Tópicos | Fernando Bezerra Coelho

Entre posicionamentos progressistas ou conservadores, o uso do capital político familiar é uma prática oligárquica persistente em Pernambuco, que abrange, sobretudo, os poderes Legislativo e Executivo. Às vésperas do processo eleitoral de 2022, os herdeiros políticos de direita e centro-direita seguem a toada e começam sinalizar quais nomes estarão na disputa pelo governo do Estado.

O LeiaJá reúne, a seguir, um apurado sobre as principais famílias conservadoras pernambucanas e como elas estão se movimentando nos meses que antecedem o pleito governamental.

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A expansão da família Ferreira

A candidatura do atual prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira (PL), tem se apresentado como uma certeza entre os conservadores. Em visita ao Agreste pernambucano no último domingo (22), ele chegou a ser chamado de “futuro governador” por aliados.

Reeleito ainda no primeiro turno, Anderson reforçou sua posição contrária ao PSB ao declarar apoio à Marília Arraes (PT) na disputa pelo segundo turno da capital pernambucana. O político, que comanda uma das principais cidades da Região Metropolitana (RMR), também tem afirmado publicamente que as pessoas foram “abandonadas” pela atual gestão do governo, liderada por Paulo Câmara (PSB).

Sob a forte influência do patriarca Manoel Ferreira (PSC), que está em seu oitavo mandato como deputado estadual, o clã dos Ferreira conseguiu se infiltrar em diversas estruturas políticas do Estado. Entre as conquistas da família, que costuma contar com o apoio do universo evangélico, está a cadeira na Câmara dos Deputados, ocupada por André Ferreira (PSC), irmão gêmeo de Anderson.

No Recife, o poder se expandiu também para Câmara Municipal: Fred Ferreira (PSC), cunhado dos herdeiros políticos, cumpre seu segundo mandato como vereador.

O legado dos Coelho

A história política que já passou por quatro gerações, hoje desemboca no nome de Miguel Coelho (DEM), atual prefeito de Petrolina, cidade do Sertão pernambucano. Recém-chegado no Democratas, partido que já conta com os nomes de seus irmãos, Fernando Filho, deputado federal, e Antônio Coelho, deputado estadual, Miguel é apontado como um dos principais nomes da disputa pelo governo estadual.

O titular da oligarquia é Fernando Bezerra Coelho (MDB), atual senador por Pernambuco e pai de Miguel, Fernando e Antônio. FBC viu a força política familiar se originar em Clementino Coelho, seu pai, também conhecido como Coronel Quelê, e Dona Josefa, a matriarca que, posteriormente, tornou-se uma notável articuladora da dinastia na Região do São Francisco.

Embora Bezerra Coelho atue como o líder do governo federal no Senado, o político tem agido de maneira mais discreta nas últimas semanas. No início de agosto, por exemplo, ele se mostrou contrário ao desfile de militares em conjunto com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) realizado na Praça dos Três Poderes, em Brasília (DF). Além disso, o deputado Fernando Filho votou contra a PEC do voto impresso, tornando o cenário de possível apoio dos setores bolsonaristas ao nome de Miguel Coelho ainda mais incerto.

Casal Collins: o conservadorismo ao lado do PSB

Atual aliado da Frente Popular de Pernambuco, de Paulo Câmara (PSB), Cleiton Collins (PP), ou Pastor Cleiton Collins, como prefere se apresentar, deu o pontapé inicial na carreira política em 2014, quando foi eleito deputado estadual pela primeira vez. Atualmente, cumpre o quarto mandato consecutivo na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe).

Cleiton Collins é pastor da Assembleia de Deus, Ministério Madureira, e se auto intitula “defensor da família”. Ademais, fundou, em 2003, a Organização Não Governamental (ONG) Saravida, com o objetivo de atuar na recuperação de dependentes químicos. O combate às drogas através da religião, inclusive, é uma das principais bandeiras defendidas pelo político, que também tem envolvimento com pautas relativas à educação, criança e juventude, pessoas com deficiência e do consumidor.

Bolsonarista e antipetista, Collins foi à Brasília (DF) no início de agosto, para protestar a favor da PEC do voto impresso, posteriormente derrotada na Câmara.

Embora ainda “pequeno”, o espólio dos Collins é considerado influente entre as denominações evangélicas pernambucanas. Em 2016, a missionária da Assembleia de Deus e esposa do pastor, Michele Collins (PP), foi a vereadora mais votada no Recife, com mais de 15 mil votos.

Defensora de pautas consideradas ultraconservadoras, Michele foi reeleita em 2020, com 6.823 votos, o menor número do partido. Especula-se que o casal se mantenha sob as asas do PSB nas eleições de 2022, visto que ambos declararam apoio integral ao PSB no processo eleitoral que levou João Campos (PSB) à Prefeitura do Recife, no ano passado.

Família Tércio mira alargamento do poder

A líder do PSC na Alepe, Clarissa Tércio, figura como a principal voz do clã Tércio em Pernambuco. Em seu segundo mandato como deputada estadual, a “estreante” na política é uma das personalidades conservadoras mais alinhadas às decisões do atual presidente Jair Bolsonaro (sem partido), sendo cotada, inclusive, para se lançar candidata ao governo do Estado em 2022.

Filha do pastor Francisco Tércio, que é presidente da Igreja Assembleia de Deus, Ministério Novas de Paz, Clarissa se envolve, de maneira frequente, em polêmicas ligadas ao discurso fundamentalista que propaga. Em maio, ela chegou a denunciar uma escola municipal que, de acordo com ela, estaria praticando “doutrinação de gênero”.

O episódio gerou mal estar com a Secretaria de Educação e Esportes (SEE), que defendeu a formação “cidadã, ética, inclusiva e plural” praticada nas unidades de ensino. Durante a pandemia, a parlamentar também fez publicações negacionistas sobre o novo coronavírus nas redes sociais, além de defender o tratamento com o uso medicamentos comprovadamente ineficazes contra a doença.

Em 2020, Clarissa conseguiu expandir a atuação da família para a Câmara Municipal, através do mandato do marido, o pastor Júnior Tércio (Podemos). Também “defensor da família”, o pastor e agora vereador, é vice-presidente do Ministério Novas de Paz, além de radialista na rádio evangélica Novas de Paz. O casal é considerado um dos principais expoentes do bolsonarismo em Pernambuco.

Os Lyra e o patrimônio político nas mãos de Raquel

Atual prefeita de Caruaru, cidade do Agreste pernambucano, Raquel Lyra (PSDB) é a primeira mulher a ocupar o cargo. Apesar do ótimo desempenho nas urnas, Lyra, que foi reeleita com 66% dos votos e é presidenta estadual do partido, ainda não confirmou a participação na disputa pelo lugar no Palácio do Campo das Princesas. Nos bastidores, contudo, seu nome é citado com frequência.

Raquel é a terceira geração do grupo de políticos da família Lyra, que construiu o legado na Princesinha do Agreste a partir da iniciativa de João Lyra Filho. O mascate e caminhoneiro estacionou o veículo em Caruaru e começou a erguer o futuro político que culminaria em dois mandatos como prefeito da cidade. Os herdeiros seguiram os mesmos passos: João Lyra Neto (PSDB), pai de Raquel, chegou a ser governador do Estado, e Fernando Lyra, ex-ministro da Justiça, além de ex-deputado federal.

Oposição ao governo do PSB, Raquel Lyra declarou, no início de agosto, que ainda não é “momento” para falar sobre a possível candidatura. Segundo ela, ainda é preciso fazer um “diagnóstico” em relação à situação do Estado. “Estamos discutindo com outros partidos a montagem desse amplo diagnóstico e vamos fazer avaliações, ouvir a população e especialistas para que a gente possa fazer uma leitura do nosso Estado para entender quais são os principais caminhos e apontá-los para o futuro”, projetou.

 

 

Apontado como um dos principais adversários do PSB na disputa ao Governo de Pernambuco em 2022, o prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, pode estar de saída do MDB. A expectativa é que ele confirme a filiação ao Democratas (DEM) até o fim do mês.

Apesar do futuro indefinido, Miguel está em contato com o DEM e deve se reunir ainda nesta semana com o presidente local da sigla, Mendonça Filho, confirmou a assessoria.

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Ambos estão em Brasília e devem retornar a Pernambuco nesta quinta (26), mas rumores apontam que a troca de partido pode se confirmar na segunda (30).

A assessoria do prefeito informou que o desembarque será direto em Petrolina e a agenda da semana segue com compromissos administrativos, além de uma rápida visita à Belém de São Francisco, também no Sertão.

Família Coelho no DEM

O vínculo do DEM com a família favorece a mudança de casa. Dois irmãos do gestor atuam pela sigla. O deputado federal Fernando Filho está no partido desde 2018, após passagem pelo PSB. Já Antônio Coelho foi eleito para o primeiro mandato como deputado estadual pela mesma legenda.

Após passagem pelo PSB, Miguel seguiu o rumo do pai, o senador Fernando Bezerra Coelho, e se filiou ao MDB. Ele foi reeleito pelo partido. 

Além de abordar a política local, durante visita aos gabinetes municipais da Região Metropolitana do Recife, o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) também compartilhou suas perspectivas sobre tópicos quentes da política nacional, como a reforma ministerial do governo Bolsonaro e a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid. Para FBC, a reforma, que começou tímida nesta segunda-feira (26), será positiva para a gestão e fará desenrolar entraves econômicos. Sobre a CPI, voltou a afirmar o que já manifestou durante as sessões, como líder governista, de que acredita que os esforços da oposição serão em vão.

“A CPI já se transformou em um instrumento de desgaste do governo porque ela não está cumprindo com suas finalidades, que seriam aperfeiçoar a legislação sanitária brasileira. Ela é um instrumento da oposição para desgastar o governo e um imenso palanque eleitoral. Eu acho que ela caminha para o seu fim, pois as tentativas de criminalizar as ações do Governo Federal não devem prosperar”, criticou o senador durante entrevista ao LeiaJá.

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Ainda no tópico, voltou a questionar o desvio de foco quanto aos objetivos da comissão, que passou de reguladora a um instrumento do que se entenderia como politicagem. “É importante que todos saibam que o objeto final de uma CPI é encaminhar o relatório para apreciação do Ministério Público Federal. O MPF e a Polícia Federal já procedem diversas investigações, portanto existe quase que um trabalho paralelo, que a oposição mantém vivo nos trabalhos da CPI com o objetivo único de gastar o governo”, prosseguiu.

Ao ser perguntado sobre as expectativas para o clima da Casa, que volta aos trabalhos na próxima semana, após o recesso, o parlamentar diz que há uma pauta longa e ainda carente de avaliação, mas que matérias econômicas e a reforma política eleitoral devem ser prioridade, sobretudo a reforma, nestas primeiras quatro semanas.

“O Senado tem uma pauta grande sobretudo na área econômica. Nós queremos votar matérias importantes como a lei de cabotagem (a “BR do mar”) e o marco ferroviário. São matérias que podem destravar importantes investimentos na infraestrutura brasileira. Por outro lado, nós estaremos nos próximos trinta dias debruçados sobre a reforma política eleitoral, isso é que vai dominar as impressões dos senadores e deputados federais”, elucidou.

As declarações foram feitas durante giro político em Pernambuco, iniciado nesta segunda-feira (26), com o objetivo de estreitar laços entre a oposição local ao PSB e dialogar caminhos para 2022. Durante o último encontro do dia, no Centro Administrativo da Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes, Fernando Bezerra Coelho negou o interesse em se desligar do MDB, mesmo após a sigla ter declarado continuidade do apoio à Frente Popular de Pernambuco, encabeçada pelo partido rival e que conflita com a suposta pré-candidatura do prefeito Miguel Coelho (MDB-PE), filho de FBC, ao governo do estado.

A visita à região metropolitana rendeu encontros com os prefeitos das cidades de Olinda, Lupércio (Solidariedade); Ipojuca, Célia Sales (PTB); Cabo de Santo Agostinho, Keko do Armazém (PL); e Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira (PL). Em todas elas, Fernando esteve acompanhado dos três filhos e políticos, Miguel Coelho, o deputado federal Fernando Filho (DEM) e o deputado estadual Antônio Coelho (DEM).

O líder do governo no Senado Federal, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), completou nesta segunda-feira (26) o seu primeiro dia de visitas aos gabinetes municipais de oposição em Pernambuco, todos na Região Metropolitana do Recife. Em pauta, estiveram, principalmente, o cenário político de 2022 e a renovação de parcerias políticas. Perguntado pelo LeiaJá sobre os rumores de que poderia estar deixando o MDB, FBC negou a desfiliação e reafirmou que há interesse em viabilizar a candidatura do seu filho, o prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (MDB), ao governo do estado.

“O debate no MDB continua. Nós estamos discutindo sobre a possibilidade da candidatura de Miguel como governador de Pernambuco, já tivemos o primeiro e o segundo encontro e deverão ter outros até uma tomada final de decisão. Por enquanto, deixar a sigla não é uma questão e esse debate está sendo acompanhado pela direção nacional e agora o acordo é que a direção estadual chame seus afiliados para uma reflexão sobre o assunto”, esclareceu o senador.

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Nos bastidores, as informações dizem que Fernando e o filho se encontram divergentes do partido, que mantém o apoio à Frente Popular de Pernambuco, encabeçada pelo PSB, a quem os parlamentares fazem oposição. Não há, até o momento, uma figura definida para indicação do partido socialista, mas o ex-prefeito da capital, Geraldo Julio, ainda é cotado ao cargo, apesar de tê-lo negado publicamente.

O giro na região metropolitana rendeu encontros com os prefeitos das cidades de Olinda, Lupércio (Solidariedade); Ipojuca, Célia Sales (PTB); Cabo de Santo Agostinho, Keko do Armazém (PL); e Jaboatão dos Guarapes, Anderson Ferreira (PL). Todas as visitas foram na companhia dos três filhos e políticos, Miguel Coelho, o deputado federal Fernando Filho (DEM) e o deputado estadual Antônio Coelho (DEM).

O senador afirmou que o objetivo dos encontros é construir um ambiente de diálogo para a definição do nome da oposição que será lançado ao Palácio Campo das Princesas. “Além de colocar o nosso mandato de senador de Pernambuco à disposição das prefeituras, facilitando o acesso a recursos e financiamentos, aproveitamos o recesso para animar o conjunto das forças políticas que atuam na oposição ao governo do Estado. Construir um ambiente de diálogo para que, até outubro, após a votação da reforma política, a gente possa nos aproximar da definição do nome que será protagonista deste momento de renovação, esperança e retomada, que Pernambuco quer viver”, disse FBC.

O senador Fernando Bezerra Coelho (MDB) inicia, nesta segunda (26), um giro por vários municípios do Estado. Acompanhado pelo prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, e pelos deputados federal Fernando Filho e estadual Antonio Coelho, o líder do Governo no Senado concentra sua agenda na Região Metropolitana, onde estão previstos encontros com os prefeitos das cidades de Olinda, Ipojuca, Cabo e Jaboatão.

De acordo com a programação, a semana segue com o pé na estrada e uma agenda extensa para os quatro. Eles pretendem ir em cidades da Mata Norte, do Agreste e Sertão pernambucanos. Encontros com prefeitos e lideranças políticas locais e das regiões estão na programação do grupo até o próximo dia 30.

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Além da visita institucional, segundo a expectativa dos Bezerra Coelho, esta será momento de renovar parcerias políticas, identificar os desafios e as necessidades dos municípios e das respectivas regiões.

A investida da família acontece em meio às tratativas para que o prefeito de Petrolina dispute o Governo de Pernambuco em 2022. Miguel Coelho se coloca como pré-candidato ao posto, mas a direção do MDB já anunciou que pretende seguir na Frente Popular de Pernambuco, que quer lançar o ex-prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), como opção para o posto. 

Após o prefeito de Petrolina soltar nota pública se queixando com a direção do MDB de Pernambuco, o presidente estadual do partido Raul Henry, se posicionou. O deputado federal foi duro com o correligionário, chegando a dar a impressão de estar sugerindo que Miguel Coelho deixe a sigla.

Raul Henry falou sobre grandes contradições políticas de uma eventual candidatura do filho do senador Fernando Bezerra Coelho ao governo de Pernambuco. Citou a relação da família Coelho com o presidente Jair Bolsonaro, reforçou que a aliança do partido com o PSB segue firme no Estado e disse ainda que não há força no nome de Miguel Coelho dentro do MDB.

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Por fim, Henry dá a impressão de sugerir que Miguel saia do partido ou de que fez a leitura da nota do prefeito de Petrolina como sendo uma despedida do MDB. “Ao tomar conhecimento da sua nota, desejamos boa sorte em sua já vitoriosa trajetória”, escreveu.

O MDB integra a Frente Popular de Pernambuco que deve lançar o ex-prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), como candidato ao governo.

O que disse Miguel?

Prefeito de Petrolina, no Sertão de Pernambuco, Miguel Coelho (MDB) enviou uma nota à imprensa, nesta terça-feira (13), criticando a postura do partido de permanecer na base aliada do governador Paulo Câmara (PSB). O MDB é presidido no Estado pelo deputado federal Raul Henry.

No texto, Miguel – que tenta cacifar o seu nome para concorrer ao comando da gestão estadual em 2022 – lista críticas ao governo de Câmara e pondera que Pernambuco está “à deriva no pior dos momentos, numa das maiores crises da história”.

Confira a nota de Raul Henry, na íntegra:

Nota

Em relação à nota divulgada hoje, 13 de julho, pelo prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, temos a esclarecer o seguinte.

O prefeito nos procurou para uma primeira conversa no dia 7 de abril passado. Na ocasião, ele colocou, de forma legítima e correta, seu projeto de disputar o Governo de Pernambuco pelo MDB e solicitou que o partido se pronunciasse até o mês de julho, um ano antes das convenções de 2022. Segundo ele, esse seria o prazo necessário para organizar um calendário de iniciativas que pudessem fortalecer o projeto.

Nessa oportunidade, salientei que não tínhamos nenhuma restrição pessoal a ele, mas que havia algumas contradições políticas a serem enfrentadas.

A primeira delas é que, hoje, temos uma aliança com a Frente Popular de Pernambuco, com colaborações na administração do estado e da prefeitura do Recife. Essa aliança foi construída por Jarbas e Eduardo Campos ainda no final de 2011.

Em segundo lugar, para iniciar um novo ciclo na vida partidária é indispensável que esse seja o sentimento majoritário na legenda. E pelas conversas diárias que mantivemos com as lideranças do partido - parlamentares, prefeitos, vice-prefeitos, diretorianos - não percebemos essa intenção.

Por fim, há uma contradição intransponível. É pública a aliança política entre o grupo liderado pelo senador Fernando Bezerra Coelho e o presidente Bolsonaro. Enquanto a nossa trajetória é marcada pela defesa dos valores democráticos, o presidente, todos os dias, aumenta a escalada do seu discurso contra as instituições e a ordem democrática.

No dia 31 de maio, voltamos a conversar e reiterei que nenhuma dessas variáveis tinha sido superada e que seria prudente alongar o calendário para uma decisão. O prefeito, então, solicitou que a nossa definição não ultrapassasse o mês de agosto.

Mantive Jarbas informado do conteúdo das conversas e também troquei ideias com vários quadros do partido. De Jarbas, ouvi a ponderação que deveríamos atender ao desejo do prefeito Miguel Coelho de acelerar o calendário. Não seria adequado deixar nele a impressão que estávamos adiando a decisão para trazer prejuízo ao seu projeto.

Dessa forma, na última quinta-feira, dia 8 de julho, tivemos o nosso mais recente encontro. Enfatizamos mais uma vez que não havia qualquer restrição pessoal ao prefeito, mas as contradições políticas, além de permaneceram de pé, estavam se aprofundando. Na ocasião, o deixamos à vontade para, diante de nossa posição, encaminhar da maneira que lhe fosse mais conveniente os passos seguintes.

Hoje, ao tomar conhecimento da sua nota, desejamos boa sorte em sua já vitoriosa trajetória.

Raul Henry

Presidente do MDB de Pernambuco

Em relatório final enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), a Polícia Federal concluiu que o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB), líder do governo Bolsonaro no Senado, recebeu propina de R$ 10 milhões de empreiteiras quando era ministro da Integração Nacional no governo Dilma Rousseff.

Além de Fernando Bezerra Coelho, a polícia também indiciou o deputado Fernando Coelho Filho (MDB), ambos por suspeita de corrupção, lavagem de dinheiro, associação criminosa, falsidade ideológica e omissão de prestação de contas. 

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A PF diz que os pagamentos são vantagens indevidas em contrapartida à execução de obras atreladas ao Ministério da Integração Nacional, que FBC comandou entre janeiro de 2011 e outubro de 2013. Uma das obras citadas no relatório da Polícia Federal é a transposição do rio São Francisco, onde as empreiteiras PAS, Barbosa Mello, S/A Paulista e Constremac atuaram.

A delegada Andrea Pinho Albuquerque da Cunha utilizou depoimentos colhidos, dados de quebras de sigilo bancário e telemático para detalhar valores das empreiteiras que teriam transitado por empresas dos operadores e chegaram a pessoas e firmas ligadas ao senador Fernando Bezerra.

Provas colhidas pela PF mostram que as empresas repassaram valores para a revendedora de veículos Bari Automoveis, de Petrolina, Sertão de Pernambuco, território eleitoral da família Bezerra Coelho.

"A OAS também pagou parte das vantagens indevidas por meio de doações oficiais às campanhas políticas dos candidatos ou a seus partidos", diz a PF.

Além do indiciamento do senador e seu filho, a delegada pede no relatório enviado ao STF o bloqueio de R$ 20 milhões em bens de ambos. Segundo a polícia, o valor foi estimado como proveito econômico por eles auferidos com as práticas criminosas.

À Folha de São Paulo, a defesa do senador afirmou que o relatório "não passa de opinião isolada de seu subscritor que, inclusive, se arvora em atribuições que sequer lhe pertencem, sem qualquer força jurídica vinculante". Além disso, os advogados apontam que a investigação "é mais uma tentativa de criminalização da política, como tantas outras hoje escancaradas e devidamente arquivadas".

O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, depõe, nesta quinta-feira (27), aos senadores que integram a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia. Em resposta ao senador Humberto Costa, Dimas afirmou que a fábrica de produção de vacina do Butantan está sendo reformada com o dinheiro de iniciativa privada, depois que o Ministério da Saúde negou o investimento de recursos para tal fim.  

"A fábrica está sendo reformada a pela iniciativa privada. Não tem um centavo do governo federal. No próximo ano vamos operar a produção integral desta vacina [Coronavac]", declarou.

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O senador lembrou que foi anunciado R$ 1,9 bilhão para a construção de fábricas para produção de vacina no país e questionou a Dimas se alguma verba teria ido para o Butantan, o diretor foi reticente: "não". 

O investimento em ações do Butantan para a imunização contra a Covid-19 também foi tema da fala do líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE).

“O Butantan tem como seu principal parceiro o Ministério da Saúde. Aqui se fez diversas ilações que por atitudes, falas [do presidente] isso teria prejudicado o Butantan. Nos dois primeiros anos do Governo dele houve uma parceria e contou com o repasse de R$ 6 bilhões. Será que é correto afirmar que teve má vontade, que o Governo atrapalhou quando o Governo investe mais de R$ 6 bilhões? Será que é justo alegar que houve falta de empenho e solidariedade do Governo Federal? Parece até que o governo interditou a sua relação com o Instituto Butantan. Estamos falando de São Paulo, estamos falando de um Instituto que assinou contrato de R$ 6 bilhões”, argumentou FBC.

O que foi rebatido por Dimas Covas: “A Coronavac só começou a ser de fato ressarcida em fevereiro. Em nenhum momento a falta de recursos federais impediu o desenvolvimento da vacina. Para esta vacina não houve investimento direto, para a Fiocruz houve um ponto nove de investimento, nesta situação houve apenas ressarcimento de contrato".

Críticas

Opositor, Humberto Costa não mediu críticas em seu tempo de intervenção na CPI. "É demolidor, a prova mais cabal, mais até do que o depoimento da Pfizer... Feliz o país que pudesse ter um governador e um presidente da República dando murro na mesa por vacina. Tenho muitas divergências com ele [João Doria], não vão deixar de existir, enquanto ele estava batendo na mesa querendo vacina, o de cá estava oferecendo cloroquina a uma ema", frisou, fazendo menção a um áudio que o senador Marcos Rogério (DEM) exibiu na comissão mais cedo. 

 

Um dos presos por suspeita de vazar dados pessoais de mais de 220 milhões de brasileiros é funcionário comissionado da Prefeitura de Petrolina, no Sertão de Pernambuco. Yuri Batista Novaes Goiana Ferraz foi autuado em casa pela Polícia Federal (PF), na manhã dessa sexta-feira (19).

Ele é lotado como gestor de Modernização Administrativa, mas foi acusado de reunir e vender as informações adquiridas ilegalmente. O prefeito do município é Miguel Coelho (MDB), filho do líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB).

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"A Prefeitura de Petrolina informa que, tendo em vista os desdobramentos da operação da Polícia Federal ocorrida nesta sexta-feira (19), o servidor Yuri Ferraz será imediatamente exonerado. A prefeitura esclarece ainda que não tem qualquer relação com a vida particular do mesmo", informou em nota.

Yuri Ferraz foi preso em flagrante por portar uma arma sem registro. À tarde, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes decretou sua prisão preventiva a pedido da investigação

Outro suspeito de envolvimento no roubo de dados, identificado como Marcos Roberto Correia da Silva, conhecido como VandaThegod, também foi preso pela PF em Uberlândia, Minas Gerais. Ele já era investigado por hackear e roubar informações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O senador Fernando Bezerra Coelho (MDB) se reuniu, nesta segunda (7), no Recife, com prefeitos eleitos do Agreste Pernambucano para conversar sobre as principais necessidades dos municípios. Os futuros gestores solicitaram a ajuda do líder do governo no Senado para a liberação de recursos e para o fortalecimento de parcerias junto ao governo federal.

Prefeita eleita de Casinha, Juliana de Chaparral (DEM) renovou a parceria com Fernando Bezerra e apresentou os pleitos para o município, como a estruturação do hospital e dos postos de saúde, a aquisição de mobiliário para as escolas municipais, a construção de poços artesianos e uma máquina retroescavadeira.

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No encontro com Biu Abreu (DEM), o senador ouviu do futuro gestor de Orobó o pedido para a liberação de emendas parlamentares ainda pendentes, além de recursos para saúde e educação e a aquisição de uma máquina patrol para o município. O prefeito Janjão (PL), de Bom Jardim, pediu o apoio do líder do governo para destravar recursos federais para as áreas de educação, saúde e infraestrutura, com prioridade para as obras de abastecimento d’água.

“No momento em que as prefeituras enfrentam dificuldades orçamentárias, é importante firmar parcerias com o governo federal para conseguir os recursos necessários para investimentos em educação, saúde e infraestrutura”, explicou o senador. “Tivemos uma parceria muito bem sucedida com o prefeito Cleber Chaparral, em Orobó, e vamos fazer ainda mais com Biu Abreu e com Juliana de Chaparral, em Casinhas”, acrescentou Fernando Bezerra Coelho, que ainda recebeu a visita do vice-prefeito de Frei Miguelinho, Lindo da Farinha (MDB).

*Da assessoria 

O senador Fernando Bezerra Coelho (MDB) se reuniu, nesta quinta-feira (26), no Recife, com prefeitos eleitos nos municípios de Pernambuco. Além da avaliação do resultado eleitoral e do cenário político atual, os gestores apresentaram ao líder do governo no Senado demandas de ações e projetos a serem desenvolvidos em suas cidades em parceria com o governo federal.

Na visita ao senador, a prefeita reeleita de Caruaru, Raquel Lyra (PSDB), agradeceu a parceria durante o primeiro mandato e renovou o pedido de apoio na segunda gestão. “Caruaru precisa continuar avançando, e a prefeita Raquel Lyra nos apresentou novos pleitos para a cidade, com ações destinadas às áreas de saúde e infraestrutura viária, assim como o apoio da Codevasf”, explicou Fernando Bezerra.

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Já no encontro com o prefeito eleito de Tacaratu, Washington de Araújo (MDB), FBC registrou a expressiva vitória obtida pelo emedebista na cidade e recebeu os primeiros pleitos do seu futuro mandato, como a retomada das obras do Sistema de Abastecimento de Água Petrolândia/Tacaratu, que levará água a 12 comunidades da região, bem como recursos federais para obras de recapeamento, construção e ampliação de creches, escolas e quadras poliesportivas.

Na mesma direção seguiu a reunião com o prefeito eleito de Petrolândia, Fabiano Marques (PTB). Acompanhado do vice-prefeito eleito Rogério Novaes (PSD) e do vereador Dedé, o gestor solicitou o apoio do senador para liberar recursos investimentos nas áreas de infraestrutura, água e educação. Reeleito no município de Condado, o prefeito Antonio Cassiano informou ao senador que irá a Brasília para discutir projetos em andamento e para agilizar ações junto ao FNDE e ao Ministério da Saúde.

O senador Fernando Bezerra Coelho também teve encontros com a prefeita Maria José (DEM), de Pesqueira, e os prefeitos de Ferreiros, Bruno Japhet (MDB), e de Brejo da Madre de Deus, Hilário Paulo (PSD).

*Da assessoria  

 

O senador Fernando Bezerra Coelho (MDB), líder do governo Bolsonaro, se reuniu nesta sexta-feira (20) com o candidato a prefeito de Paulista Yves Ribeiro (MDB), que disputa o segundo turno contra Francisco Padilha (PSB), candidato do atual prefeito Júnior Matuto (PSB).

Em encontro pela manhã, FBC reafirmou o apoio a Yves. “O povo de Paulista sabe a importância de eleger Yves Ribeiro prefeito da cidade. Yves tem o nosso apoio e estamos confiantes na sua eleição para que, juntos, possamos trabalhar por uma cidade melhor. Eu reafirmo a minha disposição de ajudá-lo na articulação junto ao governo federal e a trazer recursos federais para o município”, disse FBC.

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O senador Fernando Bezerra Coelho (MDB) também se reuniu nesta sexta-feira (20), no Recife, com o presidente do MDB de Pernambuco, deputado federal Raul Henry, para discutir o resultado das eleições municipais do último domingo (15). O prefeito reeleito de Petrolina, Miguel Coelho, também do MDB, participou do encontro, no Recife Antigo.

O MDB pernambucano saiu das urnas com 22 prefeitos eleitos, um crescimento de cerca 30% em relação ao pleito de 2016. O partido ainda elegeu 7 vice-prefeitos e 205 vereadores.

*Da assessoria

 

Líder do governo Jair Bolsonaro no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB) divulgou uma nota, nesta quarta-feira (18), anunciando que adotará uma postura de neutralidade e não subirá em nenhum dos palanques que concorrem ao comando da Prefeitura do Recife no segundo turno. Bezerra é dissidente da postura eleitoral do MDB na capital pernambucana, apesar do partido integrar a Frente Popular que disputa com João Campos (PSB), o senador apoiou o ex-ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM). Além de João, a candidata Marília Arraes (PT) também segue na disputa. 

 “No primeiro turno das eleições municipais, apoiei a candidatura de Mendonça Filho à Prefeitura do Recife por estar convencido de que seu nome melhor representava os anseios de mudança da população e o campo de centro-direita. Nesse sentido, trabalhei pela união dos partidos em torno da candidatura do Democratas e, sem êxito, não fomos para o segundo turno. Os números do pleito de domingo demonstram que estávamos certos”, observou, lembrando das articulações da oposição antes da oficialização das candidaturas. 

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“No momento em que duas candidaturas do campo da esquerda disputam o segundo turno, como líder do governo do Presidente Jair Bolsonaro, assumo a posição de neutralidade”, completou Bezerra Coelho. 

Apesar disso, o senador deixou claro que segue disposto a articular ações federais com quem for eleito. “Mantenho, contudo, a disposição de continuar trabalhando em favor da população do Recife, ajudando na interlocução com o Governo Federal e contribuindo com o desenvolvimento da nossa capital seja qual for o resultado final da eleição”, conclui a nota. Além de FBC, Mendonça Filho também declarou neutralidade na disputa.

O apoio de Jair Bolsonaro à campanha da Delegada Patrícia Domingos (Podemos) à Prefeitura do Recife não pegou bem com o líder do Governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho. Em nota, o senador pernambucano pelo MDB se disse “surpreso” com a declaração do presidente da República e cobrou a neutralidade prometida no primeiro turno.

“Com surpresa, tomei conhecimento da decisão do presidente Jair Bolsonaro de apoiar a candidatura do Podemos à Prefeitura do Recife, a despeito da posição de neutralidade anteriormente assumida visando o equilíbrio no campo de oposição” disse.

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“Após comunicar o próprio Presidente, reafirmo o meu compromisso com Mendonça Filho, que possui capacidade de gestão, habilidade política e espírito público para liderar um novo ciclo político no Recife, além de estar alinhado com a agenda de retomada do crescimento do País. Estou convencido que Mendonça Filho estará no 2º turno e terá capacidade de unir o Recife para vencer as eleições”, finalizou.

Em ato político da campanha do candidato do DEM a prefeito do Recife, Mendonça Filho, o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB), líder do governo federal no Senado, afirmou, no último domingo (25), que um novo ciclo na política de Pernambuco será inaugurado a partir das eleições municipais. Na capital, segundo o senador, a mudança se dará com o voto no democrata.  

“A polarização está se dando. Vamos enfrentar no segundo turno aquele que representa a continuidade do que o Recife não quer. E entre as opções para a mudança, o Recife vai escolher quem ama o Recife, quem gosta do Recife, quem tem sangue pernambucano, para poder pulsar e vibrar na alma do povo”, disse FBC.  “De longe, Mendonça é o mais preparado, o mais experiente, e que tem gestão comprovada nos diversos cargos que ocupou”, emendou.

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Segundo Fernando Bezerra, a crise econômica decorrente da pandemia vai exigir que as prefeituras façam parcerias com o governo federal para viabilizar investimentos. “Estou hoje aqui para dizer que, como líder do governo no Senado, estarei ao seu lado para que a gente possa viabilizar os recursos necessários para projetar um novo tempo na política do Recife.”

*Da assessoria de imprensa

O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), criticou na noite dessa quinta-feira (1º), a falta de parceria e diálogo do governo de Pernambuco com a União. Durante visita ao município de Pesqueira, no Agreste pernambucano, o senador ressaltou que nenhum gestor consegue governar sem recursos e, portanto, deve estabelecer parcerias, independentemente da bandeira política que defende. 

“Quem dirige Pernambuco tem a responsabilidade de governar para 9 milhões de pessoas. E todo mundo sabe que Pernambuco não vive com os recursos que tem. Basta olhar as estradas esburacadas, a situação lamentável da Compesa e a saúde, que não paga nem o que deve aos municípios pernambucanos. Em vez de críticas, de agressão, o que cabia às lideranças de Pernambuco era fazer uma política de aproximação, de parceria com o governo federal para que as coisas pudessem avançar”, disse. “A eleição municipal é o primeiro passo para iniciar um novo ciclo político em Pernambuco”, acrescentou. 

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O ato político em apoio à prefeita Maria José (DEM), candidata à reeleição em Pesqueira, também contou com a participação do deputado federal Fernando Filho (DEM) e do deputado estadual Antonio Coelho (DEM). Assim como FBC, ambos reforçaram o compromisso com a prefeita.

*Com informações da assessoria de imprensa

O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), afirmou, nessa quinta-feira (17), que o presidente Jair Bolsonaro “não deu cartão vermelho” para o programa Renda Brasil, mas para as fontes de financiamento inicialmente sugeridas para o programa. Segundo o líder, a equipe econômica do governo e o Congresso Nacional estão discutindo fontes alternativas para o programa de renda mínima.

“O presidente Bolsonaro não deu o cartão vermelho para o Renda Brasil, mas para as sugestões do Ministério da Economia de como financiar o programa. O presidente descartou a desindexação, que levaria ao congelamento dos benefícios previdenciários. Portanto, é preciso discutir novas ideias, para que a gente possa ver de onde virão os recursos para financiar o Renda Brasil”, disse, em entrevista à Rádio FolhaPE. “Na realidade, o presidente sinalizou que não vai tirar dos pobres para dar aos paupérrimos e provoca o Congresso Nacional e a sua equipe econômica para oferecer novas sugestões”, emendou.

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Fernando Bezerra ressaltou que o financiamento do Renda Brasil será feito respeitando o teto de gastos. “Do ponto de vista fiscal, faremos isso de forma responsável, procurando discutir com a sociedade de onde vamos identificar os recursos para que a gente possa definir um programa de renda mínima a partir de janeiro de 2021. O teto de gastos significa uma grande âncora das expectativas do mercado e dos investidores para manter a inflação baixa.”

*Da assessoria de imprensa

O senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), líder do governo no Senado, afirmou nesta segunda-feira (14) ser favorável à possibilidade de reeleição das presidências da Câmara e do Senado e elogiou o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP). "Você elege um presidente, você articula e constrói uma base de apoio na Câmara e no Senado, e no meio do mandato você precisa enfrentar uma nova eleição de Mesa Diretora? Eu acho que não faz sentido a gente ter reeleições indefinidas, uma após outra, mas se você tem uma reeleição para presidente da República, deveria ter uma reeleição para as mesas diretoras, seja do Congresso, seja das Assembleias, seja das Câmaras Municipais", disse o senador em entrevista à Rádio Bandeirantes.

Como mostrou o Estadão, em busca de apoio para sua tentativa de reeleição ao comando do Congresso, Alcolumbre intensificou os acenos à gestão de Jair Bolsonaro. Com absoluto controle sobre a pauta de votações, Alcolumbre adia há um mês, por exemplo, a análise de vetos mais polêmicos de Bolsonaro, o que tem evitado novas derrotas ao Palácio do Planalto. O governo, por sua vez, tem retribuído os acenos feitos por Alcolumbre, com o apoio de líderes como Bezerra à PEC.

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O senador justificou que o debate sobre a reeleição precisa ser melhor esclarecido, uma vez que é aplicado de formas diferentes nos âmbitos federal, estadual e municipal. "Como é que um presidente de Assembleia pode ter 7, 8, 9 mandatos consecutivos e você não permitir dentro da legislatura apenas uma reeleição?", questionou Bezerra, lembrando que, mesmo no Congresso, a reeleição dos presidentes é autorizada, desde que em legislaturas diferentes (ou seja, após uma nova eleição geral).

O debate sobre a possibilidade de reeleição no Congresso tem mobilizado os parlamentares em Brasília. Até o momento, a principal iniciativa para assegurar a hipótese de reeleição é uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da senadora Rose de Freitas (Podemos-ES). A estratégia também beneficia o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que nega ser candidato.

Sobre a iniciativa, Bezerra afirmou não haver tempo hábil para a apreciação e aprovação da PEC nas duas Casas. No entanto, apontou que a solução pode vir do Poder Judiciário. "Estamos aguardando uma manifestação do Supremo Tribunal Federal provocada pela Adin que foi impetrada pelo PTB. Nessa Adin, o PTB manifesta a inconstitucionalidade de uma reeleição dentro de uma mesma legislatura. Então o Supremo deverá estar se manifestando até o final de setembro", afirmou.

Projetando um cenário em que a reeleição no Congresso seja autorizada, Bezerra disse ver boas chances para a continuidade de Alcolumbre no Senado, enaltecendo "as pontes de diálogo" mantidas pelo presidente com os demais Poderes.

"Existe um reconhecimento ao trabalho que ele (Alcolumbre) desenvolve no sentido de manter as pontes de diálogo tanto com o Poder Judiciário quanto com o Poder Executivo. E, havendo a possibilidade de reeleição, eu creio que o senador Davi Alcolumbre tem grandes chances de ser reeleito. Mas é uma matéria ainda pendente e vamos ter que aguardar se haverá chance ou não espaço para essa reeleição".

Os partidos que compõem a oposição no Recife podem definir, até o fim de semana, quem será o líder da chapa majoritária para a disputa pelo comando da gestão da capital em novembro. Nessa quarta-feira (26), líderes do grupo - o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB), o deputado federal Daniel Coelho (Cidadania), o ex-senador Armando Monteiro (PTB) e o ex-ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM) - se reuniram em Brasília para tentar alinhar as tratativas. 

Segundo Fernando Bezerra Coelho, o diálogo entre eles avançou durante o encontro e tanto Daniel Coelho quanto Mendonça Filho, que colocaram seus nomes para a disputa, estão dispostos a formar um palanque único. "Acredito que a que oposição poderá se pronunciar de forma unida até sábado", declarou à Folha de Pernambuco. 

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O mesmo sentimento de alinhamento também foi exposto por Armando Monteiro. "Nós estamos conversando intensamente com todos os companheiros desse grupo. Embora o processo tenha se alongado, temos que esgotar as conversas de forma a construir esse entendimento", observou.

Ao LeiaJá, Daniel Coelho, assim como Mendonça, já afirmou o desejo de unidade. “Se não tiver unidade, corre-se o risco de ter um segundo turno com o PT e o PSB, que garantiria para o PSB à reeleição. Esse é o cenário que já foi visto em 2016 (quando Geraldo Júlio venceu João Paulo nas urnas) e a gente sabe que tende a repetir o resultado (levando em consideração esse cenário). O desejo de mudança das pessoas ele não é um desejo para o retorno que uma coisa que nem o Recife, nem o Brasil quer mais, que é o PT governando”, observou o deputado.

Do grupo de partidos, o Podemos já bateu o martelo e definiu que vai concorrer com a delegada Patrícia Domingos, mas PTB, DEM, PL, Cidadania, PSC e PSDB ainda não oficializaram como vão disputar o pleito. No outro campo opositor ao PSB, o da esquerda, o PT já fechou o nome de Marília Arraes e o PDT também deve definir na próxima semana se vai ter candidatura própria ou estará no palanque da Frente Popular.

O senador Fernando Bezerra Coelho (MDB) emitiu uma nota, nesta sexta-feira (14), alegando que estava frustrado com a aliança entre o MDB e o PSB para disputar o comando da prefeitura de Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife (RMR). O anúncio da aliança foi feito nessa quinta (13) pelo presidente da legenda no Estado, o deputado federal Raul Henry. O pré-candidato do partido na cidade é o vereador Daniel Alves.

No comunicado, Bezerra observa que fez "renovados apelos" para que a direção do partido optasse por apoiar a candidatura à reeleição do atual prefeito da cidade, Anderson Ferreira (PL). 

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"Lamentamos que o presidente estadual do MDB, deputado Raul Henry, tenha deixado de acolher nossas ponderações em nome de uma aliança forjada em interesses que não atendem aos anseios da população", observa o texto.

Na nota, assinada também pelo prefeito de Petrolina Miguel Coelho (MDB), eles ressaltam ainda que vão marchar de lado oposto ao partido. "Respeitamos a decisão partidária, mas, assim como definimos nossa presença no palanque da oposição na campanha para prefeito do Recife, também estaremos em campos opostos em Jaboatão dos Guararapes, marchando ao lado de Anderson Ferreira rumo à reeleição. 

Veja o texto na íntegra:

Nota à imprensa 

Com muita frustração, tomamos conhecimento da decisão do MDB de fechar uma parceria com o PSB na disputa pela Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes quando fizemos renovados apelos à direção estadual do partido no sentido de referendar a candidatura à reeleição do prefeito Anderson Ferreira.

Competente, Anderson tem feito uma exitosa gestão à frente da Prefeitura de Jaboatão, o que vem sendo reconhecido não apenas pela população do município, mas por todo o povo de Pernambuco.

Em nossas reiteradas ponderações, tínhamos a expectativa de que o MDB refletisse sobre a viabilidade do apoio ao prefeito Anderson Ferreira em vez de servir aos interesses daqueles que trabalham para criar falsas divisões.

Lembramos que, até pouco tempo atrás, o PSB apostava na candidatura do ex-deputado Silvio Costa. Portanto, causa estranheza que o partido se alie um novo nome, o que pressupõe uma mera tentativa de tumultuar o processo eleitoral.

Lamentamos que o presidente estadual do MDB, deputado Raul Henry, tenha deixado de acolher nossas ponderações em nome de uma aliança forjada em interesses que não atendem aos anseios da população.

Respeitamos a decisão partidária, mas, assim como definimos nossa presença no palanque da oposição na campanha para prefeito do Recife, também estaremos em campos opostos em Jaboatão dos Guararapes, marchando ao lado de Anderson Ferreira rumo à reeleição.

Fernando Bezerra Coelho - senador pelo MDB

Miguel Coelho - prefeito de Petrolina pelo MDB

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