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O presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, afirmou, nesta segunda-feira (15), que o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) é um fruto do “desastre do governo Dilma”. Para Araújo, a eleição de Bolsonaro como chefe do Executivo nacional aconteceu porque os eleitores quiseram dizer “não ao PT”. 

“Se não fosse o desastre do governo Dilma, jamais haveria o governo Bolsonaro. A gestão Dilma foi uma espécie de infecção generalizada da administração pública: estelionato eleitoral, caos administrativo, caos político, inépcia econômica, volta da inflação, volta do desemprego, aumento dos índices de pobreza e miséria, além das estocagens de vento”, alfinetou o ex-ministro das Cidades do governo de Michel Temer (MDB).

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De acordo com o dirigente, “o populismo ideológico e irresponsável da petista nos trouxe ao populismo também ideológico e irresponsável do atual governo, mas de sinal trocado”. 

“Ambos se irmanam na destruição do país. Ambos até hoje apostam em dividir a população, em jogar brasileiros contra brasileiros… Em resumo, Dilma quebrou o Brasil e milhões elegeram Bolsonaro porque não queriam o risco de algo parecido com o seu governo. Tiveram seus receios e correram para outra opção, por pior que fosse. Disseram não ao PT”, declara Bruno em nota.

Ainda no texto, o presidente do PSDB também lembra que disputou a eleição de 2018 contra o PT e contra Bolsonaro e atua, hoje, como “oposição” ao atual presidente. “Mas não nos enganemos: bolsonarismo e petismo tentarão manter a polarização inconsequente a todo custo. Para eles, dane-se o país”, afirma.

Impeachment

Por fim, Bruno Araújo também fala que o partido é contra o impeachment de Jair Bolsonaro. “Impeachment no meio de uma pandemia é apostar no quanto pior melhor.  É arriscar a vida das pessoas, levando-as para as ruas pelo impeachment, no momento da maior crise sanitária da nossa história”, argumenta.

“É a velha tática do petismo, que sempre que teve que escolher entre os interesses do país e os seus próprios interesses, ficou com seu projeto de poder. Se, neste momento, o impeachment não é a melhor saída - e não é mesmo - isso não significa ser complacente com os desvarios do presidente, com seus ataques às instituições, suas afrontas à democracia e à Constituição”, acrescenta o tucano.

O Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais (TJ-MG) condenou a empresa Estratégia Concursos Ltda., especializada em aulas on-line para concursos públicos, por usar indevidamente da imagem da ex-presidente da República, Dilma Rousseff (PT), associando sua foto em uma peça propaganda à mensagem “como deixar de ser burro”.

A defesa da ex-presidente ajuizou uma ação pedindo R$ 150 de indenização por danos morais e mais R$ 150 mil pelos danos à sua imagem, além de uma retratação em todos os meios onde a peça publicitária foi veiculada.

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A empresa alegou em sua defesa que a intenção era atrair o público com bom humor para um debate sobre educação no Brasil sem intenção de ofender, e que o uso da imagem de Dilma não diz respeito à vida pessoal da ex-presidente, sendo dispensável o pedido de autorização para uso de sua imagem, uma vez que ela é uma figura pública.

Sentença

O caso foi parar na 17ª Vara Cível da Comarca de Belo Horizonte, onde ficou sob a responsabilidade da juíza Gislene Rodrigues Mansur. No entendimento da magistrada, a liberdade de expressão e a livre manifestação são direitos fundamentais, mas excessos no exercício desses direitos podem ser punidos.

Em sua sentença, a juíza afirmou que “o humor tem sua utilização aceita quando empregado como instrumento de crítica política e de costumes”, mas que a propaganda em questão tinha o único objetivo de ridicularizar.

Ela afirmou ainda que se faz, sim, necessário solicitar a autorização para uso e veiculação da imagem de outras pessoas, mesmo quando se trata de figuras públicas. Após a análise do caso, a magistrada determinou uma indenização no valor de R$ 60 mil à ex-presidente. Confira a decisão na íntegra. [anexo]

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Em uma live no final da tarde desta sexta-feira (8), a ex-presidenta da República Dilma Rousseff (PT), ao lado dos deputados estaduais em Minas Gerais Rogério Correia e Beatriz Cerqueira (PT), criticou duramente o que considerou um constrangimento à ida do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) com 15 empresários ao Supremo Tribunal Federal (STF). 

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“Bolsonaro deu um chapéu no Supremo Tribunal Federal, de uma forma grosseira, de uma forma absurda, tentando atribuir ao supremo o condão de abrir ao país porque os empresários estão com problema de demanda. É verdade, eles estão com problema de demanda aqui, na Alemanha, nos Estados Unidos e em qualquer país do mundo que adotou o isolamento social… Nós temos uma arma (contra o vírus), se chama isolamento social”, continuou

Dilma afirmou que uma crise como a causada pelo Covid-19 requer um líder à altura e afirmou que Bolsonaro transfere a sua responsabilidade e que não existe outra forma de combater a pandemia que não seja o isolamento. Na fala ela voltou a criticar a ida ao STF fora da agenda.

"Um grupo de 15 empresários, todos eles representantes de associações, grandes empresários de setores importantes do país, estratégicos, que com o presidente Bolsonaro atravessaram a rua e foram ao Supremo de forma a constranger", disse.

Bolsonaro desde o início da pandemia foi contra isolamento afirmando que isso acarretaria em uma grave crise financeira. Dilma colocou a responsabilidade da questão econômica no líder do executivo afirmando que ele tem negado ajuda as pequenas empresas e a população de um modo geral citando que para as grandes empresas a ajuda partiu bem cedo e que a proposta de auxílio emergencial inicialmente era de R$200. 

“O componente genocida da saúde é o fato de não reconhecer a doença, o componente genocida na economia está nos empregos, nos mais pobres sem renda”, ressaltou sem deixar de lado os microempreendedores.

 

Nesta sexta (1º), a tradicional mobilização pelo Dia do Trabalhador, realizada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), aconteceu através de uma live que reuniu artistas e políticos. A ex-presidente do Brasil, Dilma Rousseff, participou através de um vídeo no qual se referiu ao atual mandatário do país como “líder brutal e desalmado” e disse que sua conduta em relação à pandemia do coronavírus é uma “monstruosidade”. 

No início de sua fala, Dilma Rousseff se referiu a este Dia do Trabalhador como o mais trágico primeiro de maio da nossa história” porque “nunca o país enfrentou uma crise em tantas frentes”. Ela também afirmou que “toda a política de bem estar social construída desde 1988 está sendo destruída dia a dia, isso começou com o golpe de 2016”.

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Em seguida, Rousseff teceu duras críticas ao governo Jair Bolsonaro. “A desigualdade é tão vergonhosa que nada menos que 10 milhões de brasileiros vivem com até R$ 413  por mês”. Ela também falou sobre a conduta do chefe do Executivo frente à pandemia do coronavírus e a julgou como “monstruosa”. “Ele se mostrou o líder mais brutal e desalmado entre todas as nações do planeta. Bolsonaro zomba dos mortos e avilta da cadeira de presidente da república. A pandemia ganha contornos ainda mais sno Brasil porque o presidente deixa de atuar como um líder preocupado em salvar vidas humanas; elogia torturadores, desrespeita a vida, despreza a ciência e trata governadores e prefeitos como inimigos”.

Por fim, a ex-presidente cravou: “Ao invés de proteger os mais vulneráveis o presidente  os entrega à própria sorte. Se o presidente despreza a vida e dá de ombros dizendo ‘e daí’, nossa busca determinada por mudanças mostrará a ele que o povo brasileiro mostrará sua vontade. Não nos resta outro caminho que não gritar fortemente: fora, Boslonaro, desprezível”. 

Em 16 de abril de 2016, há exatos quatro anos, o então deputado federal pelo DEM, Luiz Henrique Mandetta, postava em seu perfil no Twitter a seguinte frase: “Amanhã é o grande dia! Tchau, querida!”. No domingo (17), em votação no congresso, Dilma Rousseff era destituída do cargo de presidente da República.

Nesta quinta-feira, também 16 de abril, Madetta deixou o comando do Ministério da Saúde do governo Bolsonaro, posto que ocupou desde o início dessa gestão federal. Após a sua demissão, a internet “ressuscitou” o post de 2016, com críticas ao, agora, ex-ministro.

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“Tá vendo como é ruim a injustiça?”; “E exatos 4 anos depois… Nem Eduardo Cunha adivinharia”; “Tchau, querido. Olha a data aí. A volta que a terra plana deu”, “A Terra é redonda e o mundo dá voltas”, foram alguns dos comentários.

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A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) usou sua conta oficial no Twitter, na manhã desta segunda-feira (6), para questionar a deficiência do país na fabricação de máscaras descartáveis diante da pandemia do novo coronavírus. 

Na publicação, ela recordou o período em que o Brasil seguia um ritmo acelerado de fabricação de aviões, além dos navios e plataformas de petróleo - antes da recessão econômica e do ápice da operação Lava Jato, o que freou a indústria petroleira. 

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"Há oito anos atrás [sic] o Brasil fabricava aviões, navios e plataformas de petróleo. Hoje não consegue fabricar máscaras descartáveis", criticou a petista.

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Neste final de semana os médicos cubanos desembarcaram na Itália para auxiliar o País durante a pandemia no novo coronavírus. Muitos profissionais fizeram parte do programa brasileiro Mais Médicos e deixaram o País após o governo cubano chamá-los de volta por desacordo com condições impostas pelo então presidente eleito, Jair Bolsonaro. Os cubanos foram ovacionados ao desembarcarem no país no último domingo (22).

No Twitter, a ex-presidente Dilma Rousseff falou sobre a chegada dos profissionais a Itália e sobre o afastamento dos cubanos. "Bolsonaro afastou do país mais de 10 mil profissionais de saúde que nos hoje ajudariam a combater o coronavírus".

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Confira:

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A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) afirmou, nesta quinta-feira (19), que o país deve desculpas à China pela acusação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-RJ). Para a ex-presidente, Eduardo agrediu injustamente o país asiático e agiu de forma "absurda e subalterna".

"Devemos desculpas à China pela agressão injusta, absurda e subalterna do subserviente e frustrado candidato a embaixador nos EUA. A iniciativa da China de enviar à Itália médicos, materiais e equipamentos é um exemplo de relação solidária entre nações civilizadas", afirmou a petista, em publicação no Twitter. 

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O filho do presidente Jair Bolsonaro usou a mesma rede social para afirmar, nessa quarta, que a culpa do coronavírus ter causado uma pandemia e deixado o mundo em alerta é da China. "Mais uma vez uma ditadura preferiu esconder algo grave a expor tendo desgaste, mas que salvaria inúmeras vidas. A culpa é da China", escreveu o parlamentar. 

Dilma não foi a única a reagir negativamente ao que foi dito por Eduardo. A Embaixada da China no Brasil também repudiou a fala, assim como o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia. A China já registrou 3,2 mil mortes desde o início da pandemia. 

Nesta segunda-feira (2), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva compartilhou em suas redes sociais registros da sua passagem por Paris, na França. O petista, que recebeu o título de cidadão honorário pelo reconhecimento de seu trabalho contra a fome e miséria, se encontrou com o fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado.

Ao lado de Fernando Haddad, Dilma Rousseff e da esposa do mineiro, Lélia Salgado, Lula afirmou que teve uma conversa com Sebastião sobre a situação da Amazônia. "Com o companheiro Sebastião Salgado hoje em Paris. Tivemos uma boa conversa sobre a Amazônia, desenvolvimento sustentável, a riqueza da biodiversidade brasileira e os desafios para lutar pela sua preservação", declarou.

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Concedido pela prefeita de Paris, Anne Hidalgo, o título direcionado a Lula foi anunciado quando ele ainda estava preso. Após o ex-presidente ter deixado a Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, em novembro de 2019, Anne celebrou na internet a sua soltura. "Espero por ele o mais rápido possível em Paris", escreveu ela. 

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Durante entrevista ao Brasil 247, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que o PT não usou de todo o potencial para evitar o impeachment da então presidenta Dilma Rousseff. Na opinião do petista, ele devia ter "brigado" mais.

"Eu, sinceramente, eu acho que eu tenho culpa de ter o impeachment da Dilma, porque nós deveríamos ter lutado mais, deveríamos ter brigado mais, deveríamos ter falado mais. e eu acho que nós não fizemos tudo o que temos o potencial de fazer", afirmou.

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Durante sua fala, Lula reforçou a importância de uma relação do Brasil com os outros países da América Latina e criticou a política externa de Jair Bolsonaro, que para ele, trabalha com a ideia de agradar países de primeiro mundo. 

"O Brasil olhava sempre com o olho vesgo assim para os Estados Unidos. É sempre a elite brasileira vendendo a ideia de que se a gente agradasse, entraria na OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico). Esse é o papel ridículo que esse governo tá fazendo. Uma elite colonizada que não se respeita"

De acordo com o político, não há um precedente histórico de que os Estados Unidos fez alguma coisa boa para o Brasil.

"Precisa parar de ser vira-lata. Ninguém vai ajudar o Brasil se o Brasil não se ajudar. Eu cansei de ir em debates com empresário lá nos Estados Unidos... Era um bando de vira-latas, de lambe botas".

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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) celebrou, nesta segunda-feira (13), a indicação do documentário da diretora Petra Costa, 'Democracia em Vertigem', ao Oscar. A produção concorre na categoria de melhor documentário. A obra conta os bastidores do processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

Em publicação no Twitter, Lula parabenizou Petra e, ao lembrar do tema do documentário, disse que 'a verdade vencerá'. 

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O ex-presidente, contudo, não foi o único político a enaltecer a produção e celebrar a indicação ao Oscar. 

O senador Jaques Wagner (PT-BA) enaltecer a coragem de Petra Costa. "Parabéns à diretora Petra Costa e toda equipe que trabalhou nesta obra corajosa, de narrativa contundente, que mostra os bastidores do golpe que interrompeu o mandato da presidenta Dilma Rousseff", escreveu no microblog. 

"O documentário Democracia em vertigem, da Petra Costa,foi indicado ao Oscar. Num momento de desmonte da Ancine, o cinema brasileiro mostra sua força. Num momento de desmonte da democracia, um recado necessário", observou Guilherme Boulos.

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Também houve quem ironizasse a presença do documentário brasileiro entre as melhores produções de cinema do mundo. 

"Sobre o documentário petista no Oscar, eu não acho que quem ganhar ou quem perder, nem quem ganhar nem perder, vai ganhar ou perder. Vai todo mundo perder", publicou a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP).

"Parabéns à diretora Petra Costa pela indicação de melhor ficção e fantasia por Democracia em Vertigem", ironizou o perfil oficial do PSDB.

O presidente Jair Bolsonaro gravou um vídeo fazendo piada das eventuais contradições da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) em seus discursos. Ao falar da partida entre Flamengo x Avaí, no Maracanã, que aconteceu na noite dessa quinta-feira (5), Bolsonaro disse que o jogo não tinha relevância e brincou: "quem perder não vai ganhar".

"Não interessa qual é o resultado, ninguém vai ganhar nem perder nada lá. Estou dando uma daquela presidente do passado. Ninguém vai ganhar nem perder", ironizou, sem conter os risos.

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Veja:

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A partida entre Flamengo e Avaí terminou com uma goleada de 6 a 1, para o campeão do Campeonato Brasileiro de 2019.

 

A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) afirmou, nesta segunda-feira (11), que o presidente da Bolívia, Evo Morales, foi alvo de um "golpe militar". Morales anunciou sua renúncia do cargo nesse domingo (10), após ter sido eleito para o quarto mandato em 20 de outubro. A Organização dos Estados Americanos (OEA) considerou que o pleito foi fraudado.

Na ótica de Dilma, Evo, a democracia e o povo boliviano são alvos de uma "violência". “Manifesto total solidariedade ao presidente legítimo da Bolívia, Evo Morales, que foi destituído por um golpe militar, teve a casa invadida pela polícia e sofreu um mandado de prisão ilegal. Um atentado gravíssimo à democracia na América Latina e uma violência contra o povo boliviano”, escreveu a ex-presidente no Twitter.

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“Os golpes voltaram à América Latina. Sejam parlamentares e judiciários, sejam militares, devemos repudiar e combater fortemente essa tendência. O que aconteceu com o presidente Evo Morales mostra a repulsa das elites latino americanas à democracia sempre que perdem eleição”, emendou.

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Dilma não foi a única a tratar a renúncia de Morales como um golpe, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também avaliou o cenário seguindo a mesma linha

Desde 20 de outubro, a Bolívia vive dias de conflitos tensos entre aliados de Evo e opositores. Na semana passada, inclusive, a prefeita da cidade de Vinto, Patricia Arce, aliada de Morales, foi retirada à força da sede da prefeitura local teve o cabelo cortado, foi suja de tinta e obrigada a andar descalça pela cidade enquanto ouvia gritos de “assassina”. Os protestos resultaram em dois mortos e 170 feridos.

A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) foi alvo de pedido de prisão temporária (cinco dias) feita pela Polícia Federal ao ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal. A solicitação corre em inquérito que apura o pagamento de propinas milionárias do grupo J&F, de Joesley Batista, a senadores do MDB em troca de apoio à candidatura da petista.

Dilma não é investigada no inquérito. Os alvos são os senadores Eduardo Braga (MDB-AM), Renan Calheiros (MDB-AL) e Jader Barbalho (MDB-PA), o ministro Vital do Rêgo Filho, do Tribunal de Contas da União (TCU) e os ex-senadores Valdir Raupp (MDB-RO) e Eunício Oliveira (MDB-CE).

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Segundo os policiais, a prisão de Dilma era "indispensável" para a identificação de fontes, autoria e materialidade dos crimes investigados. O pedido, no entanto, foi negado por Fachin por se tratar de uma "medida extrema", visto que a ex-presidente não apresentas "concretas condutas atentatórias às apurações" do caso.

"No caso, nada obstante, como já afirmado, esteja satisfatoriamente demonstrada a plausibilidade das hipóteses investigativas levadas a efeito pela autoridade policial, a pretensão de restrição da liberdade de locomoção dos investigados não se encontra provida da indicação de concretas condutas atentatórias às apurações que evidenciem a necessidade da medida extrema", observou Fachin em sua decisão, que autorizou a operação realizada na terça-feira (5), para cumprimento de buscas e apreensões.

Em decisão proferida em 21 de outubro, Fachin dispensa o pedido de prisão contra a ex-presidente seguindo manifestação apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), atualmente comandada por Augusto Aras.

"Nesse sentido, possível se fazer referência à manifestação da Procuradoria-Geral da República, pontuando que 'não há evidências de que, em liberdade, os investigados possam atrapalhar a execução das medida de busca e apreensão'. Com essas considerações, indefiro as prisões temporárias requeridas", concluiu o relator da Lava Jato.

Com a palavra, Dilma Rousseff

"É estarrecedora a notícia de que a Polícia Federal pediu a prisão da ex-presidenta num processo no qual ela não é investigada e nunca foi chamada a prestar qualquer esclarecimento.

A ex-presidenta sempre colaborou com investigações e jamais se negou a prestar testemunho perante a Justiça Federal, nos casos em que foi instada a se manifestar.

Hoje, 5 de novembro, ela foi convidada a prestar esclarecimentos à Justiça, recebendo a notificação das mãos civilizadas e educadas de um delegado federal. No final da tarde, soube pela imprensa do pedido de prisão.

O pedido de prisão é um absurdo diante do fato de não ser ela mesma investigada no inquérito em questão. E autoriza suposições várias, entre elas que se trata de uma oportuna cortina de fumaça. E também revela o esforço inconsequente do ministro da Justiça, Sérgio Moro no afã de perseguir adversários políticos. Sobretudo, torna visível e palpável o abuso de autoridade.

Ainda bem que prevaleceu o bom senso e a responsabilidade do ministro responsável pelo caso no STF, assim como do próprio Ministério Público Federal."

Responsável por denunciar e investigar políticos com direito ao foro privilegiado enquanto esteve à frente da Procuradoria Geral da República, Rodrigo Janot disse ter certeza que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) “é corrupto”.  

“É impossível que o Lula não fosse um dos chefes de todo esse esquema. Não tenho dúvida de que ele é corrupto”, disse em entrevista à revista Veja. 

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“Da mesma forma que não tenho nenhuma dúvida de que a Dilma não é corrupta. Mas ela tentou atrapalhar as investigações com a história de nomear o Lula como ministro da Casa Civil. A obstrução de Justiça aconteceu, tanto que eu a denunciei”, complementou Janot. 

Como uma das suas últimas ações na PGR, em setembro de 2017, Janot chegou a denunciar ao Supremo Tribunal Federal (STF) os ex-presidentes e os ex-ministros da Fazenda Guido Mantega e Antonio Palocci pelo crime de organização criminosa.

"Pelo menos desde meados de 2002 até 12 de maio de 2016 , os denunciados, integraram e estruturaram uma organização criminosa com atuação durante o período em que Lula e Dilma Rousseff sucessivamente titularizaram a Presidência da República para cometimento de uma miríade [grande número] de delitos, em especial contra a administração pública em geral", justificou, na época, Janot.

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Três anos depois do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, o ex-senador Aloysio Nunes (PSDB) disse que houve uma “manipulação política” a partir da Lava Jato para a destituição do mandato da petista em 2016. Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, o tucano fez um panorama das revelações de conversas entre os procuradores à frente das investigações e o então juiz Sergio Moro e ponderou que eles “venderam peixe podre” ao Supremo Tribunal Federal (STF). 

Ao ser questionado se estava surpreso diante da influência política na Lava Jato, Nunes disse que agora reconhece que tudo aconteceu “de caso pensado”. “Quando você fala na divulgação do diálogo de Lula com a Dilma, evidentemente você tem uma manipulação política do impeachment. Quando você tem a divulgação da delação de Palocci, nas vésperas da eleição presidencial, você tem uma manipulação política da eleição presidencial. Isso foi de caso pensado, como os diálogos revelaram”, observou Nunes. 

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“Não é uma coisa por inadvertência, foi de caso pensado. Então, isso para mim torna, não todos, porque não conheço todos, esses casos em que esse tipo de procedimento se verificou, nulos, porque atingiu um princípio fundamental do Estado de Direito, que é a garantia que a existência de um juiz imparcial dá ao direito de defesa”, acrescentou. 

Apesar disso, na época do impeachment, o PSDB usou os diálogos revelados pela Lava Jato, sobre a posse de Lula como ministro da Casa Civil. “Não só o PSDB. O Supremo Tribunal Federal acabou por barrar a posse do Lula [como ministro de Dilma] com base em uma divulgação parcial de diálogo, feita por eles, Moro e seus subordinados, do Ministério Público. Eles manipularam o impeachment, venderam peixe podre para o Supremo Tribunal Federal. Isso é muito grave”, disparou o tucano.

Na entrevista, o ex-senador observa também que foi a favor do impeachment, mas a bancada do PSDB no Senado, segundo ele, era mais "prudente" em relação ao que estava acontecendo. "Diante do fato de que a presidente Dilma não conseguiu ter sequer 173 votos a favor dela para barrar o processo de impeachment na Câmara, ficou evidente que ela tinha perdido as condições de governar", disse. 

"Além, evidentemente, do desvario da condução da política econômica e da política fiscal. Como uma presidente não consegue ter 173 votos para barrar o impeachment, que praticou atos que, à luz da própria legislação, constituiu crime de responsabilidade, não havia como a manter no poder”, emendou, justificando. 

Ainda na ótica de Nunes, caso Lula tivesse assumido a Casa Civil, o impeachment não teria acontecido. “Eles manipularam o impeachment ao barrar a posse do Lula. Se Lula tivesse ido para casa Civil, não seria capaz de recompor a base política do governo? Lula, que dizem que foi um governo socialista, governou com a direita. Teria rapidamente condições de segurar a base política. Porque o impeachment é um processo jurídico - crime de responsabilidade - e político. Ele, pelo menos, em relação à questão política, talvez tivesse condições de recompor. Foi exatamente por isso que eles procuraram barrar, como conseguiram, a posse de Lula”, observou o ex-chanceler do governo de Michel Temer. 

Em sessão especial para comemorar os 40 anos de relações diplomáticas entre Brasil e Palestina no Senado, o embaixador da Palestina, Ibrahim Mohamed Khalil Alzeben, relembrou o esforço do Brasil pela paz no Oriente Médio. Ele pediu que o atual governo reafirme o compromisso pela defesa do direito de autodeterminação do povo palestino.

“Reconhecemos as contribuições dos presidentes José Sarney, Fernando Collor de Mello, Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma Rousseff, Michel Temer, dos chanceleres e diplomatas brasileiros e de funcionários do Itamaraty. E o que esperamos do senhor presidente Jair Bolsonaro? Juntar-se ao esforço tradicional deste grande Brasil. Viva a amizade entre Brasil e Palestina”, disse Alzeben durante a sessão.

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O representante da Palestina afirmou que o apoio do Brasil é fundamental pelo papel que desempenha no cenário mundial e destacou que “quase todos” os líderes mundiais apoiam o pleito palestino de criação de um Estado próprio.

“Todos acompanhamos a sessão atual da Assembleia Geral das Nações Unidas. Quase (insisto na palavra “quase”) todos os discursos de líderes mundiais coincidem em seu apoio à solução de dois Estados. Todos coincidem com a posição oficial palestina de que o conflito provocado pela ocupação é político e territorial, e não religioso, e de que a solução é política”, defendeu Alzeben, que agradeceu ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre, e ao senador Esperidião Amin (PP-SC) pela homenagem.

O histórico de amizade entre Brasil e Palestina também foi relembrado pelo presidente da Federação Árabe Palestina do Brasil, Ualid Hussein Ali Mohd Rabah.

“Apostamos muito que o Brasil saberá seguir seu caminho inexorável de superpotência e contribuirá para que tenhamos um mundo mais justo para os povos, inclusive para o povo palestino. O Brasil e a Palestina devem seguir juntos, porque seus sonhos só se realizam num novo mundo. O Brasil será maior num mundo em que a Palestina seja livre”, defendeu.

Dois Estados

Representando o governo, o diretor do Departamento de Oriente Médio do Ministério das Relações Exteriores, Sidney Romero, disse que o Brasil quer uma solução “justa e abrangente” para o conflito Israel-Palestina.

“Em mais de uma ocasião neste ano, expressamos nosso apoio a uma solução de dois Estados. O Brasil apoia uma solução que, além de justa e abrangente, seja efetiva e definitiva. Esperamos que abordagens inovadoras tragam consigo a virtude de destravar as discussões em torno dos temas mais delicados do conflito”.

Segundo Romero, a visita de Jair Bolsonaro ao Oriente Médio em outubro demonstra a importância que o governo brasileiro confere ao relacionamento com todo o mundo árabe.

“Nossos laços culturais, econômicos e políticos com o mundo árabe são inquebrantáveis. A visita do presidente Jair Bolsonaro à Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Catar, em outubro próximo, a ser realizada ainda em seu primeiro ano de mandato, reforça, inequivocamente, a importância de nosso relacionamento com os países da região”, disse.

Esperidião Amin foi o autor do pedido de homenagem. Ele destacou que o Estado brasileiro sempre foi um defensor da autodeterminação e da soberania do povo palestino. Em 2010, o Brasil reconheceu oficialmente o Estado da Palestina, levando outros países da América Latina a fazer o mesmo, apontou o senador.

“Desejamos a paz entre palestinos e israelenses e uma vida melhor, cheia de prosperidade, para todos os povos do mundo e, especialmente, para os povos da região. Para isso, podem sempre contar com o Brasil”, afirmou.

*Da Agência Senado

 

A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) usou o Twitter, nesta terça-feira (24), para afirmar que o trecho do pacote anticrime, em tramitação na Câmara dos Deputados, que prevê o excludente de ilicitude “precisa ser barrado”. Na avaliação da ex-presidente, a proposta tem relação direta com o assassinato de  Ágatha Vitória, de 8 anos. 

“O assassinato de Ághata tem, óbvio, relação direta com a proposta de Moro de facilitar a absolvição de policiais que matam civis, se alegam que foram movidos por emoção ou surpresa. Este projeto é uma oferta de impunidade e uma licença para matar. Precisa ser barrado no Congresso”, escreveu Dilma. 

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Para a petista, “a violência fardada cresce com a impunidade oferecida pelo presidente que quer anistiar policiais assassinos, pelo ministro que quer absolvê-los e pelo governador [Wilson Witzel] que manda atirar ‘na cabecinha’. E a violência policial também induz à violência CONTRA [sic] os policiais”.

Ágatha morreu na noite da sexta-feira (20), após ser baleada nas costas durante uma ação policial no Complexo do Alemão. Ela estava dentro de uma kombi com o avô quando foi atingida, chegou a ser levada ao hospital, mas não resistiu.  Testemunhas apontam que disparo partiu dos policiais. 

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Membros do Movimento Brasil Livre (MBL) tentaram exibir em salas de cinema, no Recife, o documentário “Não Vai Ter Golpe”, mas ficaram frustrados. De acordo com a coluna Painel, os solicitantes receberam respostas negativas dos responsáveis pelas unidades ao informarem qual seria o filme. 

A rede UCI alegou que não poderia alugar a sala por não ser “atividade autorizada em nosso contrato de locação”. Enquanto no Cinemark, um funcionário disse que não exibe filmes políticos, mas a empresa declarou oficialmente que nenhum funcionário seu recusou o pedido.

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O documentário aborda a versão do MBL sobre o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). O movimento realiza, neste sábado (21), um Congresso em Pernambuco. Encontro reunirá líderes do grupo, como o deputado federal Kim Kataguiri (DEM), em rodadas de debates no Centro de Convenções, em Olinda. 

A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) disse, nesta terça-feira (17), que o ex-presidente Michel Temer (MDB) cometeu um “ato de sincericídio” ao afirmar, durante entrevista ao programa Roda Viva, que o impeachment da petista foi um “golpe”. Na ocasião, o emedebista disse exatamente: “jamais fiz empenho pelo golpe” e “não era adepto ao golpe”. 

As declarações repercutiram entre os parlamentares aliados de Dilma e hoje ela usou o Twitter para falar sobre o assunto. Ao compartilhar um vídeo mostrando a fala de Temer, a ex-presidente disse que o seu ex-vice-presidente faltou dizer que o “golpe” teria sido para enquadrar o país no neoliberalismo.  

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“Michel Temer cometeu ontem novo ato de sincericídio, no Roda Viva. Admitiu que eu sofri um golpe de Estado e disse que se Lula tivesse ido para o meu governo não teria havido o impeachment”, escreveu a ex-presidente. 

“Temer não disse, contudo, que o Golpe de 2016 foi para enquadrar o Brasil no neoliberalismo. E, claro, Temer negou ter participado diretamente do golpe. Nenhuma menção dele a seus dois auxiliares mais próximos: Moreira Franco e e Eliseu Padilha. A Ponte para o Futuro é a matriz do programa de governo de Bolsonaro”, emendou a petista.

A “Ponte para o Futuro” citada por Dilma é um projeto do MDB criado em 2015, quando ela ainda era presidente, apresentando um plano econômico para o país diferente do que o conduzido pela petista na ocasião. No fim do ano passado, o partido elaborou um documento para o presidente Jair Bolsonaro, baseado no primeiro, com o nome "Caminho para o futuro", onde apresentava um balanço do que já havia sido feito por Michel Temer.

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