 de agosto. O palanque eletrônico é considerado pelo PT como uma oportunidade de o ex-presidente - que cumpre prisão em Curitiba - aparecer em rede nacional do rádio e da TV.

A percepção consolidada pela Lei da Ficha Limpa é que o registro deve ser negado quando o candidato tem sua sentença confirmada por um tribunal colegiado - no caso de Lula, isso aconteceu quando o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) confirmou a condenação por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do triplex do Guarujá (SP) e aumentou a pena para 12 anos e um mês de prisão. O ex-presidente está preso desde o dia 7 de abril na capital paranaense.

O PT tem até o dia 15 de agosto para fazer o registro da candidatura de Lula. Dentro do TSE, a avaliação é a de que chances de o petista obter vitória é mínima, a menos que consiga uma liminar suspendendo a inelegibilidade.

Na semana passada, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, indicou que deve pedir a impugnação da candidatura de Lula. Raquel também avisou que o Ministério Público vai pedir o ressarcimento de recursos públicos que tenham financiado a candidatura de políticos inelegíveis.

Para Fux, "o candidato sub judice é aquele que tem a sua elegibilidade ainda sujeita à apreciação da Justiça". Ele fez questão de diferenciar candidatos "sub judice" de candidatos "inelegíveis". "Aqueles candidatos que já tiveram a sua situação definida pela Justiça não são candidatos sub judice, são candidatos inelegíveis", frisou o presidente do TSE, durante o evento Políticos do Futuro em uma escola pública de Salvador.

Mesmo com uma possível derrota no TSE, a defesa de Lula pode recorrer ao Supremo Tribunal Federal. Segundo o Estado apurou, o pedido seria distribuído livremente entre os integrantes da Corte, sendo excluídos do sorteio eletrônico a presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia (que, por questões regimentais, não recebe pedidos de medida liminar), e os três ministros do Supremo que também integram o TSE: Luís Roberto Barroso, Rosa Weber e Edson Fachin (que será efetivado no tribunal em meados de agosto). Dessa forma, o processo seria encaminhado para algum dos outros sete integrantes do tribunal.

Defesa

O advogado Eugênio Aragão, que integra a equipe eleitoral do PT, criticou as declarações de Fux. "O que temos vendo aqui é o presidente do TSE querendo dar lição de moral em candidato."

Em nota divulgada nesta terça-feira, a assessoria do Instituto Lula disse que Fux já escreveu em livro, publicado em 2016, "que sempre que houver possibilidade do candidato reverter a inelegibilidade, a Lei garante que o candidato 'prossiga na corrida eleitoral' (Novos Paradigmas do Direito Eleitoral. Belo Horizonte, Fórum, 2016).

"Por isso que a fala de hoje (terça-feira) do ministro sobre candidatos "em situação definitiva" não poderem concorrer não se aplica a Lula. Nem o Ministério Público sustenta o caráter definitivo da inelegibilidade de Lula", diz a nota. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, defendeu nesta terça-feira (31) a rejeição do pedido no qual o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pretende aguardar em liberdade o julgamento de mais um recurso contra a condenação na Operação Lava Jato.

No parecer, Dodge afirma que a prisão de Lula deve ser mantida como forma de prevenção e repressão dos crimes cometidos pelo ex-presidente. Segundo a procuradora, pesam contra Lula “gravíssimas e inúmeras consequências judiciais, as quais não encontram precedentes no sistema jurídico brasileiro”.

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“Luiz Inácio Lula da Silva foi eleito para o mais alto cargo do Executivo Federal com um ferrenho discurso anticorrupção, alardeando sua honestidade e prometendo combate aos dilapidadores dos cofres públicos. Elegeu-se em virtude de sua retórica de probidade e retidão. Tais fatos elevam sobremaneira o grau de censurabilidade da conduta do recorrente e devem ser punidos à altura”, argumentou.

Raquel Dodge afirmou ainda que os crimes cometidos por Lula tiveram como motivação “manter o esquema de cartel e corrupção na Petrobras funcionando”.

"Os motivos dos crimes também ensejam avaliação desfavorável ao requerente. È evidente que o motivo dos crimes constituiu a ambição de enriquecimento desmedido e manutenção no poder, comprometendo o correto funcionamento do processo decisório da Petrobras, bem como interferindo e promovendo o desequilíbrio no sistema econômico e político do país", completou.

Lula está preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba desde o dia 7 de abril, por determinação do juiz Sérgio Moro, que ordenou a execução provisória da pena de 12 anos e um mês de prisão pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, no caso do triplex em Guarujá (SP). A prisão foi executada com base na decisão do STF que autorizou prisões após o fim dos recursos na segunda instância da Justiça.

O STF retoma amanhã (1º) os trabalhos do segundo semestre após o recesso em julho, mas a data de julgamento do recurso ainda não foi definida. 

Manifestantes ligados a movimentos sociais fizeram nesta terça-feira (31) um protesto em frente do Supremo Tribunal Federal (STF) a favor da concessão de liberdade ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O protesto durou cerca de 40 minutos e houve um princípio da confusão, quando pouco mais de dez pessoas tentaram permanecer em frente à entrada exclusiva dos ministros. Os manifestantes foram retirados por um cordão humano formado por seguranças do tribunal. Algumas pessoas chegaram a cair no chão, mas deixaram o local. 

Seis dos manifestantes anunciaram o início de uma greve de fome por tempo indeterminado até que o ex-presidente seja beneficiado com um habeas corpus. Eles são ligados ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e a outras entidades que atuam em defesa de indígenas e atingidos por barragens.

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Lula está preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba desde o dia 7 de abril, por determinação do juiz Sérgio Moro, que ordenou a execução provisória da pena de 12 anos e um mês de prisão pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, no caso do tríplex em Guarujá (SP). A prisão foi executada com base na decisão do STF que autorizou prisões após o fim dos recursos na segunda instância da Justiça.

O pré-candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL) vem afirmando sem modéstia que vence a eleição presidencial no primeiro turno. Durante a polêmica participação no programa Roda Viva, nessa segunda-feira (30), Bolsonaro foi além e disse acreditar que tem “muito mais votos” do que o ex-presidente Lula. 

A declaração aconteceu quando o deputado respondia se vai aceitar o resultado, caso seja derrotado no pleito. “O sentimento que eu tenho nas ruas é que eu tenho muito mais votos até do que o Lula. Eu sou recebido de uma forma completamente diferente de que o Lula foi recebido com as caravanas, em qualquer lugar que eu vá, em qualquer canto do Brasil. Isso é uma realidade, a aceitação é enorme para com o meu nome”, declarou com confiança. 

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Bolsonaro também falou que vai estar “na luta” de qualquer maneira. “Ora, qual outro caminho eu tenho senão participar das eleições? Entregar para o PT ou PSDB? Eu vou estar na luta de qualquer maneira”, ressaltou afirmando também que as pessoas viam nele confiança e credibilidade. “É alguém diferente dessas pessoas que tem se apresentado”, alfinetou. 

Um levantamento divulgado nesta terça-feira (31) pelo Instituto Paraná Pesquisas mostra que o parlamentar iria para o segundo turno com 23,6% das intenções de votos dos brasileiros em um cenário sem Lula. Em segundo lugar aparece a candidata da Rede, Marina Silva, com 14,4%, seguida por Ciro Gomes (PDT), que aparece no levantamento com 10,7%. 

O estudo ainda revela que o único possível candidato que se apresenta acima de Bolsonaro seria Lula. O petista, de acordo com a pesquisa, despontaria com 29% das intenções de votos. Nesse novo panorama, Bolsonaro apareceria em segundo com 21,8% e Marina Silva com 9,2%. 

A entrevista que o deputado federal concedeu ao Roda Viva deu o que falar. Também questionado por um dos jornalistas sobre a ligação com o ex-deputado Eduardo Cunha, hoje preso, Bolsonaro afirmou que raras vezes esteve com Cunha. “Eu gostaria de ter estado mais vezes ao lado dele, inclusive. Agradeço a ele a aprovação do voto impresso”. Ainda argumentou que não é porque está “no meio” que é corrupto ou tenha a intenção de praticar algo que não seja o que diz ser.

O presidenciável do PSL ainda causou ao afirmar que não houve golpe militar em 1964 justificando que os atos cometidos pelos militares se justificavam pelo "clima da época, de guerra fria" e que teria agido da mesma maneira se estivesse no lugar deles. 

A pichação com tinta vermelha na área externa do salão branco do Supremo Tribunal Federal, feita na terça-feira passada por manifestantes favoráveis ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), condenado e preso na Lava Jato, aumentou a preocupação da presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia, com a segurança das instalações da Justiça.

Cármen Lúcia teme que, em pelo menos duas ocasiões próximas, novos atos de vandalismo possam ser praticados. O primeiro, em 15 de agosto, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), último dia do prazo para registro de candidaturas. Depois, no dia da posse do ministro Dias Toffoli na presidência do STF, em meados de setembro, na solenidade que tradicionalmente reúne chefes de Poderes e autoridades. A presidente do STF também já teve a fachada do prédio onde mantém um apartamento em Belo Horizonte pichado com tinta vermelha, em abril, por integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

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O assunto deve ser tema de reunião, nesta semana, a ser realizada com representantes dos órgãos que cuidam da segurança da Esplanada dos Ministérios. Este é um assunto que preocupa não só o STF, mas também o Palácio do Planalto, o governo do Distrito Federal e o Congresso.

Possíveis manifestações também despertaram atenção de integrantes do TSE, cuja equipe de segurança está monitorando a questão. No Conselho Nacional de Justiça (CNJ), também presidido por Cármen, os vigilantes foram orientados a redobrar os cuidados após o ato de vandalismo no Supremo.

Após o relator da Lava Jato, ministro Edson Fachin, afirmar que sua família tem sofrido ameaças, Cármen autorizou o aumento do número de agentes para escolta permanente do colega. Atualmente, 110 magistrados estão sob ameaça no País. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Há pouco tempo sem muita atenção dos partidos, a escolha do vice virou um dos elementos centrais nas eleições presidenciais de 2018. Até o momento, somente o PSOL e o PSTU lançaram chapas completas na corrida presidencial. Paulo Rabello de Castro (PSC), Jair Bolsonaro (PSL) e Ciro Gomes (PDT), já confirmados em convenções nacionais, Geraldo Alckmin (PSDB), Marina Silva (Rede) e Henrique Meirelles (PMDB), ainda na condição de pré-candidatos, correm atrás de nomes capazes de ampliar suas bases e levá-los ao segundo turno do pleito.

Disputado por sua condição de empresário, Josué Gomes da Silva, filho do ex-vice-presidente José Alencar, morto em março de 2011, é o mais cortejado. Já foi cogitado para ser companheiro de chapa do petista Luiz Inácio Lula da Silva – posto que seu pai ocupou nos dois mandatos do ex-presidente no Palácio do Planalto –, de Ciro e de Alckmin. A família, especialmente a mãe Mariza Gomes da Silva, resiste.

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Alckmin chegou a se reunir com o empresário, mas Josué Gomes recusou oficialmente o convite. Os tucanos agora garimpam no Centrão – grupo político integrado pelo DEM, PP, PR, PRB e SD – um nome para compor a chapa presidencial. Surgem como opções Ana Amélia Lemos (PP-RS), Aldo Rebelo (SD-SP) e Mendonça Filho (DEM-PE), com maiores chances para os dois últimos nomes. Nas últimas horas, ganhou força a vice-governadora do Piauí, Margarete Coelho (PP).

Para o cientista político David Fleischer, do Instituto de Ciência Política da Universidade de Brasília (UnB), os partidos buscam nomes que agreguem apoio não só de outras legendas, mas também de setores representativos da sociedade. "Vemos o PSDB falando em escolher uma mulher. Vemos o nome da senadora Ana Amélia, uma jornalista, bem articulada. É assim, precisa ser um nome com aval dos partidos, da coligação, mas que some apoio e seja bem articulado para defender a chapa", argumentou.

Nessa busca frenética, nos bastidores da pré-campanha tucana, surgiu o nome do senador Álvaro Dias (PR), pré-candidato a presidente pelo Podemos, cuja convenção nacional está marcada para 4 de agosto, em Curitiba. Dias rechaçou a possibilidade de aliança com o PSDB.

Outro pré-candidato cogitado para compor a chapa de Alckmin foi Henrique Meirelles (MDB). Tanto Meirelles como o MDB rejeitaram a possibilidade, e hoje a tendência é que o partido dispute a eleição presidencial sem coligação e busque entre os filiados o vice do ex-ministro da Fazenda e ex-presidente do Banco Central.

A pré-candidata a presidente pelo PCdoB, Manuela D'Ávila, é disputada entre os partidos de esquerda. Tanto o PDT quanto o PT gostariam de tê-la como vice. Manuela tem repetido que sua candidatura será mantida, mesmo que não haja unidade da esquerda.

O PT e o PDT também disputam o PSB, que deixou para o último dia de convenções (5 de agosto) a decisão sobre a eleição presidencial. No PSB, ainda há quem acredite que Joaquim Barbosa, ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, possa reavaliar a decisão e voltar à corrida presidencial.

"O PT vive uma situação atípica, pois não sabe se o ex-presidente Lula poderá concorrer. Então, terá que escolher um vice do próprio partido que possa assumir a cabeça da chapa", avaliou o cientista político Leonardo Barreto. "Além disso deixar o PCdoB e o PSB em stand by para eventualmente indicar o vice. É uma situação complexa", completou.

Bolsonaro, candidato pelo PSL, já recebeu pelo menos três nomes: do senador Magno Malta (PR-ES), do general da reserva Heleno Pereira e da advogada Janaina Paschoal. Ligados ao partido, o príncipe Luiz Philippe de Orleans e Bragança e o astronauta Marcos Pontes também estão cotados para compor a chapa.

A Rede ainda não homologou a candidatura de Marina Silva, mas já há especulação sobre quem será o vice. Os mais citados são Eduardo Bandeira de Melo, presidente do Flamengo, e Miro Teixeira, deputado federal. O PSOL formou uma chapa puro sangue, com Guilherme Boulos e Sônia Guajajara, mas terá o apoio do PCB. Sem aliança, o PSTU disputará a eleição presidencial com Vera Lúcia e Hertz Dias.

Segundo Barreto, as articulações dos candidatos a vice-presidente estão ganhando destaque este ano devido também ao encurtamento do calendário eleitoral. "Antes esse debate ocorria no primeiro semestre. Neste ano, acabou a Copa do Mundo, começaram as convenções, e os vices ainda não estavam escolhidos."

 

O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu afirmou a dirigentes do PT da Bahia que o ex-governador do Estado Jaques Wagner é um "nome preparado para disputar a Presidência da República" nas eleições 2018. A declaração, relatada à reportagem pelo presidente estadual do partido na Bahia, Everaldo Anunciação, aconteceu em Ilhéus, onde Dirceu permaneceu durante uma semana, entre 15 e 22 de julho.

A visita de Dirceu à região litorânea do sul baiano foi articulada pelos dirigentes do PT. Ele fez o percurso entre Brasília e Ilhéus de carro, de acordo com Anunciação, e ficou hospedado na casa do empresário Nilton Cruz, filiado à legenda e proprietário da Amazon Bahia, uma das maiores compradoras de cacau da região.

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Além de Everaldo Anunciação, também visitaram Dirceu em Ilhéus dois ex-presidentes do PT da Bahia, Jonas Paulo e Josias Gomes, além do deputado estadual Rosemberg Pinto, líder do partido na Assembleia Legislativa. Durante o encontro, afirmou Anunciação, Dirceu referendou a estratégia do partido de registrar a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mesmo condenado em segunda instância e preso na Operação Lava Jato. O ex-ministro disse, entretanto, que Jaques Wagner era um bom substituto para o líder petista, em caso de impugnação da candidatura pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

"Ele concorda que o PT siga com toda a estratégia e que a decisão de substituir Lula, se precisar, passa pelo próprio Lula", afirmou o presidente do PT da Bahia à reportagem. Segundo relato do dirigente, Dirceu afirmou que "Wagner tem capacidade, jogo de cintura, experiência administrativa" e citou o legado dele na Bahia, onde conseguiu eleger o seu sucessor, o atual governador Rui Costa, no primeiro turno.

Um mês após ser solto por liminar concedida pela Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), José Dirceu "está muito bem física e mentalmente", disse Everaldo Anunciação. "Para um homem de 70 anos, ele está muito bem, continua pensando política", avaliou. O ex-ministro foi condenado a 30 anos e 9 meses de prisão pelos crimes de corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

O ator Fábio Assunção decidiu se pronunciar e defender o ex-presidente Lula por meio de sua conta no Instagram. Utilizando uma imagem do líder petista com a frase “Lula Livre”, o artista disse que “dói” ver um país boicotado e doentes sem tratamento. A declaração foi feita para falar do Festival Lula Livre que acontece, neste sábado (28), em prol de Lula, no Rio de Janeiro. 

“Sem idolatria nem cegueira, aqui coloco minha cara a tapa. Apanhar não dói. Seguidores não doem. O que dói é um país boicotado, pessoas sem chances, doentes sem tratamento, crianças sem futuro. O que dói é o extermínio das suas possibilidades, a cultura ser um luxo pra poucos, um pastor impor sua ararisse como algo transformador. É você poder mas não ser escolhido pra somar. Ser exterminado pelo seu poder de consumo, condenado pelas cores dos seus sentimentos”, escreveu Assunção em referência ao ex-presidente estar preso desde o último dia 7 de abril. 

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Fábio Assunção pediu para que as pessoas de distanciassem dos seus próprios ódios. “Não é subjetivismo. Não é mais opinião. É (possivelmente) a única chance. Sem sua presença ficarás só na torcida de um jogo marcado, pretexto pra churrasco. Torcerás em vão. Tem coisa que só evapora na pressão. A democracia é assim, a história escrita registra isso. Se distancie de seu ódio, o que quer de fato? Está o lixo central escolhendo seu papel nada higiênico enquanto nos encolhemos. Quem te representa? Quem de fato fala tua língua?”, indagou. 

Ele ainda convidou os seguidores a participarem do festival afirmando que será o “pontapé inicial nessa possibilidade de potência. Venha”. O evento gratuito vai acontecer no tradicional Arcos da Lapa, um dos pontos turísticos do Rio. Previsto para começar a partir das 14h, o evento reunirá artistas e intelectuais que defendem a liberdade do ex-presidente Lula. O encerramento vai ficar por conta do encontro de Chico Buarque e do baiano Gilberto Gil.

A senadora Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT, descartou nesta quinta-feira (26) uma possível aliança com o PR nas eleições para incluir Josué Gomes na chapa como vice do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso na Operação Lava Jato.

"Não tem como ele hoje compor uma chapa conosco, o partido já se definiu que vai apoiar o (Geraldo) Alckmin", afirmou a senadora na saída da sede da Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, onde esteve reunida com o ex-presidente durante a tarde.

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Segundo Gleisi, Lula e Josué são amigos e o petista "ficou feliz" com a recusa do político em ser vice de Geraldo Alckmin (PSDB) na campanha presidencial. Josué é filho do ex-vice-presidente de Lula, José Alencar, morto em 2010. A aliança com o PT chegou a ser aventada, mas o PR acabou fechando com o tucano, juntamente com o Centrão. "Ele respeita a posição do Josué", disse Gleisi sobre a fala do ex-presidente.

A senadora disse ainda que esteve com Lula para tratar de detalhes de reuniões que o partido tem feito em torno de alianças, principalmente em busca dos apoios de PSB e PCdoB. "Ele acha que é importante a formação de uma frente de esquerda, inclusive para governar o país depois, e está de acordo com o que o partido está fazendo", relatou a presidente do PT.

Segundo ela, a prevalência é pelo projeto nacional, mesmo que as alianças custem a retirada de candidaturas próprias nos Estados, como no caso de Pernambuco, em que a petista Marília Arraes é pré-candidata ao governo, mas a sigla estuda aliança com o PSB de Paulo Câmara.

De acordo com a senadora, o fato de Lula estar no centro das discussões políticas já o coloca como o principal pré-candidato à Presidência nas eleições 2018. "Não dá para discutir política e eleição sem Lula, essa é a realidade", declarou Gleisi.

O senador norte-americano Bernie Sanders, pré-candidato à Casa Branca em 2016, assinou uma carta, ao lado de 28 parlamentares do Partido Democrata, em solidariedade a Luiz Inácio Lula da Silva, que cumpre pena por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

O documento foi revelado pela "Folha de S. Paulo" e afirma que o líder petista é alvo de "acusações não comprovadas" e de um julgamento "altamente questionável e politizado". Além disso, denuncia a "intensificação do ataque à democracia e aos direitos humanos no Brasil".

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Sanders e os outros 28 congressistas, segundo a "Folha", dizem que Lula deve responder em liberdade e que a "luta contra a corrupção não deve ser usada para justificar a perseguição de opositores políticos ou negar-lhes o direito de participar livremente de eleições".

A carta também cita o assassinato da vereadora carioca Marielle Franco e diz que há evidências "críveis" do envolvimento de "membros das forças de segurança do Estado" no crime. Os dois casos são tratados como exemplos da "ameaça à democracia" no Brasil.

Lula está preso desde 7 de abril, após ter sido condenado em segunda instância a 12 anos e um mês de prisão no "caso triplex".

Da Ansa

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