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A cantora Anitta usou seu perfil nas redes sociais na manhã desta segunda-feira (1º) para se posicionar sobre as manifestações que vem acontecendo. Anitta compartilhou duas imagens onde diz “Sempre antirracista” e “Artista Antifascista”.

Diferente de muitos artistas, Anitta é sempre cobrada por seu público para que se posicione sobre os assuntos em pauta, principalmente politicamente. O que ela tem feito bastante nos últimos meses, desde que o país entrou em quarentena por causa do coronavírus. 

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A artista até havia explicado o seu engajamento sobre o assunto. “Estou mais ativa porque estou com tempo para estudar”, disse ela, que vem inclusive realizando lives sobre política para que os seus seguidores conheçam o assunto.

Nos comentários, os fãs e amigos parabenizaram a cantora pelo posicionamento. “Esse é o momento de se posicionar… Cobrem seus ídolos para se posicionarem”.

Alguns artistas também usaram suas redes sociais para se posicionar contra o racismo e o fascismo, entre eles Marcelo D2, Pabllo Vittar e Astrid Fontenelle.

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Nesta segunda-feira (8) a cantora Pabllo Vittar utilizou suas redes sociais para enviar uma mensagem de apoio aos protestos que estão ocorrendo no Brasil e no mundo. Com uma série de imagens, Pabllo declarou seu posicionamento e levantou a bandeira LGBTQ+ contra o fascismo. 

As imagens foram criadas pelo Instagram “Seremos Resistência” e ganharam notoriedade nas redes sociais após o presidente Jair Bolsonaro compartilhar, no último domingo (31), um tuíte do presidente Donald Trump contra antifascistas.

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“Chegamos no mês de junho o mês do orgulho e num momento tão difícil que vivemos agora! Não podemos nos calar vidas estão sendo tiradas, o racismo e o preconceito nunca estiveram tão escancarados, temos que usar nossa voz pra unir forças e lutar pelos nossos não se cale, não se omita! Deixo aqui meu apoio a todos os protestos ao redor do mundo”, escreveu a cantora.

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O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) usou o Twitter para criticar o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), após dois homens que estavam na manifestação contra o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF), no Recife, serem detidos nesse domingo (15). Eduardo disse que o governador agiu como um fascista. 

Ao comentar o assunto, o filho do presidente Jair Bolsonaro compartilhou um tuíte da jornalista Vera Magalhães falando sobre a prisão que dizia: "Governador de Pernambuco mandou prender manifestantes em Recife por atentado à saúde pública". 

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Eduardo Bolsonaro, por sua vez, não poupou as críticas: "Prender um cara porque estava segurando uma plaquinha? Já sei que vão falar do coronavírus. Mas o corona só se pega em manifestação ou em estádio e ônibus também? Revolta seletiva do governador? É o Estado acima das liberdades. Se isso não é fascismo eu não sei o que é..."

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O governador de Pernambuco havia determinado no último sábado (14), por decreto, a suspensão de todos os eventos com mais de 500 pessoas e recomendou que a população evitasse aglomerações. As medidas foram tomadas para prevenir a proliferação do coronavírus. No Estado, oito casos foram confirmados.  

Detenções

Por nota, a Polícia Civil de Pernambuco informou que autuou, nesse domingo, o líder da manifestação em prol do governo Bolsonaro e contra o STF e o Congresso Nacional por “descumprimento do artigo 268 do Código Penal ("Infringir determinação do poder público, destinada a impedir introdução ou propagação de doença contagiosa")”.  

O comunicado observa também que com base no artigo 196 da Constituição de 1988 - que diz “a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantindo mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doenças e outros agravos” - e na Lei Federal  Nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020, diante da pandemia mundial e dos riscos de transmissão do COVID -19, o Ministério Público de Pernambuco, por meio da Promotoria de Justiça Plantonista da Capital, recomendou à Secretaria de Defesa Social a “adoção de medidas para evitar a realização de eventos de qualquer natureza com público superior a 500 pessoas”.  

Além do líder da manifestação, de 21 anos, um outro homem, de 57 anos, também foi autuado por desacato à autoridade policial por ter invadido a delegacia e desrespeitado a equipe de servidores de plantão nesse domingo.  Nos dois casos, foram lavrados Termos Circunstanciados de Ocorrência (TCO). 

A Polícia Civil não informou os nomes dos detidos. Os dois prestaram depoimentos e foram liberados.

Durante evento no Rio de Janeiro nesta sexta-feira (6), o governador fluminense Wilson Witzel (PSC) foi chamado de “fascista” por um rapaz presente na ocasião. De prontidão o gestor retrucou e chamou o homem de “maconheiro”.

"Olha o maconheiro aí, que tá gritando. Não tem espaço para você não, maconheiro. Aqui você não vai fumar maconha não, parceiro. Vai fumar maconha não. Aqui é ordem. Aqui nós vamos prezar pela ordem. Aqui você não vai fumar maconha, acabou essa brincadeira. Vai fumar maconha em outro lugar", afirmou o governador.

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O evento foi a inauguração do projeto Laranjeiras Presente e, durante o discurso de Witzel, o manifestante perguntou se o governador não ia falar sobre a milícia. “Fala da milícia, seu fascista”, disparou o homem, que não quis se identificar. 

"Tá todo mundo sendo preso, rapaz. Presta atenção. Até os maconheiros", respondeu Wilson Witzel. A discussão interrompeu o andamento do evento, mas logo a organização afastou o homem e o governador seguiu com o seu discurso.

No fim da tarde desta sexta-feira (23), jovens vindos de toda a parte de Pernambuco se reuniram no Centro do Recife em protesto pelos direitos da juventude. São várias as pautas que mobilizam essa juventude: pelo território e mobilidade, contra o genocídio da juventude negra, indígena e quilombola, contra o feminicídio e violência LGBTQI+. 

O movimento desta sexta (23) foi articulado pelo Fórum das Juventudes de Pernambuco (FOJUPE). "Diante do cenário de retrocesso, estamos nas ruas para dizer que não vamos deixar o Fascismo se criar. Esse é o ato Agosto da Juventude, que há três anos vem fazendo esse processo de reivindicar os nossos direitos", afirma Juliana Ribeiro, uma das mobilizadoras da ação.

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Essa manifestação antecede, coincidentemente, os protestos marcados para acontecer em todo Brasil neste sábado (24), em defesa da Amazônia. Brena Emanuele, da tribo Kapinawá, que fica localizada no município de Buíque, Agreste de Pernambuco, reforça que o sentimento da comunidade indígena é de retrocesso perante a falta de políticas públicas que auxiliam o seu povo, principalmente pela ausência de incentivos para a proteção da floresta e demarcações das terras indígenas.

"Tudo o que a gente conseguiu, hoje está se perdendo e eles (Governo Federal) não estão ligando para as nossas pautas. Essa dificuldade atinge não só a mata, como muitos indígenas. Enquanto houver essa invisibilidade morre índio, a floresta e os animais.

Brena, que também integra o Fórum das Juventudes de Pernambuco, veio junto com vários jovens da sua tribo para reforçar a importância de seu povo na preservação das vidas na natureza e na cidade. 

A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) está com inscrições abertas para o curso de extensão “Fascismo e Realidade Brasileira”. As lições têm início no dia 22 de agosto e seguem até 24 de outubro. As aulas serão realizadas toda quinta-feira, das 19h às 21h30, no auditório da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Pernambuco (Adufepe), no Campus Recife, na Cidade Universitária, Zona Oeste da capital pernambucana.

As inscrições são gratuitas e estão sendo feitas por meio do endereço de e-mail comiteufpecontraofascismo@gmail.com, no qual o candidato deve mandar uma mensagem informando nome completo, telefone, além de incluir cópias anexadas do RG, CPF ou CNH.

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Durante o curso, os estudantes terão acesso a discussões sobre temas como “Imaginário religioso e a construção da ideia de um inimigo público no Brasil contemporâneo”, “Fascismo e a Lei" , entre outros.

As inscrições podem ser realizadas até o dia 20 deste mês e não há nenhum pré-requisito para participar do processo seletivo.

Confira a programação completa

22/08

As primeiras experiências fascistas (Itália, Alemanha, Espanha) – origens, evolução, epílogo

Professor Antônio Montenegro (UFPE)

29/08

Fascismo, uma tentativa de conceituação: aspectos políticos, sociais e psicológicos

Professor Rui Costa Pimenta (presidente do PCO)

05/09

Implicações do fascismo nos processos de subjetivação: medo, negação do outro, isolamento social

Professora Wedna Cristina Marinho Galindo (UFPE)

12/09

Guerra híbrida e fascismo na mídia

Professor Gilberto Maringoni (UFABC)

19/09

Psicologia de massas e o caráter fascista – aspectos teóricos e realidade brasileira

Professor Odair Sass (PUC-SP)

26/09

Imaginário religioso e a construção da ideia de um inimigo público no Brasil contemporâneo

Professor Joanildo Burity (Fundaj)

03/10

A herança escravista, formação da ralé e classe média no Brasil – elementos históricos no fascismo brasileiro

Professora Cristina Araújo (UFPE)

10/10

Fascismo e a Lei

Professor Augusto de Arruda Botelho (Arruda Botelho Sociedade de Advogados – SP)

17/10

Movimento fascista e suas estratégias de institucionalização – situação ontem e hoje

Professor Breno Altman (editor do Opera Mundi)

24 de outubro – Resistência ao fascismo – aspectos individuais e políticos. Por uma formação antifascista.

Professor José Policarpo Jr. (UFPE)

O deputado federal José Guimarães (PT-CE) afirmou, neste sábado (3), que o Brasil caminha para o “fascismo”. O argumento do petista foi exposto após o PSOL afirmar que agentes da Polícia Militar de São Paulo entraram em uma plenária de mulheres do partido, na manhã de hoje, sob a justificativa de que estavam “monitorando” o evento e pediram a documentação de todos os presentes. 

 Para Guimarães, o caminho é o escolhido pelo governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) e seus aliados. O governador de Sâo Paulo, João Doria (PSDB), é aliado político de Bolsonaro. 

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“Já disse e vou repetir. Haverá o fechamento de regime. O Brasil caminha para o fascismo. O arbítrio é o caminho escolhido pelo governo Bolsonaro!”, declarou José Guimarães, em publicação no Twitter. 

"Manifesto com muita preocupação e solidariedade aos companheiros do PSOL, meu repúdio à invasão da PM em SP de um ato das mulheres do PSOL. Um atentado contra a liberdade de organização civil. Queremos explicações claras do comando da PM e do Governo", escreveu depois.

O encontro do PSOL acontece no Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo. A Secretaria de Segurança Pública do Estado não se posicionou sobre a ação da PM.

Uma camiseta bordô com a escrita "Cinema America Trastevere". Essa simples peça de roupa, símbolo da mobilização de jovens em defesa da cultura e da luta contra a degradação urbana, virou motivo de ataques de neofascistas na Itália.

A camiseta é usada pelos membros da associação "Piccolo America", que faz sessões gratuitas de cinema ao ar livre em Trastevere, tradicional bairro boêmio de Roma, mas também em outras áreas da capital, como o distrito litorâneo de Ostia, que sofre com a criminalidade organizada.

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No último mês de junho, no entanto, quatro integrantes da entidade foram espancados nas ruas de Roma por militantes de extrema direita, que acusam o projeto de ser "antifascista". A violência voltou a se repetir no último sábado (27), quando um pesquisador de 33 anos, Francesco, foi agredido por usar a camisa do "Cinema America" em Frosinone, cidade situada a 90 quilômetros de Roma.

O crime ocorreu durante um show beneficente, e Francesco teve sua camiseta rasgada. "Deixei meus amigos para ir no banheiro, e na fila tinha um homem de uns 30 anos. Não o conhecia, e ele não usava símbolos de extrema direita. Era um rapaz 'normal', não falou de política", disse o pesquisador à ANSA, falando sobre um de seus agressores.

"Ele me pediu para entregar a camiseta, e eu me recusei. Afastei-me para evitar que a provocação degenerasse", acrescentou. Neste momento, no entanto, outros dois homens se aproximaram, e o grupo agrediu Francesco quando ele voltava para o show.

"Acho que não deveria ser perigoso vestir uma camiseta", afirmou. Segundo o pesquisador, o modus operandi foi semelhante ao ataque de Roma, quando os agressores "acusaram" as vítimas de "antifascismo".

História

A associação foi fundada em 2012, quando um grupo de estudantes da periferia de Roma decidiu ocupar o edifício do histórico "Cinema America", em Trastevere, que estava sob ameaça de demolição para dar lugar a estacionamentos e prédios residenciais.

Os jovens reestruturaram o imóvel e, com apoio dos moradores do bairro, passaram a oferecer sessões de cinema gratuitas e debates que tiveram a presença de diretores como Nanni Moretti e Paolo Sorrentino.

A ocupação durou até 2014, quando os proprietários pediram a reintegração de posse do cinema. Os estudantes, no entanto, conseguiram arrumar um novo espaço e, em outubro de 2018, formalizaram um contrato de concessão para revitalizar outro cinema, o Troisi.

Enquanto isso, passaram a oferecer sessões a céu aberto em uma praça de Trastevere. Em nenhum momento a associação levantou bandeiras contra o fascismo, apenas em defesa da liberdade, da cultura e da vida em comunidade.

O líder do Partido Democrático (PD) e governador do Lazio, Nicola Zingaretti, de centro-esquerda, afirmou que as agressões se devem à postura do ministro do Interior e vice-premier da Itália, Matteo Salvini, que "dissemina o ódio". "Devemos contrapor à aliança do ódio uma aliança das pessoas boas e que acreditam em um futuro de desenvolvimento e solidariedade", declarou.

Salvini ainda não comentou a nova agressão contra o "Cinema America". Em junho passado, no entanto, após os primeiros ataques, ele havia defendido "tolerância zero para os violentos".

Da Ansa

Após o presidente Jair Bolsonaro declarar que Glenn Greenwald “pode pegar uma cana” no Brasil, Fernando Haddad reagiu em suas redes sociais nesse sábado (27). O líder petista disse que “um fascista precisa ser contido enquanto houver tempo”.

“Um fascista intelectualmente limitado continua sendo um fascista e precisa ser contido enquanto houver tempo. A escalada autoritária dos últimos dias não tem precedente no período democrático e conta com apoio numeroso de zumbis robotizados. A liberdade vai vencer sempre”, disparou Haddad em seu twitter.

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Ato - Neste domingo (28), a Associação Brasileira de Imprensa (ABI) lançou convite aos associados, jornalistas e a sociedade para um ato em solidariedade a Glenn Greenwald. Para a ABI, o jornalista “vem sofrendo uma autoritária campanha de perseguição, por parte do governo Bolsonaro”.

 O evento será na terça (30), às 18h30, no auditório do 9º andar da ABI, localizada na Rua Araújo Porto Alegre, 71, no Centro do Rio de Janeiro.

O papa Francisco alertou neste domingo (31), durante sua viagem de volta do Marrocos, que as ditaduras nascem a partir do medo.

Segundo o Pontífice, "muitas pessoas de boa vontade, não apenas católicos", estão "um pouco tomadas pelo medo", que é a "pregação usual dos populismos". "Semeiam o medo e depois tomam as decisões. O medo é o início das ditaduras", disse Jorge Bergoglio, no avião papal.

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Francisco citou o exemplo da Alemanha, que cedeu às promessas de Hitler, alimentadas pelo medo da população. "Semear o medo é fazer uma coletânea de crueldades, fechamentos e até de esterilidades", acrescentou.

Além disso, o Papa disse sentir "dor" ao ver pessoas que "preferem construir muros". "Aqueles que fazem os muros acabarão prisioneiros dos muros que eles construíram. Já os que constroem pontes seguirão em frente", ressaltou.

De acordo com Bergoglio, a Europa deve ser acolhedora e interromper a migração em massa com a "generosidade", não com a "força". "É verdade que um país não pode receber todos, mas tem toda a Europa para distribuir os migrantes, toda a Europa", afirmou.

Da Ansa

O manifesto deixado por Brenton Tarrant, terrorista que protagonizou o ataque contra duas mesquitas de Christchurch, na Nova Zelândia, faz uma menção ao Brasil.

No texto, Tarrant cita o maior país da América Latina em um capítulo chamado "Diversidade é fraqueza", no qual ele critica nações abertas a outras culturas e miscigenadas.

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"O Brasil, com toda a sua diversidade racial, está completamente dividido como nação, onde as pessoas não se dão umas com as outras e se separam e segregam sempre que possível", diz o australiano de 28 anos.

O manifesto tem 74 páginas e é dedicado à defesa da "supremacia branca" e aos ataques contra o Islã. O terrorista se inspirou no norueguês Anders Breivik, autor de um massacre com 77 mortos em Oslo e Utoya, em julho de 2011, e que também deixou um documento com sua ideologia.

O texto escrito por Tarrant se chama "A grande substituição", em referência a um livro do francês Renaud Camus, que defende a ideia de que a maioria branca da Europa está sendo substituída por imigrantes africanos.

O terrorista também cita o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, como um "símbolo da identidade branca renovada" e admite que seu objetivo com o atentado de Christchurch era criar uma "atmosfera de medo" e "incitar a violência" contra imigrantes.

Da Ansa

Apesar de não acreditar que o governo Bolsonaro possa avançar para o totalitarismo militar por achar que essa não é a “tendência” do neofascismo atual, a ex-presidente Dilma Rousseff não poupou críticas ao presidente Jair Bolsonaro (PSL) durante uma entrevista concedida ao jornal espanhol eldiario.es. 

A ex-presidente, ao ser questionada sobre qual a atual situação do Brasil, falou que setores do judiciário e militar se uniram para que, por meio da eleição, chegasse ao poder “a extrema direita de corte fascista de Bolsonaro” com o objetivo de desmontar as bases democráticas. “Os militares cuidarão para que não haja ruptura formal da Constituição para, em troca, deixá-la sem efeito”, alertou.

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Dilma também falou que a característica do fascismo é sua incapacidade de admitir a diferença. “No plano político, o presidente o tem verbalizado ao dizer que não basta derrotar o PT, tem que destruí-lo: prisão ou exílio”. 

A petista pontuou que a intolerância também é social e cultural contra mulheres, negros, indígenas e classe LGBT. Ainda disse que há um apelo pela violência. “Desde converter nosso gesto em campanha, que é o “L” de Lula com o polegar e o indicador, em um ameaçador revólver, até a proposta de impunidade policia para matar suspeitos”. 

A aliada de Lula ainda foi questionada por qual motivo a população não preferiu o PT votando no então candidato Fernando Haddad e, sim, Bolsonaro, mesmo no Brasil o voto sendo obrigatório e a maioria sendo mulheres, pobres e negros. Segundo a ex-candidata ao Senado, houve um discurso baseado em dois pilares: a corrupção e a segurança.

“Disseram que a criminalidade vinha da destruição da família. Que a culpa é das feministas, promiscuas, abortistas, famílias monoparentais onde os filhos saem criminosos. Defendem essas mentiras, querem facilicar o acesso as armas e nos ameaçam”, lamentou. 

O veterano atacante Sergio Pellissier, do Chievo, elogiou nesta quinta-feira (6) o ditador fascista Benito Mussolini, afirmando que o "Duce" realizou "muitas coisas bonitas" na Itália.

A opinião do jogador de 39 anos, emitida em uma entrevista ao programa "Un giorno da Pecora", da emissora "RaiRadio1", gerou muita discussão nas redes sociais.

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"Mussolini fez muitas coisas bonitas, mas também muitas feias, e essas segundas ele as fez muito mal. Ele recuperou, construiu muitas estradas e criou muitas coisas importantes para a Itália. E depois há aquelas [coisas] feias, desastrosas, como a aliança com os nazistas", declarou Pellissier.

Já sobre seu posicionamento político, o atacante afirmou ser "mais para a direita do que para a esquerda", mas ressaltou que somente o "trabalho em equipe" pode tirar a Itália dos atuais "problemas".

"Se alguém de direita ou de esquerda disser algo inteligente e sensato, o que é bom para a Itália, não devemos ir contra isso, independentemente do lado. É inútil tomar partido agora, você tem de pegar todas as coisas positivas da direita e da esquerda e, talvez, a Itália também possa sair dos problemas de hoje", concluiu.

Desde 2002 no Chievo, Pellissier possui mais de 500 partidas e 137 gols com a camisa do clube gialloblù. Além do time de Verona, o atacante tem passagens por Torino, Spal e Varese.

Da Ansa

Está formado um cenário de debates intensos, muitas vezes violentos. De um lado, políticos com ideologias divergentes se preparam para a disputar as urnas, aguerridos de propostas ou discursos que têm como alvo o eleitor brasileiro. Do outro, o povo, que tem nas redes sociais o seu campo de batalha e se travestem de soldados, saem a defender suas ideologias usando as palavras como arma.

No embate virtual, assim como no feito verbalmente, é possível observar a utilização de termos como Fascismo, Comunismo, Socialismo e até Nazismo em discursos polarizados pela política. Porém, ao se munir de expressões que evocam essas palavras, muitas pessoas esquecem, ou simplesmente não sabem, que elas vêm de movimentos políticos que surgiram ao longo da história mundial e que suas características reverberam até os dias de hoje.

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Para evitar mais tiros no escuro e te ajudar a entender mais sobre cada onda governamental, conversamos como a historiadora e mestra em história política Elza Mariana de Mendonça, que explica em detalhes cada termo. Confira:

Fascismo

Criando em 1914, por Benito Mussolini, o Fascismo foi fundado na Itália e seu nome veio da palavra fascio. “O fascio era um instrumento, um machado revestido de muitas varas de madeira, que era utilizado para punições corporais. Quando nomearam o movimento de Fascismo, pensaram na autoridade e no medo que o fascio causava”, explica Elza.

Ela conta que o criador do Partido Nacional Fascista, Mussolini, era um líder autoritário. “A Itália passava por uma grave crise política fruto dos problemas de sua unificação tardia e com as consequências da Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Em 1919, foi publicado o primeiro manifesto fascista. O Fascismo surgiu, então, como o regime que iria resolver todos os problemas econômicos pós guerra, era por base um movimento nacionalista (de maneira exacerbada), imperialista (baseado na supremacia da nação italiana sobre os outros países), antiliberal e antidemocrático”, afirma.

Nazismo

O Nazismo despontou na Alemanha sobre o comando de Adolf Hitler e trouxe com ele algumas bases do movimento fascista italiano. A diferença entre os dois é que, no Nazismo, foi acrescentada uma conotação de raça baseada no darwinismo social e na pureza e superioridade da raça ariana.

“Em 1920, Hitler fundou o Partido Nazista e em 1924 escreveu o livro que é a única base teórica para estudar esse pensamento (Mein Kampf). Nesse livro, ele elege o Comunismo como verdadeiro inimigo a ser combatido”, diz a historiadora. Ela reforça que tanto o Fascismo, quanto o Nazismo, são regimes que desprezam a democracia. “Eles baseiam-se em uma política autoritária de massas com forte apelo emocional e apesar de fundarem-se no discurso da união para o crescimento e desenvolvimento das nações, representam pensamentos desagregadores”, destaca.

Comunismo

Há muitas lendas relacionadas ao Comunismo, principalmente durante a Ditadura Militar brasileira. Muito se temia que comunistas comessem criancinhas ou instaurassem um regime que cercearia liberdades individuais. Mas não era bem assim.

“No Manifesto Comunista, escrito em 1848, Marx defendia que a história de todas as sociedades existentes até então era a luta de classes. Para ele, esse era o motor da história. Essa trajetória de lutas e impasses só teria um fim quando os trabalhadores criassem consciência de classe, se reconhecessem como geradores de riquezas, estabelecendo uma luta política para coletivizar os meios de produção, sejam as máquinas ou as terras”, explica Elza. Porém, apesar das ideias amplamente difundidas, o Comunismo nunca foi implementado em nenhum lugar do mundo.

“Nas tentativas que existiram, o autoritarismo político e o personalismo partidário foram a marca dos que detinham a liderança das classes trabalhadoras e é preciso que a classe trabalhadora seja sua própria liderança”, assevera.

Socialismo

Existem vários tipos de Socialismo, que passam longe de ter ideias totalitários ou extremistas. De acordo com a historiadora, “o que norteia a ideia de uma regime socialista é tornar viável a igualdade de oportunidades e de produção". 

"Nesse sentido, o que adquire mais peso para nós hoje é a social democracia, adotada por muitos países da Europa”, explica a pesquisadora. Para ela, como a ideia de uma revolução comunista e do fim do capitalismo passa longe da nossa realidade, a população deve-se preocupar em lutar por justiça social. “O Socialismo como teoria, estudado e ancorado por estudiosos, é um fenômeno contemporâneo a revolução francesa, podemos considerá-lo um caminho reformista dentro do Comunismo”, completa.

Para os candidatos do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), também é muito importante entender cada termo. Professor de história e sociologia, João Pedro Holanda traz um resumo sobre os significados. Confira no vídeo a seguir:

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*Conteúdo publicado originalmente no site institucional da UNINASSAU

O fascismo é definido como um “sistema ou regime político e filosófico, anti liberal, imperialista e antidemocrático, representado pela existência de um partido único e pela figura de um ditador, fundado na ideologia de exaltação dos valores da raça e da nação em detrimento do individualismo”.

Em contraposição, o termo 'Antifa' é descrito como “um movimento em que pessoas ou grupos fazem oposição declarada a todas as formas de manifestação de fascismo, como a militância ativa de um partido político ou de um movimento que tenha em sua ideologia o apoio a preconceitos ou à discriminação social, econômica, cultural, racial.”

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Não é de hoje que todo esse embate político foi parar no futebol. Na Europa, ele já existe há tempo e tem muitos adeptos de ambos os lados. No Brasil, não temos torcidas declaradas 'fascistas', mesmo assim, o país viu o crescimento de grupos 'antifas' nas arquibancadas dos estádios, nos últimos anos.

O LeiaJá entrou em contato com algumas torcidas declaradas anti fascistas do Recife para saber como funciona essa ideologia na capital pernambucana e o que eles querem mudar na realidade do esporte por aqui.

Pautas progressistas

“Vou xingar de quê, se não for de veado?”. Segundo Diego Gomes, publicitário, 22 anos, essa foi uma das perguntas com as quais ele se deparou, ao abordar um torcedor sobre o combate à homofobia na Ilha do Retiro.

Diego é um dos membros da Torcida Antifascista do Sport, fundada em 2017, e que organiza um trabalho de conscientização em alguns jogos. “Criamos a torcida por causa do cenário político brasileiro e por causa do cenário dentro do Sport. Nossa luta é contra o machismo, preconceito de classe e discriminação do público LGBT”, conta.

No Santa Cruz, a Coral Antifa é a representante tricolor no movimento. Uma das mais atuantes no estado, sempre presente em manifestações políticas na cidade, ela segue o discurso. “Futebol é um espaço gigante sem lei, com relação aos preconceitos diários. Tentamos quebrar isso e combater o machismo e a homofobia”, explica Allan Vítor, 31 anos, professor e membro da torcida desde 2014.

Aguardando a volta dos Aflitos para fortalecer uma atuação mais ativa, a Brigada Popular Alvirrubra endossa o discurso. “Achávamos que o estádio estava sendo usado para coisas que a gente abomina, como repressão policial e machismo”, diz Thiago Coutinho, 30, contador.

“Tem gente que acha que política e futebol não se misturam, acha que qualquer pauta progressista é politizar o futebol. A gente acredita que o futebol é um micro espaço e as mazelas da sociedade se mostram lá. São pautas que não são necessariamente partidárias, machismo é pauta de todas a mulheres. Não queremos doutrinar a torcida do Náutico e sim levantar uma discussão”, garante Thiago.

Torcidas organizadas

Outro assunto comum às antifas, são as torcidas organizadas, cujo comportamento em dias de jogos não agradam muito, devido a casos de vandalismos e brigas. No Leão, o caso é mais debatido, já que a diretoria do clube rompeu os laços com a Jovem e a proíbe de entrar na Ilha do Retiro.

Segundo Diego Gomes, a Antifascista do Sport não concorda com os mandatários rubro-negros. “Torcida organizada é um movimento social de periferia perseguido. É elitista a forma como combatem a Jovem. A festa é maior com ela em campo e ela também tem ações sociais. Queremos conscientizar e educar, não criminalizar. Você acaba tirando deles uma opção acessível de lazer”, diz.

No Santa e no Náutico, a opinião também é favorável às TOs. “Defendemos a liberdade de torcer, não se pode impedir pessoas de entrar em um estádio. Proibir não é a solução. A educação vai além”, comenta Allan Vítor, da Coral Antifa.

A Brigada Popular Alvirrubra assina embaixo. “As organizadas têm um perfil de periferia, onde o futebol muitas vezes é o único lazer. A briga é na rua, não no estádio. Não é proibindo uma faixa na arquibancada que vai se resolver o problema”, opina Thiago Coutinho.

 Fotos: Reprodução/Facebook

A histórica canção italiana "Bella, Ciao" virou hino da torcida brasileira na Copa do Mundo da Rússia, com versões e paródias que ganham cada vez mais fama nas redes socais.

A canção é considerada na Itália como o hino dos "partigiani", ou seja, da resistência contra o fascismo, Benito Mussolini e as tropas nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. Nos anos 1960, a música também foi usada como hino popular de manifestações de trabalhadores e estudantes da Itália e, mais recentemente, era cantada no governo do ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi como forma de protesto.

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Até hoje, em celebrações do calendário italiano, a música é executada em várias cidades do país. Sua origem, porém, ainda não foi muito bem esclarecida. Há quem sustente que ela tenha se baseado em uma canção cantada por camponesas da Emília-Romana no início do século 20. No entanto, essa hipótese já foi desacreditada por especialistas, que alegam que ela é resultado de um conjunto de influências de músicas populares do norte da Itália.

Apesar de antiga e conhecida em vários países, sendo gravada até por Mercedes Sosa, "Bella, Ciao" se popularizou recentemente nas redes socais, quando apareceu na série espanhola "La Casa De Papel".

Agora, a canção já chegou à Rússia e conquistou os torcedores brasileiros, que cunharam paródias para provocar as seleções adversárias.A primeira da torcida brasileira a viralizar nas redes sociais veio como uma provocação aos rivais da Argentina: "O Di María, o Mascherano, o Messi, tchau; Messi, tchau; Messi, tchau, tchau, tchau. E o argentino está chorando, porque esta Copa eu vou ganhar", diz a paródia, reunindo três dos ícones da seleção argentina desta Copa.

Ontem, com a eliminação da Alemanha, os torcedores brasileiros criaram outra versão para o time de Toni Kroos, em revanche pelo placar de 7 a 1 da Copa passada. "A Alemanha assanhadinha tá dando tchau, dando tchau, dando tchau, tchau, tchau, tchau".

Confira a letra original da música:

Uma manhã, eu acordei Bela, tchau! Bela, tchau! Bela, tchau, tchau, tchau! Uma manhã, eu acordei E encontrei um invasor Oh, partigiano (membro da Resistência), leve-me embora Bela, tchau! Bela, tchau! Bela, tchau! Bela, tchau, tchau, tchau! Oh, membro da Resistência, leve-me embora Porque sinto que vou morrer E se eu morrer como partigiano, Bela, tchau! Bela, tchau! Bela, tchau, tchau, tchau! E se eu morrer como partigiano, Você deve me enterrar E me enterre no alto das montanhas Bela, tchau! Bela, tchau! Bela, tchau, tchau, tchau! E me enterre no alto das montanhas Sob a sombra de uma bela flor E todas as pessoas que passarem Bela, tchau! Bela, tchau! Bela, tchau, tchau, tchau! E todas as pessoas que passarem Te dirão: Que bela flor! E essa será a flor da Resistência Daquele que morreu pela liberdade E essa será a flor da Resistência Daquele que morreu pela liberdade

Da Ansa

A Corte de Cassação, instância máxima da Justiça da Itália, determinou nesta terça-feira (20) que não é crime fazer a "saudação romana", gesto associado ao fascismo, se o objetivo for "comemorativo e não violento".

A decisão foi tomada no julgamento de dois manifestantes que, durante um comício do partido ultranacionalista Irmãos da Itália (FDI), em 2014, responderam a uma chamada levantando o braço direito com a palma da mão aberta.

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O Ministério Público de Milão pedia a condenação dos dois réus, mas, segundo a Corte de Cassação, a "saudação romana", no contexto em que foi feita, não pode ser motivo de punição por representar uma "manifestação de pensamento".

Para os juízes, o gesto foi puramente "comemorativa", em um ato que não tinha o objetivo de defender a "restauração do regime fascista". Se a saudação tivesse sido acompanhada do hino fascista, por exemplo, seria passível de punição.

No ano passado, a Itália começou a discutir um projeto de lei que criminaliza a apologia ao nazifascismo, prevendo penas de seis meses a dois anos de prisão para quem divulgar "imagens ou conteúdos próprios" dessa ideologia.

O FDI é um dos partidos contrários à medida. Comandada por Giorgia Meloni, a legenda disputa as eleições legislativas de 4 de março em aliança com a também ultranacionalista Liga Norte e o moderado Força Itália (FI), de Silvio Berlusconi.

Da Ansa

O deputado estadual do Rio de Janeiro, Marcelo Freixo (PSOL), acredita que a ascensão das teses de extrema-direita no Brasil, com o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) aparecendo em segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto para a disputa pela Presidência, é conjuntural e "não prospera a médio prazo". Em entrevista ao LeiaJá, o psolista alertou, entretanto, que não se pode “fazer piada do fascismo” porque “ele pode se transformar em pesadelo”, como aconteceu nos Estados Unidos com a eleição do presidente Donald Trump. 

“Você tem uma extrema direita perigosa, antidemocrática, facista. Acho que esta extrema-direita é passageira. É conjuntural, porque ela é outsiders, baseada no medo e no ódio e isso não prospera em médio prazo. Isso tem uma força conjuntural e não estrutural”, frisou ao ser questionado como avaliava a ascensão de Bolsonaro na corrida presidencial.

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“Mesmo assim temos que dar importância ao fascismo e olhá-lo com o cuidado que ele merece. O governo Trump pode servir para dar exemplo, não podemos achar que é uma piada porque ela se transforma em pesadelo, mas acho que pela fragilidade do Bolsonaro, de programa e histórica, [a ascensão dele] é mais conjuntural de medo, ódio e descrença, do que efetivamente enquanto um projeto que possa se consolidar no Brasil”, acrescentou Marcelo Freixo. 

Outras candidaturas

O deputado do Rio de Janeiro também rebateu o discurso antipolítico pregado por Bolsonaro e outros nomes. “Negar a política é uma maneira de fazer política. Tem um monte de outsider dizendo por aí, votem em mim… Acho ruim para o Brasil a ideia de salvador da pátria. Não existe a possibilidade de alguém participar da política sem ser político. Não existe uma mágica. Essa história do outsider é muito enganosa”, destacou.

Durante a entrevista, ele disse que a “dinâmica política que vivemos hoje é de uma imprevisibilidade” grande e, por isso, não dá para prever o que acontecerá em 2018. O PSOL está se articulando para lançar o coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, para concorrer ao cargo.

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Desafios para a esquerda

O cenário do “medo e do ódio” pontuado por Marcelo Freixo traz desafios para a esquerda. Segundo ele, uma das maneiras disso ser amenizado é com a esquerda passando a ouvir mais do que falar. “A esquerda tem que aprender a ouvir, enxergar e trazer esses setores de lutas reais [os movimentos sociais] para um projeto maior de esquerda no Brasil. Por isso que eu digo, não cabe a um partido, mas um conjunto de espaço de diálogo e escuta. Na luta por moradia, por exemplo, boa parte são evangélicos, não dá para gente juntar essas pontas e pensar neste sentido de uma concepção de esquerda que não passa nos mesmos caminhos de sempre?”, indagou.

Sob a ótica de Freixo, é preciso parar de acreditar que em setores da sociedade tradicionalmente conservadores terão apenas pessoas alinhadas ao mesmo pensamento. “Não dá para esquerda achar que todos os evangélicos são reacionários e votam todos na direta. Não tem evangélico progressista? Que entenda o debate de gênero? Possa ser garantidor dos direitos humanos? Claro que tem e acho que não são poucos. Precisamos fazer o debate real da vida das pessoas”, salientou.

Mesmo sendo absolvido pelo Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, na última quarta-feira (5), do julgamento que poderia resultar na suspensão de seu mandato por ter cuspido no deputado federal Jair Bolsonaro (PSC), ainda assim o parlamentar Jean Wyllys (Psol) não dá trégua. O psolista fez questão de criticar uma palestra que Bolsonaro fez, durante a semana, no Clube Hebraica, no Rio de Janeiro. 

“Esse clube, que é um tradicional reduto da comunidade judaica carioca, provavelmente, nunca foi palco de nenhuma outra atração tão desonrosa. Para plateia de aproximadamente algumas centenas de pessoas, o convidado desfiou um rosário de ofensas chulas e com conteúdo machista, racista e xenófobo. Em certo momento, ele chegou a dizer que quilombolas não serviriam nem para procriar. Como se não houvesse leis no país contra o racismo“, contou. 

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Jean Wyllys, sem citar o nome de Bolsonaro, mas se referindo a ele como “fascista”, também declarou que ele ofendeu a dignidade de quilombolas, indígenas, homossexuais e mulheres e que fazem discursos similares em igrejas, universidades e em outros clubes. Ainda enfatizou que “os fascistas não pensam nem refletem criticamente”. “Apenas repete afirmações que estão de acordo com os preconceitos que carrega em si há tempos e dos quais não conseguiu se livrar”. 

“Os que se calam hoje diante da escalada do fascismo no Brasil, por conveniência, preguiça ou egoísmo, não têm ideia do que lhes espera no futuro se esse mal não for devidamente contido. O fascismo e o nazismo aniquilaram milhões de seres humanos com requintes de crueldade pelo simples fato de estes serem judeus, homossexuais, ciganos e comunistas. Não vamos nos esquecer disso. Porém, a luta e o enfrentamento desse mal não podem nos transformar nos monstros que estamos combatendo”, concluiu Wyllys. 

Nessa sexta (7), o líder da oposição no Senado, Humberto Costa (PT-PE) também criticou Bolsonaro dizendo que ele tem um “comportamento inaceitável” e precisa ser “ responsabilizado por seus atos e tantas falas de ódio”. Humberto chegou a dizer que as "indignidades" pronunciadas por Jair são, costumeiramente, de “uma violência atroz” contra todas as mulheres, homossexuais, negros e contra a própria sociedade brasileira.

Ernst Nolte, um dos mais célebres e controvertidos historiadores da Alemanha, que tentou mostrar a interdependência entre o comunismo, o fascismo e o nazismo, morreu nesta quinta-feira, aos 93 anos, anunciou a família.

Nolte iniciou nos anos 80 a famosa "guerra dos historiadores" alemães ao publicar um artigo, "Um passado que não quer passar", no jornal Frankfurter Allgemeine Zeitung.

Sua tese, segundo a qual o nacional-socialismo seria uma reação à "ameaça existencial" da revolução russa e seus crimes em massa, provocou indignação de alguns especialistas, incluindo o filósofo Jürgen Habermas, e marcou o início de uma longa polêmica a respeito.

O vínculo causal que Nolte estabeleceu entre o Gulag e Auschwitz valeu a ele críticas acusando-o de minimizar os crimes nazistas e suspeitas de revisionismo, das quais sempre se defendeu.

Nascido em Witten (oeste), Ernst Nolte ensinou durante anos na Universidade Livre de Berlim.

Entre suas obras mais destacadas, figura "O fascismo em sua época", uma análise da natureza do fascismo graças à qual ficou conhecido nos anos 60, e "A guerra civil europeia, 1917-1945. Nacional-socialismo e bolchevismo", lançado no final dos anos 80.

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