Tópicos | tortura

Após uma rápida e polêmica passagem pela Secretaria Especial de Cultura, da qual foi desligada na última quarta (20), Regina Duarte resolveu comentar sua trajetória na pasta. Em um artigo escrito por ela própria, a agora ex-secretária lamentou a avalanche de críticas que recebeu e o descrédito de alguns em relação ao seu potencial. Ela também se desculpou pelo modo como falou sobre as torturas ocorridas durante a ditadura militar, em entrevista ao canal CNN. 

LeiaJá também

##RECOMENDA##

--> Regina Duarte, cada vez mais queimada na classe artística

--> Wagner Moura sobre Regina Duarte: 'é nazista'

Regina escreveu um verdadeiro desabafo em um artigo publicado no jornal Estadão, publicado nesta sexta (22). Nele, Duarte comenta as críticas que recebeu tão logo foi indicada para assumir a pasta da cultura no governo Bolsonaro. “Recuso-me a responder às manifestações de desaprovação vociferadas pelos mais exaltados. Há críticas que são refratárias ao argumento racional exatamente por extrapolarem qualquer juízo”. Segundo a ex-secretária, ela identificou uma “ação coordenada de apedrejar uma pessoa que, há mais de meio século, vem se dedicando às artes e à dramaturgia brasileira". 

A entrevista à CNN também foi mencionada no texto. Sobre ela, Regina disse que foi mal interpretada em relação ao que disse sobre tortura e pediu desculpa para quem se sentiu ofendido. “Amo meu país, sim, e tenho deixado isso sempre bem claro, a ponto de, numa recente entrevista à TV, ter cantado a conhecida marchinha dos anos 70, que fala de 'todos ligados na mesma emoção'. Nada a ver com defesa da ditadura, como quiseram alguns, mas com o sonho de brasilidade e união que venho defendendo ao longo de toda a minha vida. E me desculpo se, na mesma ocasião, passei a impressão de que teria endossado a tortura, algo inominável e que jamais teria minha anuência, como sabem os que conhecem minha história”.

Por fim, a ex-secretária revelou seus desejos para a arte e cultura brasileiras e lamentou não ter tido a chance de contribuir para essa área. “O país precisa de uma política cultural que transcenda ideologias. Foi isso o que tentei colocar de pé quando acedi colaborar diretamente com o governo federal. (Pensei) num país que tivesse nas comunicações uma elite pensante que não optasse pelo 'quanto pior, melhor'. Esse era o trabalho que deveria estar sob os holofotes da opinião pública”.

Na última terça-feira (19), o presidente Jair Bolsonaro fez o que seria uma piada envolvendo a defesa do uso da cloroquina por pacientes com Covid-19. Mas a “Tubaína” que o mandatário citou em entrevista como se fosse a opção para a “esquerda” não se tratava do refrigerante famoso. É o que garante o ex-deputado Adriano Diogo, que presidiu a Comissão da Verdade em São Paulo. Segundo ele, a “Tubaína” era um apelido dado a um tipo de tortura usado por militares durante a ditadura no Brasil.

Originária da idade média, a “tortura d´água” – apelidada por torturadores em São Paulo de “Tubaína” – consiste em colocar um funil na garganta da vítima e provocar a ingestão de grande quantidade de líquido.

##RECOMENDA##

“Esse jargão de chamar o afogamento de tubaína era comum entre os militares. Ouvimos isso várias vezes. O torturador falava: ‘quer tomar uma tubaína filho da p...’ e introduzia o funil na boca (dos torturados) por onde colocava água e até líquidos mais complicados, como o óleo de rícino”, conta Adriano Diogo, que foi torturado durante o regime militar.

Histórico de apologia - Não é a primeira vez que Bolsonaro usa expressões que fazem apologia aos crimes cometidos durante o regime militar. Em uma transmissão ao vivo em outubro de 2019, Bolsonaro ameaçou enviar funcionários do Ministério do Meio Ambiente para a “ponta de praia”, porque estavam dificultando uma licença ambiental para a construção de uma loja Havan, do seu apoiador Luciano Hang.

Na ditadura, militares usavam o termo “ponta de praia” para se referir à base da Marinha na Restinga de Marambaia (RJ), para onde eram encaminhados opositores do regime marcados para morrer. “Era um centro de tortura de onde dificilmente se saía vivo. Muitos dos ‘desaparecidos’ da ditadura militar passaram por aquelas instalações”, disse a Associação Nacional dos Servidores da Carreira de Especialista de Meio Ambiente (Ascema Nacional) na época.

Vale lembrar ainda que durante a votação do Impeachment da presidenta Dilma Roussef, o então deputado federal Jair Bolsonaro dedicou seu voto a Brilhante Ustra, conhecido torturador que tinha tido como uma das vítimas a petista.

A apologia à ditadura militar é crime no Brasil, previsto na Lei de Segurança Nacional (Lei 7.170/83), na Lei dos Crimes de Responsabilidade (Lei 1.079/50) e no próprio Código Penal (artigo 287). 

Depois de relatos de casos de perseguição e práticas de tortura contra recrutas por motivações políticas e ideológicas, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) proibiu o Exército Brasileiro de perguntar em seus cadastros informações que, por ventura, possam levar a práticas discriminatórias.

Com isso, o Exército não poderá perguntar mais aos recrutas as suas participações em movimentos religiosos, sociais e políticos. O UOL aponta que a proibição acontece depois que o Ministério Público Federal (MPF) moveu uma ação civil pública.

##RECOMENDA##

A discussão é de que superiores do 41º Batalhão de Infantaria Motorizada, localizada em Jataí, Goiás, praticava tortura contra aqueles subordinados que simpatizavam com os Direitos Humanos e determinados movimentos sociais e políticos.

 

[@#galeria#@]

Cinco integrantes de uma organização criminosa acusada de tortura foram capturados na manhã desta sexta-feira (17). O grupo envolvido com tráfico de drogas e roubos no município de Ipojuca, no Litoral Sul de Pernambuco, montou um "tribunal do crime" para punir quem descumpria suas ordens.

##RECOMENDA##

A Polícia Civil também cumpriu dois mandados de prisão contra os líderes, que já estavam presos mas comandavam a facção à distância. Eles foram presos anteriormente com armas e uma grande quantidade de entorpecentes. Outros dois suspeitos seguem foragidos.

De acordo coma as investigações iniciadas em fevereiro deste ano, cinco pessoas foram torturadas, dentre elas um adolescente, de 17 anos, que furtou uma bicicleta e foi expulso do município. “Eles pegavam as vítimas, levavam até o alto do morro, em um local que funcionava como uma espécie de tribunal do crime e ali faziam contato com o chefe do tráfico local. De dentro do presídio ele ordenava o tipo de tortura”, explica do delegado Ney Luiz.

Em meio à pandemia, para evitar aglomerações e o risco de contágio aos 40 policiais envolvidos na operação Látego, os suspeitos foram levados para delegacias distintas. O delegado da seccional Gilberto Loyo garante que todos serão encaminhados ao Centro de Observação Criminológica e Triagem Professor Everardo Luna (COTEL), em Abreu e Lima, onde ficarão à disposição da Justiça.

Uma pescadora de 48 anos denuncia ter sido torturada e ameaçada por policiais militares em Sirinhaém, Litoral Sul de Pernambuco, no último dia 12 de março. Maria Nasareth dos Santos é conhecida na região por lutar há mais de 15 anos pela criação de uma Reserva Extrativista na área e por travar um conflito territorial com a Usina Trapiche.

Segundo a Comissão Pastoral da Terra, a vítima estava no estuário do Rio Sirinhaém, por volta das 6h30 e duas viaturas da Polícia Militar (PM) teriam chegado ao local. Oito policiais militares, três deles encapuzados, teriam arrastado a mulher para dentro de sua barraca de pesca e iniciado uma sessão de tortura.

##RECOMENDA##

A denúncia aponta que Maria Nasareth teve as mãos amarradas para trás e um pano tapando sua boca. Os agressores teriam usado uma sacola plástica para sufocar a mulher. A vítima contou que foram cinco sufocamentos, com intervalos de minutos entre um e outro. O grupo estaria usando luvas e, enquanto uns praticavam a tortura, outros reviravam a barraca.

A Comissão Pastoral da Terra relata também que a mulher levou tapas na cara e ouviu que a terra não era dela, mas da Usina Trapiche. A tortura teria durado cerca de 30 minutos e a pescadora ainda foi ameaçada de morte.

Maria Nasareth disse que os mesmos policiais foram vistos circulando a área na semana que antecedeu o ocorrido, acompanhados, algumas vezes, por funcionários da usina. O caso foi denunciado à Secretaria de Justiça e Direitos Humanos e ao Programa Estadual de Proteção a Defensores e Defensoras de Direitos Humanos (PEPDDH-PE).

De acordo com a Comissão Pastoral da Terra, a pescadora nasceu no estuário do Rio Sirinhaém em uma comunidade tradicional formada por pescadores artesanais e extrativistas costeiros marinhos. Eles teriam sido removidos à força pela Usina Trapiche desde a década de 1980. Maria Nasareth já teve sua barraca destruída mais de dez vezes e afirma ter sofrido ameaças de funcionários da empresa e da polícia local. O LeiaJá aguarda posicionamento da Polícia Militar.

O  Subcomitê das Nações Unidas para a Prevenção da Tortura condenou a política de combate à tortura do governo Jair Bolsonaro, após receber queixas em setembro deste ano. A avaliação foi emitida nesta segunda-feira (16) pelo órgão da ONU, que afirma que as regras precisam ser revistas. 

Às vésperas do governo completar um ano, esta é a primeira vez em que a ONU faz uma constatação formal de violação dos tratados de internacionais do país. A certificação não vai interferir nas sanções governamentais, mas vai pode enfraquecer a credibilidade do país no que diz respeito ao cumprimento dos acordos internacionais, inclusive os que envolvem as questões sobre os direitos humanos.

##RECOMENDA##

De acordo com a avaliação da ONU, o ponto central se trata do decreto 9.831 de 10 de junho, que foi denunciado por ONG's e ativistas. O documento fez o subcomitê concluir que o governo "desmantelou" os sistemas de controle de tortura e prevenção no Brasil. 

“Em vista do exposto, o Subcomitê entende que o Decreto Presidencial nº 9.831 deve ser revogado para melhor assegurar que o sistema brasileiro de prevenção da tortura funcione de forma eficiente e independente, com autonomia financeira e estrutural e recursos adequados, de acordo com as obrigações internacionais do Brasil”, afirmou a ONU. 

Na análise, a ONU também recomenda que as autoridades devem se comprometerem da melhor forma para "fortalecer eficácia de seu sistema de prevenção da tortura, incluindo quaisquer propostas de reforma para reforçar seu Mecanismo Nacional de Prevenção".

Os dois seguranças do supermercado Ricoy, na Vila Joaniza, zona sul da capital paulista, que amordaçaram, amarraram, desnudaram e chicotearam um jovem de 17 anos em uma sala nos fundos do recinto comercial em agosto passado, foram absolvidos pelo crime de tortura pela Justiça de São Paulo. Os seguranças filmaram a ação e as imagens foram divulgadas nas redes sociais.

De acordo com o juiz Carlos Alberto Corrêa de Almeida Oliveira, da 25ª Vara Criminal de São Paulo, os seguranças Valdir Bispo dos Santos e David de Oliveira Fernandes não cometeram crime de tortura porque as agressões ao jovem não foram feitas com a finalidade de obter informações, e também não foram aplicadas por quem estava em condição de autoridade, guarda ou poder. O processo corre em segredo de justiça.

##RECOMENDA##

Os dois réus foram condenados a três meses e 22 dias de detenção pelo crime de lesão corporal simples; dois anos e seis meses de reclusão pelo crime de cárcere privado qualificado; e um ano e quatro meses de reclusão, e 12 dias de multa pelo crime de filmagem e divulgação do adolescente nu. O juiz decretou a prisão preventiva dos réus, que continuarão detidos.

Legislação

Segundo a Lei 9.455, de 7 de abril de 1997, constitui crime de tortura: constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental: a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa; b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa; c) em razão de discriminação racial ou religiosa.

De acordo com a lei, também é considerado tortura o ato de “submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo”. O crime, considerado hediondo, em pena de dois a oito anos de prisão.

O conselheiro do Conselho Estadual de Direitos Humanos (Condepe), Ariel de Castro Alves, considerou “lamentável” a exclusão do crime de tortura na condenação dos réus. “O adolescente estava sob o poder e autoridade dos agressores e a tortura foi utilizada como castigo em razão do furto de barras de chocolate no mercado. Os acusados deixaram ele nu. Depois foi amordaçado, chicoteado, humilhado e ameaçado. O que mais faltou para ser considerado tortura?”, questionou.

Barra de chocolate

Em depoimento no mês de setembro, o adolescente contou aos policiais que tinha pego uma barra de chocolate da gôndola do supermercado e tentou sair do recinto sem pagar, mas foi abordado por dois seguranças, que o levaram para um quarto nos fundos do estabelecimento.

No quarto, ele foi despido, amordaçado, amarrado e foi torturado com um chicote feito de fios elétricos trançados durante cerca de 40 minutos. O jovem disse que não registrou boletim de ocorrência porque temia por sua vida. No depoimento, ele revelou que um dos seguranças o ameaçou, dizendo que o mataria se contasse o caso a alguém.

A reportagem tentou entrar em contato com os advogados de defesa dos seguranças, mas não obteve sucesso.

 

Os seguranças que chicotearam um adolescente de 17 anos foram inocentados do crime de tortura pela Justiça de São Paulo. Em julho, o menor foi torturado após furtar uma barra de chocolate do Supermercado Ricoy, na Vila Joaniza, na Zona Sul do município.

Valdir Bispo dos Santos e David de Oliveira Fernandes estavam detidos desde setembro sob as acusações de lesão corporal, cárcere privado e divulgação de cenas de nudez, após a viralização do vídeo do momento das agressões. Anteriormente, o Ministério Público denunciou os seguranças pelos crimes de tortura, cárcere privado e divulgação de cena de nudez.

##RECOMENDA##

Nessa quinta-feira (11), o juiz Carlos Alberto Corrêa de Oliveira os inocentou do crime de tortura e estabeleceu as penas de três anos e 10 meses de reclusão três meses e 22 dias de detenção e 12 dias de multa. "[...] não ocorreu crime de tortura, uma vez que as agressões infringidas ao menor não foram com a finalidade de obter informações e também não foram aplicadas por quem estava na condição de autoridade, guarda ou poder”, aponta a sentença.

Um pastor evangélico acusado de ter estuprado e torturado a enteada de 11 anos teve a prisão preventiva decretada pela Polícia Civil, nesta sexta-feira (22), em Belém (PA). As denúncias contra o suspeito foram recebidas há cerca de dois meses pela Delegacia Especializada no Atendimento à Criança e Adolescente (Deaca).

O líder religioso estava foragido e só foi localizado pela polícia através de uma denúncia de que ele teria dado entrada na Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Vianna, em Belém. De acordo com a polícia, o padrasto cometeu os crimes usando objetos de tortura para amarrar a vítima.

##RECOMENDA##

 

Nesta quarta-feira (20), a Polícia Civil do Rio Grande do Sul prendeu preventivamente um casal pelo crime de tortura praticado contra uma criança de dois anos de idade em Palmares do Sul. Os suspeitos são o padrasto e a mãe da vítima.

O fato chegou ao conhecimento da Polícia Civil por meio do registro de uma ocorrência policial na Delegacia de Polícia de Palmares do Sul pelo Conselho Tutelar local, a partir de um vídeo amplamente divulgado nas redes sociais, desde essa terça-feira (19), no qual um homem agride uma criança, enquanto troca a sua fralda e a veste, ocasião em que uma mulher filma a ação.

##RECOMENDA##

Segundo o Delegado de Polícia Antônio Carlos Ractz Jr., constatou-se que o fato ocorreu neste mês, no Distrito de Granja Vargas, em Palmares do Sul, tendo o padrasto, de 47 anos, como agressor, e a enteada, de 2 anos e 8 meses, como vítima. A mãe, que tinha o dever de evitar, omitiu-se, limitando-se a gravar as agressões em vídeos, sem tomar qualquer providência.

“Com o casal, residiam outras crianças, uma de 6 anos e 1 mês e outra de 1 ano e 8 meses. Todas são enteadas do agressor, foram afastadas do convívio familiar pelo Conselho Tutelar e colocadas em família substituta. A investigação criminal prossegue para apurar se as outras duas crianças também foram vítimas”, contou o delegado.

Da assesoria da PC-RS

Um homem de 25 anos foi preso, na quarta-feira (23), por tortura e cárcere privado após ter queimado as mãos, pés e barriga da própria filha de três anos em Manaus-AM. Segundo a polícia, ele queimou a criança com a justificativa de que ela estava sendo desobediente.

O crime ocorreu no dia 7 de outubro. O caso chegou até a delegacia três dias depois do ocorrido, quando o hospital que atendeu a menina denunciou o caso. A criança contou que as queimaduras foram causadas pelo pai.

##RECOMENDA##

De acordo com a Polícia Civil, o acusado esquentou uma colher e queimou a filha. No momento do ocorrido, ele estava em casa com os três filhos enquanto a companheira estava no trabalho. A esposa descobriu o ocorrido ao voltar para casa.

Com medo de ser denunciado, o homem trancou todas as portas e manteve a esposa e as crianças sob cárcere privado durante três dias. Após ser libertada, a mulher procurou atendimento hospitalar para a filha.

O pai da criança foi indiciado por tortura e cárcere privado. Ele foi encaminhado ao Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM).

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse a jornalistas, na manhã desta terça-feira (8), que eles precisavam parar de “perguntar besteiras”, ao ser indagado sobre uma investigação do Ministério Público Federal (MPF) do Pará, divulgada nessa segunda, que aponta denúncias de maus-tratos e tortura a detentos em presídio do Estado. A informação é do site G1.

O presidente foi abordado sobre o assunto quando deixava o Palácio do Alvorada. Ao ser questionado se gostaria de comentar a apuração do MPF, Bolsonaro entrou no carro e, apoiando-se na porta, começou a “orar” soltando novas críticas à imprensa.

##RECOMENDA##

“Deixa eu orar aqui agora. Não sou pastor, não. Meu Deus, salve, lave a cabeça dessa imprensa fétida que nós temos. Lave a cabeça deles, que bote coisas boas dentro da cabeça, que possam perguntar, me ajudar a publicar matéria para salvar o nosso Brasil. Eles não viam problemas em governos anteriores. Vamos ajudar o Brasil. Vocês são importantíssimos para salvar o Brasil. Parem de perguntar besteira”, disse.

O MPF do Pará enviou, nessa segunda, uma recomendação ao governo do Pará recomendando que sejam instaurados procedimentos administrativos para apurar denúncias de tortura, tratamento desumano e degradante nas cadeias estaduais.

Depois que um médico denunciou maus-tratos sofridos por idosos de um asilo, a Polícia Civil identificou que um homem de 72 anos e uma jovem de 23 anos, que tem paralisia cerebral, foram vítimas de estupro na Casa Acolhendo Vidas, localizada em Santa Luzia, Minas Gerais. Outros 76 idosos do local foram vítimas de agressão e tortura - tudo cometido pelos proprietários e funcionários da casa.

As investigações apontam que, de todas as vítimas, 18 perderam a vida. Pelos crimes, quatro pessoas da família da proprietária do asilo e de um cuidador foram indiciados pela polícia. Foram presos também a própria dona da Casa Acolhendo Vidas, Elizabeth Lopes Ferreira, 47 anos, as filhas Poliana Lopes Ferreira, 27 anos, e Patrícia Lopes Ferreira, 21 anos, além de Paulo Lopes Ferreira, 53 anos, marido de Elizabeth.

##RECOMENDA##

De acordo com o Correio Brasiliense, a jovem que tinha os membros superiores e inferiores paralisados era a que mais sofria com as agressões e os abusos. Uma das internas contou à polícia que durante à noite a vítima gritava muito devido aos abusos. 

Elizabeth era quem estuprava o idoso que, no início dos abusos, tinha 70 anos. Ele era obrigado a fazer sexo oral na proprietária do asilo, além de outros atos libidinosos. Por falta dos devidos cuidados, muitos idosos acabaram morrendo. A polícia divulga que, como castigo, muitos ficavam sem água e comida até três dias.

Uma mulher identificada como Angelica de Figueiredo Lima, 42 anos, morreu nesta última segunda-feira (23), após ser torturada dentro da própria casa por um homem. A vítima, que é educadora infantil, foi atingida por socos, tesouradas e golpes de ferro de passar roupa. Angelica chegou a pedir socorro e ser levada para o hospital, mas não resistiu aos ferimentos. O crime aconteceu no Rio de Janeiro.

De acordo com o Extra, o suspeito, que conseguiu fugir, já estava dentro da residência da vítima, surpreendendo a mulher por volta das 20h desta última segunda (23). Ainda não se sabe a motivação do crime e uma perícia foi realizada no local pela Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DHNSG). A PolíciaCivil está investigando o caso.

##RECOMENDA##

Mais um caso de tortura em um supermercado paulista foi divulgado, dessa vez no bairro do Morumbi, área nobre de São Paulo. Nas imagens, seguranças do estabelecimento amarram e dão choques em um suspeito de furto. O registro foi realizado em março de 2018. 

Mesmo amordaçado, o homem grita durante a sessão de tortura ocorrida dentro das dependências do supermercado Extra. Ele também aparece com as calças abaixadas recebendo choques nas mãos, e chega ser ameaçado por um dos seguranças, "quer que a gente te mate?".

##RECOMENDA##

Em outro momento, ele aparece com uma corda amarrada no pescoço enquanto é agredido com um cabo de vassoura. O rapaz é suspeito de furtar um pedaço de carne. A Polícia Civil vai instaurar um inquérito para elucidar o caso.

Acompanhe:

[@#video#@]

O adolescente torturado no Supermercado Ricoy, na Vila Joaniza, zona sul da capital paulista, reconheceu nesta segunda-feira (9), no 80º Distrito Policial de São Paulo, os dois seguranças que praticaram o crime contra ele. Ambos, que já estavam presos temporariamente, foram indiciados agora pelo crime de tortura.

No último dia 7, Valdir Bispo dos Santos se entregou na 2ª Delegacia de Atendimento ao Turista no Aeroporto de Congonhas. O outro segurança, David de Oliveira Fernandes, havia sido preso na sexta-feira (6). A prisão dos dois tinha sido pedida pela Polícia Civil e autorizada pela juíza Tatiana Saes Ormeleze, do Fórum Criminal da Barra Funda, no dia 5.

##RECOMENDA##

O inquérito sobre o caso foi instaurado após imagens em que o rapaz, de 17 anos, aparece sendo chicoteado circularam pelas redes sociais. No vídeo, o adolescente está nu e amordaçado enquanto apanha e é ameaçado pelos agentes de segurança do estabelecimento.

Na última segunda-feira (2), o rapaz prestou depoimento. Ele disse que não se lembrava do dia exato em que o fato ocorreu, apenas que foi no mês de agosto. O adolescente contou aos policiais que tinha pegadou uma barra de chocolate da gôndola e tentado sair do supermercado sem pagar, mas foi abordado por dois seguranças, que o levaram para um quarto nos fundos do estabelecimento.

No quarto, ele foi despido, amordaçado, amarrado e foi torturado com um chicote feito de fios elétricos trançados durante cerca de 40 minutos. O jovem disse que não registrou boletim de ocorrência porque temia por sua vida. No depoimento, ele revelou que um dos seguranças o ameaçou, dizendo que o mataria se contasse o caso a alguém.

A tortura é considerada crime hediondo e ocorre quando alguém é submetido, com emprego de violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental. A Lei 9.455, de 1997, prevê pena de dois a oito anos de prisão para quem cometer esse tipo de crime.

Procurado pela Agência Brasil, o supermercado informou que tem repugnância por esse tipo de atitude e que foi com “indignação” que tomou conhecimento dos fatos pela imprensa. A empresa informou que “não coaduna com nenhum tipo de ilegalidade” e que vai colaborar com as autoridades competentes para a apuração do caso.

Conselho Tutelar

Na sexta-feira (6), o jovem foi encaminhado pelo Conselho Tutelar da Cidade Ademar e pelo Centro de Referência da Assistência Social (Cras) para um abrigo da rede socioassistencial da prefeitura de São Paulo e para o Centro de Apoio Psicosocial (Caps). As entidades já solicitaram a inclusão dele no Programa de Proteção de Crianças e Adolescentes Ameaçados. Parentes do jovem reclamaram de ameaças e disseram que foram procurados por pessoas desconhecidas.

O pai do jovem faleceu no início deste ano e a mãe que, segundo os familiares, tem problemas de alcoolismo, não foi localizada pelo Conselho Tutelar.

 

A Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (4), uma requerimento para realização de audiência pública para discutir questões de apologia à ditadura, à tortura e às comemorações ao golpe militar de 1964. A solicitação foi feita pelo deputado federal Túlio Gadêlha (PDT-PE).

A iniciativa do pedetista foi aprovada um dia após o presidente Jair Bolsonaro afirmar que a ditadura foi referência "no amor ao próximo". "Essa declaração esdrúxula vem no momento em que observamos ataques aos direitos humanos e à pessoa humana", criticou Gadêlha, destacando que o presidente ignora as perseguições e torturas ocorridas no período de 1964 a 1985.

##RECOMENDA##

O presidente vem fazendo reiteradas declarações distorcida sobre os fatos históricos e enaltecendo a ditadura militar. "A nossa intenção é ouvir historiadores e especialistas para por fim ao processo de revisionismo e negacionismo histórico que tem finalidade política", explicou o pedetista.

No requerimento são sugeridos entre outros nomes, os da antropóloga Lilian Schwarcz e do procurador-geral da República, Sérgio Suiama, ambos a confirmar. Assim como aguarda-se as indicações de estudiosos pró-ditadura. A data da audiência ainda será definida.

*Da assessoria de imprensa

A juíza Tatiana Saes Valverde Ormeleze determinou a prisão temporária de Davi de Oliveira Fernandes, 37 anos, e Valdir Bispo dos Santos, 49 anos, seguranças que chicotearam um jovem negro dentro do supermercado Ricoy, na zona sul de São Paulo. Eles foram identificados pela Polícia Civil a partir de depoimentos da própria vítima, do gerente do estabelecimento e outras testemunhas. A magistrada também autorizou buscas e apreensões contra os investigados pelo crime de tortura.

A juíza anota que "há fortes elementos ligando os representados à autoria do crime de tortura, tanto que foram divulgadas gravações do ofendido sendo açoitado pelos seguranças". "Ademais, o relato da vítima é detalhado em apontar como ocorreram as agressões".

##RECOMENDA##

"Evidencia-se, ainda, a imprescindibilidade da segregação para o sucesso da persecução penal, garantindo a serenidade e efetividade da atuação policial: há necessidade da custódia para fins de proceder ao reconhecimento pessoal, viabilizar a identificação e individualização da conduta de todos os coatores, intentar obter informações para a localização da arma utilizada e do aparelho celular utilizado para a gravação da conduta delituosa, isso sem prejuízo dos demais atos de polícia judiciária", escreve.

"Outrossim, é presumível que a recolocação do representado em liberdade, após ser conduzido à delegacia, poderia frustrar completamente o intento investigativo é fácil concluir que, uma vez ciente das suspeitas que recaem sobre si, o agente buscaria apagar pistas e ocultar provas e, o que turbaria irremediavelmente as investigações. Em suma, é preciso esclarecer o mais rápido as circunstâncias do gravíssimo crime praticado, justificando o expediente", anota a magistrada.

Ao justificar o mandado de busca e apreensão, a juíza afirmou que o "indeferimento da medida pode fazer com que a prova da materialidade dos crimes investigados se perca pelo desaparecimento de seus indícios". "Por outro lado, acaso nada de ilícito seja encontrado no local, os moradores sofrerão um inconveniente suportável, especialmente quando a razoabilidade indicar que a medida é essencial ao atendimento do interesse público, em resguardo aos direitos da sociedade como um todo."

O prefeito do Recife Geraldo Julio (PSB) afirmou, nesta quarta-feira (4), que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) não é só contra a democracia, mas é “inimigo do povo”. Ao discursar durante o Seminário Todos por Pernambuco, em Boa Viagem, na Zona Sul da capital pernambucana, o pessebista não poupou críticas contra o presidente e declarou que "Pernambuco vai resistir". 

“[O governo Bolsonaro] é adversário do povo, só quer governar se for tirando do povo. E isso a gente não vai deixar. Aqui tem resistência. Aqui tem gente corajosa. Aqui tem gente guerreira. O Nordeste vai se defender”, declarou Geraldo. 

##RECOMENDA##

O pessebista também fez questão de ressaltar que no Estado não se comemora tortura. “Aqui tem democracia, aqui se luta por liberdade. Aqui não se comemora tortura. Não se comemora censura. Não se comemora exílio. Não se comemora prisão e execução do povo democrático brasileiro. Aqui se governa com o povo. Esse é um governo que governa de frente para o povo”, alfinetou Geraldo. 

Na manhã de hoje, o presidente reagiu à declaração da ex-presidente do Chile e alta comissária da Organização das Nações Unidas (ONU), Michelle Bachelet, que alertou sobre “uma redução do espaço cívico e democrático” no Brasil, atacando o pai dela, Alberto Bachelet, morto pela ditadura militar chilena em 1974 e enaltecendo o regime adotado por Augusto Pinochet. 

A Polícia Civil identificou os dois seguranças do supermercado Ricoy, da zona Sul de São Paulo, acusados de torturarem um jovem negro de 17 anos com um chicote. São eles Davi de Oliveira Fernandes, 37 anos, e Valdir Bispo dos Santos, 49 anos, seguranças terceirizados do estabelecimento situado em Vila Joaniza.

Os dois funcionários foram identificados, em depoimento, por um gerente do Ricoy.

##RECOMENDA##

O rapaz de 17 anos afirmou à Polícia Civil ter sido ameaçado de morte por um dos seguranças do supermercado Ricoy para que não relatasse às autoridades ter sido vítima de uma sessão de tortura a chicotadas, após tentar furtar quatro barras de chocolate do estabelecimento.

Ele prestou depoimento ao 80º Distrito Policial, da Vila Joaniza, na zona Sul de São Paulo, após o vídeo das agressões cair na internet e virar alvo de inquérito policial.

O rapaz afirmou que, no mês passado, "em data que não recorda, dentro do supermercado Ricoy, instalado no local dos fatos, apanhou das gôndolas uma barra de chocolate e tentou sair sem efetuar o pagamento".

"Foi abordado na saída pela pessoa de Santos, segurança do local, o qual conhece já há algum tempo."

"Ele foi auxiliado por Neto que juntos levaram a vítima até um quarto nos fundos da loja", narrou.

"Ali a vítima foi despida, amordaçada, amarrada e passou a ser torturada com um chicote de fios elétricos trançados. Ali, permaneceu por cerca de quarenta minutos, sendo agredido o tempo todo".

O advogado Ariel de Castro Alves, conselheiro do Condepe (Conselho Estadual de Direitos Humanos), acompanhou o jovem para depor. "Contatei hoje o Conselho Tutelar da Cidade Ademar para que acompanhem o caso e deem apoio através de encaminhamentos sociais ao adolescente. Encaminhei o Boletim de Ocorrência com o endereço para os conselheiros realizarem uma visita onde ele está morando e verifiquem se ele está recebendo alguma ameaça", afirmou.

"O conselho também vai verificar a necessidade de assistência psicológica ao jovem. O menino está passando hoje por exame de corpo delito. Os agressores logo que identificados e indiciados podem ser presos preventivamente já que no dia dos fatos ameaçaram o rapaz caso ele denunciasse a violência sofrida", diz Ariel.

COM A PALAVRA, A DEFESA

A reportagem busca contato com a defesa dos seguranças Davi de Oliveira Fernandes e Valdir Bispo dos Santos. Também busca manifestação da empresa de segurança e do supermercado Ricoy. O espaço está aberto.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando