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O presidente da CPI da Covid, Omar Aziz (PSD-AM), afirmou que a comissão irá recorrer da decisão do ministro Luis Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), que concedeu ao empresário Carlos Wizard o direito de ficar em silêncio durante seu depoimento à CPI. A declaração foi dada logo após o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) exibir um vídeo do empresário falando que pessoas morreram de covid-19 por terem ficado "em casa" sem buscar o tratamento precoce - que não tem eficácia comprovada cientificamente para combater o coronavírus.

Aziz reagiu a declaração afirmando que tal atuação de Wizard não pode ficar impune. "Senhor Carlos Wizard, meu irmão morreu em janeiro de covid, minha família sentiu muito, é uma coisa muito dolorida a gente ouvir isso do senhor, para quem perdeu um ente querido. Eu recomendo, vossa excelência, Deus lhe deu tudo que um homem pode querer, sucesso, família, mas não tenha dúvida que essa forma como o senhor fala machuca muito quem perdeu pessoas. Eu peço a mesa que recorra da decisão do ministro Barroso em relação ao HC concedido a vossa excelência", afirmou Aziz.

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O vídeo exibido por Randolfe é o mesmo em que Wizard faz uma "homenagem" ao prefeito da cidade de Porto Feliz, no interior de São Paulo, que teria assumido compromisso com a população da cidade, de que ninguém iria morrer vítima da covid-19 em razão do uso do tratamento precoce.

"(O prefeito) preparou um kit, com primeiros sintomas da doença, (paciente) recebe o tratamento, e sabe o que acontece? Ninguém morreu de covid-19 na cidade de Porto Feliz. O Ministério da Saúde indica que teve cinco óbitos de covid. De fato teve cinco óbitos. Mas sabe quem são os cinco óbitos? aqueles que ficaram em casa, que não foram em busca do tratamento precoce", afirmou o empresário na ocasião. "Iremos recorrer fazendo um apelo ao ministro, para que possamos dar com essa fala do senhor de exemplo, não pode ficar impune, isso não pode ficar impune, em nome de 516 mil vidas, não pode rir disso", reagiu o presidente da CPI.

Durante o debate, Aziz protagonizou mais uma troca de farpas com o senador governista Marcos Rogério (DEM-RO), que chamou a comissão de "CPI do Circo". " Vossa excelência é o maior palhaço que tem aqui", rebateu Aziz. "E vossa excelência é o chefe do circo", respondeu Marcos Rogério.

Confusão com Toron

Figura conhecida pela defesa de célebres investigados pela Operação Lava Jato perante o STF) o advogado criminalista Alberto Zacharias Toron quase foi retirado da sala da CPI da Covid pela Polícia Legislativa. Enquanto o empresário Carlos Wizard usa a decisão do STF para ficar em silêncio, seu advogado protagonizou com o senador Otto Alencar (PSD-BA) um bate-boca que esquentou o clima na sessão.

A calmaria desandou quando Toron classificou como "covardia" uma atitude de Alencar, que presidia a sessão naquele momento, ao fazer uma referência ao advogado e não deixá-lo rebater. "Está muito corado (Toron, que permanece ao lado de Wizard durante a oitiva), parece que tomou banho de mar, está vermelho, e o senhor, seu Carlos, amarelou aqui", disse o senador em alusão ao fato de Wizard não responder às perguntas dos integrantes da CPI.

"Vossa excelência está absolutamente enganado, não tomei banho de sol, nem de mar, e vossa excelência está errado...", respondeu Toron, que foi interrompido por Otto. "Não dei a palavra ao senhor, só fiz uma comparação", rebateu o senador. "Vossa excelência se referiu a mim e não quer que eu responda, isso é de uma covardia, senador", afirmou o advogado.

O uso da palavra "covardia" por Toron irritou Otto Alencar, que pediu então que a Polícia Legislativa retirasse o advogado da comissão. "O senhor não pode me chamar de covarde. Vou mandar retirá-lo, chama a Polícia Legislativa, manda tirar daqui", exclamou.

Experiente na tribuna da Suprema Corte, Toron tentou apaziguar a situação e depois classificou o episódio como um "mal-entendido". "Vossa excelência se referiu a mim de forma jocosa, de forma a me colocar em ridículo. Quando quis responder, não me permitiu, eu disse que essa atitude é de uma covardia. Eu tenho respeito por vossa excelência (Otto Alencar)", afirmou o advogado, que até então era uma figura desconhecida do senador.

Toron fez questão de dizer que conhece "muitos senadores" e advoga para vários conhecidos de Alencar. "Tenho maior respeito por todos, eu advogado para muita gente que vossa excelência seguramente conhece, de vários partidos. O meu objetivo aqui é calado acompanhar, mas vossa excelência se referiu a mim", disse o advogado, que defendeu o ex-senador e hoje deputado Aécio Neves (PSDB-MG) das acusações de corrupção passiva e obstrução à Justiça no caso JBS.

Outro caso emblemático da Lava Jato em que Toron atuou como advogado de defesa foi do ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobras Aldemir Bendine. Em 2019, a Segunda Turma do STF derrubou uma decisão do ex-juiz federal Sergio Moro que, em março de 2018, condenou Bendine a 11 anos de reclusão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Foi a primeira vez que o Supremo anulou uma condenação de Moro. A tese de defesa, que tinha Toron como um dos advogados, foi de que havia ilegalidade no processo de Bendine, porque ele foi obrigado por Moro a entregar seus memoriais (uma peça de defesa) ao mesmo tempo que delatores da Odebrecht apresentaram acusações contra sua pessoa.

Em sua fala inicial na CPI da Covid, o empresário Carlos Wizard negou que tenha participado ou tenha conhecimento do chamado "gabinete paralelo" de assessoramento ao presidente Jair Bolsonaro em assuntos da pandemia. Ele afirmou também que nunca fez "qualquer movimento" para a compra de medicamentos para enfrentamento à Covid-19 ou financiamento de comunicação sobre o tema. Logo após as afirmações, Wizard comunicou aos senadores que, com amparo na decisão do ministro Luis Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), ficará em silêncio durante o resto da oitiva.

"A minha disposição de servir o País, combater a pandemia e salvar vidas faz com que seja acusado de pertencer a um suposto gabinete paralelo, afirmo que jamais tomei conhecimento de qualquer governo paralelo. Se porventura esse gabinete paralelo existiu, eu mais tomei conhecimento ou tenho informação a respeito. Jamais foi convocado, abordado, para participar de qualquer gabinete paralelo, é mais a pura expressão da verdade", afirmou Wizard, que alegou ainda não ter tido qualquer encontro particular com o presidente Jair Bolsonaro.

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Sobre o tratamento precoce, que não tem eficácia comprovada para tratar a Covid-19, Wizard alegou que, no início da pandemia, havia uma "compreensão sobre o uso de alguns medicamentos", mas que com o passar do tempo e aprofundamentos dos estudos, hoje existem "posições contrárias" a esse método. "Atualmente há posições contrárias ao tratamento preconizado no passado, a despeito da conduta médica adotada, a ciência compra que a vacinação é elemento essencial para controle da pandemia, sempre apoie a imunização, a ponto de querer doar vacinas ao povo brasileiro", disse.

Ele negou também que tenha participado de tratativas de aquisição da vacina Convidecia, do Laboratório CanSino. "A imunização de rebanho é outro tema que escapa aos domínios do meu conhecimento. Esclareço por fim que não fiz qualquer movimento para compra de medicamentos para combate da Covid-19 e nem tampouco financiei qualquer espécie de comunicação nesse sentido, inclusive a empresa Belcher em nota pública declara expressamente não ter qualquer vínculo de minha parte na tratativa da aquisição das vacinas Convidecia", afirmou o empresário.

Logo após essas afirmativas, Wizard comunicou aos senadores que ficará em silêncio. "Por fim, feitos esclarecimentos, por orientação dos meus advogados e em conformidade doravante vou permanecer em silêncio", disse.

'Quem não deve, não teme'

A líder da bancada do PSOL na Câmara, a deputada Talíria Petrone (RJ), criticou, no Twitter, a postura de Carlos Wizard em depoimento à CPI da Covid. O empresário utiliza do direito a silêncio e nega responder as perguntas feitas. "Quem não deve, não teme", avaliou Talíria.

Wizard chegou ao Senado carregando um cartaz com um versículo do Velho Testamento, Isaías 41:10. O versículo diz: "Não tema, pois estou com você; não tenha medo, pois sou o seu Deus. Eu o fortalecerei e o ajudarei; eu o segurarei com a minha mão direita vitoriosa". Em fala inicial à comissão, o empresário negou a existência do "gabinete paralelo" e financiamento a remédios.

"Carlos Wizard, o bilionário fundamentalista religioso, mente na #CPIdaCovid e usa de uma suposta fé para se blindar", repudiou a deputada no Twitter.

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia no Senado ouve, nesta quarta-feira (30), o empresário Carlos Wizard empresário apontado como integrante do “gabinete paralelo” de aconselhamento ao presidente Bolsonaro no enfrentamento à pandemia. Wizard já foi inserido na lista de investigados da CPI. Omar Aziz (PSD-AM) informou que caso o depoimento seja a contento, não há necessidade de reter o passaporte do depoente.

Em sua fala inicial, Carlos Wizard explicou por que não compareceu à CPI na primeira convocação. Alegou que estava nos Estados Unidos cuidando do pai, idoso e acamado, e de uma filha, que está prestes a dar à luz em uma gravidez de risco. "O que os senhores fariam se estivessem na minha condição?", perguntou aos senadores.

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Já antes de iniciar as perguntas do relator Renan Calheiros (MDB-AL), o advogado de Wizard tomou a palavra e disse que ele se valerá da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que lhe permite ficar em silêncio.

Ainda em sua declaração inicial, afirmou ter conhecido o general Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde, durante missão humanitária em Roraima. Negou ter conhecimento da existência de um "gabinete paralelo" de aconselhamento ao presidente da República. Lendo declaração escrita, justificou sua defesa do tratamento precoce para Covid-19 alegando que o entendimento da ciência evoluiu. E disse apoiar a imunização da população.

Após exibir vídeos de Carlos Wizard em entrevistas afirmando ser conselheiro do Ministério da Saúde, Renan Calheiros iniciou uma série de questionamentos sobre a participação do empresário no grupo de aconselhamento do governo federal responsável pelas medidas de combate à pandemia. O depoente a cada pergunta diz que, respeitosamente, se reserva “o direito de permanecer em silêncio”.

*Da Agência Senado

A deputada federal Marília Arraes (PT-PE) usou o Twitter, neste sábado (29), para criticar o silêncio do governador Paulo Câmara (PSB), após a ação truculenta da Polícia Militar (PM) durante um ato contra o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) que aconteceu no Recife. Agentes do Batalhão de Choque da PM pernambucana dispararam bombas, balas de borracha e agrediram militantes e parlamentares no fim da manifestação. 

Marília aproveitou o momento para alfinetar também o que chamou de "instabilidade" do PSB, partido do governador. "A instabilidade ideológica do PSB é tão grande, que nem eles entendem direito em que lado estão. Se dizem antibolsonaro e, com atitudes, reproduzem o fascismo em vários momentos. Pronunciamento só da vice-governadora. O governador ninguém sabe, ninguém viu. Pra variar", escreveu no Twitter.

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Antes disso, a petista também argumentou: "Um governador deve ter o controle de diretrizes seguidas pela polícia enquanto corporação. Numa situação como essa, não dá pra dizer que não tem nada a ver com o que houve. Ou não tem o controle, pulso firme, ou é fascista em pele de progressista, pra ganhar voto. Prévia de 2022".

Assim como os parlamentares que estavam na manifestação, Marília Arraes cobrou respostas da PM. "Tiros de bala de borracha, agressões, prisões, spray de pimenta contra o povo! Inadmissível a violência policial, hoje, no Recife! Quem deu ordem para a PM atacar uma manifestação pacífica? A PM agiu por conta própria? Precisamos de respostas!", disse.

O LeiaJá entrou em contato com a Polícia Militar, mas até o momento eles disseram que estão apurando o caso para poder se pronunciar. O Governo de Pernambuco também foi procurado, mas até o fechamento desta matéria não havia nenhum posicionamento. 

O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), atendeu parcialmente o pedido da secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Mayra Pinheiro, conhecida como ‘capitã cloroquina’, para reconsiderar a decisão que negou a ela o direito de ficar em silêncio da CPI da Covid.

Em despacho nesta sexta-feira, 20, ele autorizou apenas que ela deixe de responder perguntas relacionadas a fatos ocorridos entre dezembro ano passado e janeiro deste ano, quando estourou a crise de desabastecimento de oxigênio hospitalar em Manaus. Mayra deve ser ouvida pelos senadores na próxima terça-feira, 25.

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"Diante das alegações e dos documentos agora apresentados, esclareço que assiste à paciente o direito de permanecer em silêncio - se assim lhe aprouver - quanto aos fatos ocorridos no período compreendido entre dezembro de 2020 e janeiro de 2021, objeto da Ação de Improbidade Administrativa acima mencionada, em que figura como ré, devendo, quanto ao mais, pronunciar-se sem reservas, especialmente acerca de sua atuação na Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde, vinculada ao Ministério da Saúde, bem assim sobre as demais questões que vierem a ser formuladas pelos parlamentares", diz um trecho da decisão.

Ao analisar o primeiro pedido, o ministro entendeu que não havia elementos que justificassem a concessão do habeas corpus preventivo. Isso porque o salvo-conduto serve para garantir o direito de exercício da prerrogativa constitucional contra a autoincriminação, isto é, de não produzir provas contra si quando houver investigação em curso. Segundo Lewandowski, a secretária, contudo, não é alvo de inquérito relacionado aos fatos apurados na CPI.

No pedido de reconsideração, apresentado mais cedo, Mayra afirmou que há sim uma investigação contra ela que esbarra nos limites do trabalho da comissão parlamentar. Ela alega ser alvo do mesmo inquérito que envolve o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, na esteira do colapso causado pela falta de oxigênio na capital amazonense.

Na semana passada, Lewandowski atendeu a um pedido semelhante feito pela Advocacia Geral da União (AGU) em favor de Pazuello, que obteve o direito de ficar calado caso seja pressionado a responder perguntas que possam incriminá-lo. Na decisão que negou o habeas corpus à secretária, o ministro observou que não há "similitude fática ou jurídica" entre os dois casos.

Como mostrou um levantamento feito pelo Estadão, ao longo dos últimos 25 anos o Supremo Tribunal Federal concedeu mais de 20 habeas corpus preventivos que garantiram a depoentes convocados por comissões parlamentares o direito de permanecer em silêncio, receber orientações de advogados durante os interrogatórios e até de não comparecer diante de deputados e senadores.

Líder da oposição na Câmara do Recife, o vereador Renato Antunes (PSC) subiu o tom contra o Governo do Estado, criticou o silêncio da bancada socialista e indicou a união de parlamentares de outras cidades para tentar barrar na justiça o aumento da tarifa dos ônibus que trafegam na Região Metropolitana do Recife (RMR) já em validade desde o último domingo (7).

“O governo deu uma demonstração da sua falta de sensibilidade com o momento de dificuldade que toda sociedade está enfrentando. É vergonhoso trazer mais um aumento ao contribuinte, que neste momento luta para conseguir se manter. Eles podem até argumentar que o aumento é legal, mas não é moral. Chama atenção que este aumento não sofra resistência. O governo e diversos parlamentares socialistas, que cobram a permanência do auxílio emergencial do Governo Federal, que deve ser mantido, deveriam se juntar a nós e também cobrar que o PSB recue e intervenha barrando este aumento nas passagens”, frisou Renato.

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Com a mudança, a tarifa A passou de R$ 3,45 para R$ 3,75, e a tarifa B foi de R$ 4,70 para R$ 5,10. Já o anel G cresceu de R$ 2,25 para R$ 2,45. De acordo com o vereador, a medida é problemática especialmente pela situação de pandemia que assola o país.

“No momento em que a gente vive, em que as pessoas infelizmente não têm a sua renda garantida, vemos o Governo do Estado, mais uma vez respaldado por um Conselho aparelhado, aumentar a passagem de forma abusiva. Deveríamos estar preocupados com a vacinação do recifense e com oportunidades de gerar renda e emprego. Mas estamos debatendo aumento de passagem. Vamos buscar as esferas necessárias para combater [o aumento] com ação. Vamos buscar apoio de parlamentares de outras cidades vizinhas e buscar na justiça, interromper mais um prejuízo na conta do povo da nossa cidade e estado”, finalizou o vereador.

Celebrando 55 anos de vida, e quase 37 de carreira, o músico pernambucano Valfrido Santiago chega às plataformas digitais com o EP Silêncio. Este é o segundo trabalho solo do artista, produzido de forma independente, com sua assinatura nas composições, arranjos e produção musical.

Valfrido Santiago é cantor, compositor e instrumentista de Goiana (PE), e iniciou sua trajetória na década de 1980. Desde então, participou de inúmeros projetos musicais. Suas influências transpassam as vivências do artista na Mata Norte pernambucana, o cancioneiro brasileiro, o jazz americano e inspirações em artistas como Núbia Lafayette e Evaldo Braga. Em 2018, uniu-se aos também músicos Sam Silva, Philippe Wollney e Lucas Torres no projeto Tertúlia, misturando música autoral e poesia feita na Zona da Mata.

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O novo EP Silêncio surgiu durante a quarentena. São cinco canções, uma delas composta especificamente durante o isolamento, que constroem uma narrativa sobre a ausência de sons e a solidão. O disco foi lançado no último dia 18 de dezembro, data em que o artista completou seus 55 anos e já pode ser conferido nas principais plataformas digitais. 

O PSB afirmou ter apresentado, nessa terça-feira (24), uma interpelação judicial contra o deputado federal Túlio Gadêlha (PDT) no Supremo Tribunal Federal (STF). A iniciativa foi tomada para que, segundo a legenda, o pedetista "esclareça em juízo as inverídicas acusações que fez contra o partido".

No último dia 22, pelo Twitter, Túlio afirmou que o ex-chefe de gabinete dele teria sido procurado pela coordenação de campanha do PSB, para "negociar seu silêncio". No mesmo dia, Rafael Bezerra, então chefe de gabinete do parlamentar, utilizou a mesma rede social para desmentir o deputado e anunciar que estava deixando o gabinete por conta das acusações.

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Na interpelação, o PSB pede que Túlio comprove judicialmente o que postou na internet. “Isto porque o mandato legislativo não pode ser um cheque em branco para o cometimento de crimes contra a honra das pessoas”, afirma o texto protocolado pelo partido.

Nessa terça (24), o deputado também publicou no Twitter que o PSB havia contratado quatro dos seus ex-assessores exonerados por desvio de moral. Na publicação, ele não citou se os contratados foram para a gestão estadual ou do Recife, nem quem eram esses exonerados. 

O WhatsApp é conhecido por sua simplicidade, mas recentemente novas funções, inspiradas em outras plataformas, têm sido incorporadas.

Na semana anterior, o aplicativo de mensagens implementou novas funções, como a possibilidade de definir o período pelo qual um arquivo compartilhado estará disponível e apoio para diversos dispositivos sincronizados.

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Já nesta sexta (2), segundo o portal WABetaInfo, novas funcionalidades há muito esperadas passam a integrar a plataforma do aplicativo disponível para dispositivos Android.

Sempre silenciado

Algumas vezes não queremos receber notificações de um determinado contato. Portanto, o WhatsApp oferece a opção de silenciá-lo.

A maior duração disponível atualmente é de um ano, mas a mais recente versão beta permitirá silenciar eternamente os contatos indesejados.

Interface para armazenamento de uso

A mais recente versão beta também integra uma interface mais detalhada para o armazenamento de uso. Na parte superior desta seção existirá uma barra as informações de uso. Na parte inferior – uma opção para limpar todos os arquivos desnecessários, possibilitando que sejam separados.

Além disso, a opção também contará com uma lista de conversas com o tamanho ocupado por cada uma na parte direita. Esta seção também inclui um mecanismo de pesquisa das conversas desejadas.

Controle de mídia

Por fim, o WhatsApp beta também acrescenta uma ferramenta de controle de mídia, tal como no Instagram, para auxiliar seus usuários a colocarem textos ou stickers enquanto editam imagens, vídeos e GIFs.

Da Sputnik Brasil

Eles passaram anos na prisão por crimes de lesa-majestade, mas os dissidentes tailandeses não jogam a toalha e, neste fim de semana, participarão de manifestações anunciadas como históricas, em apoio ao movimento estudantil que ousou enfrentar o assunto tabu do país: a monarquia.

"A luta não terminou", disse, entusiasmado, Somyot Prueksakasemsuk. "Nossos esforços continuam. As novas gerações descobriram a realidade (...) e pedem abertamente uma reforma da monarquia", afirma.

Condenado em virtude do artigo 122 do Código Penal tailandês por crime de lesa-majestade, que castiga com severidade qualquer difamação contra a família real, este jornalista passou sete anos na prisão.

Apesar dos riscos, neste fim de semana, este ativista de 58 anos participará das manifestações. Ao menos 40.000 pessoas são esperadas nas ruas, segundo a imprensa local.

Será a maior manifestação da oposição desde o golpe de Estado de 2014, que levou o atual primeiro-ministro, Prayut Chan-O-Cha - que depois ganhou as eleições -, ao poder.

- "As pessoas acordaram" -

O movimento estudantil pede uma reforma da monarquia, defende, principalmente, que o rei não deve se meter em assuntos políticos, assim como reivindica a eliminação da lei sobre os crimes de lesa-majestade e que a realeza devolva bens ao Estado.

Nada parecido foi visto até então no reino, onde a monarquia parecia estar sempre acima das turbulências políticas que derrubaram os sucessivos governos.

O objetivo desses estudantes não é acabar com a instituição, mas "modernizá-la e adaptá-la à nossa época".

Também pedem o fim da perseguição de opositores, a dissolução do Parlamento junto com a renúncia de Prayut Chan-O-Cha e a reforma da Constituição, considerada muito favorável ao Exército.

O governo afirma que a lei de lesa-majestade não foi usada nos últimos anos, o que demonstraria o espírito conciliador do rei, que assumiu o trono no ano passado. Muitos militantes ainda são acusados, porém, de "sedição", um crime que pode levá-los a sete anos de prisão.

Nos últimos dois anos, pelo menos nove militantes pró-democracia que fugiram da Tailândia após o golpe de Estado de 2014 desapareceram, segundo a ONG Human Rights Watch.

Nas ruas, em paralelo ao movimento estudantil, surgiram grupos de defesa da monarquia, o que multiplica a tensão.

Para Jatupat Boonpatararaska, conhecido como "Pai" e que ficou dois anos preso por criticar o atual rei, as ameaças não funcionam mais.

"Nos consideravam pessoas que não faziam parte da sociedade, mas isso não funciona mais. As pessoas acordaram", afirma.

O músico Diego Ferrero lançou hoje (4) duas novas músicas em parceria com o vocalista da banda Fresno, Lucas Silveira. As faixas, “Será (Eu Não Vou Parar)” e “Silêncio”, estão disponíveis em todas as plataformas de streaming e podem ser conferidas aqui.

A faixa “Será (Eu Não Vou Parar)” é o mais recente trabalho da carreira solo de Ferrero, já “Silêncio” trata-se de uma releitura. A canção é parte do álbum “Agora” (2008), do NX Zero, que é a antiga banda do artista, e na época foi escrita por Silveira.

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Por ser muito popular entre os fãs de NX Zero e Fresno, Ferrero convidou Silveira para regravar a música, porém com uma nova roupagem e ritmo. A versão antiga tinha apenas a voz de Ferrero, mas desta vez os dois músicos dividem os vocais.

Emo

Fresno e NX Zero ganharam popularidade entre 2007 e 2009, quando foram consideradas as principais representantes do movimento emo no Brasil.

O NX Zero entrou em hiato no final de 2017, após o lançamento do DVD “Norte Ao Vivo”. Desde então, Ferrero segue em carreira solo. Já a Fresno continua ativa até os dias de hoje, o trabalho mais recente do grupo foi o álbum “Sua Alegria foi Cancelada”, que saiu no final do ano passado.

Na esteira do #Metoo, a nova plataforma "Mais de 30" amplia as vozes das mulheres vítimas de agressão sexual em Israel, em meio ao choque provocado pelo estupro de uma adolescente por 30 homens.

Há vários dias, testemunhos de agressões e assédio sexual se multiplicam nas redes sociais em hebreu, depois que se tornou conhecido o estupro em grupo de uma menina de 16 anos em um hotel da cidade turística de Eilat (sul).

"Qualquer mulher sabe que existem mais de 30 estupradores no país", afirma a iniciativa feminista Mitsad Hanashim (Marcha das Mulheres).

Em sua página do Facebook, pede às mulheres vítimas de violência sexual que inscrevam em sua plataforma online "Mais de 30" os nomes de seus agressores e a idade que tinham quando ocorreram os fatos.

"Existem dados sobre a violência contra as mulheres, mas já é hora de associar esses dados aos nomes (dos agressores) e de mostrar às autoridades que o problema de nossa sociedade não se resume somente a 30 estupradores", afirma o grupo feminista em hebreu e árabe.

"Entregaremos esta longa lista ao governo e pediremos que aceitem as denúncias das associações de mulheres para mudar a política contra a violência", explica à AFP.

O caso do estupro coletivo de Eilat estampou as manchetes dos jornais em 20 de agosto, quando a imprensa mencionou que os homens faziam fila em frente ao quarto da adolescente, que não estava sóbria, aguardando a vez para estuprá-la.

Nessa mesma noite aconteceram manifestações em várias cidades do país em apoio à vítima. No domingo passado, milhares de israelenses fizeram greve para denunciar a violência sexual contra as mulheres.

"É ultrajante, não há palavras! Não é apenas um crime contra uma jovem, é um crime contra a própria humanidade que merece toda a nossa condenação", disse o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que pediu que "os responsáveis sejam levados à Justiça".

A polícia continua prendendo os suspeitos.

- A ponta do iceberg -

Criada sábado passado, a campanha "Mais de 30" ("yoter mi shloshim" em hebreu) já recolheu mais de 1.000 depoimentos, afirma Ruty Klein, uma das criadoras da iniciativa.

"A partir do momento em que não se sente mais sozinha, você começa a falar, depois outra fala e mais outra", afirma. "A lista de depoimentos não para de crescer".

Para Illana Weizman, de 36 anos, uma das criadoras do "HaStickeriot", movimento inspirado em um grupo francês que cobre as ruas com cartazes para combater "a cultura do estupro", não há dúvidas de que está acontecendo um "despertar das consciências" em Israel.

No entanto, embora o caso de Eilat possa ter um efeito "catalisador", todos os dias há ocorrência de muitos estupros menos midiatizados, alerta a militante.

De acordo com o sindicato de centros de ajuda às vítimas de agressões sexuais em Israel, a polícia estima em 84.000 o número de mulheres agredidas no país todo ano. Isso significa 230 por dia.

E é apenas a ponta do iceberg...

"Uma em cada cinco mulheres será estuprada durante sua vida em Israel, uma em cada três será abusada sexualmente", conclui Weizman. "A violência sexual afeta todas as mulheres".

Parlamentares democratas no Congresso dos Estados Unidos se ajoelharam nesta segunda-feira (08) para prestar 8:46 minutos de silêncio em homenagem a George Floyd e outros negros americanos "que perderam a vida injustamente" pela violência de policiais brancos, antes de apresentar uma proposta de reforma orgânica da Polícia.

A presidente democrata do Congresso, Nancy Pelosi, o líder da minoria de seu partido no Senado, Chuck Schumer, assim como cerca de 20 parlamentares opositores, incluindo vários representantes negros, se reuniram no "Salão da Emancipação", assim nomeado em homenagem aos escravos que trabalharam na construção da sede legislativa em Washington, o Capitólio, no século XVIII.

A duração da homenagem não foi casual. Este foi o tempo que um policial branco passou com seus joelhos apoiados no pescoço de George Floyd, um afro-americano de 46 anos, até que o matou por asfixia em 25 de maio durante sua prisão por uma denúncia de suposto uso de uma nota falsa.

Esse incidente registrado na cidade de Minneapolis (Minnesota) provocou indignação nos EUA e no mundo, gerando múltiplos protestos contra o racismo e a violência policial em todo o país, em geral de tom pacífico e algumas violentamente reprimidas pelas forças de ordem. Também foi levada uma onda de críticas contra o governo do republicano Donald Trump, por sua estratégia de mão dura para encarar a crise.

Neste domingo, foi anunciado que o Conselho Municipal de Minneapolis se comprometeu a desmantelar seu Departamento de Polícia para reconstruí-lo totalmente. Os quatro policiais envolvidos no caso Floyd foram acusados com cargos e o que lhe asfixiou é acusado, entre outros, de homicídio culposo e assassinato sem premeditação.

A China não respondeu neste sábado (30) aos anúncios da véspera do presidente americano Donald Trump sobre o país asiático em um contexto de tensões, enquanto a imprensa de Pequim destaca a violência em Minneapolis.

Na sexta-feira (29), o presidente dos Estados Unidos anunciou, em tom firme mas sem revelar detalhes, que o país suspenderia a entrada em seu território de cidadãos chineses que possam representar um "risco" para a segurança do país.

Trump também pediu a sua administração que acabe com as isenções concedidas a Hong Kong no âmbito de sua relação especial com os Estados Unidos, para denunciar uma lei polêmica sobre a segurança nacional que Pequim deseja impor neste território autônomo.

Os anúncios acontecem em um clima explosivo com Pequim, frequentemente acusada pelo presidente americano de ser responsável pela propagação no planeta do novo coronavírus.

A China não fez nenhum comentário sobre os anúncios, incluindo o ministério das Relações Exteriores.

O jornal nacionalista Global Times, no entanto, critica uma "entrevista coletiva repleta de mentiras" sobre Hong Kong em um editorial publicado em chinês e em inglês.

A publicação foi uma das poucas que destacou o tema, enquanto a maior parte dos meios de comunicação oficiais se concentra na violência na cidade americana de Minneapolis, após a morte de um homem negro durante uma operação policial.

O canal público CCTV dedicou a abertura e grande parte de seu telejornal da tarde de sábado ao tema.

A agência estatal Xinhua ressalta a "divisão racial que continua a abalar a sociedade americana".

Na rede social Weibo, porém, as restrições de vistos para os estudantes chineses anunciadas por Donald Trump provocaram revolta.

"A força dos Estados Unidos vem do encanto que atrai os talentos e, mais cedo ou mais tarde, sofrerão", afirmou um usuário da rede. "Hoje em dia ninguém quer viajar aos Estados Unidos", comentou outro.

Em seu discurso, o presidente dos Estados Unidos não revelou detalhes sobre o alcance exato desta decisão e sobre o número de estudantes que poderiam ser afetados.

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, prestou depoimento nesta sexta-feira, 29, para explicar declarações contra o Supremo Tribunal Federal feitas em uma reunião ministerial. "Botava esses vagabundos todos na cadeia, começando no STF", disse Weintraub.

O ministro da Corte, Alexandre de Moraes, viu indícios de prática de delitos como difamação, injúria e crime contra a segurança nacional e havia dado cinco dias para que ele prestasse depoimento à PF no âmbito do inquérito das fake news. Weintraub compareceu na condição de investigado.

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O Estadão apurou que o ministro ficou em silencio.

O depoimento do ministro ocorreu pela manhã, na sede da pasta, antes mesmo de uma decisão do STF sobre o habeas corpus preventivo que pedia sua suspensão. No documento, assinado pelo ministro da Justiça, André Mendonça, argumentou que o colega de governo poderia sofrer limitação em seu direito de liberdade em consequência desse ato.

A Associação Nacional das Prefeituras Italianas (Anci) anunciou que fará uma homenagem, no próximo dia 31 de março, para as vítimas do novo coronavírus (Sars-CoV-2) e para todos aqueles que estão trabalhando na linha de frente do combate à pandemia.

"Bandeiras a meio-mastro e um minuto de silêncio observado pelo prefeito em frente à prefeitura de cada município em todas as comunas italianas na terça-feira (31), às 12h, em sinal de luto e de solidariedade. Para lembrar das vítimas do coronavírus, para honrar o sacrifício e o compromisso dos operadores sanitários, para abraçar idealmente todos, para dar apoio uns aos outros, como sabemos fazer ao sermos prefeitos", explicou o presidente da Anci e prefeito de Bari, Antonio Decaro.

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A iniciativa foi proposta pelo governador da província de Bergamo, Gianfranco Gafforelli, e agora será adotada por todos os municípios.

"Como ocorre sempre nas grandes emergências, nós, prefeitos, destinatários e protetores das preocupações dos cidadãos e de suas compreensíveis angústias, somos submetidos às fortes pressões de ter a responsabilidade de uma comunidade inteira. O desconforto, que nós sentimos, não devem prevalecer. Reajamos com força para transmitir confiança e esperança", acrescentou.

Até o momento, a Itália tem 80.589 casos confirmados da Covid-19 e contabiliza 8.215 mortes, sendo a nação que mais registrou óbitos relacionados à nova doença.

Da Ansa

Um silêncio impressionante reinou nesta segunda-feira em Trastevere, bairro agitado de Roma, que amanheceu com bares e restaurantes fechados, ruas desertas e pessoas trancafiadas em casa, após as ordens do governo para conter a epidemia de coronavírus.

“Não temos outras armas. Temos a mesma que foi usada no século XIV contra a peste negra. A de evitar o contato com outras pessoas”, resumiu na rádio pública RAI3 Carlo Palermo, do sindicato de médicos Anao Assomed, ao comentar sobre as medidas de isolamento adotadas no dia anterior para todo o país.

A histórica e inédita decisão, tomada diante da ascensão vertiginosa do contágio na Itália – que na segunda-feira subiu para 9.172 com 463 mortes – gera sentimentos contraditórios entre a população, do pânico e consternação, passando pela ganância e indiferença, mas também pela solidariedade e um certo otimismo.

“Não estamos preparados para um evento dessas proporções. Isso é pior que uma guerra. É algo global e o inimigo é invisível. É como se os extraterrestres tivessem chegado porque para uma gripe no inverno já temos a vacina”, confessa à AFP Raffaelle Scaramella, funcionário do Instituto Superior de Saúde, enquanto voltava para casa depois de fazer compras.

Depois que o chefe de governo Giussepe Conte anunciou na noite de segunda-feira que todo o país estava isolado, assim como a Lombardia e outras 14 províncias do norte, os supermercados que abrem 24 horas por dia foram praticamente assaltados.

“Molho de tomate, atum e papel higiênico são os produtos mais vendidos, além do álcool em gel”, comentou Michele, enquanto colocava embalagens de macarrão nas prateleiras vazias do supermercado.

O medo da escassez de alimentos forçou o governo a divulgar uma nota na segunda-feira explicando que os supermercados permanecerão abertos e serão abastecidos “regularmente”.

Apesar da indisciplina dos romanos, a maioria cumpre as disposições, conversam respeitando a ordem de manter pelo menos um metro de distância e poucos carros circulam nas ruas.

"Todos em casa"

Bares e correios estão vazios, assim como os ônibus, onde os passageiros usam máscaras e luvas de plástico.

Os deslocamentos foram proibidos em todo o território e as viagens só serão permitidas na Itália por motivos justificados de trabalho, saúde ou outras razões de urgência comprovadas.

Sob o lema “todos em casa” para deter a epidemia do coronavírus, o movimento no bairro agitado foi suspenso e a maioria das inúmeras casas de festas está vazia.

“Cancelei todas as reservas até abril”, afirma Sara Matteuzzi, 30 anos, que administra três apartamentos na região.

“Estou praticamente desempregada”, lamenta.

Mas enquanto o setor de turismo é atingido, outros descansam do cerco permanente.

“Sim, você precisa estar em casa. É a partir dessa experiência que emergirá um mundo melhor, mais unido, mais solidário e mais humano, que aprende o valor de contar com os demais, da família”, afirma Elena Boero, moradora em uma das ruas típicas de Trastevere, enquanto passeia com seu cachorro “apenas o tempo necessário” e desfruta do bairro curiosamente mais vazio.

Em um dos prédios desgastados do bairro, uma nota manuscrita anexada à porta é comovente: “Para a atenção dos idosos do prédio: estamos prontos para ajudá-los com suas compras. Tommaso e Giulia”.

“Tomo tudo isso com filosofia”, confessa por sua vez o motorista de táxi Francesco, 54 anos, que trabalhou muito pouco ao longo do dia.

As manchetes dos principais jornais italianos desta terça-feira são pouco tranquilizadoras.

“Agora toda a Itália está fechada”, diz o principal jornal da península, o II Corriere della Sera. “Todos em casa”, resume o jornal de esquerda La Repubblica, que descreve a medida como “tratamento de choque”.

No Vaticano, a poucos quilômetros de distância, a vida também parou e a imensa Basílica de São Pedro está fechada.

Uma decisão tão impactante quanto o vídeo do papa Francisco celebrando a missa diária na capela de sua residência Santa Marta, no Vaticano.

“Orem ao Senhor por nossos padres, para que tenham coragem de sair e visitar os doentes”, pediu o papa depois que o governo proibiu também as missas e funerais até 3 de abril.

O presidente Jair Bolsonaro é aliado do presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, e não esconde isso de ninguém, inclusive, em discursos internacionais faz questão de enaltecer o americano. Contudo, nesta sexta-feira (3), o Twitter amanheceu com a hashtag "#BolsonaroFicaCalado" como um dos assuntos mais comentados no Brasil. 

O pedido surge um dia depois do Pentágono assumir que partiu de Trump a ordem para um ataque aéreo com mísseis contra o Aeroporto de Bagdá. A investida dos EUA aconteceu três dias após manifestantes pró-Irã tentarem invadir a embaixada americana na capital do Iraque. 

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O Irã prometeu uma retaliação severa aos EUA, uma vez que no ataque morreram o general iraniano Qasem Soleimani e o líder paramilitar iraquiano Abu Mehdi al-Muhandis. Caso novos ataques ao país americano se confirmem, a expectativa é de que se inicie uma guerra generalizada entre os países. 

No Brasil, o pedido é para que Bolsonaro não tome partido diante da briga entre Irã e EUA, que vai além dos dois países e também atinge aliados diretos dos mesmos - ou locais que são "comandados" por forças armadas dos dois. 

No Twitter, já foram contabilizadas 143 mil menções ao pedido para que o presidente brasileiro não se pronuncie sobre o assunto até às 8h30 da manhã de hoje. Mas, como sempre, brasileiros também usaram a tag para ironizar o momento. 

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Milhares de neozelandeses oraram e observaram dois minutos de silêncio para recordar os 50 fiéis muçulmanos mortos há uma semana em um ataque a duas mesquitas de Christchurch, na Nova Zelândia.

O atirador "partiu os corações de milhões de pessoas, em todo o mundo", disse o imã Gamal Fouda, encarregado da tradicional oração muçulmana de sexta-feira (22).

"Hoje, do mesmo local (do massacre), olho e vejo amor e compaixão".

Diante de milhares de pessoas - entre elas a primeira-ministra Jacinda Ardern - reunidas em um parque próximo à mesquita de Al Noor, um Muazzin fez o chamado à oração às 13h30 (21h30 Brasília). Em seguida, todo o país observou dois minutos de silêncio.

Em seguida, o imã Fouda tomou a palavra: "Olho e vejo compaixão nos olhos de milhares de neozelandeses e seres humanos de todo o planeta. Este terrorista tentou quebrar nossa nação com uma ideologia malvada, mas no lugar disto mostramos que a Nova Zelândia é invencível".

Mulheres por toda a Nova Zelândia, incluindo as agentes da polícia mobilizadas para as cerimônias em Christchurch, decidiram utilizar nesta sexta-feira o véu islâmico, em solidariedade à comunidade muçulmana.

Algumas publicaram as fotos com o véu nas redes sociais no #HeadScarfforHarmony ("Lenço para a harmonia").

O australiano Brenton Tarrant, um supremacista branco declarado, atacou as duas mesquitas em Christchurch disparando com fuzis de assalto. No final da ação, havia 50 mortos e outros 50 feridos.

A polêmica envolvendo a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com “o vai e vem” sobre sua possível soltura [ou não] tem prendido a atenção de muitos brasileiros nos últimos tempos. No entanto, no cenário local, um outro conhecido na velha política de Pernambuco também vai passar os festejos natalinos na cadeia: o prefeito do Cabo de Santo Agostinho, Lula Cabral (PSB), município localizado na Região Metropolitana do Recife (RMR).  

Cabral é apontado nas investigações da Polícia Federal de ser o mandante da alteração da carteira de investimentos de Previdência da cidade onde R$ 90 milhões do instituto, que se encontravam investidos em instituições sólidas, teriam sido transferidos para fundos compostos por ativos “podres”. Apesar de homônimos, a situação do pessebista, no entanto, é bem diferente se comparado com a do ex-presidente Lula.

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O líder petista, preso há mais de oito meses, tem direito a uma chamada “cela especial”, localizada na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, com chuveiro elétrico, televisão, banheiro adaptado, entre outras “regalias”. Esse é um direito previsto na legislação brasileira. Por sua vez, o prefeito do Cabo está detido no Cotel – Centro de Observação Criminológica e Triagem Professor Everardo Luna -, que fica na cidade de Abreu e Lima, no Grande Recife, desde o último dia 19 de outubro.

Embora não se saiba a reais condições da cela onde o prefeito se encontra, o fato é que o Cotel já foi alvo de inúmeras notícias negativas, a começar pela superlotação. No ano passado, o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários de Pernambuco, João Carvalho, chegou a denunciar o déficit no número de agentes penitenciários no Cotel. Segundo ele, em meados de 2017, havia um efetivo de 8 agentes, em média no plantão, quando seriam necessários 80.

Passado mais de dois meses da prisão que vem gerando muitas especulações, até o momento, Lula Cabral mantém o silêncio absoluto. No dia da prisão, dada em primeira mão pelo LeiaJá, a assessoria de imprensa da Prefeitura do Cabo negou a detenção e chegou a dizer que a notícia era uma fake news [notícia falsa], que teria sido divulgada “de forma irresponsável".

A nota enviada à imprensa ainda defendia o prefeito justificando que “os recursos aplicados no Fundo sob suspeita não foram desviados, inclusive encontram-se depositados e congelados por ordem judicial”. Dez minutos depois de enviada, a equipe de comunicação pediu que o comunicado fosse desconsiderado e admitiu a prisão do gestor.

A última publicação realizada nas redes sociais de Lula Cabral foi em 18 de outubro. O texto fazia um convite para que os cabenses participassem de um evento justamente no dia seguinte, quando a prisão foi efetuada, que aconteceria no bairro de Pontezinha para a assinatura da ordem de serviço para a construção de uma creche na comunidade.

Apesar do silêncio, assim como a defesa do ex-presidente Lula, o advogado do prefeito também vem tentando soltá-lo, mas sem sucesso. Na última quarta-feira (19), o Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou pela quinta vez o pedido de habeas corpus. O Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF-5) também negou o pedido de liberdade. O advogado Ademar Rigueira, responsável pela defesa, disse que não comentaria as decisões.

Lula Cabral é um velho conhecido dos cabenses. Esse é o terceiro mandato do pessebista como prefeito da cidade. O primeiro foi em 2004, quando ele saiu vitorioso na disputa contra o então candidato Chico Amorim. Em 2008, foi reeleito derrotando o agora deputado federal Betinho Gomes (PSDB). Em 2016, Lula voltou ao comando da cidade vencendo novamente o tucano. Antes de chegar à prefeitura em 2004, Cabral foi derrotado duas vezes pelo ex-prefeito Elias Gomes (PSDB), que é pai de Betinho. E, entre os dois mandatos seguidos e o retorno à gestão, foi deputado estadual.

Com a prisão de Lula Cabral, o vice-prefeito Clayton da Silva Marques, conhecido como “Keko do Armazém”, assumiu a prefeitura. Ele já afirmou que vem dando continuidade ao planejamento da gestão municipal com a prestação de todos os serviços públicos dentro da normalidade.

Defesa

Sobre as investigações, o presidente do Instituto de Previdência Social dos Servidores do Município do Cabo de Santo Agostinho (CaboPrev), José Fernandes de Moura, por meio de nota, ressaltou que a autarquia estava apoiando as autoridades responsáveis para os esclarecimentos dos fatos investigados e expôs que os autos do processo judicial tramitam em segredo de justiça.

Oito meses depois de iniciar o terceiro mandato, em entrevista exclusiva ao LeiaJá, o pessebista lamentou a situação do Cabo. Ele chegou a dizer que a economia no município continuava “em baixa” e jogou a culpa para a crise política. “A economia deu sinais de crescimento, mas a crise política não estanca em Brasília. Isso afeta os municípios”, disse na ocasião.

Anteriormente, em março de 2017, também durante entrevista ao LeiaJá, ele afirmou que o Cabo recebeu uma “herança maldita” em referência ao ex-gestor Vado da Farmácia. “O Cabo recebeu uma herança maldita de quatro anos de desgoverno, que não investia em saúde, não planejava, não buscou recursos, não dialogou com a sociedade, não buscou fazer aquilo que a sociedade quis e deixou um caos na cidade”, disparou.

Na última semana, quando completou dois meses de prisão de Lula Cabral, a reportagem entrou em contato com a defesa do pessebista para solicitar uma entrevista, mas não obteve sucesso.

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