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Muitos países comemoraram de maneira brilhante a chegada do novo ano. Regado por um espetáculo de cores nos céus, 2019 foi anunciado em grande estilo na Nova Zelândia, que exibiu a quase 330 metros de altura um show de fogos de artifício.

Confira as imagens dos lugares que já estão comemorando a chegada de 2019:

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A maior cidade da Austrália, Sydney, será uma das primeiras a receber o ano de 2019 com sua espetacular queima de fogos, dando o pontapé inicial para as celebrações de milhares de milhões de pessoas por todo o mundo.

O ano de 2018 foi marcado pelo agravamento de diversas crises e o surgimento de novas, como a crescente preocupação com o populismo o clilma e o Brexit, mas os mais otimistas destacam a distensão alcançada na península da Coreia, que terminou 2017 sob a ameaça de um apocalipse nuclear.

De qualquer forma, estas considerações geopolíticas não impedirão que multidões de pessoas, das ilhas Fiji ao Rio de Janeiro, saiam às ruas para dar as boas-vindas ao Ano Novo.

Exuberância em Sydney

Uma quantidade recorde de artefatos pirotécnicos iluminarão durante 12 minutos os céus de Sydney, um espetáculo que deverá ser assistido por um milhão e meio de espectadores.

"Estou certo que vamos nos deleitar com o espetáculo em nossa magnífica baía, iluminada como nunca antes", prometeu o prefeito de Sydney, Clover Moore.

Para comemorar o ano internacional das línguas indígenas, em 2019 a Baía de Sydney será cenário de cerimônias para celebrar as culturas aborígenes, com a projeção de animações nos pilares da Sydney Harbour Bridge.

Por todo o mundo

As celebrações se sucederão com o passar das horas no resto do mundo, às vezes em um contexto de forte presença policial devido aos riscos de ataque.

Em Hong Kong, espera-se que 300 mil pessoas visitem o Victoria Harbour para assistir a 10 minutos de fogos de artifício lançados de cinco barcos.

Os japoneses irão aos templos para celebrar o novo ano, enquanto em Saitama, norte de Tóquio, o boxeador americano Floyd Mayweather e o jovem campeão japonês de kickboxing Tenshin Nasukawa se encontrarão em uma luta-show.

Os parques de Moscou receberão concertos e shows de luzes, e mais de mil pistas de gelo estarão abertas para celebrar o novo ano na capital russa.

No coração turístico de Paris, as comemorações ocorrerão sob fortes medidas de segurança, com um perímetro em torno dos Champs Elysees, com pontos de revista e de controle do transporte público.

Junto aos turistas, estarão os manifestantes chamados de "coletes amarelos", que prometem "um evento festivo e não violento".

Londres vai mudar o ano celebrando sua relação com a Europa em um momento em que os britânicos estão extremamente divididos sobre o Brexit. Os fogos de artifício lançados sobre a London Eye serão acompanhados por música de artistas europeus continentais.

No Brasil, além da esperada queima de fogos na Praia de Copacabana para dar as boas-vindas a 2019, o país também celebrará no primeiro dia do ano a cerimônia de posse de seu novo presidente, o popular e polêmico Jair Bolsonaro.

Brexit e Trump

Entre as notícias que marcaram 2018 esteve a crise política no Reino Unido em torno de sua saída da União Europeia, que continuará a dar as manchetes até 29 de março de 2019, a data prevista do Brexit.

Em 2019, as manchetes também deverão ser dominadas pelo presidente americano Donald Trump e suas decisões capazes de mudar por completo os equilíbrios nas grandes questões geopolíticas.

Em 2018, Trump foi o grande protagonista de um dos maiores avanços diplomáticos, ao se transformar no primeiro presidente americano a se reunir com um líder norte-coreano, Kim Jong Un, que também promoveu uma reaproximação com seu vizinho do Sul, prometendo novos encontros diplomáticos para 2019.

A guerra no Iêmen, que deixou 10.000 mortos desde 2014 e 20 milhões à beira da fome extrema, poderá dar uma guinada crucial em 2019, depois do cessar-fogo que entrou em vigor agora em dezembro.

E os rostos do poder poderão mudar ao longo do ano, com eleições na Argentina, Austrália, Índia, Afeganistão e África do Sul.

Oficiais de países ao redor do mundo concordaram sobre um conjunto de regras para governar o acordo climático de Paris, assinado em 2015, após duas semanas de conversas na Polônia.

Michal Kurtyka, um oficial polonês presidindo as conversas em Katowice, na Polônia, acertou o acordo no sábado, após diplomatas e ministros de quase 200 países aprovarem.

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As conversas tinham o propósito de dar diretrizes firmes aos países sobre como relatar de forma transparente as suas emissões de gases de efeito estufa, além de seus esforços para reduzi-las. Cientistas dizem que as emissões de gases como dióxido de carbono precisam cair drasticamente até 2030 para prevenir um aquecimento global potencialmente catastrófico.

A força-tarefa criada pelo Ministério Público de Goiás (MPGO) apurou denúncias de abuso sexual contra o médium João Teixeira de Faria, conhecido como João de Deus, em seis países. Possíveis vítimas procuraram o grupo para denunciar casos de abuso sexual, mesmo vivendo na Alemanha, Austrália, Bélgica, Bolívia, nos Estados Unidos e na Suíça.

Desde o dia 10, quando foi criado o e-mail para receber denúncias de vítimas, 335 mensagens e contatos por telefone foram atendidos. O e-mail específico para essa finalidade é o denuncias@mpgo.mp.br.

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De acordo com o Ministério Público, as denúncias se referem a possíveis vítimas que estão em Goiás, no Distrito Federal, em Minas Gerais e São Paulo, no Paraná e Rio de Janeiro, em Pernambuco, no Espírito Santo e Rio Grande do Sul, em Mato Grosso do Sul, no Pará, em Santa Catarina, no Piauí e Maranhão.

Também já houve levantamento do número de depoimentos coletados em outros estados. Ao todo, foram 30 colhidos pelos MPs de São Paulo, Minas Gerais, do Rio Grande do Sul, Distrito Federal e Espírito Santo.

Reunião

No esforço de ampliar a integração da atuação do MP e da Polícia Civil no caso, o procurador-geral de Justiça de Goiás, Benedito Torres Neto, esteve com o delegado-geral da Polícia Civil, André Fernandes. Mais dois nomes serão incorporados à força-tarefa.

Um deles é o de uma promotora de Abadiânia, cidade goiana onde o médium presta atendimento espiritual, e outro é de uma delegada na força-tarefa criada pelo MP. O grupo era, até então, formado por cinco promotores e duas psicólogas da equipe do MP.

O procurador-geral de Justiça também encaminhou um ofício-circular aos procuradores-gerais de Justiça dos MPs estaduais e do Distrito Federal solicitando a designação de unidades de atendimento para coleta de depoimentos de possíveis vítimas do médium.

A desnutrição afeta pelo menos 141 países no mundo, segundo um relatório internacional publicado nesta quinta-feira (29), que assinala que a situação é "alarmante" tanto nos países ricos quanto nos pobres.

"A situação é alarmante", assinalou Corinna Hawkes, diretora do Centro de Políticas de Nutrição da Universidade de Londres, durante uma conferência por telefone após a apresentação do estudo em Bangcoc, capital da Tailândia.

"Tanto os países ricos quanto os pobres experimentam alguma forma de desnutrição", disse a especialistas, que citou entre os problemas o raquitismo e a obesidade.

O Relatório Mundial sobre Nutrição examina todas as cifras internacionais de quase 200 países. Os dados provêm de organizações como ONU, FAO, PMA, Unicef, OMS, mas também de ONGs, fundações e universidades.

Segundo o relatório, 141 países acumulam ao menos três formas de desnutrição, dos quais 41 estão em um nível muito alto.

Os autores expressam uma preocupação particular "com as populações refugiadas no Oriente Médio, que acumulam atraso no crescimento, raquitismo, carências de micronutrientes e obesidade", em particular no Líbano.

Mostram a sua inquietação também pelo forte aumento (+54,9%) das vendas de leite industrializado para bebês entre 2005 e 2017.

"Está ocorrendo uma mudança significativa (e sem precedentes) na dieta dos bebês e das crianças pequenas" em todo o mundo, alertam.

Com a exceção da América do Norte, as vendas de leite de fórmula aumentaram na maioria das regiões do mundo.

E embora a lactância materna, promovida pela Organização Mundial da Saúde, tenha progredido em todo o mundo (41% eram alimentados exclusivamente com leite materno até os seis meses em 2017, frente os 37% em 2012), trata-se de um progresso "extremamente lento", lamentam os autores, que reafirmam os benefícios do aleitamento materno.

A obesidade também avançou, sobretudo entre as mulheres (15,1% em 2017 frente aos 10,6% em 2000), e nenhum dos 194 examinados fez progressos significativos para lutar contra a obesidade, assinala o relatório.

Assim, 59% das crianças bebem diariamente bebidas gasosas na América Latina e no Caribe, 52% na África e 40% na Ásia, aponta.

Seus autores pedem que os governos taxem as bebidas açucaradas para combater a obesidade no mundo. No total, 59 países já adotaram este tipo de medida, incluindo o México, que impôs em 2014 um imposto às bebidas açucaradas, o que provocou uma alta de 10% no preço. Já o consumo caiu 6%.

Perseguições ou discriminação por motivos religiosos foram observadas em um em cada cinco países do mundo entre 2016 e 2018, afirma uma organização católica em um relatório publicado nesta quinta-feira (22).

Entre junho de 2016 e junho de 2018, a organização Aide à l'Eglise en détresse (AED)  - ou algo como Ajuda às igrejas em perigo, em livre tradução - contabilizou perseguições religiosas em 21 países, incluindo Indonésia, Nigéria e China, e discriminações religiosas em 17, como a Rússia, a Turquia e a Argélia, o que equivale a um em cinco países do mundo.

"Há uma banalização das violações da liberdade religiosa (...) em meio a uma indiferença quase geral" da comunidade internacional, lamentou Marc Fromager, diretor desta fundação, em uma coletiva de imprensa em Paris.

Em 18 destes 38 países, "a situação piorou", "especialmente em dois dos países mais populosos do mundo, China e Índia", acrescentou a organização católica.

A situação também é preocupante em Mianmar, onde as autoridades são acusadas de realizar uma limpeza étnica contra os rohingyas.

A organização denuncia "campanhas de ódio" planejadas por nacionalistas budistas contra essa minoria muçulmana e aponta que a perspectiva é "sombria".

Mas a principal mudança vista nos últimos dois anos é o surgimento de um "ultranacionalismo agressivo", disse Marc Fromager.

"Há um aumento das ameaças à liberdade religiosa por parte dos atores estatais".

"Esta hostilidade contra minorias se agravou, a ponto de poder qualificar o fenômeno do ultranacionalismo agressivo", acrescentou o funcionário, que citou como exemplo a demolição de igrejas na China ou a proibição da minoria uigur de jejuar durante o Ramadã.

Fundada em 1947 - durante a época do bloqueio soviético ateu - a AED é uma fundação internacional de direito pontifício, que examina a situação de grupos religiosos em 196 países a cada dois anos graças às informações fornecidas por uma série de jornalistas independentes.

As bolsas europeias fecharam em território negativo nesta quarta-feira, 14, em dia de expectativa por notícias sobre o processo de separação do Reino Unido da União Europeia, o chamado Brexit. Além disso, indicadores importantes foram monitorados, como o Produto Interno Bruto (PIB) da Alemanha, e o setor de energia esteve em foco, com recuperação do petróleo hoje, após a queda acentuada do pregão anterior.

O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em baixa de 0,60%, em 362,27 pontos.

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Além da cautela com o Brexit, o caso da Itália continuou a chamar a atenção. Membro do conselho do Banco Central Europeu (BCE) e presidente do Bundesbank, Jens Weidmann afirmou que não se pode menosprezar os "efeitos colaterais" de uma política monetária muito relaxada. Já a Comissão Europeia deve se pronunciar sobre o plano orçamentário italiano no dia 21, após a proposta inicial de Roma desagradar a União Europeia, mas as autoridades italianas não recuarem.

Na bolsa de Londres, o índice FTSE-100 fechou em baixa de 0,28%, em 7.033,79 pontos. Pesou a incerteza sobre qual será o diálogo entre políticos na questão do Brexit. Além disso, o setor ligado à mineração em geral se saiu mal. Entre as ações mais negociadas, Lloyds caiu 0,66%, Oilex cedeu 23,28% e Frontera Resources teve queda de 3,63%, mas Vodafone Group subiu 1,26%.

Em Frankfurt, o índice DAX teve queda de 0,52%, a 11.412,53 pontos. Na agenda de indicadores, o PIB alemão contraiu 0,2% no terceiro trimestre ante o segundo, ante previsão de queda de 0,1% dos analistas. Na comparação anual, houve alta de 1,1%, inferior à de 1,3% esperada. Entre os papéis em foco, E.ON subiu 3,39% no setor de energia, mas Deutsche Bank recuou 1,01%.

Na bolsa de Paris, o CAC-40 caiu 0,65%, a 5.068,85 pontos. Engie recuou 0,36% e AXA cedeu 0,92%, enquanto a petroleira Total avançou 0,30%.

O índice FTSE-MIB, da bolsa de Milão, recuou 0,78%, a 19.077,47 pontos. A ação do Intesa Sanpaolo caiu 1,18% e a do BPM, 2,15%. Por outro lado, Banca Carige se recuperou após quedas recentes, em alta de 5,26%. No setor de energia, ENI caiu 1,47%.

Na bolsa de Madri, o índice IBEX-35 fechou em baixa de 0,42%, a 9.106,60 pontos. Santander cedeu 0,26% e Urbas Grupo Financiero perdeu 4,88%, mas Iberdrola teve alta de 1,36%. Repsol caiu 1,02%.

Em Lisboa, o PSI-20 foi na contramão dos demais índices e subiu 0,08%, a 4.959,68 pontos, perto da estabilidade. Banco Comercial Português caiu 0,12%, enquanto Galp Energia teve ganho de 2,37%. (Com informações da Dow Jones Newswires)

As bolsas europeias amargaram perdas nesta segunda-feira, 8, em meio a preocupações dos investidores com uma desaceleração da economia chinesa e com o orçamento na Itália.

A Bolsa de Londres fechou em queda de 1,16%, Paris caiu 1,10% e Frankfurt recuou 1,36%. Além disso, a Bolsa de Milão terminou em baixa de 2,43%, Madri retraiu 0,59% e Lisboa desvalorizou 1,55%. Vale destacar também que contribuiu também para a queda acentuada nas bolsas a liquidez reduzida devido ao feriado do Dia do Colombo nos EUA.

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O índice de ações blue-chip de Londres fechou em seu nível mais baixo desde 17 de abril, em meio a "preocupações com a China e Itália que levaram os investidores a vender ações", segundo o analista David Madden, da CMC Markets.

Madden explica que a ação do banco central chinês de reduzir novamente o compulsório bancário - a quarta vez neste ano - é vista como um sinal de fraqueza e os investidores temem que a economia chinesa esteja esfriando rapidamente e necessitando de mais apoio.

O Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês) anunciou neste domingo redução em 1 ponto porcentual na taxa de compulsório que a maioria dos bancos comerciais deve manter a partir de 15 de outubro.

Segundo o PBoC, o corte liberará 1,2 trilhão de yuans (US$ 174,72 bilhões) em recursos aos clientes para ajudar pequenas empresas, além de compensar os empréstimos de curto prazo dos bancos.

Além disso, "Pequim e Washington ainda travam uma briga comercial, e o corte no compulsório poderia ser interpretado como uma indicação de que os dois países estão longe de um acordo", comentou o analista da CMC Markets.

Na Itália, onde a Bolsa de Milão registrou o pior desempenho, os investidores seguem temerosos com o orçamento do país.

No fim de semana, a União Europeia reiterou preocupações sobre os planos orçamentários da Itália, dizendo que está preocupada com os planos de Roma de violar o que pediu ao país no início deste verão. Em resposta, a Itália disse que "não recuaria" de seus atuais planos de gastos, anunciados em 2,4% do Produto Interno Bruto (PIB).

O projeto de orçamento terá que ser apresentado ao Parlamento italiano até 10 de outubro e ao Parlamento Europeu até 15 de outubro. A proposta orçamentária do governo tem lançado dúvidas sobre a trajetória fiscal do país.Em meio a isso, os bancos no país lideraram as perdas. O Unicredit e o Banco BPM terminaram em queda de 3,56% e 6,47%, respectivamente.

Nesta segunda-feira, o vice-premiê italiano, Matteo Salvini afirmou ser contra "os inimigos da Europa, que são Jean-Claude Juncker e Pierre Moscovici, fechados no forte de Bruxelas", respectivamente, o presidente da Comissão Europeia e o Comissário Econômico da União Europeia (UE), de acordo com a agência Ansa. (Com informações da Dow Jones)

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, chegou a Nova York nesta quarta-feira, 26, para participar da Assembleia-Geral das Nações Unidas, onde seu governo tem sido duramente criticado. Maduro apareceu na TV estatal venezuelana e disse que está pronto para defender seu país. A confirmação de que iria para os EUA foi feita no voo para a cidade americana. Maduro havia dito que podia não comparecer à Assembleia porque teme por sua segurança.

O presidente americano, Donald Trump, disse no início que está disposto a se encontrar com Maduro, caso isso ajude a aliviar o sofrimento da nação sul-americana e voltou a dizer que todas as opções estão sobre a mesa quando se trata do conflito no país bolivariano. "Todas as opções estão sobre a mesa, todas. As fortes e as menos fortes", disse Trump à margem da Assembleia-Geral da ONU. "Já sabem o que quero dize com forte", disse, em referência a uma possível intervenção militar dos EUA.

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Vários países latino-americanos e o Canadá pediram ao Tribunal Penal Internacional (TPI) que investigue o governo da Venezuela por supostos crimes contra a humanidade.

O rali do dólar em relação a moedas emergentes teve prosseguimento nesta quinta-feira, 30, com o peso argentino enfrentando turbulências ainda mais poderosas do que as vistas nos dias anteriores. A situação agonizante se perpetuou por outros países em desenvolvimento, afetando moedas do Chile, do México, da Rússia, da Índia, da África do Sul, da Turquia e da China. Os tremores foram agravados durante a tarde em meio a relatos de que mais tarifas americanas sobre produtos chineses estão a caminho.

Próximo ao horário de fechamento das bolsas em Nova York, o dólar caía para 111,00 ienes, enquanto o euro subia para US$ 1,1674 e a libra avançava para US$ 1,3018. Entre as emergentes, a moeda americana saltava para 38,7550 pesos argentinos (+13,98%), 68,260 rublos russos (+0,31%), 14,7398 rands sul-africanos (+2,38%), 19,1449 pesos mexicanos (+0,95%), 6,6538 liras turcas (+2,70%), 71,052 rupias indianas (+0,62%) e 679,16 pesos chilenos (+1,71%).

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"De A a Z, as moedas emergentes estão sob pressão novamente. No entanto, o sentimento de risco não está contido apenas nas moedas com problemas domésticos. No meio do ambiente global, a maioria das divisas está de pé atrás com a força do dólar", comentaram estrategistas do Rabobank em nota a clientes. A moeda americana, de fato, apresentou um salto diante de divisas emergentes, renovando máxima histórica em relação à rupia indiana e se aproximando de marcas psicológicas na comparação com as moedas da Rússia, da África do Sul, da Turquia e do Chile.

Nenhuma moeda, porém, sofreu mais do que o peso argentino. Logo no início do dia, o dólar disparou, obrigando o Banco Central da República Argentina (BCRA) a elevar a taxa básica de juros de 45% para 60% e a aumentar o compulsório bancário em 5 pontos porcentuais. A moeda americana apresentou reação pontual, mas voltou a apresentar valorização robusta, de 22%, chegando à marca de 41,5 pesos. Em alguns bancos argentinos, a subida do dólar superou os 42 pesos. Outra ação do BCRA foi necessária e, no meio da tarde, a autoridade monetária anunciou um leilão de US$ 500 milhões, com o mercado tomando US$ 330 milhões.

"O anúncio de ontem do presidente da Argentina, Maurício Macri, sobre o adiantamento dos fundos de ajuda do Fundo Monetário Internacional (FMI) junto com uma política monetária significativamente mais apertada deveria ter dado alívio à pressão sobre o peso argentino. No entanto, isso não aconteceu devido a falhas na comunicação. As autoridades argentinas perderam a confiança dos investidores", disse a economista Priscila Robledo, da Continuum Economics.

Alberto Ramos, do Goldman Sachs, vai na mesma linha, ao afirmar que, diante do quadro de aguda intensificação do estresse nos mercados, o governo argentino deveria agir de modo decidido e considerar um choque no ajuste fiscal. "A baralha para ancorar a moeda e apoiar o sentimento do mercado não pode ser vencida apenas pelo banco central", advertiu Ramos em relatório enviado a clientes. O pânico nos mercados foi tão intenso que fez o risco Argentina, medido pelo Credit Default Swaps (CDS), derivativo de crédito que protege contra calotes na dívida soberana, disparar para 748,33 pontos no fim da tarde, representando avanço de 14,65% em relação a ontem.

O yuan chinês também apresentou sofrimento em relação à divisa americana, o qual foi intensificado com notícias sobre o comércio global. Durante a tarde, relatos de que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pretende prosseguir com tarifas sobre US$ 200 bilhões em produtos chineses já na próxima semana voltaram a pesar no sentimento dos agentes. Em Hong Kong, no mercado offshore, o dólar subia para 6,8694 yuans no fim da tarde.

O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, disse hoje (14) que os turcos vão boicotar os produtos eletrônicos, inclusive o iPhone, que vêm dos Estados Unidos. A iniciativa é uma retaliação às sanções impostas pelo presidente norte-americano, Donald Trump, que aumentou os impostos sobre alumínio e aço. Paralelamente, os norte-americanos exigem a libertação de um religioso preso há dois anos na Turquia.

"Vamos boicotar os produtos eletrônicos dos EUA", disse Erdogan durante discurso em Ancara.  "Vamos produzir todos os produtos que estamos importando do exterior, com moeda estrangeira aqui, e nós seremos os que exportam esses produtos. Vamos impor um boicote aos produtos eletrônicos dos Estados Unidos. Se eles têm iPhones, existe a Samsung do outro lado. E temos o nosso próprio Vestel", afirmou o presidente se referindo à fabricante turca de eletrodomésticos.

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De acordo com Erdogan, os turcos enfrentam um "ataque econômico" e os Estados Unidos tentam "esfaquear a Turquia pelas costas".

O governo Trump cobra da Turquia a libertação do pastor evangélico norte-americano Andrew Brunson, acusado de terrorismo e espionagem. O impasse entre os dois países levou à queda das bolsas de valores em vários países e afetou também o preço do dólar no Brasil. No mercado brasileiro, a situação indica estar normalizada.

*Com informações da PressTV, emissora estatal de televisão do Irã.

A última rodada da primeira fase da Copa do Mundo, com quatro jogos por dia, passou rápido. Hoje (28) é o último dia da fase de grupos. Ao todo, 14 países estão classificados para disputar as oitavas de final, em que cada jogo será eliminatório, no estilo mata-mata, ou seja, quem perder voltará para casa.

No grupo G, Inglaterra e Bélgica já estão classificadas. No grupo H, três times brigam por duas vagas e o Senegal pode ser a única seleção africana a avançar no Mundial da Rússia.

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Senegal x Colômbia – 11h - Samara

Japão x Polônia – 11h - Volgogrado

Japão e Senegal lideram o grupo H, com 4 pontos ganhos, e têm a vantagem do empate para seguir às oitavas de final.

A Colômbia, com três pontos ganhos, precisa vencer o Senegal para garantir a vaga. Os colombianos até podem comemorar a vaga com um empate, desde que o Japão perca para a Polônia, que já não tem chances de classificação.

Na entrevista coletiva concedida antes da partida de hoje, o técnico colombiano José Pekerman elogiou o adversário. “Este jogo é decisivo, define quem avança à próxima fase. O Senegal chegou em boa forma e demonstrou isso nos dois últimos jogos. Acho que o jogo será muito intenso, competitivo. Espero que saiamos com a vitória”.

O treinador senegalês Aliou Cissé devolveu os elogios e acrescentou que o vencedor será aquele que controlar o meio de campo.

“A Colômbia tem alguns dos melhores jogadores internacionais. Eles podem variar o ritmo do jogo e são taticamente muito fortes. Nesta quinta-feira, jogaremos para vencer. A batalha no meio de campo será o ponto-chave”.

Inglaterra x Bélgica – 15h - Kaliningrado

Panamá x Tunísia – 15h - Saransk

O jogo da tarde entre a Bélgica e a Inglaterra será importante para observar a seleção que está mais bem preparada para a próxima fase.

As duas equipes, cotadas para chegar pelo menos até as quartas de final, ainda não foram testadas na Copa do Mundo. Enquanto a Alemanha e a Argentina passaram por jogos mais duros, belgas e ingleses enfrentaram o Panamá e a Tunísia, duas seleções muito inferiores tecnicamente.

Vale lembrar que a Inglaterra passou sufoco contra a Tunísia na estreia.

Já a Bélgica não teve trabalho para vencer até agora. Esse teste, no entanto, não será tão fiel. Os dois países terão mudanças no time titular. Já garantidos nas oitavas de final, sabe-se que os treinadores dos dois times pouparão titulares. Até o artilheiro do time belga, Lukaku, ficará de fora.

A outra partida será uma despedida dos dois figurantes do grupo. Se há algum atrativo no duelo entre o Panamá e a Tunísia, ele é a chance de o Panamá conquistar sua primeira vitória numa Copa do Mundo. Encerrado o jogo, as duas seleções voltam para casa.

Classificadas para as oitavas de final

Veja os 14 países que já estão classificados para as oitavas de final:

Uruguai, Rússia, Espanha, Portugal, França, Dinamarca, Croácia, Brasil, Argentina, México, Suíça, Suécia, Inglaterra e Bélgica

O desejo de conhecer o mundo, aprender novas línguas, ter contato com culturas diferentes e aprimorar o currículo para o mercado de trabalho faz com que muitas pessoas de todas as idades sonhem em fazer um intercâmbio.

No entanto, por haver muitas opções de países, vários tipos de intercâmbio (curso de idiomas, estudo e trabalho, graduação, pós-graduação, au pair, estágio, apenas trabalho, desenvolvimento de lideranças, etc.) e diversos meios de organizar a viagem, entre agências, escolas, universidades e programas de bolsas, o que acaba gerando dúvidas. 

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Antes de arrumar as malas, o futuro intercambista precisa se preparar para a viagem, mas se engana quem acha que precisa adiar o plano de fazer intercâmbio esse ano por não ter se organizado ainda. Confira programas de intercâmbio que aceitam inscrições neste segundo semestre e se prepare para viajar:

Agências de Intercâmbio

Quem deseja organizar um intercâmbio com o apoio de uma agência que intermedie o processo de matrícula, moradia, documentação, compra de passagens e outros trâmites deve estar atento não apenas aos preços mas à experiência de outros clientes, certificações e prêmios para se assegurar da qualidade do serviço. 

Além disso, também é necessário conversar com profissionais da agência escolhida para analisar bem os seus objetivos, o seu orçamento e o nível de conhecimento do idioma que você deseja aprender para adequá-lo ao intercâmbio desejado. No Recife, os futuros intercambistas podem recorrer a instituições como a STB, a CI Intercâmbio e a EF Education First, entre outras. 

Aiesec

A Aiesec é um movimento internacional que visa formar lideranças jovens ao redor do mundo através de programas de intercâmbio voluntários desenvolvendo trabalhos sociais em países em desenvolvimento. A entidade também conta com programas voltados a trabalho e a empreendedorismo no exterior. Para mais detalhes, acesse o site da Aiesec.

Bolsas 

Várias empresas e instituições de ensino ao redor do mundo têm programas que concedem bolsas a estrangeiros. Há opções para cursos de idiomas, estágios, trabalho, graduação, pós-graduação, high school, formação de lideranças e participação em eventos. 

Por exemplo, o Dubai Business Associates Programme está oferecendo bolsas para estudar negócios e estagiar com tudo pago em Dubai e recebe inscrições até o dia 30 de junho

Os United World Colleges (Colégios Unidos do Mundo, em tradução livre) oferece bolsas para estudantes do primeiro ou segundo ano do ensino médio com 15 a 18 anos de idade para estudar em colégios de diversos países. As inscrições podem ser feitas até o dia 15 de julho através da internet. 

O Serviço Alemão de Intercâmbio (DAAD) está oferecendo bolsa para mestrado em saúde pública na Alemanha com inscrições até o dia 15 de outubro, enquanto a Universidade de Canterbury oferece bolsas para graduação na Nova Zelândia com inscrições até o dia 15 de agosto

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O mundo passa por um momento de crescimento do ódio ao jornalismo e aos jornalistas, o que ameaça as democracias, diz a edição 2018 do Ranking Mundial da Liberdade de Imprensa. Os dados foram divulgado hoje (25) pela organização Repórteres sem Fronteiras (RSF), em sete eventos simultâneos pelo mundo, incluindo no Rio de Janeiro.

Segundo o diretor regional da organização para a América Latina, Emmanuel Colombié, a liberdade de imprensa funciona como um termômetro do vigor da democracia e o índice global vive seus piores momentos. “Estamos com 3.826 pontos, caiu muito desde que o ranking começou a ser feito em 2002.”

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No ranking geral, o país com mais liberdade de imprensa é a Noruega, seguido pela Suécia e pelos Países Baixos. Os países no fim da lista são Coreia do Norte, Eritreia e Turkomenistão.

Colombié destacou o crescimento do ódio aos jornalistas incentivado por líderes eleitos. “Esse tipo de desqualificação é cada vez mais comuns. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, faz midia-bashing [ataques públicos aos meios de comunicação], o que é péssimo por estimular outros países a tratar jornalistas da mesma maneira. Ele qualifica sistematicamente os repórteres de 'inimigos do povo', uma expressão usada por Joseph Stalin”, afirmou.

Segundo o levantamento da ONG, a hostilidade de dirigentes políticos aos meios de comunicação está cada vez mais presente em países ditos democráticos. Além de países como Turquia e Egito conviverem com acusações generalizadas de terrorismo contra os jornalistas e prisões arbitrárias de profissionais, a RSF destaca que, nas Filipinas, o presidente Rodrigo Duterte, disse que ser jornalista “não protege contra assassinatos”.

Na Índia, a ONG acusa o primeiro-ministro Narendra Modi de pagar exércitos de trolls e robôs para disseminar e amplificar os discursos de ódio contra os jornalistas nas redes sociais. Na República Tcheca, o presidente Milos Zeman foi a uma coletiva de imprensa portando um simulacro de fuzil AK-47 “para os jornalistas”. Na Eslováquia, o primeiro-ministro Robert Fico, que ficou no cargo até o mês passado, chamava os jornalistas de “prostitutas imundas anti-eslovacas” e “simples hienas idiotas”.

América Latina

Apesar da ligeira alta do índice regional de liberdade de imprensa na América Latina, Colombié destaca que o quadro geral segue “extremamente preocupante”. “A região segue marcada pela extrema violência e baixo índice de liberdade”.

O levantamento aponta que a Costa Rica continua na melhor posição do ranking regional, o único país classificado com situação boa. Cuba continua no pior, o único país da região com situação grave, devido à proibição em lei da propriedade privada dos meios de comunicação.

“A Venezuela teve a queda mais acentuada na região, perdendo seis posições e ficando em 143º. Lá, foram tiradas as licenças de dezenas de rádios e televisões, além de ser escasso o papel necessário para os impressos. Também registra centenas de agressões a jornalistas que cobriam as manifestações”, alertou o diretor regional.

De acordo com a ONG, o México continua sendo o país mais perigoso para o exercício do jornalismo na região. “Em 2017 foram 11 assassinatos de jornalistas no exercício da profissão, atrás apenas da Síria, um país em guerra.”

Brasil

Em uma lista de 180 países, o Brasil passou da posição 103 para 102 este ano, porém, classificado pela ONG como “um ambiente de trabalho cada vez mais instável”. “A ausência de um mecanismo nacional de proteção para os repórteres em perigo e o clima de impunidade - alimentado por uma corrupção onipresente - tornam a tarefa dos jornalistas ainda mais difícil. Em um contexto de forte instabilidade política, ilustrado pela destituição da ex-presidente Dilma Rousseff em 2016 e pela incerteza que envolve a corrida presidencial 2018, a liberdade de informação está longe de ser uma prioridade para os poderes públicos”.

Para Colombié, a situação do país é “dramática”. “Na prática, está estagnado há anos em matéria de liberdade de imprensa, sem demonstração de preocupação dos sucessivos governos com isso”. Ele diz que, além disso, há o envolvimento de autoridades em assassinatos de jornalistas e comunicadores no Brasil, além de ameaças e difamações públicas em redes sociais. Outra preocupação da RSF no país é com a cobertura de direitos humanos.

“O brutal assassinato da vereadora Marielle Franco levou os comunicadores populares das favelas a ficar em estado de alerta. A cobertura de manifestações segue um ambiente complicado pra atuar, os jornalistas sofrem com a violência policial e com a hostilidade de manifestantes.”

A ONG demonstrou preocupação também com o cenário da grande concentração da propriedade de mídia no Brasil e com o período pré-eleitoral, quando, segundo a RSF, aumentam as censuras via ação judicial e a difamação de jornalistas, além da distribuição de informações falsas pela internet.

“O Congresso está discutindo leis para punir quem divulga notícias falsas, mas o projeto traz conceitos vagos que podem tender a aplicações arbitrárias. Isso é muito perigoso. Outro problema é a desinformação como estratégia de afogar o conteúdo jornalístico. Acreditamos na educação como forma de combater as notícias faltas, e não no endurecimento penal”.

Em coletiva, o diretor executivo do Instituto Vladimir Herzog, Rogério Sottili, disse que exposições artísticas e universidades também vêm sofrendo no país e afirmou que o Braisl passa por uma quebra da normalidade democrática que têm reflexo na liberdade de expressão e de imprensa.

“O Brasil vive um momento de grave crise política, onde a violência contra a democracia age das mais diversas formas. Em 2017, foram 53 defensores de direitos humanos e ativistas sociais assassinados, o que já foi o dobro de 2016. Em 2018, foram 12 lideranças assassinadas em três meses. Temos o aumento dos homicídios contra a população preta, pobre e periférica, a seletividade nas prisões, a criminalização dos movimentos sociais com mudança na legislação e nas políticas públicas. O atentado que o ex-presidente lula sofreu no Rio Grande do Sul, que foi visto de uma forma naturalizada pela mídia e pela sociedade em geral. A fragilização das organizações sindicais”.

Ele lembrou que também houve aumento das ameaças e assassinatos de comunicadores e jornalistas, com o registro de 99 casos de violência contra jornalistas em 2017, segundo levantamento da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj).

Mais de cinco milhões de trabalhadores apoiaram nesta quinta-feira (8) as interrupções parciais de duas horas na primeira greve feminista convocada na Espanha por ocasião do Dia Internacional da Mulher. Segundo os principais sindicatos do país (CCOO e UGT), dezenas de milhares de pessoas participaram de várias manifestações reivindicativas.

As concentrações ocorreram nas cidades de Madri, Barcelona, Bilbau, Sevilla e Valência, com lemas como "Se nós paramos, para o mundo", "Vivas, livres, unidas pela igualdade" e mensagens contra a diferença salarial entre sexos e a violência machista.

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A greve recebeu apoiada de partidos de esquerda, enquanto o presidente do Governo espanhol, o conservador Mariano Rajoy, se comprometeu a continuar trabalhando em defesa da igualdade real entre homens e mulheres.

Turquia

A violência machista contra as mulheres e o abuso sexual foram o foco de uma manifestação convocada por feministas em Istambul, a maior cidade da Turquia, desafiando as proibições impostas pelo estado de emergência em vigor.

Cerca de 50 mulheres compareceram à manifestação ao meio-dia (horário local) no bairro de Besiktas, junto ao Estreito de Bósforo, com cartazes com lemas feministas e contra a violência.

As organizações feministas convocaram protestos, nesta quinta-feira, em 14 cidades da Turquia, todos em desafio às normas do estado de emergência, em vigor desde 2016 e que proíbe todo tipo de marchas e manifestações.

A polícia compareceu ao local do protesto em Besiktas, mas não interveio e as participantes se dispersaram após a leitura de um breve manifesto.

O grupo denunciou que 409 mulheres foram assassinadas por homens durante 2017, enquanto que, apenas em fevereiro, já foram registradas 47 mortes violentas.

O manifesto lido em Besiktas denunciou que muitos assassinos recebem redução de sentença por "boa conduta" durante o julgamento e lamentou o fato de o governo fazer críticas à lei sobre a violência machista, aprovada em 2012. O governo diz que a medida "destrói a família".

França

O jornal francês Libération foi vendido hoje 50 centavos de euros mais caro para leitores homens, com o objetivo de denunciar a diferença salarial, em iniciativa proposta pelo Dia Internacional da Mulher.

Na capa, dedicada ao tema, o jornal de esquerda afirma que "apesar da lei, a diferença salarial entre homens e mulheres continua sendo de 25% na França" e por isso "o jornal decidiu aplicar, por um dia, a mesma diferença em seu preço, que será 50 centavos mais caro para homens".

O dinheiro arrecadado com a iniciativa será destinado ao Laboratório da Igualdade, que há anos luta pelo fim das diferenças entre gêneros.

Índia

Milhares de mulheres indianas saíram às ruas no Dia Internacional da Mulher para pedir igualdade de direitos e o fim das agressões sexuais, um problema muitas vezes silenciado no país por razões culturais ou de estigma social.

Cerca de 2 mil manifestantes formaram uma rede humana ao redor da região central de Connaught Agrada, em Nova Délhi, convocadas pelo movimento Rape Roko, uma iniciativa lançada pela Comissão para a Mulher de Delhi (DCW) em janeiro para conscientizar sobre este tipo de crimes.

No local, mulheres de diferentes idades e condições sociais gritaram palavras de ordem contra a desigualdade e os ataques sexuais ao coletivo feminino.

Os cartazes exibiam mensagens como “O meu corpo não é um espaço público” e "Não me digas como me vestir, aprenda a não abusar".

Segundo números da Agência Nacional de Registro de Crimes da Índia, em 2016 ocorreram no país 38.947 estupros (2.167 deles em grupo), dos quais só em Nova Délhi foram denunciados 4.935 (1.996 coletivos).

Paquistão

Centenas de mulheres protestaram em diversas cidades paquistanesas para reivindicar direitos e pedir "independência" dos homens, embora a baixa assistência em algumas das manifestações tenha evidenciado a falta de empurrão do movimento feminista no país.

"O que quer uma mulher? Independência", gritavam 200 mulheres em Islamabad, de adolescentes a idosas, junto a outros slogans como "liberdade" e "os assassinatos por honra são inaceitáveis", em referência aos homicídios cometidos por parentes por uma suposta afronta moral que tiram a vida de aproximadamente 500 mulheres ao ano no país.

Representantes de diferentes partidos e organizações, as participantes realizaram uma pequena passeata na capital, com bandeiras e a presença de alguns homens que as apoiavam.

"No Paquistão, as mulheres não têm liberdade para comparecer aos lugares públicos", disse à Agência Efe a presidente da Frente Democrática de Mulheres, Ismat Shahjahan, uma das organizadoras do ato, para explicar a baixa presença de manifestantes no país de 207 milhões de habitantes.

No país muçulmano e conservador, as mulheres sofrem uma forte discriminação no ambiente de trabalho, onde sua participação é de 22%.

Um recente relatório da Organização Internacional do Trabalho revelou que o Paquistão está entre os países que oferecem menos oportunidades de trabalho às mulheres e oportunidades de participação econômica, junto com Arábia Saudita, Iêmen, Irã e Síria.

Países africanos

Conferências, cursos, iniciativas para empoderar as mulheres no ramo tecnológico, leituras de declarações públicas de algumas organizações são alguns dos eventos que aconteceram nos países africanos, porém com pouca mobilização nas ruas para reivindicar os direitos da mulher.

Apesar de países como Ruanda, que tem o Parlamento mais paritário do mundo, e como a África do Sul, com taxas de igualdade salarial muito alta, a maioria de mulheres na África assume a violência como algo cotidiano em suas casas, quando não sofrem em grande escala como um instrumento de guerra em vários conflitos.

Neste Dia Internacional da Mulher os atos foram mais tímidos, como a conferência organizada pela Unesco em Nairóbi (Quênia) para empoderar as mulheres através do uso de Tecnologias da Informação e o lançamento de um movimento internacional contra a mutilação genital no Senegal, que revelou que mais de 200 milhões de mulheres em toda África sofreram com esta prática.

A organização Big Sisters lembrou também que 6 mil meninas são mutiladas a cada dia no mundo e que 30 milhões estão expostas à prática - segundo dados do Unicef. A organização exigiu a adoção de leis para proibir tais práticas em todos os países africanos antes do ano 2020.

"A mutilação genital está exterminando nossas meninas e nossas mulheres", lamentou a leonesa Salimatou Kamara, que advoga pela proibição oficial desta prática na África, uma exigência que considera vital para a dignidade das africanas.

Na África do Sul, o país com melhor nota em gênero da África Subsaariana, segundo o Banco de Desenvolvimento Africano (APDB), o novo presidente Cyril Ramaphosa disse hoje que "o patriarcado não tem lugar na África do Sul que estamos construindo".

"Para renovar o país é preciso renovar os valores e posicionar as mulheres e os homens na mesma altura", declarou o líder sul-africano em sua mensagem pelo Dia da Mulher.

Na Nigéria, um novo sequestro do Boko Haram de 110 meninas de um instituto de ensino médio de Dapchi, ao nordeste do país, ganhou atenção.

"Isto tem que ser o principal agora. Por isso decidimos fazer um chamado #LeaveOurDaughtersAlone [Deixe nossas filhas em paz, em inglês] para acabar com este desastre nacional", disse a primeira-dama Aisha Buhari.

América Latina

Em Buenos Aires, o presidente da Argentina, Mauricio Macri, anunciou um projeto de lei que busca impulsionar "mudanças" para avançar rumo à "igualdade de gênero em todos as áreas", especialmente trabalhista, com a ideia de que uma mulher não pode ganhar "menos que um homem".

"Não podemos permitir que uma mulher ganhe menos que um homem. Não faz sentido e nem explicação para aqueles que trabalham dia a dia com elas", disse o chefe de Estado durante discurso em ato organizado em Buenos Aires pelo Governo para comemorar o Dia Internacional da Mulher.

No Chile, na última semana como presidente antes de entregar o cargo ao recém-eleito Sebastián Piñera, a presidente Michelle Bachelet fez homenagens a chilenas ilustres que lutaram pela dignidade da mulher no país, acompanhada da atriz transexual Daniela Vega, protagonista de Uma Mulher Fantástica, que ganhou o Oscar de melhor filme estrangeiro.

"É o último dia em que me dirijo a vocês no exercício do meu cargo, por isso quero agradecer, porque muitas vezes, nos momentos mais difíceis, sempre senti o apoio incondicional das mulheres da minha pátria", destacou.

Acompanhada de suas ministras, mulheres sindicalistas e dirigentes políticas, entre outras, a presidente ressaltou que seu governo conseguiu "abrir uma porta, e não qualquer uma, para que por ela passem mais e mais mulheres caminhando para um país mais justo e equitativo".

Coreia do Sul


Centenas de sul-coreanas realizaram uma passeata pelo centro de Seul aos gritos de "Me Too" (Eu também, em inglês) em referência à campanha que começou em Hollywood e vive o auge no país, onde o número de vítimas que denunciaram abusos sexuais disparou desde janeiro.

No protesto, que tomou a praça de Gwanghwamun, também foram exibidos cartazes a favor do movimento chamado "With You" (Com você, em inglês), que surgiu na Coreia do Sul ao calor do "Me too".

Números do Ministério de Igualdade de Gênero e Família da Coreia do Sul de 2016 mostram que 80% das cidadãs já sofreram assédio sexual no trabalho, mas que apenas 10% das afetadas denunciam por medo de represálias ou pela sensação de que nada mudaria.

*Com informações da EFE

As bolsas europeias operaram sem sinal único nas horas iniciais do pregão desta quinta-feira, 8, diante da expectativa pela decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE). A comunicação do BCE, porém, acabou por enfraquecer o euro, o que beneficiou ações de exportadoras da região e apoiou os índices acionários. O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 1,05%, em 376,62 pontos.

O BCE manteve a política, como esperado. A novidade, porém, foi que seu comunicado retirou uma menção à possibilidade de elevar o montante do programa de compra de bônus, caso o cenário piore. A notícia, num primeiro momento, fortaleceu o euro, porém a moeda comum perdeu força diante de outros sinais favoráveis a uma política monetária mais relaxada do BCE. O presidente da instituição, Mario Draghi, reafirmou sua preocupação com a trajetória fraca dos preços. "O quadro da inflação não mudou muito", admitiu ele. "Um amplo grau de estímulo monetário continua a ser necessário", enfatizou.

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O euro mais fraco ajudou as ações de exportadoras europeias, já que o câmbio nesse caso representa uma vantagem para essas companhias. A libra também se enfraqueceu durante o pregão, o que ajuda as exportadoras britânicas.

Além disso, houve expectativa entre investidores por detalhes sobre o plano do governo do presidente americano, Donald Trump, de elevar tarifas à importação de aço e alumínio. Durante o pregão europeu, contudo, não houve novidades nessa área.

Na agenda de indicadores, as encomendas à indústria da Alemanha recuaram 3,9% em dezembro ante janeiro, após ajustes sazonais. Analistas previam baixa bem menor, de 1,5%.

Entre as ações em destaque, Casino caiu 3,66% em Paris, após o balanço da varejista francesa mostrar queda forte no lucro, de 2,68 bilhões de euros em 2016 para 120 milhões de euros no ano passado, embora ela tenha registrado crescimento nas vendas.

Na bolsa de Londres, o índice FTSE-100 fechou em alta de 0,63%, a 7.203,24 pontos. Entre os bancos, Lloyds subiu 0,37% e Barclays, 0,64%, enquanto a petroleira BP subiu 0,72%. Já a mineradora Glencore caiu 1,10%, em jornada negativa para o cobre.

Em Frankfurt, o índice DAX subiu 0,90%, a 12.355,57 pontos. Deutsche Telekom subiu 0,72%, entre os papéis mais negociados, e Deutsche Bank caiu 0,58%. E.ON teve alta de 0,99%, no setor de energia, enquanto a companhia aérea Lufthansa caiu 1,66%.

Na bolsa de Paris, o CAC-40 ganhou 1,28%, a 5.254,10 pontos. No território positivo, Total subiu 0,82% e Crédit Agricole, 0,29%. Já Air France-KLM caiu 4,51%, após divulgar números atualizados sobre o número de passageiros transportados.

Na bolsa de Milão, o índice FTSE-MIB avançou 1,15%, a 22.731,10 pontos. No setor bancário italiano, Intesa Sanpaolo subiu 0,56% e Banco BPM, 1,95%. Eni teve ganho de 0,50%, enquanto Telecom Italia se destacou, com ganho de 4,63%.

Em Madri, o índice IBEX-35 teve ganho de 0,49%, a 9.646,20 pontos. Santander subiu 0,20%, Telefónica avançou 2,06% e Abengoa B cedeu 1,75%, na praça local. Iberdrola teve alta de 1,27%.

Em Lisboa, o PSI-20 fechou em alta de 1,04%, em 5.395,13 pontos. Banco Comercial Português subiu 0,52% e EDP-Renováveis avançou 2,52%, enquanto Galp Energia teve alta de 0,58%. (Com informações da Dow Jones Newswires)

De acordo com o relatório do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) oito países apresentam um quarto ou mais de sua população em situação de extrema fome e miséria.

O documento, divulgado hoje (29), mostra que regiões afetadas por conflitos internos apresentam as piores situações de saúde e alimentação e pede que os demais países prestem auxílio aos necessitados.

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O caso mais preocupante é o do Iêmen, onde 60% dos habitantes (17 milhões de pessoas) sofrem fome severa, seguido do Sudão do Sul, com 45% da população (4,8 milhões) em situação semelhante. Outros países em situações emergenciais são: República Centro-Africana (1,1 milhão de pessoas); Ucrânia (1,2 milhão); Afeganistão (7,6 milhões); Somália (3,1 milhões), Síria (6,5 milhões) e Líbano (1,9 milhões).

A EF Education First, empresa especializada em intercâmbio e cursos no exterior, está recebendo inscrições para o seu programa de estágio global que oferece a possibilidade de realizar um estágio de três meses em três países diferentes, um país por mês, onde houver escolas ou escritórios da EF. Como benefício, a empresa cobre os custos de passagens aéreas, acomodações, pedidos de visto e seguro-saúde durante os meses de duração do estágio global.

As possíveis escolhas de destinos para realizar o estágio são o Reino Unido, Espanha, Alemanha, Irlanda, França, Suíça, Estados Unidos, Canadá, Costa Rica, Japão, Singapura, Coreia do Sul, Austrália, Nova Zelândia, China e África do Sul, entre outros. Para concorrer a uma das 15 vagas é necessário ter completado o ensino médio, ter mais de 18 anos, preencher um formulário de inscrição e enviar também um vídeo de 60 segundos, respondendo à pergunta “O que a missão da EF de ‘abrir o mundo através da educação’ significa para você?”. Para mais informações e realizar a inscrição, acesse o site da EF.

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Todo o material enviado deve estar em inglês. Os candidatos que tiverem uma boa desenvoltura na primeira etapa serão convidados para a próxima fase de seleção, que consiste em uma entrevista via Skype, realizada com representantes mundiais da empresa. 

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Em uma reunião com membros do Congresso sobre os debates para uma nova lei migratória, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, usou palavras de baixo calão para se referir aos imigrantes haitianos, salvadorenhos e africanos que chegam ao país.

"Por que todas essas pessoas desses buracos de merda vêm parar aqui?", teria dito aos democratas e republicanos durante uma reunião na última terça-feira (9), segundo informa a mídia norte-americana.

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O comentário referia-se ao debate sobre a chegada massiva de estrangeiros do Haiti, de El Salvador e de nações africanas. Ele ainda afirmou que os EUA estariam melhores se atraíssem pessoas como os "noruegueses".

"Por que nós precisamos de mais haitianos? Mantenham eles longe", teria acrescentado ainda o presidente, deixando os congressistas sem palavras.

A Casa Branca não quis responder sobre o caso, deixando em aberto a possibilidade de Trump, realmente, ter se dirigido dessa maneira aos imigrantes. O governo limitou-se a dizer que o mandatário "sempre lutará pelo povo norte-americano" enquanto "alguns políticos de Washington lutam por países estrangeiros".

"Como outros países que tem uma imigração baseada no mérito, o presidente Trump está lutando por soluções permanentes para fazer nosso país mais forte, dando as boas vindas àqueles que podem contribuir para a nossa sociedade, crescer nossa economia e assimilá-la dentro de nossa grande nação", disse ainda um dos porta-vozes da Casa Branca, Raj Shah.

A declaração do presidente pode complicar ainda mais um acordo bipartidário no tema da imigração.

Após a reunião da terça, a mídia veiculou que Trump teria condicionado a liberação para a permanência dos chamados "dreamers" - os estrangeiros que chegaram aos EUA ainda crianças e jovens - à construção do muro na fronteira com o México.

Frear a imigração foi uma das chaves da campanha presidencial do republicano. No entanto, ao assumir o governo, ele enfrentou resistência tanto política como judicial para aplicar diversas medidas contra os deslocados internacionais.

da Ansa

Fabricar uma bomba atômica e colocá-la em um míssil balístico, como a Coreia do Norte tem a ambição de fazer, é um processo complexo que começa nas minas de urânio e termina com a miniaturização da carga nuclear.

O urânio, matéria-prima

Existem duas maneiras de fabricar uma bomba atômica: utilizar urânio enriquecido ou plutônio, que surge da combustão do urânio. O urânio está relativamente espalhado na crosta terrestre, tanto no solo com sob os oceanos.

Cerca de 20 países contam com minas operacionais de urânio. De acordo com a World Nuclear Association, mais de dois terços da produção de urânio têm origem no Cazaquistão (39%), Canadá (22%) e na Austrália (10%). Entre os outros grandes produtores destacam-se Rússia, Níger e Namíbia.

O urânio natural é formado por dois tipos de isótopos: o urânio 238 (99,3%) e o urânio 235 (0,7%). Mas somente este último pode ser usado como combustível nuclear.

Para obter o combustível necessário para fabricar uma arma nuclear deve-se enriquecer o urânio, ou seja, aumentar sua proporção de U-235. Em primeiro lugar, o mineral é triturado e utilizam soluções alcalinas para extrair o urânio.

Depois de secá-lo, obtém-se um concentrado sólido de urânio chamado "yellowcake" que, ligeiramente aquecido, passa para o estado gasoso e pode então ser enriquecido.

Enriquecer o urânio

O enriquecimento se refere à operação que consiste em separar o urânio 238, mais pesado, do urânio 235, mais leve, com centrífugas. São necessárias milhares de centrífugas para obter um volume considerável de urânio enriquecido. Poucos países no mundo contam com esse tipo de instalação grande e cara. Uma vez enriquecido, o urânio pode ser usado de diferentes formas, segundo o nível de concentração de U-235.

O urânio ligeiramente enriquecido (3,5% a 5%) é utilizado como combustível nas centrais nucleares para produzir energia. A um alto grau (90%), pode servir para fabricar uma bomba atômica (urânio de "qualidade militar"), com a condição de dispor de uma quantidade suficiente ("massa crítica") para provocar uma reação em cadeia que causará uma explosão nuclear.

Uma bomba atômica requer 25 quilos de urânio enriquecido, ou oito quilos de plutônio. No mundo existe suficiente plutônio e urânio enriquecido para fabricar o equivalente a 20.000 bombas como a de Hiroshima, segundo o Painel Internacional sobre materiais físseis, um grupo de especialistas.

Como funcionam as bombas A e H?

A bomba A, conhecida como "bomba atômica", funciona com uma reação em cadeia. Trata-se de quebrar o núcleo de um átomo enviando nêutrons para este ponto, de maneira que esse fenômeno se repita multiplicando-se por dois a cada vez. Este crescimento exponencial libera uma energia enorme, um calor muito forte, uma explosão e emite radiação. Este processo é conhecido como fissão.

Detalhadamente, mediante uma carga explosiva, lança-se um bloco de urânio 235 contra outro. Os átomos se rompem no impacto, provocando a reação em cadeia e a explosão da bomba. Outra configuração possível: colocar explosivos ao redor de uma bola de plutônio e ativá-los ao mesmo tempo. Com esta pressão os átomos se rompem.

A bomba H, também conhecida como bomba termonuclear, funciona a partir de um processo de fusão nuclear. Vários átomos leves são comprimidos até o ponto de se unirem e liberarem uma quantidade de energia superior à temperatura e pressão solar.

Na parte superior desta megabomba há uma bomba A clássica, que serve para prender o dispositivo. Sua fissão gera um calor intenso que se reflete nas paredes da parte inferior e desencadeia a fusão.

A bomba H é muito mais poderosa que a bomba A. A bomba atômica lançada sobre Hiroshima em 1945 tinha uma potência de 15 quilotons, ou 15 mil quilos de TNT. A bomba H libera uma energia de vários megatons, o que equivale a milhões de quilos de TNT.

Por enquanto não foi utilizada nenhuma bomba de hidrogênio fora dos disparos de teste.

Balística e miniaturização: últimos passos

Existem três possibilidades de lançar um míssil ("vetor") carregado com uma ogiva nuclear: por avião, do solo, ou de um submarino. Quando a bomba é lançada por um míssil, o desafio tecnológico é duplo. É necessário ser um especialista em balística (alcance e precisão do míssil) e saber miniaturizar a carga nuclear.

Em termos de balística, a ogiva de um míssil intercontinental (ICBM), com um alcance muito longo, deve ser capaz de suportar um voo de milhares de quilômetros, assim como de retornar à atmosfera para alcançar seu objetivo, fase durante a qual o atrito o submete a temperaturas e vibrações extremamente altas.

A técnica de miniaturização também é essencial. Trata-se de fazer com que a bomba seja suficientemente compacta para montá-la na ogiva do míssil, mas também suficientemente robusta para sobreviver a um disparo de míssil balístico intercontinental.

Miniaturizada, a bomba atômica ocupa um pequeno espaço no míssil, que contém principalmente combustível para sua propulsão. Um míssil pode estar carregado com várias ogivas nucleares que podem alcançar objetivos diferentes.

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