Tópicos | pacote

A quase um ano da eleição municipal - na qual o prefeito Bruno Covas (PSDB) pretende concorrer à reeleição - o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou nesta quarta-feira, 4, um pacote de "parcerias" com a Prefeitura da capital nas áreas mais problemáticas da gestão municipal. O auxílio de Doria a Covas foi antecipado pela "Coluna do Estadão", do jornal O Estado de S. Paulo.

São repasses de R$ 220 milhões para investimentos em obras viárias, e de R$ 330 milhões em ajuda de custeio para as áreas da saúde, assistência social e trabalho.

##RECOMENDA##

A medida inclui a transferência para o Estado da gestão de dois hospitais - Parelheiros e Ermelino Matarazzo -, o repasse de recursos para custear atendimentos à população de rua no Parque Dom Pedro, no centro da cidade, e a oferta de 12 mil vagas em cursos de capacitação para desempregados. O Estado ainda irá custear um censo para a população de rua, medida que a Prefeitura vem anunciando desde o começo do ano.

Com os recursos extras, Covas ganha alívio de R$ 240 milhões em caixa para a gestão dos demais hospitais e pode remanejar recursos para outras áreas tidas como críticas, como o custeio das ambulâncias do Samu.

A parceria também garante que o Estado faça a duplicação da Estrada do M'Boi Mirim. A obra, de grande impacto na periferia da cidade, é uma das que não tiveram andamento por falta de recursos federais. A construção de duas faixas novas na via, incluindo corredor de ônibus, havia sido licitada na gestão Fernando Haddad (PT) e tinha previsão de utilização de R$ 200 milhões em recursos do PAC Mobilidade. A verba federal, entretanto, nunca saiu e a obra foi paralisada.

As áreas da saúde, a questão dos moradores de rua, a falta de ações para combater o desemprego e o excesso de obras no centro da cidade - sem equivalentes nas periferias - são justamente os pontos que têm potencial de dificultar a campanha à reeleição de Covas no ano que vem, segundo seus aliados na Câmara Municipal.

A parceria mira ainda outros pontos em que Covas vinha sendo mal avaliado. O Hospital das Clínicas deve ganhar, a partir de janeiro, uma unidade do serviço Atendimento Médico Ambulatorial (AMA), o que poderá oferecer à população que procura o hospital um local para ser atendido - o pronto-socorro do HC recebe apenas ambulâncias, e isso gera queixas de pacientes que vão até lá e não são atendidos. Doria citou ainda parcerias na área da educação, com a integração de matrículas e a migração gradual de alunos do ensino fundamental da rede estadual para a rede municipal.

'Gestão'

O governador negou que o pacote de ajuda à Prefeitura tivesse a intenção de ajudar Covas a conquistar um novo mandato à frente da Prefeitura. Doria disse ainda que apoiará a campanha à reeleição do prefeito, mas afirmou que não era ainda o momento de discutir o tema. "Gestão é gestão e política é política", disse.

Segundo Doria, a ajuda se justificava pelo tamanho da cidade de São Paulo, "mais populosa do Estado e mais populosa do País". O governador disse ainda que não vê "nenhuma debilidade" na gestão do prefeito - que assumiu o cargo em abril do ano passado, após Doria renunciar para disputar a eleição para o governo do Estado.

Questionado se os repasses federais à cidade de São Paulo haviam sofrido algum tipo de variação neste ano, em relação aos anos anteriores, Covas afirmou que, desde a chegada de Jair Bolsonaro à Presidência, os recursos à capital paulista caíram "80% ou 90%", sem detalhar valores. Mas, segundo ele, o quadro não é exclusivo da cidade de São Paulo, e que a maioria dos recursos era do programa Minha Casa, Minha Vida. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um lote de 103 cartas da primeira edição de Pokémon foi leiloado pelo valor de $ 1,07 milhão, equivalente a R$ 4,25 milhões, em Nova Jersey, nos Estados Unidos. A quantia paga no último fim de semana foi a maior oferecida pelos cards holográficos.

O vencedor superou a oferta de 12 candidatos para conquistar as cartas de 1999. No pacote estava a 1ª edição do Charizard, tida pelos colecionadores como um artigo raríssimo e individualmente encontrada no mercado por R$ 39,63 mil. Também estavam inclusos outros monstrinhos populares como Blastoise e Venasaur.

##RECOMENDA##

Um casal de idosos de Melbourne, na Austrália, recebeu pelo correio um grande pacote com drogas, avaliado em milhões de dólares, como resultado de um erro de distribuição, informaram fontes policiais nesta quinta-feira (2).

Depois de encontrar sacos de pó branco no pacote que assinaram para receber, o casal avisou imediatamente a polícia.

O pacote continha 20 quilos de metanfetamina, no valor de 10 milhões de dólares australianos (US$ 7 milhões).

A polícia revistou imediatamente uma casa localizada em outro bairro de Melbourne, onde descobriu outros 20 quilos da mesma droga sintética e prendeu um homem de 30 anos.

Essa pessoa foi acusada nesta quinta-feira de importar uma substância proibida e deve se apresentar à justiça.

A polícia solicitou que o casal que a ajudou involuntariamente nesta detenção não seja identificado para proteger sua segurança.

O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) criticou o pacote de leis de Sérgio Moro, ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PSL). A entidade apontou que o projeto é antidemocrático e fere a Constituição Federal em pelo menos dez pontos. Por isso, a OAB elaborou um estudo completo da proposta e vai entregá-lo ao Congresso Nacional.

O conselho destacou ainda que a ordem não foi consultada por Moro e critica a mudança de tantos pontos do Código Penal (CP), sem que seja feito um amplo debate em diversas esferas da sociedade. À Folha de São Paulo, o jurista Juliano José Breda, presidente da Comissão de Garantia do Direito de Defesa e relator do estudo, relatou que a OAB convidou Moro para participar de uma reunião sobre o tema, mas o ministro não apareceu e alegou ter agenda nos Estados Unidos.

##RECOMENDA##

Para Breda, “o projeto do ministro já começa com uma série de erros. O primeiro deles é a ausência de um debate aprofundado com os advogados especializados. Não foi construído democraticamente”, disse ao jornal. E complementou: “a segunda observação, a mais grave, é que o pacote veicula matérias de indiscutível inconstitucionalidade.”

Agora, a entidade discute uma data com os presidentes da Câmara dos Depurados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP) para apresentar o estudo. Ainda de acordo com informações divulgadas pela Folha, o encontro deve acontecer até a primeira quinzena de maio. 

Os pontos questionados pela OAB

No documento, a OAB apontou a inconstitucionalidade dos seguintes pontos do projeto:

Execução antecipada da pena; execução antecipada de decisões do Tribunal do Júri; modificações nos embargos infringentes; mudanças no instituto da legítima defesa, em especial aos agentes de segurança pública; alterações no regime de prescrição; mudanças no regime de cumprimento da pena; mudanças em relação ao crime de resistência; criação do confisco alargado; interceptação de advogados em parlatório; acordos penais.

Destes, o mais criticado foi o trecho do pacote que possibilita interceptação de conversas entre advogados e clientes presos. Moro quer mudar a lei que rege os presídios federais de segurança máxima para que câmeras sejam instaladas no parlatório e nas áreas comuns.

Com isso, conversas entre clientes e advogados poderiam ser gravadas caso autorizadas por decisão judicial. Para a OAB, a medida fere o Estatuto da Advocacia.

Assinam o texto juristas e associações de direito, como Instituto Brasileiro de Ciências Criminais (IBCCrim), Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB) e Colégio Nacional dos Defensores Públicos Gerais Condege (Condege).

Com informações da Agência PT de Notícias

A deputada federal Joice Hasselmann (PSL) mal iniciou seu mandato na Câmara Federal e já acumula uma série de polêmicas. No seu primeiro discurso no plenário, a parlamentar se confundiu e chegou a perguntar “quem matou Bolsonaro?”. Alguns internautas não deixaram passar batido e rebateram perguntando até mesmo onde seria o velório. 

Desta vez, nesta terça-feira (19), ao comemorar por meio do Twitter, a entrega do pacote anticrime do ministro da Justiça, Sérgio Moro, ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), Hasselmann cometeu outra gafe. “O Brasil será um paraíso para os bandidos”, escreveu. 

##RECOMENDA##

O secretário da Fazenda de Pernambuco em exercício, Bernardo D'Almeida, esteve na Alepe para tratar sobre o pacote de projeto de leis encaminhado pelo governador Paulo Câmara à Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). Entre as propostas está o aumento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em itens como etanol, refrigerante, bijuterias e descartáveis. 

Bernardo citou o ranking da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), no qual o Brasil aparece em 23º colocação entre os 33 que aparecem na lista com uma carga tributária de 33%. “A nossa carga tributária, quando é sobre o consumo, é uma das maiores da OCDE. A gente vai lá para o topo, vai para 48% do PIB. Quando se trata do imposto sobre a renda, sobre o patrimônio e a riqueza, nós somos uma das mais baixas do mundo. Então, ninguém gosta de aumentar a carga tributária, ninguém gosta de aumentar tributo”, explanou. 

##RECOMENDA##

O secretário falou que é difícil viver em um sistema que é altamente incentivador da sonegação porque a carga tributaria é alta. “Se a carga tributária fosse mais baixa, a sonegação era menor, mas como construir um caminho de volta para uma carga tributária menor, se ela é altamente regressiva e só atinge o pobre? Como é que a gente chega nisso? Só em uma reforma tributária que ninguém teve a coragem de fazer”, declarou.

 “Evitar a sonegação não é um processo de um ou dois meses. É um processo de aprendizado novo na área tributária. Trabalhar um a dois anos nesse processo e ninguém vai se arrepender não. Vai vir muita gente do fisco do Brasil todo para aprender o que Pernambuco está fazendo”, falou. 

Questionado sobre a redução de gastos ser mais eficiente que aumento de impostos, D'Almeida contou que a Fazenda tem tentado fazer isso. “Nestes dois anos e meio, a secretaria da Fazenda fechou cinco postos fiscais, menos custeio e, outra, tivemos melhorias na eficiência da distribuição. A Fazenda tem feito essa parte da redução”, garantiu. 

O secretário em exercício ainda falou que o Estado será pioneiro em ações que, talvez, revolucionem o país como a questão da venda do etanol. “Com a venda direta da usina para o posto de combustível. Isso não tem em lugar nenhum do Brasil. A gente está botando na lei aqui, claro, se os senhores aprovarem. Isso é custo Pernambuco sendo reduzido. O etanol vai ficar mais barato na bomba, não vai ficar mais caro. Agora tem um movimento nacional  das distribuidoras, que são contra”. 

Um pacote suspeito dirigido ao ex-vice-presidente dos EUA Joe Biden foi interceptado por policiais em uma instalação de correio de Delaware, informou uma autoridade federal nesta quinta-feira. O pacote endereçado a Biden, que foi vice-presidente do governo de Barack Obama, é o 9º interceptado.

Também nesta quinta-feira, um pacote suspeito contendo um dispositivo explosivo semelhante ao enviado a proeminentes democratas e à CNN no início desta semana foi encontrado na Baixa Manhattan, dirigido ao ator Robert De Niro, segundo autoridades policiais.

##RECOMENDA##

A polícia recebeu um telefonema para um pacote suspeito na sala de correspondência da 375 Greenwich St., após as 4 horas da manhã, disse um policial. Esse é o endereço do Tribeca Grill, de propriedade de De Niro.

O pacote foi quase idêntico aos outros enviados ao ex-presidente Barack Obama e à ex-secretária de Estado Hillary Clinton, disseram autoridades. Estava em um envelope pardo e listava a deputada Debbie Wasserman Schultz como a destinatária do retorno com o nome escrito errado, disse uma autoridade.

A polícia planeja enviar todos os pacotes suspeitos para a instalação de testes do FBI em Quantico, Virgínia, de acordo com uma autoridade federal. Fonte: Dow Jones Newswires.

A empresa de segurança PSafe identificou um novo golpe que está circulando pelo WhatsApp, oferecendo até 20 GB de internet grátis por até 60 dias para usuários de qualquer operadora de telefonia móvel. A fraude, segundo a PSafe, tem conseguido a marca de mais de 45 acessos por minuto.

Ao clicar no link, o usuário é direcionado para uma página na qual ele é informado que foi selecionado para ganhar até 20 GB de internet e apresenta, ainda, um número fictício de quantidade de pacotes grátis disponíveis para habilitação.

##RECOMENDA##

Nesta página, o usuário é orientado a responder três perguntas. Independentemente das respostas fornecidas, a pessoa é informada que, para ativar o pacote gratuito de até 20 GB de internet, ela deverá compartilhar a mensagem com três amigos e grupos de WhatsApp.

Após o compartilhamento, a suposta oferta de internet móvel estaria disponível em até cinco minutos para o usuário. Ledo engano. Ao invés disso, surge uma página de alerta no celular da vítima orientando o download de aplicativos maliciosos.

"Que usuário não gostaria de receber gratuitamente 20 GB de internet por dois meses? No entanto, é justamente por ser uma promoção muito atrativa que as pessoas devem desconfiar", alerta o especialista da PSafe, Emilio Simoni.

LeiaJá também

--> WhatsApp começa a limitar o encaminhamento de mensagens

A Electronic Arts (EA) divulgou, nesta segunda-feira (13), que o game 'FIFA 18' vai receber uma expansão gratuita inspirada na Copa do Mundo 2018. A partir do dia 29 de maio, os fãs poderão contar com equipes, estádios, uniformes, escudos, bola e a taça do campeão. Tudo autenticado oficialmente pela FIFA.

A atualização permite que os jogadores escolham um dos 32 países qualificados para o campeonato mundial e escrevam sua própria história da fase de grupos até a final na capital Moscou nos modos online ou offline. Será possível criar partidas com direito a chaves personalizadas ou a montagem oficial do torneio.

##RECOMENDA##

Haverá ainda um modo para criar um sorteio de torneio exclusivo com países não qualificados, incluindo Itália, Chile, EUA, entre outros. No total, 12 estádios oficiais estarão disponíveis. Já o Ultimate Team, modalidade mais popular do 'FIFA', vai receber os jogadores lendários que se destacaram em outras edições do campeonato.

LeiaJá também

--> App oferece delivery de figurinhas da Copa do Mundo 2018

Um pacote-bomba explodiu no centro de distribuição da empresa de serviços postais FedEx no Texas, nos Estados Unidos, deixando ao menos uma pessoa ferida. O incidente ocorreu na madrugada de hoje (20), na cidade de Schertz, de acordo com o Corpo de Bombeiros de San Antonio. Cerca de 75 funcionários estavam no local no momento da explosão, mas ninguém ficou seriamente machucado.

Agentes federais disseram à Associated Press que o pacote estava destinado à cidade de Austin e provavelmente tem relação com as bombas anteriores, as quais deixaram dois mortos. Nas últimas semanas, quatro bombas explodiram na região. Autoridades acreditam que um "serial bomber" esteja em ação.

##RECOMENDA##

No domingo (18), duas pessoas ficaram feridas com a explosão de um pacote-bomba em uma rua do bairro de Travis Country, em Austin. 

Da Ansa

O pacote sobre segurança que o Congresso deve começar a analisar nas próximas semanas incluirá projeto para tornar mais rígido o cumprimento de penas. Entre as propostas em debate está a revisão da progressão de pena do preso que praticou crime hediondo ou integra organizações criminosas. Nesse caso, o regime aberto seria substituído por medidas como serviços comunitários e uso da tornozeleira eletrônica.

O tema tem sido discutido por membros do Executivo, do Legislativo e da Justiça. O grupo também quer outras mudanças na Lei de Execução Penal e no Estatuto do Desarmamento.

##RECOMENDA##

O principal projeto da pauta de segurança, que está em fase mais avançada de elaboração, é o que propõe criar o Sistema Único de Segurança Pública (Susp), anunciado nesta semana pelos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE). O texto, ainda não divulgado oficialmente, propõe um sistema de metas e indicadores, por meio dos quais serão criados critérios para aplicar os recursos. Segundo Oliveira, a expectativa é de que seja votado em regime de urgência nas duas Casas até o dia 20.

Com aval de Maia, o ex-delegado Rodney Miranda (DEM) foi responsável por estruturar a proposta do Susp. Este e outros projetos foram discutidos em reuniões nas últimas semanas por Eunício, Maia, Rodney, os ministros Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, e o ministro Mauro Campbell, do Superior Tribunal de Justiça.

"Estamos tentando endurecer essas regras principalmente para crimes graves, crimes hediondos e participação em quadrilha, bando ou organização criminosa", afirmou Rodney, delegado aposentado da Polícia Federal ao Estadão/Broadcast. A ideia é "diminuir o sentimento de impunidade e dar mais respaldo aos operadores poderem enfrentar o crime".

Para ele, a pessoa precisa saber que está sujeita a cumprir 100% da pena, pois muitas vezes o regime aberto é visto como "sinônimo" de liberdade. "Sugeri a prestação de serviços à comunidade, com tornozeleira, para que o preso, após cumprir dois terços de pena, ainda complete o período dele e pague pelo crime", disse Rodney.

Mais propostas

Parlamentares e ministros também discutem mudanças na lei de Execução Penal, entre elas regras mais rígidas para o preso conquistar o direito à visita íntima.

Outra mudança tem como foco o Estatuto do Desarmamento, para facilitar a autorização do porte de armas para quem responde a inquérito policial. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um candidato declaradamente analfabeto, sem filiação partidária e com uma campanha custeada por doações de outros cidadãos. Esse perfil pode figurar nas eleições a partir de 2020, se aprovadas e convertidas em lei algumas das propostas prontas para votação na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).

No pacote de projetos que alteram condições e normas para as disputas eleitorais aparecerem quatro Projetos de lei do Senado e três PECs. São propostas que tratam de temas como filiação partidária, doações de campanha, propaganda institucional e remuneração de cabos eleitorais.

##RECOMENDA##

Como mudanças nas regras eleitorais precisam ser aprovadas até 1 ano antes do próximo pleito, mesmo se acatadas pelo Senado e pela Câmara e sancionadas pelo presidente neste ano, essas alterações só valerão para as eleições municipais de 2020. Se avançarem, portanto, esses projetos podem começar a valer junto com dois projetos de lei do Senado (PLS) que instituem o voto distrital misto nas eleições proporcionais e que seguiram para a Câmara dos Deputados.

Candidatura independente

A possibilidade de apresentação de candidaturas a cargo eletivo sem a obrigatoriedade de filiação partidária —  as chamadas candidaturas avulsas ou independentes — pode ser aberta caso avance a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 16/2015, apresentada pelo senador Paulo Paim (PT-RS). Conforme o texto, pessoas não ligadas a partidos poderão concorrer desde que obtenham um apoiamento mínimo de eleitores.

O objetivo é aumentar a participação da sociedade na política e acabar com o monopólio dos partidos sobre a representação política. Para Paim, o Brasil vive uma crise de representatividade. Ele avalia que a exigência de filiação  partidária  para  candidatura  a  cargos  eletivos  impede  que  surjam candidaturas de grupos representativos da sociedade.

“No Brasil, se o movimento feminista  quiser  lançar  candidatos,  não  pode  fazê-lo;  assim  como  não  podem  fazê-lo  o  movimento  negro,  ou  o  movimento  dos  trabalhadores  sem-terra,  o  movimento  dos  aposentados;  dos  indígenas,  dos homossexuais,  a  não  ser  que  se  filiem  a  um  dos  partidos  políticos  registrados  e  submetam-se  à  regra  do  jogo  deste  partido,  sua  correlação de forças interna, suas dificuldades e suas limitações”, argumenta Paim.

A PEC, que deverá ser regulamentada por lei complementar, não explicita a quantidade de apoios necessários, mas conforme o relator, Sérgio Petecão (PSD-AC), deverá variar conforme o cargo em disputa. Assim, uma candidatura para deputado federal exigirá um número maior de assinaturas do que uma candidatura para vereador, por exemplo. Petecão apresentou parecer pela aprovação na CCJ.

Analfabetos

Enquanto a candidatura independente aparece com grandes chances de avançar na CCJ, a eleição de analfabetos permanece uma incógnita. É que dois projetos em análise apresentam visões divergentes sobre o tema. Enquanto PEC 27/2010, conhecida como PEC da Cidadania, abre caminho para acabar com a inelegibilidade para aqueles que não sabem ler e escrever, o PLS 310/2015 exige a apresentação de comprovante de escolaridade entre os documentos necessários para registro de candidatura perante a Justiça Eleitoral. Este último também estabelece o procedimento para aferição da alfabetização no caso em que não for apresentado o documento ou houver dúvida sobre a capacidade de ler e escrever do candidato.

Apresentada pelo senador Magno Malta (PR-ES), a PEC da Cidadania conta com o apoio da relatora, senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR). Ambos discordam de argumentos de que os analfabetos sejam facilmente manipuláveis ou não tenham condições de assumir um cargo eletivo. Segundo Malta e Gleisi, a competência e ética não se conquistam necessariamente com um diploma escolar ou universitário.

“A exclusão do direito de ser votado dos analfabetos acaba funcionando como uma dupla punição feita pelo Estado ineficiente: a uma, pois não oferece os instrumentos necessários à alfabetização daquela pessoa; a duas, ao excluí-lo de uma das mais importantes etapas do processo eleitoral”, aponta a senadora.

O PLS 310/2015, por outro lado, torna mais rigorosa a vida daqueles que não sabem ler nem escrever, mas conseguem eventualmente um cargo eletivo. Segundo o autor, Ronaldo Caiado (DEM-GO), a iniciativa inspira-se em consulta formulada pelo Juiz Mateus Milhomem de Sousa, da 3ª Zona Eleitoral da Comarca de Anápolis (GO), ao Tribunal Regional Eleitoral de Goiás, sobre a conveniência de o TSE  estabelecer critério uniforme, válido para todo o país, para apurar a capacidade de escrita e leitura dos candidatos de escolaridade duvidosa. De acordo com o magistrado, “na maioria das vezes, somente após eleito e, em caso de suspeita de analfabetismo, é que vem testar-se seus conhecimentos, o que é uma medida tardia e polêmica”.

Conforme o texto, não comprovada escolaridade mínima e havendo dúvida sobre sua alfabetização, o candidato será avaliado por junta constituída de três professores de ensino fundamental, designada pelo juízo eleitoral da comarca ou circunscrição, e de acordo com conteúdo mínimo indicado pelo Tribunal Regional Eleitoral — TRE, até seis meses antes da abertura do prazo para registro das candidaturas.

O relator, Antonio Anastasia (PSDB-MG), apresentou parecer pela aprovação, com uma emenda de redação. Se for aprovado na CCJ e não houver recurso para votação em Plenário, o projeto segue direto para a Câmara dos Deputados.

Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada em novembro de 2016, entre os brasileiros com mais de 15 anos de idade, aproximadamente 13 milhões são analfabetos, o que corresponde a 8% dessa parcela da população.

Financiamento de campanha

Outra mudança que o pacote de projetos pode trazer é quanto ao financiamento das campanhas eleitorais. Para compensar a perda de recursos causada pela proibição da doação de empresas para campanhas, que passou a vigorar em 2015, a proposta amplia o teto de doações de pessoas físicas. O projeto permite que o doador possa destinar até 20% de sua renda bruta do ano anterior ao da eleição para campanhas. Hoje, o limite é de 10%.

Apresentado pelo senador Raimundo Lira (PMDB-PB), o texto em análise é um substitutivo do relator, senador Romero Jucá (PMDB-RR). A proposta original (PLS 659/2015) previa elevar o teto de doação para 50% do rendimento de cada indivíduo no ano anterior ao pleito. Jucá considerou prudente aumentar a participação das pessoas físicas nas campanhas de forma parcimoniosa, "evitando  os  riscos  que  um  eventual aumento abrupto possa vir a gerar".

Tanto o autor quanto o relator argumentaram que a medida é uma alternativa ao veto do Supremo Tribunal Federal (STF) à doação de empresas às campanhas.  Em 2015, a corte decidiu, por 8 votos a 3, declarar inconstitucionais normas que permitem a empresas doar para campanhas eleitorais.

Para o relator, o projeto pode vir a restituir parte da  receita  perdida,  diminuindo  o  risco  da  inviabilização  das  campanhas   eleitorais.

“De   outro, possibilita que os   cidadãos  disponham plenamente do direito de participar e de influenciar a vida política, inclusive  pela   doação   de   parcela   significativa   dos   respectivos   rendimentos   aos  candidatos  e  partidos  que  possuam  propostas  e  ideologia  com  as  quais  se  identifiquem”, acrescentou Jucá.

Propaganda

A influência da máquina eleitoral é outra preocupação dos senadores. Por isso, fazer propaganda institucional pode ser proibido nos três meses que antecedem as eleições caso seja aprovado um projeto de lei proposto pelo senador Humberto Costa (PT-PE). O PLS 304/2013, que está pronto para votação na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), torna mais rígida a Lei 9.504/1997, que estabelece normas para as eleições.

Pelo projeto, os agentes e servidores públicos ficam proibidos de realizar ou autorizar a realização de publicidade institucional dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos ou das entidades da administração indireta.  A relatora, senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), apresentou voto favorável.

Cabos eleitorais

Já o Projeto de Lei do Senado (PLS) 338/2013 tem por objetivo proibir, nas campanhas eleitorais, a contratação de pessoas para atividades de divulgação, propaganda e convencimento por meio de contato direto com os eleitores, conhecidas popularmente como cabos eleitorais.

Para tanto, o projeto retira do rol de gastos eleitorais que consta na Lei 9.504/1997, a remuneração ou gratificação de qualquer espécie às pessoas que prestem esse tipo de serviço às candidaturas e comitês de campanha. O projeto não acaba com a figura do cabo eleitoral voluntário, aquele que atua no debate de ideias e no convencimento de pessoas por motivação política, conforme a autora, senadora Ana Amélia (PP-RS).

O relator na CCJ, Roberto Requião (PMDB-PR), acredita que a proposta pode ajudar a combater o abuso do poder econômico nas eleições

Parentes

Integra ainda a lista de projetos que contam com parecer favorável na CCJ a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 45/ 2015, do senador licenciado Antonio Carlos Valadares, que proíbe o cônjuge e parentes de ministro ou conselheiro dos tribunais de contas de concorrer a cargos eletivos no território de jurisdição do titular.

Conforme a PEC, serão inelegíveis o cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção. Na justificação, Valadares afirma que as relações de parentesco de ministros e conselheiros de Tribunais de Contas podem interferir nos julgamentos de processos nessas cortes e na viabilização de candidaturas para cargos eletivos. O relator, senador Lasier Martins (PSD-RS), concordou e apresentou voto pela aprovação.

Da Agência Senado 

Em meio às negociações do governo com a base aliada para a reforma ministerial e os esforços para a votação das mudanças nas regras da Previdência, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), avalia que o presidente Michel Temer terá dificuldades para aprovar o pacote de medidas de ajuste fiscal de 2018.

Em entrevista ao Estadão/Broadcast, na terça-feira, 14, Maia afirmou que os projetos no Congresso que tratam, por exemplo, do adiamento dos reajustes dos servidores públicos e o aumento da alíquota previdenciária do funcionalismo são "temas difíceis" de serem aprovados este ano.

##RECOMENDA##

"Acho que são temas difíceis (de aprovar). O governo tem que estar com a base organizada. Acho que a suspensão do reajuste dos servidores e o aumento da contribuição previdenciária são mais difíceis do que a questão (da tributação) dos fundos (fechados de investimento)", afirmou.

Para Maia, o governo não teria fôlego para enfrentar protestos organizados por centrais e grupos ligados ao funcionalismo público e os deputados não estariam dispostos a se indispor com as categorias.

"O servidor público, muitas categorias, tem uma boa mobilização. Então, o deputado sempre tem mais preocupação nisso do que em relação a tributar fundos. Até porque a esquerda certamente vai votar a favor da tributação dos fundos, então vai ter uma votação mais tranquila", disse o presidente da Câmara.

Em agosto, o ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Dyogo de Oliveira, anunciou a intenção da equipe econômica de adiar em 12 meses do reajuste de salário para os servidores públicos do Executivo federal. Pelo acordado inicialmente, as categorias teriam aumento a partir de agosto deste ano ou janeiro do ano que vem. O congelamento do reajuste não atinge os militares.

Com a postergação dos aumentos, o governo esperava economizar R$ 5,1 bilhões em 2018. Os reajustes para o Executivo federal foram negociados em 2015, ainda durante o governo da presidente cassada Dilma Rousseff. Quando Michel Temer assumiu, em 2016, manteve os acordos.

O presidente da Câmara criticou o Palácio do Planalto por considerar que há uma tentativa de transferir a responsabilidade pela aprovação da reforma da Previdência ao Congresso. Em conversas com líderes e aliados, o presidente Michel Temer tem condicionado a nova distribuição de cadeiras nos ministérios aos votos dados pelos partidos na proposta que muda as regras previdenciárias.

Temer quer deixar as trocas acertadas, mas só entregar efetivamente os cargos depois de conferir o painel de votação. Por ser uma emenda à Constituição, a reforma da Previdência precisa ser aprovada em dois turnos por, pelo menos, 308 deputados.

Nesta quarta-feira, 15, Maia ofereceu um almoço na residência oficial em que estava o ministro tucano Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo), um dos que podem deixar o cargo na reforma.

Para Maia, a intenção de Temer de antecipar a saída dos ministros-candidatos pode atrapalhar a recuperação econômica do País e até mesmo o ambiente político. "Olhando de longe acho que vai parar o governo".

Reoneração

Maia também adiantou que deseja pautar a reoneração da folha de pagamentos ainda este ano, mas que o projeto enviado "tem problemas". "A MP que o governo encaminhou já caducou, o que significa que não tem acordo no Congresso. Estou tentando um acordo, tanto que escolhi um relator da oposição para que ele possa, transitando nas duas bases, no governo e na oposição, ajudar a construir um texto que não seja aquilo que o governo quer, mas que garanta a arrecadação." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A polícia de Barcelona foi chamada para investigar um pacote suspeito deixado dentro de um ônibus nesta segunda-feira (21), informaram as autoridades. O episódio ocorre apenas há apenas quatro dias dos atentados terroristas cometidos pelo Estado Islâmico na Espanha.

Um dia após o anúncio da ampliação das metas de déficit fiscal para R$ 159 bilhões neste e no próximo ano, o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, disse ao 'Estadão/Broadcast' que o governo tem plena confiança na aprovação das medidas de corte de gasto de pessoal e tributárias que reforçarão o caixa do governo em 2018. As iniciativas foram "testadas", segundo ele, e o resultado mostrou que há apoio suficiente para aprová-las.

"Dentro das discussões, as medidas foram testadas e discutidas com líderes do Congresso e houve a avaliação de que há viabilidade alta de serem aprovadas", afirmou Oliveira, que concedeu a entrevista no seu gabinete no Ministério do Planejamento, onde acompanhou ao longo da quarta-feira, 16, a repercussão do anúncio feito terça-feira à noite.

##RECOMENDA##

Em resposta às críticas, Oliveira deixou claro que a solução permanente para a crise fiscal é a aprovação da reforma da Previdência. O ministro admitiu que as medidas que foram anunciadas são limitadas pelo seu próprio tamanho. "Tudo ou mais que se faça não é comparável a uma despesa que representa 57% do conjunto dos gastos, são R$ 730 bilhões", disse.

Segundo o ministro, o governo tem tido taxa de sucesso altíssima no Congresso. Ele acrescentou que não há "gordura" nenhuma nas medidas que foram apresentadas ontem para serem negociadas no Congresso. "Aqui, todo mundo é fitness", brincou.

O ministro antecipou que, para acelerar a tramitação da medida que vai pôr em prática o teto do funcionalismo, o governo decidiu apoiar projeto da senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) sobre o tema. O governo quer aproveitar o projeto na Câmara porque ele já foi aprovado no Senado, o que adianta a tramitação. O texto detalhará quais verbas serão incluídas no cálculo do teto, hoje em R$ 33,7 mil, mas o ministro defendeu que esse valor valha para todos os funcionários públicos, inclusive ministros de Estado como ele, que muitas vezes recebem verbas indenizatórias que hoje não entram nessa conta.

A expectativa é que o adiamento do reajuste dos servidores também seja aprovado no Congresso, apesar de sindicatos de várias categorias já pressionarem os parlamentares contra as medidas. Oliveira indicou que não deve partir para o confronto com o funcionalismo e que as medidas serão detalhadas e discutidas com as categorias. "Não tenho animosidade nenhuma com os servidores. Estamos colocando uma situação de dificuldade financeira do Estado e acredito que a sociedade compreende isso. Vamos dialogar."

O ministro negou que tenha sido um erro manter em 2016 os aumentos acertados ainda no governo Dilma. Ele ponderou que a inflação foi muito menor do que se esperava, o que afetou a arrecadação do governo. "O contexto fiscal se deteriorou além do que prevíamos. Com aquelas informações, naquela época, a decisão foi a que consideramos acertada", afirmou.

Lucros e dividendos

O governo concluiu que o aumento de tributos enfrentaria forte resistência e decidiu deixá-los de fora do pacote. "Há resistência geral da sociedade a qualquer tipo de aumento de impostos", disse. Apesar disso, o ministro ponderou que a carga tributária efetivamente paga está caindo nos últimos anos e saiu de uma média de 22,4% de 2002 a 2010 para 20% em 2017. "Isso tem que ser esclarecido", completou.

Oliveira ressaltou que mesmo o aumento de tributos que atingem pessoas de renda mais elevada encontram resistência, inclusive a tributação de lucros e dividendos. O ministro deu pistas de que a correção de distorções nesse item pode ser uma frente a ser atacada. "Tributar de novo o dividendo é um negócio perigoso. O que temos são distorções que geram uma não tributação na empresa e na renda", afirmou. "Isso merece ser estudado." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Parlamentares aceitaram proposta da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e votaram, nesta terça-feira, 7, projetos ligados à causa feminista às vésperas do Dia Internacional da Mulher. O Senado aprovou de forma simbólica quatro projetos que tratam do atendimento à mulher vítima de violência e do reconhecimento de heroínas nacionais. As propostas vão à sanção presidencial.

Os senadores aprovaram uma emenda ao PLS 295/2013, que inclui no SUS serviços públicos específicos especializados para o atendimento de mulheres e vítimas de violência doméstica. Outra proposta cria a Semana Nacional pela Não Violência contra a Mulher. Também foram aprovados projetos para incluir o nome de Clara Camarão e Jovita Alves Feitosa no Livros dos Heróis da Pátria.

##RECOMENDA##

Clara Camarão foi uma indígena brasileira considerada uma das precursoras do feminismo no Brasil. Ela rompeu barreiras ao modificar a divisão de trabalho da tribo, se afastando dos afazeres domésticos e participando de batalhas durante as invasões holandesas em Olinda e Recife no século XVII.

Jovita Alves Feitosa foi uma voluntária que lutou, travestida de homem, na Guerra do Paraguai em 1865. Após ser descoberta, e manifestado seu desejo de lutar nas trincheiras, Jovita foi aceita no efetivo do Exército Nacional.

O presidente Michel Temer recebeu duas cartas poderosas contra o pacote de turismo em gestação no governo: uma do Itamaraty, contra a suspensão de vistos de turistas, e outra de 15 representantes de entidades, encabeçados pelo presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, condenando a intenção de financiar com recursos do Sebrae uma nova agência de promoção do turismo voltada para o exterior. Com o nome de Agência Brasileira de Promoção do Turismo (Abratur), ela seria criada a partir da atual Embratur.

O pacote de turismo será discutido nesta terça-feira (21), em Brasília, pelos ministérios da Fazenda, Planejamento e Turismo, sob a coordenação da Casa Civil. Foram convidados o ministro José Serra (Relações Exteriores) e o presidente do Sebrae nacional, o ex-ministro Guilherme Afif Domingos.

##RECOMENDA##

Na carta contra o desvio de recursos do Sebrae para a Abratur, as entidades advertem: "Fica claro que a ideia de subtrair recursos do orçamento do Sebrae para estimular o desenvolvimento do segmento turismo, caso implementada, comprometerá seriamente o papel exercido pela entidade". O texto foi subscrito até por representantes da Caixa e do BNDES.

As entidades empresariais alegam que o Sebrae já atende 225 mil empresas de turismo, segundo dados de 2016, e que, para 2017, estão previstos 149 projetos, com investimentos diretos de R$ 78 milhões no setor.

Vistos

Já o Itamaraty e Serra são frontalmente contrários à suspensão de exigência de vistos para turistas dos EUA, Canadá, Austrália e Japão, por dois anos, como forma de atrair visitantes desses países, que ficam em média de 18 a 23 dias no Brasil e são os que mais gastam, per capita, por dia: US$ 64,59 (australianos), US$ 62,39 (americanos), US$ 49,50 (japoneses) e US$ 48,38 (canadenses).

O Itamaraty reclama, na carta, que "nenhum país do porte e da expressão política do Brasil adota a dispensa unilateral de vistos de turista, medida que implica tratamento assimétrico a seus nacionais". Há, ainda, uma questão financeira. Segundo o Itamaraty, os consulados perderiam um terço de sua renda auferida com vistos, "com impacto sobre o orçamento da União".

O Ministério do Turismo, porém, tem apoio do Planalto e da área econômica para o pacote, que inclui ainda a abertura de 100% das empresas aéreas ao capital estrangeiro. O ministro do Turismo, Marx Beltrão, disse que "há um consenso na cúpula do governo de que é preciso uma política agressiva de estímulo ao turismo, que oferece resposta rápida no reaquecimento da economia e na geração de empregos".

Ele defendeu os pontos principais do pacote. Sobre a suspensão dos vistos, comparou valores: a perda de arrecadação dos consulados é estimada em R$ 18 milhões por ano, enquanto a previsão de entrada de recursos com o aumento de turistas desses quatro países é de R$ 4 bilhões. Além disso, diz, "o Planejamento se dispõe a cobrir as perdas consulares".

Quanto à criação e financiamento da Abratur, ele usa uma comparação contundente de valores. Em 2015 (último dado consolidado), o Brasil gastou apenas US$ 18 milhões em promoção de turismo, ante US$ 490 milhões do México, US$ 100 milhões da Colômbia, US$ 90 milhões do Equador e US$ 60 milhões da Argentina. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Desde esta terça-feira (27) as lojas de todo o Brasil podem oferecer descontos para os clientes que pagarem as compras com dinheiro, e não com cartão de crédito. Prevista no pacote de fim de ano do governo para impulsionar a economia, a medida foi oficializada após publicação de Medida Provisória (MP) no "Diário Oficial" da União.

Apesar de ser comum em parte do varejo brasileiro, a oferta de desconto em compras à vista era proibida pela legislação. Por isso, muitas lojas cobravam o mesmo preço nas compras com pagamento em dinheiro ou em cartão de crédito - embora, para o lojista, o recebimento pelo cartão tenha custo mais alto.

##RECOMENDA##

A expectativa do governo, durante o anúncio, em 15 de dezembro, era de que a competição entre os diversos meios de pagamento aumentasse, o que poderia favorecer o consumidor e movimentar o varejo.

Para especialistas ouvidos pela reportagem, no entanto, a novidade tem pouco potencial de mudar o atual cenário para o comércio. "O efeito é marginal no varejo. As pessoas usam muito o cartão, para não carregar dinheiro. A mudança não vai incentivar consumo ou melhorar a recessão", disse Miguel José Ribeiro de Oliveira, diretor de Estudos e Pesquisas da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). "Mas é uma questão de Justiça. Porque as vendas no cartão embutem um custo maior."

Os dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que as vendas no varejo acumulam queda de 6,7% em 2016, até outubro, e retração de 6,8% em 12 meses. Na prática, com a renda apertada e o avanço do desemprego, os brasileiros estão comprando menos.

"Não entendo que a medida vá mudar algo no curto prazo em termos de atividade econômica. O que determina o consumo é a demanda, e a demanda exige renda", avaliou o Sílvio Paixão, professor da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi). "Mas a medida é salutar. Não havia nada mais incoerente do que a situação anterior, em que o preço de pagamento a prazo era o mesmo de pagamento à vista", ponderou.

Para o professor, a medida oficializada nesta terça na MP vai "passar em branco" no que diz respeito a estímulos ao varejo. "A única coisa que se materializou foi uma situação que já existia. Isso não tem a ver com estímulo econômico", acrescentou.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O pacote natalino do presidente Michel Temer trouxe cinco medidas na área trabalhista, além da possibilidade de trabalhadores sacarem o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) de contas que estiverem inativas - aquelas vinculadas a empregos anteriores, não o atual, dos quais o funcionário se desligou sem sacar os recursos do fundo.

O anúncio, uma tentativa política de consolidar a "pacificação" entre empresários e centrais sindicais, foi seguido de entrevista coletiva confusa, com idas e vindas nas explicações sobre como ficarão as regras de trabalho no País.

##RECOMENDA##

Entenda as medidas anunciadas

TRABALHO

- Os termos acordados entre patrões e empregados terão força de lei em 11 casos, entre eles na pactuação da jornada de trabalho, respeitado o limite máximo de 12 horas em um dia, contanto que o trabalhador não ultrapasse as 44 horas semanais e 220 horas mensais;

- O contrato de trabalho temporário passará a ter vigência de 120 dias, prorrogáveis por mais 120 dias;

- O contrato de jornada parcial será dividido em duas modalidades: 30 horas semanais sem horas extras ou 26 horas semanais e possibilidade de até 6 horas extras; férias passam a ser de 30 dias;

- Multa ao empregador por manter trabalhador não registrado vai a R$ 6 mil; no caso de micro e pequenas empresas, multa é de R$ 1 mil;

- Programa de Seguro-Emprego (PSE) é renovado e permite redução de 30% de jornada e salário, com reposição de metade desse valor pelo governo.

FGTS

- Trabalhadores poderão sacar valores de suas contas (vinculadas a empregos anteriores) que tenham ficado inativas até 31 de dezembro de 2015; não há limite de valor para o saque.

 

Pacote natalino

A única medida trabalhista editada por meio de Medida Provisória (MP), que passa a valer desde a sua publicação, é a criação do Programa de Seguro-Emprego (PSE). Trata-se de uma versão repaginada do Programa de Proteção ao Emprego (PPE), criado pela ex-presidente Dilma Rousseff.

Pelo programa, as empresas podem reduzir até 30% da jornada e do salário do empregado, e o governo banca metade do valor correspondente ao trabalhador. Está previsto investimento de R$ 1,3 bilhão para a manutenção de 200 mil postos de trabalho em quatro anos, segundo o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira.

As demais medidas serão encaminhadas via projeto de lei pelo Executivo, assim que os deputados e senadores retornarem do recesso, em 2017. A partir daí, a expectativa é de aprovação em 45 a 60 dias, disse nesta quinta-feira o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha. As centrais sindicais elogiaram essa decisão, pois assim terão possibilidade de "discutir melhor" os temas no Congresso Nacional.

O principal ponto tratado no projeto de lei é a previsão de que o acordado entre trabalhadores e empresas terá força de lei em 11 casos específicos. Entre eles estão o registro da jornada de trabalho e o acordo sobre sua forma de cumprimento.

O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, explicou, contudo, que essa cláusula precisará respeitar o limite de 44 horas semanais (48 horas quando contabilizadas horas extras) e 220 horas mensais. A Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) ainda restringe a jornada diária a um teto de 12 horas.

A explicação sobre a jornada de trabalho foi o ponto mais delicado da entrevista coletiva. Escaldado pela repercussão negativa que algumas declarações suas tiveram em setembro, quando falou sobre a possibilidade de flexibilização na jornada de trabalho, Nogueira frisou diversas vezes que o padrão brasileiro é um regime de 8 horas diárias e 44 horas semanais.

"Nunca esteve, não está e não estará na mesa proposta de aumento de jornada", disse. Temendo assustar a população, os ministros chegaram a transmitir informações equivocadas (como a suposta possibilidade de realização de 12 horas extras por semana), depois corrigidas com a ajuda de técnicos.

Outros pontos que poderão ser negociados na convenção trabalhista e, com isso, terão força de lei são: remuneração por produtividade; trabalho remoto; banco de horas; ingresso no Programa de Seguro-Emprego (PSE); intervalo de almoço, respeitando limite mínimo de 30 minutos; dispor sobre a ultratividade (normas fixadas em acordos ou convenções coletivas se incorporam aos contratos individuais e só podem ser modificadas por negociação coletiva de trabalho da categoria); horas em itinerário; definições sobre Participação nos Lucros e Resultados (PLR); e parcelamento das férias em até três vezes, sendo que uma das parcelas deve corresponder a pelo menos duas semanas seguidas.

Na negociação coletiva, o projeto ainda assegura eleição de um representante dos trabalhadores em empresas com mais de 200 empregados. O mandato será de dois anos, com possibilidade de uma reeleição. É garantida ainda a estabilidade no trabalho durante até seis meses após o fim do mandato.

Os ministros ressaltaram que os demais pontos não poderão ser flexibilizados, por exemplo cláusulas de pagamento de FGTS, entre outras normas de saúde e segurança. Segundo ele, não é objetivo do governo retirar direitos de trabalhadores.

Mais medidas

O projeto de lei que será encaminhado pelo governo ainda vai tratar de mudanças no trabalho temporário. Hoje, os contratos por essa modalidade têm vigência máxima de 90 dias, renováveis sob determinadas condições. Agora, esse prazo passará a 120 dias, prorrogáveis por igual período. O governo avalia que essa mudança vai favorecer contratações por temporada e em momentos de alta demanda. Esses trabalhadores terão os mesmos direitos que um empregado fixo: FGTS, horas-extras, adicionais, etc.

O governo também vai mexer nas regras de jornada parcial. Hoje, a jornada máxima é de 25 horas semanais, sem possibilidade de realização de horas extras e com férias proporcionais de até 18 dias (é vedado vender um terço). Agora, o governo vai criar duas possibilidades. A primeira é que os contratos sejam de 30 horas semanais, sem horas suplementares. A segunda é que os contratos sejam de 26 horas semanais, com possibilidade de até 6 horas extras, que serão pagas com um acréscimo de 50% sobre o salário-hora normal.

Além disso, o projeto vai garantir o direito a 30 dias de férias, independentemente do número de horas trabalhadas, e a possibilidade de abono pecuniário (venda de um terço dos dias de gozo).

O endurecimento das regras de inspeção do trabalho informal é a quinta medida trabalhista. Para o empregador que mantiver trabalhador não registrado, a multa será de R$ 6 mil por empregado informal, acrescido do mesmo valor quando houver reincidência. Quando se tratar de microempresa ou empresa de pequeno porte, esse valor será de R$ 1 mil.

Saques do FGTS

Atualmente, em casos de desligamento voluntário do trabalhador (e não de demissão decidida pela empresa) o dinheiro do fundo permanece em uma conta inativa. Em caso de recolocação do trabalhador no mercado, os recursos das contas inativas ficam disponíveis na época da aposentadoria. Fora isso, o saque das contas inativas do FGTS só é possível caso a pessoa comprove estar sem emprego registrado em carteira por três anos.

Agora, o governo vai permitir que os trabalhadores saquem esses valores, sem fixação de limite. As contas inativas são aquelas vinculadas a empregos anteriores, não o atual. A possibilidade de saque vale para as contas que ficaram inativas até 31 de dezembro de 2015.

O governo de São Paulo publicou nesta sexta-feira, 16, um pacote para simplificação tributária, desoneração e incentivos a investimentos que beneficiam a indústria. O objetivo é estimular a atividade e disputa econômica paulista.

A medida tomada pela equipe econômica de Henrique Meirelles atinge em especial a indústria automotiva, de autopeças e de capital -, atingindo também abatedouros de aves e setores de informática e tecnologia.

##RECOMENDA##

Os decretos com as medidas foram assinados pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, nesta sexta feira, 16, no Palácio dos Bandeirantes. Foi prorrogado até dia 31 de dezembro do que vem, o uso de créditos de ICMS para modernização, ampliação ou construção de novas fábricas de parques tecnológicos e dos programas Pró-Veículo e Pró-Informática. Assim, o maior benefício é respectivamente, montadoras e a indústria de processamento eletrônico de dados.

 

Por: Lucas Lobo

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando