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Cinco pessoas foram assassinadas e seis ficaram feridas durante uma festa de Natal em Fortaleza. De acordo com testemunhas, criminosos chegaram encapuzados, na madrugada deste sábado (25), e dispararam em um campo de futebol onde moradores celebravam com amigos e familiares.

Horas antes da chacina em Sapiranga, os suspeitos já haviam dispersado pessoas que estava nas calçadas e ruas do bairro. Após os tiros, o grupo fugiu em um carro e duas motos, de acordo com o G1.

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Os feridos foram socorridos por populares e ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). Algumas vítimas possuem condenação judicial, o que indica a chance do crime ter relação com briga entre facções ou acerto de contas. 

Três pessoas foram presas durante a manhã e seis armas apreendidas. A Perícia Forense do Ceará (Pefoce) foi ao local e a investigação fica a cargo do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHHP).

A Justiça do Rio acatou denúncia do Ministério Público e tornou réus dois policiais civis que participaram da ação na favela do Jacarezinho, na zona norte carioca, que resultou na morte de 27 pessoas. O policial Douglas de Lucena Peixoto Siqueira irá responder pelos crimes de homicídio qualificado e fraude processual. Anderson Silveira Pereira tornou-se réu por fraude processual.

A decisão é da juíza Elizabeth Louro, da 2ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio. A magistrada também determinou que eles sejam afastados de todas as atividades externas, não tenham contato com testemunhas ou moradores da favela, e também não tenham acesso a qualquer unidade da Polícia Civil ou Militar do entorno do Jacarezinho.

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"Isso porque - pelo que consta dos autos e dada a gravidade dos fatos sob análise - os apontados agentes não estariam aptos a figurarem em operações policiais externas, sob pena de pôr em risco a ordem pública. Ademais, eventual contato dos ora denunciados com as testemunhas até então identificadas poderia vir a influenciar no deslinde da instrução criminal, pelo que me encontro convencida de que a adoção de tais medidas cautelares é, por ora, a decisão que se impõe in casu", escreveu a juíza. O Estadão tenta contato com a defesa dos acusados.

O Ministério Público do Rio de Janeiro ofereceu à Justiça nesta quinta-feira (14) a primeira denúncia no caso da chacina do Jacarezinho - operação policial que deixou 28 mortos na comunidade da zona norte da capital fluminense em maio. Dois policiais civis são acusados por envolvimento no homicídio de Omar Pereira da Silva. De acordo com a promotoria, um dos agentes vai responder por homicídio doloso e fraude processual, enquanto o outro é acusado apenas pelo segundo crime.

Segundo a denúncia, Omar foi executado por um dos agentes no interior de uma casa na Travessa São Manuel, no Jacarezinho. Os promotores apontam que, quando foi morta, a vítima estava encurralada em um dormitório infantil, desarmada e já baleada no pé.

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Ainda de acordo com a peça de acusação, o policial que executou o disparo e o outro agente denunciado retiraram o cadáver do local antes da perícia.

Os promotores apontam ainda que os policiais plantaram uma granada no local do crime e, no momento de registro da ocorrência, apresentaram uma pistola e um carregador, 'alegando falsamente' que os objetos teriam sido recolhidos junto à vítima.

"Com tais condutas, os denunciados (…), no exercício de suas funções públicas e abusando do poder que lhes foi conferido, alteraram o estado de lugar no curso de diligência policial e produziram prova por meio manifestamente ilícito, com o fim de eximir (…) de responsabilidade pelo homicídio ora imputado ao forjar cenário de exclusão de ilicitude", registra trecho da denúncia.

Além da acusação oferecida junto ao 2º Tribunal do Júri da Capital, a promotoria pede o afastamento dos agentes de suas funções públicas, com relação à participação em operações policiais.

A denúncia é decorrente de investigação instaurada pela 1ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Especializada da Capital, que contou com auxílio da força-tarefa montada pelo MP fluminense para apurar as mortes e demais crimes ocorridos durante a operação no Jacarezinho.

De acordo com os promotores, os crimes cometidos durante a operação estão sendo analisados caso a caso, 'a partir dos respectivos locais onde ocorreram, suas circunstâncias, com os respectivos laudos e as respectivas testemunhas'.

Durante a reunião ordinária virtual da Câmara do Recife nesta segunda-feira (10), o vereador Dilson Batista (Avante) se posicionou sobre a operação policial na comunidade do Jacarezinho, no Rio de Janeiro, que acabou com 27 pessoas assassinadas.

"Os que morreram eram marginais. Não vou dizer que houve chacina, mas uma faxina, em Jacarezinho. Eram todos marginais que traficam droga e que atiraram na polícia. Atiraram a sangue frio no policial André Frias, que estava ali não só como um braço do Estado, mas para cumprir sua obrigação de segurança publica”, afirmou.

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O vereador Ivan Moraes (PSOL) criticou a adjetivação de “faxina”. “Aqui na Câmara há parlamentares que estão tratando esse caso como faxina, como limpeza. Mas, eu quero lembrar que nós, quando tomamos posse, juramos defender a Constituição. E quem a defende a Constituição tem que defender o Estado de Direito. Não podemos achar normal ou defender a execução sumária. O que houve foi execução sumária”, disse. 

Ivan ressaltou que, politicamente, pode-se discutir o ocorrido pela ótica do racismo institucional. “As corporações policiais foram formadas para defender uma elite. Policiais negros são colocados em situação de perigo e lutam contra outros negros, que moram em favelas. A guerra contra as drogas é justificada para matar moradores da comunidade, bandidos, policiais e traficantes. Mas uma operação como aquela não ocorre no Leblon ou na Avenida Boa Viagem”, salientou.

A vereadora Liana Cirne (PT) manifestou a sua preocupação como esse debate foi colocado “aqui na Câmara por alguns colegas”. Ela ressaltou que foi dita “a expressão faxina, no lugar de chacina, e que a operação só matou bandidos”. Cirne pediu para se refletir sobre “a gravidade do que foi colocado aqui”. 

O vereador Marco Aurélio Filho (PRTB) disse que está preocupado “com a inversão de valores” diante da operação da Polícia Civil realizada na favela Jacarezinho, na Zona Norte do Rio de Janeiro. “Até agora, não vi a imprensa ou casas parlamentares como esta se colocando no lugar da polícia. Em nenhum momento vi ninguém fazendo a defesa da Polícia Civil”, reclamou.

Operação letal

A Polícia Civil do Rio de Janeiro alega que, tirando o policial, todos os outros mortos na operação eram "bandidos", mas não deu detalhes de quem são essas pessoas. A operação, que foi de encontro a determinação do Supremo Tribunal Federal, que proibiu operações policiais no Rio de Janeiro durante a pandemia da Covid-19, está sendo investigada pelo Ministério Público Federal, que exigiu esclarecimentos sobre a ação e as mortes executadas. A operação é considerada a mais fatal da história do Rio de Janeiro. 

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O procurador-geral da República, Augusto Aras, solicitou que o governo do Rio de Janeiro, Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro e outras entidades estaduais esclareçam as circunstâncias da operação policial na comunidade do Jacarezinho, que resultou em 25 pessoas mortas. 

Nos ofícios, assinados nesta sexta-feira (7), o PGR cita a possibilidade de responsabilização em caso de descumprimento da decisão liminar do Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), que havia restringido a realização de operações policiais nas comunidades do Rio durante o período de pandemia.

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Também foram solicitadas informações às Polícias Civil e Militar do Rio de Janeiro, ao Tribunal de Justiça e à Defensoria Pública do estado. O prazo para envio das informações é de cinco dias úteis.

A PGR garante que desde que Aras teve conhecimento dos fatos noticiados pela imprensa, na última quinta-feira (6), o procurador-geral tem mantido contatos com o ministro Edson Fachin, que é o relator da determinação que proíbe operações policiais no Estado durante a pandemia, com o procurador-geral de Justiça e com o governo do Rio de Janeiro. 

A Procuradoria-Geral da República aguarda as informações a serem prestadas no âmbito de uma apuração preliminar instaurada nesta sexta-feira (7) para avaliar as eventuais medidas cabíveis.

 Até o final da manhã desta sexta (7), o Instituto Médico Legal do Rio de Janeiro havia recebido os corpos de 19 das 25 pessoas mortas na operação policial promovida na comunidade de Jacarezinho, na capital fluminense. O Ministério Público do Rio de Janeiro garantiu que acompanhará os desdobramentos da ação, que ganhou repercussão internacional por sua violência.

A Organização das Nações Unidas (ONU) também informou que acompanhará o caso e cobrou investigação independente a respeito de abusos policiais em Jacarezinho. Nesta sexta, moradores da comunidade promoveram um protesto em frente à Cidade da Polícia, sede das delegacias especializadas, localizada no bairro de Maria da Graça, na Zona Norte do Rio de Janeiro.

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Após uma operação da Polícia Civil do Rio de Janeiro deixar ao menos 25 pessoas mortas na comunidade do Jacarezinho, vários políticos e pessoas famosas se posicionaram na rede social contra essa operação, considerada a mais letal da história do Rio. 

O advogado Joel Luiz Costa, morador da comunidade do Jacarezinho, afirmou que entrou em algumas casas do local, e em todas a polícia usou a mesma dinâmica: "Casas arrombadas, tiros e execução. Não teve tiro de troca, parece execução - um menino morreu sentado na cadeira e ninguém troca tiro sentado numa cadeira", disse. 

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A Anistia Internacional do Brasil afirmou que "a população negra e moradora de favelas e periferias tem seus direitos humanos violados sistematicamente. Direito à saúde, à educação, à vida. O que está acontecendo no Jacarezinho é uma chacina", compartilhou.

O deputado Marcelo Freixo (PSOL) afirmou que a política de segurança pública é uma insanidade que precisa ser parada. "Quem ganha com essa guerra? O que essa lógica de confrontos permanentes nas favelas trouxe de positivo para o Rio de Janeiro? A violência só cresce e o crime organizado segue fortalecido, com seus braços econômicos e políticos operando a todo vapor", escreveu.

O deputado federal Alessandro Molon (PSB) também se manifestou por meio de suas redes sociais e apontou que o Estado "falha em planejar ações, desrespeitando a decisão do STF que obriga a fazer operações com base em inteligência para, assim, garantir que vidas de civis  agentes de segurança sejam preservadas", pontua.

Em novo julgamento, o Tribunal do Júri absolveu nesta sexta-feira, 26, o ex-cabo da Polícia Militar Victor Cristilder e o guarda-civil Sérgio Manhanhã, que eram acusados de participar da maior chacina da história de São Paulo. O massacre, ocorrido em agosto de 2015, terminou com 17 mortos e sete feridos em Osasco e Barueri, na Grande São Paulo.

Cristilter e Manhanhã, que sempre alegaram inocência, eram apontados como partícipes da série de ataques e chegaram a ser condenados, em 2017 e 2018, respectivamente, a mais de 220 anos de prisão, considerando as penas somadas. Após recurso da defesa, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) anulou as sentenças em 2019 e mandou refazer o júri popular.

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O segundo julgamento durou cinco dias. Desta vez, o Conselho de Sentença, formado por sete pessoas comuns, entendeu que os dois eram inocentes da denúncia. Para o Ministério Público (MPE-SP), responsável pela acusação, eles teriam formado uma milícia e promovido ataques a tiros para vingar a morte de um PM e GCM dias antes da chacina.

Em 2019, Cristilder respondeu, ainda, por mortes em Carapicuíba, na Grande São Paulo, ocorridas no episódio conhecido como pré-chacina. Ele também foi inocentado dessas acusações.

Desde o ano do massacre, Cristilder e Manhanhã estavam presos preventivamente. Com a absolvição, eles saem pela porta da Fórum de Osasco e podem voltar para casa.

Condenados anteriormente a mais de 500 anos de prisão, na soma das penas, outros dois policiais estão detidos pela chacina. São eles o ex-soldados da Rota Fabrício Eleutério (255 anos, 7 meses e 10 dias) e da Força Tática do 42° Batalhão Thiago Heinklain (247 anos, 7 meses e 10 dias). Eles também alegam inocência.

Os sete jurados do júri popular decidem nesta sexta-feira (26) se vão inocentar ou condenar os dois réus que são julgados no caso da Chacina de Osasco e de Barueri. O júri popular, que vai entrar em seu quinto dia, terá início às 9h30 da manhã.

Na quinta-feira, o julgamento foi demorado. Começou por volta das 10h30 da manhã, com o interrogatório dos réus, e acabou somente por volta das 23h, com os debates da acusação e da defesa.

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O primeiro a passar pelo interrogatório foi o ex-policial militar Victor Cristilder dos Santos, que respondeu às perguntas feitas pela juíza Élia Kinosita Bulman, pela acusação - feita pelo Ministério Público e pela Defensoria Pública - e por seu advogado de defesa.

O interrogatório de Cristilder teve início por volta das 10h35 dessa quinta-feira (25) e acabou por volta das 13h25. Uma hora depois teve início o depoimento do guarda civil municipal Sérgio Manhanhã, que foi interrogado por quase três horas. Público e jornalistas não estão podendo acompanhar o júri popular e o teor dos interrogatórios não foi revelado.

Cristilder e Manhanhã, que estão presos, são acusados de participação nas 17 mortes ocorridas na chacina do dia 13 de agosto de 2015. Esta é a segunda vez que os dois réus são julgados por essa chacina. No primeiro julgamento do caso, eles já foram condenados, mas recorreram da decisão e solicitaram novo júri, que está ocorrendo agora.

Debates

Logo depois dos réus terem sido interrogados, o julgamento passou para uma nova fase: a dos debates feitos pela acusação e pela defesa. Nessa etapa, que teve início por volta das 17h30 de hoje, defesa e acusação têm duas horas e meia cada um para apresentar suas argumentações. Essa foi uma fase demorada e se encerrou somente às 23h, após cada uma das partes ter falado por duas horas e meia. Depois dessa etapa, caso as partes não decidam ter direito à réplica e tréplica (que pode acontecer nesta sexta-feira), os sete jurados se reúnem para dar o veredito.

A acusação

As 17 mortes, conforme o Ministério Público, teriam sido uma vingança pelos assassinatos de um policial militar e de um guarda civil, ocorridos dias antes. De acordo com a acusação, os agentes de segurança se reuniram e decidiram fazer uma chacina para vingar as mortes.

Para a acusação, Cristilder teria combinado com Manhanhã sobre o início do horário da chacina por meio de mensagens no celular. Além disso, ele teria dirigido um dos carros utilizados na chacina e disparado contra as vítimas.

Histórico

No primeiro julgamento do caso, ocorrido em setembro de 2017, Manhanhã e outros dois ex-policiais militares, Fabrício Emmanuel Eleutério e Thiago Barbosa Henklain, foram condenados pelo crime.

Eleutério foi condenado à pena de 255 anos, 7 meses e 10 dias de prisão. Já Henklain recebeu sentença de 247 anos, 7 meses e 10 dias. O guarda-civil Sérgio Manhanhã foi condenado a 100 anos e 10 meses. O guarda-civil, segundo a acusação, teria atuado para desviar viaturas dos locais onde os crimes ocorreriam e foi denunciado por 11 mortes.

Já Cristilder foi julgado à parte, em março de 2018. Ele foi acusado por oito mortes e também por tentativa de homicídio. O tribunal do júri condenou o ex-policial a 119 anos, 4 meses e 4 dias em reclusão em regime inicialmente fechado.

A Região Metropolitana do Recife (RMR) teve um aumento de 250% no número de chacinas em 2020 em comparação com 2019. Foram 14 casos no ano passado contra quatro em 2019, segundo levantamento divulgado pela plataforma Fogo Cruzado. 

Chacina é definida pela plataforma como crime doloso contra a vida a partir de três vítimas fatais, conforme classificação da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo. Em 2020, as ocorrências do tipo no Grande Recife resultaram em 49 mortos contra 12 no ano anterior, um crescimento de 308%.  

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Entre as ocorrências destacadas pela plataforma, está uma chacina em Ipojuca  em 9 de agosto com 17 pessoas baleadas. A primeira investida aconteceu na Praça Rurópolis, com três mortos e 12 feridos. Em seguida, outro ataque ocorreu na PE-60, com mais duas mortes. O caso está sob investigação e é uma das três maiores chacinas registradas pela Fogo Cruzado na RMR.

A segunda maior chacina também ocorreu em 2020, em 16 de março, com cinco pessoas mortas em um prédio em Jaboatão dos Guararapes. A terceira foi em novembro, em Camaragibe, em que quatro homens morreram. Eles bebiam em frente a uma residência quando um carro vermelho se aproximou e efetuou mais de 20 disparos.

Contabilizando os homicídios múltiplos, ou seja, casos a partir de duas vítimas fatais, a RMR teve 59 ocorrências que resultaram em 137 mortos. Os casos aumentaram 55% e o número de vítimas, 71%, em comparação com 2019, quando 80 pessoas morreram em 38 ocorrências. 

Do total de casos com múltiplas mortes em 2020, em sete houve presença de agentes de segurança. Em 2019, em nenhuma ocorrência do tipo houve presença de agentes. Segundo a Fogo Cruzado, o Grande Recife computou 1.710 tiroteios/disparos de arma de fogo no último ano. 

Considerando o recorte da pandemia, a partir da quarentena decretada em 17 de março, foram 55 homicídios múltiplos no Grande Recife, com 126 mortes. O dado representa um aumento de 77% em relação a 2019, que teve 31 casos no mesmo período. O crescimento no número de mortos foi de 94%.

Entre os municípios onde houve mais tiroteios com dois ou mais mortos em uma mesma situação, estão Recife (16 casos, com 34 mortos), Cabo de Santo Agostinho (11 casos, com 24 mortos), Jaboatão dos Guararapes (9 casos, com 22 mortos) e Ipojuca (4 casos, com 13 mortos).

Uma chacina na cidade de Ibaretama, interior do Ceará, deixou sete mortos na madrugada desta quinta-feira (26). Entre os mortos está uma criança. Segundo informações do posto policial de Ibaretama, homens entraram atirando na casa durante a madrugada. Essa é a segunda chacina no Estado em pouco mais de um mês. Em outubro, cinco homens foram mortos em Quiterianópolis.

Uma fonte do posto policial que preferiu não se identificar afirmou que a ocorrência foi recebida por volta das 3h30 da manhã. Quando os policiais chegaram à residência, havia sete corpos, incluindo o de uma criança de 8 anos. A dona da casa conseguiu escapar com um tiro na perna.

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Segundo a fonte, as vítimas eram envolvidas com facções. A suspeita é que membros de facção rival tenham cometido os homicídios. Ela afirmou que os corpos já foram encaminhados para o IML.

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) informou que equipes do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), do Departamento de Polícia Judiciária do Interior Sul (DPI-Sul) e da Coordenadoria de Inteligência trabalham no caso juntas com a Delegacia Regional de Quixadá.

Segundo a SSPDS, diligências estão em andamento procurando identificar a autoria do crime. Também atuam no caso equipes do Batalhão Especializado de Policiamento do Interior (Bepi/Cotar) e do Policiamento Ostensivo Geral (POG) pela Polícia Militar do Ceará (PMCE).

O Conselho de Sentença do 2º Tribunal do Júri do Rio condenou, na madrugada desta sexta-feira (13), o policial militar Thiago Rezende Viana Barbosa a 52 anos e seis meses de reclusão pelo envolvimento no assassinato de cinco jovens, em Costa Barros, Zona Norte do Rio, em novembro de 2015. O julgamento durou pouco mais de dez horas e também determinou que Thiago perdesse o cargo público.

O crime que ficou conhecido como Chacina Costa Barros ocorreu no dia 28 de novembro e 2015, quando Wesley Castro Rodrigues, 25 anos, Roberto de Souza Penha, 16 anos, Wilton Esteves Domingos Júnior, 20 anos, e Cleiton Corrêa de Souza, 18 anos, e Carlos Eduardo Silva de Souza, de 16 anos, voltavam do Parque Madureira, na zona norte do Rio.

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Os cinco amigos que estavam reunidos para comemorar o emprego novo de Roberto, que havia recebido seu primeiro salário como ajudante em um supermercado, foram mortos na região do complexo de favelas da Pedreira. O Palio branco em que eles estavam foi atingido por mais de 100 tiros.

Thiago foi o último dos quatro policiais envolvidos na chacina Costa Barros a ser julgado. Antonio Carlos Filho e Marcio Alves dos Santos foram sentenciados em novembro de 2019. O primeiro ainda foi condenado por fraude processual. Já o PM Fábio Pizza foi absolvido dos crimes.

Na ocasião, os policiais alegaram que receberam denúncias de que o grupo estaria envolvido em um roubo de carga e que foram atacados e houve troca de tiros, o que foi descartado nas investigações da chacina.

Depoimentos

Durante o julgamento de Thiago, cinco testemunhas foram ouvidas. O Tribunal de Justiça do Rio detalhou os depoimentos, entre eles o de um dos jovens que sobreviveram à chacina, Lourival Fernandes. Ele depôs como vítima e contou que acompanhava, com seu amigo Wilkerson de Oliveira em uma moto, o carro onde estavam os cinco jovens assassinados. Ele disse ter visto o veículo ser alvejado pelos policiais.

Logo depois de Lourival, quem depôs foi Paloma de Oliveira, irmã de Wilkerson e de um dos jovens assassinados. Ela contou que ela e sua mãe foram ao local do crime assim que souberam do ocorrido, mas foram impedidas pelos policiais de chegar perto do carro onde estavam os corpos. A testemunha disse ainda que sua mãe viu um dos policiais colocando uma arma de brinquedo perto de uma das rodas dianteiras do veículo.

O objeto também foi mencionado por Jorge Lima da Penha, pai de Roberto de Souza Penha, outra vítima da chacina. Ele disse ter chegado ao local logo após os disparos e visto tanto a arma de brinquedo quanto uma luva com sangue jogada na parte traseira do veículo.

O julgamento também contou com o depoimento do major da PM Daniel de Moura que, à época dos fatos, era o comandante da corporação. Ele relatou ter ouvido a versão de que um motorista de um caminhão de cervejas estava sendo feito refém e que, ao chegarem ao local, os policiais teriam sido recebidos a tiros pelos ocupantes do carro, tendo, então, revidado.

Um perito contratado pela defesa de Thiago também participou da audiência e sustentou que os disparos que atingiram o carro e mataram os cinco rapazes teriam partido de cima de um viaduto que fica perto do local e não das armas dos policiais.

COM A PALAVRA, O PM CONDENADO

Até a publicação desta matéria, a reportagem buscou contato com Thiago Rezende Viana Barbosa, mas sem sucesso. O espaço permanece aberto para manifestações.

O pai, um casal de filhos e um genro foram presos nessa sexta-feira (16), por suspeita de articular a morte de uma família boliviana na divisa do país com o município de Acrelândia, interior do Acre. O estupro de uma adolescente boliviana, de 14 anos, ocorrido em setembro, seria o ponto que desencadeou uma série de crimes.

Após dias de investigação, a família brasileira foi achada em um acampamento no meio da mata. O delegado Samuel Mendes informou ao G1 que o pai não teria envolvimento com a chacina, porém assume o papel de 'líder' familiar.

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“Ele acabou sendo preso porque seria o patriarca da família, deu suporte. E essa família já vinha agindo há algum tempo na localidade praticando vários delitos, então acabou formando uma organização criminosa e têm praticado vários crimes de furto, ameaça”, explicou o delegado ao site.

No dia 13 de setembro, o pai da jovem boliviana flagrou o acreano estuprando a filha na fronteira entre os dois países e o amarrou para buscar ajuda com a polícia. Familiares resgataram o suspeito, atacaram a propriedade dos bolivianos e mataram a mãe e dois filhos a tiros. Após os homicídios, eles incendiaram a casa.

“Eles individualizaram a participação da cada um. E foi esse o contexto, eles foram lá para resgatar o membro da família e acabou tendo o desentendimento com os familiares da vítima, inicialmente com o irmão dela e com a mãe. Eles discutiram com o rapaz e mãe interveio na situação para proteger o filho. Foi quando ela tomou o primeiro disparo que atravessou o corpo dela e atingiu o filho que estava atrás dela. Segundo um dos autores, a mãe morreu na hora e esse rapaz que levou o tiro ficou agonizando, o outro foi lá e executou com um tiro. Então, viram que um dos outros filhos estava filmando a ação e por ele está filmando, o menor [que já estava apreendido] viu e deu um tiro nele também”, detalhou o delegado ao G1.

O patriarca boliviano Carlos Ribas, de 49, lamentou a chacina, “me levaram tudo e mais a vida dos meus dois filhos e da minha mulher”. Ele disse que conhecia os brasileiros há cinco anos e, inclusive mantinham uma relação profissional. “Estamos muito abalados realmente. Eu tinha confiança neles, contratei para trabalhar lá na minha propriedade, conhecia há cerca de cinco anos e eles estudaram tudo, até como minha mulher guardava o dinheiro”, frisou.

A vítima de estupro também chegou a ser baleada e precisou passar duas cirurgias no pronto-socorro de Rio Branco, nessa quinta-feira (15). Os procedimentos foram realizados em um dos braços e na região buco-maxilo-facial. A jovem segue internada e a recuperação evolui bem.

Na gravação do depoimento prestado à polícia, a adolescente chora enquanto detalha a ação dos criminosos. “Primeiro dispararam na minha mãe e depois disparam em mim, depois dispararam no [nome de um dos irmãos] e depois no meu irmão [nome do outro irmão], que estava atrás de uma árvore”, afirmou aos prantos.

Capturados, os brasileiros prestaram esclarecimentos antes de serem indiciados por homicídio e ocultação de cadáver. O que cometeu o estupro teve o crime acrescentado às penas. Duas armas que teriam sido usadas no crime foram localizadas e todos foram encaminhados ao presídio da capital acreana.

O consulado boliviano acompanha o caso, mas não comentou por recomendação das autoridades. No entanto, Carlos Ribas espera que os acusados sejam cumpram a prisão na Bolívia. “Peço por favor, e também falo ao meu país, que eles sejam pegos e extraditados para o consulado. Somos trabalhadores, nunca tivemos nenhum problema em Plácido de Castro, nem em Acrelândia ou Califórnia [vila], mas tive a família baleada, querem tampar minha boca, mas não, a mim não vão calar. Quero que se cumpra a lei e que paguem seus delitos na Bolívia, porque mataram na Bolívia. Vou falar com governador da Bolívia, vou ao Ministério Público, quero Justiça”, reinvidicou o agricultor.

A Polícia Civil está investigando uma tentativa de chacina ocorrida no Cabo de Santo Agostinho, Região Metropolitana do Recife (RMR), na noite do domingo (13). De acordo com a Polícia Civil, uma mulher de 19 anos morreu.

Outras três pessoas ficaram feridas e foram encaminhadas para hospitais. Segundo informações, um dos feridos era namorado da vítima fatal e tinha um mandado de prisão em aberto.

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O caso será conduzido pela 15ª Delegacia de Polícia de Homicídios (DPH), que tem como titular o delegado Roberto Ferreira. A suspeita é que o crime tenha relação com o tráfico de drogas.

Uma chacina aconteceu na noite deste último domingo (9), em Ipojuca, cidade da Região Metropolitana do Recife (RMR). Entre os mortos estão três homens e duas mulheres - outras 12 pessoas ficaram feridas. A Polícia Civil explica que homens chegaram armados na Praça Rurópolis e executaram as primeiras vítimas.

Populares informaram à polícia que os suspeitos chegaram em dois carros, desceram e disseram para ninguém correr. "Só que o pessoal correu e foram diversos tiros. Nesse local, foram atingidas 12 pessoas e mais três morreram. Dois morreram no local e uma senhora foi socorrida para a UPA municipal e veio a óbito", revela o delegado Joaquim Braga à Globo.

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A polícia relata que outros dois homens foram assassinados, pelo mesmo grupo criminoso, em outro local da cidade. Ainda não se sabe quantos criminosos estavam envolvidos na chacina, mas acredita-se que não menos de quatro. Ao LeiaJá, a Polícia Civil confirmou que instaurou inquérito policial e está investigando o caso.

Cerca de 500 homens armados mataram 60 pessoas depois de invadir um povoado habitado por agricultores de tribos africanas na região sudanesa de Darfur, para onde o novo governo enviará tropas a fim de deter a violência endêmica.

É o incidente mais sangrento de uma série de atos violentos cometidos desde a semana passada em várias partes de Darfur, oeste do Sudão, onde por anos as tribos nômades árabes e os agricultores tribais africanos entraram em conflito por terra e água.

Segundo a ONU, cerca de 500 homens armados atacaram a cidade de Masteri, a 48 quilômetros da capital da província de El Geneina, no oeste de Darfur, no sábado, matando mais de 60 pessoas, a maioria da comunidade Masalit. Outras 60 pessoas ficaram feridas.

Várias casas no norte, sul e leste da cidade foram saqueadas e queimadas, assim como metade do mercado local, informou o Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) em Cartum.

"Este é o mais recente de uma série de sete incidentes violentos entre 19 e 26 de julho, que deixaram dezenas de mortos e feridos, além de várias cidades e casas incendiadas, além de danificar mercados e lojas" nesse estado, informou a ONU.

Segundo a organização internacional, "essa espiral de violência em diferentes partes de Darfur causa deslocamento da população e põe em risco a estação agrícola", que coincide com a das chuvas.

Nos cinco estados de Darfur, 2,8 milhões de pessoas passam fome. Dessas, 545.000 vivem em Darfur Ocidental.

No sul de Darfur, homens armados mataram pelo menos 20 camponeses na sexta-feira, quando retornavam aos seus campos após mais de 15 anos de ausência, segundo um chefe tribal local.

Esses camponeses assassinados haviam sido autorizados a voltarem para suas terras graças a um acordo celebrado há dois meses com aqueles que se estabeleceram ali durante o conflito em Darfur. O governo mediou esse acordo.

- Minorias marginalizadas -

O Conselho de Defesa e Segurança, o mais alto órgão de segurança do país, se reuniu para tratar da situação.

"Devemos usar a força para proteger os cidadãos e suas propriedades. As forças de segurança serão deslocadas de Cartum para regiões onde ocorrem distúrbios a fim de garantir a segurança dos moradores", disse o ministro do Interior do Sudão, Eltrafi Elsdik, em comunicado.

Este conflito, que eclodiu em 2003 entre o regime de maioria árabe de Omar al Bashir e os insurgentes das minorias étnicas que se consideravam marginalizadas, causou centenas de milhares de mortes e milhões de pessoas deslocadas, segundo a ONU.

Nos últimos anos, diminuiu de intensidade. Em 2019, o autocrata Omar al Bashir foi derrubado pelo exército sob pressão de manifestantes.

O novo governo, formado após um acordo entre os militares e os líderes dos protestos, entrou em negociações em outubro de 2019 para um acordo de paz com grupos rebeldes com o objetivo de acabar com os conflitos no Darfur, Kordofan do Sul e o Nilo Azul.

No entanto, a violência endêmica persiste devido a conflitos relacionados à terra, segundo Adam Mohamad, especialista na região.

"A questão da terra é uma das causas do conflito e permanece assim porque, durante a guerra, os camponeses fugiram de suas terras e aldeias para irem aos acampamentos e os nômades os substituíram e se estabeleceram ali", explicou à AFP.

A primeira chacina do Grande Recife foi registrada na noite desse domingo (15). As informações preliminares da Polícia Civil apontam que cinco homens foram assassinados no bairro de Socorro, em Jaboatão dos Guararapes. Um inquérito foi instaurado para apurar a motivação e a autoria dos crimes.

Segundo informações, os homicídios ocorreram em um prédio na Travessa Manoel Bezerra Neves. Todos foram vítimas de disparos de arma de fogo e os corpos seguiram para o Instituto de Medicina Legal (IML). Uma equipe do Instituto de Criminalística também foi acionada e realizou a perícia no local.

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Três homens foram assassinados a tiros dentro de um bar no Capão Redondo, zona sul de São Paulo, na noite do domingo, 26. Outras três pessoas ficaram feridas. No momento da chacina, o grupo assistia a um jogo de futebol.

Segundo relatos de testemunhas, os criminosos invadiram o estabelecimento na Rua Calil Jorge Calixto, atiraram contra as vítimas e fugiram.

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Os homens que morreram tinham 39, 44 e 48 anos.

Os feridos foram socorridos e levados a hospitais da região.

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) do Estado de São Paulo informou que um Chevrolet Meriva que teria sido usado no crime foi encontrado nas adjacências. O veículo foi apreendido para perícia.

A Polícia Civil investiga as causas da chacina. O caso foi registrado no 47º Distrito Policial (Capão Redondo) e encaminhado ao Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), que investiga a ocorrência como homicídio qualificado.

Cinco pessoas morreram e uma ficou ferida vítimas de uma chacina na madrugada deste sábado, em São Pedro da Aldeia, na Região dos Lagos, no litoral fluminense.

Segundo a Secretaria de Estado de Polícia Militar, agentes do 25º Batalhão da PM, em Cabo Frio, foram chamados à Travessa Eugênio de Moraes, no bairro Rua de Fogo, onde encontraram os corpos de cinco mortos e uma pessoa ferida, que foi levada pelo Corpo de Bombeiros ao Pronto Socorro Municipal, no bairro Morro dos Milagres.

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O caso foi registrado na 125ª Delegacia de Polícia, que abriu inquérito para investigar a chacina. Agentes buscam informações sobre os autores do crime. Técnicos fizeram a perícia no local.

A delegacia pede que a população colabore com informações que auxiliem na elucidação do crime, garantindo o anonimato dos denunciantes.

As autoridades dos Estados Unidos procuravam pistas nesta segunda-feira (18) para identificar as duas pessoas que mataram outras quatro e feriram seis quando abriram fogo dentro de uma casa em Fresno, Califórnia, e determinar se a chacina tem alguma ligação com gangues.

O crime ocorreu no domingo à noite quando os agressores invadiram uma residência na cidade de Fresno, onde um grupo de cerca de 30 pessoas, que incluía crianças, estava reunido para assistir uma partida de futebol americano.

Os criminosos "entraram pelo quintal", onde havia cerca de 16 homens, "e imediatamente começaram a atirar" com pistolas e armas semiautomáticas, informou o chefe da polícia Andy Hall. "Não foi um ato aleatório", acrescentou.

A polícia ainda está investigando o motivo desse crime, cujos mortos, todos de ascendência asiática, tinham entre 23 e 40 anos e os feridos, entre 28 e 36.

"Temos informações de que possivelmente algumas pessoas daquela festa estavam envolvidas em uma briga no início desta semana", declarou o agente de segurança. "Estamos investigando se há alguma conexão ... mas até agora não há indícios concretos".

Hall esclareceu que, no momento, "não há indicação de que os residentes ou qualquer um dos que estavam na residência tenham alguma ligação com gangues", mas essa hipótese ainda não está descartada.

Os agressores "atiraram aleatoriamente nas pessoas, não parecia que eles tinham alguém em vista", declarou o chefe de polícia, que ficou aliviado por mulheres e crianças não estarem no meio do tiroteio.

Apenas em novembro, foram registrados três incidentes envolvendo gangues asiáticas e 11 ao todo neste ano, informou a autoridade.

Nesta segunda-feira, outro tiroteio ocorreu no estacionamento de um supermercado Walmart em Oklahoma, com três mortos, incluindo o atirador.

Estados Unidos registraram vários tiroteios em massa nos últimos anos, que comoveram a opinião pública e reforçaram o debate sobre a posse de armas de fogo.

De acordo com o Gun Violence Archive, este ano foram registrados 370 tiroteios no país. Os dois anteriores ao de domingo aconteceram em uma residência em San Diego e em uma escola em Santa Clarita, perto de Los Angeles.

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