Tópicos | machismo

O ator José de Abreu, filiado ao Partido dos Trabalhadores, foi às redes sociais para rebater a deputada Tabata Amaral (PSB-SP), minutos depois de declarações feitas pela parlamentar serem divulgadas em entrevista à BBC Brasil nesta quarta-feira (27). À reportagem, Amaral repreendeu a postura silenciosa do PT e de deputadas feministas diante de ofensas feitas pelo ator global à agenda política da socialista.

Em resposta, o artista disse que Tabata, a quem ironicamente chama de "socialista da Ambev", jamais se pronunciou sobre as ofensas do ex-colega de partido, Ciro Gomes (PDT), à petista Dilma Rousseff - chamada de "aborto" pelo pedetista -, e que o feminismo de Amaral é "seletivo". Zé de Abreu também acredita ser um dos novos "alvos" da liberal.

##RECOMENDA##

[@#video#@]

[@#podcast#@]

Apesar de ser adepto à política do "RT não é endosso" - sendo o "RT" um recurso similar ao "Compartilhar", mas no Twitter -, Abreu respondeu e retuitou diversas críticas às novas falas de Tabata Amaral, que não é bem acolhida pela bolha petista, pelos seus flertes com a agenda do Centrão, tendo, inclusive, votado a favor da reforma da Previdência. Um episódio recente também gerou faíscas, novamente com uma filiada ao PT, quando Tabata compartilhou seu projeto de distribuição de absorventes higiênicos para pessoas em vulnerabilidade social aproveitando a repercussão de um outro projeto, original, de autoria da deputada Marília Arraes (PT-PE).

“Ignorou o machismo e campanha suja do namorado contra Marília Arraes!”, escreveu a usuária Vannia39M em publicação compartilhada por Zé de Abreu. Vannia se refere à disputa pela Prefeitura do Recife nas últimas eleições municipais, que ficou entre os primos Marília Arraes e João Campos (PSB-PE).

Citando diretamente a reportagem com a entrevista de Tabata, o ator escreveu: “Falar mal do PT dá capa! A deputada socialista radical de centro não reclamou do Siro [SIC] chamar Dilma de aborto, né? seu feminismo tem lado”.

E concluiu: “A deputada socialista da Ambev quer me eliminar da vida artística e da política! Que coisa mais fascista! Pois vai ter que me aguentar de protagonista da novela das nove e concorrendo com ela por votos em 2022. Pena que por estados diferentes”.

Para a deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP), o Partido dos Trabalhadores só repreende atitudes machistas quando é conveniente. A parlamentar se refere ao episódio de ofensas proferidas pelo ator José de Abreu (PT-SP), militante da esquerda e possível candidato à Câmara pela sigla em 2022. Em entrevista à BBC no início de outubro, mas com divulgação apenas nesta quarta-feira (27), Amaral lamentou o silêncio da legenda e alegou que os dirigentes não estão comprometidos com as pautas abordadas pelos petistas.

No final de setembro, após a deputada defender em uma entrevista a necessidade de "furar a bolha da esquerda e da direita" e "chegar ao povo", José de Abreu compartilhou um tuíte de outro perfil que dizia querer socar a parlamentar. O caso gerou grande solidariedade à Tabata nas redes sociais, mas também silêncio de parte das lideranças da esquerda, inclusive de deputadas feministas, assim como da cúpula do PT, partido ao qual o ator é filiado desde 2013.

##RECOMENDA##

"Toda vez que alguém se silencia diante de um caso como esse, a pessoa é conivente com o que está acontecendo. Então, na hora que as principais lideranças do PT silenciam sobre o que ele fez e o apresentam como candidato à Câmara dos Deputados, o partido está mostrando que, na prática, não só não é comprometido contra o machismo, como despreza essa luta dependendo de quem é o alvo e dependendo de quem é o agressor", criticou, em um segundo encontro com a BBC News Brasil em outubro, dessa vez virtual.

Não só a sigla não repudiou sua atitude publicamente, como Zé de Abreu anunciou pouco depois que pretende se candidatar pelo PT à Câmara dos Deputados em 2022. Para Tabata, a postura do partido no episódio demonstra conivência com o ataque que sofreu, o que a deputada classifica como crime de incitação à violência. À época que o tuíte foi compartilhado, Tabata confirmou que tomou medidas legais diante do caso.

"Da mesma forma que é lamentável que tenha uma pessoa como (o presidente Jair) Bolsonaro na política, que diz tantos absurdos contra mulheres como a (deputada do PT) Maria do Rosário, é lamentável que o Partido dos Trabalhadores tenha uma pessoa que incita a violência contra as mulheres por discordância (política). É um desserviço para as mulheres, é um desserviço para a política, para o nosso Brasil, mas acho que entra na lista de incoerência na luta dos partidos como um todo contra o machismo", diz ainda, recordando o episódio em que Bolsonaro, quando era deputado, disse à Rosário "não te estupro porque você não merece", continuou.

A deputada atribui os ataques ao fato de “não rezar fielmente a cartilha de nenhum dos lados, intensificada por sua condição de jovem mulher”, referindo-se à direita e à esquerda. Ela contou que é justamente nesses encontros com novas lideranças, especialmente femininas, que renova sua motivação na vida pública. Na sua visão, apenas com o aumento das mulheres na política, em uma transformação estrutural que deve levar anos ainda, esse ambiente se tornará menos hostil e violento para elas.

Após a ampla repercussão, José de Abreu publicou um artigo no jornal Folha de S.Paulo com o título "Peço desculpas, Tabata; errei redondamente", em que diz que agiu por "impulso", argumenta que retuitar mensagem "não é endosso" e faz críticas a sua atuação parlamentar. Para Tabata, "as desculpas ficam apenas no título".

"É um artigo em que ele se autopromove. Em que basicamente ele justifica a agressão pelos meus posicionamentos políticos. E aí eu sou muito firme em dizer que, da mesma forma que não tem minissaia, não tem comportamento que justifique o assédio, não tem posicionamento político que justifique alguém te intimidar", afirma.

"Incitação à violência é crime. Nunca fiquei sabendo de crime que foi resolvido porque alguém escreveu um pedido de desculpas. Então, para mim, não muda nada", acrescentou, decidida a não recuar de providências judiciais contra o ator.

Durante a reunião desta quarta-feira (22) da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), senadores se solidarizaram com a senadora Simone Tebet (MDB-MS) por atitude machista do ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário, na oitiva desta terça-feira (21) da CPI da Pandemia. 

Confrontado por Simone Tebet, que questionou a atuação da CGU na fiscalização de negociações sobre compras de vacinas, Rosário chamou a senadora de “descontrolada”, o que gerou reações imediatas da senadora e dos demais parlamentares presentes. O presidente da CCJ, Davi Alcolumbre (DEM-AP), afirmou que a fala do ministro é inaceitável. 

##RECOMENDA##

“De forma nenhuma podemos aceitar a forma deselegante e grosseira com que foi tratada a senadora Simone Tebet. Aquelas agressões foram agressões ao Senado Federal. Queria me congratular com todos os senadores que se levantaram. Vossa excelência [Simone]  tem nosso apoio incondicional”, disse Davi. 

Ao agradecer a fala de Davi e de outros parlamentares, Simone Tebet agradeceu o apoio dos senadoresna reunião da CPI — que, segundo ela, representou “a defesa do espaço da mulher na vida pública”. Simone ressaltou que adjetivos como “louca, histérica e descontrolada” são historicamente utilizados para desqualificar mulheres que ousam enfrentar homens. 

“Quando a mulher tenta, desde o início do século passado, buscar espaços de poder; quando ela abria a boca para divergir, era chamada de louca, histérica e exaltada. Toda vez que ousa enfrentar, ela é chamada de descontrolada. Essa palavra é inadmissível. É emblemática e não pode ser dirigida enquanto uma mulher está se posicionando e defendendo suas ideias. O Senado saiu maior e melhor a partir de ontem”, disse Simone.

Daniella Ribeiro (PP-PB) afirmou que Simone tem feito a diferença dentro da CPI. Daniella ressaltou ainda que o episódio de terça-feira ajuda a “descortinar” casos de machismo. 

“[Simone] tem feito diferença para avançarmos diante dessas violências que antes sofríamos em silêncio, por trás das cortinas, e agora têm sido descortinadas ao vivo para todo mundo ver. E que bom que os homens têm estado de mãos dadas”, disse a parlamentar. 

*Da Agência Senado

 

 

Após repercutir o vídeo em que é constragida por um homem na Ilha de Santo Aleixo, em Sirinhaém, Litoral Sul de Pernambuco, a funcionária do Restaurante e Petiscaria JP vai prestar queixa na delegacia do município nesta sexta-feira (27). No registro, o cliente a constrange e dispara xingamentos sexistas contra a vítima.

O proprietário do estabelecimento, João Pires, conta que não estava presente no momento dos ataques ocorridos no dia 15 de dezembro do ano passado, mas aconselhou a atendente de 20 anos a denunciar o agressor. Ele foi identificado como Felipe Brasileiro, dono da Pousada Santa Ilha, na praia de Serrambi.

##RECOMENDA##

"Fiquei muito revoltado na hora e pedi para a gente ir para uma delegacia para prestar queixa. Só que ela ficou tão constrangida na época, tão abalada, que ela ficou com medo e pediu para não fazer nada", relatou ao LeiaJá.

[@#video#@]

Com o destaque que o caso ganhou nas redes sociais nessa quinta (26), o prejuízo psicológico a vítima, Jennypher Costa, voltou à tona e ela já recebe acompanhamento jurídico para abrir um processo.

"Tudo que a lei determinar em relação ao constrangimento que ela passou, a gente vai fazer de tudo para resolver. Não tá sendo fácil, uma cidade pequena como a nossa, os comentários você sabe como é. E nem tá só na cidade, tá no país inteiro", confirmou o patrão.

O motivo dos ataques

Ainda de acordo com o proprietário do estabelecimento onde ocorreram as agressões, Felipe aparentava estar embriagado e perdeu a cabeça com Jennypher por conta de um som. Antes, o próprio cliente havia entrado em contato com a petiscaria para firmar uma parceria para seus hospedes.

"Como todos os turistas já tinham ido embora, a música ao vivo parou e ele queria botar um som lá. Ela pediu para os garçons desligarem o som porque já tinha terminado e ele não gostou da situação", descreveu.

João Pires lembra que recebeu as imagens quando estava hospitalizado e chegou a repreender os demais colaboradores por não terem prestado apoio à única funcionária da equipe. "Eu até reclamei com os meninos porque não fizeram nada. A única mulher que tem no grupo e ninguém chegou lá para defender", pontuou.

Contudo, os garçons informaram que não souberam como reagir porque o agressor parecia estar armado. "A turma já tava com medo dele, as pessoas disseram que ele tava armado e os meninos ficaram tudo coagido, com medo da situação", explica.

Há dois anos como colaboradora do restaurante, Jennypher nunca teve problemas durante o atendimento. Ela foi apontada como uma "funcionária excelente" pelo patrão.

Em seu perfil, ela agradeceu as mensagens de solidariedade que vem recebendo.

Foto: Reprodução/Instagram

O LeiaJá entrou em contato com a Pousada Santa Ilha para saber o posicionamento de Felipe Brasileiro, mas não obteve retorno.

Desde a repercussão do caso, uma campanha virtual vem boicotando a Pousada Santa Ilha com comentários negativos nas redes sociais e derrubou a aprovação em sites de turismo. A opção para realizar reservas está bloqueada. 

Na data de hoje (26) é comemorado Dia Internacional da Igualdade Feminina, que visa destacar todas as conquistas que as mulheres alcançaram na história da humanidade e discutir a desigualdade presente na sociedade.

Embora o machismo ainda seja expressivo, muitas mulheres mostram resistência e alcançam posições de respeito em diversos segmentos, entre eles, no mercado de trabalho, em profissões que geralmente são rotuladas como “masculinas”. É o caso da sócia-diretora da empresa de construção civil Cavazani Construtora, Cecília Reia Cavazani, de Guarulhos.

##RECOMENDA##

Para Cecília, a chegada das mulheres nesses cargos de alta liderança, pode ser o pontapé inicial para criar um mercado de trabalho mais aberto a diversidade. “Como sabemos, a pluralidade tem enorme valor para uma organização, se torna catalisadora de inovações, promove decisões sistêmicas equilibradas e, certamente, gera melhor performance e resultados para os negócios”, afirma.

Diante de muitos desafios, a maior batalha de Cecilia foi provar ser merecedora de suas conquistas. A sócia-diretora relembra que em uma ocasião, foi questionada durante uma entrevista para mestrado em uma universidade sobre quem cuidaria de seus filhos enquanto estudava. “Essa mesma pergunta não seria feita para um candidato homem”, comenta.

Apesar das adversidades, Cecilia não se deu por vencida e continuou a lutar por aquilo que acreditava. “Tenho o prazer diário de junto com minha equipe, construir o ambiente corporativo da construtora para que possamos sempre aprimorar nossas políticas de diversidade e juntos aproveitar os benefícios de um ambiente equilibrado, construído para ser justo”, declara.

A advogada criminalista da Campos e Antonioli Advogados Associados, Carolina Carvalho de Oliveira destaca que cada vez mais as mulheres mostram suas capacidades em áreas que antes eram voltadas para os homens.

Atuante na profissão desde 2004, Carolina lembra que o advogado criminal sempre foi remetido a termos masculinos, como o delegado, o policial, o perito, o promotor, o juiz, o advogado. “Mas, este paradigma foi quebrado por diversas mulheres que alcançaram estes postos/cargos e exercem um excelente trabalho profissional”, enfatiza.

De acordo com Carolina, embora o imaginário público associe a imagem da advocacia criminal à figura masculina, a capacidade, a moral e o respeito da mulher no oficio da profissão são capazes de direcionar à igualdade na proteção do cliente que busca por justiça.

Com características fortes e capacidade técnica, Carolina se impõe diante da desigualdade de gênero que ainda se faz presente nos variados aspectos da vida social. “É a forma de mostrar ao mundo que todos somos iguais e capazes de exercer a profissão escolhida no mercado de trabalho”, pontua.

A psicóloga, terapeuta integrativa e idealizadora da Sentir Terapias Integrativas, Bianca Panvequi Liberati salienta que para lidar com o machismo presente em cargos de alta liderança, o processo terapêutico (necessário em todos os casos) se torna importante devido a lutas contra cobranças, julgamentos (internos e externos) e acúmulos de interesse. Nestas situações, Bianca aconselha as mulheres a sempre se olharem com amor. “Encontrar sua feminilidade e essência. Não se deixar intimidar e sentir força”, orienta.

Na última sexta-feira (23), em Tóquio, a Seleção Brasileira de Futebol Feminino entrou em disputa contra a Holanda, mas a partida acabou em empate por três a três. Durante o jogo, a goleira Bárbara falhou na defesa do segundo gol do time europeu. A atuação rendeu críticas nas redes sociais, mas no caso do comentarista holandês Johan Derksen, do programa de TV 'De Oranjezomer', foi usada como motivo para comentários de cunho gordofóbico e sexista. Comentando o peso da atleta, Derksen a chamou de “porca com suéter”.

“Essa goleira está acima do peso, não? É uma porca com um suéter. É uma zombaria total para a seleção brasileira. Ela realmente não defendeu uma bola decente", disse o colaborador, segundo o jornal "Mundo Deportivo".

##RECOMENDA##

Os atletas olímpicos são monitorados por equipes de saúde e treinam por meses antes do período competitivo, seja preliminar ou oficial. No perfil da jogadora, de acordo com a Confederação Brasileira de Futebol, não há qualquer observação sobre o seu peso, altura ou saúde no geral.

Derksen ainda teceu mais comentários sobre a prática do futebol feminino. “Você tem que falar algo sobre isso à noite no programa, então eu tive que assistir ao jogo. Gosto de outros esportes femininos, como handebol e ciclismo, muito mais do que futebol. O futebol feminino não é nada divertido, mas a Holanda jogou muito bem, melhor que o Brasil", completou o jornalista.

Nos perfis oficiais da Seleção Brasileira de Futebol Feminino, até o momento desta publicação, nenhuma nota de repúdio ou posicionamento foram lançadas. A goleira também não se manifestou. A seleção brasileira volta a jogar na terça-feira, fechando a fase de grupos contra a Zâmbia.

Nesta tarde, o prefeito do Recife João Campos criticou a atitude do jornalista. "Em plena Olimpíada que celebra a igualdade e a resiliência na pandemia, foi um ato de preconceito, profundo desrespeito e inaceitável a ofensa do jornalista holandês à recifense Bárbara, goleira da seleção brasileira", escreveu o prefeito no Twitter.

O deputado estadual do Ceará André Fernandes (Republicanos-CE) foi condenado, em primeira instância, pelos ataques de cunho machista contra a jornalista Patrícia Campos Mello, da Folha de S.Paulo, em fevereiro de 2020 . A decisão da 27ª Vara do Foro Cível do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP) determinou que o parlamentar indenize a vítima das ofensas em R$ 50 mil por danos morais. A sentença ainda cabe recurso.

A reportagem tentou contato com Patrícia Campos Mello através de mensagens de e-mail, para se manifestar sobre a decisão contra o deputado estadual André Fernandes, mas não obteve nenhum retorno.

##RECOMENDA##

Conforme analisou o responsável pelo caso, o juiz Vitor Frederico Kümpel, os ataques machistas feitos por André Fernandes são prejudiciais à vida particular e profissional da jornalista pelo simples fato de Patrícia Campos Mello ser mulher.

A condenação contra o deputado cearense ocorreu após uma publicação nas redes sociais em que o representante do Republicanos insinuou que a jornalista estaria oferecendo sexo aos seus entrevistados para conseguir informações contra o presidente da república. "Se você acha que está na pior, lembre-se da jornalista da Folha de SP que oferece SEXO em troca de alguma matéria para prejudicar o Presidente Jair Bolsonaro. Depois de hoje, vai chover falsos informantes pra cima desta senhora. Força, coragem e dedicação, Patrícia, você vai precisar!", escreveu o Fernandes sobre Patrícia, em sua conta pessoal do Twitter.

Diante das ofensas de cunho sexual, a jornalista ajuizou a ação judicial contra o parlamentar bolsonarista solicitando a indenização por danos morais. Ao se defender no processo, Fernandes alegou que seu comentário sobre a repórter estaria respaldado pela imunidade parlamentar, contudo, segundo o juiz, a ofensa moral em relação à jornalista não guarda qualquer relação com o exercício do mandato do cearense. Para o magistrado, os comentários feitos nas redes sociais foram "extremamente perniciosas à honra da autora" da ação.

Na análise do processo, o magistrado ressaltou que os ataques contra a jornalista não estavam relacionados à liberdade de expressão, mas sim a uma ofensa direta. "Ademais, como representante do povo, esperar-se-ía do réu uma postura minimamente sóbria e equilibrada, o que aliás, tem sido rechaçado por muitas figuras políticas e sociais na atualidade", pontuou Kümpel ao embasar sua decisão. "De qualquer viés que se analise o caso em tela,evidente o dano moral suportado pela autora, na medida em que se trata de jornalista bastante conhecida no meio em que atua, sendo certo o largo alcance das postagens realizadas pelo réu, conforme já mencionado".

COM A PALAVRA O DEPUTADO ESTADUAL ANDRÉ FERNANDES

O deputado estadual do Ceará André Fernandes foi questionado pela reportagem, através de seu e-mail institucional da Câmara Estadual do Ceara e da sua conta particular, sobre a condenação na justiça. Mas, até a publicação desta matéria, ainda aguardávamos uma resposta. O espaço permanece aberto a manifestações.

Por causa de declarações consideradas preconceituosas do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e de seus ministros contra as mulheres, o governo federal terá que investir R$ 10 milhões em campanhas sobre os direitos das mulheres. A gestão também foi condenada pela Justiça Federal de São Paulo a pagar R$ 5 milhões em danos morais coletivos.

A ação havia sido apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF) em agosto do ano passado. Na época, o MPF havia considerado as declarações como intoleráveis. 

##RECOMENDA##

Segundo o site 'Metrópoles', a União se defendeu alegando que as declarações do presidente foram "pessoais" e não representavam um ato do governo. A Justiça rejeitou essa defesa e enquadrou: "É notório que os emissores não se pronunciaram na condição de cidadãos, valendo-se, isso sim, da função pública ocupada, dos contextos em que se encontravam e, particularmente no caso dos pronunciamentos do senhor presidente da República, da ênfase em expressões inadequadas e polêmicas".

Ludmilla voltou a ser centro de uma polêmica na internet após rebater um comentário de uma seguidora, no último sábado (29). Ao responder sobre o teor de suas músicas com um comentário sobre o órgão sexual feminino, a funkeira foi acusada de machismo e recebeu várias críticas. Após a repercussão negativa, ela desabafou sobre a ‘perseguição’ que sofre em suas redes sociais.

A confusão começou após Ludmilla responder a uma seguidora que disse que suas músicas tinham “vibes menina de oitava série". A cantora então respondeu: “Nossa, se na oitava série sua pussy (vagina, em inglês) já matava rindo, deve estar larguíssima hoje em dia", fazendo referência à música Rainha da Favela. A reação da funkeira, no entanto, pegou mal e ela foi muito criticada.

##RECOMENDA##

O comentáro de Lud foi considerado machista e, entre as críticas, até a ex-BBB Lumena se posicionou dizendo: “Que comentário fenotipicamente complicado! Sou sua fã, achei que ao me criticar no BBB, poderia encontrar em você uma referência para aprendizados, mas esse BO aí ficou difícil de entender”. Outros disseram que a cantora “militou errado”. “Amor vagina não alarga! Fica tranquila viu. Passa um neném por uma vagina  e depois ela volta para seu estado natural”; “Mulheres precisam entender seus corpos pelo olhar feminino,e não como os homens imaginam”; “Essa resposta só confirma o que a menina disse kkk enfim”.

[@#video#@]

A repercussão negativa incomodou Ludmilla e ela resolveu compartilhar seu descontentamento. Nas publicações, a cantora reclamou dizendo que algumas pessoas estão sempre insatisfeitas. “Gente, vcs ainda não perceberam que tudo que eu faço é problemático pra algumas pessoas? Eu cheguei a conclusão que eu nunca vou agradar todo mundo e tbm não faço mais questão disso, tem algumas pessoas loucas e cheia de ódio.”

O Corpo de Bombeiros do Distrito Federal (CBMDF) está investigando caso de duas sargentos que teriam sido expulsas de uma cerimônia pelo coronel Edwin Aldrin Franco de Oliveira, chefe do Departamento de Ensino, Pesquisa, Ciência e Tecnologia do CBMDF, por usarem “saias curtas”.

As militares seriam homenageadas durante a formatura do Curso de Altos Estudos para Praças (Caep), que aconteceu no dia 8 de abril deste ano. A solenidade homenageava os alunos que concluíram o Caep, além dos instrutores e de acordo com o portal Metrópoles, as duas sargentos usaram o mesmo fardamento de eventos anteriores, com a saia no tamanho padrão estipulado pelo regulamento da corporação.

##RECOMENDA##

As militares foram abordadas por um capitão, que passou as ordens feitas pelo coronel Aldrin Franco. As duas deviam deixar a cerimônia imediatamente pela porta lateral, o que foi feito durante a execução do Hino Nacional.

O motivo alegado por Franco era que ambas estavam usando “saias curtas” e caso descumprissem a ordem, a dupla poderia sofrer sanções disciplinares. As militares ainda chegaram a pedir permissão para terminarem de cantar o hino, e tiveram pedido negado.

Com medo de recusarem e se alegado como ato de indisciplina, as duas sargentos recolheram seus pertences e saíram do auditório.

Após encomendar uma camiseta feminista pela internet, uma jovem identificada como Marina Tarôco, de 28 anos, relata que recebeu o produto com uma frase machista escrita na embalagem: "E a louça, Lavou?".

A jovem, que trabalha como supervisora de qualidade em São João Del Rei, Minas Gerais, havia encomendado a peça em uma empresa situada em Araraquara, São Paulo. Foi a própria Marina quem compartilhou a situação em suas redes sociais, que acabou viralizando. 

##RECOMENDA##

A Jadlog, empresa que fez a entrega, disse à jovem que repudia o comentário e que vai apurar se houve o envolvimento de algum funcionário. "Eles me pediram desculpas e falaram que iam entrar em contato com a matriz para poder averiguar o que aconteceu", disse Marina à EPTV. 

Délis Magalhães, que é a dona da loja de camisetas feministas, disse ter ficado chateada com a situação, mas que infelizmente não se surpreende com esse tipo de atitude.

“Me deixa extremamente chateada, principalmente pela cliente que recebe produto dessa maneira, afinal a gente compra pra difundir uma ideologia e a gente acaba recebendo o produto de uma forma dessa. Então não é nada legal”, salientou.

Agora, cliente e vendedor esperam que o responsável seja identificado e sofra as consequências pela sua atitude considerada machista. "Enquanto essas atitudes não forem punidas, isso vai continuar acontecendo", pontua Marina.

Ainda inspirada pelo Dia Internacional da Mulher, celebrado na última segunda (8), Anitta usou seu instagram nessa terça (9) para rebater comentário machista do rapper norte americano Arcángel. O cantor criticou mulheres que utilizam de seu corpo em fotos nas redes sociais para se autopromover.

Parceiro de Anitta na música Tócame, em julho de 2020, Arcángel publicou a seguinte mensagem em seus stories, no Instagram, nessa terça (9): "Querem que te respeitem como mulher, mas continua mostrando a bunda nas redes sociais. As mulheres que se comportam se diferem e podem se considerar damas”.

##RECOMENDA##

A cantora brasileira respondeu com um post no seu feed, mostrando a bunda. "Essa sou eu mostrando minha bunda no meu Instagram. Agora, uma pergunta: você pode usar bundas de mulheres nos seus clipes e letras explícitas para ter visualizações, mas, ao mesmo tempo, diz que as mulheres que mostram sua própria bunda nas redes sociais não merecem respeito? Estou confusa”, retrucou a funkeira, que fez a postagem em espanhol.

Indignada com o posicionamento do norte-americano, a brasileira ‘jantou’ o rapper, que costuma usar mulheres seminuas em seus clipes. “Mulheres merecem respeito com ou sem bunda para fora. Seja no Instagram ou em clipes de homens que acreditam que deve haver mulheres de um tipo para explorá-las no que lhes convém e mulheres de outro tipo para torná-las suas. Paz, amor e coerência", completou.

[@#video#@]

O Comitê Olímpico Internacional (COI) classificou nesta terça-feira como "absolutamente inapropriados" e contrários à política da entidade os comentários ofensivos sobre mulheres feitos há seis dias por Yoshiro Moru, presidente do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, adiados em um ano por causa da pandemia do novo coronavírus.

"Os recentes comentários do presidente Yoshiro Mori foram absolutamente inapropriados e contrários aos nossos compromissos", afirmou o COI em um comunicado oficial divulgado nesta terça-feira, seis dias depois do dirigente japonês ter dito que as mulheres têm dificuldade em ser concisas, observando que as funcionárias que trabalham no Comitê Organizador "sabem se colocar no seu lugar".

##RECOMENDA##

O COI garante que a "comunidade esportiva pode estar segura" de que a entidade "manterá o seu compromisso de implementar uma política de não discriminação, igualdade de gênero, inclusão e solidariedade".

Um dia depois de ter feito os comentários, Mori, de 83 anos, pediu desculpas e os considerou "contrários ao espírito olímpico", mas afastou a hipótese de uma demissão imediata, que começou a ser pedida nas redes sociais.

Questionado sobre se pensava em abandonar o cargo, por causa da polêmica, Mori recusou de imediato essa possibilidade, mas acrescentou: "Se todos me disserem que estou incomodando, então deverei pensar nisso", disse.

Entretanto, cerca de 400 voluntários desistiram de dar apoio aos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, previstos para os meses de julho, agosto e setembro, e o Comitê Organizador tem recebido milhares de queixas sobre as declarações de Mori.

O comitê das duas competições convocou para este final de semana uma reunião para debater a polêmica, que também está sendo criticada por vários patrocinadores.

A vitória da equipe de futebol feminino do Internacional sobre o maior rival, o Grêmio, que garantiu o título do Campeonato Gaúcho às coloradas no último domingo (20) foi ofuscado por um caso de assédio dos radialistas Ben-Hur Marchiori e Roberto "Pato" Moure da Rádio Grenal, sediada na capital Porto Alegre (RS).

Ao contrário de tecer análises técnicas sobre a partida vencida pelo Inter, pelo placar de 2x1, Marchiori pedia para as jogadoras solicitarem a confecção de calções mais curtos, pois o uso do item do uniforme dobrado pelas atletas "fica horrível, as pernas são mais bonitas que os [as dos] homens, não tenho dúvida", reclamou o comentarista antes de ser interrompido por Moure. "Joga de fio dental!", exclamou o outro integrante, ao microfone. Não satisfeito coma reclamação do apresentador Flavio Dal Pizzol, que chegou a pedir desculpas à radialista Heloíse Bordin, que também participa do programa "Dupla em Debate", "Pato" repetiu o que já havia dito. "Vão jogar de fio dental!".

##RECOMENDA##

Além de publicar o áudio e o vídeo nas redes sociais com a frase "Violência de gênero. Nojo, apenas isso", a ouvinte Thallya Onzi Scariot registrou um Boletim de Ocorrência (B.O.) pelo crime de assédio sexual contra Moure. Já o comentarista usou o espaço na Rádio Grenal para se desculpar do ato, citando que é defensor do futebol feminino e das mulheres. Em nota, a Rádio Grenal reiterou que a emissora é dirigida pela jornalista Marjana Vargas desde a fundação, em 2012, e que a empresa é "apaixonada pelo futebol, apaixonada pelo respeito e pela igualdade de direitos e oportunidade que devem unir a humanidade", conclui o comunicado.

Pedofilia

Já o time de futebol feminino sub-16 do Internacional, que faturou o Campeonato Brasileiro da categoria no último domingo (20,) após vencer a equipe do Minas Brasília (DF) por 2x0, foi alvo de comentários alusivos à pedofilia nas redes sociais. O canal oficial do clube gaúcho, que comemorava a conquista das Gurias Coloradas na internet por meio de uma foto do elenco campeão, recebia a interação de seguidores que publicavam frases de cunho sexual. Um dos fãs da página chegou a citar "Robinho, vem ver isso", referindo-se ao ex-jogador do Santos, que foi condenado por estupro na Itália.

O Internacional apagou a publicação com a foto das campeãs, mas manteve o compromisso de repassar os registros salvos para investigação criminal. No Twitter, o perfil colorado escreveu: "Combatemos todo e qualquer tipo de preconceito. Hoje, o machismo que ronda o futebol feminino veio acompanhado de comentários de cunho sexual a uma atleta do Sub-16, despertando nojo e indignação. Pedofilia é crime e medidas legais serão tomadas. Nossas atletas merecem respeito", enfatizou o clube.

O deputado federal Bibo Nunes (PSL-RS), da base do governo de Jair Bolsonaro, se referiu a colegas de plenários como histéricas e as classificou como "deputéricas". A fala provocou críticas na bancada feminina da Casa que querem levar o caso ao Conselho de Ética da Câmara.

"Deputadas histéricas, vou criar um neologismo: "Deputérica". Quando eu falar "Deputérica", estarei me dirigindo a uma Deputada histérica, que não tem posicionamento, que não tem bom senso e que não se enquadra dentro do decoro parlamentar", disse Nunes durante a votação da medida provisória da Casa Verde e Amarela, a qual a oposição está contra.

##RECOMENDA##

A líder do PSOL, Sâmia Bomfim (SP), rebateu a fala. "Um deputado da base do governo foi à tribuna para chamar as mulheres deputadas de histéricas e as ofendeu, nos ofendeu, desqualificou completamente o nosso papel no debate político, na intervenção parlamentar e ainda criou um apelido ridículo, indecoroso, machista e inadmissível", disse.

A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) disse que pessoas histéricas possuem distúrbios emocionais ou psíquicos. "Parece-me que é o deputado quem precisa de tratamento, porque isso se chama misoginia, aversão às mulheres. Isso é uma forma de agressão, de falta de decoro. Isso merece, de fato, uma análise do Conselho de Ética", disse.

No Twitter, a deputada Tabata Amaral (PDT-SP) também criticou Bibo Nunes. "É inadmissível que um parlamentar, em plena sessão, chame deputadas da oposição de "histéricas" e "deputéricas". A discordância e o debate são da democracia. Via Secretaria da Mulher, denunciaremos a fala e postura machista de @bibonunes1 à Corregedoria e Comissão de Ética", disse.

A produtora Porta dos Fundos está sendo acusada de machismo, inclusive por parlamentares federais, pela publicação de vídeo em que uma personagem chamada Yollanda Ramos afirma que se elegeu a vereadora mais votada de Curitiba (PR) pelo Novo após ter, ela mesma, vazado fotos íntimas suas na internet.

O cargo postulado, a cidade, o recorde de votação e o partido anunciados no vídeo são os mesmos da vereadora eleita Indiara Barbosa. Neste domingo, 22, mesma data de publicação do esquete, Indiara afirmou em sua conta no Twitter que a personagem "certamente" não a representa. "É uma pena que o @portadosfundos associe o sucesso de uma mulher a alguma conotação sexual. Temos muito trabalho para mudar essa cultura retrógrada", lamentou.

##RECOMENDA##

Por volta do meio-dia desta segunda-feira, 23, a produtora respondeu à mensagem publicada por Indiara: "Essa personagem de fato não é você. Yollanda é uma criação de ficção e humor que existe há 9 anos e, dentro do seu universo, explora sua sexualidade livremente. O Porta acredita que o Brasil precisa de mais mulheres em cargos públicos. Parabéns pela vitória!"

Diversos parlamentares manifestaram solidariedade a Indiara e reforçaram acusações de machismo à produtora, entre eles a deputada federal Tabata Amaral (PDT-SP). "Uma das coisas mais suprapartidárias que existem no Brasil é o machismo. Seja você de esquerda ou direita, não há graça nenhuma em uma piada que insinua que uma mulher só foi eleita usando seu corpo", escreveu.

Para o líder do Novo na Câmara dos Deputados, Paulo Ganime (SP), o Porta dos Fundos não conhece a vereadora eleita, o partido ou a luta das mulheres na política. "Mas viva a liberdade de expressão. Assim, a gente vê quem é quem", completou. O deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS) ironizou o vídeo como um exemplo do que ele chamou de "machismo do bem".

O deputado estadual Fábio Ostermann (Novo-RS) sustentou que, para um grupo de pessoas que ele classificou como "essa turma", mulheres na política mereceriam respeito apenas se defendessem ideias de esquerda. O deputado estadual Arthur do Val (Patriota-SP), que foi candidato a prefeito de São Paulo (SP), seguiu a mesma linha, ao insinuar que haveria maior comoção se o canal produzisse um vídeo que pudesse ser à candidata Manuela DÁvila (PCdoB), que disputa o segundo turno da eleição em Porto Alegre (RS).

Uma das atrizes mais bem sucedidas da televisão brasileira chega aos 68 anos com um currículo de grandes novelas e muito aprendizado. Vera Fischer contou, durante entrevista, como foi difícil enfrentar o machismo em seu meio e revelou que se sente muito mais bonita hoje do que no passado. O segredo, segundo ela, é um só: alegria. 

Vera ficou sob os holofotes da fama ainda bem jovem, aos 17 anos quando foi eleita miss. No entanto, sua trajetória não foi tão simples quanto pode parecer e tanto sua beleza quanto seu gênero inspiraram dificuldades no caminho. “Peguei os anos 70 com um machismo escancarado. Não sei como consegui sobreviver aos ataques machistas, que foram severos, nos anos 70, 80 e até 90. Houve uma coisa que, se você não tem uma certa diplomacia e jogo de cintura, você não consegue sair viva disso. Às vezes, fui mal vista pelos poderosos porque falei: 'comigo não! Eu quero trabalhar. Se eu o meu talento não for suficiente, eu vou embora”, disse em entrevista à revista Caras. 

##RECOMENDA##

Com sua força e talento, Vera conseguiu se firmar como uma das maiores atrizes da televisão brasileira. Além de lidar com a luta contra o machismo, durante toda a carreira, ela também precisou administrar a ditadura da beleza e os padrões impostos pela sociedade. Lutas que ela conseguiu superar com um segredo simples. “Eu engordei, estava num momento de cabeça meio infeliz, porque não pintava um personagem maravilhoso na televisão e nem cinema. Estava me sentindo meio órfã, apesar de estar fazendo teatro, que eu sempre amei muito. Mas eu estava me sentindo velha. Minha expressão, fisionomia. Agora, estou me sentindo bem mais jovem do que naquela época. Hoje estou muito atuante. E isso me traz alegria, e a alegria me faz me sentir bonita”. 

Aos 76 anos, Ronnie Von impressiona pela jovialidade de suas convicções. O cantor e apresentador, que passou muitos anos à frente de um programa voltado ao público feminino, o Todo Seu, falou em entrevista sobre como lida com esse universo, sem pudores e nenhum tipo de preconceito. Ele também lembrou de uma ocasião em que quase foi agredido ao comprar lingerie para sua filha. 

Em entrevista à revista Quem, Ronnie se disse um homem “feminino”, e garantiu considerar uma besteira a categorização de gostos e hobbies entre ‘coisa de homem e coisa de mulher’. “Isso é uma bobagem. A Kika, minha mulher, ama carros. Ela é piloto de kart e me deu o maior apoio quando tive a ideia de reformar a garagem. Hoje em dia é a mulher que determina a compra de um automóvel na casa, você sabia? Enfim, já não cabe mais esse raciocínio de que isso é para mulher ou para homem”.

##RECOMENDA##

O cantor também disse que a mãe o ensinou a fazer tudo dentro de uma casa e que até ponto cruz ele aprendeu a fazer. Ele também precisou cuidar dos filhos de seu primeiro casamento, com Aretuza Nogueira, na década de 1970: “O comportamento machista começou a me incomodar depois que virei mãe”. 

Ronnie, inclusive, relembrou uma ocasião em que quase foi agredido ao comprar lingerie para sua filha. “Uma vez quase apanhei de alguns homens que me viram entrar em uma loja em um shopping para comprar lingerie para a minha filha. Os homens me xingando porque 'onde já se viu um homem comprando lingerie'. Tenho uma cabeça absolutamente feminina. Isso não arranha e nunca arranhou a minha virilidade”. 

O ex-jogador Jairzinho, de 75 anos, um dos maiores ídolos do Botafogo e da seleção brasileira, fez um comentário machista na Botafogo TV, canal do clube carioca na internet, durante a transmissão do jogo contra o Vasco, na noite de quarta-feira (24) , em duelo válido pela Copa do Brasil. Irritado com uma marcação da assistente Neuza Inês Back, o "Furacão da Copa de 70", como ficou conhecido o ex-jogador, disse que a bandeirinha deveria ir lavar roupa.

"Está dando mesmo (dor de cabeça), está dando mesmo, está dando mesmo. Vai lavar roupa, pô. Pelo amor de Deus. Essa Federação Carioca de Futebol, pelo amor de Deus. Pô, bota para lavar roupa, pô", disse o ex-jogador.

##RECOMENDA##

Além do comentário ser machista, Jairzinho também erra ao criticar a Federação Carioca, já que o jogo é válido pela Copa do Brasil e o sorteio da arbitragem é feito pela CBF. Neuza, inclusive, faz parte do quadro de assistentes da Federação Paulista de Futebol (FPF).

Até o momento, Jairzinho e a assistente não se manifestaram sobre o acontecido. E o Botafogo promete divulgar uma nota ainda nesta quinta-feira para comentar sobre o assunto.

O clássico acabou empatado em 0 a 0. Como o Botafogo havia vencido o primeiro confronto por 1 a 0, conquistou a classificação para as oitavas de final. O sorteio dos confrontos da fase será realizado no próximo dia 1º.

[@#video#@]

A Fazenda 12 começou há pouco tempo e já está rendendo polêmicas nas redes sociais. Desta vez o cantor Biel fez uma comparação entre as funkeiras Mirella e Jojo Toddynho, o que não agradou nada os internautas.

Conversando com outros peões, Biel comentou que Jojo estaria com inveja de Mirella por ela despertar a atenção dos homens da casa. "[Raissa] cobiçou o cara da Mirella, foi pilar na separação dos dois e aqui dentro disse que não sabia… E a Jojo. São duas que estão sugando a Mirella, de uma maneira que ela não está aguentando”, disse o cantor.

##RECOMENDA##

Biel ainda continuou falando das artistas e disse: “Você acha que a Jojo fica feliz em ver a Mirella linda no palco? Elas são duas cantoras de funk… E a Mirella linda, no palco… A música da Jojo tocou, todo mundo cantou, a da Mirella ninguém cantou, mas a Mirella brilhou. Ela não precisa ter uma música estourada. Ela brilhou. Tacou a bunda pra cima e pra baixo, os homens tudo babando. E a Jojo? Causaria isso em alguém aqui dentro?”, questionou.

Nas redes sociais, internautas apontaram que o comentário do cantor foi machista e gordofóbico por insinuar durante a conversa que Jojo teria inveja do corpo de Mirella. Além dos internautas, os perfis oficiais das funkeiras se pronunciaram sobre a polêmica e repudiaram a atitude de Biel.

[@#video#@]

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando