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Um dia após ser divulgado na imprensa uma ação pública do Ministério Público Federal (MPF) no qual acusa o governador Paulo Câmara e o secretário estadual de Saúde, José Iran Costa Júnior, de atos de improbidade administrativa, um Ranking de Transparência elaborado pelo Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU) chama a atenção. Divulgado nesta quarta-feira (12), o documento aponta Pernambuco sendo o estado mais transparente do Brasil com a nota 9.4.

De acordo com o ranking, o Rio Grande do Sul aparece em segundo lugar com 9.29. A terceira colocação ficou para o Distrito Federal (9.15), em seguida, Santa Catarina (9.09) e Goiás (9.08). A avaliação ocorreu entre 9 de julho a 14 de novembro deste ano, com 691 entes, entre eles os estados, municípios e capitais com mais de 50 mil habitantes. 

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Sobre a posição favorável conquistada, o Governo de Pernambuco citou que um novo Portal da Transparência “mais moderno, didático e interativo” foi colocado à disposição da sociedade. 

Ainda destaca que “o resultado é reflexo do avançoo do fomento ao controle social e da melhoria do atendimento das demandas da população pelo Governo, que tem priorizado a verdade e a transparência em suas ações”. 

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) "é o mais transparente do mundo", afirmou nesta terça-feira (27) o presidente da instituição, Dyogo Oliveira, ao assinar um acordo de cooperação para troca de dados com o Tribunal de Contas da União (TCU). A afirmação vem no momento em que o presidente eleito, Jair Bolsonaro, acusa o banco de ser uma "caixa preta" e promete quebrar todos os sigilos existentes. "Fizemos uma pesquisa, e não há instituição que forneça, no mundo, o nível de detalhe que estamos fornecendo", afirmou Dyogo.

Ele anunciou nesta terça mais uma etapa do processo de abertura de dados do banco e afirmou que, ao final, ficarão sob sigilo apenas aquelas informações que são protegidas por lei: as avaliações que o banco faz sobre as condições financeiras das empresas que solicitam financiamento, informações comerciais e estratégicas e dados que as próprias empresas fornecem ao banco. "As informações não são nossas, e sim dos clientes, mas esses sigilos não prejudicam em nada a análise dos impactos da forma como os recursos são aplicados."

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O acordo foi o ponto final de um longo processo de discussão entre o TCU e o BNDES sobre o aumento da transparência dos dados da instituição, comentou o presidente da corte, Raimundo Carrero.

A cerimônia de assinatura teve um momento de constrangimento. Antes de iniciá-la, Carrero contou que havia convidado o futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, para estar presente ou enviar um representante. E questionou a plateia se havia algum integrante da equipe de transição. Não havia. O próprio presidente do TCU tratou de explicar que o futuro presidente do banco, Joaquim Levy, se encontrava retido em compromissos em São Paulo.

Em seu discurso, Carrero contou que o processo de abertura dos dados do BNDES havia se iniciado em 2009, quando o TCU detectou falhas na prestação de dados pelo banco e fez uma série de recomendações. Mesmo com as recomendações implementadas, ainda restaram divergências de dados entre o banco e o TCU.

Relator dos processos referentes ao banco no período de 2013 a 2014, o ministro do TCU Augusto Sherman contou que, na época, os técnicos do tribunal não tinham acesso a grande parte das informações do BNDES. A instituição alegava sigilo bancário e comercial para não fornecê-los. "Essa falta de transparência inibia a ação fiscalizadora do TCU", afirmou. "Ao meu ver, não condizia com a condição de um banco público que recebe recursos da União ter um sigilo tão amplo." Foi nesse período que a instituição recebeu aportes da ordem de R$ 500 bilhões do Tesouro Nacional.

O tema foi debatido em "longas, desgastantes e infrutíferas reuniões", disse Sherman. "Foram tempos muito difíceis." Esse quadro só foi rompido depois que o Supremo Tribunal Federal (STF) foi chamado a opinar sobre o alcance dos sigilos. O entendimento, relatou Sherman, foi que o sigilo não poderia ser oposto à corte de contas. Com isso, o banco mudou sua postura.

"Tornar acessíveis as informações é um primeiro, relevante e necessário passo para conferir transparência à administração pública, mas não basta", afirmou. A transparência, disse ele, implica tornar claro à sociedade como a instituição atuou. O TCU conduz, no momento, auditorias sobre o financiamento à JBS e às obras no exterior. Em ambas, já encontrou indícios de favorecimento e desvio de finalidade. Segundo Sherman, faltaram dados sobre o impacto que as operações causaram nos mercados interno e externo e a geração de empregos proporcionada por eles.

Dyogo disse que o BNDES já vem divulgando relatórios analisando os impactos sobre as operações que trazem dados sobre geração de emprego. Ele orientou sua equipe a elaborar relatórios específicos para as operações mencionadas por Sherman.

Sasha Meneghel chamou atenção ao participar de um evento de uma marca de produtos para os cabelos da qual ela é embaixadora no Brasil.

A estudante de moda, que mora em Nova York, nos Estados Unidos, apostou em um look transparente, deixando em evidência o sutiã preto que usava por baixo da peça brilhante e prateada.

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Para completar o visual, a loira apostou em uma calça de couro colada ao corpo e uma bota preta. Sasha ainda chamou atenção por usar um aplique de cabelo em tons de roxo no cabelo, dando um contraste com o as madeixas loiras.

Para 85% dos moradores da cidade de São Paulo, a administração municipal não é transparente na divulgação de dados, conforme indica uma pesquisa do Ibope Inteligência encomendada pela Rede Nossa São Paulo.

O levantamento realizado entre 5 e 22 de abril entrevistou 800 pessoas de 16 anos ou mais que vivem na capital. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

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Desse total, 41% considera a divulgação de dados “nada transparente” e 44% “pouco transparente”. Na análise por região, os moradores do centro são os que têm a impressão de menos transparência e os da Zona Oeste são os que têm mais.

Entre os canais da prefeitura acessados pela população, a pesquisa apontou que o 156 é o mais utilizado. O canal permite efetuar reclamações de barulho, solicitar poda de árvore, denunciar ocupação de terreno público, entre outros. Outras plataformas utilizadas são as para consultas virtuais feitas pela prefeitura, audiência, conselhos participativos e Lei de Acesso à Informação (LAI).

A pesquisa indica ainda que 82% dos paulistanos são a favor da escolha direta dos prefeitos regionais. Atualmente, os nomes são escolhidos pelo prefeito da cidade Bruno Covas (PSDB).

A administração municipal afirmou que sua transparência é reconhecida internacionalmente e que implementa ações para melhorar a abertura de dados e participação dos cidadãos.

O Brasil despencou 17 posições e está na 96ª posição entre os 180 países mais corruptos do mundo. O resultado foi divulgado pelo relatório Transparência Internacional e este é o pior resultado do Brasil no indicador nos últimos cinco anos. O Índice leva em consideração aspectos como propinas, desvios de recursos públicos e proteção legal a denunciantes, jornalistas e investigadores quando reportam casos de corrupção.

De acordo com o ranking, quanto melhor a posição no ranking, menos o país é considerado corrupto. A nota do Brasil caiu de 40 para 37, ficando atrás de países como Arábia Saudita, Sri Lanka, Ruanda e Burkina Faso, e está empatado com Colômbia, Indonésia, Panamá, Peru, Tailândia e Zâmbia.

O ranking é baseado na percepção da corrupção por seus cidadãos, isso significa que quanto pior está o país no ranking, maior é percepção da corrupção. O relatório alerta, ainda, para o risco que o combate à corrupção no Brasil pode estar vivendo e revela que os fatos políticos do ano de 2017 foram o estopim para a queda, visto que, para a população, aumentou a sensação de impunidade.

Desde 2014 o Índice de Percepção da Corrupção (IPC) do Brasil está em queda. Em quatro anos, a nota do nosso país caiu 6 pontos e saímos da posição 69º para 96º, além disso, nos distanciamos de outras nações em desenvolvimento, como por exemplo, o grupo BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China).

Teoricamente, quando um país começa a combater a corrupção, como foi o caso do Brasil, é normal acontecer um agravamento da percepção da corrupção, pois é como se a população tomasse conhecimento do problema. Entretanto, o resultado negativo deste ano pode ser um indicativo que são necessárias ações mais eficientes para o combate à corrupção.

Infelizmente, as consequências da corrupção são vistas em todos os setores do Brasil e lutar para minimizar o problema é uma necessidade. Apenas assim poderemos gerar mais segurança no mercado - resultando na recuperação econômica -, além de mais atrativos para investimentos e gerando, também, um ambiente de prosperidade e justiça social.

A ajuda no combate à corrupção deve partir de todos. A Fundação Getúlio Vargas e a Transparência Internacional prepararam o maior plano de combate à corrupção do mundo para o Brasil. São 80 propostas que vão ficar em consulta pública para receber sugestões. Estão na lista a redução drástica do foro privilegiado; tornar crime a corrupção entre empresas; melhorias no sistema de recursos judiciais, para torná-lo mais rápido, entre outros.

Entretanto, o mais importante a se saber é que nada vai mudar se a população não se unir para cobrar tais mudanças. Se o poder público não é capaz de construir um plano de combate à corrupção, a população é. O Brasil é um país rico e não podemos permitir que o desvio de recursos impeça a nossa população de ter uma qualidade de vida, com educação, saúde, lazer e transporte dignos.

O Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol) faz mais um questionamento ao governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB). Em entrevista ao LeiaJá, o presidente do Sinpol, Áureo Cisneiro, contou que a Secretaria de Defesa Social de Pernambuco (SDS-PE) deixou de divulgar diariamente o número de homicídios no estado. 

De acordo com Áureo, o governo está ferindo o princípio da transparência na administração pública. “Era publicado diariamente desde 2006. O governador está censurando justamente esses dados e a gente queria entender o porquê dessa maquiagem nos números”, criticou. 

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 O presidente garantiu mais uma vez que os números divulgados pelo Governo de Pernambuco sobre mortes durante o carnaval foram bem menores do que, segundo ele, a realidade. “Foi muito maior os homicídios do que os dados que o governo divulgou. A própria imprensa divulgou um número bem maior do que o governo. E nós do sindicato contabilizamos 85 homicídios. Não foi o que o governo divulgou de 59 mortes”. 

Áureo Cisneiros também criticou a intervenção federal no Rio de Janeiro. Ele disse acreditar que foi uma “medida demagógica” de um governo que não foi escolhido pelo povo. “Não é a solução no nosso entendimento. Até porque as intervenções vêm ocorrendo no Rio a mais ou menos 20 anos e depois da Copa do Mundo para cá houve a maior quantidade de intervenções e até agora não resultou em solução para segurança pública, nem para o Rio de Janeiro e nem para o restante do país”. 

“A gente acredita, sim, em uma segurança pública onde haja uma recriação do modelo de segurança que venha atender a população e não a continuação de mais repressão ao povo brasileiro. Entendemos que a segurança é o maior anseio da população brasileira e em especial dos pernambucanos. É preciso mais investimento, mais planejamento, transparência, diálogo e investimentos nas políticas preventivas. Não é apenas repressão e a gente não viu até agora um plano realmente de segurança nem nacional e nem estadual”, contou Áureo. 

Auditoria do Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU) detectou uma série de fragilidades nos serviços públicos digitais oferecidos pelo governo federal. A avaliação de 15 serviços prestados por cinco órgãos distintos mostrou que a gestão ainda é feita sem o devido foco no cidadão. Os técnicos alertam para o risco de prejuízo à população, que não recebe o benefício esperado.

A CGU analisou ferramentas digitais oferecidas pelos ministérios da Educação, da Justiça, do Trabalho, da Saúde e pela Receita Federal. Muitos dos serviços são conhecidos, como o eSocial, o sistema de declaração de Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF), as plataformas do Sisu, Fies, ProUni e o Cartão SUS. Foram analisados também o Empregador Web (usado para solicitar o seguro-desemprego online) e o Homolognet (para homologação de rescisão de contrato de trabalho).

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As ferramentas do Ministério do Trabalho foram as que tiveram a pior nota. Isso significa que a pasta não considera como algo "estratégico" a área de tecnologia de informação, e a gestão para lançar aprimoramentos ou detectar novas demandas ou riscos é precária - o que pode levar a um atendimento de menor qualidade.

"Quando não se monitora algo que está sendo executado, há o risco de o cidadão não ter o benefício esperado daquele serviço", explica o diretor de Auditoria de Governança e Gestão da CGU, Valmir Gomes Dias.

A Receita Federal, por sua vez, foi a que melhor se saiu no relatório de auditoria, principalmente porque tem um setor de Tecnologia da Informação (TI) melhor estruturado e atuante dentro do órgão. Mesmo assim, também recebeu recomendações para melhorias.

A auditoria, concluída no fim do ano passado, analisou as ferramentas digitais num período de 2014 até o primeiro semestre de 2016. O achado mais grave foi a falta de visão estratégica sobre a importância da área de TI nos órgãos, além da ausência de uma política padronizada no governo federal para serviços digitais. Há ainda o risco de os órgãos serem incapazes até mesmo de detectar a insatisfação dos cidadãos, tal a deficiência do monitoramento.

"A CGU está certa, temos muito para evoluir", disse ao Estadão/Broadcast o secretário de Tecnologia da Informação e Comunicação do Ministério do Planejamento, Marcelo Pagotti. A área é uma das que coordena a Estratégia de Governança Digital (EGD) do governo federal.

A própria controladoria reconhece que, desde o último semestre de 2016, já houve avanços no segmento de serviços públicos digitais. É esse desenvolvimento que o governo pretende mostrar na próxima fiscalização, que já está sendo planejada pelos auditores.

"Já detectamos preocupação dos ministérios em apresentar soluções. Vamos acompanhar firmemente essa evolução, porque uma diretriz fundamental para a CGU é avaliar qualidade do gasto público", afirma Dias.

Um desses avanços, segundo Pagotti, é a maior integração de algumas bases de dados do governo federal, o que "desonera" o cidadão na hora de solicitar serviços como o passaporte, por exemplo. Desde dezembro, alguns postos da Polícia Federal que emitem o documento já dispensam o usuário de comprovar informações prestadas pelo próprio governo, como quitação eleitoral e certificado de reservista militar.

O governo também trabalha para ampliar o compartilhamento de informações entre os órgãos públicos, com dados biográficos e, futuramente, biométricos. A intenção é ter um "cadastro de ouro" de cada cidadão, com atualização automatizada, para evitar fraudes na concessão de benefícios e até mesmo situações como a de aposentados que precisam, comprovar fisicamente num posto de atendimento que estão vivos. Foi por não fazer a chamada "prova de vida" que o presidente Michel Temer ficou dois meses sem receber a aposentadoria de procurador do Estado de São Paulo. Por enquanto, a negociação é para ter acesso aos bancos de dados da Receita e do INSS, considerados mais completos.

Hoje a gestão é descentralizada, mas os órgãos têm necessidade de se ajudar compartilhando informações, diz Pagotti. Em atendimento à recomendação da CGU, ele conta que o governo discute criar uma unidade responsável pelas estratégias de TI no governo.

Trabalho

Com a pior nota, o Ministério do Trabalho ainda tem o agravante das constantes mudanças na estrutura do órgão, que se fundiu à Previdência e depois sofreu nova cisão. Há ainda rotatividade de gestores na área de TI, o que impede a execução consistente do planejamento - cada novo gestor estabelece novas prioridades. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um pouco mais de um ano após ter assumido a Prefeitura de Olinda, Lupércio (SD), em entrevista ao LeiaJá, fez um balanço sobre a sua gestão. Otimista, o prefeito do município comemorou os “avanços” que estão acontecendo. “Evidente que Olinda hoje, graças a Deus, deu sinais de melhora na arrecadação, melhora na economia e acreditamos que agora no Carnaval também vai dar uma crescida muito boa”, declarou. 

Lupércio falou que a gestão tem se preocupado em melhorar a qualidade de vida dos olindenses. “É evidente que Olinda, hoje, na nossa gestão, tem se preocupado muito em dar uma qualidade de vida melhor aos olindenses no que toca a questão da infraestrutura, na segurança, na educação, no que toca a questão de transporte e saúde. Sabemos que nós temos um ano só de gestão, mas já pode perceber os sinais de melhorar hoje na cidade. Temos hoje mais que agradecer”, disse confiante.

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De acordo com ele, em 2016, Olinda ocupava a 39º no Índice de Transparência das Prefeituras dos Municípios Pernambucanos e, atualmente, encontra-se na 8ª colocação. Segundo ele, o feito se deve porque tem prezado pela “transparência na gestão”. 

“Não estou aqui olhando para o retrovisor, não estou falando mal de ninguém, é importante falar isso, mas procuramos cada vez mais trabalhar de uma forma transparente. Nós estamos nas ruas, visitando as secretarias, acompanhando o dia a dia de cada secretário, a gente tem visto também o empenho do nosso secretário e dos nossos funcionários, é um conjunto. Isso não se deve só ao professor Lupércio, isso é uma coletividade visando a transparência no dinheiro público”.

O prefeito também contou que tem buscado destravar os projetos que estão em Brasília, bem como focar em novos convênios. Ainda falou que pretende entregar outros habitacionais em parceria com os governos Estadual e Federal. “Então, estamos felizes e confiantes que vamos cada vez mais melhorar a qualidade de vida da população olindense”, concluiu. 

 

A atriz Marina Ruy Barbosa resolveu atacar no segmento da literatura. Ela lançou, na noite desta quinta (18), no Rio de Janeiro, o livro Inspirações - Uma Seleção Afetiva de reflexões e Poemas, no qual ela compartilha autores consagrados e como sua obra lhe afeta. Porém, o que chamou atenção mesmo, durante o lançamento, foi o look provocativo da ruiva.  

Para o evento, Marina escolheu uma calça de cintura alta e uma blusa de renda transparente, ambas na cor preta. Sem sutiã, a transparência quase revelou demais e resultou em suspiros e muitos comentários elogiosos em suas redes sociais. Bastante simpática, a atriz atendeu aos fãs, os 'marináticos', que a esperavam na livraria, distribuindo sorrisos e autógrafos.

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O livro Inspirações - Uma seleção afetiva de reflexões e poemas é resultado de dois anos de leitura de autores como Carlos Drummond de Andrade, Hilda Hilst, Manoel de Barros, Mario Quintana, Paulo Leminski e Vinicius de Moraes, entre outros. Ao compartilhar seus textos preferidos, pelo Instagram, Marina chegou a reflexões pessoais acerca de temas universais que foram compilados na publicação.  

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O caso envolvendo o brasileiro Jonatan Diniz, 31 anos, preso na Venezuela em “um edifício de segurança”, segundo o governo venezuelano, desde o último dia 26 de dezembro, sem detalhar se é uma prisão ou delegacia apenas informando que ele está bem, foi comentado pelo deputado federal Jean Wyllys (PSOL) nesta sexta-feira (5). O parlamentar pediu transparência no caso e criticou o governo Maduro. 

“Por várias vezes me pronunciei contrário à postura de Maduro, autoritária e antidemocrática, ao responder com violência às manifestações populares de grupos de oposição ao seu governo. Situação que vivemos também no Brasil, sobretudo por ação dos governos estaduais, mas também com a resposta do governo federal solicitando a ação das forças armadas contra manifestantes desarmados na Esplanada dos Ministérios, e que criticamos veementemente”, escreveu em seu Facebook. 

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Jean Wyllys falou que Jonatan possui direitos. “Ainda que as acusações contra ele sejam verificadas e provadas, elas precisam ser feitas com plena transparência, no tempo certo e com a plena garantia de direitos que são internacionalmente reconhecidos, e não com cortinas e pronunciamentos imprecisos”. 

O deputado também falou, como membro da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara dos Deputados e também do Parlamento do Mercosul, que vai acompanhar o caso. “A urgência dos fatos não pode ser sequestrada por uma disputa política entre apoiadores e opositores do governo Maduro, seja por iniciativa de quem for, sob risco à própria justiça”, salientou. 

De acordo com a família de Diniz, ele reside nos Estados Unidos e foi à Venezuela com o objetivo de se envolver com ações de caridade. 

 

Gravação oficial de reunião da Comissão Municipal de Acesso à Informação (Cmai) obtida pelo Estado mostra que a gestão João Doria (PSDB) viola a Lei de Acesso à Informação (LAI). Em áudio de uma 1h10, o chefe de gabinete Lucas Tavares, número 2 da Secretaria Especial de Comunicação, age para dificultar o acesso de jornalistas a dados solicitados. Ele afirma que, dentro do que for "formal e legal", vai "botar pra dificultar" e que, se a resposta demorar a chegar, o jornalista vai "desistir da matéria". Para especialistas, a prática pode constituir improbidade administrativa e prevaricação. A Prefeitura nega irregularidades.

Em vigor no País desde 2012, a lei foi criada para garantir o acesso da população a informações de órgãos públicos. O pedido pode ser feito por qualquer cidadão, independentemente do motivo, e tem de ser respondido sempre que a informação existir. Considerando o princípio de impessoalidade na administração pública, a solicitação deve ser analisada pelo órgão sem levar em consideração o autor.

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A preocupação da Prefeitura é com informações que atingem pontos sensíveis para a gestão, como o número de operações tapa-buraco e de fiscais nas prefeituras regionais e os dados da Saúde, por exemplo. "Como buraco é sempre matéria por motivos óbvios - a cidade parece um queijo suíço, de fato -, e a gente está com problema de orçamento, porque precisaria recapear tudo, então tem matéria nisso. Agora, dentro do que é formal e legal, o que eu puder dificultar a vida da Roberta (Roberta Giacomoni, jornalista da TV Globo), eu vou botar pra dificultar, sendo muito franco", diz Tavares ao analisar pedido da profissional, que foi indeferido. Na reunião, ocorrida em 16 de agosto, na Controladoria-Geral do Município, estavam outros sete representantes da Prefeitura, entre técnicos, secretários adjuntos e a então controladora-geral, Laura Mendes.

Pela lei, o órgão que recebe a solicitação deve fornecer a informação imediatamente, se ela estiver disponível, ou em um prazo de até 20 dias, prorrogável por mais 10, se houver justificativa. Se mesmo assim não houver resposta, a Controladoria-Geral do Município emite um ofício ao órgão, solicitando a resposta. Se o retorno for considerado insuficiente ou incompleto pelo autor, a demanda é julgada pela Cmai, que se reúne mensalmente.

Na prática, o número de pedidos sem resposta subiu de 90 (4%) para 160 (6%) entre janeiro e maio deste ano (maior série histórica possível segundo dados divulgados pela Prefeitura), ante o mesmo período de 2016. Já o número de solicitações que tiveram prazo prorrogado aumentou de 295 (13%), em 2016, para 521 (19%). A Prefeitura aponta que os indeferimentos (informação não fornecida com justificativa) vêm caindo desde 2013 e sugeriu ao Estado uma análise "qualitativa".

Ao fazê-la, a reportagem encontrou pedidos sem retorno por mais de 60 dias e respostas genéricas, que mandam o solicitante buscar os dados no Diário Oficial da Cidade sem informar data ou página. A lei prevê como punições por seu descumprimento advertência, multa e rescisão do vínculo com o poder público, entre outros.

Na gravação, Tavares demonstra saber quem são os autores dos pedidos analisados na reunião. "Ela (Roberta Giacomoni, jornalista da TV Globo) é hoje, junto com o Toledo (quem mais pede informações pela lei), acho que ela já passou o Toledo. Eu tenho um 'ranquezinho' mental aqui dos caras, dos jornalistas que pedem. Ela, o William Cardoso (repórter do Agora São Paulo) e o Luiz Fernando Toledo, do jornal O Estadão de S. Paulo, são os caras que mais pedem. O Toledo pede da Cultura à Smads (Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social), cara. A Roberta também, porque eles pedem esse trem e fazem uma produção."

Conduta

Para a desembargadora Ivana David, do Tribunal de Justiça paulista, a conduta pode envolver dois tipos de ilícitos: "no âmbito administrativo, em que a autoridade superior do funcionário deve apurar, e no criminal ou civil, de improbidade administrativa e eventual prevaricação, se comprovada vontade deliberada de não informar em razão pessoal", diz. "É premissa básica do Direito Administrativo a impessoalidade da administração pública." O crime de prevaricação pode levar à detenção, de 3 meses a 1 ano, e multa.

"(A prática) está prejudicando o acesso à informação - seja por quem for, e ser jornalista não faz diferença. Pela lei, é conduta ilícita a recusa desmotivada de fornecer informações, retardar deliberadamente ou fornecê-la intencionalmente de forma incorreta ou imprecisa", diz a professora da pós-graduação em Direito da Fundação Getulio Vargas de São Paulo (FGV-SP) Vera Monteiro. (Colaboraram Marcelo Godoy e Cecilia do Lago)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Desde de 2012, quando entrou a vigor a Lei de Acesso à Informação (LAI), os órgãos públicos brasileiros são obrigados a disponibilizar dados e informações públicas à sociedade. Os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, Ministério Público, fundações e empresas públicas, entidades controladas pelos entes da federação e entidades privadas sem fins lucrativos que recebem recursos públicos devem cumprir essa lei.

No próximo dia 16 de maio a Lei de Acesso à Informação completa cinco anos de vigência. No Pará a data será marcada pelo evento “Os 5 anos da Lei de Acesso à Informação”, que reunirá várias entidades (inscrições aqui). O evento  “Os 5 anos da Lei de Acessa a Informação” é organizado pela Rede de Controle de Gestão Pública e tem o objetivo de ampliar e aprimorar a articulação de parcerias entre órgãos e entidades participantes para combater a corrupção, promover a transparência pública, além de auxiliar a otimização da aplicação dos recursos públicos. Ocorrerá no auditório do edifício-sede do MPPA (rua João Diogo n°100, Cidade Velha), de 8 às 12 horas, e será aberto a jornalistas, ONGs, OAB, Conselho Regional de Contabilidade além de observatórios, ouvidorias e servidores das instituições que integram a Rede.

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O evento também vai debater a Escala Brasil Transparente (EBT), uma metodologia criada pela Controladoria-Geral da União (CGU) para medir a transparência de Estados e municípios brasileiros. Na ocasião serão apresentados a evolução da implantação dos Portais da Transparência nos municípios, valiosa ferramenta por meio da qual o cidadão pode acompanhar os gastos do dinheiro público, e o “Selo Gestor Transparente” concedido aos ordenadores de despesas de prefeituras e câmaras municipais que cumpriram 100% dos Termos de Ajustamento de Gestão assinados com o TCM (Tribunal de Contas dos Municípios), uma forma de estimular e fortalecer as ações de combate ao desvio de recursos públicos.            

A Rede de Controle da Gestão Pública foi criada no Pará em 2016, dela fazem parte 14 instituições (Ministério Público do Estado do Pará, Ministério Público de Contas do Estado do Pará, Tribunal de Contas dos Municípios do Pará- TCM, Tribunal de Contas da União-TCU,  Tribunal de Contas do Estado do Pará – TCE, Procuradoria Federal no Pará, Procuradoria da República no Pará, Procuradoria da União no Estado do Pará, Consultoria Jurídica da União,  Controladoria-Regional da União no Pará, Superintendência da Polícia Federal no Pará,  19º Superintendência da Polícia Rodoviária Federal,  Ministério Público de Contas dos Municípios do Pará, Superintendência Regional da Receita Federal do Brasil – 2ª Região Fiscal).Elasurgiu como uma união de esforços entre as várias instituições que possuem competências institucionais relacionadas à Lei de Acesso à Informação (Lei n° 12.527) que têm como principal pilar a otimização da transparência das atividades governamentais.

O princípio da LAI diz que informações relativas ao Estado são de cunho público, a não ser em questões expressas na legislação. Os órgãos públicos e agentes da administração pública passaram a entender que a publicidade é uma norma e o sigilo é uma exceção.

Para a Coordenadora do Núcleo de Ações de Ouvidoria e Prevenção da Corrupção (NAOP) da Controladoria Regional da União no Estado do Pará, Lorena Paredes, o acesso à informação pública favorece a boa gestão e, fundamentalmente, fortalece os sistemas democráticos. “Com base nas informações disponibilizadas, o cidadão pode exercer o controle social dos gastos públicos, fiscalizando, cobrando e propondo melhorias na utilização dos recursos públicos. Também pode obter acesso a informações constantes em bases de dados oficiais, ofícios, notas técnicas, relatórios, atas de reuniões que lhe permitam exercer direitos essenciais, como saúde, educação e benefícios sociais”, disse.

Jornalismo - A atuação dos jornalistas é essencial para a promoção dessa garantia constitucional que é Lei de Acesso à Informação. Esse instrumento que dá a todo cidadão o direito de buscar informações sobre qualquer natureza no âmbito dos três poderes da República tem repercussão direta no trabalho do jornalista que também pode utilizar a LAI para produzir suas reportagens.

A partir da LAI a mídia passou a contar com uma ferramenta que dá autonomia para pautas não programadas e comprovação de denúncias. Ela permite ao jornalista se apropriar do instrumento jurídico para produzir pautas que contribuam à aceleração da transparência e participação democrática.

Com base na LAI (Lei nº 12.527/2011), o jornalista pode solicitar informações que deverão ser respondidas no prazo de 20 dias, prorrogável por mais 10 dias. Se a resposta dada não estiver a contento do solicitante, é garantido o direito de recurso, podendo chegar em até três instâncias recursais.

Segundo Lorena Paredes, esse “é um procedimento um pouco mais demorado, no entanto, pode dar maior garantia ao jornalista da obtenção de resposta e da sua completude e fidedignidade. Ademais, informações muito sensíveis podem ser solicitadas sem a necessidade de justificar o porquê e para que se quer aquela informação”.

Outro fator importante é que a LAI traz a determinação de disponibilizar as informações na internet. Dessa forma, as informações que podem ser necessárias para a divulgação de uma matéria por vezes já se encontram disponíveis em sites ou Portais da Transparência, basta saber o caminho.

Com informações da assessoria do evento.

A ministra Cármen Lúcia, que acumula a presidência do Supremo Tribunal Federal e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), defendeu a publicidade como regra constitucional dos atos da administração pública, incluindo informações do próprio Judiciário. "Quem paga tem de saber", disse a ministra em sessão do CNJ realizada na terça-feira, 14.

Cármen apoiou medida do Tribunal de Justiça do Tocantins que mandou afixar um cartaz com a produtividade dos seus servidores. A ministra concordou e saiu em defesa da transparência. "Construir uma República é dificílimo porque se a res é pública, há que se dar publicidade."

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A ministra anotou que o Supremo tem divulgado suas decisões. "Todos aqui já viram que minha sala hoje é filmada, sabem tudo que eu escrevo, como escrevo. Eu sei que estou num cargo público e, se eu quiser não participar, não posso ter, como disse Sócrates, o empenho de sair de casa."

"Vida em público, numa república, se faz em público", seguiu.

"Quem paga tem de saber. É lei." A ministra observou que desde 5 de outubro de 1988 está escrito no artigo 37 da Constituição que a administração pública, direta ou indireta, de qualquer dos Poderes da União, do Distrito Federal, dos Estados e dos Municípios, obedecerá aos princípios de legalidade, moralidade e publicidade.

"Está no artigo 5º da Carta Magna o direito à informação, o direito de informar e de ser informado. Nada é mais público do que o que cada um de nós servidores públicos faz. Se essa comparação vai levar a pensar que eu produzo menos que outro, isso faz parte. Não existe República possível se as coisas não estiverem escancaradas", acrescentou a presidente do Supremo e do CNJ.

"E a melhor solução para esses problemas, se alguém se sente mais ou menos atingido, será sempre a luz do sol. Será sempre esse esclarecimento que irá melhorar as instituições."

"Não sou capaz de entender como é que, diminuindo os espaços de verificação pública do que se passa nos escaninhos de todos os servidores, inclusive nós, isso possa de alguma forma melhorar nosso desempenho. As formas de aperfeiçoamento têm de ser feitas permanentemente… Se um servidor sabe que o colega dele, na mesma situação, produz mais, ele pode combater a acomodação Nós sabemos que sair da zona de conforto é muito mais difícil quando a gente não é instado a isso", completou a ministra.

O Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União (CGU) vai reunir os prefeitos de primeiro mandato e reeleitos para o Encontro Município Transparente, no dia 6 de fevereiro. O seminário pretende orientar os gestores sobre a correta aplicação dos recursos públicos federais. 

O encontro vai acontecer nas Unidades Regionais do Ministério da Transparência nas capitais dos estados, exceto no Espírito Santo e em Sergipe, que sediarão, respectivamente, nas cidades de São Mateus e de São Cristóvão. No Recife, o evento será no auditório da Chesf, das 14h às 18h.

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A programação inclui temas como: fiscalização nos municípios, orçamento, licitações e contratos, prestação de contas, ouvidoria, transparência pública, Lei Anticorrupção e atuação do controle interno na Administração Pública. 

A pauta do evento também prevê a divulgação do balanço da 3ª edição da Escala Brasil Transparente (EBT). Trata-se de um indicador criado para avaliar o grau de cumprimento de dispositivos da Lei de Acesso à Informação (LAI) pelos municípios. 

Os gestores ainda vão receber explicações sobre o 4º Ciclo do Programa de Fiscalização em Entes Federativos. Em 2017, a previsão é verificar a regularidade da aplicação dos recursos federais destinados a 100 prefeituras. As áreas mais afetadas pela má gestão são saúde e educação.

De acordo com o ministério, os prefeitos interessados em participar do encontro poderão se inscrever, a partir desta quinta-feira (12), no site da pasta. O prazo vai até o dia 31 de janeiro. 

A Câmara Municipal do Recife entra, a partir de 2 de fevereiro, na 17ª legislatura com uma renovação de 41% dos parlamentares. Entre os novatos está o primeiro vereador do PSOL na capital pernambucana, o jornalista Ivan Moraes Filho, eleito com 5.203 votos. Pregando ter um jeito “agoniado de fazer política”, o neófito afirmou, em entrevista ao Portal LeiaJá, que pretende nortear o mandato a partir de três pontos: transparência, participação popular e fiscalização. 

“Não existe uma democracia passiva. A democracia não é um sistema de governo em que as pessoas fiquem esperando as decisões serem tomadas. Então vai ser um mandato marcado pelas consultas à população, pela transparência das ações do gabinete, que será paritário, metade de homens e mulheres”, explicou Moraes. 

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O psolista, que compõe a bancada de oposição, também garantiu uma fiscalização mais ativa da administração do prefeito Geraldo Julio (PSB). “Somos parte de uma oposição muito pequena numericamente, dos 39 vereadores 35 fecham, com o governo, mas a gente aposta muito na qualidade técnica da nossa equipe e dos estudos que a gente vai fazer”, disse, pontuando que o grupo é composto por ele, Marília Arraes (PT), Rinaldo Júnior (PRB) e Jairo Brito (PT). 

“Não vamos torcer contra, lógico, mas vamos ficar de olho muito aberto para que a gestão dele seja marcada pelo republicanismo e o bom uso do orçamento público, o que nem sempre tem sido a regra aqui”, emendou. 

Além dos três nortes, Ivan Moraes Filho disse ainda que representa uma “política de resistência” na Casa José Mariano. “É um grande feito para a esquerda recifense. Não é apenas o primeiro mandato do PSOL na legislatura do Recife, mas um dos primeiros mandatos que representam um jeito mais agoniado de fazer política. Este mandato representa, talvez, uma nova fase na maneira de fazer política no Recife”, ponderou. 

Assim como os outros 38 vereadores do Recife, Moraes tomou posse no último domingo (1º). 

O Portal da Transparência do governo federal registrou um número recorde de acessos durante o mês de outubro. Contabilizando 2.229.022 visitas, o site acumulou a maior quantidade consultas desde sua implantação, em 2004. No ano, o portal acumula mais de 16 milhões de visitas, em sua maioria feita por pessoas dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.

Segundo a Controladoria-Geral da União (CGU), a motivação para o crescimento massivo de consultas e a análise dos dados mais vistos no site, indicam que as eleições podem ter alavancado a procura de informações. “Na CGU, a gente tem como política de transparência não monitorar a motivação de quem está acessando. Mas acreditamos que o período eleitoral tenha impactado o interesse do cidadão nos últimos meses”, afirma Giovanni Viana, auditor de Finanças e Controle do Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União.

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O dado mais buscado no portal foi o item “Despesas Diárias”, com aumento de 50%. Como o próprio nome diz, o relatório lista o gasto de funcionários públicos envolvendo verbas públicas e detalhando sua origem. O auditor disse que o site será reformulado para atender melhor às necessidades do público e tornar a pesquisa mais fácil e atraente.

Em manifestação enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF), a Advocacia-Geral da União (AGU) considerou constitucional a contratação de advogados por entes públicos sem a realização de licitação. Para a AGU, a "existência de corpo jurídico próprio na administração não se afigura bastante para, por si somente, impedir a contratação direta de serviços advocatícios".

A manifestação da AGU foi feita no âmbito de uma ação movida pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que quer que o STF considere constitucional dispositivos da Lei de Licitações. A legislação prevê a dispensa de licitação para a contratação de trabalhos referentes à "defesa de causas judiciais ou administrativas".

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Segundo a OAB, apesar da clareza da Lei de Licitações, a legislação vem sendo alvo de controvérsia em diversas esferas jurisdicionais, com advogados contratados pela administração pública sendo condenados por improbidade administrativa.

"Um traço característico da relação entre contratante e advogado é exatamente a pessoalidade. Daí a aparente incompatibilidade conceitual entre o instituto da licitação e a contratação de escritórios de advocacia - os quais, nada obstante sua personalidade jurídica, estão intimamente vinculados à pessoa do advogado", diz o parecer da AGU.

O parecer da AGU também aponta a existência de um "conflito" entre a competição inerente ao processo licitatório e a atuação profissional dos advogados.

"De fato, o art. 5º do Código de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil estabelece ser incompatível com qualquer procedimento de mercantilização o exercício da advocacia. E o art. 7º, do mesmo Código, por sua vez, veda o oferecimento de serviços profissionais que implique, direta ou indiretamente, angariação ou captação de clientela", destaca a AGU.

Embora considere constitucional a contratação de advogados sem licitação, a AGU se posicionou contrária ao reconhecimento "de que o único meio para a contratação do serviço advocatício pela Administração Pública é a inexigibilidade de licitação; ou, em outros termos, de que todos os serviços advocatícios são, na essência, singulares".

"Apenas aqueles serviços advocatícios revestidos de singularidade e, assim, executáveis somente por profissionais dotados de notória especialização são passíveis de contratação direta, sem a observância do regular procedimento licitatório. Não se enquadram nesse caso aqueles serviços de advocacia comuns, isto é, cujo grau de singularidade e complexidade não se revelem idôneos para autorizar o abandono da observância do princípio constitucional da isonomia e da seleção da proposta mais vantajosa para a administração", ressalta a AGU.

Questionários

O Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União encaminhou na semana passada aos diretores-presidentes de 24 estatais federais questionários sobre os serviços advocatícios prestados nessas unidades.

O envio dos questionários dá continuidade às propostas do Grupo de Trabalho, criado no âmbito do Ministério da Transparência, para revisar e avaliar a terceirização das atividades jurídicas pelas estatais vinculadas ao Executivo Federal.

Um projeto de lei sobre transparência em shows públicos está em andamento na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). O objetivo é que se tornem públicas e acessíveis para a sociedade todos os processos de financiamento e contração e shows, bem como de demais eventos artísticos no estado.  A autoria do projeto é do deputado Miguel Coelho, candidato a prefeito de Petrolina pelo PSB. 

A proposta é obrigar a publicação em sites, a exemplo de portais da transparência, de todos os detalhes (valores, produtoras, agentes envolvidos, etc) das contratações de atividades culturais promovidas tanto por secretarias, fundações e autarquias estaduais quanto por prefeituras.

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Outro ponto do projeto de lei é que essas informações deverão ser publicadas num prazo de até dez dias antes do evento acontecer e também será válida para atividades cujo financiamento conta com apoio ou patrocínio parcial de instituições privada, que deverão fornecer valores investidos e forma de pagamento.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O Ministério da Transparência - antiga Controladoria-Geral da União (CGU) - informou que na manhã desta quarta-feira, 20, deflagrou a 4ª fase da Operação Andaime nas cidades paraibanas de Sousa, Joca Claudino, Uiraúna e Bernardino Batista.

Estão sendo cumpridos sete mandatos de busca e apreensão em municípios da Paraíba e do Rio Grande do Norte. O Ministério da Transparência participa da operação com oito auditores.

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A missão é realizada em parceria com o Ministério Público Federal, a Polícia Federal e o Ministério Público do Estado da Paraíba e tem o objetivo de investigar fraudes em licitações e desvios de recursos públicos em obras públicas.

Na primeira fase da operação, deflagrada em junho de 2015, foram constatados desvios de verbas superiores a R$ 18 milhões e irregularidades relacionadas, principalmente, à venda de notas fiscais em obras de serviços e engenharia e à montagem de processos licitatórios.

Também foi verificada a existência de "empresas fantasmas", que participavam e venciam licitações que, no fim, eram executadas pelas próprias prefeituras, segundo o Ministério da Transparência.

Estima-se que foram fraudados cerca de 180 contratos de licitações em diversos municípios paraibanos. A nova fase da Andaime identificou "a atuação de outros participantes no esquema criminoso, como agentes públicos, empresários e servidores públicos". "Havia, inclusive, pessoas que exerciam, alternadamente, as funções simbólicas de executor da obra e engenheiro fiscal da obra", destaca o ministério.

O ministro da Transparência, Fiscalização e Controle, Torquato Jardim, disse nesta segunda-feira (18) que vai revisar as regras de contratação de escritórios de advocacia por empresas estatais para tentar reduzir a concentração dos serviços. Em almoço com jornalistas, o ministro informou que encaminhou, entre outras sugestões para serem incorporadas na Lei Anticorrupção, mudanças nos contratos de leniência para incluir a possibilidade de perda do controle acionário de empresas que desrespeitem o acordo firmado.

Torquato pretende ainda regulamentar a atividade do lobby na esfera do governo federal. Há duas semanas, o jornal O Estado de S. Paulo revelou as tratativas de técnicos do ministério sobre o assunto. A prática seria regulamentada até o fim do ano, sem a previsão de punições. A intenção não é restringir a atividade, mas registrar quem a faz e dar transparência as esses contatos.

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Contudo, há detalhes ainda em discussão sobre como essa regulamentação seria feita. Por exemplo, se o agente público poderá receber um representante de uma empresa sozinho e se tal agenda terá, em todos os casos, de ser tornada pública - para Torquato, algumas agendas não devem ser reveladas.

Contratação

Segundo o ministro, atualmente 15 escritórios de advocacia atendem estatais, autarquias e empresas de economia mista. A intenção é regulamentar essa prática para descentralizar esses contratos, estimados em 4 mil e que faturam, em alguns casos, milhões de reais. O valor total não foi divulgado. Para isso, o governo deve baixar uma instrução normativa com regras que regulamentem a contratação, com força de vigência assim que for editada.

Mesmo dispondo de um corpo jurídico, órgãos públicos contratam os escritórios de advocacia para os representarem em ações judiciais ou emitir pareceres sobre determinados temas por meio de uma interpretação da Lei de Licitações (Lei 8.666/1993). O governo pretende deixar mais claro, na regulamentação, a motivação prevista para a contratação por notório saber - a notória especialização é uma das causas de inexigibilidade de uma concorrência pública. Geralmente, é nesse aspecto que os escritórios de advocacia são contratados.

Corrupção

O ministro da Transparência quer incluir na Lei Anticorrupção um dispositivo em que prevê a alienação compulsória do controle acionário de uma determinada empresa caso ela desobedeça ao acordo de leniência firmado.

Essa mudança no comando da empresa seria feita por meio de leilão público após a Justiça apontar o descumprimento do contrato. Ele também quer exigir a certidão negativa de débitos trabalhistas nesse tipo de contratação a fim de proteger funcionários dessas empresas.

Em relação ainda aos acordos de leniência, o ministro disse estar fazendo um esforço para aproximar a pasta que comanda do Tribunal de Contas da União (TCU) e do Ministério Público a fim de discutir a formatação desses acordos, uma vez que a medida provisória que tratava do tema perdeu a validade no Congresso Nacional.

Ele pretende que os três órgãos avalizem os acordos desde o início - são 29 casos sob investigação do Ministério da Transparência, dos quais oito estão suspensos na pasta porque são tratados pela força-tarefa da Operação Lava Jato, em Curitiba. Esses oito acordos englobam as grandes empreiteiras.

Outra proposta do ministério prevê o estudo da aplicação de regras de compliance, atualmente usadas no setor privado, para a área pública. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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