O Sindicato dos Guardas Municipais, Subinspetores, Inspetores e Agentes de Trânsito do Recife (Sindguardas-PE) deflagrou uma greve de 72 horas nesta quinta-feira (26). Entre as reivindicações, a principal é o porte de arma de fogo.
“A lei nº 13.022 de 2014 não foi aplicada, o prefeito não se decidiu com relação a isso. A violência está cada dia maior e o prefeito calou-se. O guarda hoje trabalha na praça e nos parques com insegurança e não pode fazer nada”, disse o presidente do sindicato, Ewerson Miranda.
##RECOMENDA##Miranda explica que também está em discussão a renovação dos itens de segurança dos trabalhadores. “Colete balístico não é renovado desde 2011, o fardamento, desde 2013. Os coletes refletivos não são entregues e os tasers estão com a carga vencida”, critica. Segundo o presidente do Sindguardas, aumento salarial não está na pauta da reivindicação, mas o grupo também pretende discutir a questão ao longo do ano.
Os guardas realizaram um ato e uma assembleia na frente da sede da Prefeitura do Recife e, em seguida, se reuniram com representantes da prefeitura. Conforme a nota da Secretaria de Planejamento, Administração e Gestão de Pessoas, a gestão comunicou que o processo de revisão do Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos será realizado este ano por meio de uma comissão composta pela Guarda Municipal e Prefeitura.
Sobre o fornecimento de armamento, a pasta diz que o secretário de Segurança Urbana do Recife, Murilo Cavalcanti, entrou em contato nesta tarde com o presidente da Associação de Guardas Municipais do Recife, Edson Rocha, e informou que a gestão tratará do assunto em março, após a nomeação dos novos agentes, prevista para este mês. A Segurança Urbana municipal estaria em análise e aprofundamento de estudos sobre o caso. A Prefeitura do Recife ainda não foi notificada sobre a paralisação.
O Sindguardas informou que a paralisação será geral. Ao todo, há 1,4 mil trabalhadores no Recife entre guardas municipais, brigadistas ambientais e agentes de trânsito.