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A decisão da Secretaria de Defesa Social de Pernambuco (SDS) em responsabilizar o soldado Lucas França por ter disparado spray de pimenta no rosto de Liana Cirne (PT) foi condenada pela vereadora. A agressão ocorreu no dia 29 de maio de 2021, entre os atos truculentos da Polícia Militar para reprimir um ato pacífico contra o presidente Jair Bolsonaro, no Centro do Recife.

A portaria emitida nessa quarta-feira (11) fixou a punição de 21 dias de detenção ao soldado da Radiopatrulha. A atuação da Polícia na manifestação foi criticada por excessos, que ficaram acentuados pelas balas de borracha que atingiram o rosto de dois homens. Eles sequer participavam da manifestação e ambos perderam a visão de um olho. Após o evento, o ex-comandante da PM, coronel Vanildo Maranhão, e o ex-secretário de Defesa Social, Antônio de Pádua, deixaram os cargos.
 

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SDS desonrou os preceitos da Polícia, considera a vereadora

Quase um ano após o caso repercutir nacionalmente com a imagem da vereadora caída na Ponte Princesa Isabel, Liana apontou vícios no processo e reforçou que já havia dito à investigação que o policial punido não é o verdadeiro agressor. "Essa decisão é uma desonra para todos os que seguem à risca a lei e a disciplina militar", resumiu.

"Desde que prestei depoimento à Corregedoria, afirmei que não reconheço o policial apontado como o responsável por disparar spray de pimenta. No entanto, tal fato foi ignorado, e o soldado que assumiu a culpa foi o "punido". Nunca fui sequer informada dos passos do procedimento. Agora e por ocasião da reconstituição da agressão, só tomei conhecimento dos fatos pela imprensa", afirmou a vereadora, que externou 'profunda indignação' com o resultado da apuração, considerado por ela como 'uma premiação ao abuso sofrido'.

Ela cobrou uma investigação autônoma da Polícia Civil e do Ministério Público para que o culpado seja, de fato, identificado e exonerado do cargo. "Espero firmemente que tal decisão seja revogada por parte do senhor Secretário de Defesa Social, a fim de que o correto autor do ato ilícito praticado contra mim seja exonerado e expelido da Polícia Militar", destacou em nota.   

Ataque foi classificado como infração média

Em seu boletim interno, a SDS classificou o ataque como "infração de natureza média" e verificou que "o grau de reprovabilidade da conduta do aconselhado, não teve força, nem repercussão suficiente para violar os preceitos da ética e os valores militares a ponto de justificar a sua exclusão a bem da disciplina”.

Outros policiais absolvidos

A pasta ainda absolveu dois oficiais denunciados por manifestantes. O 2º sargento Ronaldo Santos de Lima havia sido apontado por omissão de socorro a um dos feridos no ato.

"Durante a instrução processual, a vítima, acompanhada do seu advogado, afirmou que os policiais de fato não puderam lhe ajudar", explanou o documento, que acrescentou que o policial "estava realizando a condução de um suspeito para a Central de Plantões da Capital". 

O cabo Washington Barbosa Maciel havia sido apontado como suspeito de ter disparado gás de pimenta no rosto de uma mulher na Avenida Conde da Boa Vista. A acusação apresentou o vídeo de um policial cometendo o ato, mas, de acordo com a SDS, "não foi verificado provas cabais que levassem a identificar o autor do concernente disparo de espargidor de pimenta", e o militar foi absolvido por insuficiência de provas que confirmassem a autoria.

Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) apoiadores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foram ameaçados por um policial militar durante uma discussão com um grupo de bolsonaristas em Juiz de Fora, Minas Gerais. De acordo com lideranças de esquerda, a abordagem policial foi solicitada pelos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL). 

O caso aconteceu na manhã desta quarta-feira (11). Lula deve visitar a cidade mineira durante a tarde para cumprir agenda de pré-campanha. Bolsonaristas, portanto, teriam organizado um protesto à visita e acabaram entrando em conflito verbal com os ativistas, que tinham um ato favorável a Lula ocorrendo no mesmo momento. 

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À ocasião, um dos militares apontou uma arma para os ativistas do MST desarmados. Nas redes sociais, já circulam diversos vídeos nos quais o policial pode ser visto em posição de atirar. É possível ouvir pessoas dizendo "Atira!" e "Nós estamos numa manifestação pacífica", enquanto outros tentavam acalmar o militar. Um outro policial é visto ignorando a situação e mexendo no celular. 

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"Cerca de 20 bolsonaristas com um carro de som tentaram bloquear a saída do aeroporto e nós estávamos em um grupo de 60 pessoas e nos posicionamos sobre a rotatória, sem atrapalhar o trânsito, em manifestação pacífica", disse Nei Zavaski, membro da coordenação estadual do MST em Minas. 

De acordo com o UOL, o comando da Polícia Militar vai analisar o procedimento adotado pelo militar que aparece nas imagens apontando a arma em direção à cabeça de um dos manifestantes. 

"O policial faz uma análise do que está passando. E nós vamos depois fazer uma análise mais aprofundada para saber se a utilização [da arma] foi adequada, oportuna, até porque havia um número bastante grande de pessoas que poderiam se enfrentar. Mas o equipamento foi o adequado", disse o major Jean Amaral. Segundo o militar, os policiais estão utilizando "equipamento de menor potencial ofensivo, calibre 12, de borracha, mas não houve a necessidade de disparo". 

O comando da Polícia Militar em Juiz de Fora demonstrou preocupação com os possíveis atos de violência entre simpatizantes de Lula e de Bolsonaro na cidade. 

"A preocupação existe. Nós estivemos, ao longo dos últimos dias, nos organizando para que o efetivo policial estivesse adequado à movimentação de pessoas. Juiz de Fora tem uma tradição ligada ao PT, hoje a prefeita [Margarida Salomão] é do PT, e nós temos o costume de acompanhar candidatos do PT na cidade sempre com muita movimentação de simpatizantes", continuou Amaral. 

O policial disse também que o efetivo da PM nos eventos de Lula hoje é de 60 militares, além da Guarda Municipal. 

 

Em virtude das manifestações públicas previstas para ocorrer no dia 9 de abril, no centro do Recife, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE), por meio da 7ª Promotoria de Justiça de Defesa da Cidadania da Capital com atuação na Promoção e Defesa dos Direitos Humanos, recomendou ao comandante-geral da Polícia Militar de Pernambuco (PMPE), coronel José Roberto de Santana, que demande aos seus subordinados a observância estrita do eventual uso diferenciado da força, baseado nos princípios da legalidade, necessidade, razoabilidade e proporcionalidade, com o fito de se evitar excesso na utilização da força e emprego inadequado de armas (letais e não letais).

Além disso, a 7ª Promotoria de Justiça também recomendou à PMPE o uso adequado dos cadarços de identificação, em local visível no uniforme operacional e nos coletes balísticos. A recomendação deve ser fixada no quadro de aviso de todas as unidades policiais do Recife e divulgada no Boletim Geral da Corporação e outros meios eletrônicos entendidos como cabíveis.

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Ao gerente-geral de Articulação e Integração Institucional e Comunitária da Secretaria de Defesa Social, coronel QOPM Ivanildo César Torres de Medeiros, foi recomendado que adote, no âmbito da Mesa Permanente de Articulação, as tratativas necessárias para viabilizar — durante as referidas manifestações, desde a concentração ao término — o emprego de agentes de conciliação, identificados pela utilização de coletes da cor laranja.

Por sua vez, ao corregedor-geral da SDS, Paulo Fernando Vieira Loyo, foi recomendado a expedição de provimento de cunho recomendatório ao efetivo da PMPE a ser lançado/empregado e, no âmbito do Departamento de Correição, designe Grupos Táticos para Assuntos Correicionais a fim de acompanharem as referidas manifestações, desde a concentração ao término.

O 7º promotor de Justiça a de Defesa da Cidadania da Capital, com atuação na Promoção e Defesa dos Direitos Humanos/Controle Externo da Atividade Policial, Westei Conde y Martin Júnior, conferiu o prazo de 48 horas, para informarem sobre o acatamento da recomendação. O documento foi publicado no Diário Oficial Eletrônico do MPPE desta quarta-feira (6).

Acompanhamento contínuo

É de conhecimento da 7ª Promotoria de Justiça a realização de manifestações públicas intituladas “Dia Nacional de Mobilização – contra o aumento dos combustíveis; não à fome e ao desemprego”, “Bolsonaro Nunca Mais! Contra o aumento dos combustíveis e do gás! Não à fome e ao desemprego!” e “#ForaBolsonaro”, todas de cunho nacional e organizadas por movimentos e entidades da sociedade civil, previstas para ocorrerem no dia 09 de abril de 2022, a partir das 9h, com concentração no Parque Treze de Maio e destino à Praça do Carmo.

Tramita, na 7ª Promotoria, um Procedimento Administrativo (PA) tendo por objeto acompanhar e fiscalizar, de forma continuada, a atuação institucional da Polícia Militar de Pernambuco (PMPE), no eventual emprego e uso da força, por ocasião de atos, manifestações, protestos, passeatas e/ou outros eventos públicos, de sorte a observar o direito à vida, à liberdade, à integridade física e psicológica da população, bem como à liberdade de expressão, manifestação do pensamento e de reunião pacífica em locais abertos ao público.

A fim de evitar intervenção da PMPE com resultados nefastos, a exemplo da ocorrida no dia 29 de maio de 2021, que provocou cegueira monocular em dois transeuntes e possíveis lesões corporais em outros manifestantes, a recomendação foi expedida.

O policial militar autor do disparo da bala de borracha que atingiu o olho do adesivador de carros Daniel Campelo da Silva, de 51 anos, durante protesto contra o presidente Jair Bolsonaro no dia 29 de maio de 2021, no Recife, foi identificado pela Polícia Civil de Pernambuco. 

A informação foi confirmada pela Secretaria de Defesa Social do Estado (SDS) nesta quarta-feira (30), que também participou, junto com o Instituto de Criminalística de Pernambuco, do processo de identificação do policial envolvido. 

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Em nota, a Secretaria não divulgou o nome do autor do disparo, mas informou que o inquérito sobre o caso está em fase de conclusão do relatório. De acordo com a pasta, outros inquéritos que envolvem pessoas atingidas no dia da manifestação já foram finalizados e enviados ao Ministério Público de Pernambuco. 

A SDS ainda informou que, na esfera administrativa, cinco dos sete Processos Administrativos Disciplinares (PADs) instaurados também foram finalizados pela Corregedoria da Pasta. Dois dos relatórios concluídos aguardam parecer técnico da Corregedoria Auxiliar Militar, enquanto outros três estão em análise para elaboração de parecer do corregedor geral. Já outros dois processos seguem em andamento. 

De acordo com o colegiado, no âmbito da Polícia Militar de Pernambuco, o Inquérito Policial Militar que havia sido instaurado na época do acidente já foi concluído com o indiciamento por prática de crime militar de quatro dos policiais investigados, sendo dois oficiais e dois praças. Todos os envolvidos já foram submetidos a processos disciplinares. 

Também foram encaminhados à Central de Inquéritos do Ministério Público para análise e possível denúncia os autos do Inquérito Policial Militar.

A tentativa de barrar a manifestação de artistas contra o Governo Bolsonaro no palco do Lollapalooza surtiu o efeito contrário. A análise de uma empresa de monitoramento das redes sociais apontou que o festival ganhou mais alcance após a ordem do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), principalmente críticas à decisão apontada como censura. A informação é do jornal O Globo.

O estudo da empresa Arquimedes mostrou que a determinação do ministro do TSE, Raul Araújo - que acatou o pedido do PL de Jair Bolsonaro e fixou uma multa de R$ 50 mil para quem se manifestasse politicamente durante os shows - não foi bem recebida nas plataformas digitais, e nem no festival em São Paulo, já que os artistas passaram a criticar o Governo com mais intensidade.

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A empresa percebeu que 31,4% das publicações no Twitter sobre o Lollapalooza passaram a citar a decisão polemica do TSE. Dessa parcela, 84% condenou a proibição. Por outro lado, os 16% restantes, compostos por perfis bolsonaristas, comemoraram o ato de censura.

Um dos sócios da Arquimedes, Pedro Bruzzi, avaliou a repercussão relacionada ao TSE. A ordem foi suspensa após o PL retirar a denúncia contra o festival.

"A ação do Partido Liberal acabou por fomentar ainda mais os protestos contra o presidente nos shows e também trouxe mais atenção das redes. Para piorar, ainda houve o erro do CNPJ e do e-mail, o que inviabilizou a execução judicial. Bolsonaristas tentaram deslegitimar as manifestações, contudo se saíram mal e, sem a habitual coordenação, foram minoria ", pontuou ao jornal O Globo.

Um manifestante pró-Ucrânia subiu em um veículo blindado (tanque) neste sábado (5), durante um protesto em Kherson. O vídeo foi gravado pelo jogador de futsal de Caruaru, no Agreste pernambucano, Ewerton Florêncio, que está na Ucrânia e publicou o momento nas suas redes sociais. O jogador informou que o veículo é um tanque de guerra russo. Ele ainda fotografou uma quadra onde jogou amistosos e que foi bombardeada por soldados russos. 

O jogador contou ao G1 que o os civis ucranianos foram às ruas gritar o nome do país. “Alguns militares russos atiraram para cima, tentando assustar, mas o protesto, pelo o que a gente ficou sabendo, foi pacífico, não teve confronto. Só um cidadão [pró-Ucrânia] que subiu em um tanque de guerra com um russo dentro, que estava pilotando”, disse. 

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Kherson é uma cidade portuária com estaleiros, na foz do rio Dneiper, próximo ao Mar Negro. A cidade fica a cerca de 100 quilômetros da Crimeia, região ucraniana que foi bombardeada pelos russos em 2014. O local foi tomado pelos russos, sendo uma das principais vitórias da Rússia até então na invasão da Ucrânia, que teve início em 24 de fevereiro.

Será realizado nesta quinta-feira (10), às 8h, um grande ato em prol da enfermagem em frente ao Hospital da Restauração, no Derby, área central do Recife. A manifestação é para pedir a aprovação do projeto de lei 2564/2020, que institui o piso salarial nacional do enfermeiro, técnico de enfermagem, auxiliar de enfermagem e da parteira. 

O presidente do Conselho Regional de Enfermagem de Pernambuco, Gilmar Júnior publicou um vídeo nas suas redes sociais chamando para o ato. “Amanhã, dia 10, vamos ter um ato pernambucano em prol da enfermagem. A concentração vai ser na frente da Restauração. O ato é organizado pelo Santepe e Seepe e tem o nosso apoio. Não deixem de participar, vamos dar visibilidade e voz para a categoria para que possamos dar muitas vitórias. Precisamos muito de valorização salarial, profissional e chamar a atenção da sociedade”, convidou. 

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O presidente do Sindicato Profissional dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem de Pernambuco (Santepe), Francis Hebert, compartilhou o vídeo para reforçar a chamada dos profissionais da classe. Ele informou que após a concentração em frente ao Hospital da Restauração, o grupo vai caminhar pela Avenida Conde da Boa Vista até o Palácio do Campo das Princesas. 

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O Sindicato dos Enfermeiros no Estado de Pernambuco (Seepe) também reforçou a chamada para o ato que pede a aprovação do projeto no Senado. De acordo com o Sindicato, a pauta e baseada na Estrutura de Carreiras do Estado (PCCV); concessão de férias suspensas; aprovação do PL 2564/2020 e reajuste no salário base. 

Neste sábado (5), será realizado um ato no Recife para ampliar o pedido de justiça por Moïse Mugenyi Kabagambe, imigrante Congolês assassinado no dia 24 de janeiro na Zona Oeste do Rio de Janeiro. A manifestação está sendo organizada pela Articulação Negra de Pernambuco (ANEPE) e acontecerá em frente ao Shopping Boa Vista, área central do Recife, a partir das 16h.

O crime aconteceu após Moïse, que trabalhava como atendente no Quiosque Tropicália, local do assassinato, cobrar ao dono do estabelecimento o pagamento de dois dias de serviço, cuja prestação de contas estava em atraso. As cenas de violência foram gravadas pelas câmeras do estabelecimento, que registraram, inclusive, a participação do gerente do quiosque no assassinato. 

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De acordo com o atestado do Instituto Médico Legal (IML), Moïse morreu devido a “traumatismo do tórax com contusão pulmonar”, resultado do espancamento que durou cerca de 15 minutos.

“É uma capital com expressiva presença de imigrantes africanos que chegam como intercambistas universitários ou comerciantes informais majoritariamente. Vivemos uma cidade, estado e país que direciona pouca atenção para essa população. O assassinato de Moïse escancara um racismo e xenofobia que não é novo, mas que ganha novas faces ao passar do tempo histórico e não poupa quem enxerga o Brasil como uma possibilidade de futuro”, detalha a Anepe.

A Articulação Negra de Pernambuco se soma à Coalizão Negra por Direitos em busca de Justiça por Moïse e se solidariza à família, acionando órgãos nacionais e internacionais pela responsabilização por mais um ato de racismo, tortura e assassinato de um jovem negro em território brasileiro.

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Parecia até prévia carnavalesca, mas era uma manifestação de profissionais da área de eventos de Pernambuco. Na manhã desta quinta (13), produtores, seguranças, técnicos, músicos e artistas, entre outros trabalhadores do entretenimento, reuniram-se na Praça do Marco Zero, área central do Recife, para um ato em que pediam pela continuidade de festas e shows no Estado sem restrições. Com orquestra de frevo, bonecos gigantes e trios elétricos, eles seguiram em cortejo até o Palácio do Campo das Princesas, sede do governo estadual, para levarem suas reivindicações. 

O setor de eventos, um dos primeiros a pararem suas atividades no início da pandemia, em 2020, reivindica a realização de trabalhos sem restrição quantitativa de público, e sim, com a apresentação do passaporte de vacinação completo e teste negativo de Covid, sendo com 24 horas de antecedência para exames de antígeno e de 48h para exames de RT-PCR. 

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Alegando ser viável a realização de eventos seguros, os profissionais caminharam pelo Bairro do Recife empunhando cartazes e vestidos de preto. Para o segurança Pierre Farias, que trabalha na área há 20 anos, é importante manter o setor em atividade não só para os profissionais como para o próprio Estado. “A gente se adequa às necessidades impostas pelo governo. A gente faz o teste do PCR, a gente toma as vacinas e usa as máscaras no evento, então nada impede que a gente exerça nossa função. A maioria de nós está desempregada. Se essa área parar, como é que eu vou pagar meu aluguel, pagar minha feira? Peço às autoridades que reconheçam nosso trabalho que traz muito turista pra cá, se isso parar, para Pernambuco”. 

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A partir desta sexta (14) um novo decreto passa a vigorar em Pernambuco, limitando a realização de eventos para públicos de até três mil pessoas, ou 50% da capacidade do ambiente, exclusivamente para vacinados com a segunda dose, ou dose única, e com apresentação de testes negativos para Covid-19. As novas restrições foram colocadas em função das altas de contaminação, por conta da nova cepa Ômicron, além do surto de Influenza que vem sobrecarregando o sistema de saúde local. 

Contrários às novas restrições, que comprometem a viabilidade de alguns eventos, a classe se reuniu para chamar a atenção do governo. Segundo o empresário do setor, Kênio Lapenda, o maior apelo da categoria é ser ouvida pelas autoridades a fim de juntos chegarem à solução que atenda todas as partes. “Nós estamos pedindo o direito de trabalhar. Nosso segmento foi o primeiro a parar e o último a voltar. Voltamos a trabalhar em outubro, com suas restrições, mas atendendo a todos os protocolos, mostramos que podemos fazer eventos com segurança. Não há uma restrição lógica a essa restrição que tanto faz nosso segmento sofrer. Não falo apenas pelos produtores e empresários, mas principalmente pela cadeia produtiva que depende única e exclusivamente de eu trabalho para sobreviver. A gente quer é ser ouvido, o que não pode é haver uma decisão monocrática ser tomada e várias vidas serem prejudicadas”.

A manifestação contou, também, com a participação de alguns artistas locais como as cantoras Nena Queiroga e Bia Villa-Chan e o músico Rominho, da banda Som da Terra. Após chegarem em frente ao Palácio do Campo das Princesas, sede do governo do Estado, três representantes da classe foram recebidos para uma reunião.   

 

Presidenciável pelo Podemos, Sergio Moro chamou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de "vaca sagrada". Nesse domingo (5), o ex-juiz da Lava Jato, que esteve no Recife para lançar seu livro sobre bastidores do governo Bolsonaro, comentou sobre os desdobramentos da investigação.

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O ex-ministro da Justiça destacou que não tem desavenças pessoais com o petista, nem quis humilhar, apenas aplicar a Lei no processo penal.

Ele confessou que seu trabalho seria mais "fácil" se a operação não tivesse chegado ao ex-presidente, em vista que a Lava Jato tomou proporções de "guerra" com o indiciamento de Lula e a movimentação contrária do PT.

"Todo mundo sabe que a Petrobras foi roubada durante o Governo do Partido dos Trabalhadores. O certo a fazer era reconhecer os erros e rever os desvios éticos, mas o partido é importante para o país", classificou Moro. "Não tem como alcançar a redenção sem confissão", complementa.

Sobre o pedido de condução coercitiva, esclareceu que fez a solicitação para evitar ações da militância na tentativa de impedir o depoimento do petista.

"É uma conversa afiada dizer que eu condenei o ex-presidente. Eu condenei em primeira instância", explicou ao reforçar que sua decisão foi reafirmada pelo Supremo Tribunal de Justiça (STJ).

Moro, inclusive, foi alvo de manifestação por parte de apoiadores de Lula no início da noite de hoje. Militantes chamaram o ex-ministro de “juiz ladrão” e relembraram a suspeição do ex-juiz da Lava Jato confirmada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no caso do Triplex do Guarujá e do Sítio Atibaia.

Nesta quinta-feira (25), mulheres transexuais e travestis protestam contra o extermínio desse grupo social na área central do Recife. O ato, marcado às 16h, em frente ao Palácio do Campo das Princesas, tem a intenção de entregar uma carta com propostas de combate à violência contra travestis e transexuais no Estado.

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Integrante da Rede Autônoma de Pessoas Trans e Travestis do estado de Pernambuco (Ratts), Juno Pedro Albuquerque destaca a importância do documento a ser entregue a representantes do Governo do Estado. "A gente conseguiu fazer uma proposta de política-pública para cada grande área de necessidade (...) A gente conseguiu fazer uma proposta sobre empregabilidade, uma proposta sobre moradia também e uma proposta sobre segurança pública", pontua.

Diante dos últimos casos de transfeminicídio em Pernambuco, Juno afirma que as respostas dadas pelo Governo do Estado foram "vergonhosas". "Apesar da cobrança, desde o outro ato, a gente solicitou uma reunião que não foi atendida esses meses todos e a gente está aqui tanto pra tentar esse novo diálogo, como também, trazer esse conjunto de proposta que a gente elaborou", ressalta.

Participando também da movimentação, a co-deputada, Robeyoncé lima, da Juntas (PSOL), reforça a necessidade das demandas apontadas na carta serem atendidas pelo Estado. "O Brasil está há doze anos como o país que mais mata pessoas LGBTQIA e Pernambuco está incluído nesse contexto obviamente, né? A gente cobra do governo do estado ações em relação a essa questão. Desde o mês de junho, quando tivemos o caso emblemático da Roberta, que teve 40% do corpo queimado".

E complementa: "Hoje, a gente traz o documento pra ver se a gente vai ser recebido aqui, junto com o movimento social, com relação a pauta de violência, de segurança pública, de saúde, da educação, de empregabilidade, de renda e diversos outros fatores, que o movimento trans vem pleiteando há mais de dez anos diante do Governo do Estado", aponta.

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*Com informações de Marília Parente

Entre as inúmeras manifestações a respeito da morte de Marília Mendonça, uma chamou bastante a atenção do público nas redes sociais. A pastora Sarah Sheeva, filha da cantora Baby do Brasil, resolveu aproveitar o momento para relembrar uma suposta mensagem destinada aos artistas do sertanejo que ela teria recebido de Deus. Segundo a religiosa, a ‘sofrência’ seria “própria do inferno e do capeta”. 

De acordo com as publicações feitas por Sarah neste sábado (6), um seguidor seu a lembrou da suposta mensagem, transmitida através de uma live feita por ela no último mês de outubro. Na ocasião, a pastora relatou ter recebido esse ‘recado’ de Deus com destino aos cantores sertanejos.

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Na live, ela falou sobre a ‘sofrência’ e o que sentiu ao ouvir algumas músicas. “Quase vomitei de nojo. Comecei a ter um troço. O que é isso que essas pessoas estão cantando? Não tenho a intenção de ofender nenhum artista. Oro pela maior parte dos artistas, porque creio no poder de Deus de alcançar o coração deles. Não precisamos de música para entretenimento. Precisamos usar as artes para invocar o Céu para a Terra”.

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Durante a transmissão ao vivo, Sarah Sheeva ainda relacionou o teor das letras sertanejas ao “inferno”. “Você acha que isso vai passar em branco diante de Deus? Não vai. Além de você estar levando sua alma para as trevas, você faz milhares de pessoas adorarem o que está sendo liberado nessa música. Isso é próprio do inferno, do próprio capeta! Não se brinca com adoração. Da mesma forma que o louvor liberta, tem música que aprisiona. Quando o diabo não esconde na letra é porque a coisa está feia". 

Já na madrugada deste sábado (6), através dos seus stories. Sarah relembrou a live, após o ‘toque’ do seguidor, e aproveitou para reforçar a mensagem. “Estou chocada, pois não me lembrava do teor da mensagem. Vamos nos arrepender e voltar ao Senhor enquanto há tempo". Ela também aproveitou para deixar as condolências aos familiares das vítimas do acidente que ceifou a vida e Marília Mendonça e outras quatro pessoas. 

Um grupo de manifestantes realizou performance na manhã deste sábado, 30, em frente ao Congresso Nacional em protesto pelo impeachment do presidente Jair Bolsonaro. O alvo também foi o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), a quem cabe analisar mais de uma centena de pedidos de afastamento de Bolsonaro que já foram protocolados no parlamento.

Os manifestantes encenaram Bolsonaro dentro de um carrinho de compras empurrado por Lira, como se fosse um artigo em liquidação. Na performance, os dois ainda brindaram com espumante em meio a notas de dinheiro. Cerca de 50 pessoas participaram da manifestação, organizada pelo movimento Geração 68.

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"Há uma cumplicidade entre Lira e Bolsonaro. Criamos essa dupla sórdida dançando um minueto macabro, brindando sobre o sofrimento do País. É um movimento de indignação por mais de 600 mil mortes. Boa parte poderia ter sido evitada, se não fosse pelo descaso do presidente", afirmou Madalena Rodrigues, uma das organizadoras do protesto.

O policial militar Reinaldo Belmiro Lins, do Batalhão de Choque de Pernambuco, será indiciado pelos crimes de lesão corporal gravíssima e omissão de socorro. Afastado por medida disciplinar da corporação desde junho, o sargento entregou o armamento e carteira funcional da Polícia Militar, após ser identificado como o responsável por disparar uma bala de borracha contra o trabalhador Jonas Correia de França, durante um protesto contra Jair Bolsonaro (sem partido) no Recife, capital pernambucana, em maio deste ano. 

A vítima, um arrumador de contêiner de 29 anos, era alheia ao protesto e estava cumprindo jornada laboral quando atravessou a Avenida Conde da Boa Vista, no Centro da cidade, onde o protesto estava sendo finalizado e os disparos policiais começaram. Jonas foi atingido no olho esquerdo, perdeu parte da visão e terá que fazer uso de prótese ocular. Daniel Campelo, de 51 anos, foi a segunda vítima do mesmo protesto e também teve a visão comprometida. 

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A Secretaria de Defesa Social (SDS-PE) informou que foi concluído também o inquérito sobre o caso da vereadora Liana Cirne (PT), agredida com spray de pimenta no rosto por PMs, mas não divulgou o resultado da investigação. O boletim-geral da SDS trouxe, no dia 5 de junho, a informação de que a Corregedoria instaurou um Conselho de Disciplina para apurar a conduta do sargento e realizou o afastamento por meio de portaria no dia 15 do mesmo mês. 

Jonas fez um acordo, em junho, com o governo estadual; o mesmo acordo atendeu também às demandas da família de Daniel Campelo. À época, ficou definido que as vítimas passariam a receber do Governo de Pernambuco um auxílio emergencial no valor de dois salários mínimos. O anúncio do benefício ocorreu em 4 de junho, na Procuradoria Geral do Estado de Pernambuco (PGE-PE), após reunião entre os familiares das vítimas, advogados, defensores públicos, além do procurador-geral de Pernambuco, Ernani Medicis, o procurador Antiógenes Viana, e o secretário executivo de Direitos Humanos, Diego Barbosa. 

De acordo com a Corregedoria Geral da SDS, dois dos sete Procedimentos Administrativos Disciplinares (PAD) foram finalizados. A instituição informou que os dois relatórios concluídos foram enviados para a análise do corregedor militar, mas não detalhou quais sobre quais casos eles tratam. 

Nesta quinta (28), quando se é celebrado o Dia do Servidor Público, servidores de diversas áreas se concentraram em frente à Assembleia Legislativa de Pernambuco (ALEPE), para um ato contra a reforma administrativa da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32/2020. Convocada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e outras centrais de Pernambuco, a mobilização teve como objetivo chamar atenção da população e de parlamentares para a defesa dos direitos desses profissionais. 

Com faixas e cartazes, os servidores reuniram-se em frente da Alepe por volta das 9h desta quinta (28) em uma mobilização que acontece a nível nacional. A aposentada da área da educação e presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de PE, com mais de três décadas de serviço público, Ivete Caetano, falou sobre a importância do ato. “Hoje é o Dia do Servidor e da Servidora Pública que colocam todo seu fazer profissional à serviço da população, à serviço das políticas públicas, às serviço de todas as políticas sociais que são direito da população. Esse direito tá sofrendo um ataque como nunca sofreu na nossa história. Um ataque aos direitos fundamentais, aos direitos humanos nesse momento, principalmente da saúde e da educação”. 

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A presidente disse também que “a luta em defesa do serviço público” tem sido constante e que em 31 anos de atuação viu diferentes governos praticarem ataques aos direitos previstos na Constituição de 1988. “A gente vê como uma coisa muito permanente que a luta pela defesa das políticas públicas e sociais não acaba, é permanente. Em alguns governos, como nos governos Lula, a gente respirou porque teve mais avanços que a constituição de 88 já havia consolidado. Mas os governos que se sucederam foram governos de retirada de direitos, de sucateamento, de estado mínimo de privatização. Nós estamos à disposição da sociedade para garantir esse bem maior à sociedade que são os direitos sociais”. 

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Também presente no ato, o presidente da CUT, Paulo Rocha, afirmou que a reforma da PEC 32 atinge não só aos servidores, mas também, à população. “Pode todo o serviço público ser repassado para a iniciativa privada com fins lucrativos. A iniciativa privada não vai fazer pra não ter lucro. Então vai ter escola lá no interior, hospital lá longe sem perspectiva de lucro? Isso prejudica a população”. 

Para Rocha, o objetivo da reforma seria “acabar com o serviço público” e “retroagir ao que era antes da Constituição de 1988”. Ele falou, ainda, sobre a estabilidade dos servidores, ameaçada pela proposta. “O servidor público precisa de estabilidade para garantir que o serviço continue, independente de quem for. Retirar a estabilidade é impedir que o servidor público faça as coisas como tem que ser feita. (Veja) o exemplo do delegado que denunciou a venda ilegal de material, o exemplo do fiscal que autuou Bolsonaro quando era candidato porque tava pescando em local proibido. Eles querem retirar a estabilidade para permitir que determinados políticos e pessoas de poder econômico façam e desfaçam do Brasil, independente do povo”. 

Participam do ato no Recife profissionais da administração, educação, assistência social e metalúrgicos. Eles fizeram uma breve caminhada até à Rua da Aurora como parte da mobilização que acontece a nível estadual e nacional articulada com os sindicatos em Brasília, que fazem pressão no Congresso nesta quinta (28). 

A reforma, proposta pelo governo Jair Bolsonaro (sem partido), já foi aprovada pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça da Câmara) e agora precisa ser aprovada em dois turnos no plenário, com três quintos dos votos. Em caso de aprovação, ainda será necessário passar pelo Senado Federal. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), promete colocar a PEC 32 em votação no plenário da Casa até novembro. 

*Com informações de Vitória Silva

Nesta quarta-feira (27), o Fórum dos Servidores do Recife realiza ato em frente à sede da prefeitura, a partir das 9h. Algumas categorias, que já anunciaram paralisação por 48 horas, a exemplo dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem, exigem que o prefeito João Campos (PSB) reconheça o acordo firmado pela gestão anterior e abra mesa negociação sobre a reposição salarial para este ano.

Além disso, as categorias rejeitaram a proposta sugerida pelos representantes da prefeitura, na última sexta (22), de levar a pauta da reposição para 2022 com percentual de apenas 1,2%. 

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As entidades representativas dos trabalhadores também cobram abertura das mesas específicas em que são tratados reajustes das gratificações que fazem a composição dos salários dos servidores. 

De acordo com o presidente do Sindicato Profissional dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem de Pernambuco (Satenpe), Francis Herbert, a categoria está mobilizada e paralisará suas atividades nos próximos dias 28 e 29 de outubro. Os atendimentos aos usuários serão reduzidos nas policlínicas e Unidades de Saúde da Família, conforme legislação vigente.

"O governo João Campos anuncia obras e serviços pela cidade, mas esquece que o maior patrimônio são os servidores que, mesmo em condições precárias, garantem o funcionamento dos serviços públicos. A unidade das diversas categorias será no sentido de exigir que o prefeito abra negociação e garanta reajuste digno e reposição da perda inflacionária dos anos de 2020 e 2021", pontua Francis.

Dezenas de milhares de pessoas exigiram, neste sábado (16), a proibição da extrema direita durante uma manifestação em Roma depois dos protestos violentos contra o passaporte sanitário do último fim de semana atribuídos aos neofascistas.

Com cartazes que diziam "Fascismo, nunca mais", os manifestantes pediram na praça San Giovanni, um lugar associado historicamente à esquerda, a proibição do grupo neofascista Força Nova (FN).

A manifestação reuniu pelo menos 200.000 pessoas, segundo os organizadores.

Líderes do FN estão entre os detidos após o ataque à sede do sindicato CGIL (esquerda), a principal confederação sindical do país, durante a manifestação contra o passaporte sanitário de 9 de outubro.

"Isso não é só uma resposta ao 'esquadrão' fascista", declarou o secretário-geral do sindicato CGIL, Maurizio Landini, usando o termo para designar as forças paramilitares de depois da Primeira Guerra Mundial que se tornaram um braço armado do fascismo italiano.

"Esta praça também simboliza todos aqueles que querem mudar o país, que querem fechar a porta para a violência política", acrescentou.

Vários movimentos que fazem parte da Via Campesina realizaram manifestação, nesta quinta-feira (14), ocupando a sede da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprojosa), em Brasília, com ao menos 200 pessoas denunciando ações que o agronegócio faz ter relevância no crescimento da fome, da miséria e o aumento dos valores alimentícios no país. Nas placas e pichações estão expostas críticas ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido). “Bolsonaro financia a fome”, escreveram os manifestantes.

Participaram do protesto o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o Movimento pela Soberania Popular na Mineração (MAM), o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), a Pastoral da Juventude Rural (PJR), o Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), o Movimento de Mulheres Camponesas (MMC), a Coordenação Nacional de Articulação de Quilombos (CONAQ) e Movimento das Pescadoras e Pescadores Artesanais (MPP).

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Nas redes sociais, o MST publicou nota e chamou os simpatizantes da causa para participar de um tuitaço com a hashtag #ContraAFomeForaBolsonaro. “O agronegócio tem estimativa de lucro na faixa de R$ 1 trilhão ainda em 2021. A soja ocupa 4% do território brasileiro, equivalente a 36 milhões de hectares. Tudo isso em meio a uma pandemia que já matou mais de 600 mil pessoas. Em um país que sofre com mais de 20 milhões de trabalhadoras e trabalhadores famintos”, diz o texto.

“Bolsonaro vetou o Projeto de Lei 823/2021 (PL Assis Carvalho), uma iniciativa organizada pelos movimentos populares do campo para garantir a Soberania Alimentar no país através de subsídios e investimentos na agricultura familiar e camponesa. Isso demonstra que o governo Bolsonaro é o culpado pela miséria e pela fome dos brasileiros”, explicou a nota. “Bolsonaro se alimenta da nossa fome! BolsoAgro é fome, é tóxico, é fogo, é morte”, concluíram de forma dura.

 

Neste sábado (2), políticos do PT e do PSOL participam do ato contra o governo do presidente Jair Bolsonaro no Recife. O vereador da capital pernambucana, Ivan Moraes (PSOL), salienta que o ato de hoje é simbólico e reforça a insatisfação da população com o presidente.

"O ato de hoje é muito simbólico. Acredito que a coisa certa está sendo feita do jeito certo. Muitos partidos se juntaram, inclusive os que são adversários na política, mas entenderam que hoje nós temos um inimigo em comum, que é o Bolsonaro. Cada dia que ele passa no poder é mais gente que morre e é mais difícil da gente tomar um caminho civilizatório no nosso país", avalia o psolista.

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O vereador salienta ainda que os protestos são importantes para que o governo veja a movimentação popular pela queda da presidência. "Não existe protesto em vão e a gente precisa fazer com que o governo Bolsonaro acabe. O que nós gostaríamos é que já tivesse acabado, mas dependendo do tamanho desse protesto e dos demais atos que vão acontecer, pode ser que ele caia antes, ou caia nas urnas", diz Ivan.

O senador Humberto Costa (PT) veio de Brasília para participar dos atos no Recife, seu reduto eleitoral. Ele reforça a importância da mobilização das pessoas. "É sempre importante lembrar que Bolsonaro se entregou inteiramente ao centrão, isso lhe dá uma força considerável - especialmente na Câmara dos Deputados -, e torna o impeachment algo que exige uma maior participação da sociedade e de mobilização popular. É isso que nós estamos fazendo aqui hoje, viemos intensificar", assevera.

A vereadora Dani Portela (PSOL), que é reconhecida por sempre participar dos atos contra o presidente Bolsonaro, pontua que o atual governo precisa acabar para que as coisas possam melhorar no país.

"Está cada dia mais difícil, são quase 15 milhões de desempregados, maioria mulheres chefes de famílias e negras. É um absurdo a gente ver pessoas se aglomerando para pegar ossos, restos, descartes. O Brasil voltou para o mapa da fome e isso é uma tragédia. A gente tem que colocar isso no colo desse desgoverno que trás as pessoas para fome, miséria e pobreza", diz Dani.

Ela complementa que Bolsonaro "mata mais do que o vírus. Foram quase 600 mil mortes, num governo que nega a ciência, que cancelou a compra da vacina, não criou estratégias de testagem em massa e por isso é urgente gritar o Fora Bolsonaro".

 

Em meio às investigações da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, dezenas de manifestantes ligados ao Levante Popular da Juventude realizaram protesto na manhã desta quinta-feira, 30, em frente a sede da Prevent Senior, empresa investigada pela comissão por suspeita de ter pressionado médicos a receitarem remédios do chamado "kit covid" - sem eficácia comprovada - e ter conduzido estudo em pacientes diagnosticados com a doença sem consentimento.

No ato, chamado de "Justiça aos mortos da covid-19", os manifestantes jogaram tinta vermelha na fachada da empresa, localizada na Av. Brigadeiro Luís Antônio, em São Paulo. Além disso, na calçada foi escrito "assassinos" em tinta branca. Também havia no local um manifestante usando máscara com o rosto do presidente Jair Bolsonaro, carregando uma "caixa de kit covid" e uma faixa presidencial com a palavra "assassino".

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No local, os manifestantes gritavam palavras de ordem, como "Fora, Bolsonaro" e "Prevent assassina". Eles carregaram cartazes com frases contra a empresa e o presidente. Uma delas, "óbito não é alta", fazia referência ao depoimento da advogada Bruna Morato, representante dos médicos que produziram um dossiê contra a empresa, que falou à CPI na última terça-feira.

A Prevent Senior também é acusada de adulterar o registro de casos de coronavírus atendidos na rede, entre eles, o médico Anthony Wong e a mãe do empresário Luciano Hang, como revelou o Estadão.

A ação dos manifestantes foi rápida e sem confronto. Os seguranças da Prevent Senior fecharam os portões de entrada do prédio, mas não se aproximaram do grupo. Depois do encerramento do ato, a Polícia Militar chegou ao local.

Nesta quarta, 29, o Ministério Público de São Paulo começou a receber os documentos reunidos pela CPI da Covid sobre a Prevent Senior para subsidiar os primeiros passos da investigação da força-tarefa paulista em torno da conduta da operadora de planos de saúde na pandemia. Por ordem do procurador-geral da Justiça do Estado, Mário Sarrubbo, a apuração deverá receber "atenção total" pelos próximos meses.

Enquanto estruturam o inquérito, os oito procuradores deslocados para o caso também analisam quem deverá ser ouvido em breve. A expectativa é que os depoimentos comecem a ser tomados entre o fim desta semana e o início da semana que vem.

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