Tópicos | MBL

Um dos organizadores da ação pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff, o Movimento Brasil Livre (MBL) se aproxima do partido Novo e parte de seus integrantes pode migrar para a legenda para as eleições do ano que vem. Eleito pelo DEM, o vereador de São Paulo Fernando Holiday, um dos fundadores do MBL, está negociando sua transferência para sigla.

As conversas preliminares passam pela mudança de uma cláusula do estatuto do Novo que precisaria ser modificada para receber Holiday: a proibição de que parlamentares deixem o mandato pela metade. Segundo aliados, o projeto de Holiday é se reeleger vereador nas eleições do próximo ano e depois, em 2022, tentar uma vaga na Câmara dos Deputados.

##RECOMENDA##

Nas eleições de 2016, o Novo elegeu apenas a vereadora Janaína Lima na capital, mas em 2018 a legenda fez 4 deputados estaduais e 8 federais. Além de Holiday, o coordenador nacional do MBL, Renato Batista, filiou-se ao Novo e está participando do processo seletivo para vai disputar uma vaga de vereador no ano que vem.

Nas últimas eleições, três coordenadores do MBL conquistaram mandatos pelo DEM. Além Holiday, que foi eleito vereador de São Paulo em 2016, Kim Kataguiri foi eleito deputado federal e Arthur do Val, 32, o Mamãe Falei, foi eleito deputado estadual na disputa do ano passado.

O Novo, por usa vez, tem buscado ampliar sua presença no Legislativo paulistano. O vereador Caio Miranda (PSB), que deve mudar de partido para disputar a reeleição no ano que vem, chegou a ser sondado pela legenda. Segundo assessores, o vereador ainda estuda o caso.

Aliado

Em outra frente, o presidente do Fundo Social de São Paulo, Felipe Sabará, que é aliado do governador João Doria (PSDB), chegou à fase final do processo seletivo do Novo e é o favorito para disputar a prefeitura de São Paulo pelo partido. .

A eventual candidatura de Sabará no ano que vem pode contar com o apoio velado de Doria, que ampliaria sua área de influência na eleição municipal e teria um "plano B" caso a candidatura de Bruno Covas (PSDB) à reeleição não decole. Sabará chegou a participar de eventos na Prefeitura de São Paulo representando o governador, o que foi lido por aliados como uma sinalização de apoio.

Essas participações, porém, causaram desconforto entre correligionários e aliados de Covas, que cobraram explicações do Palácio dos Bandeirantes.

Sabará foi secretário municipal de Assistência e Desenvolvimento Social nas Gestões de João Doria e Bruno Covas. Foi idealizador do projeto Horta Social Urbana, de produção de alimentos orgânicos dentro da cidade, com geração de empregos para pessoas em situação de vulnerabilidade social.

Dirigentes do Novo ainda esperam uma eventual candidatura do médico Claudio Lottenberg, presidente do conselho do Hospital Albert Einstein e do UnitedHealth Group Brasil. Entretanto, ele ainda não se inscreveu no processo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Deputado federal e coordenador nacional do Movimento Brasil Livre, Kim Kataguiri (DEM-SP) afirmou que falta postura de presidente a Jair Bolsonaro (PSL). Em entrevista ao LeiaJá, Kataguiri argumentou que isso tem trazido prejuízos econômicos ao país. 

“Sem dúvida [Bolsonaro não tem postura de presidente]. Ele deixa isso muito claro e, inclusive, traz prejuízos econômicos para o país, mesmo com a aprovação da reforma previdenciária e a estimativa de crescimento de 3% no início do ano, a instabilidade política do presidente não traz boas perspectivas”, observou o parlamentar. 

##RECOMENDA##

Questionado sobre porque, então, o MBL tinha ido às ruas pedir votos para a eleição de Bolsonaro em 2018, Kim justificou que opção foi de um “voto útil” e “anti PT”. E ponderou, ainda, que o presidente mudou suas bandeiras depois que foi eleito e isso tem feito com que ele e outras lideranças do movimento disparem críticas constantes contra a atuação de Bolsonaro. 

“O que mudou [após a eleição] foi o Bolsonaro, o discurso dele que deixou de lado as promessas de campanha, principalmente as anticorrupção, para beneficiar o próprio filho. Ele tem usado o cargo para blindar alguém da família”, observou, citando as mudanças no antigo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), órgão que identificou as movimentações bancárias atípicas de funcionários do gabinete do agora senador e então deputado estadual, Flávio Bolsonaro (PSL), na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). 

“O discurso do combate à corrupção já foi abandonado pelo governo há muito tempo, o novo Coaf é um exemplo disso. Abandonou o discurso para proteger o próprio filho”, emendou, alfinetando. 

Apesar disso, Kim disse, ainda, que sua crítica hoje são às pautas do governo e não à instituição ou às pessoas. E ressaltou acreditar que dá tempo do presidente, “se ele quiser”, reverter o quadro de avaliação negativa da gestão com ações propositivas até o fim do ano. “Ele tem ministros em posições chaves que são competentes, que fazem um bom trabalho”, considerou. 

Coordenador nacional do Movimento Brasil Livre (MBL) e vereador de São Paulo, Fernando Holiday (DEM) fez mea-culpa e disse que o grupo, durante sua trajetória, “destruiu reputações” e “prejudicou o debate público” quando “demonizou muito seus adversários”. As ponderações foram feitas ao explicar o que seria a nova roupagem do movimento: o “MBL 3.0”. 

Holiday fez um panorama das fases já vividas pelo MBL e disse que em 2016,  quando viveram a etapa 2.0, foi o momento em que eles cometeram “os principais erros” e fazem “as principais autocríticas”.

##RECOMENDA##

“Foi o momento em que a gente demonizou muito os nossos adversários. Quer dizer, toda e qualquer figura que não se identificasse como direita, liberal ou conservador, a gente atacava como pessoas incapazes de dialogar”, reconheceu, em entrevista ao LeiaJá.

“A gente demonizou muito a imprensa e destruiu algumas reputações, por mais que não fosse proposital. O modo como a gente simplificou o debate público no maniqueísmo entre o bem e o mal, isso prejudicou muito o debate público e favoreceu o crescimento, principalmente, de uma direita radical”, acrescentou. 

Neste sentido, Holiday alega que o “MBL 3.0 é para fazer autocrítica e tentar agora ter um diálogo maior com quem pensa diferente”. “Acreditamos que é possível debater de forma civilizada, a ideia é chamar para o ambiente nosso [como o Congresso Nacional no fim do ano] figuras que discordam da gente, de esquerda, e debater com essas pessoas sem hostilidade e baixaria”, detalhou o vereador. 

MBL estudantil - Fernando Holiday também deu detalhes sobre as intenções do MBL estudantil que, segundo ele, ainda não atingiu as universidades, mas já se faz presente nas escolas. “A ideia é começar a criar esse ambiente de debate no ensino médio. Isso vai fazer com que tenhamos uma geração com maior conscientização política, quer seja de acordo com nosso posicionamento ou não”, disse.

Coordenador do Movimento Brasil Livre e vereador de São Paulo, Fernando Holiday (DEM) afirmou que por mais que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) cometa erros, tê-lo no comando do país é “uma opção melhor” e menos arriscada do que um governo do PT. Em entrevista ao LeiaJá, durante passagem por Pernambuco no fim de semana, Holiday pontuou que a tendência, agora, é Bolsonaro melhorar sua atuação.

Em 2018, o MBL foi às ruas pedir voto para a eleição de Jair Bolsonaro, mas desde que ele iniciou o mandato não tem poupado críticas ao presidente e decidiu, no fim de maio, não apoiar manifestações pró-Bolsonaro que ocorreram pelo país

##RECOMENDA##

Questionado sobre qual avaliação faria dos quase nove meses completos de governo, Holiday não colocou panos quentes diante dos deslizes do presidente, mas disse preferir uma gestão assim do que um país sendo gerido pelo ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, adversário de Bolsonaro nas eleições do ano passado. 

“Bolsonaro está demorando para entender a liturgia do cargo e a importância que é ocupar o cargo de presidente do Brasil. Ele tem cometido diversos equívocos, por exemplo, alguns acordos no Congresso Nacional são diferentes do que ele pregava nas eleições”, ponderou.

“São diversos erros, principalmente vindo dos filhos dele, o Eduardo e o Carlos Bolsonaro. Mas mesmo com todos esses erros, acredito que ainda assim é uma opção melhor do que a outra possível em 2018, que era Fernando Haddad. Qualquer risco que o governo Bolsonaro possa representar não chega perto do risco que representava um possível governo petista”, emendou o vereador da capital paulista. 

Ao justificar o argumento, Fernando Holiday salientou que “o petismo desenvolveu um sistema de governo com base na corrupção”. “O Mensalão e o Petrolão foram isso. Foi a compra do poder legislativo, por meio da corrupção você domina outros poderes e vai expandindo seu poder, semelhante ao que aconteceu na Venezuela. Considero a opção petista muito pior porque é sistematizado e de longo prazo. O governo Bolsonaro é uma coisa improvisada, é ruim também, mas não tanto quanto o projeto detalhado do petismo”, alegou o líder do MBL. 

Ainda para Holiday, os principais erros de Jair Bolsonaro foram os constantes ataques à imprensa, as declarações dúbias que deixam em dúvida o apreço dele pela democracia e a tentativa de indicar o filho, deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL), para a embaixada no Brasil nos Estados Unidos. 

“Em determinado momento, espero que o mais breve possível, figuras dentro do governo comecem a perceber e fazer uma autocrítica, que ainda não acontece. Daqui até o final do mandato a tendência é melhorar. Os principais erros que teriam que ser cometidos, já foram agora no começo. Dessa segunda metade do ano até o final, a ala dos militares juntamente com os ministros Sergio Moro e Paulo Guedes, que formam a ala sensata do governo está ganhando mais influencia e acredito isso é positivo para o país”, considerou o vereador. 

O policial militar e youtuber Gabriel Monteiro, que também integra o MBL e é assessor do deputado estadual Filipe Poubel (PSL), agrediu um jovem durante o enterro da menina Agatha Félix, de oito anos. Ela foi morta na sexta-feira (20), em uma ação da PM no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro. Após derrubar o ativista da Marcha das Favelas com um soco, ele fugiu de carro.

“Não dá pro cara chegar numa manifestação onde você não tem a mínima noção do que é viver como favelado e ter saudades das pessoas próximas a você que falecem para botar os familiares em contradição, para botar as pessoas que estão em um momento de dor, num momento de sofrimento em contradição para encher sua página de seguidor”, declarou o rapaz agredido. A marcha pedia explicações ao governador Wilson Witzel (PSL) sobre a ação que vitimou Agatha. Gabriel foi até o ato gravar mais um vídeo e desafiava as pessoas a responder por que o motivo do assassinato era da Polícia Militar carioca.

##RECOMENDA##

Monteiro quase foi expulso da corporação devido a sua atuação nas redes sociais. Em denúncia, foi concluído que ele não cumpria com as funções policiais devido sua atuação no MBL. “Desobediência hierárquica com palavras ofensivas contra a instituição em redes sociais, conduta irregular, ineficiência no cumprimento da função, inúmeras transgressões disciplinares como faltas ao serviço para envolvimento em manifestações políticas com o MBL, do qual faz parte”, diz parte da decisão publicada em 27 de agosto de 2019.

O secretário de Estado da Polícia Militar anulou a condenação da corregedoria. Tal interferência do General Rogério Figueiredo -indicado pelo governador- fez o corregedor Joseli Cândido da Silva se demitir, de acordo com o Extra.

Confira

[@#video#@]

O Movimento Brasil Livre (MBL) não deve ter candidatos oficiais nas eleições municipais de 2020. É o que foi afirmado pelas lideranças nacionais do grupo, neste sábado (21), durante o primeiro congresso do MBL em Pernambuco que aconteceu no Centro de Convenções, em Olinda. 

Durante o evento, eles debateram a nova roupagem da entidade, chamada de ‘MBL 3.0’, que define a diretriz de não encabeçar candidaturas, mas isso não impede que membros do movimento postulem cargos públicos. Além disso, também abordaram em diferentes rodas de discussão o cenário político nacional e local, a difusão de fake news e os meios de fiscalização e combate à corrupção. 

##RECOMENDA##

De acordo com o vereador de São Paulo, Fernando Holiday, “a ideia é que o movimento não tenha nenhum candidato e os nossos coordenadores, se forem candidatos, deixem a coordenação e continuem sendo membros”. “O foco do movimento não vai ser mais eleger o máximo de pessoas possíveis, como em 2016. O nosso intuito agora é qualificar o debate interno, nas comunidades e universidades e deixar o eleitoral, pelo menos por enquanto, de lado”, salientou, em entrevista ao LeiaJá

Holiday explicou o que seria, na prática, o ‘MBL 3.0’ e relembrou fases anteriores do movimento, fazendo autocríticas e ponderando a necessidade de mudanças.  “O [MBL] 1.0 foi a fase em que fizemos as primeiras manifestações pelo impeachment da Dilma, com uma agenda muito específica que era a derrubada do governo; o 2.0 é quando a gente passa a ter candidatos, nas eleições de 2016, e é aí onde a gente cometeu os principais erros e faz as principais autocríticas”, disse. 

“O MBL 3.0 é para fazer autocrítica e tentar agora ter um diálogo maior com quem pensa diferente. Acreditamos que é possível debater de forma civilizada, a ideia é chamar para ambiente nosso [como o Congresso Nacional no fim do ano] figuras que discordam da gente, de esquerda, e debater com essas pessoas sem hostilidade e baixaria”, emendou o vereador. 

Para o deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP), o momento agora é para “estruturar o movimento, estimular a resolução de problemas locais da comunidade, de gente que não se interessa por política, mas busca canais para solucionar os problemas públicos ou mesmo ações sociais”. 

Além dos dois, o deputado estadual de São Paulo, Arthur Mamãefalei (DEM), o coordenador nacional do MBL, Renan Santos, e os líderes do movimento em Pernambuco, Pedro Jácome e Rodrigo Ambrósio, participaram dos debates. O evento, que se estende até às 17h, será finalizado com a exibição do documentário “Não Vai Ter Golpe”, que mostra o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) a partir de uma visão do grupo. O MBL, inclusive, tentou passar o filme hoje em salas de cinema do Recife, mas não obteve êxito. 

[@#galeria#@]

Em Pernambuco, de acordo com Rodrigo Ambrósio, o MBL tem cerca de 200 membros - o mesmo número de pessoas que segundo ele se inscreveram para o Congresso, que também contou com pessoas de outros estados, como Paraíba - e está organizado em diversas cidades, principalmente, no Recife, Caruaru, Petrolina e Garanhuns.

Ambrósio também afirmou que o encontro de hoje serviu para “iniciar o debate municipal, com lideranças da oposição; explicar as mudanças que o movimento está passando interna e externa; além nosso posicionamento diante do posicionamento do governo Bolsonaro”. O MBL surgiu em 2014 e tomou corpo com o início da campanha pelo impeachment de Dilma.

Um ensaio do que deve ser o embate municipal em 2020 foi exposto, neste sábado (21), durante um debate sobre os últimos 20 anos de gestão da Prefeitura do Recife - comandados pelo PT e o PSB, respectivamente - no 1º Congresso Estadual do Movimento Brasil Livre (MBL). No evento, o ex-ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM), disse que o saldo do período é “20 anos de mediocridade”. 

“PT e PSB se misturam e fazem parte do mesmo projeto de política. São 20 anos de mediocridade. O que a gente encontra, no ponto de vista de resultado, é algo que vai muito distante daquilo que seria razoável. Não há nada de relevante em termos de infraestrutura, por exemplo, nesse período”, cravou. 

##RECOMENDA##

Fazendo um panorama do que classificou como sendo a realidade do Recife, Mendonça não poupou críticas. 

“Recife ainda é uma cidade suja, mal cuidada. A saúde perdeu qualidade, postos fechados, atendimento sem qualidade. Na educação nem se fala, Recife perde para Teresina em termos de Ideb. Recife é capital do desemprego, temos uma cultura anti empreendedora. As barreiras voltaram a cair e matar denunciando o descaso da administração que se diz voltada para o mais pobre”, listou o democrata. 

Com o retrato, o presidente estadual do DEM pregou que na eleição de 2020, a oposição presidente assumir a responsabilidade de “oferecer ao Recife uma alternativa que leve a cidade para outra dimensão”. 

“Não se raciocina no PSB de que alternância faz bem ao povo. O deles projeto é um combo. Elege João em 2020, Geraldo governador em 2022 e em 2030 sai e dá lugar a João Campos até 2038. Estão planejando isso no Estado que é histórico das lutas democráticas. Chega de mandonismo, chega de dominação, de projeto de perpetuação do poder”, disparou. 

Segundo o ex-ministro da Educação, que já se colocou à disposição para ser candidato em 2020, a oposição precisa agir no próximo ano “apresentando propostas concretas para mudar a educação, investir na saúde, mudar o trânsito e investir a capacidade no turismo, que não atinge seu potencial máximo hoje”. “Nosso desafio é político, de enfrentar essa organização que tomou conta do Recife e de Pernambuco”, argumentou.

Além de Mendonça, o deputado Daniel Coelho (Cidadania) também fez disparos e disse que em 2020 o PT e o PSB querem empurrar a quarta geração de Miguel Arraes para o comando do Recife. Fora os dois Priscila Krause (DEM), André Régis (PSDB) e Charbel (Novo).

Membros do Movimento Brasil Livre (MBL) tentaram exibir em salas de cinema, no Recife, o documentário “Não Vai Ter Golpe”, mas ficaram frustrados. De acordo com a coluna Painel, os solicitantes receberam respostas negativas dos responsáveis pelas unidades ao informarem qual seria o filme. 

A rede UCI alegou que não poderia alugar a sala por não ser “atividade autorizada em nosso contrato de locação”. Enquanto no Cinemark, um funcionário disse que não exibe filmes políticos, mas a empresa declarou oficialmente que nenhum funcionário seu recusou o pedido.

##RECOMENDA##

O documentário aborda a versão do MBL sobre o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). O movimento realiza, neste sábado (21), um Congresso em Pernambuco. Encontro reunirá líderes do grupo, como o deputado federal Kim Kataguiri (DEM), em rodadas de debates no Centro de Convenções, em Olinda. 

O Movimento Brasil Livre (MBL) estreia nas salas de cinema do Shopping Morumbi Town, em São Paulo, nesta segunda-feira (2), um documentário sobre a queda da ex-presidenta Dilma Roussef. Com nome de 'Não Vai Ter Golpe', a produção relata todo o processo do impeachment sob o olhar do movimento que ganhou notoriedade no período.

A produção tenta trazer uma visão particular do que foi processo de derrubada de Dilma. Seguindo na direção contrária de outro documentário recentemente lançado, 'Democracia em Vertigem', que trata a queda como um golpe, a produção do MBL traz para o movimento a responsabilidade pelo impedimento de Dilma, tentando 'colher os louros' do processo.

##RECOMENDA##

 O maior crédito da queda acabou por ser direcionado para o personagem político com maior influência naquela ocasião, o então presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha. Mas o documentário busca mudar essa visão e tornar o MBL como grande responsável pela mudança de poder no Brasil.

Além da estreia nesta segunda em São Paulo, o documentário também será apresentado na terça-feira no Rio de Janeiro, no Américas Shopping e no Shopping Curitiba, na quarta-feira (4).

O deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP) chamou o filho do presidente Jair Bolsonaro (PSL), Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), de "deputado fantasma". A alfinetada se deu após Eduardo usar o Twitter, na manhã desta quinta-feira (29), para questionar o democrata diante da sua postura sobre o veto parcial do presidente à Lei que endurece punição para difusão de fake news com finalidade eleitoral. Item foi derrubado pelo Congresso Nacional.

Eduardo, que era contra a derrubada do veto, parabenizou Kim e disse que os seus inimigos vão processar eles mesmo por notícias verdadeiras, dizendo que são falsas. 

##RECOMENDA##

“Derrubado o veto da lei que pune com 2 a 8 anos de prisão quem divulgar fake news. Parabéns dep. Kim Kataguiri por ter viabilizado esse instrumento que vai calar exatamente aqueles que não divulgam fake news. A esquerda comemorou no plenário, será por quê?”, indagou o filho do presidente. 

“A pena para quem divulgar fake news é o dobro da pena para quem comete um homicídio culposo. Além disso, o que é fake news? Sabemos que nossos inimigo não tem caráter e mesmo falando a verdade eles nos processarão dizendo que estamos divulgando fake news”, emendou, argumentando.

[@#podcast#@]

Logo em seguida, ao responder o também parlamentar, Kim Kataguiri não poupou críticas, disse que a esquerda comemora a derrubada de qualquer veto e questionou Eduardo, ao querer saber o porquê dele não ter ido articular a manutenção do veto no plenário do Congresso Nacional. 

[@#video#@]

“E você reclama porque não leu o projeto, aliás, nem estava no plenário durante a discussão, como nunca está. Se era contra, por que nao participou do debate? Por que não foi virar votos a favor do veto? Férias pré-embaixada?”, indagou Kim.

E acrescentou: “deputados fantasmas, como Eduardo Bolsonaro, que colocam a digital no plenário e vão embora, olham para o painel, seguem a liderança do partido e só sabem o que votaram depois de votar. Prática de deputado mimado e irresponsável. Papai só vetou parte do projeto, mantendo os 2 a 8”. 

Kataguiri não parou por aí, ele ainda perguntou a Eduardo por qual motivo ele “não xingou seu pai” quando ele deixou passar esse o caput do projeto”. “Por que não disse pra ele que era um absurdo comparado a homicídio culposo? E a história de ser rigor do com bandido, cadê?”

E, para finalizar, o líder do Movimento Brasil Livre (MBL) chamou Eduardo para um debate sobre o veto e ironizou a indicação de Eduardo para ser embaixador do Brasil nos Estados Unidos. 

“Onde estava Eduardo Bolsonaro na hora de chamar o governo para votação nominal do abuso de autoridade? Ou no veto do presidente contra projeto que limitava poderes do STF? Ou ontem, quando precisávamos do PSL para manter decreto presidencial? Na previdência? Lava Toga? Nadinha. Fritando hambúrguer. Covarde”, disparou o democrata.

Vereador de São Paulo e coordenador nacional do Movimento Brasil Livre (MBL), Fernando Holiday (DEM), usou as redes sociais para criticar a postura do presidente Jair Bolsonaro (PSL) diante das queimadas que atingem a região amazônica. Ao tratar do assunto, o democrata fez questão de lembrar a Bolsonaro que ele não é mais deputado federal e precisa agir como presidente. 

Além disso, Holiday também questionou as insinuações feitas por Bolsonaro na manhã dessa quarta-feira. Sem apresentar provas, o presidente levantou suspeitas de que membros de Organizações Não Governamentais (ONGs) do setor ambiental estão por trás das queimadas para prejudicar sua gestão. 

##RECOMENDA##

Para o coordenador do MBL, Bolsonaro deveria agir para conter as queimadas ao invés de incentivar teorias conspiratórias. 

“Ao invés de criar ideias conspiratórias sobre como se iniciou as queimadas na Amazônia, o presidente da República deveria anunciar medidas efetivas para combater o fogo”, escreveu no Twitter. “Ele não é mais um deputado de baixo clero controlado por um astrólogo aposentado. É o presidente do Brasil”, emendou, fazendo referência a Olavo de Carvalho.

Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), essa é a maior queimada que a região amazônica está sofrendo nos últimos cinco anos. Além da Amazônia, áreas do Pantanal também já foram atingidas pelas chamas que já duram mais de duas semanas.

[@#video#@]

Um dos principais organizadores das manifestações pelo impeachment de Dilma Rousseff em 2015, o Movimento Brasil Livre (MBL) foi hostilizado por ativistas neste domingo (30), por não incluir o apoio ao presidente Jair Bolsonaro entre suas bandeiras.

Durante a manifestação em defesa de Sergio Moro, da Lava Jato e da reforma da Previdência realizada na Avenida Paulista, em São Paulo, cerca de 20 integrantes do grupo 'DireitaSP' foram até o caminhão do MBL em frente ao MASP para puxar palavras de ordem contra o grupo.

##RECOMENDA##

Houve um princípio de tumulto e a Polícia Militar teve que agir para evitar uma briga generalizada. Horas depois, o MBL publicou em suas redes sociais um "agradecimento" para a PM por ter agido na ocasião.

O MBL e o Vem Pra Rua, os dois maiores grupos anti-Dilma em 2015, optaram por excluir a defesa do presidente Jair Bolsonaro de suas agendas. "Seguranças do MBL atacaram nossos integrantes. Eles foram lá cobrar o comportamento de não dizerem que apoiam o Bolsonaro. O MBL é oportunista", disse Edson Salomão, presidente do DireitaSP.

"Nós temos fotos e vídeos que já identificaram os agressores. Os vídeos mostram que eles foram lá e começaram a agressão", responde Renato Battista, coordenador nacional do MBL.

Segundo ele, o escritor Olavo de Carvalho teria dito na quarta-feira (26) que os manifestantes deveriam agredir o deputado Kim Kataguiri (DEM-SP), do MBL, nas manifestações. "A gente não puxa o saco do Bolsonaro", finalizou o dirigente do MBL.

Rio

Integrantes do MBL não foram bem recebidos por um grupo minoritário que também se manifestava em ato pró-Moro no final da manhã deste domingo, em Copacabana, no Rio. Um deles foi agredido por um manifestante que estampava as palavras "Direita Rio de Janeiro" em sua camiseta. O grupo segurava a faixa "MBL Vocês não nos representam… MuKIMrana".

O MBL passou a ser alvo de grupos pró-Bolsonaro especialmente após não apoiar o ato com lemas contra o STF e o "Centrão pelo País" do dia 26 de maio.

De acordo com o coordenador do movimento no Rio, Renato Borges, um boletim de ocorrência deve ser feito ainda nesta tarde. "O MBL colocou o seu caminhão de som na Avenida Atlântida para manifestar em defesa da Lava Jato. Uma minoria organizada veio nos hostilizar, proferiu ofensas, partiu para a agressão física e a Polícia Militar logo veio e retirou o agressor", relata o jovem.

Ausentes nas recentes manifestações em defesa do presidente Jair Bolsonaro, no fim de maio, os grupos Vem Pra Rua e Movimento Brasil Livre (MBL) convocaram para o domingo atos em todo o País em defesa do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro.

O ministro tem sido alvo de críticas depois de o site The Intercept Brasil publicar mensagens atribuídas a ele, na época em que era juiz, e a integrantes da força-tarefa da Lava Jato. Essas conversas, segundo o site, indicariam interferência de Moro no andamento das investigações da operação. A Polícia Federal abriu inquérito para investigar a invasão do celular do ministro e de procuradores.

##RECOMENDA##

Os dois grupos, que lideraram os movimentos de rua pelo impeachment da presidente cassada Dilma Rousseff, afirmam que optaram por adotar uma agenda que não inclui a defesa do governo Bolsonaro. Além do apoio a Moro, eles defendem o pacote anticorrupção enviado pelo ministro ao Congresso - cuja tramitação tem enfrentado resistência de parlamentares - e a reforma da Previdência.

Os movimentos querem mobilizar o mesmo público entusiasta da Lava Jato que foi às ruas contra o PT e as denúncias de corrupção que atingiram o partido em 2015. "Os primeiros atos (em favor do governo) surgiram de uma rede coordenada que prega pautas com as quais não concordamos. O MBL não é pró-Bolsonaro e mantém uma linha independente. A decisão de participar agora foi uma reação à invasão do celular do Sérgio Moro", disse Renato Battista, um dos coordenadores do Movimento Brasil Livre.

Segundo ele, surgiu agora "uma necessidade" de defender a Lava Jato. Sobre a suposta mensagem na qual Moro teria chamado os integrantes do MBL de "tontos", Battista afirmou que o episódio foi levado por eles "na brincadeira". "Muitos querem jogar o MBL contra a Lava Jato", disse.

O grupo de Kim Kataguiri e Fernando Holliday vai receber em seu carro de som políticos que despontaram no MBL e que hoje são filiados ao DEM.

Proposta

Porta-voz do Vem Pra Rua, Adelaide Oliveira reforçou o discurso de independência em relação ao presidente Bolsonaro e fez uma defesa enfática do ex-juiz da Lava Jato. "O hackeamento do telefone dele foi um crime. O conteúdo revelado até agora, segundo juristas, não é comprometedor", afirmou Adelaide.

Questionada sobre a ausência do grupo nos atos mais recentes, a porta-voz disse que as manifestações pró-Bolsonaro estavam "excessivamente personalistas". "Não apoiamos governo nenhum, mas ideias."

Já o movimento Nas Ruas, que também esteve na linha de frente em 2015, apoia Bolsonaro e estará na manifestação de domingo em defesa de Moro. Desta vez, porém, o presidente não estará na pauta. "Não vejo necessidade de defender o Bolsonaro agora", disse a deputada Carla Zambeli (PSL-SP), fundadora do Nas Ruas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, enviou um áudio pedindo desculpas ao Movimento Brasil Livre (MBL) por ter se referido a eles como “tontos”. Os vazamentos feitos pelo The Intercept mostraram uma conversa do então juiz federal se referindo aos integrantes do MBL com este adjetivo.

“Consta ali um termo que não sei se usei mesmo, acredito que não, pode ter sido adulterado, mas queria assim pedir minhas escusas, se eu eventualmente utilizei (o termo)”, disse o ministro em áudio obtido pelo Estadão.

##RECOMENDA##

Na divulgação feita pelo Intercept, aparece uma mensagem em que Moro cita um protesto organizado por “alguns tontos daquele Movimento Brasil Livre”, que criticavam o ministro do STF Teori Zavascki - morto em um acidente aéreo em 2017.

Em seu pedido de desculpas, Moro completou que “sempre respeitei o Movimento Brasil Livre, sempre agradeci o apoio que esse movimento deu, não só à Lava Jato, mas nos últimos anos, 5 anos, de avanço contra corrupção e construção de um País melhor e mais íntegro”.

Um dos principais organizadores dos protestos de rua pelo impeachment da presidente cassada Dilma Rousseff, o Movimento Brasil Livre (MBL) passou a ser alvo de ataques de grupos bolsonaristas nas redes sociais após a recusa de participar dos atos pró-governo Jair Bolsonaro marcados para domingo, dia 26.

Depois de apoiar Bolsonaro no segundo turno da eleição presidencial de 2018, o MBL - que tenta criar um partido - se distanciou do governo e adotou uma agenda própria, com a reforma da Previdência à frente.

##RECOMENDA##

A ofensiva contra o MBL parte de grupos como Direita São Paulo, Juntos pela Pátria e Movimento Brasil Conservador, além de youtubers alinhados com o Palácio do Planalto. "Todos os movimentos genuinamente de direita estão deveras desapontados com o MBL", disse a representante do Juntos Pela Pátria, Elizabeth Rezende.

Em vídeo divulgado nesta segunda-feira, 20, o deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP) disse que o grupo está sendo alvo de "fake news" e de "mau-caratismo". Segundo ele, há postagens ligando o MBL ao atentado a faca sofrido por Bolsonaro em setembro do ano passado. Kataguiri afirmou que vai processar os autores dessas postagens.

Para ele, pautas do ato de domingo, como o fechamento do Congresso e do Supremo Tribunal Federal, são "antiliberais, anticonservadoras e antirrepublicanas". "A gente não vai defender de maneira nenhuma. O problema não está na instituição, está em ações de pessoas que utilizam o poder da instituição para fins pessoais."

O parlamentar chamou ainda os grupos que estão organizando as manifestações de domingo de "adesistas". "O presidente, quando erra, tem que ser criticado. Isso precisa ser pontuado. Não essa idolatria cega, não criar uma seita. Se não, vai ser um PT, uma CUT azul."

'Bola da vez'

"Fazem ataques a qualquer um que critique o governo. O MBL é a bola da vez", disse um dos coordenadores do MBL, Renato Batista. O MBL optou também por não ir a protestos contra cortes na Educação. "Se a manifestação pró-governo do dia 26 for um fiasco, isso vai potencializar os atos do dia 30 (contra o governo)." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O deputado federal Alexandre Frota (PSL) afirmou, nesta terça-feira (2), que estava saindo da Associação Movimento Brasil Livre, mais conhecida como MBL - um dos movimentos que encabeçou os movimentos de rua pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e em defesa da Lava Jato. Frota era vice-presidente nacional do MBL.

Em publicação no Twitter, ele diz que se livra de um peso ao deixar o cargo. “Hoje pela manhã assinei minha saída da Associação MBL. Eu já havia conversado sobre o tema com o Kim [Kataguiri] e o Sostenes [Cavalcante]. Livre para voar, chega me livro do peso”, disse.

##RECOMENDA##

No documento divulgado pelo deputado federal, a saída e deu “por motivo de foro íntimo”. Em 2017, Frota chegou a ser cogitado para comandar o movimento no país.

[@#video#@]

Cerca de cem manifestantes se reuniram na manhã deste domingo, 17, em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília, para protestar contra a decisão da Corte de ter definido a Justiça Eleitoral como o foro competente para julgar crimes como corrupção e lavagem de dinheiro quando associados ao caixa 2.

A manifestação começou por volta de 10h com cerca de 50 pessoas. A estimativa da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) é que, apesar da chuva, cerca de 100 pessoas, até as 11h, participavam do ato. Eles levavam faixas com os dizeres "STF, qual o seu negócio?" e "Quem mandou matar a Lava Jato?".

##RECOMENDA##

Durante a semana, o Supremo foi alvo de ataques nas redes sociais e críticas de integrantes da Lava Jato. Na quinta, o ministro Dias Toffoli, presidente do STF, anunciou a abertura de inquérito criminal para apurar fatos relacionados a notícias "falsas", denúncias caluniosas, ameaças e infrações que atingem a honra de membros do STF e seus familiares.

No Senado, a CPI da "Lava Toga", que mira no chamado "ativismo judiciário" de ministros de cortes superiores, conseguiu na sexta-feira o número de assinaturas necessárias para ir adiante.

A manifestação foi organizada pelas redes sociais e havia previsão de atos em outras cidades, entre as quais São Paulo e Rio de Janeiro. / COM INFORMAÇÕES DA AGÊNCIA BRASIL

O fotógrafo Lula Marques, conhecido pelos seus registros emblemáticos no mundo político, fez uma publicação no Twitter mostrando o registro de um erro na identificação do gabinete do deputado federal eleito Kim Kataguiri (DEM), na Câmara dos Deputados. Na imagem, o democrata aparece sendo identificado como "deputada". 

O erro gráfico chamou a atenção na rede social. "MBL e sua ideologia de gênero acabando com a mente das nossas crianças!"; "Seria Kim uma trans não assumida??!!"; "Uia, saiu do armário o bunda murcha?", chegaram a comentar os internautas.

##RECOMENDA##

O registro não foi comentado pelo membro do Movimento Brasil Livre (MBL). 

O Supremo Tribunal Federal (STF) cancelou a decisão do ministro Luiz Fux que determinou o envio para a primeira instância da Justiça Federal uma ação em que o Movimento Brasil Livre (MBL) pede que o senador Renan Calheiros (MDB-AL) seja impedido de concorrer à presidência do Senado.

Mais cedo, uma decisão do ministro autorizando o envio foi inserida no andamento processual da Corte, onde os despachos de cada processo são publicados. No entanto, horas depois, o gabinete de Fux cancelou a decisão e justificou a medida como lançamento indevido causado por um equívoco. A decisão foi assinada na sexta-feira (18) e noticiada nesta segunda-feira (21). 

##RECOMENDA##

No pedido feito ao STF, o advogado Rubens Alberto Gatti Nunes, que representa o MBL, alega que Renan Calheiros responde no próprio STF a ao menos nove inquéritos relativos a supostos casos de corrupção, motivo pelo qual sua candidatura feriria os princípios da moralidade pública previstos na Constituição.

As candidaturas à presidência do Senado só devem ser formalizadas em 1º de fevereiro, mesmo dia em que tomam posse os senadores eleitos em outubro do ano passado, como é o caso de Calheiros, reeleito pelo estado de Alagoas.

Em mensagem no Twitter, o senador informou que caberá à bancada decidir quem será candidato. "Olha, não quero ser presidente do Senado. Os alagoanos me reelegeram para ser bom senador, não presidente. Já fui várias vezes, em momentos também difíceis. A decisão caberá à bancada, e temos outros nomes."

O Movimento Brasil Livre, que protagonizou as manifestações pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff, fez fama criticando a política institucional, notadamente o PT, e a corrupção. Depois de estrear nas urnas em 2016, o MBL agora estuda virar um partido. Além do interesse em se tornarem agentes políticos, nos moldes tradicionais, seus membros reclamam das dificuldades de ocupar espaços nas legendas que já existem. Na Assembleia de São Paulo e na Câmara Federal, pleiteiam ainda as presidências das Casas.

No Congresso Nacional, a "bancada MBL" elegeu cinco deputados federais e dois senadores. Neste mês, o grupo fez uma jogada definitiva para mudar os rumos do movimento e protocolou uma consulta no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para saber se assinaturas eletrônicas poderiam ser aceitas para a formação de um partido.

##RECOMENDA##

A estratégia leva em conta o fato de que o partido tem presença expressiva nas redes sociais. Entre haters e seguidores, a página do MBL no Facebook teve 100,9 milhões de interações (curtidas, comentários e compartilhamentos) nos últimos 12 meses. Não fica muito atrás do presidente eleito, Jair Bolsonaro, cuja principal plataforma também foi as redes sociais - 126 milhões de interações. Ele foi, inclusive, apoiado pelos líderes do MBL no segundo turno.

A forte atuação nas redes sociais ajudou a eleger membros do movimento de direita, mas não sem controvérsias. Em julho deste ano, o Facebook desativou uma rede de 196 páginas e 87 perfis pessoais relacionados ao MBL, alegando que a rede "escondia das pessoas a natureza e a origem de seu conteúdo com o propósito de gerar divisão e espalhar desinformação". O MBL alega que as páginas e perfis eram pequenos e de pessoas próximas, não do movimento.

A ideia é que o movimento coexista com o partido, que não sejam excludentes. O primeiro passo, dizem os líderes, é a resposta do tribunal. Calculam então se terão nomes suficientes para compor uma bancada e se viabilizar como sigla. Rubens Nunes, o advogado que fez a consulta e um dos fundadores do MBL, diz que não podem "entrar numa aventura". "Se o MBL falar que vai fazer um partido, é porque ele vai acontecer. A gente não teria essa leviandade", disse.

'Natural'

Kim Kataguiri (DEM-SP), uma das principais lideranças do grupo, foi um dos eleitos para a Câmara neste ano. "Foi uma mudança natural desde 2016. É natural que tenha mais essa atuação", afirmou, quando questionado sobre a suposta mudança de posicionamento do movimento, de suprapartidário para uma legenda.

A bancada MBL tem membros do PSC, PROS, Novo, MDB e, principalmente, DEM. O partido do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, serviu de guarda-chuva para o movimento e lançou o youtuber Arthur do Val, do canal Mamãe Falei, para a Assembleia de São Paulo, além de Kim e outros nomes. Este último, inclusive, a despeito da tentativa de reeleição do seu correligionário e do incipiente apoio como novato, insiste que vai disputar a presidência da Casa.

A legislação impede que um parlamentar com menos de 35 anos ocupe o cargo, por estar na linha sucessória da Presidência da República. O argumento do estreante é que há jurisprudência e, se eleito, vai tentar dissociar a linha sucessória do comando da Casa. Independentemente de eleito ou não, postular para o alto cargo já garante palanque e visibilidade, bem-vindos para a criação de um futuro partido.

Em São Paulo, o vereador Fernando Holiday (DEM) disputou a presidência da Câmara Municipal - o atual presidente era de seu partido, mas apoiou um sucessor tucano, eleito ontem. "A relação é complicada (com os partidos). Eles têm seu modo de ser, elegem diretórios, a maioria das vezes, de forma pouco transparente. E o MBL, por não focar em um só partido, não participa dos diretórios, dos processos decisórios internos ou, quando participa, é pouco. A constituição de um partido nos traria mais independência e autonomia", disse o jovem de 22 anos.

O youtuber Arthur do Val é um dos que poderiam se beneficiar dessa mudança na direção. Nas eleições se destacou ao protagonizar uma cena em que teria levado um "pescotapa" do então candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT), após provocá-lo em uma gravação. Segundo contou o estreante, pretende se candidatar à Prefeitura em 2020 e, para isso, tem poucas opções.

"Tem o PSL, Novo, DEM ou uma legenda muito pequena e estrangulada. Fora toda aquela briga com os caras mais velhos do partido." Se o plano de criar o partido sair do papel até o meio do ano que vem, um ano antes do pleito, sua candidatura pode se concretizar. Mais direto, arremata: "Meu partido é o MBL, o DEM é só um número que usei".

Nas críticas da falta de espaço, não citam nomes ou partidos, mas as principais lideranças do MBL são filiadas ao DEM. "A gente vai conversar, ele não conhece bem como funciona a Câmara, isso aí é vontade de mostrar serviço, trabalhar", disse o deputado federal Elmar Nascimento (DEM-BA). Ele vai assumir a liderança da sigla na Câmara no ano que vem e vai ter que equacionar a candidatura do jovem do MBL contra a de Rodrigo Maia. "Kim é uma pedra bruta a ser lapidada, vamos dar todas as condições para ele exercer na plenitude seu mandato."

Apesar de terem assinado uma carta compromisso antes das eleições, com pontos como o Estado mínimo e o endurecimento das regras contra o aborto, nem todos os parlamentares da "bancada MBL" estão dispostos a integrar um futuro partido MBL. O senador eleito e atual deputado federal Marcos Rogério (DEM-GO) é amigo próximo dos membros do movimento e subscreveu a carta, mas não pretende deixar sua sigla. "Não tenho razão pra poder deixar um partido e criar um novo. Nosso problema não é a criação de outros partidos, a gente tem que mudá-los por dentro." Para ele, se a ideia do MBL se concretizar, "perde um pouco a força do movimento e acaba numa vala comum, será mais um partido".

Financiamento

O movimento vai esbarrar na dificuldade de convencer deputados a deixarem a estrutura de suas legendas para embarcar num partido novo que não deve ter recursos públicos. Como o MBL é contrário ao Fundo Partidário, avalia que o financiamento de um eventual partido deve sair de financiamento coletivo. A eventual mudança vai esbarrar numa mudança de hábito: não são públicas as fontes de renda do MBL.

"Uma vez que exista o partido, tem que prestar contas, isso tudo será feito. Hoje não divulgamos os doadores porque são sigilosos, empresários que doam e não querem aparecer por medo de retaliação", disse o fundador do grupo Rubens Nunes. Para o professor de Direito Eleitoral do Mackenzie Alberto Rollo, a distinção dos caixas é central. "Tem que separar bem as coisas, até porque não existe doação de pessoa jurídica para partido. O MBL é uma coisa, o MBL partido tem de ser outra."

No Facebook

100,9 mi é o número de interações (comentários, curtidas e compartilhamentos) que a página do MBL na rede social teve nos últimos 12 meses.

126,12 mi é o quanto o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), teve em interações no Facebook no

mesmo período.

278 milhões visualizações dos vídeos do MBL na rede social.

589 milhões de visualizações dos vídeos do presidente eleito. Bolsonaro costuma fazer transmissões

ao vivo na sua página.

12,5 mil é o número de posts que o MBL publicou no Facebook nos últimos 12 meses.

1,4 mil é o número de postagens que o presidente eleito realizou de dezembro de 2017 a dezembro de 2018.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando