Candidato a vice na chapa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) tem tentado conter o imbróglio com presidenciável Ciro Gomes (PDT) gerado pelas alianças firmadas pela legenda petista para a disputa. Nesta quarta-feira (8), Haddad disse que o candidato pedetista e eles “estão do mesmo lado” e têm como adversários reais o governo do presidente Michel Temer (MDB) e o PSDB, que concorre ao Palácio do Planalto com o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin.
“Nós somos amigos do Ciro, vamos estar juntos no segundo turno para vencer o governo do PSDB e do Temer. Fala-se do Temer, mas quem dá sustentação a ele é o PSDB. Todas essas reformas que o povo repudia, limitar o investimento público, a reforma trabalhista, os cortes nos programas sociais é com o apoio do PSDB. Nós e o Ciro estamos do mesmo lado para vencer essa turma que usurpou o poder”, argumentou Haddad, em entrevista à Rádio Jornal também veiculada nas redes sociais de Lula e do PT.
##RECOMENDA##Na ótica de Haddad, Temer e o PSDB “são o pior problema do país”. “O problema de adversários ou não não tem haver com pessoas, tem haver com projetos. Estamos no rumo errado e temos que resgatar o país para o rumo certo, da geração de empregos, da educação. Não podemos neste momento nos dispersar, qual o problema do país hoje? Esse projeto do Temer e do PSDB”, observou.
Sobre a candidatura do ex-presidente Lula, Haddad disse estar confiante. “A determinação do ex-presidente Lula é que a gente corra o país apresentando e discutindo o plano de governo”, pontuou. “Tenho certeza que ele vai estar no segundo turno, se não ganhar no primeiro, temos segurança do projeto que estamos defendendo”, completou.
Para o candidato a vice de Lula, “o Nordeste está fechado” com o líder-mor petista e o povo brasileiro sabe que “muita coisa mudou” durante a gestão do ex-presidente. “O povo tem isso fresco na memória… O povo brasileiro sabe o potencial que o país tem desde que governado por alguém com compromisso social", salientou. “Pode ter certeza que o Brasil vai voltar a viver tempos de desenvolvimento com inclusão. Nós vamos democratizar o crédito, gerar emprego, democratizar o acesso a educação superior e profissional", acrescentou Haddad.