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O presidente russo, Vladimir Putin, 68 anos, assinou nesta segunda-feira (5) a lei que permite que ele dispute dois novos mandatos de seis anos, o que abre o caminho para sua permanência no Kremlin até 2036.

A lei, publicada no Diário Oficial do governo russo, foi aprovada pelo Parlamento em março, após um referendo constitucional organizado no verão (hemisfério norte, inverno no Brasil) de 2020.

Putin, no comando do país desde 2000, deveria, em teoria, encerrar sua carreira ao final de seu atual mandato em 2024, já que a lei russa não permite que um presidente exerça mais de dois mandatos consecutivos.

Mas de acordo com o texto que promulgou hoje, "esta restrição não se aplica aos que ocupavam o cargo de chefe de Estado antes da entrada em vigor das alterações à Constituição", aprovadas por referendo em 2020.

Esta não é a primeira vez que Putin atinge o limite de dois mandatos. Em 2008, ele assumiu o cargo de primeiro-ministro e deixou o Kremlin para seu último chefe de governo, Dmitry Medvedev. Após esse interlúdio de quatro anos, ele foi reeleito presidente em 2012.

A revisão constitucional votada no verão de 2020 também introduz na Constituição princípios conservadores caros ao presidente - fé em Deus, casamento reservado a heterossexuais, educação patriótica - bem como imunidade vitalícia garantida aos presidentes russos.

O opositor Alexei Navalny, agora preso, qualificou este referendo como uma "grande mentira" e a ONG Golos, especializada na observação das eleições, denunciou um ataque "sem precedentes" à soberania do povo russo.

A votação, cujo resultado não levantava dúvidas, terminou com uma vitória do "sim" com 77,92% e uma participação de 65%, segundo dados oficiais.

Pressionado a dar respostas na economia e a iniciar de uma vez a vacinação contra a Covid-19 no País, o presidente Jair Bolsonaro começa o segundo tempo de seu mandato com a expectativa de tirar do papel uma reforma ministerial. Especulada há meses, a mudança é aguardada por aliados que passaram a integrar a base do governo no Congresso e cobram espaço no Executivo. Segundo auxiliares, os próximos dois anos são fundamentais para Bolsonaro pavimentar seu caminho à reeleição em 2022.

Para isso, na avaliação de pessoas próximas, terá que priorizar o cumprimento de pelo menos parte das promessas da campanha de 2018 tanto em relação à área econômica quanto na pauta de costumes. E, sem uma boa interlocução com o Legislativo, isso não será possível.

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Bolsonaro já fez 15 mudanças no seu primeiro escalão nos primeiros dois anos de governo, a maioria delas após crises internas. A próxima alteração já está programada. Com a saída de Jorge Oliveira da Secretaria-Geral da Presidência para assumir uma cadeira no Tribunal de Contas da União (TCU) no último dia 31, o presidente escalou o ex-chefe de gabinete, Pedro Souza, como interino. O substituto definitivo, contudo, só deve ser anunciado em fevereiro, após as eleições no Congresso.

Até agora, as trocas nos ministérios seguiram a escolha pessoal do presidente, o que frustrou o apetite de partidos por comando de pastas, embora siglas como Progressistas, Republicanos, PSD e PL tenham emplacado indicações em secretarias e autarquias importantes. A última delas ocorreu no início de dezembro, quando Bolsonaro demitiu o então ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, e nomeou em seu lugar Gilson Machado, que ocupava a presidência da Embratur e é amigo do presidente.

Eleito com o discurso da antipolítica e crítico do "toma lá, dá cá" - a troca de cargos no Executivo por apoio no Congresso - o presidente tem se defendido das críticas pela aproximação com o Centrão. "Esse negócio de ficar aí cada vez mais satanizando partidos não existe", disse, em dezembro. Ele próprio já foi filiado ao Progressistas, PTB, PFL (atual DEM) e PSC, que fazem ou já fizeram parte do bloco que se notabilizou pelo fisiologismo em diferentes governos.

Prazos

A reorganização do primeiro escalão também tem como pano de fundo as movimentações de Bolsonaro para sua campanha à reeleição em 2022. Sem conseguir viabilizar o Aliança pelo Brasil, ele pretende definir, até abril, a legenda pela qual disputará pela segunda vez a Presidência. Embora tenha conversado com partidos maiores, como o Progressistas, interlocutores do presidente afirmam que ele deve optar por uma sigla menor para poder ter o controle do caixa e das decisões. Patriotas e PTB, do ex-deputado Roberto Jefferson, estão com as portas abertas ao clã presidencial - a expectativa é de que a adesão inclua os filhos do presidente.

Integrantes do Executivo apontam que as mudanças na equipe devem afetar, principalmente, a articulação política do governo. Neste caso, o ministro Luiz Eduardo Ramos deixaria a Secretaria de Governo para abrir espaço a um nome do Congresso. Entre os cotados para a função estão o atual presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e os líderes do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), e no Congresso, senador Eduardo Gomes (MDB-TO). Ramos poderia, então, assumir a Secretaria-Geral.

Outra mudança aguardada é a saída de Onyx Lorenzoni (DEM-RS) do Ministério da Cidadania. Em conversas reservadas, o ministro disse que teve a garantia do presidente de que está seguro no cargo. Entretanto, a avaliação no Executivo é que Onyx teve desempenho abaixo da expectativa. A troca dele, na avaliação de um ministro, ajudaria a recompor a base e a definir o redesenho do Bolsa Família para suprir o fim do auxílio emergencial pago até dezembro por causa da pandemia da Covid-19.

Vacina

Bolsonaro também inicia o segundo tempo de seu mandato sem data para iniciar a vacinação contra o novo coronavírus. Enquanto mais de 40 países do mundo já começaram a imunizar suas populações, o presidente tem tentado transferir a responsabilidade pela demora no Brasil às empresas que fabricam vacinas e diz "não dar bola" para a pressão.

Na avaliação de auxiliares diretos do presidente, Bolsonaro terá como desafio neste ano tentar convencer a população de que não é insensível às mortes causadas pela covid-19 e, ao mesmo tempo, evitar o agravamento de uma crise econômica causada pelo prolongamento da pandemia. Na análise de um ministro, que falou ao Estadão em caráter reservado, o governo terá que tratar a redução do custo Brasil como uma obsessão para conseguir atrair investimentos e favorecer o crescimento econômico. Segundo ele, a aprovação das reformas tributária e administrativa são consideradas essenciais, a exemplo da venda dos Correios à iniciativa privada, promessa de campanha de Bolsonaro. O entendimento interno é que o governo precisa entregar alguma privatização para dar uma sinalização positiva ao mercado.

Ao mesmo tempo, lembram auxiliares, a articulação política do Planalto precisará emplacar pautas de costumes cobradas pela militância bolsonarista mais radical, como o homeschooling (educação domiciliar) e a flexibilização do porte de armas.

Voto impresso vira prioridade

Na sua estratégia, o presidente Bolsonaro ainda colocou como prioridade para o próximo ano a defesa do voto impresso. Desde a derrota do republicano Donald Trump nos Estados Unidos, ele voltou a fazer a defesa quase diária da medida que prevê o uso de papel nas eleições. "Se não tiver voto impresso, posso esquecer a eleição de 22", afirmou o presidente a apoiadores no litoral de Santa Catarina, em 23 de dezembro. Em março, completará um ano desde que afirmou pela primeira vez que a disputa de 2018 foi fraudada e que, sem a fraude, ele teria sido eleito no primeiro turno. Na ocasião, Bolsonaro disse que apresentaria provas nos dias seguintes, o que nunca fez.

A "arma" para isso é a PEC da deputada Bia Kicis (PSL-DF) que prevê a mudança nas urnas eletrônicas. Aprovada pela CCJ da Câmara no fim do ano passado, ela precisa passar por duas votações no plenário da Câmara e no do Senado. Pelo texto, os votos impressos poderão ser conferidos pelo eleitor e deverão ser depositados em urnas de forma automática, sem contato manual. A ideia é que os comprovantes sirvam para eventuais auditorias.

Em 2018, o voto impresso foi barrado pelo Supremo Tribunal Federal, que considerou a regra inconstitucional - por colocar em risco o sigilo da votação. A decisão foi confirmada em setembro e uma das razões foram os altos custos que a impressão dos votos acarretaria.

Ao longo de oito anos como líder do Executivo no Recife, o prefeito Geraldo Julio (PSB) flutuou entre acusações envolvendo o mau uso do dinheiro do contribuinte e do recurso destinado à pandemia, protestos contra sua gestão e elogios pela reforma da Avenida Conde da Boa Vista. Embora criticado, o gestor conseguiu eleger o sucessor João Campos e será o novo secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco.

Ainda em 2013, Geraldo mal assumiu o posto e já foi acusado de se beneficiar com dupla remuneração. Na época, concursado há cerca de 21 anos pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), ele continuou recebendo o salário de R$ 17.028 e não abriu mão da "verba de representação" como prefeito, no valor de R$ 8.294. Diante da polêmica que trouxe holofotes negativos para seu início de governo, o gestor suspendeu o recebimento do valor da Prefeitura e devolveu o acumulado do que lhe foi pago até agosto, equivalente a R$ 66.356. Neste caso, a Lei Municipal 17.732/11 permitia que os servidores públicos recebessem uma remuneração equivalente a 80% do valor do salário como prefeito ou vice.

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Apresentado antes da sua eleição, o projeto Novo Recife trouxe uma imensa dor de cabeça ao prefeito, que pretendia responder ao abandono do Cais José Estelita, na área Central. A proposta de demolir armazéns históricos para erguer 13 torres de até 38 andares resultou em um extenso ciclo de protestos e, inclusive, um acampamento no local. A área pertencia à Rede Ferroviária Federal S.A (Refesa) e foi arrematada em 2008, em um leilão sem concorrentes, que teve como vencedor o Consórcio Novo Recife, composto pela Moura Dubeux, Queiroz Galvão e GL.

Como contraponto à relação da Prefeitura com o setor de construção, o movimento Ocupe Estelita foi criado e ganhou visibilidade internacional. Inúmeras manifestações - uma delas dentro do Shopping RioMar - foram realizadas para evitar a descaracterização do local e garantir o uso público da área. O movimento chegou a erguer acampamento e recebeu artistas de reconhecimento nacional, que apresentaram-se nas dependências do próprio Cais. Um deles foi o rapper Criolo, que se inspirou na luta para criar a música Sangue do Cais. Após um imbróglio judicial pelo uso do espaço, o Consórcio informou que apenas 35% do terreno seria destinado ao setor privado. As demolições iniciaram em 2019.  

O efeito do Ocupe Estelita alcançou a principal festa popular do Brasil e, em 2014, o bloco carnavalesco Empatando Tua Vista, no qual componentes se fantasiam como arranha-céu para criticar a verticalização excessiva no município, teve sua estreia. Mesmo com o ar brincante do Carnaval, o bloco que costuma sair no dia do Galo da Madrugada foi reprimido pela Polícia Militar e pela própria Prefeitura, em 2016 e 2017. Já cientes de que o protesto seria impedido, em 2018, os organizadores providenciaram um habeas corpus preventivo para curtir a folia e levar o debate sobre a administração pública ao festejo. 

Em 2020, após mais de um ano em obras, a Avenida Conde da Boa Vista, um dos principais corredores do Centro, foi entregue à população. A intervenção resultou na ampliação em 2 mil m², iluminação e pontos de ônibus novos, e calçada requalificada, junto com a travessia de pedestres. Anunciado ainda em 2018, o projeto Nova Conde da Boa Vista teve cerca de R$ 15,7 milhões investidos. Em algumas oportunidades, vendedores ambulantes fecharam a via para protestar pela continuidade do comércio informal. Como alternativa, quiosques foram instalados e entregue aos trabalhadores cadastrados. Outras obras de destaque foram o hospital veterinário, e as reformulações do Teatro do Parque e do Geraldão.

Em seu último ano à frente da Prefeitura, sem dúvida Geraldo deparou-se com seu maior desafio: frear o agravamento da Covid-19 no Recife. A pressa necessária para disponibilizar hospitais de campanha até foi enaltecida pela população, entretanto, o processo de equipar os centros médicos foi manchado por indícios de desvio de recursos e compra de respiradores jamais testados em humanos, sem certificação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A Polícia Federal realizou, pelo menos, oito visitas na Prefeitura do Recife para apurar os contratos suspeitos com a verba emergencial que somam cerca de R$ 200 milhões, entre aquisição de materiais hospitalares, cestas básicas, entre outros. O secretário de Saúde, Jailson Correia, e mais dois representantes da Administração tiveram a prisão pedida pelo Ministério Público Federal (MPF), mas não chegaram a ser presos.

 

Nesta segunda-feira (2), o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), comentou o desenrolar político que pode resultar em seu quarto mandato à frente do plenário. Em seu sexto mandato como deputado federal pelo Rio de Janeiro, ele ainda sugeriu que as pessoas que negarem tomar a vacina contra a Covid-19, devam sofrer restrições.

Maia aguarda o término das disputas eleitorais municipais para prosseguir com as votações no Congresso. Em uma live promovida pelo Valor Econômico, ele reforçou que a prioridade é a proposta de emenda constitucional para garantir o cumprimento do teto de gastos. Apesar de evidenciar a austeridade fiscal, o democrata teve papel fundamental na administração do Orçamento de Guerra, usado para enfrentar os impactos da Covid-19 no Brasil.

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Seu mandato só acaba em fevereiro de 2021, mas até lá, o deputado pretende avançar com a pauta das reformas tributária e administrativa. De encontro as suas intenções está o Centrão, que trava o debate, de olho no controle da Comissão Mista de Orçamento.

Sobre a pandemia e a recusa de parte da população quanto a imunização, Maia afirmou que restrições podem ser imposta aos negacionistas. "O importante é que todos os brasileiros tenham acesso à vacina. E aqueles que não querem tomar vacina, é obvio que alguma restrição deve ocorrer, mas isso precisa ser construído no Parlamento, junto com o Executivo. Essa união é importante para que não parece que um Poder está contra o outro", indicou, sem detalhas quais seriam essas restrições.

O Parlamento tailandês expulsou sua primeira deputada transgênero nesta quarta-feira (28) depois que o tribunal constitucional revogou seu assento.

Tanwarin Sukkhapisit, ex-artista e cineasta, foi uma pioneira da comunidade LGBT quando garantiu no ano passado um assento no Parlamento para o partido Future Forward durante as eleições legislativas.

Porém, o partido foi dissolvido em fevereiro de 2020, em uma decisão que agravou o descontentamento da oposição e levou militantes pró-democracia a exigir a demissão do governo.

Dezenas de seus deputados, entre eles Tanwarin, se uniram em outra formação - o partido Move Forward -, mas um juiz decidiu nesta quarta que, como a "acionista de uma empresa de mídia", ela havia violado a lei eleitoral e deveria renunciar a seu assento.

"Não me surpreende, já esperava", disse Tanwarin à AFP, acrescentando que acredita que sua identidade de gênero influenciou a decisão do juiz. "Continuarei lutando pela comunidade LGBT", completou.

A comunidade transgênero da Tailândia enfrenta discriminações na educação e no trabalho. O Parlamento tailandês tem outros três deputados transgêneros. Tanwarin é a vítima mais recente de uma lei que muitos reconhecem como uma arma política utilizada pelo governo.

"Tentam utilizar um mecanismo jurídico contra todos aqueles suspeitos de apoiar o movimento (pró-democracia)", avalia o cientista político Titipol Phakdeewanich.

Há meses acontecem manifestações quase diariamente na capital tailandesa, enquanto os militantes exigem a renúncia do atual governo e pedem reformas na monarquia do país.

A Mesa Diretora da Câmara dos Deputados decidiu, por unanimidade, encaminhar a representação contra a deputada Flordelis (PSD-RJ) ao Conselho de Ética. A decisão foi anunciada pelo corregedor da Câmara, deputado Paulo Bengtson (PTB-PA), que recomendou a continuidade do processo.

"A deputada não apresentou as provas contrárias para as acusações de quebra de decoro. Demos a admissibilidade do processo e seguimento para o Conselho de Ética, que vai fazer a análise de que punições ela (Flordelis) poderá ter", declarou.

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Flordelis é acusada de pelo Ministério Público do Rio de Janeiro de ser a mandante do assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo, em junho de 2019, em Niterói (RJ). Em sua defesa, a deputada afirma que existe erro na conclusão das investigações e alega que não pode ser julgada e condenada antes que todo o processo seja concluído.

Para que o Conselho de Ética analise o processo contra Flordelis, o Plenário da Câmara deve votar na semana que vem um projeto de resolução da Câmara (PRC) que permite o funcionamento das comissões de forma remota. O PRC ainda deve ser apresentado pela Mesa Diretora.

Segundo o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, a proposta também vai permitir o funcionamento de algumas comissões especiais, como a da PEC Emergencial, que regulamenta o teto de gastos.

Dentro do prazo

O Conselho de Ética da Câmara deve dar continuidade ao processo de punição da deputada. Os 21 deputados que compõem o colegiado já foram indicados pelos partidos, e haverá um sorteio para decidir quem será o relator do caso de Flordelis.

O corregedor destacou que concluiu sua parte no processo um mês antes do prazo regimental. Pelo regimento da Casa, o corregedor teria até 23 de novembro para apresentar o relatório, que foi entregue em 1º de outubro. "Prazos precisam ser cumpridos e a ampla defesa tem de ser garantida", ponderou.

Segundo Bengston, a Câmara está dando uma resposta à sociedade. "Eu sei que todo mundo queria que fosse logo julgado no outro dia, mas isso não pode acontecer. Isso traria instabilidade jurídica e, com certeza, a defesa da deputada poderia no caso trazer novidade ao processo. Fizemos tudo de acordo com o Regimento da Casa para que não tivesse nenhum tipo de dúvida."

*Da Agência Câmara de Notícias

Mesmo já sendo antigo no mundo político partidário, exercendo o seu quarto mandato como deputado estadual, o pré-candidato à Prefeitura do Recife, Alberto Feitosa, tenta se colocar como uma espécie de ‘outsider’, trazendo para o fronte a sua carreira de tenente-coronel da reserva da Polícia Militar de Pernambuco. Reforçar que é um militar da reserva pode ajudar o deputado estadual, bolsonarista declarado, a angariar votos dos eleitores mais voltados à direita, como fez o atual presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido).

Uma semelhança do pré-candidato com o líder do Executivo é que, na capital pernambucana, ele deve contar, também, com a população evangélica. Em abril deste ano, após ser expulso do Solidariedade, Feitosa filiou-se ao PSC, partido comandado pela família Ferreira, que tem bastante força dos grupos evangélicos no Estado, já tendo eleito Anderson Ferreira para a Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes (que deve concorrer à reeleição), André Ferreira como deputado federal, o patriarca da família, Manoel Ferreira, como deputado estadual, e Fred Ferreira para vereador do Recife. Todos eles estão exercendo o mandato atualmente.

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“O Recife não enxergava essa possibilidade de marchar com uma candidatura mais à direita e mais conservadora. Quando foi mostrado um candidato (à presidência da República) com essa postulação, o recifense reagiu da forma como reagiu (dando uma expressiva votação a Bolsonaro). Além do mais, o combate à corrupção é uma das pautas evidentes de desejo dos recifense”, explica o pré-candidato.

Alberto Feitosa aponta que o governo Bolsonaro está, até agora, sem nenhum escândalo de corrupção, e diferente disso, a Prefeitura da Cidade do Recife e a sua Secretaria de Saúde estão envolvidas em um escândalo por conta de possíveis atos de corrupção com os recursos para combater a Covid-19 no município. 

“Na Prefeitura do Recife teve cinco vezes a visita da Polícia Federal, num momento mais caótico que é pandemia. A gente viu a prefeitura se comportar de uma maneira totalmente indevida”, ressalta Feitosa.

Em entrevista ao LeiaJá, o deputado estadual aproveitou para criticar os também pré-candidatos à Prefeitura do Recife, João Campos (PSB) e Marília Arraes (PT), que figuram bem nas pesquisas de intenção de voto na capital pernambucana e devem disputar com partidos de esquerda que já comandaram a PCR.

“As classes C e D demonstram uma rejeição total a esse tipo de comportamento (corrupto), bem como ao candidato João Campos. A outra não tem nada de diferente de João Campos, Marília é mais do mesmo. Ele é o príncipe e ela é a princesa. Ela é neta da família e não traz nenhuma pauta nova, muito pelo contrário, traz por trás dela o ‘lulopetismo'”, avalia Alberto. 

O Pré-candidato do PSC diz que a esquerda que comandou a Prefeitura da Cidade do Recife nos últimos 20 anos, não fez nada pela cidade. “Você anda pelo Recife e não vê uma pessoa satisfeita. As ruas estão esburacadas, fio pendurado, na pandemia os índices de contaminação por aqui são uns dos maiores do país. Eu não tenho nenhuma dificuldade de defender o governo federal que, mesmo durante a pandemia, está batendo recordes na bolsa de valores e melhorando o nível de avaliação do Brasil”, salienta.

Sem apoio declarado de Bolsonaro

Jair Bolsonaro já falou, em diversas ocasiões, que não vai apoiar nenhuma candidatura no Brasil nesta eleição municipal. Mesmo assim, Alberto Feitosa acredita que isso não vai ser empecilho para atrair os bolsonaristas declarados como ele. “A minha história se confunde com a história do presidente e ela fica bem evidente quando a gente ver as pautas comuns que nós defendemos. Há certos sinais que são tão evidentes quanto a própria declaração”, pontua.

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Um total de 77,02% dos russos, segundo dados preliminares, aprovaram nesta quarta-feira uma reforma constitucional do presidente Vladimir Putin que, segundo críticos, busca perpetuar seu controle sobre a Rússia, depois de 20 anos no poder.

Os resultados preliminares baseiam-se em dados de 61% dos centros de votação espalhados pelo vasto território russo e foram divulgados pela Comissão Eleitoral Central. O índice de participação foi de cerca de 65%.

O principal opositor do Kremlin, Alexei Navalny, qualificou nesta quarta-feira (1) como uma "enorme mentira" os resultados da votação dos russos aprovando a revisão constitucional, que facilitará a permanência de Putin no poder até 2034.

Navalny rejeitou em seu blog os resultados da votação, falou em "falsificação" e exortou seus partidários a se mobilizarem para as eleições regionais de setembro. No Twitter, disse que "nada será solucionado sem ir às ruas", mas não convocou manifestações.

Após uma semana de votação, os últimos centros fecharam às 20h locais, no enclave de Kaliningrado. A votação estava marcada para abril, mas foi adiada devido à pandemia de coronavírus. Para evitar excesso de afluência às faculdades eleitorais sem afetar a participação, a consulta foi realizada de 25 de junho a 1 de julho.

O presidente Putin votou em Moscou no final da manhã, sem meios de proteção contra o coronavírus. O resultado é mais do que previsível: as reformas foram aprovadas pelo Legislativo no início do ano e o novo texto da Constituição já está à venda nas livrarias.

Na terça-feira, Putin dirigiu-se aos 110 milhões de eleitores para pedir que garantam a "estabilidade, segurança e prosperidade" de um país que afirma ter se reconstruído após o caos que se seguiu à queda da União Soviética. "A soberania da Rússia depende do nosso senso de responsabilidade", acrescentou.

Putin não fez referência à emenda mais significativa, a que lhe permite permanecer no Kremlin até 2036, quando terá 84 anos. Segundo a lei atual, ele deveria deixar a presidência em 2024, no final do atual mandato.

Em junho, o presidente considerou necessária essa mudança para que o país não se perca "na busca de possíveis sucessores". Outras reformas introduzem princípios conservadores e patrióticos.

- Sucesso sob medida -

Os detratores do Kremlin, sobretudo o opositor Alexei Navalni, não fizeram campanha devido ao confinamento e porque consideram o referendo fraudulento e seu único objetivo é garantir a Putin "uma presidência vitalícia".

Entre os eleitores de Vladivostok, no Extremo Oriente, consultados pela AFP, a questão dos mandatos presidenciais divide.

Oleg Dubov, um engenheiro de 55 anos, diz que "deve haver uma mudança, mesmo que eu o respeite e aprecie como presidente". Quanto às demais medidas, "quase todas poderiam ter sido incluídas na Legislação sem modificar a Constituição", lamenta.

Valentina Kungourseva, uma aposentada de 79 anos, está feliz: "Para nós aposentados, é importante. Todos os anos nossa aposentadoria aumentará (...). É por isso que eu vim". Quanto a Putin no poder, afirma que "enquanto tivermos um bom presidente, a vida será boa".

A votação ocorre no momento em que a popularidade do presidente russo diminui, após uma reforma previdenciária criticada e a crise do coronavírus. De maio de 2018 a junho de 2020, sua taxa de aprovação caiu de 79% para 60%.

De acordo com as vozes mais críticas, as autoridades usaram truques para garantir o sucesso e a alta participação nesse referendo.

O mais insólito foi a instalação de mesas de votação ao ar livre, em pátios, campos esportivos ou de lazer, sem respeitar o sigilo da votação ou a vigilância adequada das urnas.

O objetivo, de acordo com a oposição, não é proteger o eleitorado do novo coronavírus, mas alcançar um resultado sob medida.

Golos, uma ONG especializada na observação de eleições, denunciou pressões sobre funcionários e de empresas para que seus funcionários votassem. Também documentou casos de eleitores votando várias vezes.

"Quando a Constituição é votada no tronco de uma árvore ou no porta-malas de um carro, não parece sério", reconhece à AFP um mesário no noroeste da Rússia, que pediu anonimato.

- Conservadorismo -

"Alguns eleitores nos disseram claramente que foram forçados em seu trabalho a vir votar", acrescentou. Sobre este assunto, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, mencionou "problemas isolados", mas disse que "não ameaçava a credibilidade do resultado".

Além da questão dos mandatos, as emendas reforçam algumas prerrogativas presidenciais, como a nomeação e destituição de juízes.

E outras medidas estão incluídas, como a inclusão na Constituição da "fé em Deus" e o casamento como instituição heterossexual.

Também são adicionados princípios sociais, como garantia do salário mínimo e revisão das aposentadorias de acordo com a inflação.

As crianças são incorporadas no texto como "a prioridade mais importante das políticas públicas" e o Estado deve incutir nelas "patriotismo, civilidade e respeito pelos idosos".

Esses princípios são elementos centrais do sistema de valores patrióticos e conservadores do chefe de Estado.

Na tarde dessa segunda-feira (29), o conselho administrativo da Empresa de Turismo de Pernambuco (Empetur) oficializou o mandato do novo presidente da instituição. Na reunião, o mandato dos atuais diretores foi renovado por mais dois anos.

Com o anúncio, o secretário de Turismo e Lazer Rodrigo Novaes entrega o cargo que acumulava desde fevereiro de 2019 ao advogado Antonio Peres Neves Baptista, de 40 anos. Ele já participava da equipe como executivo de Turismo da Empetur desde janeiro do ano passado.

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Com passagens no Judiciário, Legislativo e Executivo, Antonio Neves Baptista é pós-graduado em Direito Público e em Direito Eleitoral. Atuou como assessor jurídico no Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco, foi chefe de gabinete na Assembleia Legislativa de Pernambuco e diretor de Operações da Empresa Pernambucana de Transportes Municipais (EPTI).

"Juntos, vamos não apenas superar as dificuldades e recolocar Pernambuco na posição de destaque que ele sempre ocupou, mas elevaremos nosso patamar de competitividade no cenário nacional e internacional”, afirmou o novo gestor.

Os deputados do PSOL solicitaram ao Conselho de Ética e à Corregedoria da Câmara a abertura de um processo contra a deputada Carla Zambelli (PSL). Após os desdobramentos da demissão do ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, o partido alega que ela cometeu quebra de decoro e pede a cassação do mandato.

Para o PSOL, Zambelli cometeu ilegalidades incompatíveis com o cargo ao se associar às supostas interferências do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em investigações da Polícia Federal. A articulação foi denunciada por Sergio Moro, que apresentou uma conversa com a deputada tentando propor uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) em troca da sua permanência no Ministério da Justiça.

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“A deputada bolsonarista é mais uma peça na engrenagem que tem por objetivo blindar o Presidente da República e seus aliados diante das investigações da PF”, afirma o partido no pedido de cassação, que argumenta: “não restam dúvidas, portanto, que a Deputada tentou negociar uma vaga no Supremo Tribunal Federal em troca da blindagem ao Presidente da República e seus filhos. ”

O Tribunal Constitucional da Bolívia aprovou nesta quarta-feira (15) a ampliação do mandato dos integrantes do governo interino de Jeanine Áñez e também dos atuais membros do Congresso até maio, quando o país volta às urnas para refazer a eleição de outubro do ano passado.

O pleito, apontado como fraudulento, reelegeu Evo Morales, que renunciou e fugiu do país. Tanto a eleição dele quanto dos parlamentares que tomariam posse a partir do dia 22 foi anulada. (Com agências internacionais).

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O presidente do PHS de Pernambuco e vice-presidente nacional do partido, Belarmino Sousa, acaba de assumir seu mandato de vereador de Jaboatão dos Guararapes, na Câmara Municipal, após três anos de luta na Justiça. Eleito em 2016, Belarmino não assumiu o mandato em 2017 por conta de uma decisão judicial que proibiu sua posse devido a um problema de prestação de contas.

Assessorado pelo advogado eleitoral e membro da comissão nacional de Direito eleitoral da OAB, Emílio Duarte, Belarmino teve vitória recente no Supremo Tribunal Federal, o que possibilitou a sua volta à Câmara Municipal.

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*Da assessoria

 

Por 6 votos a 1, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu nesta terça-feira (10) cassar o mandato da senadora Selma Arruda (Podemos-MT) por abuso de poder econômico e caixa dois nas eleições do ano passado. Conhecida como Juíza Selma, a parlamentar aposentou-se da magistratura e concorreu ao cargo pelo PSL.

Com a decisão, novas eleições para o cargo deverão ser convocadas pela Justiça Eleitoral de Mato Grosso, cuja data ainda será definida. A cassação também atinge o primeiro e o segundo suplentes, Gilberto Possamai e Clerie Fabiana. A parlamentar pode recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar suspender a cassação. 

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Em abril, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Mato Grosso cassou o mandato da senadora pela suposta omissão de R$ 1,2 milhão na prestação de contas da campanha do ano passado. Porém, Selma Arruda e seus suplentes recorreram ao TSE.

Na terça-feira (3), ao iniciar o julgamento do recurso da parlamentar, o relator, ministro Og Fernandes, votou pela cassação da chapa por entender que houve diversas irregularidades na campanha, como recebimentos e despesas “por dentro e por fora” que não constaram na contabilidade, além de propaganda e gastos fora do período eleitoral.

Na sessão de hoje, o ministro Luís Felipe Salomão acompanhou o relator e disse que as provas que constam no processo mostram que mais de 70% dos recursos da campanha não tiveram escrituração contábil, obrigatória por lei. Para o ministro, a irregularidade, desequilibrou a disputa com os concorrentes. "São fatos gravosos, entre tantos que foram anexados aos autos", disse o ministro.

Em seguida, os ministros Tarcísio Vieira, Sergio Banhos, Luís Roberto Barroso, e a presidente, Rosa Weber, também votaram pela cassação. 

Em seu voto, Barroso disse que há "muitos interesses" na perda do mandato da ex-juíza, mas não são esses interesses que estão sendo julgados pelo TSE. "É impossível negar que esses fatos [irregularidades] contrariam a legislação e contrariam a jurisprudência, caracterizando abuso de poder econômico", disse. 

Edson Fachin divergiu da maioria e entendeu que as irregularidades não são suficientes para autorizar a cassação. 

No primeiro dia de julgamento, o advogado Gustavo Bonini Guedes, representante da senadora, afirmou que a parlamentar não praticou caixa dois e abuso de poder econômico. 

"A senador Selma Arruda foi eleita com base nas plataformas de combate à corrupção, que sempre defendeu como juíza no Mato Grosso, determinado a prisão de presidente da Assembleia Legislativa e ex-governador", disse a defesa.

O julgamento da ação que pede perda de mandato e inelegibilidade por oito anos do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e do vice-governador, Rodrigo Garcia (DEM), foi adiado após desembargadores que julgam o caso pedirem vista durante sessão do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), nesta terça-feira, 8.

A Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE), apresentada pela Procuradoria Regional Eleitoral de São Paulo (PRE-SP), acusa Doria de abuso de poder político por uso indevido de publicidade institucional durante sua gestão na Prefeitura de São Paulo, entre janeiro de 2017 e abril de 2018, para promover sua candidatura a governador nas eleições de 2018.

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Antes do pedido de vista dos desembargadores, o relator da ação e vice-presidente do TRE-SP, Waldir Sebastião de Nuevo Campos, havia votado pela absolvição de Doria e Garcia, por considerar improcedente a acusação de que os gastos com publicidade foram usados para a promoção pessoal do então prefeito. "Os atos não remetem à promoção pessoal de João Doria, mas a atos de gestão", afirmou Campos.

De acordo com a ação da Procuradoria, durante o primeiro semestre de 2018, os gastos da Prefeitura paulistana com publicidade (R$ 73.838.899,55) foram 122% maiores do que a média do primeiro semestre dos três anos anteriores (R$ 33.316.469,77).

O desembargador Campos considerou inviável a comparação da média dos gastos com os três anos anteriores, uma vez que Doria estava no comando da Prefeitura há apenas um ano. "A comparação dos fatos deve ser realizada em períodos iguais de uma mesma gestão", argumentou Campos. "A publicidade pode ser mais ou menos usada em diferentes gestões", completou.

O relator da ação argumentou, ainda, que João Doria não obteve maioria dos votos para governador em 2018 na capital paulista e, por isso, os gastos com publicidade na cidade não o teriam beneficiado.

O advogado de defesa de Doria, Flávio Henrique Costa Pereira, que se manifestou antes do relator, também defendeu que o fato de o tucano ter obtido 41,9% dos votos válidos na capital paulista, no segundo turno das eleições de 2018, contra 58,1% de Márcio França (PSB), mostra que o então prefeito não se beneficiou dos gastos com publicidade.

Costa Pereira afirmou, ainda, que pesquisas de opinião realizadas durante o primeiro semestre de 2018 apontavam crescimento da rejeição ao então prefeito João Doria e piora da imagem do governo dele. "Nenhum efeito gerou, caso fosse o contrário, as pesquisas dariam resultados positivos", argumentou Pereira. "Nós temos uma prova concreta de que a normalidade não foi afetada", completou.

Ainda não há data para que o julgamento seja retomado.

Ainda que nomes como o da deputada Tabata Amaral (PDT-SP) tenham ganhado projeção após enfrentar o partido e votar pela reforma da Previdência, deixar o mandato e disputar as eleições de 2020 contraria o que grupos de renovação política como o RenovaBR - do qual a parlamentar faz parte - preveem para quem passa por seus cursos de formação.

"Afastar-se do mandato para disputar outra eleição enquanto desempenha seu primeiro mandato eletivo representa um descompromisso com nossa instituição", afirmou o fundador do RenovaBR, o empresário Eduardo Mufarej. O grupo tem apoio de nomes como o apresentador Luciano Huck.

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Antes de Tabata contrariar a orientação do PDT sobre a reforma da Previdência, líderes do partido cogitavam uma candidatura da deputada para disputar a Prefeitura de São Paulo no ano que vem.

Após votar a favor de mudanças na aposentadoria, ela foi suspensa pela legenda. Pesquisa da consultoria Ideia Big Data mostrou que sua aprovação subiu de 30% para 61% em julho, após a votação da Previdência na Câmara. A parlamentar já negou que pretende concorrer à Prefeitura paulistana em 2020.

Entre os nove integrantes da "bancada do RenovaBR" na Câmara, apenas a deputada Joênia Wapichana (Rede-RR) foi contrária à reforma da Previdência. O RenovaBR disse que não influencia o voto de parlamentares e apoia a formação de quadros "independentemente da ideologia". Segundo Mufarej, "atritos" não vão mudar a forma como os candidatos são selecionados pelo RenovaBR. "Ninguém foi pego de surpresa, o cenário real da política sempre foi apresentado", disse. "Não formamos lideranças para uma bolha."

'Clandestinos'

Nesta semana, o ex-ministro Ciro Gomes, que disputou a Presidência pelo PDT no ano passado, chamou grupos de renovação de política de "partidos clandestinos". A economista e conselheira do movimento Livres, Elena Landau, rebateu. "Não adianta falar em clandestinidade. Eu também não sei como os partidos gastam o dinheiro do fundo público", disse. Para ela, os grupos devem ser transparentes. "É importante que os movimentos digam como são seus estatutos, como as pessoas são escolhidas e prestem contas."

Presidente do Livres, Paulo Gontijo afirmou que "movimentos políticos sempre lançaram candidatos". "Queremos melhorar os partidos, não extinguir ou sabotar." O presidente do Transparência Partidária, Marcelo Issa, defendeu alterações nas legislações partidárias para haver mecanismos de democratização dos processos internos de tomada de decisão. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Conselho de Estado da Colômbia confirmou na quarta-feira (10) que Iván Márquez, um dos ex-líderes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e foragido desde o ano passado, perderá seu mandato como senador por não ter tomado posse.

Márquez alega que falta garantias para que ele possa viver em sociedade com segurança. (Com agências internacionais)

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As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os eleitores de Santa Luzia do Norte, em Alagoas; Cascavel, no Ceará; e Irupi, no Espírito Santo, voltarão às urnas neste domingo (5) para escolher, em eleições suplementares, os novos prefeitos e vice-prefeitos, para mandato até 31 de dezembro de 2020.

Os pleitos acontecerão porque os prefeitos dessas localidades – eleitos em 2016 – tiveram seus mandatos cassados pela Justiça Eleitoral. Em Santa Luzia do Norte (AL), as eleições suplementares foram determinadas após a cassação dos mandatos do prefeito, Edson Mateus da Silva (PRB), e do vice-prefeito, José Aílton do Nascimento (PTC), por abuso de poder econômico e captação ilícita de sufrágio durante a campanha eleitoral de 2016.

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O Ministério Público Eleitoral (MPE) constatou que houve contratação de servidores públicos de forma irregular e fornecimento de transporte gratuito para eventos e viagens de família, bem como financiamento de cursos numa autoescola. Os dois também foram condenados a oito anos de inelegibilidade.

Francisca Ivonete Mateus Pereira (PDT) e Waltemar Matias de Sousa (PDT), respectivamente prefeita e vice-prefeito de Cascavel (CE) eleitos em 2016, tiveram os seus mandatos cassados e foram declarados inelegíveis por oito anos por prática de abuso de poder político na campanha eleitoral.

Ambos foram responsabilizados pela contratação excessiva de servidores temporários, por contratos fraudulentos de estagiários, pela utilização de veículos de transporte escolar na campanha eleitoral e por repasse irregular de verbas para associações.

Já os eleitos para a Prefeitura de Irupi (ES) em 2016, Carlos Henrique Emerick Stock (PSDB) e Leandro Purcino de Almeida (PRP), respectivamente, prefeito e vice-prefeito, perderam os cargos pela prática de abuso de poder político e econômico.

Carlos Henrique ainda foi penalizado com inelegibilidade pelo prazo de oito anos. A acusação do Ministério Público Eleitoral (MPE) foi fundamentada na realização de um casamento comunitário pela administração municipal durante a campanha eleitoral.

Nem completou dois meses e o mandato do presidente Jair Bolsonaro (PSL) ainda deixa muitas dúvidas e divide opiniões. Um dos pontos mais comentados é a interferência dos seus três filhos: Carlos, Flávio e Eduardo Bolsonaro, vereador, senador e deputado federal respectivamente, no governo. Um dos assuntos mais comentados nos últimos dias foi a briga travada envolvendo o vereador e agora ex-ministro da Secretaria-Geral, Gustavo Bebianno. 

A família parece ser, até agora, uma parte indissociável do governo Bolsonaro. Assim foi durante a carreira de Jair Bolsonaro como parlamentar e está sendo assim no começo da presidência. Para o cientista político Rodolfo Costa Pinto, o que muda agora é que a competição pela atenção de Bolsonaro é maior. “Os filhos disputam espaço com as diversas alas de poder dentro do governo. Por exemplo: militares, equipe econômica, justiça”.

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De acordo com o especialista, o ideal era que o presidente de um País seja ou pelo menos tente ser o mais independente possível do ponto de vista de terceiros. “A interferência constante dos filhos nos atos da presidência é prejudicial ao Brasil na medida em que afeta a previsibilidade das ações do Executivo. Essa imprevisibilidade é negativa para o planejamento de futuros investimentos”.

“Empresas podem ficar receosas de investir em um ambiente em que, a qualquer momento, o humor do presidente pode alterar as condições dos investimentos. Dito isso, os eventos dos últimos dias mostram que a ala dos filhos no governo Bolsonaro está cada vez mais forte. Mesmo os militares saíram enfraquecidos do recente embate entre Bebbiano e Carlos Bolsonaro”, complementou. 

Costa Pinto ainda avaliou que o presidente acredita que a sua família é o único grupo de pessoas em que ele pode confiar completamente. “Então, é possível que vejamos a ala familiar ganhando ainda mais influência daqui pra frente”.

O cientista político Vitor Diniz também expõe que os filhos do presidente “claramente” influenciam o seu comportamento no comando do Brasil, o que acaba gerando conflitos com outros membros do Executivo e também com parlamentares. "O cargo de Presidente carrega toda uma liturgia que precisa ser respeitada. Bolsonaro tem todo o direito de ouvir os conselhos dos seus filhos, mas isso não pode atrapalhar o trabalho de seus auxiliares oficiais, em especial os ministros, que podem ser enfraquecidos por uma atuação mais incisiva dos filhos do presidente.   

No entanto, Diniz avalia que, por enquanto, a área econômica do governo está blindada dessas interferências. 

Muitos duvidaram que o então deputado federal Jean Wyllys iria abrir mão do mandato conforme noticiou poucos dias antes da posse na Câmara dos Deputados. Mas, a verdade é que o ex-BBB não só desistiu da política, como também foi embora do Brasil. Em entrevista concedida ao jornal O Globo, ele contou que agora pode andar “livremente pela rua”. 

"Posso andar livremente pela rua sem escolta, viajar de metrô, ter uma vida social normal, sem ser ameaçado ou agredido na rua. Mas não é fácil e têm momentos em que fico triste", contou. 

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Na conversa, Jean disse que foi obrigado a se afastar da família, amigos e até dos livros que ficaram no Brasil. "Meu endereço precisava ser um segredo, então eu não podia nem pedir um delivery com meu nome. Não podia circular em outro veículo que não fosse o carro blindado, não podia sair de casa ou do escritório sem a escolta porque quando você tem escolta, tem regras”, expôs. 

O ex-deputado também falou que se sentiria “culpado pelo resto da vida” se alguma coisa acontecesse à sua mãe ou irmãos. “Eles enviam as ameaças com cópia para os e-mails pessoais dos meus irmãos. Ninguém tem os e-mails deles, não são pessoas públicas, a maioria das pessoas nem sabe que eu tenho irmãos”. 

No dia que anunciou a desistência, ele garantiu que não foi a vitória do presidente Jair Bolsonaro (PSL), um dos seus maiores rivais, que contribuiu para não assumir mais um mandato. “Não foi a eleição dele em si. Foi o nível de violência que aumentou após a eleição dele”, chegou a dizer na ocasião. 

Em tratamento contra a depressão, o deputado estadual Diogo Moraes (PSB) vai tomar posse ao cargo nesta terça-feira (12), a partir das 14h30, na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), durante sessão plenária. No entanto, o pessebista voltará para São Paulo para terminar o seu tratamento. 

No final do mês passado, o ex-deputado Oseas Moraes, pai de Diogo, disse durante uma entrevista que o seu filho estava passando problemas de saúde com uma crise de depressão tendo que ser internado em um hospital. Na ocasião, Oseas contou que não havia prazo para alta médica e que Diogo chegou a ser internado na UTI.

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Diogo Moraes teve mais de 50 mil votos. A expectativa é que a partir de março ele tenha alta em definitivo para prosseguir com a sua atividade parlamentar. 

A informação também foi divulgada pelas redes sociais do deputado. “A notícia alegra familiares, amigos, funcionários de gabinete e também servidores da casa, que demonstraram carinho e gratidão ao deputado nos últimos dias, à espera de sua chegada”, diz uma parte da legenda. 

Diogo Moraes foi reeleito para o terceiro mandato. Apenas em Santa Cruz do Capibaribe, ele recebeu ao menos 10 mil votos. Na época, em entrevista concedida, chegou a dizer que era “a pessoa mais feliz do mundo” quando recebeu a notícia de tantos votos em sua terra natal. 

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