Tópicos | renda

Levantamento divulgado nesta quarta-feira (6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que em 2019, os homens tiveram rendimento mensal 28,7% maior do que o das mulheres. Enquanto eles receberam R$ 2.555, acima da média nacional que é R$ 2.308 para todos os trabalhos, elas ganharam R$ 1.985, de acordo com o módulo Rendimento de Todas as Fontes, da PNDA Contínua.

O IBGE ainda informa que, no ano passado, havia no mercado de trabalho brasileiro 92,5 milhões de pessoas ocupadas com 14 anos ou mais, uma alta de 2,6% em relação a 2018. Mais da metade da população em idade de trabalhar era formada por mulheres 52,4%, no entanto, os homens representavam 56,8% da parcela da população que efetivamente trabalhava.

##RECOMENDA##

Parte das mulheres não pode trabalhar porque não conta com creche para deixar os filhos. A pesquisa ainda revela que em todas as regiões do país, a participação masculina na população ocupada foi superior à feminina, sendo que o Norte teve a menor estimativa de mulheres trabalhando (38,7%). O Sudeste (44,5%), o Sul (43,8%) e o Centro-Oeste (43,3%) registraram as maiores participações femininas na ocupação em 2019. Já o Nordeste (41,8%) teve o maior avanço percentual desde 2012, início da série histórica.

A concentração de renda per capita, medida pelo índice de Gini, mostrou estabilidade (0,543) no Brasil em 2019 na comparação com o ano anterior (0,545). Houve redução em todas as regiões, com exceção do Nordeste, onde a desigualdade aumento de 0,545 para 0,559. Os dados foram divulgados pelo IBGE nesta quarta-feira (6).

 O índice de Gini varia de zero a um. Quanto mais próximo do zero, melhor é a distribuição de renda do país e quanto mais perto de um, mais desigual é a economia.

##RECOMENDA##

 “Essa estabilidade do índice de Gini no ano passado, com uma leve tendência de queda, deve-se aos ganhos de renda em praticamente todas as faixas. Os maiores foram registrados nas faixas centrais de distribuição (2,6%) e entre o 1% mais rico (2,7%). Os importantes ganhos das faixas intermediárias equalizaram a distribuição desigual de renda, mantendo-a relativamente estável. O rendimento médio per capita de todas fontes subiu 1,4% e chegou a R$ 1.406 em 2019”, ressaltou a analista da pesquisa, Alessandra Scalioni Brito.

A alta na desigualdade do Nordeste contribuiu com a estabilidade do índice em 2019. “O Sudeste pesa muito no indicador de distribuição de renda. Nessa região, tivemos uma redução importante na concentração de renda (0,533 para 0,527), mas o Nordeste também concentra população, e sua alta desigualdade parece ter pesado, impedindo a redução do Gini nacional. No Nordeste, tivemos uma forte alta na renda da população 1% mais rica (14,9%) e uma perda de rendimentos (-5%) na fatia 10% mais pobre. Isso aumentou a desigualdade na região”, ela complementou.

 A concentração de renda registrada em 2019 é a segunda maior desde o ínicio da série histórica, em 2012. Entre 2012 e 2015 houve uma tendência de redução no indicador (de 0,540 para 0,524), que foi revertida a partir de 2016, quando o Gini aumento para 0,537, chegando ao maior valor da série em 2018 (0,545). O melhor resultado (0,524) foi registrado em 2015.

 Outro dado que revela a desigualdade no país é a concentração da massa do rendimento médio mensal real domiciliar per capita. Em 2019, ela cresceu para 294,4 bilhões, sendo que a fatia dos 10% mais pobres possuía 0,8% da massa, enquanto os 10% mais ricos concentravam 42,9%. Os rendimentos médios mensais da faixa dos 10% mais ricos superou, inclusive, a proporção detida por 80% da população (41,5%).

 A alta concentração de renda per capita também se reflete nos rendimentos de todos os trabalhos. No ano passado, a renda da população 1% mais rica foi 33,7 vezes maior que da metade mais pobre em 2019. Isso significa que a parcela de trabalhadores com a maior renda arrecadou em média R$ 28.659 por mês, enquanto os 50% menos favorecidos ganharam R$ 850. Em 2018, essa relação foi de 33,8.

 A pesquisa aponta que aposentadoria e pensão cresceram entre as fontes de rendimento. A maior participação na composição do rendimento médio segue sendo o trabalho (72,5%), seguido por outras fontes (27,5%) e aposentadoria e pensão (20,5%). Também aparecem outros rendimentos (3,4%), aluguel e arrendamento (2,5%) e pensão alimentícia e mesada (1,1%).

"Até 2014 houve aumento da parcela do rendimento de todos os trabalhos no rendimento domiciliar per capita, atingindo 75,2% neste ano. A partir de 2015, aumentou a parcela relativa a outras fontes de rendimento, motivado sobretudo pelo comportamento de alta das aposentadorias e pensões, que alcançou 20,5% em 2018 e 2019", disse Alessandra Brito.

 O levantamento também aponta que o número de beneficiários do Bolsa Família segue caindo ano após ano. Em 2019, pessoas que viviam em 13,5% dos domicílios brasileiros receberam os recursos. Em 2012, a porcentagem era de 15,9%.

 Entre 2012 e 2019, o Nordeste foi a região que sofreu a maior redução de percentual de domicílios com beneficiários do programa (-6,1%). No ano passado, as regiões Norte e Nordeste tiveram as maiores proporções de domicílios com beneficiários do programa: 25% e 27,6%, respectivamente. A região Sul registrou a menor proporção, 4,7%.

 O rendimento mensal per capita dos beneficiários do Bolsa Família subiu de R$ 341 para R$ 352 no ano passado, embora o programa tenha registrado pico de R$ 398 em 2014. “A renda de quem recebe esse benefício é bem menor que o rendimento dos que não são beneficiários do programa (R$ 1.641). Isso mostra que o Bolsa Família de fato é voltado para a parcela mais pobre da população brasileira”, destacou a analista.

Já o Benefício de Prestação Continuada (BPC), que corresponde a um salário mínimo, foi pago, por mês, a 3,7% das famílias com idosos e deficientes físicos que comprovaram baixa renda em 2019. Isso significa 1,1 ponto percentual acima da proporção de famílias que receberam o benefício em 2012 (2,6%). A renda média dos beneficiários do programa foi de R$ 755, menor que o salário mínimo (R$ 998) em vigor no ano passado.

A pandemia do novo coronavírus mudou a rotina de milhares de brasileiros no último mês com o isolamento social adotado para evitar a disseminação da doença. Com a maioria das pessoas em casa, muitas empresas foram afetadas a ponto de precisarem até demitir seus colaboradores, além dos comerciantes e empresários que tiveram que fechar suas portas. Com isso, a renda de muitos brasileiros foi prejudicada e há quem esteja sem condições de pagar os valores da pensão alimentícia.

A advogada especialista em Direito Humanizado nas áreas de Família e Sucessões, Debora Ghelman, diz que a crise econômica gerada pelo novo coronavírus significa diminuição de vendas no comércio, perda em investimentos financeiros e o aumento do desemprego e explica que não serão raros os pedidos de revisão de pensão alimentícia.

##RECOMENDA##

"Importante esclarecer que a pensão alimentícia é arbitrada pelo juiz levando em consideração a possibilidade de quem paga e a necessidade de quem precisa dos alimentos. Trata-se do conhecido binômio necessidade/possibilidade. E o valor da pensão só poderá ser aumentado ou reduzido caso haja alguma alteração na renda do devedor ou credor dos alimentos. Então, comprovada a redução na capacidade econômica do devedor, é bastante plausível que haja um pedido judicial de revisão dos alimentos" diz a especialista.

A advogada ainda esclarece que apenas alegar que a renda foi afetada pela pandemia não é o suficiente para que seja arbitrada uma redução no pagamento, é preciso provar que houve uma diminuição na renda do devedor e que ela não é suficiente para arcar com o pagamento integral da pensão.

"Além disso, considerando-se que as contas para a manutenção da vida continuarão sendo cobradas e que, caso a criança seja contaminada com o vírus, os valores podem aumentar muito, é preciso ter muita cautela nos pedidos de revisão de alimentos que, com certeza, figurarão nas varas de família" explica.

Caso o valor realmente seja reduzido, é importante se atentar se a mudança é temporária ou se perdurará no tempo. “Se o pagador for um comerciante que teve seu negócio fechado por alguns meses, mas quando retornou conseguiu recuperar totalmente sua renda, o valor da pensão deve voltar a ser o mesmo de antes da pandemia, e até mesmo pode acontecer uma compensação pelos valores diminuídos anteriormente”, exemplifica Debora.

Devido à pandemia, no dia 25 de março, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) estendeu a todos os presos por dívida alimentícia os efeitos de uma decisão liminar que garante a prisão domiciliar. No começo de abril, o Senado aprovou projeto de lei que, entre outros pontos para a contenção do vírus, estabelece o regime domiciliar para os casos de atraso em pensão.

"Diversos arranjos podem ser feitos nessa situação totalmente inédita que vivemos, mas é preciso lembrar que a prioridade é que as despesas dos filhos sejam devidamente pagas. A pensão alimentícia é uma obrigação vinculada à sobrevivência daquele que os necessita, abrangendo tudo quanto o filho precisa para a sua sobrevivência e manutenção como ser social", finaliza Debora.

 

Conceição das Crioulas possui 4.300 habitantes e fica a 45km de Salgueiro, no sertão pernambucano. (Ricardo Moura/Fundarpe/Divulgação)

##RECOMENDA##

Duas comunidades quilombolas de Pernambuco já registram, cada uma, um caso do novo coronavírus. A informação foi dada ao LeiaJá pelo coordenador executivo da Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais (Conaq), Antônio Crioulo. A organização emitiu nota, na última quinta-feira (18), com as suas principais reivindicações de enfrentamento à pandemia da Covid-19, dentre as quais estão o acesso imediato aos equipamentos de proteção individual (EPI's), anistia de dívidas contraídas pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e a compra de toda a produção da agricultura familiar dos quilombolas, cujo o escoamento foi comprometido.

“A renda das nossas comunidades é principalmente a que vem da agricultura. O excedente da produção sempre foi comercializado na cidade, para complementar a alimentação, ou seja: a gente planta feijão, milho, abóbora e melancia, vendendo para complementar a própria mesa com outros produtos. Quando você não consegue fazer a troca com a cidade, há perdas tanto na questão alimentar quanto econômica”, explica Antônio Crioulo.

O escoamento dos produtos, por sua vez, é dificultado pelas atuais condições de mobilidade das comunidades. Morador de Conceição das Crioulas, comunidade quilombola com 4.300 moradores, localizada a 45 km de Salgueiro, no Sertão de Pernambuco, Crioulo afirma que diversas prefeituras têm se recusado a fazer a manutenção das estradas no atual período, que é de chuva em algumas regiões. “Além disso, nosso principal meio de transporte para a cidade é o pau-de-arara, que pode ser apreendido ao chegar no destino, devido à pandemia. Assim, muitos quilombolas não estão conseguindo sequer fazer o saque do auxílio de R$ 600 do governo federal, porque não conseguem chegar às agências”, acrescenta Crioulo.

Isolamento social

Baseadas em fortes laços sanguíneos, territoriais e afetivos, as comunidades quilombolas lutam para obedecer ao isolamento social. Sem os tradicionais cumprimentos de mãos e pedidos de bênção aos mais velhos, responsáveis por guardar os saberes do quilombo, mas também mais suscetíveis às formas graves da Covid-19. “Depois de um mês de isolamento, posso dizer que tivemos momentos diferentes no processo de isolamento. Inicialmente, o povo permaneceu nas comunidades, recebendo visitas. Depois que apareceram mais casos, pararam de aceitar a circulação de pessoas de fora”, comenta Crioulo.

Um dos dois casos de que a Conaq tem conhecimento nos quilombos de Pernambuco é o de um rapaz de Conceição das Crioulas, que após sofrer um acidente de moto, contraiu a Covid-19 em uma unidade hospitalar de Salgueiro. Ele está internado em UTI, em estado grave. De acordo com Crioulo, a comunidade pernambucana que registrou a outra ocorrência prefere não se identificar. “A grande maioria das comunidades quilombolas não têm água encanada, sistema de saneamento básico. A limpeza é muito precária e, sem acesso à cidade, há um déficit muito grande de produtos higienização. Até agora não houve nenhum apoio governamental para que os quilombolas disponham de álcool gel ou equipamentos de proteção, uma necessidade urgente”, lamenta Crioulo.

Obedecendo ao isolamento social, Conceição das Crioulas é uma das comunidades quilombolas com caso confirmado da Covid-19. (Incra/Reprodução)

Demanda por políticas específicas

Pernambuco possui 196 territórios quilombolas, nos quais existem mais de 500 comunidades, que somam uma população de cerca de 250 mil pessoas. Em levantamento realizado com urgência, a Coordenação Estadual de Articulação das Comunidades Quilombolas de Pernambuco constatou que 17.008 famílias quilombolas necessitam urgentemente do fornecimento de cestas básicas e materiais de primeira necessidade. A Fundação Cultural Palmares, contudo, comunicou que considerável parcela dessa população não será incluída no Programa de Segurança Alimentar e Nutricional (ADA).

Por meio de ofício emitido na última sexta (17), a Defensoria Pública da União (DPU) solicitou informações a respeito da possível ausência de medidas específicas para socorrer as comunidades quilombolas do estado durante a pandemia. No documento, a instituição comunica que instaurou um Procedimento de Assistência Jurídica (PAJ), através do qual “se pretende apurar as razões para a manutenção do desabastecimento e verificar a existência de iniciativas no âmbito do Governo do Estado de Pernambuco voltadas especificamente para a assistência a essas comunidades tradicionais de Pernambuco no período de crise”.

Questionada pela reportagem do LeiaJá, a assessoria de imprensa do Governo de Pernambuco enfatizou a criação do programa “Compra Local”, que investirá R$ 1 milhão na aquisição de produtos de associações e cooperativas rurais. O projeto foi lançado na última terça-feira (14), por meio de parceria entre a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico e a Agência Pernambucana de Desenvolvimento Econômico (AD Diper). “Apesar de termos feito diversas provocações ao governo do estado, principalmente através da Coordenadoria de Igualdade Racial, infelizmente houve um rompimento do diálogo com as comunidades quilombolas. Aguardamos ainda as manifestações sobre que tipo de apoio será dado a essas populações”, conclui Antônio Crioulo.

Confira, na íntegra, as reivindicações das comunidades quilombolas de Pernambuco, oficializadas na nota pública da Conaq:

1. Instalação Imediata de um comitê de crise estadual em decorrência do novo Coronavírus junto as Comunidades Quilombolas;

2. Acesso imediato aos Equipamentos de Proteção Individual- EPI produzidos no estado com incentivo estatal em decorrência das necessidades impostas pelo novo Coronavírus e outras doenças.

3. Seja garantido acesso imediato à água para uso doméstico e potável nas comunidades quilombolas, com abastecimento por carros pipas, abertura de poços artesianos e construção de cisternas nas comunidades que ainda não os tem.

4. Reedição do Plano Pernambuco Quilombola, Garantindo fundo orçamentário para efetivação das politicas públicas destinadas ao publico Quilombola.

5. Isenção dos quilombolas por 1 (um) ano de todos dos impostos (IPTU), quando for o caso, e energia elétrica e água por um período.

6. Compra de toda a produção da agricultura familiar dos quilombolas, cujo escoamento foi prejudicado em função do COVID-19, para distribuição em comunidades não produtoras;

7. Que todos os quilombolas que estejam na fila de espera para acessar o benefício do Programa Bolsa Família sejam contemplados e a fila seja zerada. Ad (sic) estados e municípios façam a busca ativa em todos os Territórios quilombolas certificados pela Fundação Cultural Palmares para sua inclusão no Cadastro Único e posterior inclusão no Programa Bolsa Família e programas de renda mínima. Sabemos que há comunidades que não contam com nenhuma assistência social e se enquadram no perfil de beneficiário.

8. Que todos os quilombolas sejam anistiados das dívidas contraídas pelo PRONAF, Ampliação do atendimento e dobre os valores de acesso aos recursos do PRONAF em todas as linhas para os quilombolas.

9. Abertura de novas compras pelo PAA e PNAE para os quilombolas, com menos burocracias, assegurando a infraestrutura necessária (estradas, barcos, pontes e acessos em geral) de acordo com cada região, para o escoamento da produção dos quilombolas;

10. Efetivação imediata da Educação escolar Quilombola. Em conformidade com as Diretrizes Estaduais de Educação Escolar Quilombola;

11. Incremento orçamentário para pagamento de imóveis em territórios quilombolas em regularização fundiária e para todos os processos abertos em conformidade com o decreto estadual 38.960 de 2012 de regularização fundiária que estão parados por falta de recursos técnicos e financeiros.

Com menos de 30 dias de quarentena e em meio a um cenário em que a retomada do contato social ainda parece distante, mais da metade dos brasileiros já sente no bolso os efeitos da pandemia do novo coronavírus. Pesquisa do Instituto Locomotiva, obtida com exclusividade pelo jornal O Estado de S. Paulo, aponta que 51% das pessoas afirmam ter perdido renda e que já estão contingenciando seus gastos.

Segundo a pesquisa, o impacto da crise é praticamente o mesmo entre homens e mulheres. Por faixa etária, contudo, afeta mais o bolso dos trabalhadores com 50 anos ou mais (52%), com ensino superior completo (48%) e que residem nos Estados do Sudeste (38%). A região concentra São Paulo e Rio de Janeiro, as duas capitais com o maior número de infecções, segundo dados do Ministério da Saúde.

##RECOMENDA##

Para o presidente da Locomotiva, Renato Meirelles, a proporção de brasileiros afetada, que já é alta, deve crescer nas próximas semanas. E o brasileiro, ele afirma, espera que isso aconteça. "Levantamos que dois em cada três profissionais acreditam que seus empregos serão muito prejudicados no Brasil, apesar de 73% das pessoas defenderem o isolamento social como forma de frear o avanço da doença", diz Meirelles.

A pesquisa foi realizada entre 3 e 5 de abril e entrevistou, por telefone, cerca de mil pessoas em 72 cidades do País. A margem de erro é de 3,2 pontos porcentuais para cima e para baixo.

TV a cabo dividida. Na casa da chef de cozinha Juliana Menezes os efeitos da paralisação da economia foram sentidos quase que de imediato. Ela, que deixou a sociedade de um restaurante para cozinhar na casa dos clientes, conta que conseguiu migrar a maior parte da demanda para um serviço de entrega de marmitas, que vem fazendo desde meados de março. Já o marido, que é vendedor e nos últimos dois anos também trabalhava como motorista de aplicativos, praticamente zerou a renda. O prejuízo é calculado em R$ 3 mil dentro do mês.

"Nunca tivemos poupança, não sobra dinheiro para isso. Saímos cortando os gastos", diz Juliana, que reduziu a lista de supermercados, trocando, por exemplo, os alimentos orgânicos por produtos tradicionais. "Comida sempre foi meu 'ralo', onde gasto muito. Só nessa nova lista economizei por volta de R$ 1 mil", afirma.

O corte também avançou nos custos fixos de serviços, como na assinatura de TV a cabo. "Cancelei a internet, bati na porta do meu vizinho de cima e me ofereci para dividir a conta com ele", conta. "Nunca tinha conversado com esse vizinho e só sabia que se chamava Oscar. Ele aceitou fazer um teste e está ótimo assim", afirmou.

Sem carne

Em Florianópolis, a microempresária Madeleine Lisboa teve de cortar no básico. Com o marido desempregado e dois filhos, ela viu a demanda de sua agência de limpeza minguar nas últimas semanas. "Como praticamente não tem serviço, paramos de comer carne. Eu avisei os filhos que para beber é só suco de limão, que pego no quintal do vizinho, e estou fazendo mistura com abacate, que também pego da horta", conta. "Eu ainda tenho minha casa e dinheiro para comprar alguma coisa, agora minhas colaboradoras, que recebem por serviço feito, estão sem nada. Estou distribuindo cestas básicas para que tenham o que comer."

SOB CONTROLE

Roberto Greathouse, tradutor

'Só deverei voltar a receber alguma coisa a partir de julho'

O último trabalho do tradutor Robert Greathouse foi no dia 16 de março. De lá para cá, diz que perdeu 100% de sua renda e consegue pagar as contas graças a uma reserva de emergência que vem acumulando há dez anos. "Eu sou muito controlado e agora preciso ser mais. Acho que só voltarei a receber alguma coisa a partir de julho", diz. Desde que iniciou a quarentena, em março, Greathouse eliminou gastos com aplicativos de transporte, que consumiam R$ 300 do seu orçamento mensal, a academia e começou a cozinhar: "Estou economizando uns R$ 1 mil por mês."

ADAPTAÇÃO

Ailton Silva, dono de empresa de churrascos

'Vou tentar pagar pelo menos o mínimo do cartão de crédito'

Ailton Silva é proprietário de uma empresa que organiza e prepara churrascos em condomínios. O negócio é tocado por ele, a esposa e a filha mais nova. Seu último evento foi há 30 dias. Desde então, ele tenta adaptar as despesas à nova realidade. "Estou usando um pouco do dinheiro que consegui guardar. Ainda bem que não pago aluguel e tenho poucas dívidas", diz ele, que deve pagar pelo menos o mínimo do cartão de crédito. "As contas de luz e de água e vou jogar para frente. Quero guardar dinheiro para comida e medicamentos, caso a gente precise", afirma.

MENOS RENDA

Gutierres dos Passos, atendente em operadora de telefonia

'Peguei dinheiro emprestado e dei meu celular como garantia'

Gutierres dos Passos conta com seus dois empregos para pagar as contas da casa em que mora com a mãe, em Volta Redonda (RJ). De segunda a sexta trabalha como atendente em uma operadora de telefonia. Aos fins de semana, é gerente de uma casa noturna: "O trabalho na casa noturna era mais da metade do que eu recebia e foi justamente esse que eu perdi há duas semana." Sem poupança e com a última prestação de seu carro para pagar, ele tomou emprestados R$ 500 em um banco digital. "Dei meu celular como garantia e vou pagar em quatro vezes de R$ 200".

A partir das 9h desta terça-feira (7), de 15 milhões a 20 milhões de trabalhadores informais não inscritos em programas sociais poderão baixar o aplicativo da Caixa Econômica Federal que permitirá o cadastramento para receberem a renda básica emergencial. 

O auxílio - de R$ 600 ou de R$ 1,2 mil para mães solteiras - será pago por pelo menos três meses para compensar a perda de renda decorrente da pandemia de coronavírus.

##RECOMENDA##

A Caixa também lançará uma página na internet e uma central de atendimento telefônico para a retirada de dúvidas e a realização do cadastro. Detalhes como o nome do aplicativo, o endereço do site e o número da central telefônica serão divulgados pelos ministros da Cidadania, Onyx Lorenzoni, e da Economia, Paulo Guedes; pelo presidente da Caixa, Pedro Guimarães; e pelo presidente do Dataprev, Gustavo Canuto, em evento nesta manhã no Palácio do Planalto.

Deverão cadastrar-se trabalhadores autônomos não inscritos no Cadastro Único de Programas Sociais (CadÚnico) e que não pagam nenhuma contribuição para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Quem não sabe se está no CadÚnico pode conferir a situação ao digitar o número do Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) no aplicativo.

Quem contribui para a Previdência como autônomo ou como microempreendedor individual (MEI) já teve o nome processado pela Caixa Econômica e está automaticamente apto a receber o benefício emergencial. Ontem (6) à noite, o ministro Onyx Lorenzoni disse que os primeiros benefícios começarão a ser pagos ainda hoje para quem está nos cadastros do governo. Segundo ele, o pagamento para esse primeiro grupo deve ser concluído até amanhã (8).

Funcionamento

Quanto aos trabalhadores autônomos ainda não cadastrados, o pagamento será feito até 48 horas depois da conclusão do cadastro no aplicativo. O benefício será depositado em contas poupança digitais, autorizadas recentemente pelo Conselho Monetário Nacional, e poderá ser transferido para qualquer conta bancária sem custos.

Quem não tem conta em bancos poderá retirar o benefício em casas lotéricas. O próprio aplicativo, ao analisar o CPF (Cadastro de Pessoa Física) , verificará se o trabalhador cumpre os cerca de dez requisitos exigidos pela lei para o recebimento da renda básica.

Bolsa Família

O terceiro grupo é formado pelos beneficiários do Programa Bolsa Família, que não precisarão baixar o aplicativo. Segundo Lorenzoni, eles já estão inscritos na base de dados e poderão - entre os dias 16 e 30 - escolher se receberão o Bolsa Família ou a renda básica emergencial, optando pelo valor mais vantajoso.

O ministro da Cidadania lembrou que o benefício de março do Bolsa Família terminou de ser pago no último dia 30. Para ele, o pagamento do novo benefício a essas famílias antes do dia 16 complicaria o trabalho do governo federal, que ainda está consolidando a base de dados, de separar os grupos de beneficiários.

Outro aplicativo

Além da ferramenta para o cadastro de trabalhadores autônomos, a Caixa lançará um aplicativo exclusivo para o pagamento da renda básica emergencial. 

Segundo o presidente do banco, Pedro Guimarães, esse segundo aplicativo funcionará de modo semelhante ao do saque imediato do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), permitindo escolher uma conta bancária para o recebimento ou optar pelo saque em casas lotéricas.

Pesquisa Datafolha realizada entre os dias 18 e 20 de março indica que a maioria dos trabalhadores brasileiros temem que sua renda diminua por causa dos impactos econômicos causados pela propagação do novo coronavírus. Segundo a pesquisa, 79% dos entrevistados preveem que a economia brasileira será muito afetada pelo vírus, enquanto apenas 16% acham que ela será pouco afetada, e somente 3% dizem que ela não será prejudicada.

Entre eleitores do presidente da República, Jair Bolsonaro, o pessimismo é menor, mas segue como a opinião da maior parte dos entrevistados: 72% daqueles que disseram ter votado em Bolsonaro afirmam que a economia será muito afetada pelo coronavírus.

##RECOMENDA##

Os eleitores de Bolsonaro também consideram que a atuação do Ministério da Saúde diante da crise do coronavírus é melhor que a do presidente da República. Entre os que disseram ter votado em Bolsonaro, a aprovação do mandatário quanto ao andamento da crise é de 56%, 8 pontos porcentuais abaixo da aprovação do Ministério, de 64%.

Mesmo abaixo do Ministério, a aprovação de Bolsonaro entre seus eleitores ainda é bem maior que a avaliação positiva feita pela população em geral, de 35%.

O Datafolha ouviu 1.558 pessoas entre quarta, 18, e sexta, 20. Feita por telefone para evitar contato com o público, a pesquisa tem margem de erro de três pontos para mais ou para menos.

Entregadores lutam por renda nas vias públicas. Foto: Júlio Gomes/LeiaJáImagens

##RECOMENDA##

Nas ruas do Centro do Recife, o movimento está ruim por causa da pandemia do coronavírus. No entanto, apesar de alguns estabelecimentos gastronômicos terem fechado as portas por conta da proliferação da doença, os pedidos por meio de aplicativos vêm suprindo a vontade dos clientes que tentam evitar o contágio do Covid-19 através de contato físico e até mesmo de aglomeração. Para Sonália Marques, de 28 anos, o trabalho não pode parar.

LeiaJá também

--> Governo de Permambuco determina fechamento de shoppings e bares

Sem vínculo empregatício com a empresa iFood, Sonália afirma que recebeu orientações de como intensificar os cuidados com a higiene. Buscando meios de se esquivar da crise instaurada pelo coronavírus nos últimos meses, a entregadora de comida por app, através de bicicleta, sente falta de ter os seus direitos trabalhistas garantidos. Além disso, enquanto boa parte da população se isola para evitar efeitos da doença, entregados de app circulam pelas vias públicas, expostos ao risco de enfermidades.

De acordo com a advogada trabalhista Priscila Braz do Monte, as pessoas que exercem a função autônoma em atividades estabelecidas nos aplicativos "não trabalham com todos os requisitos que a lei exige para configurar uma relação de emprego, motivo pelo qual são considerados prestadores de serviço autônomo". Diante do cenário caótico em que o surto do coronavírus gerou mundo afora, os profissionais autônomos que não são regularizados devem receber orientações para que não haja contaminação da doença.

Nas ruas, trabalhadores estão expostos a doenças. Foto: Júlio Gomes/LeiaJáImagens

Segundo a médica residente em infectologia Marcela Vieira, os trabalhadores independentes estão sujeitos à infecção do coronavírus ou de qualquer outro tipo de problema de saúde. "Essas pessoas, realmente, estão sob o maior risco porque continuam transitando, passando por vários locais e estabelecimentos, e elas também podem ser potenciais vetores e potencialmente infectadas", explicou. Para a médica, o ideal é que os profissionais de aplicativo usem álcool em gel no dia a dia, sendo válido para o uso nos momentos de contato com a encomenda, que vai da saída do restaurante até a casa do consumidor que fez o pedido.

O LeiaJá ainda conversou com Anthony Silva, 26 anos, que também atua como entregador de app no Recife. Ele descreveu os riscos da sua rotina. Confira no vídeo a seguir:

O iFood anunciou ter criado um fundo solidário de R$ 1 milhão para os entregadores que precisem ficar em quarentena. O entregador que ficar doente vai receber um valor baseado na média dos repasses dos últimos 30 dias proporcional a 14 dias de quarentena. 

Estão aptos a receber o valor os entregadores que realizaram ao menos uma entrega desde 1º de fevereiro e que foram autorizados pela plataforma até o dia 15 de março. Após alertar que está com a Covid-19, o profissional terá a conta bloqueada por 14 dias e poderá enviar evidências do diagnóstico para receber o dinheiro em até 30 dias.

O iFood também habilitou a opção de entrega sem contato e anunciou um fundo de R$ 50 milhões para restaurantes, com foco nos pequenos estabelecimentos locais e naqueles que estão em áreas de grande impacto do novo coronavírus. Os restaurantes aptos terão uma devolução de parte das comissões cobradas pela empresa nos pedidos feitos a partir de 2 de abril.

A empresa ainda reduzirá o prazo para repassar os valores aos estabelecimentos. A Uber, por sua vez, divulgou que motorista e entregador parceiro diagnosticado com a Covid-19 ou que estiver em quarentena por determinação de uma autoridade de saúde receberá assistência financeira por até 14 dias enquanto sua conta estiver suspensa. A companhia ressalta que o cliente pode deixar uma instrução no app do Uber Eats para que o entregador deixe o pedido na porta.

A startup colombiana Rappi disse ter criado um fundo para proteger os entregadores, mas não deu detalhes dos valores. A empresa afirmou ainda que está entregando aos profissionais álcool em gel e máscaras antibacterianas, além de ter criado a opção de entrega em domicílio sem contato físico.

Entrevistas de Maya Santos com texto de Paulo Uchôa. Colaboraram Jorge Cosme e Adige Silva

O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJ-MS) determinou que um homem deve contratar um plano de saúde para que a sua ex-mulher possa fazer o tratamento de câncer de mama. O desembargador Odemilson Roberto Castro anotou em seu voto que o ex-marido deverá contratar o serviço sob pena de multa diária. 

"Embora o recorrido sustente que não tem condições de arcar com o valor, ao argumento de que está desempregado, (…) o recorrido expôs que é motorista, o que demonstra que possui ocupação capaz de lhe conferir renda", declarou Castro.

##RECOMENDA##

O homem teve um prazo de cinco dias para reativar o plano de saúde empresarial ao qual tinha direito e pelo qual a sua ex-mulher iniciou o tratamento contra o câncer. A decisão foi unânime da 3ª Câmara Cível do TJ-MS. A mulher, que deve passar por uma mastectomia e reconstrução da mama, disse que não tinha tempo a perder.

Segundo o Estado de Minas, a mulher afirma que foi pressionada pelo ex-marido para realizar o tratamento com urgência porque ele iria pedir demissão. Na Justiça, o homem confirmou que teve que pedir demissão e, por isso, não teria como pagar o plano de saúde. 

A mulher rebate e aponta que a empresa administradora do plano de saúde conseguiu o deferimento do pedido de reativação do plano, com opção para o plano de demitidos, aposentados e inativos. A mulher diz que não poderia passar por um novo período de carência. 

O duelo desta quarta-feira com o Grêmio, que colocará uma vaga na final da Copa Libertadores em disputa, já assegurou ao Flamengo uma receita expressiva antes mesmo do início da partida. Com ingressos esgotados há cerca de um mês, a expectativa é de que a renda do compromisso agendado para as 21h30 seja de cerca de R$ 7 milhões.

O valor será recorde para o Flamengo e também para o futebol brasileiro em 2019, temporada em que, pelo seu sucesso esportivo, o time vem lotando estádios, tanto que possui média de pouco mais de 50 mil torcedores por jogo como mandante.

##RECOMENDA##

A arrecadação expressiva se dá pela presença expressiva dos torcedores, mas também pelo valor cobrado pelos ingressos, com a mais barata entrada para os sócios, o do setor norte do Maracanã, custando R$ 70. E a expectativa é de que mais de 60 mil torcedores estejam presentes ao estádio, sendo quatro mil gremistas.

Até agora, a maior renda do Flamengo em 2019 também se deu em um duelo da Libertadores, o das quartas de final, contra o Internacional, vencido por 2 a 0. Aquele triunfo teve 60.797 torcedores pagantes, com uma renda bruta de R$ 4.758.999,00 e um tíquete médio de R$ 78, valor que será superado nesta quarta-feira.

Embora a arrecadação deva atingir os R$ 7 milhões, todo esse valor não ficará para o Flamengo. O clube, que faz parte da gestão do estádio, terá custos elevados com a operação do jogo. Assim, deve ficar com cerca de 50%, ou um pouco mais, desse valor nos seus cofres.

A carga total de ingressos para a partida é de 68.015 entradas, incluindo gratuidades e cortesias. O jogo também mobilizará um esquema de segurança equivalente a praticamente o dobro do normalmente usado em duelos de risco máximo. Serão cerca de 1.100 agentes de segurança - 800 policiais militares e 300 guardas municipais.

Além disso, serão nove ruas interditadas no entorno do Maracanã, a partir das 18 horas, para que só quem tiver ingresso consiga se aproximar do estádio, que terá seus portões abertos às 18h30.

Em Porto Alegre, o primeiro confronto da semifinal da Libertadores entre Grêmio e Flamengo terminou empatado em 1 a 1. Uma igualdade sem gols dá a vaga para os cariocas, enquanto qualquer outro empate classifica os gaúchos à decisão. Quem se classificar vai enfrentar o vencedor do duelo argentino entre Boca Juniors e River Plate, marcado para esta terça-feira. No primeiro confronto, o River Ganhou por 2 a 0.

O rendimento médio mensal real domiciliar per capita, considerando todas as fontes de renda, subiu de R$ 1.285 em 2017 para R$ 1.337 em 2018. No entanto, o valor caía a pouco mais da metade da média nacional nas regiões mais pobres do País: no Nordeste, era de R$ 815 em 2018; e no Norte, R$ 886.

Na Região Sudeste, o rendimento médio mensal domiciliar per capita foi de R$ 1.639, mais que o dobro do recebido pelos nordestinos.

##RECOMENDA##

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), iniciada em 2012 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O Índice de Gini da renda domiciliar per capita de todas as fontes - medida de desigualdade de renda numa escala de 0 a 1, em que quanto mais perto de 1 maior é a desigualdade - teve o pior desempenho em 2018 na região Norte, 0,551, seguido pelo Nordeste, 0,545, e Sudeste, 0,533. No Centro-Oeste, o resultado foi de 0,513.

O menor valor foi o do Sul, 0,473. Na média nacional, o Índice de Gini alcançou o recorde de 0,545 dentro da série histórica da pesquisa.

Ainda considerando todas as fontes de renda, a região Sudeste concentrou mais da metade da massa de rendimentos do País, R$ 143,7 bilhões de um total de R$ 277,7 bilhões.

As fatias das demais regiões foram de R$ 47,7 bilhões para o Sul, R$ 46,1 bilhões para o Nordeste, R$ 24,4 bilhões para o Centro-Oeste, e R$ 15,8 bilhões para o Norte.

A desigualdade de renda no País alcançou patamar recorde em 2018, dentro da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), iniciada em 2012 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A metade mais pobre da população, quase 104 milhões de brasileiros, vivia com apenas R$ 413 mensais, considerando todas as fontes de renda.

No outro extremo, o 1% mais rico - somente 2,1 milhões de pessoas - tinha renda média de R$ 16.297 por pessoa. Ou seja, essa pequena fatia mais abastada da população ganhava quase 40 vezes mais que a metade da base da pirâmide populacional.

##RECOMENDA##

Em todo o País, 10,4 milhões de pessoas (5% da população) sobrevivem com R$ 51 mensais, em média. Se considerados os 30% mais pobres, o equivalente a 60,4 milhões de pessoas, a renda média per capita subia a apenas R$ 269.

Mesmo passada a crise econômica, a desigualdade se agravou. A renda domiciliar per capita dos 5% mais pobres caiu 3,8% na passagem de 2017 para 2018. Ao mesmo tempo, a renda da fatia mais rica (1% da população) cresceu 8,2%.

O Índice de Gini da renda domiciliar per capita - medida de desigualdade de renda numa escala de 0 a 1, em que quanto mais perto de 1 maior é a desigualdade - subiu de 0,538 em 2017 para 0,545 em 2018, patamar auge na pesquisa.

Os mais pobres ficaram mais pobres, os mais ricos ficaram mais ricos, confirmou Maria Lucia Vieira, gerente da Pnad. Para a pesquisadora, o fenômeno tem relação com a crise no mercado de trabalho, que afetou especialmente o extrato de trabalhadores com menor qualificação e menor remuneração.

"Continuam no mercado de trabalho aqueles que ganham mais", justificou Maria Lucia Vieira.

Quando começou a melhora na geração de vagas, os desempregados que conseguiram retornar ao mercado de trabalho passaram a ganhar menos em funções semelhantes ou a atuar em postos informais, que também remuneram menos.

"Quando as pessoas perdem seus trabalhos, elas vão arrumar outras ocupações em que elas consigam ter alguma remuneração. Se o momento tem mais demanda por trabalho do que oferta, as pessoas acabam aceitando trabalhos com remunerações mais baixas", explicou a gerente da Pnad.

Com mais pessoas trabalhando, a massa de renda de todas as fontes cresceu de R$ 264,9 bilhões em 2017 para R$ 277,7 bilhões em 2018. Como a concentração de renda aumentou, os 10% mais pobres detinham apenas 0,8% da massa de rendimentos, enquanto que os 10% mais ricos concentravam 43,1% desse bolo.

Se considerados apenas os trabalhadores com renda do trabalho, a fatia de 1% mais bem remunerada recebia R$ 27.744 mensais, o que corresponde a 33,8 vezes o rendimento dos 50% dos trabalhadores com os menores rendimentos, que recebiam, em média, R$ 820, menos que o salário mínimo em vigor no ano. A diferença foi a maior da série histórica da pesquisa.

O índice de Gini da renda do trabalho também registrou piora na passagem de 2017 para 2018, subindo de 0,501 para 0,509 no período, o patamar mais elevado da série.

A Stone, uma empresa atuante no ramo de máquinas de cartões de crédito e débito, está oferecendo diversas oportunidades de emprego em algumas cidades pernambucanas. As vagas são para a área comercial e os interessados precisam acessar o site o site da empresa. Não há pré-requisitos, mas caso os profissionais já atuem na função desejada, isto será visto como diferencial.   

Há processos seletivos disponíveis nas cidades de Olinda, Jaboatão dos Guararapes e Paulista, na Região Metropolitana do Recife; Gravatá e Caruaru, no Agreste; e Carpina, na Mata Norte. Todos para o cargo de consultor comercial externo.

##RECOMENDA##

A Stone não divulgou detalhes sobre as etapas de seleção, mas os aprovados recebem remuneração compatível com o mercado, além das comissões conforme cumprimentos de metas. Ainda há benefícios como vale alimentação e refeição, vale transporte, seguro saúde e odontológico, seguro de vida, entre outros.

<p>No podcast desta sexta-feira (20), o cientista político Adriano Oliveira analisa as decisões tomadas pelo Ministro da Economia do governo. Para ele, as suas ações podem ameaçar a popularidade do presidente. Adriano aponta alguns pontos positivos em Paulo Guedes, como a defesa das privatizações e reformas, entretanto, questiona outras ações que podem ser prejudiciais para Bolsonaro.</p><p>Uma delas é o fato de ele ignorar a grande desigualdade social do país, não falando sobre políticas de inclusão social. O excesso de liberalismo faz com que não exista agenda social. Se isso continuar, para o cientista, a população pode começar a tirar o apoio ao presidente, não apoiando, inclusive, os candidatos dele nas eleições municipais de 2020. Se o emprego e a renda não aumentarem, as próximas eleições podem estar comprometidas.</p><p>O programa Descomplicando a Política é exibido na fanpage do Leia Já, em vídeo, toda terça-feira, a partir das 15h. Além disso, também é apresentado em duas edições, no formato de podcast, às segundas e sextas-feiras.&nbsp;</p><p>
<style type="text/css">
p.p1 {margin: 0.0px 0.0px 0.0px 0.0px; font: 12.0px 'Swiss 721 SWA'}</style>
</p> <iframe width="350" height="50" src="https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/5fbc59e8b8b00ec07528... scrolling="no" frameborder="0"></iframe>

Trabalhar por conta própria é o sonho de muita gente. Existem diversas vantagens em gerenciar seus negócios, como ter controle sobre os rendimentos e horários que você pode disponibilizar para dedicação à vida profissional. Entre dezembro de 2018 e julho deste ano, houve um aumento de 10,9% na taxa de empreendedores no Brasil. Hoje são 8,5 milhões de pessoas que atuam por conta própria, de acordo com o Portal do Empreendedor, que é responsável por receber os cadastros de formalização dos profissionais. 

Visando facilitar a vida e atuação desse público, há uma série de aplicativos que funcionam de maneira simples e intuitiva. Eles são capazes de melhorar a organização pessoal, da empresa e das finanças, da relação com os clientes e parceiros. O LeiaJá separou uma lista com dez exemplos gratuitos que podem ser boas ferramentas de trabalho para empreendedores.

##RECOMENDA##

1 - Aussi

Quem está no começo do empreendimento sempre tem muitas dúvidas em relação aos preços que deve cobrar, às demandas, à própria gestão, entre outros procedimentos. Muitas pessoas não têm recursos financeiros disponíveis para bancar os custos de uma consultoria, então o 'Aussi' chega com essa intenção, de ser um veículo de troca de experiências e conhecimentos entre os micro e pequenos empreendedores. Os idealizadores se definem como uma plataforma colaborativa, justamente por ter esse perfil de integração e compartilhamento de conhecimentos entre quem sabe e quem quer saber. Por exemplo, quem tem dúvida sobre marketing fala com quem empreende na área. Cada resposta recebe avaliações de outros usuários. A ferramenta está disponível para download em Android e IOS. 

2 - Primer

Conhecimento também é o lema do Primer. Criada pelo Google, a plataforma oferece dicas e cursos rápidos por meio de vídeos e postagens, voltados para negócios e marketing digital. Os assuntos podem ser buscados por temas de interesse e os participantes podem ir acompanhando seu progresso e avançando nas lições. São cinco minutos de conteúdos, que trazem tópicos como engajamento, construção de marca, comunicação com o cliente, mobile marketing, entre outros. Para ter acesso basta fazer o download no celulares com Android ou IOS. 

3 - Munddi

Voltado para os empreendedores que atuam com vendas on e offline, o Munddi é um aplicativo que reúne informações das lojas e disponibiliza para consumidores que estão em busca de serviços compatíveis na região. Ele identifica a localização do cliente e sugere lojas mais próximas, endereços online onde os consumidores podem encontrar seu produto ou até mesmo os distribuidores, sendo uma opção para todas as cadeias de consumo. Ainda é oferecido serviço de delivery e divulgação dos produtos à venda nas redes sociais. Conheça o Munddi.

4 - Siscontrole

Este é um programa oferecido para empresas que querem manter o controle financeiro em dia. Os interessados em utilizar os serviços ofertados devem informar dados como lançamentos de títulos a pagar e receber, movimentações bancárias e de caixa, focando no que tem disponível para o negócio. Com isso, são gerados relatórios de fluxo de caixa, despesas, receitas, relações com clientes e fornecedores, por exemplo. No site do Siscontrole, é possível ainda encontrar vídeos com orientações de como utilizar as ferramentas oferecidas. 

5 - Meu Negócio em Dia

Desenvolvido em uma parceria do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e a Federação Brasileira dos Bancos (Febrabam), o Meu Negócio em Dia também atua na gestão e educação financeira dos empreendedores. Entre as promessas da ferramenta, estão a organização das finanças, análise de receitas, despesas e viabilidade do negócio. Os usuários ainda têm a possibilidade de utilizar “A Calculadora do Empresário”, para comparar os custos dos produtos e serviços financeiros para empreendedores disponíveis e também um “Simulador de Sonhos”, que serve para analisar se o plano de aumento dos negócios e investimentos é compatível com o prazo estipulado e se a escolha feita para alcançar esse objetivo é a mais viável. Para baixar basta entrar na loja de app do celular. 

6 - CamCard

Este aplicativo tem o objetivo de melhorar a divulgação do trabalho desenvolvido pelos empreendedores. É um ferramenta que otimiza os contatos profissionais através do armazenamento de cartões de visita. São mais de 100 milhões de usuários no mundo. A utilização dele é simples. Através da câmera do celular as pessoas podem escanear os cartões corporativos e o aplicativo se encarrega de salvar cada novo contato, criando uma carteira de parceiros, clientes, tornando mais eficaz essa troca e ampliando o networking. Além disso, é possível dentro de um contato fazer alterações, anotações e detalhes personalizados. Para baixar basta ir à loja de aplicativos do celular e depois fazer um cadastro. 

7 - WhatsApp Business

Clientes tendem a voltar a fazer negócios com empresas que lhes atendem bem ou que solucionam os problemas que surgem no meio do processo de compra de algum produto ou serviço. O caminho para isso é uma boa comunicação, e pensando em manter um canal de diálogo eficiente com os clientes é que o Whatsapp Business se insere. Depois de instalar o app no celular, os empresários podem manter contato facilmente com clientes, fornecedores e parceiros, otimizando e organizando facilmente as respostas e solicitações. Pode ser utilizado como um canal também para oferta de novos itens, suporte e notificações para o público alvo. 

8 - Evernote

Perder o caderninho de anotações ou a agenda de trabalho parece um pesadelo. Imagina quando estão anotados nesses espaços detalhes de uma reunião importante ou dados que você não gostaria que outras pessoas tivessem acesso? O aplicativo 'Evernote' promete auxiliar na concentração das informações em um lugar só e permite que você leve tudo para onde quer que vá. Ele funciona em todas os sistemas operacionais e também offline. A plataforma é ideal para quem trabalha com catalogações de dados, para quem faz pesquisas, para clipagem e controle de informações. E se mesmo tendo tudo organizado dentro do Evernote o usuário acabar se perdendo, é possível utilizar o recurso de pesquisa para localizar qualquer arquivo. Para conhecer, acesse a loja de aplicativos do celular e baixe. 

9 - Trello

Organização é o lema desta ferramenta, que não precisa de download para começar a usar, mesmo sendo também encontrada nas lojas de aplicativos dos smartphones e tablets. A tela inicial do site é composta por diversos quadros, que podem ser personalizados de acordo com as demandas, criando assim diferentes listas. Ainda é possível adicionar cards específicos dentro dessas listas, gerenciando melhor as anotações, permitindo adicionar datas, limites para finalizar um trabalho e checklists, permitindo que o usuário acompanhe o progresso da atividade. Ainda é possível compartilhar os conteúdos com demais membros do Trello, facilitando o trabalho em equipe, atribuindo funções específicas para cada um deles e controlando o desempenho e a proatividade de todos os participantes. Para experimentar clique aqui.

10 - Doodle

Imagina tentar marcar uma reunião em um dia e todas as pessoas estarem disponíveis na hora desejada? O Doodle é um aplicativo que promete tornar o conciliamento de agendas uma tarefa mais fácil. O recurso permite a criação de calendários online e que as pessoas compartilhem sua disponibilidade através das respostas a enquetes colaborativas, que disponibilizam resultados em gráficos com as opções mais votadas, identificando quem respondeu ao quê. É um aplicativo que pode ser eficaz para micro e pequenos empreendedores que não têm espaços físicos e necessitam se reunir com parceiros e clientes. Pode ser baixado gratuitamente em IOS e Android, mas possui ferramentas mais aperfeiçoadas na versão premium. Ainda dá para vincular o app às contas de Facebook e Gmail dos usuários. Conheça as funcionalidades do Doodle. Acesse.

O mês de junho é um dos mais esperados pelos nordestinos, afinal, o São João é uma das festividades que mais aquecem o comércio e o turismo da região. A tradição forte, sobretudo em cidades como Caruaru, em Pernambuco, e Campina Grande, na Paraíba, que disputam o título de maior São João do mundo, faz com que a venda de produtos típicos, comidas de milho, vestimentas e até fogueiras, sejam negócios rentáveis para quem busca um dinheiro extra.

 

##RECOMENDA##

A confeiteira Juliana Santos é uma das pessoas que aproveitam a época para aumentar os lucros de sua empresa. Durante todo o ano, o “Delícias da Juli” dedica-se a encomendas de bolos e doces voltados a diversos tipos de comemorações, além da venda do clássico bolo de rolo pernambucano. Para o mês de junho, a confeiteira resolveu inovar na oferta dos produtos. “Nessa época junina incluo no cardápio os bolos típicos como bolo de milho, macaxeira, bolo de rolo de milho e desde o ano passado inclui bolo de rolo de pé de moleque, de canjica e de queijadinha”, conta a empreendedora.

Com as comidas personalizadas, Juliana vê seu público crescer. Ela acredita que o crescimento seja reflexo do investimento nos alimentos, que mesmo sendo típicos, têm um diferencial. Assim, ela amplia a clientela, que acaba procurando seus serviços também em outras épocas do ano. “A cada ano o público se comporta de forma diferente, mas os lucros são muito bons, porque esse tipo de comida típica sempre tem um valor diferenciado, pelo trabalho empregado no seu preparo”, explica.

Para quem já está pensando na próxima festa para investir ou começar um  novo negócio, ou até mesmo ampliar os ganhos naquele mês, Juliana tem um dica especial: “Utilizar insumos de qualidade, ter atenção  com a higiene na hora do preparo e adequar os produtos e os preços à clientela que quer atingir”, para ela são alguns dos pontos fundamentais para conseguir conquistar cada dia mais clientes.

Quem busca empreender, especialmente em negócios sazonais, precisa buscar conhecimento ou algum tipo de consultoria para minimizar (e até mesmo evitar) possíveis erros durante a execução do negócio. De acordo com os especialistas, é preciso que primeiro haja um planejamento bem trabalhado, que contenha análise de mercado, planos de marketing e publicidade, que é a forma que será utilizada para alcançar o público desejado e a estratégia financeira.

Para o consultor do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Danilo López, o ideal é não deixar para fazer tudo em cima da hora. “A dica é buscar conhecimento prévio. Não esperar o dia São João para saber o que vai vender, tem que pelo menos dois meses antes começar a planejar. Se você deixar para comprar em cima da hora, você vai comprar um produto mais caro. Tem que pensar bem antes para entender as tendências de mercado, o que pode estar fazendo de diferente para poder se destacar no mercado”, orienta.

 

Outro detalhe importante, que não pode passar batido, é a regularização do negócio, mesmo que seja na porta de casa. É necessário, principalmente quando se vai trabalhar com comida, preocupar-se com o bom manejo dos ingredientes e ter uma boa higienização do local fabricação e venda. Evita que o cliente tenha uma experiência ruim ou até que possa gerar denúncias à vigilância sanitária, até por parte dos concorrentes. De acordo com o consultor do Sebrae, buscar a formalização traz também confiança, segurança e tranquilidade para as partes envolvidas no processo de consumo.

Depois de passar por todas essas etapas, os micro e pequenos empresários precisam correr atrás de fazer diferente, como a confeiteira Juliana, que faz bolo de rolo de milho e pé de moleque, por exemplo. Mais do mesmo pode fazer com que o único fator atrativo dos produtos seja o preço.

Depois de decidir o que vai trabalhar, o empresário precisa analisar os custos, para não gastar mais do que pretende lucrar. Isso vale para todas as festividades ao longo do ano. “Muitas vezes quando a gente fica com excedente de estoque e tem de vender em uma época que não é muito propícia, geralmente a gente vende a um preço muito baixo e que diminui e muito a margem de lucratividade. É importantíssimo também fazer divulgação de véspera, pelo menos duas semanas antes para poder colocar na cabeça do cliente o produto. Pesquisar para identificar tendências, antes e durante. Saber todos os detalhes de sabor a preço e forma de pagamento”, comenta Danilo López.

O Comitê Organizador Local (COL), responsável por organizar a Copa América, explicou nesta segunda-feira a renda recorde de R$ 22.476.630,00 no duelo entre Brasil e Bolívia, registrada na abertura do torneio, na última sexta-feira à noite. O COL também esclareceu por que o estádio do Morumbi recebeu "apenas" 46.342 pagantes, mesmo com a divulgação de que todos os ingressos haviam sido vendidos.

Em nota oficial, a organização da competição afirmou que foram arrecadados mais de R$ 6 milhões com os chamados "ingressos de hospitalidade", que tiveram preço médio de R$ 2.043 e davam direito a um setor vip com outros serviços incluídos. Além disso, a organização disse que 8.753 entradas não foram vendidas. Outros 4.327 torcedores tinham ingressos, mas não compareceram.

##RECOMENDA##

A renda de R$ 22.476.630,00 no jogo de abertura foi a maior do futebol brasileiro, superando os R$ 15.118.391,02 arrecadados na vitória por 3 a 0 do Brasil sobre o Chile, em 2017, no Allianz Parque, pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo da Rússia.

"O número total de ingressos emitidos foi de 51.587. Desse total, 47.619 foram ingressos vendidos e 3.968 foram ingressos de cortesia", explicou o COL no primeiro item da nota divulgada nesta segunda-feira. "Dos 47.619 ingressos vendidos, compareceram 46.342 torcedores, incluindo torcedores em geral e hospitalidade. Portanto, 1.277 pessoas que compraram ingressos não foram ao estádio. Das 3.968 cortesias, 918 compareceram, portanto 3.050 não compareceram. O total de pessoas que tinham ingressos, mas não compareceram, portanto, foi de 4.327 torcedores, somando os vendidos e cortesias", continuou.

O COL ainda esclareceu que R$ 6.015.060,00 foram arrecadados por meio dos ingressos de hospitalidade, enquanto a quantia de R$ 16.461.570,00 foi contabilizada por meio de entradas disponíveis para o público geral, o que significa um valor médio de tíquete de R$ 368,47.

"A carga total de ingressos colocada à venda foi de 60.340. Isso significa, portanto, que 8.753 entradas não foram vendidas. Destes, 2.366 são ingressos de hospitalidade, 4.514 foram reservados para venda a patrocinadores do torneio e parceiros e 1.873 foram ingressos da Categoria 1. Os bilhetes de Categoria 1 foram reservados por torcedores, mas eles não concluíram a compra. Esses ingressos voltaram para venda no site no último momento antes do horário do jogo. Aprimoramos esse processo para permitir maior velocidade nesse retorno", ressaltou o COL, que também apontou que a estrutura montada para o evento de abertura da Copa América, ocorrido pouco antes do jogo entre Brasil e Bolívia, também colaborou para o estádio não estar lotado.

"Como nos grandes eventos, houve bloqueio de assentos para instalação de equipamentos e para espaços operacionais necessários para cerimônia de abertura, além de não utilização de assentos com visão obstruída. No caso deste jogo, isso representou total de 5.261 assentos bloqueados. Por isso, a carga total de ingressos colocada à venda foi de 60.340, menor do que a capacidade total do estádio, que é de 65.601", explicou.

A Escola Social do Varejo vai abrir inscrições para novas turmas a partir da próxima semana. São 100 vagas gratuitas para manhã e tarde, que beneficiam jovens de 17 a 24 anos, oriundos de escolas públicos, com ensino médio completo, ou cursando o terceiro ano. A capacitação tem como principal objetivo preparar esse público para atuação mercado de trabalho, sobretudo o segmento varejista. Os alunos contarão com auxílio transporte, material didático, uniforme e lanche.

A partir do dia 17 de junho será possível realizar a primeira etapa do processo seletivo, que é feito online, por meio do preenchimento de um formulário, que segue até o dia 4 de julho, ou até atingir 2 mil pessoas inscritas.  Em seguida os inscritos passam por uma prova escrita. Os aprovados ainda seguem para uma dinâmica de grupo e, posteriormente, para entrega de documentação, que inclui documentos pessoais, boletim escolar e foto 3x4. Os pré-selecionados serão conhecidos no dia 10 de julho, através de uma postagem na página do Facebook da ESV, a partir das 17h. O início das aulas está previsto para 20 de agosto.

##RECOMENDA##

Uma das obrigatoriedades para participar é que o candidato tenha acesso à internet, já que parte do curso de 330 horas é realizada a distância. A ESV é vinculada ao Instituto Walmart, em parceria com o Instituto Aliança, e existe desde 2010. A entidade já ajudou na formação de mais de 9 mil jovens, auxiliando na inserção deles no mercado de trabalho. O curso tem certificado, emitido pela Universidade Estadual do Ceará, como curso de extensão.

Após a etapa de formação, os jovens recebem apoio e orientação para se colocarem no mercado de trabalho. A ESV fica na Avenida Aníbal Benévolo, sem número, no Alto Santa Terezinha, Zona Norte do Recife.

Devido à crise econômica que levou 13,4 milhões de brasileiros ao desemprego, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o empreendedorismo na área da tecnologia tem sido uma alternativa de renda. Os aplicativos estão entre os negócios mais procurados.

Daniel Pinon, aluno do curso de Ciência da Computação, contou como ele e sua equipe criaram o aplicativo Açaí Delivery. “Ele é muito simples. A função do aplicativo é mapear os pontos da região e colocar o entregador mais próximo para levar o açaí ao cliente. No começo de tudo, a gente queria fazer um negócio, mas não sabíamos como e por onde começar. Tivemos algumas orientações, participamos de palestras, usamos o network para ter um contato com outras pessoas, compartilhar conhecimentos. Foi aí que pensamos em desenvolver algo que fosse da nossa região, o açaí”, disse.

##RECOMENDA##

“Para criar uma programação, preciso pensar no meu software, seja ele um aplicativo ou um sistema web, a função dele é poder resolver o problema ou a ideia", disse Marceo. "Depois, faço uma série de análises do sistema antes da programação, criando uma documentação, fazendo a listagem de todas as personalidades que esse sistema vai ter e a partir disso que eu vou criar a programação”, assinalou.

Segundo Marceo, a linguagem vai dar início à programação do sistema. "No desenvolvimento Android, a linguagem mais utilizada tem sido o Java. Caso queira programar para IOS, terei que aprender outras duas  linguagens, como o Objective-C e o Swift", disse.  

O custo de lançamento do produto varia de acordo com as ambições do projeto. “Se a pessoa quiser publicar o seu aplicativo na loja do Android, é necessário que haja uma programação, por exemplo, pelo Windows, através do Android Studio. Para poder postar na loja, tem que pagar uma taxa única de 25 dólares”, ressaltou o coordenador.

Por Ramon Almeida.

[@#video#@]

O autoproclamado socialista democrata Bernie Sanders, pré-candidato à presidência dos Estados Unidos nas eleições de 2020 e crítico da desigualdade de renda no país, divulgou nesta segunda-feira suas declarações de renda dos últimos dez anos, o que revela seu novo status de milionário.

O senador, que habitualmente critica os "milionários e multimilionários" produzidos pelo injusto sistema econômico dos EUA, entrou para o "clube" com o dinheiro ganho com seu livro "Our Revolution", ("Nossa Revolução"), publicado pouco depois de concorrer à indicação democrata em 2016, quando foi derrotado por Hillary Clinton.

Segundo as declarações de renda publicadas pela equipe de campanha de Sanders, o candidato ganhou 561.293 dólares em 2018, mas arrecadou 1.131.925 dólares em 2017 e 1.062.626 dólares em 2016, superando amplamente os 240.622 dólares declarados em 2015.

"Estas declarações de renda revelam que nossa família tem sido afortunada. Estou muito agradecido por isto, já que cresci em uma família que vivia de salário e conheço o estresse da insegurança econômica", declarou Sanders.

"Considero que pagar mais impostos a medida em que aumenta minha renda é tanto uma obrigação como um investimento em nosso país".

Sanders destacou que "se esforçará a cada dia para garantir as necessidades básicas de vida a cada americano, incluindo um salário digno, moradia digna, atendimento médico e segurança para os aposentados".

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando