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 Não é só o regresso do ex-prefeito do Recife João Paulo (PCdoB) à Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), após 18 anos longe da Casa, que muito repercutiu na sociedade pernambucana. Uma família em destaque no cenário político estadual, os Ferreira, conseguiu o retorno do seu patriarca, o ex-deputado estadual Manoel Ferreira (PSC), para uma vaga na assembleia.

Em entrevista concedida ao LeiaJá, Manoel disse que era gratificante voltar à Alepe, onde conquistou sete mandatos consecutivos. “O sentimento é de alegria porque foi aqui onde eu convivi quase 40 anos de vida política e tive o privilégio de ter sete mandatos consecutivos e agora entrando para o oitavo mandato”, comemorou. 

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Manoel garantiu que os Ferreira têm “a consciência tranquila” de continuar fazendo o melhor por Pernambuco. “Nós temos a consciência do que fizemos por Pernambuco e o foco deste meu novo mandato é sempre buscar o melhor para Pernambuco. Aquilo que nós pudermos fazer dentro do melhor para Pernambuco, eu estou pronto a servir ao nosso Estado”, afirmou.

O parlamentar também falou que sua vitória “é a prova de que o povo de Pernambuco reconhece quem faz, quem trabalha, e quem dá assistência a população”. 

A família em alta é formada por Anderson Ferreira (PR), prefeito de Jaboatão dos Guararapes, que conseguiu derrotar no segundo município mais populoso até mesmo o candidato do então prefeito Elias Gomes na última eleição. Também compõe o grupo o irmão de Anderson, o deputado federal André Ferreira (PSC); além do vereador do Recife Fred Ferreira (PSC), casado com a irmão de André e de Anderson. 

Em menos de uma semana de mandato, a vereadora do Recife Goretti Queiroz (PSC) tem sido ativa no trabalho em prol dos animais. A parlamentar, suplente do então vereador Wanderson Florêncio (PSC), que conquistou uma vaga na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), já apresentou e executou três programas de campanha sendo eles o “Encontro do Mandato Coletivo”, “Programa Castração É O Bicho” e “Programa Ração É o Bicho”.

De acordo com Gorretti, que há mais de 10 anos luta pela causa animal, os projetos têm como objetivo “ajudar os protetores independentes e ONGs e abrigos de animais da capital pernambucana, bem como trazer as pessoas para o seu gabinete a fim de ouvir sugestões para a criação de políticas públicas”. 

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A vereadora já se encontrou com o prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), para tratar sobre os programas e outros assuntos relativos ao tema. A vereadora expôs ao pessebista a importância de ser criado um Fundo Municipal de Proteção Animal com repasse de verbas provenientes de crimes ambientais, também, para proteção animal e ONGs do Recife, bem como a compra de um castramóveis para a cidade. 

Aproveitando esse gancho, a Câmara Municipal do Recife vai presidir um encontro com os protetores da causa animal, nesta quarta-feira (13), a partir das 10h, no Plenarinho da Câmara Municipal. 

O que favorece um político conseguir conquistar diversos mandatos ao longo de décadas? Poder, atuação, sorte? À parte os motivos, o fato é que passam os anos e alguns políticos pernambucanos têm conseguido construir uma verdadeira carreira pública. Na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), apesar de ter sido atingido um patamar razoável com a renovação de quase 50% do seu quadro, algumas figuras ali continuam. 

Eleito para o oitavo mandato como deputado estadual, Romário Dias (PDT) é um dos grandes destaques. Na eleição do ano passado, ele conquistou mais um mandato na Casa de Joaquim Nabuco garantindo que tem disposição de sobra para trabalhar ainda com mais afinco nos próximos quatro anos. Quando terminar mais esta legislação, Romário terá longos 32 anos de atuação na Casa. 

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Não muito atrás, Antônio Moraes (PP), foi reeleito para o seu sexto mandato. Serão, ao menos, 24 anos de trabalho na Alepe, até 2022. Moraes presidiu diversas comissões, bem como chegou a ser líder do PSDB e também assumiu a liderança da bancada de Oposição da Alepe.

Vitoriosa na eleição, a deputada Teresa Leitão (PT), entre uma defesa e outra ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, também vai ficando na política. A petista está no seu quinto mandato consecutivo. Em entrevista recente concedida ao LeiaJá, ela se mostrou empolgada em atuar cada vez mais “em defesa dos pernambucanos”. 

Outros nomes conhecidos como o do pastor Cleiton Collins (PP), Clodoaldo Magalhães (PSB) e Isaltino Nascimento (PSB) também parecem seguir o mesmo caminho: Colins, cujo nome de batismo é Cleiton Gonçalves da Silva, está no quarto mandato sendo na última eleição o segundo mais votado, apenas ficando atrás para a vitória histórica da delegada Gleide Ângelo (PSB). Clodoaldo, natural de Palmares, na Mata Sul pernambucana, também está no seu quarto mandato, bem como Isaltino. 

Sobre mandatos longos, não se pode deixar de citar Henrique Queiroz (PR): ele teve 10 mandatos consecutivos na assembleia. No último pleito, ele disputou o cargo de deputado federal, mas ficou na suplência. No entanto, o velho conhecido da política pernambucana ajudou a eleger o filho, Henrique Queiroz Filho (PR), para uma cadeira na assembleia. 

Já dos que regressam à Alepe, o nome de Manoel Ferreira (PSC) está em alta. O ex-parlamentar comemora o seu sétimo mandato. Na eleição do ano passado, a ideia foi dele manter a cadeira do clã Ferreira na Casa já que seu filho André Ferreira, que era deputado estadual, tentou uma vaga na Câmara dos Deputados, onde conseguiu êxito. 

Entre os que não conseguiram se reeleger estão os deputados Marcantônio Dourado (PSB), que estava no seu oitavo mandato e Augusto César com mais de cinco passagens pela Casa. 

A deputada estadual Teresa Leitão (PT) tomou posse para o quinto mandato na Assembleia Legislativa de Pernambuco. Em entrevista ao LeiaJá, a petista comemorou a vitória em mais uma eleição, mas lamentou o fato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva continuar preso. “Se a lei fosse cumprida no Brasil, Lula não estaria preso”, declarou.

“Eu acho que depois da última posição que o judiciário juntamente com a polícia federal tomou em relação aos direitos legais e até humanitários de Lula, a gente pode esperar tudo. A Justiça do país está falida e a polícia virou um partido político”, criticou em referência ao ex-presidente ter sido impedido de ir ao velório do irmão. 

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Teresa afirmou que continuará defendendo Lula e aproveitou para dedicar o novo mandato “ao eterno presidente do Brasil”. “É o quinto mandato em uma conjuntura muito difícil. Felizmente a bancada do PT cresceu porque a gente tem uma tarefa muito grande. O exercício parlamentar, nas tarefas legislativas, mas também a tarefa política que é a principal nessa quadra que o Brasil está atravessando, que é a luta pela democracia”, salientou. 

A parlamentar foi eleita como 3ª secretária da Mesa Diretora da Alepe com 47 votos. Segundo ela, “os compromissos com as bandeiras populares estão mantidos, mas a experiência traz novas responsabilidades”.

Nesta sexta-feira, 1° de fevereiro de 2019, o deputado federal eleito mais votado da história de Pernambuco, João Campos (PSB), vai ser oficialmente empossado em solenidade disputada na Câmara dos Deputados, em Brasília, junto aos demais vitoriosos. A promessa do PSB e já cotado para disputar a vaga de prefeito do Recife em 2020, o filho do ex-governador Eduardo Campos se mostra entusiasmado. Por meio de vídeo, em entrevista concedida ao LeiaJá, na véspera da posse, João afirmou que está pronto: “Nós vamos fazer um grande mandato”. 

Apesar do peso de pertencer à família Arraes/Campos, João falou que foi o depositário da confiança de uma história carregada pelo bisavô Miguel Arraes e pelo seu pai, mas acredita que não conquistou o mandato apenas por ser o filho de Eduardo. Ele disse que recebeu um voto de esperança em um futuro melhor. “Não é só por ser filho de Eduardo. Essa mistura de sentimentos contribui para uma grande votação", enfatizou.  

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Na entrevista, o parlamentar eleito com mais de 460 mil votos, afirmou que passou 189 dias seguidos visitando todas as regiões de Pernambuco durante a campanha eleitoral, mas confessou que não imaginava alcançar uma votação tão expressiva. “Não imaginava que viria uma votação tão grande. Cabe a gente fazer um grande mandato para honrar com a expectativa e confiança de quase meio milhão de pernambucanos”.

“Quero deixar uma mensagem para todos os pernambucanos, especialmente aos que confiaram na nossa história votando na gente, que vocês fiquem seguros que nós vamos dar o melhor, o melhor do nosso empenho para fazer um grande mandato. Então, vamos juntos, que nós vamos fazer um grande mandato”, garantiu.  

O filho de Eduardo ainda falou que o momento é desafiador, mas que a vontade de vencer é maior. “A nossa vontade de superar os desafios é muito maior do que qualquer barreira que possa surgir na nossa frente. Peço para vocês que nos acompanhem aqui em Brasília, através das redes sociais e dos meios de comunicação, para que vejam o nosso trabalho diário para poder honrar tudo aquilo que a gente conseguiu fazer de compromisso ao longo da campanha”. 

Na manhã desta quinta, Campos fez uma homenagem ao pai publicando nas redes sociais uma foto ao lado de Eduardo, que remete há 20 anos. No dia, contou o pessebista, que eles estavam indo em direção ao trabalho do pai. “Antes de sair de casa, ele fez questão de colocar o broche de deputado federal em mim. Aqui estou, 20 anos depois, em Brasília, na véspera de tomar posse como deputado federal”, relembrou.

Na publicação, João ressaltou que amanhã vai colocar novamente o broche, desta vez sabendo da “imensa” responsabilidade que carrega. “O meu pai estará sempre nas melhores lembranças, no meu coração. E eu sei que ele vai estar lá de cima olhando por mim e me guiando”, complementou na legenda. 

Aos 24 anos, durante a campanha, o deputado eleito se apresentou para a disputa como o "filho da esperança" e foi considerada a maior aposta da legenda pessebista. A história conta que Eduardo já tinha vontade de que João fosse candidato já na eleição de 2014, mas que não seria ainda o momento. A ideia era concentrar todo o foco para que Eduardo se tornasse presidente do Brasil. 

João é um dos cinco filhos de Eduardo e Renata. Ele é formado em engenharia civil pela Universidade Federal de Pernambuco e assumiu, em fevereiro de 2016, a chefia do gabinete do governador Paulo Câmara (PSB). 

Após uma vasta trajetória política, o deputado federal Silvio Costa (Avante) pode deixar de disputar mandatos definitivamente. Derrotado na disputa ao Senado Federal, em 2018, durante sabatina no programa Roda Viva, na noite dessa segunda (29), o parlamentar disse acreditar que poderia ter sido vitorioso caso o então candidato a governador Armando Monteiro Neto (PTB) o estive escolhido na chapa Pernambuco Vai Mudar. “Na construção, eu acho que o senador Armando, quando colocou dois ministros de Temer, cometeu um equívoco”, alfinetou. 

Durante entrevista exclusiva ao LeiaJá, após o programa, o senador voltou a falar sobre os planos futuros e a possibilidade de deixar a política. “Eu não sei se, a partir do dia 31, eu estou construindo um hiato ou um ponto final, mas nos projetos que eu estou tentando estruturar, não faz parte desse projeto disputar mandato. Eu não sou candidato a vereador em 2020 nem a prefeito, então eu acho que eu dificilmente eu voltarei a disputar um mandato. Já fui vereador do Recife por três mandatos, já fui deputado estadual três mandatos, mas dificilmente eu vou voltar a disputar algum mandato”, asseverou.

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No entanto, Silvio falou que precisa esperar o tempo da política. “Ninguém mata político vivo e não pretendo morrer agora. Eu acho que eu preciso esperar o tempo da política e o tempo da política é um tempo que você não consegue medir. Você mede o tempo, você sabe que o dia tem 24 horas, mas a política é muito dinâmica. A política você não faz apenas com a tribuna, eu vou deixar de estar na tribuna da Câmara, mas a minha voz eu pretendo que ela continue de alguma forma tendo alguma ressonância na sociedade. Eu vou tentar continuar discutindo o país, discutindo Pernambuco, estruturando o partido e cuidando dos outros sonhos”. 

O parlamentar garantiu que não sente mágoa de ninguém, apesar de ter falado sobre o “equívoco” na escolha de Armando em compor uma chapa com os deputados federais Mendonça Filho (DEM) e Bruno Araújo (PSDB) para disputar o Senado Federal. 

“Em 2018, eu vi uma chapa em Pernambuco hiper incoerente. Com todo respeito a Jarbas, eu sou amigo pessoal de Jarbas, mas Jarbas e Humberto era uma chapa que não combinava. Eu acho que se fosse eu e Mendonça era menos esdrúxula essa chapa do que Jarbas e Humberto. Nessa chapa, eu teria alguma chance de ser eleito senador do Brasil, mas eu não posso sair da vida pública me lamentando cheio de mágoas, eu não tenho mágoas. Agora é evidente que na política você tem alguns sonhos que você tenta construir e no caminho existe alguns catabils”, reiterou. 

Na conversa, Silvio também falou que é “profundamente” agradecido pela confiança dos pernambucanos. “Política não é profissão, política é representação. Eu tive o privilégio de representar Pernambuco por três mandatos em Brasília, ser deputado estadual, representar o povo de Pernambuco e ser vereador”.

Durante o programa, o deputado chegou a criticar a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, afirma que ela precisa ter cuidado com as declarações que vem dando e a alfinetou por ter ido à posse de Maduro, presidente da Venezuela. Ele ainda alertou para o fato de que a esquerda precisa reaprender a dialogar. “Ou reaprende a conversar com o Brasil ou vai acabar. Porque o PSDB nunca chegou à Presidência da República? Porque o PSDB nunca aprendeu a conversar com o Nordeste. A esquerda brasileira ou parte dela, sobretudo o PT desaprendeu a conversar com o Brasil”, ressaltou. 

Ele também garantiu que não foi o responsável por eleger os dois filhos: Silvio Costa Filho (PRB) conquistou uma vaga na Câmara Federal e João Paulo Costa (Avante) também saiu vitorioso na disputa para ser deputado estadual. “Foi Silvio Costa Filho que ajudou João Paulo. Primeiro, quem elegeu ambos foi o povo de Pernambuco. Agora quem fez a articulação da campanha de João Paulo foi Silvio Costa Filho até porque fiquei tentando ver se me elegia senador, portanto Silvo Costa Filho teve uma participação fundamental. Então, não é justo dizer que elegi os meus filhos. Eu não sou Bolsonaro, é Bolsonaro que elege os filhos”. 

No programa, Silvio ainda falou que se Armando o tivesse escolhido teria conseguido votos de mais 69 cidades pernambucanas. “Não é possível que nessas 69 cidades eu não teria os 10% que teria me faltado. Eu não sou resolvedor de eleição não, mas se tivesse colocado armando Mendonça e Silvio Costa, eu acho que sexta-feira eu poderia estar assumindo o mandato de senador e acho que Armando podia ter sido governador. Eu não sou pedante, não sou resolvedor de eleição, mas se eu tivesse na chapa o apelido palanque do Temer não tinha pego”. 

Com a posse para o Senado marcada para o dia 1º de feverairo, Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) já sabe onde vai instalar o seu gabinete pelos próximos oito anos. Ele vai herdar a sala ocupada atualmente pelo presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-PB). A informação é do jornal Folha de São Paulo.

O filho do presidente Jair Bolsonaro vai despachar do 17º andar do anexo 1 do Congresso Nacional. onde fica a maioria dos gabinetes de senadores. De acordo com Eunício, que não conseguiu se reeleger, o pedido foi feito pelo primeiro suplente de Flávio, o empresário Paulo Marinho (PSL).

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"Quem me pediu foi o seu primeiro suplente, Paulo, logo após os resultados das eleições", disse o presidente do Senado à Folha. "Esta semana temos de retirar as coisas de lá", completou o emedebista, detalhando que Flávio só pode começar a usar o gabinete a partir de sexta.

Flávio toma posse na sexta-feira desgastado pelo caso do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). Relatório da instituição apontou apontou que o ele recebeu em sua conta bancária 48 depósitos, em dinheiro, em junho e julho de 2017, sempre no valor de R$ 2.000, totalizando R$ 96 mil. Além disso, há investigações envolvendo o ex-assessor do filho de Bolsonaro, Flávio Queiroz.

Em carta direcionada à Executiva do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), que será lida neste sábado (26), durante reunião da legenda, o deputado federal Jean Wyllys (Psol) disse ter consciência do legado que deixou ao país, mas que com “profundo pesar” não tomaria posse para o cargo no qual foi reeleito porque chegou ao seu limite. 

“Tenho consciência do legado que estou deixando ao partido e ao Brasil, especialmente no que diz respeito às chamadas “pautas identitárias” (na verdade, as reivindicações de minorias sociais, sexuais e étnicas por cidadania plena e estima social) e de vanguarda, que estão contidas nos projetos que apresentei e nas bandeiras que defendo. Conto com vocês para darem continuidade a essa luta no Parlamento”, ressaltou. 

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O deputado também falou que sua vida estava “pela metade” por conta das difamações e ameaças de morte que, segundo ele, foram intensificadas nos últimos três anos. 

No texto, entre outros pontos, o psolista expôs que não podia fazer coisas simples e que, praticamente, só saia de casa para cumprir agendas de trabalho. Ele disse que se sentia “constrangido” por ter que ir escoltado pela polícia a festas e praias, por exemplo. “Aos amigos, costumava dizer que estava em cárcere privado ou prisão domiciliar sem ter cometido nenhum crime”. 

“Esta semana, em que tive convicção de que não poderia – para minha saúde física e emocional e de minha família – continuar a viver de maneira precária e pela metade, foi a semana em que notícias começaram a desnudar o planejamento cruel e inaceitável da brutal execução de nossa companheira e minha amiga Marielle Franco. Vejam, companheiras e companheiros, estamos falando de sicários que vivem no Rio de Janeiro, estado onde moro, que assassinaram uma companheira de lutas, e que mantém ligações estreitas com pessoas que se opõem publicamente às minhas bandeiras e até mesmo à própria existência de pessoas LGBT”, acrescentou.

O parlamentar ainda ressaltou que “o Brasil nunca foi terra segura para LGBTs nem para os defensores de direitos humanos, e agora o cenário piorou muito. Quero reencontrar a tranquilidade que está numa vida sem as palavras medo, risco, ameaça, calúnias, insultos, insegurança. Redescobri essa vida no recesso parlamentar, fora do país. E estou certo de preciso disso por mais tempo, para continuar vivo e me fortalecer”.

Faltando menos de uma semana para a posse dos deputados federais, há quem aposte que o deputado federal Jean Wyllys (Psol) volte atrás da decisão de não assumir o mandato e ir embora do país. Um dos que acreditam que tudo não passa de uma “ação midiática” é o também deputado federal Marco Feliciano (Podemos). Por meio de um vídeo, o pastor disse acreditar que o ex-BBB vai fazer uma espécie do “Dia do Fico”, em referência à declaração de D.Pedro em 1822.  

Sem minimizar nas críticas, o parlamentar falou que Jean tem um “prestígio desgastado” pela escassez de votos e por causa das bandeiras da esquerda que, segundo ele, estão falidas. "A sua covardia foi mais forte do que seu antigo vislumbre quando era BBB, mas nem preciso ser profeta para preconizar que tudo isso pode não passar de uma ação midiática de quem se encontra em uma insignificância dolorosa que brevemente virá novamente a público num deslumbrante Dia do Fico, na maior cara de pau, como se fosse importante a sua desistência, de renunciar à política a não ser para os seus parceiros esquerdistas que vive a defender o indefensável com o seu maior guru que esta atrás das grades". 

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Feliciano recordou que o deputado Tiririca também falou que deixaria o mandato, mas voltou atrás. “Ele [Jean] não é o primeiro a mentir sobre deixar o mandato ou não ser mais candidato. Você lembra de outro? Tem outro famoso que disse que não seria candidato e foi eleito. Caso seja verdade, que eu não acredito, deve ser porque viu a diferença dos mandatos passados onde poucos o enfrentavam como eu e o deputado Jair Bolsonaro. Nós éramos apenas alguns que não tínhamos medo dos seus extremismos e cuspadas, mas agora a verdadeira tropa de choque vem chegando dia 1° de fevereiro prontos para rebater as suas ofensas e as suas políticas destemperadas”. 

Feliciano, que acusou o psolista de ser um deputado pirotécnico e midiático, falou que as ameaças que Jean diz receber devem vir de suas mídias sociais porque até agora ele não apresentou “nenhuma prova contumaz”. O pastor ainda contou que sofreu muito mais do que quando o psolista o jogou contra a comunidade LGBT, sua família e igrejas, mas que mesmo assim nunca pensou em abandonar a sua bandeira e muito menos o Brasil. 

“Abandonar o Brasil, abandonar a pátria, abandonar a luta pela suas bandeiras, Jean, sinceramente, eu esperava mais de você. Podemos divergir em quase tudo, mas eu tinha respeito por você porque você lutava pelo que acreditava, mas abandonar tudo. Abandonar os seus eleitores, mesmo que tenha sido poucos, fugir para outro país? Ainda que eu mesmo brincando lhe cobrei isso tempo atrás, mas por pura ironia, é de uma covardia, Jean, sem tamanho”, acrescentou. 

No final, Marco Feliciano pediu a Deus, caso não mude de ideia e saia do Brasil, que Jean vá para um país que admira como Cuba e a Venezuela. “Quem sabe lá você aprenda de fato o que é a verdadeira democracia”, finalizou. 

Diversas pessoas, como o pastor Silas Malafaia, chamaram o deputado federal Jean Wyllys (Psol) de “frouxo e covarde”, após a decisão do ex-BBB em não assumir o terceiro mandato e sair do país. Porém o nível das ameaças direcionadas ao parlamentar choca pela barbaridade. O jornal O Globo teve acesso a algumas mensagens encaminhadas ao deputado e divulgou na tarde desta sexta-feira (25). 

De acordo com a matéria, um dos e-mails encaminhados ao parlamentar citava o endereço, placas de veículos e nomes de seus familiares. Em uma das mensagens, enviada em março de 2017, anônimos ameaçaram estuprar e matar a mãe do psolista. “Vamos sequestrar a sua mãe, estuprá-la, e vamos desmembrá-la em vários pedaços que vamos te enviar pelo Correio pelos próximos meses. Matar você seria um presente, pois aliviaria a sua existência tão medíocre. Por isso vamos pegar sua mãe, aí você vai sofrer”, dizia. 

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Em outro e-mail, enviado em dezembro de 2016, mais um aviso: "Você pode ser protegido, mas a sua família não. Já pensou em ver seus familiares estuprados e sem cabeça?”. 

Ainda segundo a reportagem, logo após que Jean anunciou a desistência, nessa quinta-feira (24), um outro correio eletrônico foi enviado para os assessores do parlamentar afirmando que a “dívida” está paga. “Não vamos mais atrás de você e sua família, como prometido. Mesmo após quase dois anos, estamos aqui atrás de você e a polícia não pôde fazer para nos parar".

Jean também teria recebido um email ressaltando que tomasse cuidado “porque seria o próximo”, em referência à morte da vereadora assassinada Marielle Franco. O parlamentar andava escoltado desde março do ano passado. 

Há cerca de três meses, o deputado federal reeleito Jean Wyllys (Psol) publicou uma nota afirmando que nunca pensou em sair do país. Na ocasião, o psolista chegou a dizer que continuaria no Brasil “chateando os imbecis”. No entanto, o ex-BBB voltou atrás. Em entrevista concedida à Folha de S. Paulo, divulgada nesta quinta-feira (24), Jean avisou que vai abrir mão do mandato. 

Entre os argumentos para desistir do mandato, o psolista falou sobre as ameaças de morte. “Que vêm desses grupos de sicários, de assassinos de aluguel ligados a milícias, havia uma outra possibilidade: o atentado praticado por pessoas fanáticas religiosas, que acreditavam na difamação sistemática que foi feita contra mim”, expôs. 

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Jean também garantiu que não foi a vitória do presidente Jair Bolsonaro (PSL), um dos seus maiores rivais, que contribuiu para não assumir mais um mandato. “Não foi a eleição dele em si. Foi o nível de violência que aumentou após a eleição dele. Para se ter uma ideia, um travesti teve o coração arrancado agora há pouco. E o cara [o assassino] botou uma imagem de uma santa no lugar”. 

O deputado, no entanto, não revelou para onde vai, mas que decidiu “recompor sua vida”, além de estudar e fazer um doutorado. “Eu acho que vou até dizer que vou para Cuba”, ironizou. 

 Entre outros pontos, Jean Wylls falou que não tem nenhuma expectativa positiva em relação ao governo Bolsonaro. Ainda falou que a política econômica “não desenha um bom horizonte”. “Acho que a saída para as esquerdas é a união. Mas, sinceramente, eu não quero mais opinar sobre isso porque estou abrindo mão do mandato justamente para não ter mais que opinar neste momento sobre essa questão. Quero cuidar de mim e me manter vivo”, finalizou. 

Na eleição presidencial de 2018, o então candidato Jair Bolsonaro (PSL) derrotou o Fernando Haddad (PT) em um pleito acirrado que entrou para a história do Brasil. Na época, um fato foi bastante repercutido logo após o resultado: o Nordeste foi a única região na qual o militar perdeu e onde o Partido dos Trabalhadores elegeu quatro governadores. Entre os nordestinos, Haddad teve 69,7% dos votos válidos, contra apenas 30,3% de Bolsonaro. 

Na posse de Bolsonaro, no último dia 1° de janeiro, consolidado como reduto petista na última disputa, o Nordeste não teve nenhum representante na cerimônia de transmissão de cargo: todos os nove governadores eleitos na região programaram as respectivas solenidades no período da tarde, no horário que batia com a da posse presidencial. 

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Todo esse panorama ainda pouco consolidado abriu uma série de questionamentos: Bolsonaro vai atender as demandas do Nordeste? Irá se aproximar dos governantes da região? O presidente concluirá, por fim, as importantes obras inacabadas nos governos anteriores como a Transposição do Rio São Francisco? 

Em entrevista concedida ao LeiaJá, o senador Magno Malta (PR) chegou a afirmar que Bolsonaro ama o Nordeste e que fará muito pelos nordestinos. Malta ainda falou que a tecnologia de Israel que, segundo ele, é capaz de “tirar água de pedra”, seria trazida. “Os irmãos nordestinos terão com Bolsonaro o melhor presidente da sua história”, chegou a dizer com muito entusiasmo. 

Para o cientista político Rodolfo Costa Pinto, o problema envolvendo o governo Bolsonaro e quais serão suas prioridades vão muito além dessas questões pontuais. Uma das primeiras coisas que deve ser destacado é que o militar foi eleito em um momento de transição política no Brasil. “Onde o “velho” já morreu, mas o “novo” ainda não criou forma. Ou seja, é um governo sem um planejamento claro, composto por ao menos quatro grupos que divergem e convergem a depender da pauta em questão. Essas partes são: militares, economistas [liberais], justiça e o grupo evangélico”, observou. 

“Cada um desses grupos tem suas prioridades e suas lideranças. Nenhum é capaz de dominar claramente os outros, então precisam estar constantemente avaliando o cenário, decifrando a vontade do presidente e construindo alianças com os outros grupos. Há ainda um outro grupo influente no atual governo federal, esse ainda mais difícil de ser compreendido e analisado, que é a família do presidente. Essas partes precisam ser levadas em consideração para tentarmos avaliar as medidas de Bolsonaro em relação a Pernambuco e ao Nordeste”, explicou. 

Rodolfo Pinto destacou que é a primeira vez, na formação de um ministério, que se exclui pessoas de origem do Norte ou Nordeste. “É algo que importa mais em termos de imagem do que em termos de políticas de governo. Mas ainda assim, fará falta nas reuniões do primeiro escalão alguém capaz de defender seriamente o ponto de vista do Nordeste e de Pernambuco”. 

De acordo com o cientista, não é fácil navegar em um cenário polarizado como o atual. Ele acredita que a certa “desorganização” do grupo que atualmente ocupa o Planalto pode abrir oportunidades para que o governador Paulo Câmara (PSB), junto com os representantes de Pernambuco no Congresso, traga investimentos para o Estado. 

“É um momento desafiador e Pernambuco precisará de toda ajuda com que puder contar. Deputados pernambucanos mais próximos do provável presidente da Câmara, Rodrigo Maia, tendem a ganhar espaço devido a sua capacidade de articulação política. O deputado Luciano Bivar também deve ser favorecido devido a seu papel de presidente do PSL, segundo maior partido em número de representantes e partido do presidente Jair Bolsonaro, isso numa perspectiva mais pragmática, pensando no Estado”, avaliou Pinto. 

Paulo Câmara, por sua vez, vem mudando o tom ao falar sobre o militar. O pessebista tenta um encontro com o presidente ainda em janeiro para discutir os projetos necessários. Já antecipou que a discussão será com “espírito público e serenidade”. A esperada reunião deve acontecer após mais uma cirurgia que o ex-deputado vai enfrentar, desta vez para a retirada da bolsa de colostomia. 

Rodolfo ainda ressaltou que o governo Bolsonaro possui uma série de outras implicações políticas que não são fáceis de prever. “Por exemplo, a influência da retórica do presidente em como as principais figuras locais vão se posicionar para disputar a prefeitura do Recife. Quem vai ser o candidato, ou candidata, aqui em Recife a vestir a camisa de Bolsonaro? Quem vai ser contra? São muitas questões pra surgir ainda”. 

Em meio a tantas perguntas, uma esperança. Nesta semana, a Política Nacional de Recursos Hídricos (PNRH), que está sendo elaborado pelo governo Bolsonaro, divulgou que das 114 obras estruturantes para ampliar o abastecimento de água no País, 66 estão alocadas no Nordeste, área que mais sofre com a seca. 

O especialista ainda disse acreditar que, caso seja aprovada, a reforma da previdência pode desafogar verbas para a conclusão das obras, mas é preciso esperar para ver essa realidade se concretizar. “A Transposição e a Transnordestina são os principais projetos do governo federal na região nordeste e ambos estão praticamente parados. O maior problema é a falta de recursos no orçamento para dar continuidade aos investimentos”. 

A privatização dos aeroportos também é uma pauta que pode afetar positivamente a economia local, consolidando o aeroporto do Recife como um dos principais pontos de parada da malha aérea brasileira. “De maneira mais ampla, a desregulamentação da economia e incentivos a PPPs também podem atrair investimentos importantes para Pernambuco, mas a elaboração e execução desses contratos precisará ser muito bem fiscalizada para assegurar que a sociedade como um todo se beneficie dos projetos”, finalizou. 

Mesmo após mais de três meses, o resultado eleitoral que levou o governador Paulo Câmara (PSB) à reeileição ainda divide opiniões. De fato, os pernambucanos ficaram divididos: o pessebista teve 50, 7% dos votos válidos, derrotando o então rival Armando Monteiro Neto (PTB). Passada a acirrada disputa, uma pergunta não quer calar: como será o seu segundo mandato? As promessas de campanha serão cumpridas? Que perfil deverá ser seguido?

A depender do governador, os “avanços” continuarão. No discurso de posse realizado no último dia 1° de janeiro, em cerimônia que aconteceu na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), Paulo chegou a dizer que tinha “orgulho” em afirmar que Pernambuco não parou de avançar, apesar da “crise tremenda” que o Brasil enfrentou. Ele ainda ressaltou, na ocasião, que o seu projeto político foi aprovado e manifestado democraticamente pela maioria dos pernambucanos, nas doze regiões do Estado. 

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No entanto, apesar da confiança do governador, o panorama geral não é de tanta segurança. Na avaliação do cientista político Vitor Diniz, o segundo mandato será mais desafiador do que o primeiro porque os pernambucanos foram atingidos em cheio pela crise econômica e, agora, irão cobrar do governo estadual “um novo ciclo” de desenvolvimento com a volta de emprego e investimentos. 

“No segundo mandato, o governador Paulo Câmara deve fortalecer sua base de sustentação para poder aprovar medidas necessárias, que muitas vezes não contam com forte apoio popular. A situação financeira dos Estados é gravíssima e os próximos anos ainda serão desafiadores. Será preciso muita gestão e disciplina fiscal para vencer os desafios”, ressaltou Diniz. 

O termo “crise” foi bastante utilizado pelo governador durante o primeiro mandato ora ao justificar o não andamento de algumas obras, ora para ressaltar que sua gestão conseguiu realizar alguns feitos “apesar da crise”. Câmara chegou a culpar o então governo Temer (MDB) pelo atraso em obras que, segundo ele, dependia da verba federal como os recursos necessários para obras de barragens de contenção de enchentes na Zona da Mata Sul. 

Outro fator também deve ser determinante para o desenvolvimento do Estado: a relação que deve ser construída entre o governador e o presidente Jair Bolsonaro (PSL). Apesar do socialista, em primeiro momento, ressaltar que Pernambuco não iria admitir nenhuma submissão nem mesmo aos poderes mais altos da República, posteriormente o socialista depois diminuiu o tom ao tocar no assunto. 

Recentemente, Câmara avisou que aguarda um encontro com o militar com o objetivo maior de mostrar os projetos necessários ao Estado como, por exemplo, terminar obras como a Adutora do Agreste e de começar outras. Segundo ele, toda a conversa será feita com “espírito público, pé no chão e serenidade”. 

Para Vitor Diniz, a relação do governo estadual com o presidente Bolsonaro tem que ser pragmática. “A União ainda detém certo poder de investimento, necessário para garantir a execução e finalização de importantes obras no estado”, alertou. 

O governador também deve ser peça-chave para uma decisão que não está tão distante assim: a escolha de algum correligionário para disputar a prefeitura do Recife em 2020. Um dos nomes especulados para participar do pleito é o do deputado federal eleito João Campos (PSB), que teve uma votação histórica em Pernambuco alcançado mais de 400 mil votos.

Assim como foi apadrinhado por Eduardo Campos, em 2014, quando seu nome ainda não era conhecido pelos pernambucanos, Paulo Câmara também deverá liderar a escolha do nome que deve sucedê-lo em 2023. “Como uma das principais lideranças do PSB, o governador será fundamental na escolha das duas candidaturas, no entanto sua força na escolha vai depender do sucesso do seu segundo mandato”, ressaltou o cientista. 

Em meio às incertezas sobre o segundo mandato, uma coisa é certa. A postura do governador deve continuar sendo a mesma: de otimismo e de comemoração quanto aos resultados obtidos. Nessa terça (15), ele chegou a afirmar que Pernambuco estava no “caminho certo” em relação a um tema que muito preocupa os brasileiros: a violência urbana. 

De acordo com dados divulgados, o Estado alcançou uma diminuição de 23,2% no número de homicídios, em relação a 2017, representando a maior redução nos registros de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs) desde a criação do Programa Pacto Pela Vida, em 2007. “Muita coisa tem que ser feita, ainda há muito que melhorar, mas estamos em um caminho positivo e é nesse caminho que vamos seguir, com reduções de mês em mês”, disse em um discurso já costumeiro. 

Já nesta quinta (16), o governador se reuniu com os três senadores pernambucanos, Jarbas (MDB), Humberto (PT) e Fernando Bezerra Coelho (MDB) para debater a continuidade de projetos e ações prioritárias para o desenvolvimento social e econômico do Estado. Câmara disse que, em conjunto, é possível fazer com que as ações andem de forma mais célere no âmbito do Governo Federal.     

Quando o então governador Eduardo Campos (PSB), no início de 2014, anunciou o nome do seu secretário estadual da Fazenda, Paulo Câmara (PSB), como candidato à sua sucessão, os comentários foram muitos. A especulação é de que houve ciumeira entre aliados de Eduardo, que sonhavam em disputar a vaga, além de muitas indagações sobre a escolha de Câmara para concorrer ao cargo na eleição que aconteceria no final daquele ano, já que ele não era conhecido entre o eleitorado pernambucano. O fato é que estava decidido e o resultado foi o esperado: Paulo Câmara venceu a eleição com 68,08% dos votos válidos contra o senador Armando Monteiro (PTB), que obteve 31,07%. 

Poucos meses depois, já com as articulações mais consolidadas, a morte inesperada de Eduardo Campos em um acidente aéreo, em agosto, deixou muitas indagações no ar sendo a principal: como seria a campanha de Paulo Câmara sem o padrinho político? Mesmo sem Eduardo, Paulo seguiu unindo forças com correligionários e, por vezes, com o apoio da família Campos. E seguiu como pôde. Na época da campanha, em muitos momentos, Paulo chegou a afirmar ter sido o secretário que aumentou a capacidade de investimento do governo “transformando gasto ruim em receita boa”. Logo após a vitória, ele ressaltou que a responsabilidade era muito grande para comandar os destinos de Pernambuco, mas garantiu: “estamos preparados e confiantes para continuar um trabalho que foi iniciado por Eduardo Campos”. 

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Passado quatro anos da entusiasta declaração, queiram ou não queiram os opositores e descontentes com o governo de Câmara, o pessebista voltou a comemorar mais uma conquista: a reeleição, embora em um cenário bem mais adverso. Em outubro de 2018, ele venceu com 50,70% dos votos, um percentual bem abaixo da primeira disputa, derrotando novamente Armando Monteiro, que acreditava na possibilidade de sair bem-sucedido por não haver mais a presença de Eduardo. 

O governo Paulo Câmara, que foi reprovado por 74% dos pernambucanos, segundo um levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisas UNINASSAU, continua a dividir opiniões. Uma das áreas mais cobradas e criticadas é referente a segurança pública no Estado, no entanto o governador garante que os índices de violência vem diminuindo e ressaltou, por inúmeras vezes, que destinou a maior verba da história de Pernambuco para o enfrentamento da violência: R$ 290,9 milhões. 

Outro questionamento que vem sendo feito é sobre a sua capacidade de “liderança”. Paulo também se defende. Ele já afirmou, durante a campanha, que liderança não se faz aos gritos e até mesmo disse que “Pernambuco mostra ao Brasil como se faz gestão”. Em muitas ocasiões, culpou a crise no sentido de não poder ter feito mais.

A área da educação continua sendo uma das “vitrines” do governo Paulo Câmara. No Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) 2017, Pernambuco alcançou  nota 4,0 enquanto a média do ensino no Brasil ficou em 3,5. Mas, uma alerta merece atenção: o Estado ocupava o primeiro lugar do ranking e, neste último levantamento, apareceu em terceiro lugar atrás de Goiás e Espírito Santo. 

Mais outro ponto a favor do governador foi comemorado no final de 2018: Pernambuco foi considerado o Estado mais transparente do Brasil, de acordo com o levantamento realizado pelo Ministério da Transparência e Controladoria Geral da União (CGU). O estudo avaliou 691 entes, entre eles os estados, capitais e municípios com mais de 50 mil habitantes. Dados recentes do IBGE também apontam que Pernambuco tem a menor mortalidade infantil do Nordeste e a nona do Brasil. 

Entre os compromissos firmados na campanha eleitoral do primeiro mandato, Paulo Câmara prometeu dobrar o salário dos professores da rede estadual dentro de quatro anos, construir novos hospitais como o Geral de Cirurgias, no Grande Recife, além de universalizar as oportunidades nas escolas em tempo integral, entre outras. Se parte da promessa não foi cumprida, o governador parece estar disposto a começar o segundo mandato mais bem quisto nesse sentido: na última quinta-feira (27), ele anunciou a contratação de novos mil professores para compor o corpo docente da rede estadual de ensino. Os profissionais atuarão nas áreas de educação básica, especial e profissional nas escolas de todas as regiões do Estado. 

Polêmicas

Pouco mais de um mês depois da vitória em busca da reeleição, o pessebista foi alvo de mais uma polêmica ao enviar para a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) um pacote de ajuste fiscal. No final de novembro, em votação polêmica, os deputados estaduais aprovaram o pacotão que, entre outras medidas, prevê a redução de 18% para 16% no ICMS do óleo diesel e o aumento de 2% no ICMS de vários produtos, entre eles, bebidas alcoólicas, refrigerantes, veículos novos com preço acima de R$ 50 mil e etanol. 

Também foi aprovado o projeto que cria o programa Nota Fiscal Solidária, que viabilizará o pagamento de um 13° de até R$ 150 para as famílias do Estado cadastradas no Bolsa Família. Essa proposta foi uma das que gerou discussões. Opositores do governo chegaram a acusar Paulo de fazer “estelionato eleitoral” ao prometer, durante a campanha, o pagamento a mais sem explicar, contudo, como ele seria feito. 

Apesar das críticas somadas, o governador continua tendo um ponto a favor: não é considerado um “político de carteirinha”. Ele é formado em Ciências Econômicas pela Universidade Federal de Pernambuco, é pós-graduado em Contabilidade e Controladoria Governamental, e fez mestrado em gestão pública. Além de comandar a pasta da Fazenda entre 2011 e 2014, foi secretário de Administração [2007-2010] e de Turismo [2010]. Paulo é auditor do Tribunal de Contas de Pernambuco. 

Na última sexta-feira de 2018, Paulo Câmara fez um discurso otimista no qual garantiu que vai trabalhar muito em 2019. “Trabalho não vai faltar, mas é sempre bom agradecer e também focar no futuro, pedir muita fé e determinação para a gente continuar a trabalhar para um futuro melhor”, declarou durante Missa de Ação de Graças, na Paróquia de Casa Forte. 

Ele ainda afirmou que, em 2018, fez “o dever de casa”. “Fizemos um dever de casa importante para que pudéssemos ter uma expectativa mais positiva nos próximos quatro anos, onde nós vamos focar muito na qualidade dos serviços”, salientou. 

A posse dos governadores e vice-governadores dos Estados para o mandato de 4 anos acontece sempre em 1° de janeiro do ano subsequente ao da eleição. A cerimônia de posse de Paulo Câmara acontecerá, a partir das 15h, desta terça-feira, na Alepe. O governador será recebido, juntamente com sua esposa Ana Luiz e as filhas Clara e Helena, pela guarda de honra formada por tropas da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros de Pernambuco. Também tomará posse a vice-governadora eleita Luciana Santos (PCdoB). 

A expectativa é que Paulo Câmara faça um discurso, como já vem afirmando, de que o governo fez muito pelo Estado, mas que ainda fará mais. Ele também deve demonstrar confiança no sentido de garantir que está pronto para governar o estado por mais quatro anos como o fez na convenção estadual da legenda, que aconteceu dois meses antes da eleição. 

 

 A partir do dia 1° de fevereiro de 2019, a 56ª Legislatura da Câmara dos Deputados será marcada por uma significativa renovação política. De acordo com o cálculo da Secretaria-Geral da Mesa (SGM), a Casa vai ter 243 novos deputados, o que representa 47,3% novos parlamentares. 

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Em Pernambuco, não diferente do cenário nacional, a eleição de 2018 também rendeu muitas novidades, surpresas, polêmicas e  críticas. O Estado elegeu 25 deputados federais no dia 7 de outubro de 2018. Desse número, catorze parlamentares foram reeleitos e 11 são novatos. O PSB conquistou a maior parte das cadeiras da bancada pernambucana sendo cinco eleitos. 

Embora já fosse esperada uma votação expressiva, João Campos (PSB), filho do ex-governador Eduardo Campos, mostrou uma força nunca antes vista nem mesmo por políticos conhecidos em Pernambuco: o pessebista conquistou 460.387 mil votos, se tornando o deputado federal mais votado da história de Pernambuco. A família Arraes ganha ainda mais robustez pela vitória de Marília Arraes (PT), prima de segundo grau de João. A petista teve a segunda maior votação: 193.108 votos. 

Entre os nomes polêmicos que saíram vitoriosos na disputa por uma vaga na Câmara está o do ex-prefeito de Olinda por dois mandatos, Renildo Calheiros (PCdoB), que teve 57.919 mil votos. O ex-gestor estava um pouco mais isolado da política desde 2016 quando tentou repassar o comando da cidade para a correligionária Luciana Santos (PCdoB), que também já foi prefeita de Olinda, mas não obteve sucesso. Durante a campanha, Renildo afirmou que tinha uma “trajetória de conquistas” e chegou a frisar que tinha um “orgulho imenso” de ver o município colhendo os frutos dos seus dois governos.

Outra novidade do pleito foi a eleição do advogado Túlio Gadêlha (PDT). Apesar do militante ser filiado à legenda há mais de 10 anos, o seu nome só ganhou notoriedade nacional após assumir o namoro com a apresentadora Fátima Bernardes. Há quem associe a vitória de Túlio pela fama repentina após iniciado o romance. No entanto, em entrevista concedida ao LeiaJá, ele garantiu que há 11 anos estava à disposição do partido para disputar uma candidatura assim como os demais filiados. 

O jornalista Fernando Rodolfo também foi uma das surpresas na disputa. Ele foi eleito com mais de 50 mil votos. O jornalista garanhuense, que era âncora da TV Jornal Caruaru, ficou conhecido após a polêmica de que teria sido demitido por ter feito comentários contra o Governo do Estado. Segundo o noticiado, ele teria sido alertado para minimizar nas críticas, mas não acatou. Rodolfo foi o último a conquistar uma cadeira na Câmara. 

Outro nome que volta ao Congresso é o ex-presidente do Sport, Luciano Bivar, que era suplente do deputado federal Kaio Maniçoba (MDB). Ele voltou à Câmara em julho de 2017, após Maniçoba ter sido nomeado para a Secretaria de Habitação de Pernambuco pelo governador Paulo Câmara. Bivar deixou o cargo em abril deste ano quando o emedebista retornou ao cargo. O deputado federal eleito é um dos fundadores do Partido Social Liberal (PSL) e grande entusiasta do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL). 

Com mais de 72 mil votos, o presidente da Central Única dos Trabalhadores de Pernambuco (CUT-PE), Carlos Veras, também conseguiu ser eleito de forma histórica: ele está sendo considerado o primeiro agricultor familiar eleito para o cargo. Veras foi “puxado” pela alta votação de Marília Arraes. O dirigente e ferrenho defensor do ex-presidente Lula falou que a sua eleição demonstra que é possível quebrar paradigmas. “Mostramos que um trabalhador comum pode, sim, ser vereador, deputado, prefeito ou presidente da República como foi Lula”, falou na comemoração. 

A bancada pernambucana vai contar com mais dois parlamentares evangélicos: os deputados estaduais André Ferreira (PSC) e Bispo Ossesio (PRB) também alçaram vôos mais altos e vão para o Congresso. Respectivamente, cada um teve 175.845 e 65.939 votos. Ainda comemoram a eleição o deputado federal eleito Silvio Costa Filho (PRB), filho do candidato ao Senado Federal derrotado Silvio Costa (Avante) e o vice-governador de Pernambuco, Raul Henry (MDB). 

Ainda de acordo com a Secretaria-Geral da Mesa, desde o pleito de 1994, a porcentagem de renovação na Câmara ficou abaixo de 40%. A média de 1994 até 2014 foi de 37,5%. De forma geral, o PSL foi a legenda que mais ganhou novos deputados: 47. O PRB conseguiu a segunda colocação com 18 novos parlamentares seguidos pelo PSB. 

A partir do próximo dia 7 até o dia 15 de fevereiro, os deputados eleitos e reeleitos serão recepcionados na Câmara no chamado “Espaço do Servidor”, que são estandes especializados para atender os parlamentares, das 9h às 18h. No local, eles poderão receber informações diversas a respeito dos serviços essenciais como adesão ao plano de saúde, definição do regime de previdência, orientação sobre verbas e cotas, além de registro biométrico. Já no dia 1º de fevereiro, acontecerá a cerimônia de posse, no Plenário Ulysses Guimarães. 

O deputado estadual Cleiton Collins (PP) é conhecido por ter uma postura radical quando se trata de assuntos relacionados ao gênero, religião e aborto, por exemplo. Ele é dono de frases polêmicas como “quando um sujeito nasce homem, é homem” ou quando advertiu que “Jesus não é rainha, é rei dos reis” ao alfinetar a peça “O Evangelho Segundo Jesus, Rainha do Céu”. Mesmo em meio às críticas, o parlamentar conseguiu uma vitória expressiva garantindo à reeleição com mais de 100 mil votos sendo o segundo mais votado para o cargo. 

Em entrevista concedida ao LeiaJá, o pastor falou que a conquista da segunda colocação, apenas ficando atrás da deputada estadual eleita Gleide Ângelo (PSB), é fruto de um reconhecimento. “Nós conseguimos hoje fazer um impacto em média de cerca de mais de R$ 20 milhões de investimentos em emendas por meio da Assembleia. A vitória é o resultado do meu trabalho, que vem sendo feito ao longo dos anos, é também o reconhecimento do eleitorado”, declarou entusiasmado. 

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Apesar do entusiasmo, Cleiton Collins disse que está atento ao novo eleitorado brasileiro. Segundo o deputado, o povo está mais exigente. “O eleitor tem mudado muito o seu ponto de vista, então vai haver uma cobrança maior e uma expectativa bem maior em todas as áreas e poderes a partir de agora”. 

Ele ainda prometeu dar continuidade ao trabalho que vem realizando na área social. “Atualmente, existe uma parte muito carente no Estado, que é a questão da saúde. Nós vamos atuar muito nessa área”, ressaltou. 

Collins, em entrevista anterior, se mostrou bastante entusiasmado com o governo Bolsonaro. Ele chegou a dizer que “acreditava muito” no militar comandando o Brasil. “A minha opinião é que vai ser um governo bem equilibrado, eu acho que tem que buscar o total equilíbrio, respeito às pessoas, mas é um governo diferente, vai ser um governo que vai zelar mais a família e valorizar a família”, enalteceu.   

Para o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), os últimos quatro anos - tempo de seu primeiro mandato -, foram muito difíceis por conta da crise econômica e política que o Brasil vem enfrentando. “Essas crises afetaram a vida do povo e os governos tiveram que fazer muitos ajustes e se adaptar à nova realidade econômica e nós fizemos o dever de casa”, analisou, nesta sexta-feira (28), após participar da tradicional Missa de Ação de Graças, no bairro de Casa Forte, Zona Norte do Recife. 

O pessebista salienta que esse “dever de casa” foi importante para que o governo pudesse ter uma expectativa mais positiva nos próximos quatro anos, onde o Estado, segundo ele, irá “focar muito na qualidade dos serviços”, sabendo que “não dá para ter grandes obras, mas que dá para melhorar a vida do povo e é isso o que vamos fazer”.

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Preste a iniciar o segundo mandato, Paulo Câmara assumiu, em conversa com a imprensa, ter consciência de que muitas obras estão paradas no Estado, muitos empregos foram perdidos e os serviços públicos tiveram uma demanda e uma procura muito grande e colocou culpa disso na crise financeira que o país enfrenta; o que, segundo ele, travou muitas coisas não só em Pernambuco.

“O Brasil está passando por momentos muito difíceis e o que a gente tem que fazer é uma avaliação do que poderia ter avançado mais, e como fazer para que avance mais”, avalia o governador, que prometeu melhorar os serviços do Estado nos próximos anos de mandato.

Pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira (27) mostra queda na reprovação do presidente mais impopular desde o fim da ditadura militar, Michel Temer. Segundo o levantamento, que ouviu 2.077 pessoas em 130 cidades, entre os dias 18 e 19 de dezembro, 62% consideram o atual governo ruim ou péssimo, 29% o acham regular, e 7%, bom ou ótimo.

Apesar de os dados não serem animadores, outra pesquisa Datafolha, conduzida em junho deste ano, indicava que 82% dos brasileiros consideravam Temer ruim ou péssimo, a maior taxa de reprovação já registrada pelo instituto. Após essa marca, a rejeição ao presidente começou a diminuir, alcançando 62% em dezembro, menor índice desde abril de 2017.

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Depois das manifestações pedindo a renúncia do emedebista, a vitória do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) fez com que opositores do futuro governo criassem a hashtag #FicaTemer, que ainda está entre os assuntos mais comentados no Twitter.

Esses são os últimos dias de Temer no poder, e considerando 1989 até hoje, apenas Fernando Collor e Dilma Rousseff tiveram rejeição maior no fim de seus mandatos: 68% e 63%, respectivamente. Já sobre o índice de bom/ótimo, Temer tem a menor taxa em final de mandato em um período de 30 anos. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é o recordista, tendo encerrado sua gestão, em 2010, com 83% de aprovação.

Da Ansa

Um mandato focado na defesa da família e no respeito aos "valores tradicionais" será o foco da vereadora do Recife Aimée Carvalho (PSB) no ano 2019. Em entrevista concedida ao LeiaJá, a pessebista também destacou que muitas pautas do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) em prol dos brasileiros também serão discutidas a nível municipal.

“Meu mandato está focado, como sempre esteve até aqui, na defesa da família e no respeito e valorização dos valores tradicionais”, declarou a parlamentar que já chegou a dizer anteriormente que uma família é formada por "homem, mulher e seus filhos". 

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A parlamentar também falou que o trabalho deve ser em sintonia com o governo Bolsonaro. “Em 2019, certamente muitas das pautas trazidas pelo presidente Jair Bolsonaro estarão em pauta também em nível municipal. É um ano de importante para consolidar as escolhas do povo, que foi às urnas e renovou boa parte do Congresso Nacional”, destacou. 

Aimée Carvalho ainda ressaltou que está intensificando a sua participação no Conselho Municipal da Pessoa Idosa. “Sou a representante da Câmara neste conselho e, agora neste final de ano, tivemos uma importante agenda de encontros para definirmos alguns eventos, audiências públicas e projetos de lei buscando a defesa e valorização da pessoa idosa. Estas pautas serão apresentadas já no início do próximo ano”. 

A vereadora já chegou a dizer que a vitória de Bolsonaro é uma “quebra de paradigmas”. “Espero que o presidente Bolsonaro consiga viabilizar as suas propostas e fazer um governo alinhado com o desejo de mudança de cada brasileiro”, frisou. 

Passada a eleição em Pernambuco, o senador Armando Monteiro Neto (PTB) afirma que segue de cabeça erguida e com o sentimento de dever cumprido após ter perdido a disputa ao cargo de governador de Pernambuco no pleito deste ano. Em entrevista concedida ao LeiaJá, o petebista foi convicto ao deixar um recado à sociedade. “Não vou me afastar da vida pública. Nós vamos continuar ainda que sem mandato, circunstancialmente sem mandato”, garantiu. 

O senador falou que vai continuar integrado com o conjunto de lideranças do campo da oposição em Pernambuco porque, segundo ele, o estado precisa muito de uma oposição atuante e fiscalizadora. “Porque logo depois da eleição nós já assistimos uma série de fatos e ocorrências preocupantes como o desejo do governador de extinguir a delegacia que cuida do combate a corrupção de Pernambuco, fato que causou estranheza a toda a sociedade de Pernambuco e que claramente teve o propósito de cercear as investigações que estavam próximos de alcançar figuras desse sistema dominante, bem como esse pacotaço de aumento de impostos que ocorreu. Tudo isso indica que precisamos de oposição”. 

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“Nós vamos fiscalizar e exigir o cumprimento de muitas promessas que foram feitas no processo eleitoral e quando houver algum assunto de interesse de Pernambuco vamos também ter a capacidade de apoiar tudo que esteja de interesse do estado. Queremos estar integrados a esse conjunto de lideranças que hoje se situam no campo da oposição em Pernambuco e que eu tive a honra de contar com o apoio de todos esses atores como Mendonça, Bruno, Daniel Coelho, Priscila, Silvio costa filho e tantos outros companheiros que acreditaram nessa nossa causa”, ressaltou. 

Apesar da afirmação, Armando Monteiro não quis falar sobre os planos para 2019. “Por enquanto os meu óculos só estão vendo a curto prazo. Eu vou passar um período agora que vou cuidar das minhas atividades privadas no primeiro momento. É possível até que possa sair durante um período curto do país para fazer uma reciclagem, um período de certa reciclagem, mas ainda não estou me colocando em nenhuma perspectiva de disputa eleitoral. Isso não se enquadra nos meus planos agora, mas eu quero, volto a dizer, estar ao lado de toda essa forca de oposição para gente poder desempenhar esse papel que é tão importante na democracia e que, particularmente, é muito necessário em Pernambuco. Pernambuco precisa muito de uma oposição atuante”. 

O ex-candidato ao governo fez um agradecimento aos pernambucanos por tê-lo conduzido ao Senado da República. “É uma honra participar do Senado. É a chamada Casa Alta do parlamento, uma Casa que você tem a oportunidade de aprender inclusive com a convivência com vários senadores que tem quase todo um currículo, ex-governadores, ex-ministros de Estado, ex-presidente da República, portanto é uma casa onde a gente tem grande aprendizado”, contou. 

Nesta semana, o parlamentar recebeu a condecoração Ordem Nacional Barão de Mauá como reconhecimento pelo trabalho que desenvolvemos em favor do crescimento do país, estimulando os setores da indústria, o comércio exterior e os serviços. “A honraria me deixa muito feliz e com a certeza que estamos no caminho certo em favor do nosso país”, ressaltou por meio das redes sociais. 

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