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Candidato a vice na chapa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) tem tentado conter o imbróglio com presidenciável Ciro Gomes (PDT) gerado pelas alianças firmadas pela legenda petista para a disputa. Nesta quarta-feira (8), Haddad disse que o candidato pedetista e eles “estão do mesmo lado” e têm como adversários reais o governo do presidente Michel Temer (MDB) e o PSDB, que concorre ao Palácio do Planalto com o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. 

“Nós somos amigos do Ciro, vamos estar juntos no segundo turno para vencer o governo do PSDB e do Temer. Fala-se do Temer, mas quem dá sustentação a ele é o PSDB. Todas essas reformas que o povo repudia, limitar o investimento público, a reforma trabalhista, os cortes nos programas sociais é com o apoio do PSDB. Nós e o Ciro estamos do mesmo lado para vencer essa turma que usurpou o poder”, argumentou Haddad, em entrevista à Rádio Jornal também veiculada nas redes sociais de Lula e do PT. 

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Na ótica de Haddad, Temer e o PSDB “são o pior problema do país”. “O problema de adversários ou não não tem haver com pessoas, tem haver com projetos. Estamos no rumo errado e temos que resgatar o país para o rumo certo, da geração de empregos, da educação. Não podemos neste momento nos dispersar, qual o problema do país hoje? Esse projeto do Temer e do PSDB”, observou. 

Sobre a candidatura do ex-presidente Lula, Haddad disse estar confiante. “A determinação do ex-presidente Lula é que a gente corra o país apresentando e discutindo o plano de governo”, pontuou. “Tenho certeza que ele vai estar no segundo turno, se não ganhar no primeiro, temos segurança do projeto que estamos defendendo”, completou. 

Para o candidato a vice de Lula, “o Nordeste está fechado” com o líder-mor petista e o povo brasileiro sabe que “muita coisa mudou” durante a gestão do ex-presidente.  “O povo tem isso fresco na memória… O povo brasileiro sabe o potencial que o país tem desde que governado por alguém com compromisso social", salientou. “Pode ter certeza que o Brasil vai voltar a viver tempos de desenvolvimento com inclusão. Nós vamos democratizar o crédito, gerar emprego, democratizar o acesso a educação superior e profissional", acrescentou Haddad. 

O Movimento Brasil Livre (MBL) entrou com um recurso no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para barrar a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Palácio do Planalto. O pedido do MBL é para que Lula seja impedido de registrar sua candidatura e, portanto, proibido de praticar atos de campanha, "uma vez que evidentemente inelegível".

O processo está sob a relatoria do ministro Admar Gonzaga, que cuida de três casos relacionados à campanha do PT ao Planalto.

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Em julho, a ministra Rosa Weber, atual vice-presidente do TSE, negou o pedido do MBL para desde já impedir o registro de candidatura do ex-presidente, preso e condenado na Lava Jato. Rosa tomou a decisão por assumir o plantão do TSE durante o recesso do Judiciário.

No jargão jurídico, Rosa "não conheceu da ação", ou seja, não entrou no mérito do pedido do MBL porque entendeu que a ação não tinha legitimidade. A ministra ainda apontou que, à época, sequer havia sido iniciado o período para a realização das convenções partidárias.

O TSE estabelece que, após a convenção partidária, o partido tem até o dia 15 de agosto para requerer à Justiça Eleitoral os registros dos candidatos escolhidos.

Segundo o apurou Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, ao entrar com recurso no TSE para reverter a decisão de Rosa, o MBL alega que o cenário mudou nas últimas semanas, já que Lula foi oficializado como candidato do PT à Presidência.

Inelegível

Na última quarta-feira, 1, o advogado Luiz Fernando Casagrande Pereira, que integra a defesa de Lula no TSE, disse que concorda com as declarações do presidente da Corte, ministro Luiz Fux, de que o petista está inelegível. Pereira reconheceu que, hoje, o ex-presidente está enquadrado na Lei da Ficha Limpa, mas ressaltou que a inelegibilidade de Lula é provisória e pode ser afastada por meio de uma liminar do Superior Tribunal de Justiça (STJ) ou do Supremo Tribunal Federal (STF).

Para Casagrande Pereira, a inelegibilidade pode ser revertida até a diplomação, que está prevista para ocorrer até o dia 19 de dezembro.

Procurado pela reportagem, o PT informou que não vai se manifestar.

Faltando apenas alguns dias para terminar o prazo dos partidos inscreverem os seus candidatos a presidente no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nesta terça-feira (7), o ex-presidente Lula afirmou que só não será candidato se morrer. A declaração foi feita ao deputado federal Wadih Damous (PT), que visitou hoje o líder petista na sede da Polícia Federal, em Curitiba. 

“O presidente pediu que eu dissesse que ele é candidato até o fim. O presidente tem compromisso com o povo brasileiro, ele não desistirá da sua candidatura, disse que só deixará de ser candidato se morrer ou se a Justiça rasgar a Constituição. Como ele não quer morrer, como ele não vai desistir, ele só não será candidato se o Poder Judiciário rasgar a Constituição”, declarou por após a visita. 

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Wadih também expôs que Lula quer que o juiz Sérgio Moro apresente, no dia 15 de agosto, o último dia para registrar as candidaturas presidenciais na Justiça Eleitoral, apresente as provas do crime que teria cometido. “Dia 15 é o dia do registro da candidatura e ele está esperando que Sergio Moro diga qual foi o crime que ele cometeu e que prova tem para mostrar que ele cometeu esse crime”. 

Lula ainda teria dito que não troca sua dignidade por liberdade. “O compromisso dele é com o povo brasileiro, por isso ele é candidato. Por isso ele não vai negociar, não vai fazer comércio com a sua liberdade. Ele tem o direito de ser candidato e tem o direito de ser livre”. 

 

“Só que ele considera correta a decisão dos advogados que retiraram o habeas corpus em que se pedia a soltura do presidente foi correto porque nós sabemos. Eu sei que o ministro Edson Fachin, que é o relator, faria uma manobra para declarar a inelegibilidade do presidente Lula. Nós não permitiremos que isso aconteça, por isso se desistiu do habeas corpus onde se pedia a libertação dele no STF e com isso ele reafirma a sua candidatura”, concluiu o deputado. 

 

 

 

 

Indicação do PCdoB para a vaga de vice na chapa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a deputada Manuela D'Ávila afirmou, nesta terça-feira (7), que quem pretende retirar o presidente Michel Temer (MDB) do Palácio do Jaburu, residência oficial dos vice-presidentes, é ela. Em entrevista coletiva ao lado do ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), vice oficial na chapa de Lula, Manuela disse que essa tarefa será “honrosa”.

"Estive pensando que uma das tarefas honrosas que terei será morar no Jaburu. Então, na prática, quem vai tirar o Temer de lá sou eu", disparou a comunista, que desistiu de concorrer ao Palácio do Planalto para integrar a chapa de Lula. 

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Sobre a crítica de ela ter sido vítima de machismo, sendo retirada do pleito para estar numa postulação liderada por um homem, Manuela rebateu. “Não é machismo uma mulher ser vice de um homem, machismo é não respeitar minhas decisões políticas”, observou. 

No acordo entre PCdoB e PT, a vice de Lula será ocupada por Haddad até o julgamento do registro de candidatura do ex-presidente, caso seja indeferido e o líder-mor petista não possa concorrer, Haddad será o candidato. Com Lula ou Haddad, segundo o PCdoB, Manuela será elevada a vice depois de 17 de setembro, quando encerra o prazo para a Justiça Eleitoral julgar os registros.

Manuela acredita que é justo ter um petista como interlocutor de Lula e não ela. “Nós consideramos justo que o interlocutor do presidente Lula seja alguém militante do PT. Por isso, nosso acordo de ocuparmos a vice-presidência na chapa. Conseguiremos juntos tirar o Brasil da crise tão grave que afeta o povo brasileiro", disse a comunista. 

Ainda para Manuela, a chapa denominada por eles de “Lula-Manu-Haddad” não tem “o direito de perder a eleição”. “O Brasil vive uma crise severa. Tínhamos que aglutinar mais forças e assim o fizemos porque acreditamos que podemos vencer”, argumentou. 

A juíza Bianca Arenhart, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, sediado em Porto Alegre, negou nesta segunda-feira (6) pedido feito pelo PT para autorizar a participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no debate que será realizado quinta-feira (9), na TV Bandeirantes, com candidatos à Presidência da República nas eleições de outubro.

Lula está preso desde 7 de abril, na sede da Superintendência da Polícia Federal (PF) em Curitiba, em função de sua condenação a 12 anos de prisão na ação penal do caso do tríplex do Guarujá (SP). Para o PT, como pré-candidato, Lula tem direito de participar do debate.

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Ao analisar o caso, a juíza decidiu rejeitar o pedido por razões processuais e entendeu que o PT não tem legitimidade para fazer o pedido em nome do ex-presidente.

“De fato, nos termos da Lei de Execução Penal, cabe ao próprio executado, por meio de sua defesa constituída ou, na sua falta, à Defensoria Pública da União, pleitear benefícios ao preso”, decidiu a magistrada.

De acordo com o partido, o pedido de registro de candidatura do ex-presidente deve ser protocolado no dia 15 de agosto, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), preso e condenado na Lava Jato, desistiu do processo no Supremo Tribunal Federal (STF) que discutiria seu pedido de liberdade e possivelmente sua condição para disputar a presidência da República. Lula foi lançado como candidato do PT. O pedido foi direcionado ao relator do processo, Edson Fachin, que ficará responsável pela decisão de homologar a desistência do petista.

O movimento da defesa de Lula foi feito após sinalizações de ministros da Corte, e do próprio relator, de que era importante dar celeridade ao caso. Com a desistência, os advogados colocam em prática a estratégia de evitar que a Suprema Corte discuta sobre a questão de inelegibilidade antes do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), onde o registro de candidatura é feito.

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Na petição, a defesa de Lula afirma que nunca procurou, neste processo, debater sobre o aspecto eleitoral, apenas sobre a execução da pena do petista, condenado em segunda instância. Lula teve a pena confirmada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), situação que enquadra o ex-presidente na Lei da Ficha Limpa.

"De qualquer forma, diante do mistifório entre a pretensão de liberdade plena do Requerente que foi efetivamente deduzida nestes autos e a discussão em torno dos seus direitos políticos - imprevistamente colocada em ribalta (art. 26-C da Lei Complementar nº 64/90) -, a Defesa do Requerente desiste do feito sem prejuízo de eventual renovação opportuno tempore", afirmam os advogados, reclamando da "confusão" causada no processo.

A intenção de Fachin era de liberar o processo para pauta do plenário nos próximos dias. Conforme apurou o Estadão/Broadcast, Cármen estaria disposta a pautar tão logo Fachin liberasse, o que faria o colegiado julgar o caso ainda esta semana.

Imbróglio

O processo em que Lula apresentou desistência foi apresentado no início de junho para que a Corte suspendesse os efeitos de sua condenação no caso do tríplex no Guarujá. O imbróglio jurídico começou em junho, quando o TRF-4 negou a Lula a possibilidade de recorrer ao STF, não admitindo o chamado recurso extraordinário. Diante disso, Fachin, no mesmo dia, barrou a petição do petista para suspender os efeitos de sua condenação, que estava previsto originalmente para ser julgado pela Segunda Turma em junho.

Contra essa decisão, a defesa de Lula entrou com recurso (agravo). Foi esse pedido, para que a Corte julgue os pedidos de suspensão da condenação, que Fachin enviou ao plenário, retirando o caso da Segunda Turma. O ministro, relator da Lava Jato, justificou o envio ao colegiado dos 11 ministros, em função do processo tratar, além de outras questões, sobre as pretensões eleitorais de Lula.

Na petição inicial, a defesa de Lula fala que o ex-presidente tem sérios riscos de ficar de fora da corrida ao Planalto e ter seus "direitos políticos indevidamente cerceados, o que, em vista do processo eleitoral em curso, mostra-se gravíssimo e irreversível".

Fachin já havia liberado o recurso para ser julgado pelo plenário quando a defesa do ex-presidente entrou com novo recurso, desta vez contra o envio do caso ao plenário. Segundo a defesa, os advogados não teriam pedido que a questão eleitoral fosse discutida pelo STF. Com isso, o ministro pediu esclarecimentos aos defensores do petista antes do final do recesso. Foi essa resposta que chegou nesta segunda à Suprema Corte. Além de afirmaram que não queriam que o processo tratasse da elegibilidade, a defesa acabou desistindo do processo.

A estratégia do PT é registrar no último dia do prazo, 15 de agosto, o pedido de candidatura de Lula no Tribunal Superior Eleitoral. Assim, o ponto eleitoral teria de ser respondido pela Corte Eleitoral e somente depois um recurso poderia ser apresentado ao Supremo, em provável negativa do TSE.

O petista foi condenado, em segunda instância, por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do triplex do Guarujá (SP) e está preso desde abril na Superintendência da PF de Curitiba (PR). A pena foi ampliada para 12 anos e 1 mês pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região.

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal FederaL, avalia que no momento não está colocada para análise da Suprema Corte a possibilidade de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva candidatar-se à Presidência da República. Segundo ele, esse tema deve ser discutido no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), sem demora.

"Não houve ainda pauta sobre o assunto, de modo que eu não estou aguardando que a presidente coloque isso nos próximos dias. A mim me parece que a questão vai se resolver inicialmente no âmbito do próprio TSE, e depois se for o caso no outro momento vamos nos debruçar sobre esta questão do pedido de relaxamento de prisão", disse Gilmar Mendes, nesta segunda-feira, 6, em Brasília, após um seminário sobre as Constituições norte-americana e brasileira sob a perspectiva de auxiliares das supremas cortes de ambos os países.

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Gilmar Mendes lembrou que um recurso de Lula que está no gabinete do ministro Edson Fachin ainda não foi liberado para pauta e que, portanto, não sabe exatamente qual é o pedido dele que será analisado pelo plenário. O tema, no entanto, na visão de Gilmar Mendes, é a liberdade, e não a elegibilidade.

"O relator afetou ao plenário, mas a questão básica é do relaxamento de prisão. Se discute a questão da segunda instância, mas isso já foi debatido num caso específico, no próprio HC. O que se poderia em tese, é o que ele busca, é dar efeito suspensivo para suspender o próprio acórdão, mas isso em parte o tribunal sobre ele já deliberou. Não me parece que isso se esteja se cogitando na atual circunstância, de modo que não me parece que seja, em princípio, o lócus para essa discussão sobre a inelegibilidade", disse Gilmar Mendes.

O relator da Lava Jato no STF, Edson Fachin, disse na semana passada que o ideal é a Suprema Corte analisar o pedido de Lula antes do dia 15, data de registro de candidaturas no TSE. Após Fachin indicar que liberaria o caso para julgamento, a ministra Cármen Lúcia sinalizou que irá pautar com urgência quando isso ocorrer. Fachin ainda espera a resposta da defesa do petista, que deve esclarecer se quer ou não que a Corte discuta sobre a questão eleitoral neste processo. Os advogados tentam evitar que o debate seja travado agora no STF.

Questionado sobre se o TSE deve decidir a questão da elegibilidade com celeridade, Gilmar Mendes disse que sim. "Acho que esse é um esforço que a justiça eleitoral faz para evitar todo aquele drama que vocês conhecem, temos aqui antecedentes, aqui no próprio DF tivemos o caso do Joaquim Roriz (ex-governador do Distrito Federal), que por conta de indefinição tivemos a foto indo para a urna, há todo um esforço neste sentido de definição", comentou o ministro.

O filho do ex-governador Eduardo Campos, João Campos, não poderia deixar de participar da convenção estadual do PSB, que aconteceu nesse domingo (5), no Clube Internacional do Recife. O ex-chefe de gabinete do governador Paulo Câmara (PSB) é uma figura importante no palanque do socialista, que irá disputar a reeleição em outubro. 

Em seu pronunciamento, João falou sobre a esquerda e sobre o ex-presidente Lula. “Fico feliz de ver que a esquerda brasileira aqui está unida, que o palanque progressista do Brasil está aqui, que nós não vamos admitir nenhum retrocesso no Brasil, que a esquerda que representa o povo vai falar mais alto. Vai falar mais alto em defesa de quem sempre defendeu os brasileiros, o presidente Lula”. 

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Também presente no ato, a viúva de Eduardo Campos, Renata Campos, foi aplaudida e chamada de “guerreira”. Na convenção foi exibido um vídeo de Eduardo no qual ressalta as competências de Paulo Câmara. “Agora é hora da competência da seriedade do ser humano extraordinário que é Paulo Câmara, que vai fazer um belo trabalho por Pernambuco”, diz o ex-governador na gravação. 

 

Por sua vez, no evento, Câmara chegou a dizer que estava preparado para governar Pernambuco por mais quatro anos. "Chego aqui para dizer, com humildade, que quero o apoio de vocês porque a gente vai ganhar as eleições. Até 7 de outubro não tem descanso. Vamos fazer o que Eduardo sempre nos pediu, vamos pegar no serviço”, destacou. 

 

 

A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) condicionou sua candidatura ao Senado, por Minas Gerais, à saída do MDB da chapa que o governador Fernando Pimentel (PT) buscará reeleição. A informação é do colunista do jornal O Globo, Lauro Jardim. Segundo ele, Dilma teria ligado para a senadora e presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann (PR), mostrando a insatisfação e pontuando que não dividiria palanque com os emedebistas. 

E, apesar de ter sido homologada como candidata nesse domingo (5), ao longo do fim de semana ela teria reiterado a crítica a diferentes interlocutores. Dilma disse que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também comungava dessa insatisfação.  

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De acordo com o colunista, Fernando Pimentel, por sua vez, é contra a saída do MDB da chapa e afirma que sem eles não concorrerá. No MDB, além da possibilidade de fechar com o PT, existia também a chance de lançarem o presidente da Assembleia Legislativa, Adalclever Lopes, como candidato ao governo de Minas.

A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai reforçar o pedido ao Tribunal Regional Federal da 4ª região (TRF4) para participar do primeiro debate entre os presidenciáveis. O embate entre os postulantes ao Palácio do Planalto vai acontecer na próxima quinta-feira (9) e é organizado pela TV Bandeirantes. 

Responsável pela execução da pena de Lula na Lava Jato, a juíza federal Carolina Lebbos já negou o pedido em julho. A estratégia agora é endossar a mesma petição que já tramita no TRF4 e aguarda manifestação do relator, o desembargador João Pedro Gebran Neto. A TV Bandeirantes já afirmou que Lula não poderá ser substituído pelo vice, Fernando Haddad, no debate. 

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Lula foi confirmado como candidato do PT à Presidência da República no último sábado (4), durante a convenção nacional da legenda. O ex-presidente, contudo, está preso desde o dia 7 de abril deste ano, para iniciar o cumprimento da pena de 12 anos e um mês de prisão pela qual foi condenado na Lava Jato pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. 

A condenação, inclusive, pode ser mote para o registro de candidatura dele ser barrado a partir da Lei da Ficha Limpa. Antes do registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE),  a expectativa de Lula e do PT também estão aguardando o julgamento de recursos contra a condenação pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A apreciação pode acontecer na quinta-feira. 

O PT oficializou, na noite deste domingo (5) o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad como candidato a vice-presidente na chapa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República. A composição da chapa, no entanto, ainda pode mudar, porque o partido fechou uma aliança com o PCdoB, convidando a deputada gaúcha Manuela D'Ávila para ser a vice após a Justiça Eleitoral definir a situação de Lula na disputa. A parlamentar ainda não respondeu oficialmente se aceita o convite.

Haddad, visto como um "plano B" do PT para substituir Lula na disputa, foi apresentado como um "vice tampão" para representar o ex-presidente na campanha, enquanto a condição jurídica de Lula não é definida.

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O acordo com o PCdoB garantiu ao partido que Manuela será a vice do PT independentemente de quem for a cabeça de chapa, em caso de impugnação do ex-presidente. Haddad ficará no posto de vice para cumprir exigência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), fazer campanha para Lula no País e representar o ex-presidente nos debates e entrevistas que participar.

Inicialmente, o PT queria manter a vaga de vice em aberto até o registro da candidatura, em 15 de agosto. Técnicos do TSE, no entanto, informaram que a coligação e a chapa precisariam ser definidas até este domingo. A comunicação ao tribunal foi feita cinco minutos antes da meia-noite.

A presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), classificou a situação como mais uma tentativa de barrar a candidatura de Lula, preso e condenado na Lava Jato. "É uma ação que foi feita exatamente para se colocar mais um obstáculo na candidatura do presidente Lula, uma intervenção da Justiça Eleitoral", disse a dirigente. Ela reiterou que o partido manterá a candidatura de Lula "até as últimas consequências" e registrará seu nome como candidato no dia 15 de agosto.

Carta

Para oficializar a escolha, a Executiva do PT recebeu uma carta de Lula indicando Haddad como vice e pedindo que o partido insistisse na aliança com o PCdoB e no convite para Manuela ser vice. Na mensagem, Lula disse que Haddad seria o melhor nome para defender suas ideias. O ex-governador da Bahia Jaques Wagner, sondado anteriormente, fez chegar ao PT que não gostaria de ser indicado como vice.

Com a decisão tomada e a negociação com o PCdoB amarrada, os dirigentes petistas tentaram fazer chegar a Lula o resultado do acordo, mas, devido ao horário em que o ex-presidente está autorizado a receber recados na Polícia Federal em Curitiba, não deu tempo. A notícia da aliança com o PCdoB deve chegar ao ex-presidente na manhã desta segunda-feira (6).

Em seu discurso, Haddad disse que será "um prazer" andar pelo País defendendo as ideias do ex-presidente. Ele ressaltou que os programas de governo do PT e do PCdoB "só têm coisas em comum" e serão compatibilizados. O ex-prefeito e ex-ministro de Lula classificou a coligação, que também integra PROS e PCO, como uma "grande aliança para resgatar o País".

Já a presidente nacional do PCdoB, Luciano Santos, afirmou que o convite para Manuela ser vice "honra" o partido e que a legenda defendeu a união da esquerda nas eleições desde o começo, tendo tido sucesso na "unidade que foi possível." Ela lamentou que a aliança não tenha sido mais ampla. O partido conversou também com o PDT, que lançou Ciro Gomes como candidato. "Vamos fazer o bom combate e com debate de ideias e vamos ganhar a quinta eleição consecutiva", disse a dirigente.

Manuela D'Ávila, no entanto, ainda não respondeu oficialmente se aceita ser vice do PT. A assessoria de imprensa da deputada gaúcha disse que ela não se manifestaria no momento.

O Supremo Tribunal Federal (STF) pode julgar nos próximos dias o pedido da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que ele aguarde em liberdade o julgamento de recursos contra sua condenação na Operação Lava Jato. Em função da condenação a 12 anos e um mês de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro, Lula está preso na Superintendência da Polícia Federal (PF) em Curitiba desde 7 de abril.

O julgamento pode ocorrer na próxima quinta-feira (9), antes de o PT registrar a candidatura de Lula na Justiça Eleitoral para concorrer à Presidência da República, fato que deve ocorrer no dia 15 de agosto, último dia previsto pela legislação eleitoral. 

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Na semana passada, após o relator do caso, o ministro Edson Fachin, defender celeridade para definir a situação jurídica de Lula antes das eleições, a presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia, responsável pela pauta do plenário, indicou nos bastidores que pode pautar a questão nesta semana. 

No entanto, diante da possibilidade de o caso ser julgado pelo plenário, e não pela Segunda Turma, como deseja a defesa do ex-presidente, os advogados podem desistir do recurso e o julgamento poderá ser adiado. De acordo com dois ministros do STF ouvidos reservadamente pela Agência Brasil, o tribunal deverá aceitar o recuo, caso a defesa confirme a desistência. 

O pedido de liberdade do ex-presidente também tem implicações na esfera eleitoral. Caso a defesa consiga suspender temporariamente a condenação e a soltura de Lula, o ex-presidente poderá concorrer livremente às eleições sem precisar de uma decisão que avalie sua inelegibilidade.

Com a confirmação da condenação na Lava Jato na segunda instância da Justiça Federal, o ex-presidente pode ser enquadrado na Lei da Ficha Limpa, que impede a candidatura de condenados pelos órgãos colegiados da Justiça. 

Se a decisão do Supremo for contrária à pretensão de Lula, o STF pode confirmar a inelegibilidade e levar o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a negar o registro de candidatura.

Desde junho, quando entrou com recurso na Segunda Turma da Corte, a defesa de Lula pretende que a Corte julgue somente a concessão de liberdade e tenta evitar que o plenário analise a questão da inelegibilidade para as eleições de outubro deste ano porque o ex-presidente ainda pode ser beneficiado por uma liminar e disputar as eleições caso tenha a candidatura barrada. 

No entanto, a inelegibilidade não é automática e a questão somente será analisada pelo TSE a partir do dia 15 de agosto, quando o PT pretende protocolar o pedido de registro da candidatura da Lula à Presidência da República nas eleições de outubro.

No dia 22 de junho, Fachin enviou pedido de liberdade do ex-presidente para julgamento pelo plenário, e não na turma, como queria a defesa. Ao justificar o envio, Fachin disse que a questão deve ser tratada pela Corte por passar pela análise do trecho da Lei da Ficha Limpa, que prevê a suspensão da inelegibilidade “sempre que existir plausibilidade da pretensão recursal”.

No entanto, a defesa de Lula recorreu e afirmou que a análise da questão não foi solicitada. “O embargante requereu exclusivamente a suspensão dos efeitos dos acórdãos proferidos pelo Tribunal de Apelação para restabelecer sua liberdade plena. A petição inicial, nesse sentido, é de hialina [límpida] clareza ao requerer o efeito suspensivo para impedir a 'execução provisória da pena até o julgamento final do caso pelo Supremo Tribunal Federal'”, sustentou a defesa.

Lula foi condenado a 12 anos e um mês de prisão pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro no caso do triplex em Guarujá (SP) e teve a pena executada pelo juiz federal Sergio Moro após o fim dos recursos na segunda instância da Justiça, conforme definiu o STF.

A tese de “unidade dos partidos de esquerda” em Pernambuco predominou entre os discursos do governador Paulo Câmara (PSB) e dos seus aliados durante a convenção da Frente Popular, neste domingo (5), no Recife. Apesar de estar sem o PDT no palanque, uma vez que a legenda deve integrar uma nova chapa ao governo que pode ser anunciada ainda hoje, Paulo disse que a coligação formada entre PCdoB, PSB e PT - e outros nove partidos - “reorganizou a esquerda” no Estado e vai “resgatar” investimentos proporcionados entre 2003 e 2011, quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva governou o país. 

“Unimos a esquerda e agora vamos trabalhar por um Pernambuco mais junto. É preciso resgatar esses valores, o Brasil tem muito o que fazer”, salientou o governador, pontuando que a gestão do presidente Michel Temer (MDB) “não olha para os Estados mais pobres”. 

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A união dos partidos de esquerda é uma bandeira levantada pelo PT desde que anunciou a pré-candidatura de Lula à Presidência, pleito que também foi enfatizado por Paulo Câmara. O pessebista ponderou o desejo de “calar a voz” do líder-mor petista e disparou: “Pernambuco não vai deixar”. 

“Pernambuco tem gratidão e sabe o que Lula fez pelo nosso Estado. Então é uma hora importante nessa unidade da Frente Popular e das esquerdas na defesa de Lula, que sabe  muito bem onde quer chegar e do lado que estamos. É hora de saber quem está do lado do povo e quem está do lado do Temer”, observou. 

O senador Humberto Costa (PT), que concorrerá à reeleição pela Frente Popular, também enalteceu a aliança. “o PT chega com algumas dificuldades e problemas, mas certamente serão todos superados. Fizemos uma unidade acima de tudo pelo Brasil. Esse é o palanque que apoia Lula e vai nos ajudar a superar este momento difícil, com este governo incompetente de Michel Temer e levar Lula para um novo mandato”, frisou. 

A deputada federal e presidente nacional do PCdoB, Luciana Santos reforçou a tese da unidade. “Nos unimos para superar desafios e fazer um Pernambuco próspero, forte e impulsivo. É por isso que também em Pernambuco tivemos um grande marco de prosperidade e progresso, que foi uma aliança entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da SIlva e o ex-governador Eduardo Campos. Esse foi um tempo que Pernambuco  mudou sua matriz econômica, cresceu e possibilitou mudanças sociais”, rememorou.  

Sem o PDT

No fim da convenção, o governador foi questionado pela imprensa sobre como via a ausência do PDT na Frente Popular e a criação de uma nova chapa onde o partido deve ser um dos protagonistas. Paulo disse que estava tentando ainda reverter o quadro. 

“Vim para cá eles ainda estavam debatendo. Estamos tentando conversar com eles, se tivermos êxito bem, se não vamos disputar”, resumiu-se.

Nos bastidores, já é certo de que o êxito do governador com a articulação junto aos pedetistas não virá.  De acordo com informações da Agência Estado, a chapa tendo o PDT como protagonista está sendo formada junto com o Pros e o Avante. A expectativa é de que eles apresentem o advogado e secretário da Organização dos Estados Americanos (OEA), Maurício Rands (PROS) como candidato a governador e o advogado Túlio Gadêlha (PDT), deve o vice. 

A composição ainda deve contar com o deputado federal Silvio Costa (Avante) como candidato ao Senado. 

Protagonista das articulações para que o PT fosse reintegrado a Frente Popular de Pernambuco e não concorrer ao Governo com a candidatura da vereadora Marília Arraes (PT), o senador Humberto Costa (PT) afirmou, neste domingo (5), que deve sentar à mesa nesta segunda-feira (6) com Marília e pontuou que pretende estimular que ela seja candidata à deputada federal. 

“Ela fez um trabalho maravilhoso [de pré-campanha], é hoje uma liderança emergente extremamente respeitada. Eu devo tentar conversar com ela amanhã, mas vamos estimular de todas as formas para que ela possa ser candidata e, certamente, terá uma grande votação”, projetou o senador, em conversa com jornalistas, depois da convenção que homologou a candidatura dele à reeleição

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“Temos o maior respeito e apreço por Marília. Queremos que ela continue fazendo [o trabalho que começou na pré-campanha] e esperamos que ela possa continuar fazendo isso disputando um mandato de deputada federal”, completou. 

O fato da postulação da neta do ex-governador Miguel Arraes ter sido preterida gerou um novo racha interno no PT, que desde 2012 passou a lidar com fissuras eleitorais. Questionado sobre as feridas que ficaram, Humberto disse que vão cicatrizar e disse que o acordo feito com o PSB foi em prol da campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 

“Será uma campanha de Lula e a medida que o tempo for passando as feridas vão cicatrizando. Pretendo fazer uma de conversas e acredito que vamos superar”, frisou. “Fizemos esse acordo porque ele, pelo Brasil e por Pernambuco. Precisávamos e precisamos consolidar um conjunto de partidos em torno da candidatura de Lula e o apoio do PSB, ainda que não seja formal, nos ajuda a trazer, como já trazemos, o Pros e o PCdoB que virá”, acrescentou. 

Ao ser indagado se temia protesto da militância petista nas urnas, o senador negou. “O protesto já aconteceu no dia da convenção [quando ele foi chamado de golpista]. Não acredito, o povo pernambucano vai entender perfeitamente o que nos levou a fazer essa aliança que é a defesa de Lula e o enfrentamento ao golpe que foi dado no Brasil”, argumentou. 

O PT oficializou no início da tarde deste sábado, 4, a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado na Lava Jato por corrupção e lavagem de dinheiro e cumprindo prisão em Curitiba desde 7 de abril. Formalmente, Lula está indicado para ser, pela sexta vez, o candidato do partido à Presidência da República. Poucas horas depois, porém, a cúpula petista passou a discutir, sem a presença do ex-presidente, a possibilidade de deflagrar já o "plano B" na disputa pelo Palácio do Planalto. O nome mais cotado é o do ex-prefeito Fernando Haddad.

Aos participantes do Encontro Nacional do partido - que teve poderes de convenção - a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, disse que advogados devem ouvir Lula ainda hoje, em Curitiba, antes de o martelo ser batido. A escolha de Haddad, mesmo como vice, passa imediatamente para o mundo político a mensagem de que o PT desistiu de manter o nome de Lula até o limite da Justiça e decidiu partir para uma alternativa eleitoral concreta.

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O partido oficializou a candidatura de Lula três dias após o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Luis Fux, ter afirmado que "condenado é inelegível".

Ao receber a visita de dirigentes petistas na sexta-feira, na capital paranaense, Lula pediu que o partido mantivesse o plano de ganhar tempo e só indicar o vice até o dia 14. O ex-presidente, contudo, deu carta branca para que a direção tomasse outra decisão em caso de risco à presença do partido na disputa presidencial. Lula orientou o PT a consultar as reações a três nomes: Haddad, Gleisi e o ex-ministro Jaques Wagner - que declinou da missão.

O PT trabalha ainda com a possibilidade remota de Ciro Gomes (PDT) e Manuela d'Ávila (PCdoB) abrirem mão das candidaturas para assumir o cargo de vice. A aliança com o PCdoB está bem encaminhada, mas o PDT é um sonho distante. Haddad é o preferido, mas ainda enfrenta a resistência de setores do partido em São Paulo e de movimentos sociais.

Lula foi aclamado por unanimidade na convenção do PT. Por enquanto, a sigla terá como aliados os nanicos PCO e PROS.

Sem vice e por aclamação, o PT oficializou, neste sábado, 4, a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso e condenado na Lava Jato, à Presidência da República. O partido organizou um encontro nacional na Casa de Portugal, em São Paulo, para sacramentar a decisão.

A presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), reforçou que o partido vai registrar a candidatura de Lula no dia 15 de agosto. "Essa é a ação mais confrontadora que fazemos contra esse sistema podre por parte da Justiça, que não faz outra coisa a não ser perseguir Lula", discursou Gleisi.

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Gleisi atacou, em seu discurso, o governo de Michel Temer, a mídia tradicional e o sistema financeiro. "Em alto e bom som", disse a dirigente, o partido faz questão de falar que Lula é candidato e que será registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). "Não vão conseguir, de jeito nenhum, tirar Lula do jogo. Não existe política no Brasil sem falar de Lula e sem falar do PT."

Vice

Nos bastidores, o partido se movimenta para definir um vice na chapa da campanha presidencial. Enquanto Lula transmitiu um recado com a preferência que o nome seja anunciado só na véspera do registro da candidatura no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em 15 de agosto, advogados e dirigentes petistas defendem que o nome seja definido até segunda-feira, 6, quando o partido deve oficializar o que decidiu na convenção, de acordo com entendimentos na Justiça Eleitoral.

O encontro nacional teve um tom de negar que o partido tenha um "plano B" à candidatura de Lula e que a eleição do ex-presidente representa um combate ao governo do presidente Michel Temer.

Caso tenha o registro de candidatura deferido e concorra à Presidência da República, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem 23% das intenções de voto e aparece numericamente à frente no Estado de São Paulo, de acordo com pesquisa Ibope divulgada na noite desta sexta-feira, 3. Considerando-se a margem de erro, de três pontos porcentuais, o petista está tecnicamente empatado com o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL-RJ), que tem 18%.

Lula, que está preso em Curitiba desde 7 de abril, mantém o mesmo índice de pesquisa divulgada em 29 de junho. No levantamento de maio, o ex-presidente tinha 24%. Bolsonaro pontuava, respectivamente, 19% e 17%. O estudo foi feito entre 29 de julho e 1º de agosto.

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Neste cenário da pesquisa divulgada nesta noite, Bolsonaro aparece numericamente empatado na segunda colocação com o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB), que tem 15%. Nos levantamentos anteriores, o tucano somava 13%.

Marina Silva (Rede) aparece em quarto lugar no Estado de São Paulo, com 8% das intenções de voto. Ciro Gomes (PDT) tem 4% e Alvaro Dias (Podemos), 3%. Somaram 1% Henrique Meirelles (MDB), João Amoêdo (Novo), Levy Fidelix (PRTB), Manuela D'Ávila (PCdoB) e Vera Lúcia (PSTU). José Maria Eymael, Guilherme Boulos, João Goulart Filho e Paulo Rabello de Castro não pontuaram.

Brancos e nulos são 18% das intenções de voto e 6% dos eleitores ouvidos não souberam ou não responderam.

Rejeição

O ex-presidente Lula também lidera a rejeição entre os eleitores paulistas. O petista é rejeitado por 44% dos entrevistados. Em seguida, aparece Bolsonaro (30%), Alckmin (27%), Ciro (24%), Haddad (20%), Marina (19%), Fidelix (16%), Meirelles (12%), Eymael (11%), Boulos (10%), Dias (9%), Manuela (9%), Vera (9%), Goulart (8%), Rabello (8%) e Amoêdo (7%). Não souberam ou não responderam somaram 10% e 2% dos eleitores ouvidos poderiam votar em todos os candidatos. Nesta pergunta, mais de uma resposta foi admitida.

Foram ouvidos 1.008 eleitores. O nível de confiança utilizado é de 95%. A pesquisa foi contratada por Companhia Rio Bonito Comunicações e divulgada pela Band. A pesquisa foi registrada no Tribunal Regional Eleitoral sob o protocolo Nº SP-02337/2018 e no Tribunal Superior Eleitoral sob protocolo Nº BR-09683/2018.

O ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque afirmou na sexta-feira, 3, ao juiz Sérgio Moro, da 13.ª Vara Federal em Curitiba, que o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-ministro José Dirceu e o PT dividiam dois terços da propina arrecadada com os contratos de plataformas para exploração do petróleo do pré-sal da Sete Brasil. A informação, segundo Duque, foi passada pelo ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto.

Segundo o ex-diretor, um terço da propina iria para a "casa", nome usado para a propina destinada aos executivos da Petrobras e da Sete Brasil, e os outros dois para o PT. "Esses dois terços para o partido seriam divididos entre Lula, José Dirceu e o partido", afirmou.

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Condenado a mais de 40 anos na Operação Lava Jato, Renato Duque teve acordos de colaboração premiada rejeitados pelo Ministério Público Federal (MPF) e passou a colaborar diretamente com a Justiça.

Ao juiz Sérgio Moro, ele relatou que o pagamento de propina "era institucionalizado". "Todos os estaleiros pagaram", afirmou.

Duque disse que ouviu de Vaccari que ele era o homem do partido responsável pela arrecadação de propina da parte política nos contratos da Sete Brasil, empresa criada em 2010 para intermediar os contratos de plataformas, que está em recuperação judicial.

Vaccari disse, segundo Duque, que o ex-ministro Antonio Palocci era o responsável pelo acerto e dava as coordenadas de como seria distribuído. Os contratos de plataformas feitos a partir de 2011 envolveriam, segundo ele, propina de 1%. Ao todo, eram mais de US$ 20 bilhões em contratos.

Duque confessou a Moro que recebeu cerca de US$ 3,8 milhões de propinas em negócio da Jurong com a Sete Brasil. Ele relatou que o dinheiro foi pago em uma conta aberta em Milão, no banco Cramer.

Segundo o ex-diretor, os pagamentos da Jurong e dos estaleiro internacionais foram destinados aos executivos da Petrobras e da Sete Brasil, chamado por eles de "casa". O valor dos 2/3, que segundo Duque eram destinados ao PT seria bancado por estaleiros criados por empreiteira como Odebrecht, OAS e UTC.

Além de apontar que a propina a Lula foi paga pelo estaleiro liderado pela Odebrecht, Duque relatou que a parte destinada a Dirceu saiu do estaleiro da Engevix e o montante para o PT saiu do estaleiro da Queiroz Galvão e Camargo Corrêa.

Depoimentos

Na sexta, Moro ouviu depoimentos de quatro réus do terceiro processo a ser julgado na Lava Jato envolvendo negócios dos 21 navios-sonda da Sete Brasil contratados pela Petrobras a partir de 2011. O caso é o da Jurong, que tem R$ 2,1 bilhão em contratos com a estatal e envolveria propina de US$ 18,8 milhões.

A defesa de Vaccari disse que ele também foi interrogado por Moro nesta sexta-feira, mas foi orientado a permanecer calado. "O ex-tesoureiro nega no processo qualquer envolvimento com arrecadação de propinas e ilícito."

A assessoria de Lula afirmou que "o ex-presidente teve todas as suas contas vasculhadas e jamais recebeu valores ilegais ou teve em Palocci seu representante para receber qualquer valor. Não vamos comentar declarações sem nenhuma prova de presos que buscam fechar acordos para obter benefícios judiciais".

A defesa de Dirceu emitiu nota afirmando que "diante da situação em que se encontra Renato Duque é absolutamente compreensível, que depois de anos de prisão, diga o que seus acusadores gostariam de ouvir." O PT foi procurado mas não deu retorno até o fechamento deste texto. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Depois de se reunir com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso pela Operação Lava Jato, em Curitiba, a senadora Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT, anunciou nesta sexta-feira, 3, que a sigla deixará para a Executiva do partido decidir até dia 14 a definição do nome de vice na chapa que vai disputar a Presidência da República. Segundo advogados do PT, a decisão representa um risco à candidatura do partido nas eleições 2018.

"Não houve nenhuma mudança jurisprudencial na Justiça Eleitoral", justificou a senadora sobre uma possível modificação de entendimento de Tribunal Superior Eleitoral (TSE), determinando que o nome de vice seja homologado 24h após as convenções partidárias.

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O PT deve oficializar neste sábado o nome de Lula como candidato do partido à Presidência da República. O ex-presidente, condenado a 12 anos e um mês de prisão pelo TRF-4, pode ser enquadrado na Lei da Ficha Limpa.

O ex-ministro da Justiça Eugênio Aragão, advogado do PT junto ao TSE, disse que a decisão comunicada por Gleisi é de risco. "Acho que é uma atitude de risco. A gente nunca sabe como o tribunal vai decidir. Mas existem razões políticas (para a decisão do PT) que devem ser levadas em conta", disse ele.

Advogados eleitorais ouvidos pela reportagem dizem que, em eleições passadas, a Justiça Eleitoral autorizava as convenções partidárias a delegar a escolha do vice. "Sempre foi autorizado delegar até a data do registro (15 de agosto)", disse o especialista em direito eleitoral Helio Silveira.

A posição de Gleisi depois da reunião com Lula surpreendeu o PT que, desde quinta-feira, se apressou para tentar definir o nome do vice até o Encontro Nacional do partido, com poderes de convenção, marcado para este sábado, 4, em São Paulo.

A estratégia inicial do PT era escolher o vice até o dia 15, quando acaba o prazo para registro das candidaturas. Na quinta, os advogados do partido mudaram de opinião e orientaram a direção a antecipar a escolha para este sábado. No início desta sexta-feira, Gleisi, o ex-prefeito Fernando Haddad, o advogado Luiz Eduardo Greenhalgh e o tesoureiro do PT, Emídio de Souza, embarcaram rumo a Curitiba para anunciar a mudança de planos e definir a nova estratégia com Lula.

Dirigentes petistas, no entanto, já diziam temer pela reação do ex-presidente. Segundo lideranças do PT, Lula determinou que o partido retomasse a estratégia oficial. Nesta sexta-feira, Gleisi ouviu outros advogados e depois de conversar com Lula, decidiu voltar à estratégia original, apesar do risco.

Manuela

As reviravoltas provocaram tumulto no PT e em partidos aliados, com o PCdoB, que pode ficar com a vaga de vice. Gleisi chegou a marcar uma reunião com a presidente do PCdoB, Luciana Santos, para decidir se Manuela d'Avila seria a escolhida.

Segundo fontes do PCdoB, a direção petista sugeriu que Manuela retirasse a candidatura e ficasse no "banco de reservas" até a situação de Lula ser definida pela Justiça Eleitoral.

Ainda de acordo com as fontes do PCdoB, a estratégia petista era indicar provisoriamente um vice do próprio PT, possivelmente Fernando Haddad, visto como possível substituto de Lula, e a chapa "real", com Manuela de vice, só seria anunciada quando esgotarem as possibilidades do ex-presidente na Justiça. O PCdoB considerou a proposta "constrangedora" e recusou.

A informação de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teria dado o aval para a retirada da candidatura da vereadora Marília Arraes ao Governo de Pernambuco foi rebatida, nesta sexta-feira (3), pelo deputado federal e pré-candidato senador Silvio Costa (Avante). Em entrevista coletiva à imprensa, o parlamentar disse que a presidente nacional da legenda petista, senadora Gleisi Hoffman (PR), estava trabalhando a serviço da "banda podre do PT" e tinha "enchido a paciência" de Lula para que ele desse o aval da aliança com o PSB. 

"Não foi Lula que mandou fazer isso. Isso é mentira. Eu nunca revelei conversas com presidentes e ex-presidentes, mas o presidente Lula quer a candidatura de Marília Arraes, mas a Gleisi Hoffman, a serviço não sei de que, que ficou no vai e vem, para lá e para cá... encheu tanto a paciência de Lula, que está preso sem a materialidade do crime, que chegou um momento que ele disse faça o que vocês quiserem", contou o deputado.

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Silvio Costa também reclamou da postura de Gleisi que, segundo ele, não o comunicou da decisão nacional mesmo sabendo da aliança já formada por ele com Marília e da postura que sempre teve em defesa da ex-presidente Dilma Rousseff. "Ela se quer teve a delicadeza de ligar para mim. Quem fez isso foi o homem sério do PT, Fernando Haddad", detalhou o deputado.

Esperança em Marília Arraes 

Silvio Costa iniciou a coletiva com a máxima de que "a política é um exercício de paciência" e deixou claro que, apesar de já traçar um plano B, tem esperança que a resolução retirando Marília da disputa seja derrubada pelo Diretório Nacional.

"Não existe essa história de que a candidatura de Marilia não mais existe. A instância superior de um partido não é a Executiva, mas o Diretório. [...] Tenho o sentimento que é possível ganhar no Diretório Nacional. Esses que estão vibrando hoje podem amanhã estar chorando decepcionados", projetou. 

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