Tópicos | Lula

O ministro Admar Gonzaga, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), decidiu nesta segunda-feira, 13, rejeitar uma ação ajuizada pelo servidor público Charbel Elias Maroun, candidato a deputado federal pelo partido Novo em Pernambuco, com o objetivo de barrar uma eventual candidatura à Presidência da República do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O Partido dos Trabalhadores pretende registrar a candidatura de Lula ao Palácio do Planalto no dia 15 de agosto, próxima quarta-feira, último dia do prazo previsto no calendário eleitoral.

##RECOMENDA##

"Se e quando formalizado o pedido de registro, cumprirá a esta Corte, ex officio (de ofício, sem provocação das partes) ou por provocação das partes legitimadas, analisar os requisitos de elegibilidade dos pretensos candidatos, entre os quais a arguida a inelegibilidade do requerido", escreveu Admar.

Um integrante do TSE ouvido reservadamente pela reportagem aponta que se uma eventual candidatura de Lula fosse rejeitada de "ofício", os prazos processuais seriam encurtados, o que poderia acelerar a conclusão do caso na Corte Eleitoral.

Em sua decisão, Admar ressaltou que não é possível analisar o pedido "de forma prematura, sem observar a organicidade do processo de registro de candidatura".

"É incabível a inversão da ordem natural das coisas, ou seja, a discussão prematura acerca da viabilidade de registro incerto, ainda não formalizado", afirmou o ministro.

Registro

 

Conforme informou no último dia 3 o Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, o TSE ainda vai avaliar se um eventual registro de Lula terá a relatoria definida por meio de sorteio eletrônico entre integrantes da Corte Eleitoral ou se será encaminhado diretamente ao ministro Admar Gonzaga.

Em tese, um pedido de registro presidencial é sorteado entre seis dos sete ministros titulares do TSE, ficando de fora quem estiver ocupando a presidência da Corte Eleitoral, que por questões regimentais não recebe esse tipo de processo.

No entanto, uma eventual distribuição "por prevenção" (no jargão jurídico) ao ministro Admar Gonzaga é cogitada por advogados eleitorais e integrantes do TSE devido ao fato de Admar já ser o relator de outros processos que envolvem a campanha do PT, entre eles uma ação do Movimento Brasil Livre (MBL) para barrar a candidatura do ex-presidente.

Segundo apurou o Estadão/Broadcast, preocupa o PT a possibilidade de o processo ser encaminhado a Gonzaga. Em junho, Gonzaga afirmou que a Corte deve barrar de ofício - ou seja, sem contestação prévia - o registro de candidaturas de condenados em segunda instância, considerados "fichas sujas".

Naquela ocasião, Gonzaga não citou especificamente o caso de Lula, mas disse que "não se pode brincar com o País" quando se trata de postulantes à Presidência.

As redes sociais do ex-presidente Lula homenagearam, nesta segunda (13), o ex-governador Eduardo Campos, que faleceu no dia 13 de agosto de 2014, vítima de um acidente aéreo. Com uma foto publicada onde Eduardo aparece ao lado do líder petista, o texto diz que o ex-governador era a promessa de “um futuro brilhante”.

A postagem também ressalta que Eduardo semeou um importante legado ao povo pernambucano. “Há quatro anos perdíamos um grande companheiro de vida e da luta política. Com a promessa de um futuro brilhante e apesar de ter nos deixado tão cedo, Eduardo Campos semeou um importante legado ao povo pernambucano e brasileiro. Eduardo Campos presente”. 

##RECOMENDA##

No ano em que faleceu, Eduardo era candidato a presidente pelo PSB. O avião caiu em Santos, no litoral paulista. Ele se deslocava juntamente com sua equipe para cumprir agenda de campanha. Mais outras seis pessoas morreram. 

 

 

Esta será uma semana decisiva para os pré-candidatos a presidente do Brasil. Na próxima quarta-feira (15) será o último dia para os partidos inscreverem seus respectivos candidatos na Justiça Eleitoral. Aliados do ex-presidente Lula, que se encontra preso desde o dia 7 de abril deste ano, afirmam que o líder petista será candidato “queiram ou não queira os juízes”. Para o filho do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL), é “impossível” que o Lula seja candidato. 

Em entrevista ao Jornal do Comércio da Franca, Eduardo Bolsonaro garantiu que Lula não será candidato. “Nós, que estamos dentro do Congresso Nacional, sabemos que o Lula não vai ser candidato. Isso tudo é estratégia para no momento pertinente eles transferirem esta votação do Lula para o candidato que interessar ao PT. O Lula sair candidato é impossível”, falou. 

##RECOMENDA##

O deputado se dirigiu a Lula como um “presidiário”. “Imagine um presidiário sendo candidato, pelo amor de Deus, isso demonstra o desespero e a falta de valores da esquerda. O Lula comandou o mensalão e disse que não sabia de nada, conseguiu se safar. Depois, veio o petrolão, não consegue explicar o triplex no Guarujá. Daí, vão no exterior e dizem que foi golpe, que o Lula é um preso político. Esses caras não têm a mínima noção do senso do ridículo”. 

Entre outros temas, o parlamentar declarou que seu pai é uma “chance do Brasil dar certo”, caso seja eleito presidente da República. Ele ainda afirmou que a família Bolsonaro não é racista. “O meu pai é casado com uma mulata. O sogro dele é o “Paulo Negão”. A filha que o Jair Bolsonaro tem com a atual esposa dele, a Michele, faz jus às cotas”, defendeu. 

Por sua vez, na semana passada, Lula chegou a afirmar que só não será candidato se morrer. “O presidente pediu que eu dissesse que ele é candidato até o fim. O presidente tem compromisso com o povo brasileiro, ele não desistirá da sua candidatura, disse que só deixará de ser candidato se morrer ou se a Justiça rasgar a Constituição. Como ele não quer morrer, como ele não vai desistir, ele só não será candidato se o Poder Judiciário rasgar a Constituição”, declarou o deputado federal Wadih Damous (PT), após uma visita ao ex-presidente. 

Nesta segunda-feira (13), quando se completa quatro anos do acidente aéreo que culminou na morte do ex-governador Eduardo Campos e mais seis pessoas, o filho dele e candidato a deputado federal, João Campos (PSB), afirmou, em vídeo publicado nas redes sociais, que decidiu decidiu assumir a responsabilidade de levar adiante o legado do pai desde aquele 13 de agosto de 2014. 

“Há quatro anos, no momento difícil das nossas vidas, decidi dar um passo à frente e assumir, junto com o povo de Pernambuco, a responsabilidade de levar adiante o legado do meu pai. Hoje, 13 de agosto de 2018, me encontro em mais uma etapa da Rota da Esperança percorrendo os caminhos que o meu pai percorreu”, declara o político. 

##RECOMENDA##

João ainda completa que Eduardo está vivo entre os pernambucanos. “É minha gente, Eduardo vive em cada projeto que criou pela educação em Pernambuco. Vive em cada mãe beneficiada pelo mãe coruja, e em cada pai de família beneficiado pelo chapéu de palha. Eduardo vive em cada abraço que a gente recebe e em cada vida que ele inaugurou na vida dos pernambucanos. Ele está vivo aqui entre nós”, diz. 

[@#video#@]

Além de João, outros políticos lembraram do ex-governador nesta segunda-feira. Na página do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que era amigo de Campos, foi lembrado o "futuro" que o pernambucano teria na área. "Há quatro anos perdíamos um grande companheiro de vida e da luta política. Com a promessa de um futuro brilhante e apesar de ter nos deixado tão cedo, Eduardo Campos semeou um importante legado ao povo pernambucano e brasileiro. Eduardo Campos presente", diz a puplicação. 

[@#podcast#@]

A prefeita de Caruaru, Raquel Lyra (PSDB), disse nas redes que sentia saudade do líder. “Já são 4 anos de saudade desse amigo e líder. Era bonito de ver sua paixão pela política e dedicação pelo povo. Saudades do futuro que não deu tempo de construirmos juntos, Eduardo”, ressaltou. 

Ex-secretário do governo de Eduardo Campos, o candidato a deputado federal Milton Coelho (PSB) lembrou também da trajetória política do avô de campos, Miguel Arraes, falecido em 13 de agosto de 2005. 

“Esse 13 de agosto é ingrato. Neste mesmo dia, há 13 anos, perdemos o saudoso Miguel Arraes e, há quatro, o ex-governador Eduardo Campos nos deixava. Embora não estejam mais presentes fisicamente, seus legados e exemplos permanecem vivos na mente daqueles que querem fazer de Pernambuco um local cada vez melhor e mais digno para nossa população. Doutor Miguel foi fundamental na minha formação política, me ensinando como devemos ouvir as pessoas e que temos a obrigação de sempre lutar por quem precisa”, declarou.

“Eduardo esteve comigo em diversas caminhadas. Fui seu coordenador de campanha, assessor e secretário. Duas referências máximas que tenho na vida. Seus exemplos seguem sendo referência”, completou Milton Coelho.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, em carta divulgada nesta segunda-feira (13), que o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), e a deputada Manuela D’Ávila (PCdoB) são a voz dele pelo país durante as eleições, enquanto ele estiver preso. No texto, enviado ao radialista Luís Vianna da Rádio Povo do Ceará, o líder petista também faz questão de reafirmar que é candidato à Presidência e pretende reconstruir o Brasil.

“Como você bem sabe há mais de 120 dias me encarceraram na sede da Polícia Federal em Curitiba sem provas e com um único objetivo: me tirar das eleições presidenciais. Então aproveito essa linha direta com você para mandar um recado ao povo do Ceará. Sou candidato sim à Presidência da República”, declara Lula.

##RECOMENDA##

“Os últimos dias foram de muitas angústia e também de vitória. Nosso aliado histórico, o PCdoB, vai conosco nesta que será a eleição mais disputada dos últimos tempos. Acharam que me isolando aqui, me calariam, mas eu falarei pela voz do companheiro Fernando Haddad e da companheira Manuela Dávila. Que irão viajar o Brasil dizendo o que estamos propondo para consertar tudo que o golpe desarrumou neste país”, completa o ex-presidente no texto.

Haddad é candidato a vice na chapa de Lula, mas após o dia 17 de setembro, prazo que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tem para julgar se defere ou não o pedido de candidatura do ex-presidente, ele deve ser substituído por Manuela. Caso o TSE não permita que Lula seja candidato, quem deve assumir o posto é o próprio Haddad. A solicitação para que o líder-mor petista seja candidato será apresentado à Justiça Eleitoral na próxima quarta-feira (15), durante um ato que está sendo organizado pelo PT. 

Ainda na carta, Lula diz que em breve estará no Ceará. “Assim que a justiça for feita e eu deixe de ser um preso político”, observa. E finaliza: “tenho certeza e muita esperança de que podemos reconstruir o Brasil e voltar a ter uma nação soberana. Isso é o que me anima a seguir de cabeça erguida”.

A candidatura do ex-presidente foi oficializada pelo PT no último dia 4, mas Lula está preso desde 7 de abril na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba para iniciar o cumprimento da pena de 12 anos e um mês de reclusão pela qual foi condenado pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. A condenação enquadra o petista na Lei da Ficha Limpa e implicar na reprovação do pedido de candidatura. 

O Partido dos Trabalhadores (PT) reagiu à entrevista com o diretor-geral da Polícia Federal, Rogério Galloro, publicada no jornal "O Estado de S. Paulo" neste domingo, 12. Em nota, a legenda criticou o que qualifica como "abuso de autoridade" e "violência jurídica" e afirmou que as declarações de Galloro são um retrato do sistema atual, que teria como objetivo evitar um novo mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso pela Operação Lava Jato.

Na entrevista, a primeira desde que assumiu o cargo, há cinco meses, o diretor da corporação relata detalhes das negociações para prender o ex-presidente e cita que 30 policiais estavam prontos para invadir o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC caso Lula não se entregasse. Detalha também os bastidores da ordem do desembargador Rogério Favreto para soltar Lula e a contraordem do juiz Sérgio Moro em 8 de julho.

##RECOMENDA##

"É um verdadeiro retrato do sistema podre a que estamos submetidos", diz a nota. "A ilegalidade da prisão de Lula e da revogação do habeas corpus concedido a ele naquele domingo (8 de julho) já haviam sido denunciadas pela comunidade jurídica. Mas é ainda mais escandalosa a desfaçatez de agentes do Judiciário e da Polícia Federal, ao expor em público sua conduta ilegal e as razões políticas que os moveram", afirma o documento.

O partido pede que a sociedade e as forças democráticas exijam do Conselho Nacional da Justiça, do Ministério da Justiça e do Senado pronunciamentos sobre o assunto. O documento diz ainda que a sigla não vai aceitar "passivamente a perseguição política e injusta" ao ex-presidente Lula.

Trinta homens do Comando de Operações Táticas (COT), a tropa de elite da Polícia Federal, estavam a postos com suas armas para invadir o Sindicato dos Metalúrgicos, em São Bernardo do Campo. Com mandado de prisão expedido pelo juiz Sérgio Moro, o ex-presidente Lula resistia a se entregar. Na primeira entrevista desde que assumiu o cargo, há cinco meses, o diretor-geral da PF, Rogério Galloro, relata detalhes das negociações para levar o petista a Curitiba naquele sábado, 7 de abril. O número um da polícia se aproximou dos negociadores de Lula: "Acabou! Se não sair em meia hora, vamos entrar". Em seguida, ordenou que os agentes invadissem o prédio no fim do prazo estipulado.

Como foi o episódio da prisão do ex-presidente Lula?

##RECOMENDA##

Foi um dos piores dias da minha vida. Quando eles (interlocutores de Lula) pediram detalhes da logística da prisão, nos convenceram de que havia interesse do ex-presidente de se entregar ainda na sexta (6 de abril, prazo dado pelo juiz Sérgio Moro). Acabou o dia e ele não se apresentou. Nós não queríamos atrito, nenhuma falha. Chegou o sábado, Moro exigiu que a gente cumprisse logo o mandado. A missa (improvisada no sindicato) não acabava mais. Deu uma hora (da tarde) e eles disseram: 'Ele vai almoçar e se entregar'.

O sr. perdeu a paciência em algum momento?

No sábado, nós fizemos contato com uma empresa de um galpão ao lado, lá tinha 30 homens do COT (Comando de Operações Táticas) prontos para invadir. Ele (Lula) iria sair em sigilo pelo fundo quando alguém, lá do sindicato, foi para a sacada e gritou para multidão do lado de fora, que correu para impedir a saída. Foi um susto. A multidão começou a cercá-lo e eu vi que ali poderia acontecer uma desgraça. Ele retornou.

Qual era o risco?

Quando tem multidão, você não tem controle. Aquele foi o pior momento, porque eu percebi que não tinha outro jeito. A pressão aumentando. Quando deu 17h30, eu liguei para o negociador e disse: 'Acabou! Se ele não sair em meia hora nós vamos entrar'. E dei a ordem para entrar. Às 18h, ele saiu.

Houve alguma exigência?

Eles pediram para não haver muita exposição, que não humilhasse o ex-presidente, nós usamos tudo descaracterizado. Ele estava quieto o tempo todo, bastante concentrado.

Por que o ex-presidente está na superintendência da PF?

Isso não nos agrada. Nunca tivemos preso condenado numa superintendência. É uma situação excepcional. O juiz Moro me ligou, pediu nosso apoio, ele sabe que não temos interesse nisso. Mas, em prol do bom relacionamento, nós cedemos.

Recentemente, Lula mandou chamar dirigentes do PT para discutir, dentro da superintendência, a eleição presidencial. É um tratamento diferenciado?

Não somos nós que organizamos isso (as regras para visitas), mas o juiz da Vara de Execuções Penais. O Lula está lá de visita, de favor. Nas nossas novas superintendências não vão ter mais custódia. No Paraná, não vamos mexer agora. Só depois da Lava Jato.

O sr. conversou com o ex-presidente na prisão?

Eu estive na superintendência, mas não fui vê-lo. É um simbolismo muito ruim.

O segundo momento tenso para a PF envolveu a ordem de soltar Lula dada pelo desembargador Rogério Favreto e a contraordem de Moro e dos desembargadores Gebran Neto e Thompson Flores, do TRF-4.

Eu estava no Park Shopping, em Brasília, dei uma mordida no sanduíche, toca o telefone. Avisei para a minha mulher: 'Acabou o passeio'.

Em algum momento a PF pensou em soltar o ex-presidente?

Diante das divergências, decidimos fazer a nossa interpretação. Concluímos que iríamos cumprir a decisão do plantonista do TRF-4. Falei para o ministro Raul Jungmann (Segurança Pública): 'Ministro, nós vamos soltar'. Em seguida, a (procuradora-geral da República) Raquel Dodge me ligou e disse que estava protocolando no STJ (Superior Tribunal de Justiça) contra a soltura. 'E agora?' Depois foi o (presidente do TRF-4) Thompson (Flores) quem nos ligou. 'Eu estou determinando, não soltem'. O telefonema dele veio antes de expirar uma hora. Valeu o telefonema.

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo, blindou o delegado da PF Cleyber Malta Lopes ao autorizar a prorrogação do inquérito dos Portos, que investiga o presidente Michel Temer. O sr. tentou trocar o delegado?

Não. Eu estive com o Cleyber antes de me tornar diretor-geral. Depois disso sequer o vi. Houve um momento em que eu coloquei 25 policiais para ajudá-lo. Foi no período anterior à decisão do ministro de prorrogar por mais 60 dias.

Não lhe pareceu um recado o fato de o ministro especificar em sua decisão que o delegado deveria continuar à frente do caso?

Acho que o ministro quis dizer que Cleyber toca bem o caso. Na linha: 'Olhe, não tire ele, não. Se ele entrar de férias, não põe outro no lugar'.

A PF está perseguindo professores da UFSC que fizeram protestos contra agentes da operação que investigou o ex-reitor Luiz Carlos Cancellier?

Depois que o reitor se suicidou, uma situação terrível, começou um movimento de muita crítica às autoridades que participaram da investigação, a delegada, a juíza, o corregedor da universidade. Foram colocadas fotos deles dizendo: 'autoridades que cometeram abuso de poder e mataram o reitor'. E essa faixa é exposta toda vez que fazem uma manifestação. E essas autoridades se sentiram ofendidas.

Houve necessidade de abertura de inquérito?

É a mesma coisa de colocar, por exemplo, a foto de servidores e dizer: 'Esses indivíduos estupraram alguém'. É uma acusação seríssima. E esses indivíduos, cada vez que saem da oitiva, dizem que estão sendo perseguidos. Não é uma investigação contra a universidade. É de crime contra a honra.

Mas o inquérito não pode ser uma forma de censura?

Tem outros meios de protestar que não acusar uma autoridade de abuso.

O sr. é um gestor, um técnico. Como evitar que o próximo presidente nomeie um delegado amigo para a diretoria da PF?

Tem policial com viés político. E isso é legal. Mas será que um desses, se tornando diretor-geral, é bom para a instituição? A gente teve um exemplo recente que se provou que não é. Se o gestor não tiver legitimidade interna, ele não consegue permanecer. Eu não tenho influência nas investigações. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A coligação liderada pelo PT em Minas Gerais será batizada de “Lula Livre”. A chapa busca a reeleição do governador Fernando Pimentel (PT) e a eleição da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) ao Senado. Além da legenda petista, a frente de partidos ainda é composta por PCdoB, PR e DC. 

Segundo dados do DivulgaCand, site onde o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulga os dados dos candidatos e chapas ao pleito, a chapa ainda não foi oficialmente registrada. O grupo tem até a próxima quarta-feira (15) para formalizar a nomenclatura e as postulações.

##RECOMENDA##

A informação de que a coligação se chamaria “Lula Livre” foi divulgada pelo site do PT. De acordo com a publicação, Pimentel afirmou que a campanha tem uma “causa política” em defender o ex-presidente Lula e, por isso, a homenagem. A escolha do nome também agradou a Dilma Rousseff, que lidera as pesquisas de intenções de votos para o Senado em Minas Gerais.

A presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), disse que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso na Operação Lava Jato, não assistiu todo o debate entre os presidenciáveis na TV Bandeirantes.

"Ele não assistiu todo, assistiu umas partes só, achou que foi um debate com muita ausência de proposta e foi mesmo. Na verdade não tínhamos lá quem efetivamente era comentado no debate, comentaram programas que o PT tinha feito, tentavam a paternidade", disse Gleisi depois de fazer uma visita a Lula na sede da Polícia Federal em Curitiba.

##RECOMENDA##

Na sala onde cumpre pena de 12 anos e um mês por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, Lula tem acesso a um aparelho de televisão com os canais abertos, entre eles a TV Bandeirantes. Segundo pessoas que têm acesso ao ex-presidente, a TV, livros e uma esteira na qual pratica exercícios são os únicos passatempos de Lula na prisão.

Ao contrário do que ocorreu no primeiro debate da Band, quando o PT organizou uma conversa "paralela" com eleitores pelas redes sociais, o ex-prefeito Fernando Haddad (PT), candidato a vice na chapa encabeçada por Lula, deve substituir o ex-presidente nos próximos debates, afirmou Gleisi, depois de cerca de três horas de conversa com Lula na carceragem da Polícia Federal (PF), em Curitiba.

A estratégia petista, no entanto, é insistir na Justiça para que Lula consiga participar dos programas, mas manter Haddad como "porta-voz" da campanha. "Vamos tomar todas as medidas necessárias para a participação do Lula e, se não conseguirmos, para a participação do Haddad. Não podemos ficar fora dos debates em respeito ao povo brasileiro", afirmou Gleisi. "Durante a campanha, nosso candidato a vice é o porta-voz do presidente", disse.

Lula foi impedido pela Justiça de participar do debate na Band, ocorrido na quinta-feira, 9. O PT, no entanto, elaborou outra estratégia: montou um evento paralelo de conversa transmitido pelas redes sociais, com a participação de Gleisi, Haddad e Manuela D'Ávila, que desistiu da sua candidatura à Presidência para apoiar Lula, e Sérgio Gabrielli, ex-presidente da Petrobras e integrante da coordenação da campanha petista. A falta de um petista no embate televisivo, segundo analistas ouvidos pela reportagem, colocou o partido numa situação difícil, já que deixou o eleitor com a impressão de que Lula não será mesmo candidato.

Haddad e Gleisi reforçaram que a lei eleitoral diz que, mesmo preso, o ex-presidente não teria seus direitos políticos suspensos, o que o autorizaria a participar de sabatinas e debates, e até da gravação de programas eleitorais. "Se de fato, como pensam nossos adversários, o Lula está fragilizado e é um preso comum, porque impedi-lo de participar dos debates se o Código Eleitoral garante a sua participação expressamente?", questionou Haddad.

O ex-prefeito de São Paulo disse que, durante a visita, Lula fez um apelo aos seus adversários na disputa eleitoral e aos meios de comunicação para que o ajudem a participar dos debates. "Lutar pela participação do Lula (nos debates) vai aumentar a audiência, as pessoas vão poder ouvi-lo, poder ouvir os seus adversários, que poderão questioná-lo sobre qualquer tema, e ele está muito disposto a isso. [...] (Lula pede) que lutem pelo fim da censura", afirmou.

O mundo político já dá como certa a substituição de Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso na Lava Jato, por Fernando Haddad como candidato do PT à Presidência. Mas, enquanto este "plano B" não for oficializado, é possível que só grandes bancos e empresas tenham informações precisas sobre quem lidera a corrida eleitoral.

Conforme revelou anteontem o Estadão/Broadcast, especialistas apostam que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não permitirá a divulgação de pesquisas eleitorais em que Haddad figure como candidato do PT se o ex-presidente, para efeitos legais, estiver ocupando essa vaga. Ou seja, as pesquisas devidamente registradas no TSE e divulgadas pelos meios de comunicação só poderiam testar um único cenário, o oficial, com Lula candidato - embora este seja o mais improvável.

##RECOMENDA##

Mas essa mesma restrição não valerá para os bancos que encomendam pesquisas como forma de se antecipar a movimentos do mercado financeiro provocados pela ascensão ou queda de determinado concorrente. Levantamentos para consumo interno, sem divulgação na mídia, poderão testar cenários com e sem Lula e Haddad na cabeça da chapa petista.

É inédita essa situação em que o público pode ser privado de informações adequadas sobre as chances de cada candidato, conforme sondagens eleitorais.

"Temos dúvidas sobre a possibilidade de medir o apoio a alguém que não é formalmente candidato", disse ao Estado Marcia Cavallari, diretora executiva do Ibope Inteligência. "A legislação não prevê essa possibilidade."

Mauro Paulino, diretor do Datafolha, também manifestou incerteza sobre o quadro. "O TSE deveria ter uma definição clara e flexível, o mais rápido possível, pelo bem da informação", disse.

A resolução do TSE sobre pesquisas diz que "a partir das publicações dos editais de registro de candidatos, os nomes de todos os candidatos cujo registro tenha sido requerido deverão constar da lista apresentada aos entrevistados durante a realização das pesquisas". A lei não proíbe a inclusão de nomes que não são candidatos, mas obriga a presença de todos os registrados no TSE.

Impugnação

O Ministério Público, candidatos, partidos e coligações podem entrar com processo de impugnação da divulgação das pesquisas após o registro dos levantamentos. No registro, é possível ter acesso aos questionários das entrevistas e antecipar quais nomes estarão nos cenários considerados. "Não tenho a menor dúvida de que, se colocarem uma pergunta com o nome de Lula e outra com o de Haddad, haverá impugnação da pesquisa", comentou Daniel Falcão, professor de Direito Constitucional da Universidade de São Paulo (USP) e do Instituto de Direito Público (IDP).

Em resposta ao Estadão/Broadcast, o TSE informou que só pode se manifestar sobre situações não esclarecidas nas normas, como a inclusão de nomes que não são oficialmente candidatos em pesquisas, se a situação for questionada no âmbito judicial.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4), o Tribunal da Lava Jato, negou liminarmente nesta quinta-feira, 9, o pedido do PT em um mandado de segurança para que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participasse do debate entre os candidatos à Presidência na TV Bandeirantes esta noite. A informação foi antecipada pela coluna Direto da Fonte, da jornalista Sonia Racy.

Lula está preso desde 7 de abril na sede da Polícia Federal em Curitiba, cumprindo pena de 12 anos e um mês de reclusão no processo do triplex do Guarujá (SP).

##RECOMENDA##

O mandado, com pedido liminar, foi impetrado pela direção do PT contra outra decisão de caráter liminar da juíza federal convocada para atuar no tribunal Bianca Geórgia Cruz Arenhart que, na segunda-feira, 6, já havia considerado que o partido era "parte ilegítima para a postulação" - a juíza negou a mesma liberação para Lula participar do evento.

No requerimento, o partido requisitou liminar da ordem para que o petista participasse "presencialmente ou, de forma subsidiária, por videoconferência ou por vídeos previamente gravados".

A relatora do mandado de segurança na 4.ª Seção do TRF-4, desembargadora federal Cláudia Cristina Cristofani, no entanto, voltou a negar o pedido.

A magistrada também considerou que o PT "não é parte legítima para ingressar com essa ação, pois, de acordo com a Lei de Execução Penal (Lei Federal nº7210/84), cabe ao próprio preso, por meio de sua defesa constituída, pleitear judicialmente benefícios em favor de quem está no cumprimento de pena".

Cristofani também destacou que "houve excesso de postulação de recursos no caso". Ela afirmou que "essa espécie de arranjo processual, ao forçar a reapreciação de postulações por incontáveis vezes, drena os recursos escassos do serviço público de resolução de litígios, financiado pela riqueza extraída da sociedade produtiva, pelo fruto dos esforços de empreendedores e de trabalhadores".

Para desembargadora, "o abuso de postulação que favorece determinada parte processual gera malefícios à sociedade", devendo ser tratado como uma questão de ética.

"Não se pode deixar de concluir, diante disso, que este comportamento tem implicações essencialmente éticas, e nessa condição deveria ser tratado pela cúpula do Judiciário, pela sociedade, e pelos órgãos de representação profissional", assinalou a desembargadora Cláudia Cristofani, ao indeferir o mandado de segurança em favor de Lula.

Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou por unanimidade um recurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que tivesse garantido o direito de recorrer em liberdade contra sua condenação no caso do triplex em Guarujá (SP).

O pedido já havia sido negado pelo relator, ministro Felix Fischer, em 11 de junho. Em sessão realizada no início do mês, os ministros Jorge Mussi, Reynaldo Soares da Fonseca, Ribeiro Dantas e Joel Ilan Paciornik o acompanharam. O acórdão (decisão colegiada) do julgamento está previsto para ser publicado amanhã (10).

##RECOMENDA##

Na solicitação ao STJ, a defesa de Lula destacou 17 pontos que teriam sido violados no processo que resultou na prisão do ex-presidente ou que atestam a ilegalidade da medida. Os advogados argumentaram ainda que os direitos de Lula estão sendo seriamente cerceados por ele estar impedido de participar do processo eleitoral.

Os ministros do STJ entenderam não haver urgência em conferir ao recurso de Lula no tribunal o chamado efeito suspensivo, quando a execução de pena do condenado fica suspensa enquanto a apelação à instância superior não é julgada.

Lula está preso desde 7 de abril na Superintendência da Polícia Federal (PF) em Curitiba, onde cumpre a pena de 12 anos e um mês pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, imposta pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), segunda instância da Justiça Federal.

O recurso especial de Lula ao STJ já teve sua admissibilidade apreciada pelo TRF4 e ainda deve ser analisado na Corte Superior.

Apesar do candidato à Presidência da República pelo PT, Luiz Inácio Lula da Silva estar preso e impossibilitado de participar do primeiro debate televisivo entre os presidenciáveis, a legenda anunciou que fará, nesta quinta-feira (9), uma transmissão ao vivo, a partir das 22h, com as propostas do petista para o pleito. 

De acordo com o convite divulgado, vão participar do "debate com Lula" o candidato a vice, Fernando Haddad (PT), a presidente nacional da sigla, senadora Gleisi Hoffmann (PR), e a deputada Manuela D'Ávila (PCdoB), que deve assumir o posto de vice na chapa assim que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) julgar o pedido de registro de candidatura de Lula. 

##RECOMENDA##

O debate entre os postulantes ao comando do Palácio do Planalto será na TV Bandeirantes, às 22h. Para tentar que Lula estivesse presente, apesar de preso, a legenda entrou com um mandado de segurança no Tribunal Regional Federal da 4ª região (TRF4). 

Além da presença no estúdio, em São Paulo, ou por videoconferência, o PT também sugeriu que Lula pudesse participar por vídeos gravados previamente na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, onde ele está desde 7 de abril. A investida foi sem sucesso. 

O ex-presidente foi confirmado como candidato no último sábado (4), durante a convenção nacional do PT. Lula, contudo, está preso para iniciar o cumprimento da pena de 12 anos e um mês de prisão pela qual foi condenado na Lava Jato pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A condenação, inclusive, pode ser mote para o registro de candidatura dele ser barrado a partir da Lei da Ficha Limpa.

Candidato à reeleição pela Frente Popular, o governador Paulo Câmara (PSB) exaltou, na noite dessa quarta-feira (8), o legado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e disse que Pernambuco “vai escolher o lado certo” na hora de votar tanto para o governo quanto à Presidência. As afirmações de Paulo aconteceram durante o evento Prosa Política, organizado pelo PSB, em Ipojuca, na Região Metropolitana do Recife (RMR). 

Para uma plateia de membros do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Ipojuca e militantes pessebistas, Paulo fez questão de destacar a importância da unidade das esquerdas de Pernambuco para o enfrentamento ao grupo político que, segundo ele, comanda a deterioração do País - como tem se referido ao palanque do senador Armando Monteiro (PTB). 

##RECOMENDA##

"Unimos as esquerdas de Pernambuco", bradou Paulo Câmara, completando depois: "Precisamos saber o que a gente quer, que lado a gente quer ficar. Do lado do povo, dos trabalhadores rurais ou o lado do Temer. Temos que escolher e tenho certeza que Pernambuco vai escolher o lado certo."

O governador, que tem o PT na base eleitoral, também aproveitou que estava em um lugar onde Lula já chegou a comandar uma reunião com os trabalhadores rurais da cidade para exaltar empenho que o ex-presidente “demonstrou na construção de um Brasil mais justo”. 

"A gente não pode deixar de homenagear uma pessoa que querem calar a voz, que é o ex-presidente, o candidato Lula. Nossa solidariedade, nosso apoio e a gente vai estar junto. Porque Lula foi uma pessoa importante, que olhou os mais pobres, o Nordeste, que diminuiu as desigualdades sociais. Que combateu a fome. E isso é um valor que não podemos esquecer", defendeu Câmara. 

A passagem de Paulo Câmara pela cidade foi simbólica, uma vez que o município é administrado pela prefeita Célia Sales do PTB, partido do seu principal adversário da disputa estadual. Além do governador, também participaram do Prosa Política a deputada federal Luciana Santos (PCdoB), que é candidata à vice na chapa, o ex-prefeito do município Carlos Santana, a deputada estadual e candidata à reeleição Simone Santana e postulante a deputado federal João Campos. 

Três dias depois de o PT anunciar o nome do ex-prefeito Fernando Haddad como vice na chapa presidencial do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a deputada Manuela D'Ávila (PCdoB) como "vice do vice", o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) subiu o tom nas críticas aos petistas.

"Haddad e Manuela são queridos amigos, mas eu estou preocupado. Isso é um convite à nação para dançar na beira do abismo", disse Ciro.

##RECOMENDA##

Segundo ele, a "imensa gratidão" do povo brasileiro a Lula não é o suficiente para deixar todas as regras de lado. "Isso gera confusão. O povo está sendo enganado", afirmou o pedetista aos jornalistas após participar de uma sabatina promovida pelo banco de investimento BTG Pactual.

Segundo Ciro, a decisão do PCdoB de entrar na chapa de Lula foi tomada após o partido ter sido vítima de "chantagem feia" do PT. "Chamaram o PCdoB na chincha e fizeram uma lista dos estados para tirar o quociente eleitoral deles e deixar o partido sem eleger deputado".

Sobre o apoio dos partidos do 'Centrão' a Geraldo Alckmin (PSDB), Ciro afirmou que nunca acreditou que teria o apoio do colegiado. "Eles me procuraram, mas jamais passou pela minha cabeça que eu pudesse ter o apoio deles".

O candidato do PDT, em seguida, disse que as negociações dele com o 'Centrão' foram feitas para "agravar" o preço do grupo junto a Alckmin. "Não tinha a menor chance deles virem comigo".

Durante a palestra para empresários, Ciro disse ainda que considera "trágico" o governo de Dilma Rousseff e que foi uma imprudência de Lula "colocá-la" no Palácio do Planalto junto com o presidente Michel Temer.

Sobre a escolha da senadora Katia Abreu como vice, Ciro afirmou que ela o aproxima do centro político e das mulheres.

O candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, divulgou em suas redes sociais uma carta na qual lamenta seu não comparecimento ao debate desta quinta-feira (9) na TV Bandeirantes - o primeiro da campanha eleitoral nas eleições 2018. No texto, que foi divulgado nas redes sociais do petista, Lula, condenado e preso pela Operação Lava Jato desde abril, diz que a decisão da Justiça Federal de impedir sua participação no programa viola o direito do povo brasileiro e também dos outros candidatos de discutir as propostas de sua candidatura.

"A candidatura que lidera as pesquisas é impedida de debater com as demais suas propostas e ideias defendidas por milhões de brasileiros", diz Lula no texto. "Viola também a liberdade de imprensa, impedindo que um veículo de comunicação cumpra seu dever de informar e proibindo o público de exercer seu direito de ser informado. O nome disso é censura."

##RECOMENDA##

Na carta, enviada da carceragem da Polícia Federal em Curitiba, Lula diz ainda que é candidato porque não cometeu nenhum crime e deixou o cargo em 2010 com avaliação positiva recorde de 87%. "O Brasil precisa debater seu futuro de forma democrática. Ter eleições onde o povo, que já viveu dias melhores em um passado recente, possa escolher que caminho quer para o País, com a participação de todas as forças políticas da nação", concluiu.

Mais cedo, a desembargadora Cláudia Cristina Cristofani, do Tribunal Federal Regional da 4ª Região (TRF-4), negou o mandado de segurança do PT que pedia a participação do ex-presidente no debate. Os advogados do ex-presidente tinham entrado na quarta-feira com um recurso contra a decisão da juíza Bianca Arenhart, também do TRF-4, que negou o pedido para que o petista participe do debate eleitoral.

Ainda da prisão, Lula disse, segundo o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, que o visitou nesta tarde, que o ex-prefeito paulistano Fernando Haddad, seu candidato a vice, será "sua voz e pernas" enquanto ele estiver preso.

Ainda justificando a aliança entre o PT e o PSB no estado, que rifou a candidatura de vereadora Marília Arraes (PT) ao Governo de Pernambuco, o senador Humberto Costa (PT) disse que a união das duas legendas reflete um acordo nacional feito entre partidos progressistas que têm como prioridade lutar pela candidatura do ex-presidente Lula. O petista também falou sobre o apoio em busca da reeleição do governador Paulo Câmara (PSB). 

##RECOMENDA##

“Trata-se de um acordo nacional em que o PSB permitiu que diretórios de vários estados, inclusive Pernambuco, aderissem à candidatura de Lula. O PT voltou à Frente Popular para apoiar a reeleição de Paulo Câmara e para eleger Lula”, explicou. 

Humberto Costa afirmou que a força de Lula está com o povo e lamentou o fato de que o ex-presidente não vai poder participar, até agora, dos debates entre os presidenciáveis. “A Justiça não pode manter preso o maior líder político do Brasil e impedi-lo de ser candidato”. 

Ele voltou a pedir mobilização. “Não é possível desconsiderar a vontade das ruas. A força de Lula está com o povo, com a ampla força política que apoia seu nome e com quase metade dos governadores que estão com ele”, pontuou Humberto Costa. 

 

 

 

Os advogados da campanha petista entraram nesta quarta-feira, 8, com um recurso contra a decisão da juíza Bianca Arenhart, do Tribunal Federal Regional da 4ª Região (TRF-4), que negou o pedido para que o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva participe do debate eleitoral desta quinta-feira, na TV Bandeirantes.

No mandado de segurança, a equipe do ex-ministro da Justiça Eugênio Aragão disse que a execução provisória da pena "não pode ter o condão de lhe cassar ou suspender os direitos políticos, ou mesmo sua liberdade de expressão e de comunicação" do petista, que foi aclamado candidato do partido na convenção nacional, em 4 de agosto.

##RECOMENDA##

Lula foi condenado em segunda instância a 12 anos e um mês de prisão no caso do tríplex do Guarujá e está preso desde abril em Curitiba.

Na segunda-feira, 6, ao negar o pedido da defesa de Lula, a juíza Bianca alegou questões processuais e disse entender que o PT não tem legitimidade para fazer o pedido em nome do ex-presidente.

O recurso foi encaminhado ao presidente do TRF-4, Carlos Eduardo Thompson Flores. No pedido, os advogados insistem que Lula participe do debate, nem que seja através de vídeos gravados previamente do local onde se encontra, a Superintendência da Polícia Federal em Curitiba.

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), homologou (aceitou) nesta quarta-feira, 8, a desistência da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), preso e condenado na Lava Jato, no processo que discutiria o pedido de liberdade e possivelmente a condição de Lula para disputar a presidência da República. Lula foi lançado como candidato do PT no sábado, 4.

O movimento de desistência da defesa de Lula foi feito na segunda-feira, 6, após sinalizações de ministros da Corte de que era importante dar celeridade ao caso. Com a desistência, os advogados colocam em prática a estratégia de evitar que a Suprema Corte discuta sobre a questão de inelegibilidade antes do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), onde o registro de candidatura é feito.

##RECOMENDA##

Na petição, a defesa de Lula afirmava que nunca procurou, neste processo, debater sobre o aspecto eleitoral, apenas sobre a execução da pena do petista, condenado em segunda instância. Lula teve a pena confirmada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), situação que enquadra o ex-presidente na Lei da Ficha Limpa.

Imbróglio

O processo em questão foi apresentado no início de junho para que a Corte suspendesse os efeitos da condenação de Lula no caso do triplex no Guarujá. O imbróglio jurídico começou no mesmo mês, quando o TRF-4 negou ao petista a possibilidade de recorrer ao STF, não admitindo o chamado recurso extraordinário. Diante disso, Fachin, no mesmo dia, barrou a petição do ex-presidente para suspender os efeitos de sua condenação, que estava previsto originalmente para ser julgado pela Segunda Turma.

Contra essa decisão, a defesa de Lula entrou com recurso (agravo). Foi esse pedido, para que a Corte julgue os pedidos de suspensão da condenação, que Fachin enviou ao plenário, retirando o caso da Segunda Turma. O ministro, relator da Lava Jato, justificou o envio ao colegiado dos 11 ministros, em função do processo tratar, além de outras questões, sobre as pretensões eleitorais de Lula.

Na petição inicial, a defesa de Lula fala que o ex-presidente tem sérios riscos de ficar de fora da corrida ao Planalto e ter seus "direitos políticos indevidamente cerceados, o que, em vista do processo eleitoral em curso, mostra-se gravíssimo e irreversível".

Fachin já havia liberado o recurso para ser julgado pelo plenário quando a defesa do ex-presidente entrou com novo recurso, desta vez contra o envio do caso ao plenário.

Segundo a defesa, os advogados não teriam pedido que a questão eleitoral fosse discutida pelo STF. Com isso, o ministro pediu esclarecimentos aos defensores do petista antes do final do recesso. Foi essa resposta que chegou nesta segunda à Suprema Corte, dentro do pedido de desistência, homologado por Fachin nesta quarta.

A estratégia do PT é registrar no último dia do prazo, 15 de agosto, o pedido de candidatura de Lula no Tribunal Superior Eleitoral. Assim, a questão eleitoral teria de ser respondido pela Corte Eleitoral e somente depois um recurso poderia ser apresentado ao Supremo, em provável negativa do TSE.

O petista foi condenado, em segunda instância, por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do triplex do Guarujá e está preso desde abril na Superintendência da PF de Curitiba (PR). A pena foi ampliada para 12 anos e 1 mês pelo TRF-4.

O Partido dos Trabalhadores impetrou, nesta quarta-feira (8), um mandado de segurança no Tribunal Regional Federal da 4ª região (TRF4) para que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participe do primeiro debate entre os presidenciáveis, que será realizado nesta quinta-feira (9), pela TV Bandeirantes. A informação é do site do Uol. 

Além da presença no estúdio, em São Paulo, ou por videoconferência, o PT também sugere que Lula possa participar também por vídeos gravados previamente na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, onde ele está preso desde 7 de abril. 

##RECOMENDA##

A defesa de Lula já havia reforçado, na última segunda o pedido para a participação dele no debate, mas a juíza do TRF4, Bianca Arenhart negou. Ao analisar o caso, a magistrada decidiu rejeitar o pedido por razões processuais e entendeu que o PT não tem legitimidade para fazer o pedido em nome do ex-presidente.

“De fato, nos termos da Lei de Execução Penal, cabe ao próprio executado, por meio de sua defesa constituída ou, na sua falta, à Defensoria Pública da União, pleitear benefícios ao preso”, decidiu.

Lula foi confirmado como candidato do PT à Presidência no último sábado (4), durante a convenção nacional da legenda. O ex-presidente, contudo, está preso para iniciar o cumprimento da pena de 12 anos e um mês de prisão pela qual foi condenado na Lava Jato pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A condenação, inclusive, pode ser mote para o registro de candidatura dele ser barrado a partir da Lei da Ficha Limpa.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando