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O Corpo de Bombeiros foi acionado às 4h40 desta sexta-feira (28) para combater um incêndio em uma favela na Avenida Valdemar Roberto, região do Rio Pequeno, zona oeste de São Paulo.

Onze viaturas foram deslocadas para a Avenida Waldemar Roberto, na altura do número 1229, próximo à Avenida Escola Politécnica. Segundo os Bombeiros, o fogo foi extinto por volta das 6h30 da manhã. Seis barracos foram atingidos.

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Ainda não há informações sobre possíveis vítimas no local ou sobre as causas do incêndio.

Um incêndio atingiu uma favela no bairro Vila Menk, em Osasco, na Grande São Paulo, na manhã desta segunda-feira (3). O fogo teve início as 9h48 e destruiu dez residências e um carro que estava estacionado na rua.

Uma mulher sofreu queimaduras leves no rosto e uma outra pessoa acabou inalando fumaça. As duas pessoas passaram por atendimento médico e passam bem. Não houve vítimas fatais.

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O fogo foi totalmente controlado por volta das 12h. No total, 14 equipes do Corpo de Bombeiros participaram do controle das chamas e no processo de rescaldo.

Ainda não foram divulgadas informações sobre as causas do incêndio.

A mãe de um aluno de uma escola particular Fayal, de Itajaí, Santa Catarina, postou em sua conta no Facebook um comunicado enviado pelos professores de seu filho, para que o menino fosse fantasiado de "favelado do Rio de Janeiro" a uma apresentação, na qual os alunos dramatizariam uma música. Elaine Mafra criticou a postura da instituição. "É triste perceber que esse tipo de preconceito, que eu tanto abomino, está sendo ensinando para nossos filhos dentro da escola. São preconceitos como esse que geram os esteriótipos, que por sua vez causam a discrimação e arruínam a vida de tantas pessoas", disse, na postagem.

Elaine disse ainda que os professores explicaram que o aluno deveria ir de bermuda, óculos escuros e boné, para a dramatização da música Afogados, da banda de rock Paralamas do Sucesso. Em nota, a direção do colégio pediu desculpas, porém disse que houve um erro de interpretação. "Não aceitamos racismo, xenofobia, homofobia ou qualquer intolerância de classes. Nossos 55 anos de história atestam esta postura. Convidamos a todos para acompanharem o nosso trabalho que sempre privilegiou os valores e reafirmar que repudiamos toda e qualquer forma de exclusão", afirma o comunicado.

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Leia a nota na íntegra:

"Viemos através desta transcrever nossos mais sinceros pedidos de desculpas, pois ainda que possamos ter explicações , reconhecemos a inadequação de uma frase descontextualizada. Ouvimos cada um de vocês, e explicamos o contexto da ação. Jamais teríamos a intenção de criar estereótipos. Nosso espírito educacional é sempre na intenção de realizar ações que possam somar com a comunidade. É de prática cotidiana o acolhimento e humanização a nossos alunos, famílias e funcionários. Houve um sério equívoco no bilhete enviado às famílias dos quartos anos e que separado do contexto a que pertencia tornou-se inaceitável. Esclarecemos que a atividade proposta foi na verdade baseada na canção Alagados, do conjunto Paralamas do Sucesso, onde é citada a Favela da Maré, uma das maiores do Rio de Janeiro, onde vivem hoje 130 mil pessoas, em comunidades que se estendem entre a avenida Brasil e a Linha Vermelha - duas das mais importantes vias de acesso à cidade. Não viemos criar muros e sim trabalhar e expor estes movimentos de cidadania e inclusão.

Não aceitamos racismo, xenofobia, homofobia ou qualquer intolerância de classes. Nossos 55 anos de história atestam esta postura. Convidamos a todos para acompanharem o nosso trabalho que sempre privilegiou os valores e reafirmar que repudiamos toda e qualquer forma de exclusão. Contamos com a compreensão nesse momento e as providências internas já foram tomadas.

Por isso estamos indo além do pedido de desculpas. Assumimos aqui um compromisso público de sermos cada vez mais intolerantes e intransigentes nesse sentido. Enfrentaremos esse momento com humildade e o superaremos, fica o aprendizado.

Atenciosamente,

A Direção"

Com o olhar fixo e o passo determinado, Ana Paula Oliveira lidera uma passeata, carregando um cartaz com a foto de seu filho Jonathan, morto há três anos durante uma operação policial no Rio de Janeiro.

"Detenham os massacres, polícia assassina", gritam os cerca de 800 manifestantes que protestam nesta quarta-feira (24) no Complexo da Maré, um conjunto de favelas onde já ocorreram 18 mortes violentas desde o início do ano.

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Segundo a organização "Basta de violência, outra Maré é possível", que organizou o protesto, o número de mortes já supera o total registrado em 2016 nesta zona, que reúne 140 mil habitantes, geralmente reféns da guerra entre traficantes de drogas na disputa de território.

"Meu filho morreu com um tiro nas costas. Tinha 19 anos. Quem matou ele não foi castigado. Disseram que agiram em legítima defesa, é sempre assim", denuncia Ana Paula.

"Não é por que a gente é pobre, preto e vive na favela que a nossa vida não vale nada", desabafa.

Diante de Ana Paula, três manifestantes carregam um enorme balão rosa com as palavras "Maré" e "Amor". Às vezes, é preciso abaixar para evitar que o balão entre em contato com os fios que cruzam as ruas em cada esquina.

Algumas casas têm a fachada repleta de buracos de bala, testemunhos da violência diária. Pequenas flores foram fixadas nos buracos de uma vitrine de uma loja de colchões.

- 'Um único corpo' -

A poucos metros de distância, próximo a um bar, Rejanne de Souza Barreto chora, antes de encontrar consolo nos braços de outros manifestantes.

Há três meses, foi atingida por uma bala no peito quando tomava café da manhã no bar com sua filha. Sobreviveu, mas permanece de luto pelo marido, morto há 17 anos na Maré.

Outro local altamente simbólico é a ponte perto da qual Davison Lucas da Silva, de 15 anos, morreu em janeiro.

Um grupo de artistas vestidos de branco e com cartazes com a palavra "paz" se encontra no local da tragédia, enquanto é fotografado por um drone.

"Devemos demonstrar que somos apenas um corpo, que leva uma mensagem de união e de paz", diz a atriz Patricia Pillar.

A atriz e seus colegas foram à favela para mostrar sua solidariedade, respondendo ao chamado das associações locais.

- Crianças sem escola -

Em uma praça, um grupo de idosos joga baralho, imperturbável, mostrando algum incômodo com o barulho, mas aceitando quando um militante cola adesivos em suas camisas.

"A gente tem que entender que precisa parar de correr sangue", insiste Thais de Jesus, da associação Redes da Maré.

"Minha casa foi atingida por tiros várias vezes. Da última, quase acertam minha irmã pequena. Minha mãe mora aqui há 48 anos, mas agora pensa em mudar", revela a jovem economista de 27 anos que exibe orgulhosamente seu corte afro.

"Aqui se vive dia a dia. Não sabemos se poderemos seguir com o programa escolar amanhã. Então, aproveitamos cada hora de curso", explica a professora Natacha Carvalho, rodeada por cerca de 100 alunos.

Natacha perdeu a conta de quantas vezes teve de pedir a seus alunos que se escondessem debaixo da mesa durante tiroteios.

Segundo a Anistia Internacional, o número de mortos ligados às operações da polícia no Rio de Janeiro saltou de 416, em 2013, para 920, em 2016.

Pelo menos 20 moradias foram destruídas por um incêndio que atingiu a favela localizada na rua Aiama, número 150, no bairro do Tatuapé, na zona Leste da cidade de São Paulo. Uma pessoa intoxicada por inalar fumaça chegou a ser atendida no próprio local. Acionado por volta das 3h31, o Corpo de Bombeiros mobilizou seis equipes para o combate ao fogo, que foi controlado duas horas depois.

Em consequência desse incêndio, a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) interrompeu por quase duas horas e meia a circulação de trens em um trecho da linha 12 Safira, que liga os bairros de Calmon Viana ao bairro do Brás. Das 5h20 até às 7h, a circulação de trens ficou suspensa entre o Tatuapé e a USP Leste.

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Para atender aos usuários, a CPTM acionou a operação Plano de Apoio entre Empresas em Situação de Emergência (Paese), que durou apenas 40 minutos e foi desativada às 6h45.

A Agência Brasil procurou a Defesa Civil do Município para saber o número de desabrigados e para onde eles foram levados, mas até o momento, não recebeu retorno.

Um incêndio atingiu uma favela na manhã desta sexta-feira (23), no bairro de Sapopemba, na zona leste de São Paulo. O fogo teve início por volta das 5h46 nas proximidades da Avenida Marginal do Oratório. Por volta das 8h50, o combate às chamas já estava sob controle, em fase de rescaldo.

Uma pessoa foi encaminhada ao Hospital Albert Sabin para atendimento por supostamente ter inalado fumaça. Ela não apresentava sinais de lesões ou queimaduras. Quatorze viaturas do Corpo de Bombeiros foram enviadas ao local. Estima-se que cerca de 40 moradias foram atingidas pelo fogo.

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No dia 31 de agosto, um incêndio atingiu uma favela na Vila Brasilândia, bairro da zona norte da capital paulista. Duas semanas antes, no dia 13 de agosto, outro incidente do tipo ocorreu em Paraisópolis, na zona sul de São Paulo.

Cinco homens foram mortos em operação policial no Morro do Dezoito, em Água Santa, na zona norte, na tarde desta sexta-feira (2). De acordo com a Polícia Militar, houve troca de tiros entre policiais do 3º Batalhão e um grupo de traficantes. Após o confronto, os policiais encontraram os cinco homens caídos num terreno, "cada um com uma pistola e uma mochila contendo material entorpecente". Outros conseguiram fugir.

Os baleados foram levados para o Hospital Municipal Salgado Filho, onde morreram. Nenhum policial foi ferido. De acordo com a PM, foram apreendidas três pistolas ponto 40, duas pistolas 9 milímetros e dois radiotransmissores, além de drogas (a quantidade não foi informada). O caso será investigado pela Divisão de Homicídios da Polícia Civil. A Polícia Civil divulgaria ainda na tarde deste sábado as identificações dos cinco mortos.

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O Morro do Dezoito, um dos mais violentos da zona norte, já foi alvo de disputa entre traficantes e milicianos. Hoje, a favela é dominada pela facção Amigos dos Amigos (ADA). Em dezembro de 2015, o advogado Roberto Viegas Rodrigues, de 26 anos, foi assassinado por criminosos do local por não ter conseguido libertar da prisão dois traficantes.

Investigação da Delegacia de Descoberta de Paradeiros, encerrada em maio passado, aponta que o advogado já havia recebido o pagamento pelos serviços e foi chamado à favela para se explicar ao chefe do tráfico, Jean Carlos Nascimento dos Santos, de 25 anos, conhecido como Di Menor. Santos foi indiciado pelo homicídio e ocultamento de cadáver do advogado. Contra ele há pelo menos 17 mandados de prisão, dos quais seis por homicídio. O Disque-Denúncia oferece R$ 1 mil de recompensa por informações sobre o criminoso.

Duas pessoas morreram durante um incêndio em uma favela na Vila Maria, na zona norte de São Paulo, na madrugada desta segunda-feira (18), informa o Corpo de Bombeiros. O fogo, que começou pouco antes de meia-noite, destruiu mais de 30 barracos na altura do número 250 da Rua Manguari.

Segundo a corporação, uma mulher grávida foi encaminhada ao Pronto-Socorro do Hospital Cachoeirinha, na zona norte, por ter inalado fumaça. Ao todo, 35 viaturas da corporação foram enviadas ao local para conter as chamas. Elas foram controladas somente às 3 horas.

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O trânsito na pista local da Marginal do Tietê teve que ser interditado na altura da Ponte do Tatuapé no sentido da Rodovia Castelo Branco das 0h35 às 6 horas, de acordo com a Companhia de Engenharia de Trafego (CET). Às 7 horas, o congestionamento na região era de 2,5 quilômetros, informou.

Um incêndio de grandes proporções destruiu neste sábado, dia 14, pelo menos 100 casas da favela de Paraisópolis, na zona sul de São Paulo, segundo as primeiras estimativas do Corpo de Bombeiros. Até as 22 horas, não havia informação sobre vítimas, e o trabalho de combate às chamas estava na fase de rescaldo.

O resgate chegou a socorrer um homem, que havia caído de uma laje, em local perto do incêndio, mas em caso não relacionado. Segundo a corporação, o fogo começou por volta das 17 horas, mas em cerca de três horas já estava em fase de controle. A expectativa, porém, era de que os trabalhos continuariam até a manhã deste domingo.

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Ao menos 15 viaturas foram enviadas para o local e pelo menos 45 bombeiros trabalharam para combater as chamas. Eles chegaram rapidamente ao local, mas tiveram dificuldade em manobrar os veículos de grande porte dentro das ruas estreitas da comunidade.

Centenas de pessoas acompanharam, de diferentes pontos da favela, o trabalho dos bombeiros. De trás das fitas de isolamento, choravam diante da destruição. "Meu vizinho ficou jogando um balde de água (no fogo), gritando. Mas me deu desespero. Vimos que não ia dar tempo de tirar nada e saímos correndo", conta a dona de casa Fátima de Marco, de 54 anos.

A causa das chamas ainda seriam investigadas. Segundo os moradores, havia pelo menos duas possibilidades. Uns falaram que teria começado em uma lanchonete, outros, que partiu de uma das residências.

A noite de sábado costuma ser a mais agitada da semana em Paraisópolis, quando churrascos, cultos e festas ao som de carros ocorrem em diferentes pontos, simultaneamente.

Embora quase toda as casas atingidas fossem de alvenaria, os moradores contam que o fogo se alastrou rapidamente. Os bombeiros estimaram em 1.000 metros quadrados a área total atingida. A favela é uma das maiores de São Paulo e tem cerca de 100 mil habitantes.

Rápido

"Minha avó é um pouco surda e estava no segundo andar. Meu irmão correu e desceu com ela. A gente estava vendo TV quando ouviu o povo gritando. Foi tudo muito rápido", contou o instalador Leandro Araújo Davi, de 32 anos. Os moradores ainda não tinha ideia do estado de seus imóveis quando os bombeiros chegaram.

"Demorou demais, muito mesmo", reclamou. Quando as equipes começaram a trabalhar, os moradores foram orientados a se afastar.

Vigas de madeira formam o esqueleto da estrutura – geralmente as vigas são de tamanhos diferentes, precisando do apoio de tijolos para o nivelamento. Em seguida, há um envelopamento pouco cuidadoso com pedaços de madeira dos mais diversos tamanhos. A coberta é de telhas de fibrocimento, as populares telhas Brasilit. Uma porta na entrada, uma privada na quina do único cômodo. Em questão de minutos, toda essa construção pode virar cinzas, como puderam presenciar os moradores da comunidade Via Mangue, na Vila Santa Luzia, no bairro da Torre, Zona Norte do Recife, no dia 3 de fevereiro deste ano.

A Defesa Civil ainda está fazendo cruzamento de informações para confirmar quantos barracos foram destruídos no incêndio. No dia do fato, o secretário-executivo da Defesa Civil, Cássio Sinomar, disse que “muito mais de 50 barracos foram atingidos”. A fundadora do Centro de Ensino Popular de Assistência Social de Pernambuco Santa Paula Frassinetti (Cepas), Elza Nira da Silva, acreditava que as chamas destruíram aproximadamente 200 barracos.

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A comunidade Via Mangue é extensa – 550 famílias, segundo Elza Nira -, e o fogo destruiu apenas um trecho. Aonde o fogo não chegou, apesar de todos os riscos, famílias continuam vivendo nos barracos, com mesmas condições de moradia das pessoas que viram suas casas desaparecerem em minutos.

“Eu tenho medo de que tenha um novo incêndio, mas não tenho para onde ir. A gente tem medo que alguém chegue aqui e toque fogo, mas a gente tem que ir arriscar”, diz o autônomo Edvaldo José de Oliveira Neto, 31 anos, que hoje tem como vista um terreno de cinzas. “Já passava pela cabeça que podia pegar fogo aqui”, complementa. Mesmo que sua casa tenha sobrevivido, Edvaldo teve a geladeira e o fogão furtados na confusão.

O medo constante está presente também no discurso do morador Willian da Silva, 48. “Quem mora em comunidade já vive 24 horas na tensão de um incêndio”, comenta. Mais uma vez, apesar do medo, ele resiste. A casa de Willian, ao contrário das demais, era de alvenaria e conseguiu ficar de pé. Neste momento, sua moradia se destaca no centro de um local formado de restos incinerados da comunidade.

Antes das chamas do dia 3 de fevereiro, a comunidade Via Mangue já havia escapado de outras possíveis varrições. “O primeiro princípio de incêndio que eu lembro foi em junho do ano passado. Pegou fogo nuns dois barracos, o pessoal parece que estava bêbado, mas deu para a gente apagar. Mas por quê? Por causa da época que era chuvosa. E a segunda vez, eu estava trazendo material para casa, e no começo da favela, lá na frente, começou a dar um curto por cima dos telhados, pegou fogo, mas conseguimos apagar”, recorda Willian da Silva. 

A vendedora Ana Paula, 37, também perdeu a casa. No dia seguinte, ela já havia construído outra no mesmo ponto. “Peguei R$ 200 emprestado com meu irmão, comprei R$ 100 de madeira e R$ 100 das telhas. No outro dia, minha filha conseguiu uma porta”, relata. Ana diz não ter mais medo. “Eu acho que se o pessoal vir morar aqui de volta vão ter mais cuidado, porque viram o fogo que deu”, opina.

Para o morador Rosalvo Ney, 34, companheiro de Ana Paula, do jeito que a situação está, com poucas casas isoladas,  não há perigo. “O único barraco que tem aqui é o meu, o dele [Willian da Silva] e uns mais distantes. Se o fogaréu atingisse não ia prejudicar nem ele e nem eu, então a gente não está com aquele medo que a gente tinha”, explica.

A Polícia Militar e a Prefeitura do Recife têm aparecido na comunidade e impedido a construção de novas estruturas. O promotor de Justiça do Meio Ambiente da Capital, Ricardo Coelho, também recomendou que o município remova as construções irregulares às margens do Rio Capibaribe, mas que também inclua os moradores em programas sociais de habitação e assistência social. “A administração municipal deve atuar imediatamente a fim de evitar que os moradores voltem a construir casas nos locais atingidos pelo incêndio, garantindo a proteção dos direitos fundamentos da dignidade da pessoa humana e do meio ambiente equilibrado”, disse o promotor na recomendação. 

De acordo com os moradores da comunidade, estruturas que estavam sendo levantadas ou que estavam sem ninguém foram derrubadas. A Willian da Silva, teriam dito que não havia o que fazer já que sua casa estava de pé. Já Ana Paula implorou para não perder o barraco. “Eu disse ‘se forem passar o trator, eu me deito aqui e vocês passam por cima de mim”, aí eles disseram que não iam derrubar barraco com gente dentro”, lembra Ana Paula.

Para o major Edson Marconi, do Corpo de Bombeiros, viver em uma comunidade como a Via Mangue é estar rodeado de perigos de incêndio. “Há uma desorganização inicial na construção dos imóveis, não obedecendo uma distribuição geográfica lógica por ruas e quadras com afastamento entre imóveis. Esses locais são labirintos. O ar não circula de forma adequada e o fogo se expande”, salienta. 

Entre os riscos que o major destaca estão os materiais utilizados nas construções de barracos, como papelões e plásticos, altamente combustíveis; gambiarras, que geralmente são feitas com fios de pequeno calibre, que podem superaquecer; utilização de forno à lenha ou sistema de botijão de gás com mangueira ou registro fora do prazo de validade. “Há uma cultura religiosa muito grande nesses locais mais humildes e há a colocação de velas no pé do santo. Essas velas podem cair e iniciar um princípio de incêndio”, ressalta Marconi.

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Déficit habitacional – A Comunidade Via Mangue também já teve outro nome. Em 2008, parte da Comunidade Abençoada por Deus foi transferida para o Conjunto Habitacional Abençoada por Deus, no bairro da Iputinga, Zona Oeste do Recife. Naquela época, segundo a Secretaria de Habitação do Recife, viviam na comunidade 849 famílias, tendo sido transferidas 428 para o conjunto habitacional e 421 sendo inscritas no programa de auxílio-moradia. 

A Secretaria de Habitação contabiliza um déficit habitacional de aproximadamente 60 mil moradias na capital pernambucana. A expectativa é que 1206 unidades – 11 conjuntos habitacionais – sejam entregues até o final da gestão do prefeito Geraldo Julio (PSB), que termina no fim deste ano.  Até o momento, em mais de três anos de gestão, o prefeito entregou 594 unidades, distribuídas em sete habitacionais: Santo Antônio, no Arruda (128 unidades); Felicidade, em Água Fria (40 unidades), Beberibe 1, em Porto da Madeira (27 unidades), Conjunto R4, em Dois Unidos (oito unidades), Conjunto R17, em Porto da Madeira (35 unidades) e Pilar, no Recife Antigo (36 unidades). Ou seja, em seu último ano de mandato, Geraldo precisará entregar mais casas do que a quantidade entregue nos três anos anteriores.

Atualmente, as famílias que disseram ter sido atingidas pelo incêndio estão na casa de parentes e amigos ou em dois abrigos da Prefeitura do Recife. De acordo com a Secretaria de Habitação, ficou acertada a realização de um cadastramento social na área. Para isso, está sendo feito um cruzamento de dados entre o cadastro feito após o incêndio pela Defesa Civil e um outro já existente, realizado pela Autarquia de Saneamento do Recife (Sanear). O levantamento estaria sendo acompanhado por lideranças dos moradores e deve ser concluído em breve.  

Quase oito anos após o começo das obras, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) investiu R$ 1,4 bilhão em recursos da União, Estado e município no Complexo do Alemão, zona norte do Rio, mas entregou apenas 53% das unidades habitacionais que planejara. No projeto inicial, estava prevista a aplicação de R$ 495 milhões, em valores da época. O início dos trabalhos foi em 7 de março de 2008, quando a então ministra da Casa Civil e hoje presidente da República, Dilma Rousseff, foi apresentada como a "mãe do PAC" pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em cerimônia na comunidade.

As redes de esgoto e de água tiveram os maiores avanços, embora o teleférico chame mais atenção, mesmo tendo sido fechado em pelo menos 11 ocasiões no ano passado por causa dos tiroteios entre bandidos de quadrilhas rivais e entre bandidos e policiais.

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O Complexo do Alemão é formado por 30 favelas onde vivem 60,5 mil pessoas, segundo o Censo 2010 do IBGE. O planejamento do PAC divulgado ainda em 2007 estabelecia a construção de 1.716 unidades habitacionais. Mas até agora foram entregues 920, de acordo com a Empresa de Obras Públicas do Estado do Rio de Janeiro (Emop), responsável por coordenar a execução dos trabalhos do PAC.

A licitação para as obras de urbanização planejadas pelo PAC nos complexos de favelas do Alemão, Rocinha e Manguinhos é alvo de investigação da Polícia Federal no Rio. Na quarta-feira, o delegado responsável pela apuração, Helcio William Assenheimer, solicitou informações à Operação Lava Jato. Ele investiga se houve conluio entre as empresas líderes dos consórcios vencedores dos contratos. O Consórcio Rio Melhor, liderado pela empreiteira Odebrecht, é investigado em um outro inquérito sobre superfaturamento de R$ 127,4 milhões nas obras do PAC no Alemão.

Problemas estruturais

Parte das moradias entregues estão com problemas estruturais, como vazamentos, infiltrações e rachaduras. Um desses apartamentos pertence a Maria de Fátima dos Santos, 49 anos. A dona de casa mora no Condomínio Poesi, na Estrada do Itararé, um dos acessos ao conjunto de favelas, para onde famílias removidas foram levadas. Ela enfrenta problemas desde a mudança para a nova moradia. O principal é na tubulação, que retorna esgoto pelo ralo da pia na cozinha. "Os problemas começaram dois meses após me mudar."

Maria precisou deixar sua quitinete - de três cômodos, onde vivia com os quatro filhos - no Morro do Adeus para a construção de uma das torres do teleférico, em agosto de 2010. A obra custou R$ 210 milhões e foi inaugurada em julho de 2011.

Na estação Itararé, no alto da favela Nova Brasília, funciona a base da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) que atende a comunidade. Quem chega ao local em uma das 152 gôndolas do teleférico vê um prédio bem acabado pela frente. "Basta dar a volta pelos fundos para ver a área do Capão abandonada, com esgoto a céu aberto, lixo, ratos, baratas e focos de mosquito da dengue", afirmou o diretor da Associação de Moradores da Nova Brasília, Alan Luiz Santos.

"Só fizeram bonito na parte baixa do morro", reclamou a ambulante Maria Luiza Gomes, 50 anos. Uma parede da casa dela foi demolida com a casa do vizinho, na Nova Brasília. O argumento para colocar o imóvel abaixo era de que a obra de saneamento passaria ali. "Até hoje sofro na cozinha com o mau cheiro do valão. Mas o serviço de água e coleta de lixo melhorou." Desde o início das obras, foram instalados 38,3 mil metros de rede de esgoto, 20 mil metros além do que estava previsto. Também foram construídos 38,3 mil metros de rede de água e 27 mil metros de drenagem, segundo dados oficiais.

Segundo a Emop, o Capão é uma área de risco e famílias tiveram de ser removidas com a demolição de algumas casas. "Está prevista a remoção dos entulhos em uma complementação do PAC 1", informou o órgão em nota, embora o Ministério das Cidades tenha divulgado que a área não integra a "intervenção de urbanização" realizada com recursos do PAC no Alemão.

Promessas

Alguns dos projetos considerados prioritários não saíram do papel, como o Parque Serra da Misericórdia, previsto para ser construído no alto da serra, entre o Morro do Juramento e os Complexos do Alemão e da Penha. A promessa em 2007 do então secretário estadual de Obras Luiz Fernando Pezão, hoje governador do Estado do Rio, era de que o espaço ficaria no estilo do Parque do Flamengo, "com muito verde, área de lazer e um lago". No fim de 2010, a prefeitura do Rio publicou decreto transformando a Serra da Misericórdia em parque urbano, para receber áreas de lazer, quadras poliesportivas, equipamentos de ecoturismo, esportes de aventura, ciclovias e trilhas. A prefeitura informou que o projeto foi cancelado e transferido para o governo do Estado. A Emop, por sua vez, anunciou que não há projeto para o Parque da Misericórdia. O Ministério das Cidades, em nota, sustenta que o parque não faz parte das intervenções do PAC.

Na área de educação, os recursos do PAC foram responsáveis pelas 5 mil vagas no Colégio Estadual Tim Lopes, que homenageia o jornalista assassinado por traficantes no Complexo do Alemão em 2002. O acesso a unidades de ensino foi o principal responsável pelo aumento do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal do complexo de favelas.

Com o projeto das UPPs abalado pelo avanço do tráfico, a violência é crescente na região. Os relatos de tiroteio são praticamente diários e têm afetado a área de educação. No ano passado, 35 escolas municipais situadas na região administrativa onde o Alemão está inserido tiveram de fechar pelo menos uma vez por causa da violência, segundo a Secretaria Municipal de Educação. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

*Com informações de Felipe Mendes

Moradores da comunidade do V8, em Olinda, na Região Metropolitana do Recife (RMR), protestam contra uma ordem de despejo na manhã desta terça-feira (24). Após interditar uma via no bairro do Varadouro, a comunidade segue para a prefeitura do município.

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Segundo os manifestantes, há uma ordem de despejo a ser cumprido na manhã da quarta-feira (25). “A gente está querendo casa. São 40 anos morando na favela do V8, não são 40 dias não. Vamos sair sem direito a nada?”, questiona a moradora Marina Marques.

Através de nota, a Prefeitura de Olinda se posicionou sobre a mobilização. Confira:

Existe um projeto de urbanização integrada em uma área no local para a construção de uma creche com capacidade para atender 188 crianças, e um Centro de Referência de Assistência Social (CRAS). Essas unidades irão beneficiar os moradores da própria comunidade;

O terreno vinha sofrendo ocupação irregular, já foi desocupado anteriormente, e a reintegração de posse será realizada para o início das obras;

Dos 04 processos judiciais em curso para a reintegração de posse, a prefeitura irá cumprir 02 esta semana;

Os 02 processos judiciais prevêem a desocupação de 22 famílias;

As famílias que tiverem perfil sócio-econômico (renda de ¼ do salário mínimo per capta) irão ser incluídas no “aluguel social” no valor de R$130,00;

Famílias ocupantes do terreno que não tiverem local para ir, a Secretaria de Desenvolvimento Social, Cidadania e Direitos Humanos oferece a Casa da República, que fica localizada no bairro de Jardim Atlântico;

A equipe da prefeitura está, nesse momento, em reunião com os ocupantes do terreno. 

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Pesquisa divulgada no Green Gallery, em Nova York, pelo presidente do Instituto Data Popular e fundador do Data Favela, Renato Meirelles, indicou que os moradores de favelas são mais conectados com os meios tecnológicos que os habitantes do asfalto. “O número de internautas nas favelas é maior que no asfalto, porque, para as favelas, a internet tem antes de tudo uma função de geração de renda”.

De acordo com a pesquisa, apresentada durante a Semana Global da Central Única das Favelas (Cufa), 89% dos internautas de favelas acreditam que a rede pode ajudá-los a ganhar mais dinheiro e 57% já tiveram aumento de renda graças à internet. “Na crise, a internet é a grande aliada dos moradores”, destacou Meirelles em entrevista à Agência Brasil. Isso significa que, quando a situação financeira aperta, os moradores das favelas recorrem à internet para conseguir emprego ou mesmo fazer alguma venda.

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Para ilustrar como a inovação tecnológica pode ser útil à população carente, o presidente do Data Popular lembrou o projeto efetuado pelo Facebook na comunidade de Heliópolis, em São Paulo. Primeira iniciativa do gênero a ser criada no mundo pela empresa norte-americana, o projeto ensina cerca de cinco mil pequenos negócios daquela favela a usar o marketing digital para seu desenvolvimento econômico.

Por meio de capacitação em tecnologias digitais, os pequenos comerciantes podem usar a criatividade para aumentar vendas. Conforme Renato Meirelles, os 12,3 milhões de moradores de favelas no Brasil movimentaram cerca de US$ 19,5 bilhões em 2015. Segundo ele, isso decorre do crescimento da classe média e do aumento da escolaridade média das pessoas.

Um incêndio de grandes proporções deixou 150 famílias desabrigadas após fogo se alastrar e queimar barracos em uma favela do bairro Rádio Clube, em Santos, litoral sul de São Paulo, na madrugada deste sábado, 22. O incêndio começou às 23h40 desta sexta-feira e os bombeiros conseguiram controlar as chamas por volta das 2h da manhã.

Segundo a Prefeitura de Santos, não houve vítimas, mas 13 pessoas foram atendidas por inalação de fumaça e pressão baixa. Nenhum caso era de gravidade, informou a administração municipal. Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, Subprefeitura, entre outros órgãos, foram mobilizados. As causas do acidente ainda serão investigadas.

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Nesta madrugada, uma família dormiu no abrigo municipal. As demais foram para casas de parentes. No fim da manhã deste sábado, a Prefeitura concluiu o cadastro das famílias que tiveram casas atingidas. Na segunda-feira, 24, o atendimento aos desabrigados será retomado no Centro de Referência de Assistência Social (Cras) Rádio Clube, na Rua Brigadeiro Faria Lima, s/nº.

Doações de alimentos não perecíveis, cestas básicas, leite em pó, produtos de higiene pessoal e fraldas descartáveis podem ser feitas na sede do Fundo Social de Solidariedade de Santos, à Av. Conselheiro Nébias, 388.

O papa Francisco colocou em prática um dos temas que mais tem defendido: os pobres não devem ser deixados à margem da sociedade. Neste domingo (12), ele visitou uma favela na periferia de Assunção, capital do Paraguai, no fim de sua viagem a três países na América do Sul.

Os moradores de Banado Norte às margens do rio Paraguai festejaram quando o papa caminhou pela comunidade e buscaram tocar em sua batina branca e tirar fotos com seus celulares. "Agora posso morrer em paz", afirmou Francisca de Chamorra, uma viúva de 82 anos que mudou-se para a favela em 1952. "É um milagre um papa vir a esse lugar lamacento", completou.

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O Papa Francisco despendeu boa parte da semana passada falando das injustiças do capitalismo global que, na avaliação dele, valoriza mais o dinheiro do que as pessoas. Ele afirmou que é necessário um novo modelo econômico, no qual os recursos naturais são distribuídos igualmente entre todos.

As autoridades do Paraguai estimam que cerca de 15 mil famílias vivem em Banado Norte em extrema pobreza, a qual é periodicamente exacerbada com as fortes chuvas que levam ao transbordamento do Rio Paraguai e à transformação de ruas e estradas em piscinas de lama intransitáveis.

Em sua viagem, o Papa conclamou os líderes a fazer mais a favor do desenvolvimento e do bem-estar social. "Colocar pão à mesa, dar um teto para as crianças, saúde e educação são questões essenciais para a dignidade humana. Homens e mulheres de negócios, políticos, economistas devem se sentir desafiados a levar isso em consideração", disse o Papa na noite de sábado para um grupo de líderes empresariais, políticos, sindicalistas. "Peço para não priorizar um modelo econômico, que precisa sacrificar vidas humanas em prol de dinheiro e lucro", afirmou.

Depois de visitar Banado Norte, Papa Francisco irá celebrou uma missa a céu aberto em uma área fora de Assunção. Antes de retornar a Roma, irá encontrar jovens. Fonte: Associated Press

Tropas do Exército deixaram nesta sexta-feira (1º) quatro das 16 comunidades do Complexo da Maré, na zona norte do Rio, após 390 dias de ocupação militar. Os soldados foram substituídos por policiais militares, em mais uma etapa para a instalação de quatro Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) na região até março de 2016.

A troca de comando começou no início da madrugada. Segundo a PM, 400 policiais vão se revezar nas favelas Parque União, Nova Holanda, Rubem Vaz e Nova Maré, que concentram 39% dos 130 mil moradores do complexo. A venda de drogas nessas comunidades é controlada pelo Comando Vermelho, principal facção criminosa do Rio. Até o início da tarde não havia registro de confronto.

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"Foi uma madrugada muito tranquila. A gente entra em uma região estabilizada, mas ainda com problemas sérios", disse no fim da manhã o responsável pelo setor de Relações Públicas da PM, coronel Frederico Caldas. Também está prevista a entrada nessas favelas do Comando de Operações Especiais (COE), que reúne policiais do Batalhão de Choque, do Batalhão de Operações Especiais (Bope), do Grupamento Aeromóvel e do Batalhão de Ações com Cães. "Já temos data e horário, que não serão revelados por questões estratégicas. Vamos fazer ações pontuais. Um feriado como o de hoje não é o momento apropriado para realizar essa operação", disse Caldas.

Referindo-se às forças especiais da PM como "antibiótico", o coronel afirmou que a ação policial na Maré será "diferente em todos os sentidos" da que ocorreu no Complexo do Alemão, que recebeu UPPs em 2012. Há um mês, Eduardo de Jesus Ferreira, de 10 anos, foi assassinado com um tiro de fuzil na cabeça durante ação de policiais da UPP do Alemão.

A ocupação militar da Maré completou um ano em 5 de abril e a previsão oficial é que as Forças Armadas deixem todas as comunidades até 30 de junho. De acordo com a PM, a primeira UPP será inaugurada em julho nas comunidades Praia de Ramos e Roquette Pinto, que eram dominadas por milicianos, onde o COE já atua desde o início de abril.

Na Vila dos Pinheiros, favela ainda ocupada por militares, pelo menos três tiros foram ouvidos por volta das 11 horas, em suposto confronto entre fuzileiros navais e traficantes do Terceiro Comando na localidade Salsa e Merengue. O comerciante Danilo Magalhães, de 32 anos, disse que sofreu um acidente com seu carro ao tentar desviar de um blindado da Marinha durante o tiroteio. O Citroën C4 estava com o farol quebrado e o para-choque danificado. O soldado de Minas Gerais que recebeu a queixa, em uma barricada na saída da favela, afirmou que o conserto seria providenciado pelo comando da tropa.

Iniciada três meses antes da Copa do Mundo de 2014, a ocupação militar da Maré, criticada por organizações de defesa dos direitos humanos, foi adiada duas vezes pela presidente Dilma Rousseff (PT) a pedido do governo do Estado. A previsão do governo é que 1.600 PMs atuem nas 4 UPPs da Maré. Dos 160 bairros do Rio, a Maré ocupa a 137.ª posição no Índice de Desenvolvimento Social (IDS), calculado pelo Instituto Pereira Passos (IPP), da prefeitura.

Duas favelas que contam com Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) registraram tiroteios entre policiais militares e traficantes entre sábado (28) e este domingo (29): a Rocinha, na zona sul, e a Mangueira, na zona norte.

Na Rocinha, a PM informou que o clima é tranquilo no momento, depois dos confrontos da madrugada e do sábado. No fim da tarde de sábado, uma equipe da UPP foi surpreendida por traficantes durante um patrulhamento na Rua 1, uma das mais movimentadas do morro. Os PMs revidaram e um deles foi ferido por estilhaços na cabeça, mas sem gravidade.

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O Batalhão de Operações Especiais (Bope) foi então acionado para procurar os criminosos, e as trocas de tiro se intensificaram na madrugada. Um policial do Bope acabou ferido também, na coxa e no braço. Ele está internado no Hospital da PM e seu quadro é estável. Dois traficantes foram presos depois de feridos.

O tiroteio foi intenso e apavorou os moradores. A UPP foi instalada no morro há três anos, mas o tráfico resiste desde então, ainda que os confrontos sejam menos intensos do que os que eram registrados antes da ocupação permanente.

Na Mangueira, que conta com UPP desde 2011, quatro homens que seriam traficantes foram mortos em embate com PMs do Batalhão de Choque. Os quatro chegaram ao Hospital Souza Aguiar com vários tiros. Foram apreendidos quatro fuzis, quatro pistolas, cinco granadas, 15 carregadores de fuzil, dez de pistola e munição.

Três pessoas foram baleadas na noite de sexta-feira (2) em tiroteio na favela Pavão-Pavãozinho, em Copacabana, na Zona Sul do Rio, ocupada desde 2009 por uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP). Entre os feridos estão uma adolescente de 14 anos, que levou dois tiros, e um garoto de 2 anos, ferido por um disparo na perna. Ambos estão internados no Hospital Municipal Miguel Couto, na Gávea, e, segundo a Secretaria Municipal de Saúde, estão fora de perigo. Um homem de 20 anos, entretanto, atingido na cabeça e também internado na unidade, tem quadro grave.

De acordo com a PM, policiais da UPP do Pavão faziam patrulhamento por volta de 20h quando "encontraram bandidos armados que efetuaram disparos contra a guarnição, na região da Avenida Pavãozinho". Apesar de informar que "os marginais fugiram", a PM afirmou em nota que, no local onde estava o homem ferido na cabeça "foi encontrada uma pistola calibre 9mm e munições".

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Ele foi levado por policiais para o Miguel Couto, onde foi operado. A adolescente e o garoto foram encontrados depois e também conduzidos ao hospital. O menino passou por cirurgia após o tiro que fraturou a perna esquerda e tem condição estável, segundo a secretaria. A adolescente foi atingida duas vezes: na perna, de raspão, e no pé direito, que foi fraturado e operado. Ela também tem quadro estável.

Ainda de acordo com a nota da PM, o policiamento foi reforçado no Pavão-Pavãozinho com militares de outras UPPs. O caso foi encaminhado para a 12ª Delegacia de Polícia Civil, em Copacabana.

Um incêndio atingiu a Favela Promorar, localizada na Travessa Joaquim Baston, em Sapopemba, na zona leste da capital paulista, e uma pessoa morreu carbonizada na madrugada desta quinta-feira (9). O fogo já foi contido pelo Corpo de Bombeiros.

O fogo começou por volta das 2h, informa a Polícia Militar, e as suas causas ainda são desconhecidas. Também de acordo com a PM, o corpo foi encontrado pelos bombeiros durante o trabalho de combate ao fogo, mas ainda não foi identificado. O número de casas atingidas não foi divulgado.

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Em uma semana, é a segunda vez que uma comunidade da região é atingida. No dia 1º de outubro, a comunidade "Famílias da Juta", onde moravam 205 famílias, foi destruída por um incêndio que deixou um morto. Há cerca de um mês, outra comunidade na zona sul, a Favela do Piolho, também foi incendiada, deixando cerca de 500 famílias desabrigadas.

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