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Um conflito fundiário antigo na comunidade de agricultores do Engenho de Batateiras, na cidade de Maraial, Agreste de Pernambuco, pode ter se tornado mais tenso com um episódio de violência e tentativa de invasão no último domingo (2). Uma câmera de segurança flagrou o momento em que dois homens armados cercaram a casa de uma família e tentaram derrubar a porta com chutes.  

De acordo com a Comissão Pastoral da Terra Nordeste II (CPT NE2), que assessora a comunidade, os invasores são conhecidos na localidade e surgem sempre armados. Além de tentar arrombar a casa, a dupla roubou as câmeras de vigilância. No momento do ocorrido, a família não se encontrava na residência. 

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As câmeras de segurança roubadas haviam sido instaladas pelo Governo do Estado, por meio do Programa Estadual de Proteção a Defensores de Direitos Humanos (PEPDDH), no qual a família está inserida por já vir sofrendo ameaças desde o ano de 2020, segundo a CPT. Esses equipamentos servem para monitoramento das pessoas que circundam o sítio, como forma de segurança oferecida pelo PEPDDH e para que as autoridades policiais tenham acesso a mais elementos em investigações, caso necessário.   

As famílias acreditam que o crime tem relação com o conflito existente com o titular da propriedade do imóvel, Walmer Almeida da Silva, e temem que a situação no Engenho Batateiras volte a se tornar violenta, com episódios recorrentes de ameaça e tortura, como os ocorridos em 2020, que resultou em um episódio de tortura e disparos de arma de fogo

Ainda de acordo com a CPT, as famílias acreditam que esse crime pode ser um “recado” a mando do proprietário, para que elas saiam de seus sítios e suas residências. O ocorrido aumenta o clima de tensão na comunidade, conforme depoimento da moradora, cujo nome foi mantido em sigilo: “A gente tá inseguro [SIC], com medo, e ao mesmo tempo revoltado com isso, de ter que sair da nossa casa pra ter segurança”. 

Por estarem no programa de proteção, a agricultora e seu companheiro entraram imediatamente em contato com a Secretaria de Direitos Humanos junto à Comissão Pastoral da Terra (CPT), que já está acompanhando o caso e tomando as medidas cabíveis. 

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O presidente iraniano, Ebrahim Raisi, ameaçou nesta segunda-feira (3) com vingança aos ex-presidentes dos Estados Unidos, incluindo Donald Trump, que ele apontou como responsáveis pela morte do general Qasem Soleimani no início de 2020 em Bagdá.

"Seria bom se o julgamento do Sr. Trump, Pompeo (ex-secretário de Estado) e outros criminosos fosse realizado em um tribunal justo, onde seus crimes horríveis fossem julgados e eles enfrentassem a justiça por suas ações", disse Raisi.

"Do contrário, direi a todos os líderes americanos que a mão da vingança sem dúvida sairá da nação muçulmana", acrescentou.

“O agressor e principal assassino, o então presidente dos Estados Unidos, deve enfrentar a justiça e a punição”, destacou.

Raisi se dirigiu a milhares de pessoas no maior salão de orações de Teerã durante o evento principal para marcar o aniversário da morte de Soleimani.

Os participantes seguravam bandeiras nacionais e retratos do general assassinado, em uma cerimônia transmitida pela televisão estatal.

Durante o evento, Raisi descreveu Soleimani como um símbolo da revolução iraniana e de "coragem e racionalidade".

Soleimani, um dos mais importantes comandantes dos Guardiões da Revolução, o exército ideológico da República Islâmica, foi morto por um ataque de drones dos EUA em 3 de janeiro de 2020 no aeroporto de Bagdá.

Cinco dias depois, o Irã respondeu disparando mísseis contra duas bases americanas no Iraque. Nenhum soldado americano foi morto nesses ataques, mas Washington disse que dezenas de pessoas sofreram lesões cerebrais devido às explosões.

O ex-presidente dos EUA, Donald Trump, ordenou a morte de Soleimani, alegando que o general preparava um ataque "iminente" contra militares americanos na capital iraquiana.

Na sexta-feira, o Ministério das Relações Exteriores do Irã disse em uma mensagem no Twitter que "o atual governo dos EUA tem a responsabilidade internacional final por esse crime".

Só nesta semana, a vereadora Benny Briolly (PSOL) foi ameaçada de morte duas vezes na internet. A representante da Câmara de Niterói recebeu a mesma mensagem de usuários diferentes no domingo (19) e nessa quarta-feira (22). O texto afirmava que ela teria uma arma ‘descarregada’ na cara.

Mulher trans, em seu primeiro mandato aos 29 anos, Briolly defende pautas da comunidade LGBTQIA+, de pessoas negras e em vulnerabilidade social. Ela já havia deixado o país e abandonado as atividades presenciais no início do ano, quando recebeu intimidações com seu antigo endereço.

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Nos e-mails, os dois suspeitos usaram a mesma mensagem: "Já estou contando as balas. Meu nome é x e sou um racista assumido, vocês pretos adoram se vitimizar e achar que qualquer coisa é racismo agora? Vamos ver se você vai achar isso quando eu descarregar minha arma na sua cara. Aberração".

Na segunda (20), a vereadora procurou a Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) para solicitar proteção policial. Seu pedido de escolta foi negado. 

"Não dá mais para viver às margens das ameaças, sem saber se vou acordar viva, se vou sair daqui viva e se continuarei viva, mas sigo resistindo e entendendo que não serei interrompida", afirmou. 

Em nota, a Polícia Civil informou que instaurou inquérito e investiga as ameaças sob sigilo, com a quebra telemática dos suspeitos. A recusa a solicitação de escolta não foi comentada.

Garis foram atacados por um motorista, que ainda não foi identificado, por estarem "demorando" para concluírem o trabalho em um dos pontos de coleta e "atrapalhando" a passagem dos veículos.

O fato aconteceu na tarde da última terça-feira (21), na cidade de Maringá, no Paraná.

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Imagens mostram o momento em que o motorista vai até a pessoa que estava gravando e, em seguida, pega uma pedra grande para atacar. Um dos garis tenta evitar a ação do homem que parece estar descontrolado.

Ele xinga e ameaça os trabalhadores, depois volta para o seu veículo e diz que vai voltar no local para "pegar" o rapaz que filma a sua ação. "Vou voltar, seu filha da p*ta. Você não me conhece", grita. 

Confira a gravação, divulgada pelo jornalista paranaense Eduardo Matysiak

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A Polícia Federal começou a investigar as ameaças recentes a servidores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Os ataques se intensificaram depois que o órgão deu aval para a imunização de crianças a partir de 5 anos com a vacina da Pfizer.

A própria agência denunciou a escalada de ameaças e pediu proteção policial para os técnicos e seus familiares. Ofícios foram disparados ao Ministério da Justiça, Gabinete de Segurança Institucional, Procuradoria-Geral da República e Polícia Federal.

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Mais cedo, o procurador-geral da República, Augusto Aras, também disse que adotou providências para atender o pedido. A informação conta em documento enviado ao presidente da agência, Antonio Barra Torres.

A Anvisa vem sendo atacada desde o início da pandemia por causa das medidas sugeridas para o enfrentamento da crise sanitária. Os ataques recentes vieram na esteira da reação do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao sinal verde para a vacinação de crianças. Ele disse que divulgaria os nomes dos responsáveis pela aprovação da imunização infantil contra a covid.

Após a declaração do presidente, a Anvisa disse 'repudiar com veemência' ameaças a funcionários do corpo técnico do órgão. Ao pedir a responsabilização pelas tentativas de intimidação, a agência disse que os diretores foram 'surpreendidos com publicações nas mídias sociais na 'internet' de ameaças, intimidações e ofensas'.

"Esses fatos aumentaram a preocupação e o receio dos diretores e servidores quanto à sua integridade física e de suas famílias e geraram evidente apreensão de que atos de violência possam ocorrer a qualquer momento", afirma o texto.

A PF já tem um inquérito em curso sobre ameaças de morte recebidas pelos funcionários da agência para que a vacinação contra a covid-19 em crianças não fosse autorizada.

O procurador-geral da República, Augusto Aras, informou, nesse domingo (19), ter determinado a "adoção de providências" para "assegurar a proteção" de diretores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) após o presidente do órgão, Antonio Barra Torres, denunciar novas ameaças em razão da aprovação da vacina contra a Covid-19 para crianças de 5 a 11 anos. A informação foi prestada em ofício encaminhado à Barra Torres no domingo. O PGR, no entanto, não detalhou quais as "providências" foram adotadas para proteger os dirigentes da Anvisa.

O documento registra que comunicações anteriores que chegaram à PGR sobre fatos similares "foram diligentemente tratadas por membros do Ministério Público Federal no Distrito Federal e no Paraná, que contam, no tema, com o zeloso trabalho da Polícia Federal", indicou o Ministério Público Federal em nota.

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A escalada das ameaças a diretores da Anvisa foi relatada neste domingo, três dias após o presidente Jair Bolsonaro ter dito que divulgaria os nomes dos responsáveis pela aprovação da vacinação infantil contra a Covid. Após a fala de Bolsonaro, a Anvisa reagiu e disse "repudiar com veemência" ameaças feitas contra funcionário do corpo técnico do órgão.

Eles pediram à PGR, à Polícia Federal, ao Ministério da Justiça e ao Gabinete de Segurança Institucional que apurem e responsabilizem "com urgência" os autores das intimidações, além de garantir proteção policial aos servidores e seus familiares.

Em nota, o órgão lembrou inclusive das ameaças de morte recebidas pelos funcionários da agência em outubro, para que a vacinação contra a Covid-19 em crianças não fosse autorizada. Tais ameaças, feitas por e-mail estão sob investigação da PF.

Também no domingo, o ministro Gilmar Mendes do Supremo Tribunal Federal (STF), engrossou o coro contra a "perseguição" aos servidores da Anvisa, conclamando as autoridades policiais a investigarem e garantirem a segurança dos mesmo e de suas famílias. "A perseguição aos técnicos da Anvisa é uma vergonha nacional. Mostra como o discurso do ódio chegou a níveis alarmantes no país. Aos servidores da agência, expresso minha solidariedade", escreveu em seu perfil no Twitter.

A ex-mulher do cantor Ávine Vinny, a enfermeira Laís Holanda, retirou a denúncia de ameaça contra o artista. As advogadas de Laís entraram com o pedido por ela "não ter interesse na tramitação". As informações são do G1.

Ávine Vinny foi preso na segunda-feira (13) em Fortaleza-CE. A ex do cantor recebeu ameaças dele pelo celular, inclusive no momento em que ela fazia a denúncia na delegacia. 

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O músico foi autuado em flagrante por ameaça no âmbito da violência doméstica. Ele passou a madrugada da terça-feira (14) na Delegacia de Capturas. "O dia de hoje tu nunca mais vai esquecer. Laís, escute, você vai se arrepender. Juro por Deus que o dia de hoje você vai lembrar pelo resto da vida", ele escreveu em uma das mensagens.

Ávine e Laís tiveram um relacionamento de oito anos e são os pais de uma menina de quatro anos. As ameaças ocorreram após Laís deixar a criança no prédio do cantor. Ele teria ameaçado impedir a ex de ver a menina.

Dono do hit "Coração Cachorro", o cantor Ávine Vinny foi acusado de ameaçar de morte a ex-esposa Laís Holanda. Na noite dessa segunda-feira (13), ele foi detido e encaminhado à Delegacia da Mulher de Fortaleza, no Ceará.

Momentos após a autuação, a assessoria informou que "houve uma discussão verbal e em breve ele será liberado". De acordo com o colunista Léo Dias, Ávine dormiu na prisão depois que ameaçou Laís por telefone. Ela gravou toda a ligação e prestou queixa.

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Na delegacia, já acompanhada de policiais, ela ligou novamente para o cantor, que continuou com as ameaças. A Polícia se deslocou até a casa de Ávine e o conduziu, pois, conforme a coluna, a prisão foi expedida de imediato.

Amigos do artista dizem que ele não ameaçou Laís fisicamente e, na verdade, teria ameaçado tirar a guarda do filho do casal. Com 1,6 milhão de seguidores no Instagram, até o momento, não houve pronunciamento em seu perfil oficial.

Apoio ao DJ Ivis 

Conhecido nacionalmente por viralizar em trends nas plataformas digitais, Ávine Vinny foi um dos músicos do universo do forró que apoiou a soltura de DJ Ivis, preso por agredir a mulher na frente da filha recém-nascida. "Todos merecem perdão", publicou o cantor quando o colega foi solto em novembro.

O governo americano está se preparando para impor sanções ou outras medidas contra a Rússia se o país decidir invadir a Ucrânia, disse nesta sexta-feira, 3, a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, em meio à suspeita de que o Kremlin se prepara para um conflito na fronteira.

Psaki afirmou que o presidente russo, Vladimir Putin, está tomando medidas que lhe permitirão invadir o país vizinho. "É por isso que queremos estar preparados em uma área sobre a qual expressamos sérias preocupações", declarou. Segundo a porta-voz, os EUA se preparam para telefonar para Putin nos próximos dias para discutir a questão.

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O presidente americano, Joe Biden, prometeu ontem dificultar a realização de uma ação militar na Ucrânia, dizendo que seu governo está montando um conjunto abrangente de iniciativas para conter uma possível agressão russa.

"O que estou fazendo é reunir o que acredito ser o conjunto mais abrangente e significativo de iniciativas para tornar muito, muito difícil para Putin ir em frente e fazer o que as pessoas temem que ele possa fazer", disse Biden.

Tropas

Os alertas americanos vêm em meio à crescente preocupação com o aumento de tropas russas na fronteira com a Ucrânia e a retórica cada vez mais belicosa do Kremlin. Segundo uma matéria publicada ontem na CNN, com base nos depoimentos de duas fontes familiarizadas com os últimos relatórios de inteligência americanos, as forças russas já têm capacidade para uma invasão rápida e imediata.

De acordo com as fontes, a Rússia teria construído linhas de abastecimento e unidades médicas e de combustível. Os equipamentos que estão na região poderiam abastecer forças da linha de frente por sete a dez dias e outras unidades de apoio por até um mês.

À CNN, o deputado democrata Mike Quigley, de Illinois, que faz parte do Comitê de Inteligência da Câmara, disse acreditar que a Rússia está posicionada para invadir "quando quiser".

Escalada

Desde novembro, o governo ucraniano e seus aliados ocidentais alertam para um reforço das tropas russas na fronteira com a Ucrânia e a possibilidade de uma invasão durante o inverno (no Hemisfério Norte). A Rússia - que anexou a Península da Crimeia da Ucrânia em 2014 - nega que esteja preparando um ataque e culpa Washington pelo aumento das tensões na região. O Kremlin também acusa o governo de Kiev de "provocações" em seu conflito de anos com separatistas pró-Rússia em duas regiões do leste do país. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Ao comandar a cerimônia de entrega da Medalha do Mérito Legislativo, na Câmara dos Deputados, na manhã desta quarta-feira (24), com a presença do presidente Jair Bolsonaro - que foi um dos indicados para receber a comenda - a deputada Marília Arraes, titular da Segunda Secretaria da Casa fez duras críticas ao presidente e seu governo.

Em seu discurso, a  parlamentar mandou um recado claro ao presidente. “O Poder Executivo, eleito de maneira majoritária, também deveria se comportar como representante do povo. Mas, muitas vezes, este pretenso povo age antidemocraticamente, quando animado por espírito sectário, taxando como inimigos e excluindo os divergentes da entidade unitária e mítica da qual julgam fazer parte aqueles que não se encontram dentro de seu cercadinho mental”, disparou.

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A deputada fez questão de ressaltar o relatório "The Global State Of Democracy 2021", publicado há dois dias, que aponta o Brasil como o país que mais perdeu atributos democráticos em 2020. "Nem sempre quem se intitula representante do povo e de sua vontade age em nome dele e como se espera em uma Democracia. Dentre os países classificados como Democracias em declínio, o Brasil se destaca em mais um ranking que não gostaríamos de pontuar: foi o que mais perdeu atributos democráticos em 2020. O Presidente da República é apontado como ameaça ao descumprir decisões do STF, apagamento de vozes críticas, divulgação de Fake News e má gestão da pandemia", destacou a parlamentar.

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A sessão solene aconteceu na manhã desta quarta-feira (24), no Plenário Ulysses Guimarães, e foi coordenada pela deputada. "Esta é a mais alta comenda outorgada pela Câmara dos Deputados e se reveste de um profundo significado. Expresso aos agraciados minha admiração pelas realizações em prol do povo brasileiro, parabenizando-os pela trajetória cujo reconhecimento ora traduz o compromisso com o credo democrático e também com princípios fundamentais de liberdade, igualdade e pluralismo."

Além de Bolsonaro, que foi indicado pelo líder do PSL na Câmara dos Deputados, Major Vitor Hugo, estiveram entre os homenageados o Papa Francisco, o ministro de Relações Exteriores, Carlos França, o fotógrafo Sebastião Salgado, o ex-ministro da Justiça, Fernando Lyra e o ex-ministro da Saúde, Alexandre Padilha, sendo os dois últimos indicações da deputada Marília Arraes.

 Com os funcionários da Igreja Mundial do Poder de Deus em greve desde o último dia 10, o Pastor Valdemiro Santiago ameaça iniciar uma série de demissões e terceirizações. A mobilização foi julgada legal pela Justiça Trabalhista.

Filiados ao Sindicato dos Empregados em Instituições Beneficentes, os grevistas denunciam que a Igreja pratica atrasos salariais e na entrega do vale-alimentação, tendo deixado inclusive de depositar o FGTS de alguns empregados. O prazo para o fim da greve é o dia 19 de novembro.

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De acordo com o colunista Ricardo Feltrin, do UOL, a Igreja tenta driblar a falta de pessoal contratando freelancers. “Tô muito chateado com tudo isso. Infelizmente a gente que emprega milhares de trabalhadores, a gente vai ter que comunicar ao Ministério do Trabalho: acabou. Não vamos contratar mais ninguém. A gente é de carne e osso. Durante a pandemia, a gente fez de tudo para não repetir o que outras empresas fizeram (redução salarial). Então, o que a gente vai fazer? A gente vai terceirizar; vamos contratar uma empresa pra cuidar do trabalho da igreja", declarou Valdemiro.

As propostas de reforma tributária em tramitação no Congresso Nacional são uma ameaça ao Programa Universidade para Todos (ProUni) do Ministério da Educação. A avaliação é de especialistas e parlamentares que participaram nesta quarta-feira (10) de uma audiência pública na Comissão de Educação (CE) do Senado. O debate foi sugerido pelos senadores Flávio Arns (Podemos-PR), Marcelo Castro (MDB-PI), Maria Eliza (MDB-RO) e Nelsinho Trad (PSD-MS).

Para Maria Eliza, iniciativas como o ProUni, o Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies) e o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) são instrumentos que podem facilitar o acesso de “alunos competentes” à Educação.

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— O ProUni é um programa social que, mesmo que não houvesse retorno financeiro, teria um retorno social muito grande. Só vamos mudar o país se tivermos uma educação de qualidade. Esses são instrumentos que não podemos deixar que se enfraqueçam. Devemos fortalecer ao logo do tempo — disse.

O ProUni oferece bolsas de estudo integrais e parciais em instituições particulares de educação superior. O estudante deve comprovar renda familiar bruta mensal per capita de até 1,5 salário mínimo. Para as bolsas parciais, a renda familiar bruta mensal deve ser de até 3 salários mínimos por pessoa.

As instituições que oferecem as bolsas do ProUni são beneficiadas com isenção de quatro tributos: Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ), Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), Contribuição Social para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e Contribuição para o Programa de Integração Social (PIS). O benefício equivale a 9,35% sobre o lucro ou a renda das empresas de ensino.

Para Emerson Casali, do Fórum das Entidades Representativas do Ensino Superior Particular, as propostas de reforma tributária podem tornar o programa “cada vez menos atrativo” para as instituições particulares de ensino superior. Uma das matérias sob análise do Congresso é o Projeto de Lei (PL) 3.887/2020, que cria a Contribuição Social sobre Bens e Serviços (CBS) em substituição a PIS/Pasep e Cofins.

— A proposta da CBS enviada ao Congresso simplesmente tira o PIS/Cofins, que hoje é isento, e não torna a CBS isenta. O setor passaria a pagar CBS. Diante disso, você continuaria dando 9,35% de bolsa, para isentar apenas 2% em impostos. Você praticamente torna inviável o ProUni. Não vai ter nenhum sentido uma instituição dar bolsa do ProUni — argumenta.

Amábile Pacios, da Federação Nacional das Escolas Particulares, classifica o PL 3.887/2020 e o PL 2.337/2021, que altera as regras do Imposto de Renda, como “ameaças ao ProUni”. Ela também critica a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 110/2019, que cria o Imposto sobre Operações com Bens e Serviços (IBS).

— Teríamos uma carga muito aumentada, o que vai significar aumento da mensalidade e esvaziamento das escolas. Acreditamos que o ProUni é um grande programa de inclusão. Entre 102 países, 65 isentam e 20 cobram até 10% sobre a educação. O Brasil já cobra até 8,65% de Pis/Cofins e ISS. As propostas de reforma podem levar o país a uma das maiores cargas tributárias do mundo sobre a Educação. É um cenário preocupante — afirmou.

Para Rodrigo Capelato, do Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimento de Ensino Superior de São Paulo, não há neutralidade nas propostas de reforma. Ele avalia que o ProUni representa “uma grande eficiência de investimento por parte do Estado” e a mudança nas regras tributárias pode comprometer o programa.

— Desde o início do programa foram concedidas 2,8 milhões de bolsas do ProUni. O Estado teria que ter gasto R$ 111 bilhões para dar a mesma oportunidade aos estudantes em instituições particulares. Considerando a renúncia total de R$ 30 bilhões no mesmo período, o Estado economizou R$ 80 bilhões. Se fosse inserir esses alunos na universidade pública, seriam gastos R$ 263 bilhões. Uma economia de R$ 230 bilhões ao longo de todos esses anos — calcula.

Capelato lembra ainda que a evasão escolar entre alunos do ProUni é menor do que a registrada entre outros estudantes. O abandono no primeiro ano de curso para quem paga a mensalidade é de 26,2%. Em universidades públicas, a taxa é de 14,3%. Entre os beneficiário do Prouni, ela é de 8,8%. Para ele, o ProUni deveria ser expandido.

— Os encargos sociais sobre a folha de pagamentos pagos pelo setor privado de ensino superior são de aproximadamente R$ 5 bilhões por ano. Se a gente pensar no custo de R$ 4,6 mil anuais por aluno, poderíamos, por meio da redução de encargos da folha de pagamento, inserir mais de 1 milhão de alunos. Só temos 18% dos jovens no ensino superior. A taxa de escolarização poderia saltar para 24% — estima.

Para Juliano Griebeler, do Movimento Não à Custa da Educação, a  reforma tributária deve ser “mais simples, justa e transparente” e não pode onerar o setor de ensino. Ele avalia que a mudança nas regras como está proposta afetaria especialmente as classes C, D e E, que representam 90% das matrículas no ensino superior particular.

— Quando fala sobre reforma tributária, e há esse risco de aumento dos custos da educação, quem vai ser impactado é quem mais precisa. A reforma tributária não vai solucionar todos os problemas do país, mas pode agravar os problemas da educação aumentando os custos. A gente tem dois pleitos: que não tenha aumento de impostos para a educação e que o ProUni não acabe — afirmou.

Elizabeth Guedes, da Associação Nacional das Universidades Particulares, lembra que o ProUni promove a democratização do acesso ao ensino superior.

— O que acontece com o aluno 100% ProUni? Ele é pardo, trabalha de dia e estuda de noite, anda em transporte público, estuda seis horas por semana a mais do que um estudante branco. O efeito da bolsa do ProUni é elevar a média desse aluno dez pontos em relação ao aluno médio e em quatro pontos em relação aos estudantes de universidades públicas. São 110 mil alunos estudando na idade certa, entre 18 e 25 anos. Isso é uma estatística de aluno branco de classe média, e não de alunos pobres com rendimento até um salário mínimo e meio per capita — destaca.

A audiência pública contou com a participação de Wagner Vilas Boas, secretário de Educação Superior do Ministério da Educação. Ele não fez comentários sobre o impacto das propostas de reforma tributária sobre o ProUni, mas defendeu a manutenção do programa.

— É um tema que nos une. Não temos divergências. O ProUni é uma política pública efetiva que atende a população mais vulnerável deste país. A manutenção e a ampliação dessa política é de fundamental importância — afirmou.

O secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, foi convidado para a audiência pública, mas não compareceu ao debate.

Fonte: Agência Senado

A deputada estadual Andréia de Jesus (PSOL), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) relatou, nas redes sociais, ter recebido ameaças de morte. Por meio de uma carta aberta, a deputada falou sobre o caso.

“Carta aberta. “seu fim será como o de Marielle Franco” Não é com alegria que escrevo essa nota aos amigos, militantes e a todos que estão de alguma maneira conectados comigo! Não é fácil abrir meu celular e me deparar com ameaças contra minha vida”, iniciou a parlamentar.

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De acordo com o texto, as ameaças começaram no dia 31 de outubro por meio de comentários nas redes sociais. Na ocasião, a deputada se posicionou sobre a ação policial que resultou na morte de 26 pessoas em Varginha.

“Minha equipe e eu fomos acionados por mais de 20 veículos de imprensa, por mães sem dinheiro para sepultar seus filhos, por uma rede de ativistas cobrando zelo pela memória de um jovem, querido por sua comunidade e que foi morto também na mesma operação (...) Tudo sobre o episódio ocorrido em Varginha, onde 26 pessoas morreram após uma ação policial”, relembrou.

E complementou: “Como é de praxe em situações similares, a Comissão acolheu a denúncia e eu tornei público o ocorrido. Em seguida, todas as minhas redes sociais foram invadidas por extremistas distorcendo a minha fala, com comentários de ódio e desrespeito. E por fim ameaças contra a minha vida”.

No relato, Andréia de Jesus afirma que foi feito um boletim de ocorrência e foi solicitado escolta policial. Além disso, segundo a psolista, nesta quinta-feira (4), a Polícia Civil seria acionada “na delegacia de crimes virtuais para encaminhamento dos discursos violentos, das ameaças a minha integridade física e contra a minha vida”, escreveu. Confira a publicação:

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Os criadores da HQ Superman: Son of Kal-El, que mostra o Superman como uma pessoa bissexual, estão sendo ameaçados de morte. Por conta disso, policiais estão patrulhando as casas de alguns dos ilustradores e funcionários da produção que criaram a série de quadrinhos.

Ao site TMZ, policiais de Los Angeles, nos Estados Unidos, afirmaram que, além dos funcionários, também precisaram fazer patrulhas nos escritórios da DC, ameaçados pelos "fãs" do Superman que não aceitam a bissexualidade do herói - que, vale lembrar, é totalmente ficcional -. 

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Mesmo com as ameaças não se consolidando, os policiais continuam com as suas rondas nas residências das pessoas ameaçadas como forma de precaução. 

Sobre a HQ

A série em quadrinhos, que deve chegar nas bancas americanas no próximo dia nove de novembro, traz Jon Kent, filho de Clark Kent, se descobrindo bissexual e engatando um romance com o repórter Jay Nakamura.

Em meio a temores no mercado de ingerência política na Petrobras, o presidente Jair Bolsonaro afirmou na segunda-feira, 1º, que a semana será de "jogo pesado" com a estatal, sem detalhar qual seria a estratégia do governo ao longo dos próximos dias. Ele disse saber, de forma extraoficial, que a empresa fará um novo reajuste nos preços dos combustíveis dentro de 20 dias. "Isso não pode acontecer."

As declarações foram dadas a jornalistas na cidade italiana de Anguillara Veneta, onde o presidente recebeu o título de cidadão local. Para comparecer à agenda de caráter pessoal, Bolsonaro deixou de ir à COP-26, na Escócia, que reúne os principais líderes globais para discutir temas relacionados ao meio ambiente.

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Questionado sobre o Auxílio Brasil, o programa que substitui o Bolsa Família, o presidente desconversou e disse que a prioridade, neste momento, é a disparada do valor dos combustíveis. "Essa semana vai ser um jogo pesado com a Petrobras. Porque eu indico o presidente. Quer dizer, tem de passar pelo conselho, não sou eu que indicou, passa pelo conselho. E tudo de ruim que acontece lá cai no meu colo. O que é de bom, não cai nada em meu colo", disse.

"Uma notícia que eu dou para vocês, eu tenho pressa, a Petrobras vai anunciar, eu sei extraoficialmente, novo reajuste daqui a uns 20 dias. Isso não pode acontecer", acrescentou.

As declarações obrigaram a Petrobras a divulgar comunicado para dizer que os ajustes de preços "são realizados no curso normal de seus negócios" e que "seguem as suas políticas comerciais vigentes".

Sobre novo reajuste, a estatal informou que não há nenhuma decisão tomada por seu Grupo Executivo de Mercado e Preços (GEMP) que ainda não tenha sido anunciada ao mercado.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Nesta sexta-feira (29), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) afirmou que cinco dos seus diretores receberam e-mails com ameaças de morte, caso aprovem a aplicação das vacinas contra a Covid-19 em crianças entre cinco e onze anos de idade.

A agência afirma que os e-mails foram enviados na manhã de quinta-feira (28). Além dos diretores, também constam como alvo da citada ameaça de morte instituições escolares do Paraná. 

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"Diante da gravidade do fato, a Anvisa informa que oficiou imediatamente às autoridades policiais e o Ministério Público, nos âmbitos Federal, Estadual e Distrital, entre outras, para adoção das medidas cabíveis", pontua o órgão.

Os e-mails foram enviados na mesma semana que a Pfizer pediu o uso emergencial de seu imunizante nas crianças brasileiras - como já está sendo feito nos adolescentes a partir dos 12 anos - além dos adultos, claro. 

Mais uma vez, os caminhoneiros estão ameaçando paralisar o País. A categoria se diz em "estado de greve" desde o último sábado (16) e, durante o fim de semana, líderes de entidades do setor fizeram críticas ao presidente Jair Bolsonaro. Nesta segunda-feira (18), as associações prometem entregar uma lista de reivindicações para o governo. Segundo as entidades, sinalizações positivas são necessárias para evitar paralisação nacional a partir de 1º de novembro. O governo, porém, minimiza a mobilização.

Na pauta dos caminhoneiros, estão itens como o cumprimento do valor mínimo do frete rodoviário, a aposentadoria especial para a categoria (aos 25 anos de trabalho) e a mudança na política de preços da Petrobras para combustíveis para reduzir a flutuação do diesel.

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Segundo o Estadão apurou, porém, o governo federal vê a mobilização como ameaças feitas antes - e que mais uma vez não devem ser cumpridas. De acordo com uma fonte, desde 2018 já foram 16 tentativas de paralisação malsucedidas, sendo quatro delas neste ano. A reportagem apurou ainda que a mudança do preço dos combustíveis, a partir de uma "canetada", também não é uma possibilidade. Oficialmente, porém, o governo não comentou o assunto.

A estratégia dos líderes da categoria tem sido subir o tom. "Serei o primeiro (a parar em 1º de novembro)", disse o presidente da Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava), Wallace Landim, conhecido como Chorão, um dos organizadores do movimento.

O documento com reivindicações a ser entregue ao governo será assinado pela Abrava, pelo Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC) e pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL). Conforme as entidades, é a primeira vez desde 2018 que as três associações atuam juntas em um mesmo movimento.

"A nossa pauta é a mesma desde os atos de 1º de fevereiro. Não é um assunto novo para o governo nem para o STF ou para o Legislativo, que conhecem nossas demandas", afirmou o diretor da CNTTL, Carlos Alberto Litti Dahmer. "Agora, ou o governo senta com a categoria para fazer um trabalho, chama as partes envolvidas - Petrobras, STF, Congresso - ou paramos o País", completou o presidente do CNTRC, Plínio Dias, em referência ao movimento ocorrido em 2018, ainda durante o governo Michel Temer.

Não é descartada por parte dos líderes dos caminhoneiros uma flexibilidade no cumprimento de todas as demandas feitas ao governo. Contudo, as lideranças dizem querer ver direcionamento em torno de medidas concretas. "Estamos cansados de reuniões. Tentamos fazer articulação, mas a própria categoria não aguenta mais", afirmou Chorão.

ROMPIMENTO?

Questionados pela reportagem sobre um rompimento com o governo do presidente Jair Bolsonaro, os representantes descartam uma ruptura formal e dizem que o movimento é apartidário, apesar da forte presença da categoria na mobilização convocada no dia 7 de Setembro pelo presidente. "O movimento não é contra ou a favor desta gestão. Há muitos caminhoneiros que acreditam no governo Bolsonaro. Outros não concordam com a gestão", afirmou Chorão.

"Não estamos levantando pauta partidária. A pauta é a sobrevivência da categoria. Se o governo realmente quiser ajudar os caminhoneiros do Brasil, iremos apoiar as medidas", respondeu Dias, do CNTRC. Ontem, contudo, Litti, da CNTTL, falou em "desgoverno Bolsonaro" em pronunciamento.

Considerados base eleitoral de Bolsonaro, os caminhoneiros expressam insatisfação com o acúmulo de medidas anunciadas e não cumpridas. "São três anos de governo e não foi feito nada para a categoria, apenas falácias e promessas", disse Dias.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Polícia Civil do Distrito Federal entregou o relatório final da investigação aberta para apurar se a jornalista Patrícia Lélis mentiu ao dizer que foi ameaçada pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PLS-SP). A conclusão foi que ela apresentou uma denúncia falsa contra o filho do presidente. "Isso prejudica até mesmo a causa das mulheres que são, de fato, vítimas de violência", afirmou a advogada Karina Kufa, que defende o deputado. "Muitas vezes a demora da aparição da verdade pode prejudicar inocentes", acrescentou.

A acusação foi feita a partir de mensagens que teriam sido trocadas com Eduardo Bolsonaro em 2019, quando ela trabalhava no PSC, antigo partido do deputado. Segundo Patrícia, o parlamentar publicou em uma rede social que os dois estavam namorando e, quando ela negou o relacionamento, ele teria dito que "iria acabar com a vida dela e que ela iria se arrepender de ter nascido". Uma perícia feita nas conversas apontou "indícios de simulação".

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"Constatou-se, conforme Laudo Pericial, a existência de indícios de simulação na conversa que conteriam as palavras ameaçadoras atribuídas a Eduardo Bolsonaro, bem como pela impossibilidade de se afirmar que o autor de tais dizeres criminosos seria, de fato, o titular da linha telefônica constante no cabeçalho das mensagens, no caso, o imputado", diz um trecho do relatório assinado pelo delegado Josué da Silva Magalhães.

Procurada pela reportagem, Patrícia disse que não foi ouvida pelos policiais. Ela mora hoje nos Estados Unidos. Também contou que pediu uma perícia nas mensagens pela Polícia Federal, sem sucesso. "Por meses e meses o processo ficou parado e só começou a 'andar' (de forma que a todo momento favorecia Eduardo Bolsonaro) depois que Bolsonaro foi eleito", afirma.

Em um primeiro momento, a investigação buscou analisar se houve abuso do deputado, conforme a versão de Patrícia. A denúncia foi arquivada em 2019 pela Justiça de Brasília, que considerou não haver provas suficientes para abrir uma ação penal contra Eduardo Bolsonaro.

Na segunda etapa, os policiais puseram à prova a narrativa de Patrícia, que passou de vítima à investigada. O delegado afirma que ela cometeu o crime de denunciação caluniosa.

"Com base em todos os elementos de informação colhidos durante investigação, verificam-se a existência de autoria e materialidade delitiva que indicam que o indiciada praticou o crime de denunciação caluniosa, uma vez que, de maneira dolosa, imputou falso crime a Eduardo Nantes Bolsonaro, fato esse que deu ensejo a instauração de processo criminal contra quem a indiciada sabia ser inocente", afirma o relatório.

"Houve precipitação do Ministério Público em apresentar denúncia, sem provas, contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro, pouco antes das eleições de 2018", afirma a advogada Karina Kufa. "As acusações estavam fundamentadas apenas em declarações falsas da ré Patrícia Lellis e em montagens de mensagens de celular. Isso causou danos à imagem do deputado, que mesmo sendo o parlamentar mais votado, perdeu votos com a acusação falsa. Isso prejudica até mesmo a causa das mulheres que são, de fato, vítimas de violência. Precisamos ter cautela com as fake news que estão servindo para respaldar ações, inquéritos ou CPIs. Muitas vezes a demora da aparição da verdade pode prejudicar inocentes", afirmou.

Patrícia Lélis também se manifestou à reportagem. "A polícia nunca me escutou, nunca pegou meu depoimento sobre o caso. Quando eles me intimaram eu respondi à escrivã pedindo um prazo para que eu pudesse ir até o Brasil prestar depoimento, o prazo não foi me dado e sequer respondido - isso durante o ápice da pandemia - queriam que eu fizesse tudo online, sem a presença de um advogado", afirma.

"Eu tinha feito o pedido para as conversas serem averiguadas por uma perícia na Polícia Federal, surpreendente no processo o Eduardo se negou a entregar o celular para uma perícia na Polícia Federal e contratou um perito particular, o Ricardo Molina. E Eduardo queria me obrigar judicialmente a entregar meu celular para um perito particular, que por questões lógicas eu não vou entregar meu celular ao menos que seja diretamente para a Polícia Federal. Em um governo totalmente aparelhado e depois que tudo que já passei, jamais confiaria em um perito particular contratado por Eduardo Bolsonaro, não entendo o por que a perícia não pode ser feita por especialistas na Polícia Federal… Bom, a verdade é que a gente sabe muito bem o motivo", diz.

"Após a ameaça, fiz uma ata notarial de todas as conversas, a ata foi feita por um perito em um cartório de Brasília e a polícia não quis aceitar o anexo da ata no inquérito. Se é a família Bolsonaro envolvida em algum tipo de crime, eles vão fazer de tudo para não serem culpados ou investigados como deveriam. Quando eu fiz a denúncia há anos atrás, por meses e meses o processo ficou parado e só começou a "andar" (de forma que a todo momento favorecia Eduardo Bolsonaro) depois que Bolsonaro foi eleito", finalizou.

O fantasma dos atentados voltou a ganhar força em Cabul, nesta segunda-feira (11), com um alerta emitido para os hotéis da capital afegã, um dia depois do primeiro encontro entre representantes americanos e talibãs desde meados de agosto, durante o qual foram discutidas questões de segurança.

Americanos e britânicos alertaram seus cidadãos, nesta segunda, sobre o risco de atentados a grandes hotéis de Cabul, como o Serena, um estabelecimento de luxo localizado no centro da capital.

"Devido à ameaça à segurança, recomendamos que os cidadãos americanos evitem se hospedar [lá] e evitem a área", afirmou o Departamento de Estado americano em seu site, referindo-se ao hotel, atacado várias vezes nos últimos anos.

Em 20 de março de 2014, um comando armado talibã invadiu o estabelecimento e matou nove pessoas, incluindo um jornalista da AFP e sua família.

O hotel também foi atacado em janeiro de 2008 por um homem-bomba, quando o ministro norueguês das Relações Exteriores, Jonas Gahr Store, encontrava-se no local. Ele saiu ileso, enquanto seis pessoas morreram, entre elas o repórter Carsten Thomassen, do jornal norueguês "Dagbladet", e um cidadão americano.

Nos hotéis mais caros de Cabul, costumam ficar tanto estrangeiros, de passagem pela cidade, quanto jornalistas, trabalhadores humanitários e talibãs com altos cargos no governo, que ali organizam suas reuniões de trabalho.

O Talibã voltou ao poder em 15 de agosto. Desde então, tem feito da segurança sua prioridade, após vinte anos de guerra no território. Enfrentam, porém, uma onda de sangrentos atentados, reivindicados pelo braço local do Estado Islâmico (IS), o grupo Estado Islâmico do Khorasan (EI-K).

Na sexta-feira (8), o EI-K assumiu a autoria de um ataque a uma mesquita xiita de Kunduz, no nordeste do país. Pelo menos 60 pessoas morreram nesta que foi a ofensiva mais letal no Afeganistão desde a saída dos militares americanos, em 30 de agosto passado.

O alerta sobre os hotéis da capital foi dado horas depois do primeiro encontro oficial, no Catar, entre funcionários de alto escalão dos governos americano e talibã desde a retirada dos EUA do país.

Segundo o Departamento de Estado, as conversas foram "francas e profissionais". Nelas, os americanos reiteraram que os talibãs serão julgados "por suas ações, não apenas por suas palavras".

O debate se concentrou nas "preocupações com segurança e terrorismo, trânsito seguro de americanos, de outros estrangeiros e dos nossos parceiros afegãos", disse o porta-voz do departamento, Ned Price.

Outros temas de interesse foram "os direitos humanos, incluindo a participação significativa de mulheres e meninas em todos os aspectos da sociedade afegã", acrescentou Price.

Em um comunicado sobre a reunião, os talibãs afirmaram que os Estados Unidos concordaram em enviar ajuda para o Afeganistão. Já Washington afirmou que esta questão não foi abordada e que qualquer ajuda será destinada para o povo afegão, e não para o governo talibã.

Em um contexto de escassez generalizada de mão de obra devido à pandemia e ao Brexit, o Reino Unido precisa de 15 mil açougueiros - informou uma federação setorial nesta sexta-feira (1), alertando para o risco de escassez de alguns produtos tradicionais neste Natal.

Um porta-voz da associação britânica de processadores de carne disse ao jornal The Times que a escassez de mão de obra forçou o setor a se concentrar em abastecer os supermercados com cortes básicos.

"Deveríamos ter começado a produzir comida de Natal em junho, ou julho, mas até agora não fizemos isso", disse ele, alertando que "haverá escassez de produtos festivos, como linguiça enrolada em bacon", uma refeição de Natal muito popular entre os britânicos.

A falta de caminhoneiros vem provocando problemas no abastecimento de combustível há algumas semanas, causando desabastecimento e longas filas nos postos de gasolina nos últimos dias.

Supermercados, redes de fast-food e bares também se veem afetados por problemas de abastecimento, que podem ser agravados pela escassez de mão de obra na produção.

De acordo com o The Times, o governo de Boris Johnson está estudando flexibilizar as condições de imigração para conceder vistos de trabalho a até 1.000 açougueiros estrangeiros, na tentativa de evitar a escassez.

O Ministério do Meio Ambiente e da Alimentação garantiu à agência de notícias britânica AP que o Executivo "continua trabalhando estreitamente" com o setor de suínos "para explorar opções que permitam enfrentar as pressões atuais".

Diante do risco de ver lojas vazias no Natal, Johnson já decidiu conceder cerca de 10.000 vistos de trabalho de três meses para caminhoneiros, até o final do ano. A medida incluirá trabalhadores de alguns outros setores importantes, como granjas avícolas.

Questionado pelo The Times sobre vistos para açougueiros, o Ministério do Interior observou que "outros países do mundo enfrentam desafios similares" e disse preferir que "os empregadores invistam na mão de obra nacional britânica no longo prazo em vez de depender da mão de obra estrangeira".

Na quinta-feira, a associação PRA afirmou que os postos de gasolina britânicos continuam sofrendo com a falta de combustível, contradizendo as afirmações do governo. Segundo as autoridades, a crise desencadeada na semana passada por motoristas preocupados por não poderem reabastecer está diminuindo.

Ainda era possível encontrar longas filas nos postos, na quinta-feira, especialmente em Londres e no sul da Inglaterra.

Motoristas do Exército devem ser mobilizados nos próximos dias para ajudar a aliviar a crise. O governo afirma que ela foi provocada por um movimento de pânico da população, depois que alguns fornecedores anunciaram os fechamentos das bombas pela falta de caminhoneiros para levar o combustível a partir dos terminais de armazenamento.

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